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ii,l.]KHWiip,H^w«iii»ji .1. ^-"- -, ¦-*. ¦ ^f «•- ^r3rrf'7Tlir«^- Á SEMANA PUBLICA-SE AOS SABBADOS AMO II. RIO DE JANEIRO, G DENOBVBMRODE1886 DIRECTOR E PROPRIETÁRIO—VALENTIM MAGALHÃES VOL. lf-1. 97. REDACÇÃO E GERENCIA.-RUA DO CARMO IST. 36 GALERIA DO ELOGIO MUTUO ín ALBERTO DE OLIVEIRA Valentim Magalhães, Filinto d'Almeida, A. de Souza e H. de Magalhães - . AIVTHUB MENDES CAURAL SUMMARIO Expediente Galeria do elogio mutuo III - Alberto de Oliveirao. Bilac. Historia dos sele dias..,.;Filindal. A José Bonifácio, poesia..L. de Mendonça. Filinto d'Almeida (Notas complementares)v. Magalhães. Notasbibliographicas....F. Be Pariza Madri,!Julia Lopes. morenas, (cantares anda- luzes)F. Costa. Bellas ArtesA. Palheta. Auzencia, sonetoF. d'Almeida. Jomaes e revistasS. TheatrosP. Talma. SportL.M. Bastos. Tratosá bolaFr. Antônio. Factos e Noticias CorreioENB1CO. Recebemos Annuncios.: EXPEDIENTE ASSIGNATURAS CORTE Trimestre 2f)000 Semestre 41(000 Anno bf.000 PROVÍNCIAS Semestre. 5B000 Anno10|)000 Sb. T. O. Tostes I^iracema Afim de ser satisfeito o seu pedido, queira dizer-nos t numero do ultimo recibo em seu poder. Sr. J.F.Sá Júnior.— Nictheroy.— Diga-nos V. S. o meio por que podere- mos cobrar a sua assignatura: O cor- reio encontra sempre V. S. para lhe en, tregar a folha, mas o nosso cobrador não é tão feliz. Accresce que o recibo está em poder de V. S. Sb. 6. 0. Castro.— Piau.— Queira V. S. dizer-nos o numero do recibo pelo qual se julga quite, afim de que lhe enviemos o prêmio que V. S. reclama. Senhoras minhas, não acrediteis na calumnia! Quem vos disser que o meu Alberto nasceu em Saquarema, ha vinte e oito . áunos, mente o calumnia este bonito ra- paz e este poeta adorável. Ein Athenas è que elle nasceu, debaixo do céu pu- rissimo da Hellade, que em seus versos revive. Por viveu : andou pelo braço do amigo 'Theocrito, soprando a frauta maviosa entre os myrtaés, e, em punho o cajado de pastor, abeberando o seu rebanho de cabras na agua crystal- lina dos rios. da Grécia; sua'taça de ouro, a transbordar de espumeo licor de Oós, tocou muitas vezes o cyatho, que tremia ás mãos cansadas do velho e gamenho Anacreonte ; ouvia as sabias lições da illustre Myrthes de Anthdon ; e Pindaro, que a principio.o amava, detestou-o depois ciumento e irritado, quando o viu terçar galhardamente com bella Corina nos certames dos jogos Pythicos. Seus versos disseram os feitos dos filhos heróicos da. pátria grega, como celebraram as graças dás mulheres de lá.' ¦ ;fo. Contam até qiie a formosa Laís ... Adeante.> Não acrediteis na calumnia, senhoras minhas : Alberto não nasceu em Saqua- rema. Socegae, porém : porque floresceu na Grécia centenares de annos antes de Christo, nem por isso- está velho e ai- quebrado; antes é o poeta mais bello de quantos amaes e decoraes : alto e esbelto como um Apollo de Belvedere, bigodes negros, constantemente ator- mentados pela mão nervosa, fronte larga e uns olhos, uns olhos... üm dia, não sei como, Alberto, deser- tando a Grécia, veioatravez dos mares e dos tempos cantar no Brazil. Veio e sentiu-se mal: faltou-lhe quasi o ar, faltou-lhe quasi a vida ; cedo, po- rém, consolou-o o esplendor da natu- reza da America. D'ahi a singular união de inspirações gregas e ameri- canas, que seus versos traduzem : sau- dades do bem passado, alegrias do bem presente. Falam dos dias de outr'ora O Leque, Vaso Grego, Lendo os antigos e, sobretudo, A agonia do Heroe; revela-se o amor, que hoje o prende ás cousas d'aqui, nas estrpphes d'_á arvore e d'_i borboleta azul. Mas a saudade persiste inapagavel, e, mais sincera que a alegria, lhe punge o coração, e arrebata para os tempos que se foram seu espirito finíssimo, educado na austera correcção da Arte grega. Por isto, nos versos de Alberto de Oliveira a idéa é por vezes á um americano, más a forma é sempre ti de um jçrego: não diz com a belleza rude e aindomavel pujança da natureza da America esse estylo impeccavel, esse dizer sem piacula, em que as palavras fc,a.,

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Á SEMANAPUBLICA-SE AOS SABBADOS

AMO II. RIO DE JANEIRO, G DENOBVBMRODE1886

DIRECTOR E PROPRIETÁRIO—VALENTIM MAGALHÃES VOL. lf-1. 97.REDACÇÃO E GERENCIA.-RUA DO CARMO IST. 36

GALERIA DO ELOGIO MUTUOín

ALBERTO DE OLIVEIRA

Valentim Magalhães, Filinto d'Almeida,A. de Souza e H. de Magalhães -

. AIVTHUB MENDES

CAURAL

SUMMARIOExpedienteGaleria do elogio mutuo III- Alberto de Oliveira o. Bilac.Historia dos sele dias..,.; Filindal.A José Bonifácio, poesia.. L. de Mendonça.Filinto d'Almeida (Notas

complementares) v. Magalhães.Notasbibliographicas.... F.Be Pariza Madri,! Julia Lopes.morenas, (cantares anda-luzes) F. Costa.

Bellas Artes A. Palheta.Auzencia, soneto F. d'Almeida.Jomaes e revistas S.Theatros P. Talma.Sport L.M. Bastos.Tratosá bola Fr. Antônio.Factos e NoticiasCorreio ENB1CO.RecebemosAnnuncios.:

EXPEDIENTEASSIGNATURAS

CORTE

Trimestre 2f)000Semestre 41(000Anno bf.000

PROVÍNCIAS

Semestre. 5B000Anno 10|)000

Sb. T. O. Tostes — I^iracema — Afimde ser satisfeito o seu pedido, queiradizer-nos t numero do ultimo recibo emseu poder.

Sr. J.F.Sá Júnior.— Nictheroy.—Diga-nos V. S. o meio por que podere-mos cobrar a sua assignatura: O cor-reio encontra sempre V. S. para lhe en,tregar a folha, mas o nosso cobradornão é tão feliz. Accresce que o reciboestá em poder de V. S.

Sb. 6. 0. Castro.— Piau.— QueiraV. S. dizer-nos o numero do recibo peloqual se julga quite, afim de que lheenviemos o prêmio que V. S. reclama.

Senhoras minhas, não acrediteis nacalumnia!

Quem vos disser que o meu Albertonasceu em Saquarema, ha vinte e oito .áunos, mente o calumnia este bonito ra-paz e este poeta adorável. Ein Athenas èque elle nasceu, debaixo do céu pu-rissimo da Hellade, que em seus versosrevive.

Por lá viveu : andou pelo braço doamigo 'Theocrito, soprando a frautamaviosa entre os myrtaés, e, em punhoo cajado de pastor, abeberando o seurebanho de cabras na agua crystal-lina dos rios. da Grécia; sua'taça deouro, a transbordar de espumeo licor deOós, tocou muitas vezes o cyatho, quetremia ás mãos cansadas do velho egamenho Anacreonte ; ouvia as sabiaslições da illustre Myrthes de Anthdon ;e Pindaro, que a principio.o amava,detestou-o depois ciumento e irritado,quando o viu terçar galhardamentecom bella Corina nos certames dosjogos Pythicos.

Seus versos disseram os feitos dosfilhos heróicos da. pátria grega, comocelebraram as graças dás mulheres delá. ' ¦ ;fo.

Contam até qiie a formosa Laís ...Adeante. >

Não acrediteis na calumnia, senhorasminhas : Alberto não nasceu em Saqua-rema. Socegae, porém : porque floresceuna Grécia centenares de annos antes deChristo, nem por isso- está velho e ai-quebrado; antes é o poeta mais bellode quantos amaes e decoraes : alto eesbelto como um Apollo de Belvedere,bigodes negros, constantemente ator-mentados pela mão nervosa, frontelarga e uns olhos, uns olhos...

üm dia, não sei como, Alberto, deser-tando a Grécia, veioatravez dos marese dos tempos cantar no Brazil.

Veio e sentiu-se mal: faltou-lhe quasio ar, faltou-lhe quasi a vida ; cedo, po-rém, consolou-o o esplendor da natu-reza da America. D'ahi a singularunião de inspirações gregas e ameri-canas, que seus versos traduzem : sau-dades do bem passado, alegrias do bempresente. Falam dos dias de outr'oraO Leque, Vaso Grego, Lendo os antigos e,sobretudo, A agonia do Heroe; revela-seo amor, que hoje o prende ás cousasd'aqui, nas estrpphes d'_á arvore e d'_iborboleta azul.

Mas a saudade persiste inapagavel, e,mais sincera que a alegria, lhe pungeo coração, e arrebata para os temposque se foram seu espirito finíssimo,educado na austera correcção da Artegrega. Por isto, nos versos de Albertode Oliveira a idéa é por vezes á dé umamericano, más a forma é sempre tide um jçrego: não diz com a bellezarude e aindomavel pujança da naturezada America esse estylo impeccavel, essedizer sem piacula, em que as palavras

fc,a.,

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A SEMANA

são- medidas o pesadas com o máximoescrúpulo, Porquo 6 esta a feição carac-teristica da poesia de Alberto; e —amotinem-se embora com isto os seusinimigos — sempre direi que conheçopoetas brazileiros eguaes e porventurasuperiores a este em elevação deidéias e abundância de imaginação;mas não sei de nenhum que tenhaconseguido casar tanto e tão purosentimento a tanta perfeição de estylo.

Ha versos nos Sorteios e Poemas quemais parecem jóias de ouro fino.trabu-lhadas por eximio e' paciente ourives.

N'4 agonia do Ilerúeo apuro dali o-puaoeme inexcedivel: não ha em todoeste longo e inspiradissimo poema umverso que careca de emenda, um voca-bulo que.não esteja empregado em suamais vigorosa o verdadeira accepçao.

Fazem-lhe j'isto um crime : bradam-lhe que segue caminho errado, semideal definido, rimando futilidades erebuscando termos exquisitos; pedem-lhe que medite e cante a Justiça, aRazão, o Direito, a Verdade, o Pro-gresso, a Civilisação e muitas outrascousas serias que se escrevem com lettramaiúscula. O Alberto ouve os conselhose as injurias, rumina o ponto, torce osbigodes.murmura de si comsigo que estavida ó uma historia, e vae por deante,dando novo primor á architectura dosversos, assoalhando e remoçando maisum vocábulo esquecido.

Não ha clesvial-o d'.este caminho : eé a esta perseverança e ao seu talentoextraordinário que deve a posição deMestre que lhe reconhecem todos.

Sei de muita gente que ha de franziros sobrolhos e rugir, com largos gestosde indignacão.que isto ó um desaforo,que nada

"mais faço que armar aoselogios cVelle,—elogiando-o. E' falso !•,iuro pelos olhos de Cleopatra e pelabocea de Helena que é falso!. Verãoque o ingrato é capaz de no próximonumero A'A Semana chamar-me feio emau poeta. Pouco importa. Nem portão pouco deixarei de affirmar queAlberto de Oliveira é um dos poucosartistas 'que sabem honrar a nossainirrada littèratü.ra: revelou-se com asCanções românticas, afflrmou-se com asMèridiónaes e vingou a cumiadado re-nome com os Sonetos e Poemas.

E' um Mestre;-e não quero.para qaenão pareça demasiado o elogio., dizerque logar lhe será assignalado entreos Mestres, quando vierem á estampaos duzentos sonetos de um poema aindapor limar e corrigir, e cujo titulo nãome ti permittido divulgar por agora.

E'isto o poeta... Do homem, do meuadorado Alberto que poderei dizer ?Direi que 6 um coração puríssimo e umcaracter immaculado. Tom o direito dese trancar a sete chaves num orgulhojustissitno.e não conheço ninguém maisamável. Não sabe odiar: mas cautela...não insulteis a Forma 1

Vive para as musas o para a familia—e notae que, vivendo para a familia,tem muita gente a quem dar ávida,porque conta dezeseis irmãos, quasitodos poetas de merecimento. -Aindaassim, sobra-lhe coração para vos amar'e servir,—damas de todas as edades,que inorreis por elle, como uma certapessoa que o adora e o tem por amigosincero e mestre querido.

Amaé-o tambem'. porquo a lyra deouro, que tão dócil e sentida so revelaao tracto amestrado de seus dedos, e avós què se dirige e ao serviço vossoqueestát , mAY0BILAC.

HISTORIA DOS SETE DIAS

A sciencia é a,religião dpFuturo..A. Dumas filho.

Já eu estava a lamber-mé todo decontente por não haver espaço para achronica, quando o paginador ine veiodizer que tinha apertado a matéria, eque, portanto, lhe pozesse para ali oitottras de historia. Malvado!

E estou agora como aquelle cadáver(salvo seja) do Atacado do Sepulchro,que olhou em roda e não achou nin-«uem. Parei, sentei-me, e com a pennamaguada olhei em roda e .achei quasinada. _

Emfim, como falei no Noivado do Se-BUiclu-o, vou passar pelos cemitérios, acorrer, porque, apezar dasflorese doscyprestes que vicejam na cidade sa-grada dos mortos, eu não me lio muitodoscoveiros... . ,.

En sou, decididamente e convicta-mente, pela cremarão dos cadáveres,ainda que protestem os alfaiates e ossapateiros. Nem comprehendo que hajaquem, tendo meditado um quarto delióra, prefira o apodrecimento subter-raneo á purificação pelo fogo. Mas, em-quanto a gente tiver de sujeitar-se atvrannia das leis, quo so n is daoaquelle meio de acabamento para osnossos mortos queridos, bom e que semantenha o culto christão da necropoleaugusta, onde as nossas affeiçoes estãosepultas com pedaços da nossa alma,que lá foram acompanhando com asderradeiras lagrymas' as primeiras an-' gustias da saudade inextmeta.

O que ine repugna é que esse cultome seja indicado pelo. Almanach dosirmãos Laemmert e que a manifestaçãointima, espiritual dos meus sentimen-tos tenha um dia marcado para as ex-pansões. Se para os mortos de algumacoisa vale o pranto dos vivos.o que naocreio, pobres dos que tiverem de espe-rar as lagrvmas a que a folhinha abre atorneira. Nao sei porque.mas não gostode chorar de súcia. Repugna-me que sevá em romaria á casa dos mortos, exac-tamente como se vae á casa daseuliorada Penha. .:..'¦', ,

Se fòr preciso o aviso do almanachpara eü me lembrar dos meus defunetosamados, é que o meu sentimento e aminha saudade por elles já de ha muitobateram as azas ideaes e se foram, como

.as illusões, mar em fóra do esqueci-mento. ' ,

Tem razão o meu querido Eíoij, o heróe.Com referencia a este. assumpto soltouJosé Telha na quinta-feira o macaqui-nho sentimental. Certo que escreveuuma bella pagina de estylo ; mas, arespeito do critério que xrsam ter os .seus simõesinhos, não lhe posso dar osparabéns d'esta vez. m

Quem lhe poderá aftirmar que a se-pultura de Maria F. não tom sido muitomaisregada de lagrymas, e muito maisornada das flores puríssimas do cora-ção, do que a maior parte das que laestavam alumiadas por vellas de cerae enfeitadas pelas . flores de Mme. Ro-sehwald? ..

Tambem eu por lá tenho uma Mana,ha alguns annos, e nunca lhe levei fio-res artiüciaes á modesta campa, nemno dia 2 de Novembro nem em dia ne-nhum. Entretanto, quizera que algnemtanto chorasse e sentisse a minha morte,quanto eu tenho sentido e chorado acia minha pobre Maria!

E' que para lhe levar flores á campa.faltava-me a sinceridade da crença. Oculto da sua memória guardo-o e ceie-bro-o eu perennemente no meu colação,a campa onde a sua alma repousa napureza impoluivel da immorredoirasaudade.

Ie foi s'omuse. Emquanto viaja pelo

interior de S. Paulo (de S. Paulo pro-vincia, entenda-se ) o imperador vae-se-divertindo o mais que pode, e faz bem.De todos os seus divertimentos, o quechegou até nós, como um raio da graçadivina, foram as quadrinhas de glosaao motte . dado pelo Sr. Saboia, o quetudo me foi transmittido pelo meu in-comparável repórter, assim como foi re-mettido á Gaseta pelo Serzedello.

Eis o motte:

« De. Casa Branca a cidadeAlegra quem a visita,Pois ao lado das sorocasHa muita moça bonita.»

Foi glosado pelos Srs. barão de Ivi-nheima, visconde ile Paranaguá, D. Pe-dro II e bárao de Saboia.

D'estes quatro cavalheiros o únicoque tem fama de sábio, de litterato ede poeta—é o imperador. Pois bem; aquadra de S. M. é inquestionavelmentea peior, notando-se que as outras jásão medonhas! Eis a imperial estrophe,destinada a servir de pendant á do « fielpovo ituano »:

' « O poeta ve-se em apurosAcha trocas e baldrocas,Mas a rima não lhe agradaApezar de taes sorocas.»

¦**

Realmente é necessário ter muita ou-sadia poética para escrever isto emterras por onde andou o fallecido poetaMargarida. O imperador ficou com maisuma vergonha para o seu reinado, por-,.que, além da desgraça dos versos,*dá-se ainda a circumstancia de não serglosa, como devia ser, ao terceiroverso do motte, que ó muito differente.

A«*ora, Srs. poetas medalhados emedalhões, ide lá. para as palestras

¦litteraria3 submetter ao alto critériopoético de S. H. as vossas estrophos im-mortaes: elle, que faz d'aquillo, devecomprehender-vos optimamente. ,...*;

Recebi nesta semana os seguintes,telegrammas:

1 tú, 3,11 horas.Sincero acolhimento fiel povo ituano

gravado fica peito grato soberano.Itú, 2.1 da tarde.

Imperador visitou estabelecimentosmuitos, menos collegio S. Luiz. Estra-nhesa publico.

Presidente municipal pasmado da na-riz subdelegado. Jesuítas furiosos fu-mando. Propósito mande cigarros.

Campinas, 30 de Oitubro (Retardado)..Imperador assignou quinhentos mil

estatua José Bonifácio por tio ter sidotutor seu. Povd registra admiraçãotutor, eu tambem.

Campinas, 30,10 da noite (Idem).Serzedello propoz imperador erigir

tambem estatua tutor. Imperador dissejá tem. Serzedello propoz chafariz. Im-perador custou comprehender, depoiszangado mandou Serzedello fava deucharutos. Serzedello pagode troça be-xiga.

FILINDAl

' Muita gente em Pariz contenta-secom o espectaculo dos espectadores.Admirar uma parede, por detraz daqual se passa alguma cousa, é ja paranós um objecto de muita curiosidade..

V. Huoo (N. D. Se Parig.}

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A SEMANA 359

AJ0SEB0HIFAC10

Viu-se emfim que era humana aquelle espirito :A Norte o quiz provar,

.E, temendo « protesto, impóz-lhe aos lábiosOsellotumular.

O' revoltante iniqüidade l o OceanoE' grande, abraça a Terra e a esbofeteia,

¦Lucta com o torno Céu, que o chicoteia~Com os lâtegos do raio, e soberanoTriumpha c canta indomito e selvagem.

Q Céu é grande; — imagem¦Da eterna força nunca fatigada, —

Apenas aplacadaA tempestade, a dôr qne ulula e chora,Volta-lhe a azul puríssima alegria.Riem-lhe as graças infantis da aurora,Ou tem do occaso a ardente maravilha,Ou dos astros a accesa pedraria.O Rio é grande, e eterno o Rio corre,O Soí é grande, e eternamente brilha.

— O Gênio é grande, e morre .''Quando â tribuna olympico assomavaComo se.o gênio da eloqüência fôra,Rápido o vôo poderoso alçava,Águia, dos altos céus dominadora.Já não ha qtie subir, e sobe avante,

Sabe a perder-se à vistapDos que a seguem attonilos, pasmados;

E quando vclta e quêda-se arquejante,Traz na febre dos olhos desvairados

Os clarões da conquista l

A águia está morta; no seu ninho alpestrePousou para morrer, entre o nevoeiroDa terra idolatrada. O derradeiroHymno lhe canta ag07-a a harpa sylvestreDo Cubatão, tangidapelos ventos.Exhala o mar soluços e lamentos¦Pela deserta praia, No horizonte,Como uma guarda de honra se perfila .A Cantareira.' 'A águia está morta; agora'Levante a negra iniqüidade a fronte !

Roje a serpe tranquilla,E o macho insulte a aurora !

« Como um tambor ao fim d'uma batalha », (•*)Rompeu-se o altivo coração estoico, •Que pelo Bem pulsara em desatino.Nunca nas brancas dobras a mortalha•Outro envolveu mais puro e peregrino/— Chora e abençoa, Pátria, o filho heróico,E tu, Justiça, o morto paladino t

Protege-nos d'além, sombra bemdicta !Grande espirito, não nos desampares ! ¦ ¦Tu, — como o gênio tutelar que habita,Para os antigos, nos àccêsos lares, — ;

Ufa alma da mocidadeBrasileira, que te ouve eternamente, «¦Abrazada no amor da liberdade,Tent culto eterno cm ara sempre ardente !

Valença, Oitubro de 1880.LÚCIO DE MENDONÇA.

'' (*) Guerra Junqueiro, Posi-scriptum da rallaCommum.

FILINTO DB ALMEIDA. ( NOTAS COMPLEMENTAKES DO AETIO0DO N. 98)

Disse eu que Filinto possuía emgrau elevadíssimo o precioso dom daintuição. Faltou-me o espaço para apre-sentar de tal asserto a prova mais irre -fragavel. •

Em 1876 publicou Filinto d'Almeida,no Diário Popular, na occasião em quese annunciou haver Pio I i convocadoum conclave, a-seguinte poesia :

« O CONCLAVE

O heróe do Vaücatio.o triste octogenário,Caliio na prostração d'um extasi piofundo;E dizem até já qu*envo!to n'um sudarioVae relatar a peus escândalos do mundo.

Mas antes de lazer a ultima jornada,Confere Com a Caixa as Vendas a dinheiro;Mas a escripturação vae tão atrap ilhadaQue elle.inüa náo lançou a escripta da Janeiro.

Dizem que consultou o Sr. Machado Reis,Mas nada conseguio de bom para o escriptorio.Porisso, reconeudo ao código das leis,

. Prepara á freguesia um conclave illusorio.

E S. Pedro, no céo, sócio co-nnianditarioDa casa cominercial chamada Vaticano,Está com seu receio: a escripta no DiárioAugura uma falleneia atóaófim doanno.:

Portanto.indalieide lêr no estabelecimento,N'alguma tabole;.a,em lettras de crystal:

Great attractiòn '. 1'reguez ! Quarenta e doispor cento!

Até ao fim do mez! Liquidação íinal •: »

1870.Aparte o valor artístico, tém estes

versos o tom dos do Guerra .Junqueiron'A Velhice do Padre Eterno, Releia-sé aCircular e ver-se-á que elles tem mesmoalguma cousa mais do que o tom dapoesia dé Junqueiro em sua phase re-

. cente: tfim a idéia fundamental, o pen-sainento geral d'aquella composição,magnífica de humour e de extravaganteoriginalidado. '.

Uez annos antes de haver Junqueiropublicado a Circular, tinha Filinto con-cebido a mesma exquisita organisaçaocommercial do Vaticano, com idêntica«liquidação» e semelhante falação aospios freguezes.

Esta adivinhação do Filinto é umarica amostra da'pujança do seu talentoe do seu assombroso podei- de intuição

sensível, intellectual e moral.Por mais um pouco teria este diabo

escripto a Circular.E' que não pensou nisso. Foi pena.

'

. Ultima nota; nota que também mediz respeito.

A muita gente tem interessado sabercomo se realisa o trabalho da nossacollaboração para o theatro, pois.jun-ctos temos trabalhado ein cinco peças :tres traduzidas —da3 quaes duas emverso—e duas originaes. Nós mesmosteríamos .dificuldade em explical-o.Os nossos espíritos afinam e concer-tam-se por tal maneira que, á seme-lhança dos irmãos Goncourt ou deMeilhac e Halévy, conseguimos pensarjunetamente e junetamente escrever.

Uma collaboração intima, transfusa,completa, singular; ao poneto de, pas-sado algum tempo sobre o trabalhofeito, não podermos saber.nem elle nemeu,-o que ã'elle veio nem o que de mimpartio. Aconteee-nos com frequencia,notrabalho, pronunciar simultaneamentea mesiná phrase ou a mesma palavra,exprimindo um sò pensamento.' (Jorao nem uin de nós tem a estulticiede. sustentar o seu amor próprio emcousas litterarias, de modo a vencer ooutro, quando, em desaccordo de idéiasou desencontro de phrases, reconhece-mos, ou elle ou eu, que è o companheiroquem tem rasão, cedemos logo que nosconvencemos d'isso: codemosjpara bemde ambos. Tão unidos e confundidos

andamos em cousas theatraes que nomundo dos bastidores diííicilmente sa-

a.bem qual de nós é o Filinto nem qualnão é o Valeiitim. •**Nas lettras cã da terra creio que çste(joncourtismo não tem precedente. Oxalá,

como espero, que se prolongue pormuito tempo.VALENTIM MAGALHÃES.

NOTAS B1BLI0SSAPHI0ASEstá publicada uma nova obra do

ülusírado Sr. Guilherme Bellegarde.Trata de lexicologia e intitula-se Voca-bulos e locuções da lingoa portuguesa. E'um nítido volume de 180 paginas;edicção da casa Alves & C, suecessoresde Nicolau Alves. Pede apreciação es-pecial este importante trabalho.

F.

DE PARIZ A MADRIDNa ante véspera da nossa partidade Pariz fomos dizer um adeus de des-

pedida ao Bois de Boulogne, esse saudosoBois, delicia de estrangeiros e de na-cionàes.

O céo, banhado de azul, com umatransparência idealmente cândida, abo-badava encantadoramente o lindíssimopasseio onde os pinlieiráes difundiamo seu aroma resinoso • e sadio, e asramas lustrosas do arvoredo se embe-biam de luz doirada e acariciadora.Deixando o carro na curva de umaavenida sombria, entrámos no Jardimde Acclimação e dirigimo-nos vagarosa-mente para b restauram. Emquanto odiligente garcon, punha-nos sobro amesa os pastelinhos de creme e os coposde greiiõdtne gelada, olhávamos nóspara as ruas do jardim, onde as criaa-ças passeiavam, recostadas em carrospuxados por umas zebras elegantes, ouencarapitados no dorso onduloso doscamelos, ou repoltreados orgulhosa-mente no enorme e vagaroso elephante.Nas mesas do botequim conversavam acomiam gulosamente homens, senhorase meninos, rindo despreoecupados.Aqui um grupo de inglezes discutindoacaloradamente a questão Gladstone;ali uns italianos cantando no seuidioma uns elogios a Fiorensa; acoláuns hespanhoes atirando para o ar afumaça azulada dos seus charutos orufando com os dedos na mesa aquellacançoneta de Robinson — O' que bon.paysl; mais adeante dous chins, nas-suas túnicas de seda umarella e azul,com os rabichos a tocar-lhes os calca-nhares, e os olhos em amêndoa, arre-gaçados ao canto, fitando embevecida-mente umas francezas risonhas, que arepetidas dentadas devoravam unsdoces de chocolate; rindo-se das ter-nurassuspir-osas dos languidos filhosdo Celeste Império...

Atravessámos de novo o jardim, pas-sando pelasiaulas e pelo grande lago dasphocas, onde as crianças riam batendoenthusiasmadas as palmas ao veremsurgir ã flor das águas as cabeças acha-tadas d esses ámphibios de olhuSíescu-ros e inteiligentes. ' ?¦¦'¦•"'.*¦Entrando de novo no carro,' segui-mos por bellas avenidas até á cascata.Na mansidão do lago retlectia-se o céoimiuaçulado.ae nuvens.

Entro os carros postos em descançoa sombra das acácias, e entre os nuase cruzavam com famílias em todas asdirecçoes, gassavam grupos curiosos.Umas irmãs de caridade seguindo asdiscípulas, uns estudantes alegres com

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36o A SEMANA

uns chapeos brancos de abas descahi-das; e até um grande rancho de pessoasacompanhando uns noivos. Ella, -anoiva, de branco, sustendo na mao en-luvada a grande cauda do vestido, como vaporoso véo a envolver-lhe o bustotodo enfeitado de flores delarangetra...

Ca n'est pas chiei é certo, mas e m-questionavelmente pittoresco para-quem, simples espectador, presencia osmimosos detalhes d'essa encantadoratela viva e brilhante, — o Bosque naprimavera-, o Bosque onde a alta aris-tocracia dá os seus readeg-vous, e ondea burguezia passeia, até mesmo no diade noivado 1 Do restauranf sahja umoutro casamento. Entravam pava umgrande carro, espécie de char à banes,noivos e convidados. As gargalhadasretiniam metalicamente no ar; a noiva,corada e risonha, falava muito dei-tando a cabeça para traz; o noivo coinum grande ramo ao peito, olhava tri-úmphante de redor; e pães e padrinhose amigos, vermelhos, alegres, amarro-tados, sentavam-se, depois de grandesdiscussões, nos assentos de marroquimdo carro-, que partia,levando para longeo ruidoso bando, cujas vozes ouvimosainda por muito tempo.

Quando voltámos pelos Campos Ely-seos, para o hotel.indo atravessar aindao elegante parque Monceau, ao vermosa mais bella parte de Pariz doia-nos naalma uma saudade grata a tantos es-plendores.No ultimo dia, depois de um almoçode despedida, entre amigos, dirigimo-nos ao boulerard St. Germain, á casa deuma das celebridades médicas actuaes,o Dr. Charcot. Emquanto esperávamoso noaso querido doente, que se demo-rava a conversar com o distincto me-dico francez, observávamos os objectosartísticos, as tapeçarias, oa álbuns, oparque visto atravez dos vidros dagrande janella, onde desmaiava a luz;e aos nossos ouvidos soavam,.vindos dediversos grupos, como na véspera, pa-lavras inglesas, hespanholas, italianase francezas, num mixto estravagante.Não ha, decididamente, terra mais vi-sitadapor estrangeiros! Quando sahi-mos, uma chuva fina cahia sobre oboulevard St. Germain. Chorava o céode Pariz l

Na manhã seguinte levava-nos umcarro á gare de Orleans, d'onde poucodepois partiamoa com direcção a Bor-deaux. Em pé, junto á janella do wa-gon, dizíamos com ó lenço o ultimo,adeus á encantadora cidade que iadesapparecendo ao nosso olhar sau-

, doso.Fazia frio e era noite quando chega-

¦ mos a Bordeaux. Atravessámos em¦'. carro fechado a cidade. A chuva batia

nas vidraças, impedindo «íue víssemosalguma cousa daa ruas. O cansaço, a

- humidade do tempo, convidavam-nosa© repouso;'foi, pois, com verdadeirasatisfação que nos sentámos recostada-mente nos fauteuils do velludo verme-

; lho do nosso quarto agasalhado pela, alcatifa e por grandes reposteiros car-

mesim.No dia seguinte, domingo, acordámos

ao som repinicado dos sinos. A manhãestava de uma claridade suave, emboraazul. Esperava-nos á porta um íandatidescoberto;sahimos.Em frente na égrej aSt. Dominique entravam os lieis para amissa;um bom ar de alegria inundava•arua. Percorremos vagarosamente asgrandes avenidasladeadas de arvoredo,onde o povo pasaeiava alegremente aobrando sol d'essa manhã de domingo.Seguimos depois pelo caès; no porto,um grande numero de embarcações;aqui enormes cascos de vapores em re-paro, além o vozear alegre da niari-•nhagem, lavando os convezes dos na-vios, a cantar. Nos ponetos mais afãs-

tados è silenciosos, pescavam á linhaunã pachorrentos burguezes.com o rostosombreado por grandes chapeos depalha.cachimbo na bocea e roupa clara.Passando pela grande ponte de dezesetearcos, observámos d'ahi a vista da ci-dade á beira ;do Garinne, oú Mr. ie mar-quis a vu le jour, como diz a cançãoque desde pequenas cantávamos e queiamos mentalmente repetindo ao ver orio nella falado e que ali estava ro-lando as suas águas limpidas a nossospés. Voltando ás ruas centraes, admi-ramos os elegantes e modernos edin-cios, o grande theatro, o jardim publicoonde passeámos demoradamente, osmercados, curiosos pela animação, ta-manlio e acceio (no das fruetas compra-mos os mais bellos e deliciosos moran-gos que em toda a vida temos comido);o Arco do Triumpho, a cathedral emais egrejas. Havia nesse dia um es-pectaculo interessante em Bordeaux —a feira de St. Fort.

(Continua.)JULIA LOPES.

( C A N T A R E S A.N D A L U Z E S)

Por três cousas me prendeste,Minha sereia pequena:Por teres os olhos pretos,Por alegre e por morena.

Esses teus olhos, morena,Dijas estrellas imitam,Que se me fitam, me matam,E morro, se me não filam,

Bemdicto seja o saevario,E bemdicto o altar e a cruz !Bemditcas sejam as mães,Que düo morenas á luz i

Nasci branco e vou dizerPorque estou moreno agora:E' que adoro uma morenaQue me queima a toda a hora.

Ninguém ha que não conheçaDas morenas a virtude;Aos saudáveis adoecem,Aos doentes dão saude.

Viva tudo o que é moreno!Viva o moreno sem arte iIsto digo, p, ás me tocaDo que é moreno uma parte.

Podem beijos de morenaA quem uma vez os prova,Atiral-o á sepultura,Oulevantal-o da cova.

Moreno pintam a Christo,E morena a Magdalena,E' morena a minha amada..,Pois viva quem fôr morena!

Pela rua abaixo vêmUma guitarra de prata;Vem tocando, vem dizendo:« Uma morena me mata. »

Eu preciso divulgar,Das morenas os segredos:Quem tocar numa morenaDeve ate lamber os dedos.

*Vem sahindo o sol dos soes,Vem sahindo a lua plena,Vem sahindo os resplendoresD'uma carinha morena.

Quem o amor d'uma morenaPassa a vida sem provar,Vae-se embora d'este mundoSem saber o que é amar i

FERNANDES COSTA.

Victima de uma terrível affecção car-diaca, falleceu no dia 3, á uma hora damadrugada, o Sr. Ângelo BaptistaFernandes de Souza, pae do nosso com-panheiro de redacção Alfredo de Souza.

O finado era ha muitos annos empre-gado na secretaria da policia de Nithe-roy,onde as suas excellentes qualidadesde caracter lhe grangearam muitosamigos.

Ao noaso estimado companheiro e ásua Exma. familia damos, compungi-dos, sinceras e cordiaes condolências.

Será resada a mi3sa de septimo diana próxima terça-feira, ás 9 horas, naegreja de S. Francisco de Paula.

BELLAS ARTESEXPOSIÇÃO DE N .FACCHINETTI E HENRIQUE

BERNABDELLI. •

Na primeira sala ã esquerda, daImprensa Nacional.estão reunidos vintequadros de Nicoláu Facchinetti. ¦

São vinte miniaturas, pintadas com opaciente cuidado que caracterisa asobras d'este artista, coloridas com umesplendor fora do vulgar, desenhadascom um escrúpulo extraordinário,quasi que fatigante.

No gênero miniatura têm, incontesta-velmente, grande valor; mas, desde quesejam bem estudados,'as primeiras qua-lidades que os distinguem — harmoniae riqueza da côr e das linhas—desappa-recém -deante da monotonia dos tons,que conservam,—quer nos primeiros,quer nos últimos planos,—o mesmovigor, a mesma intensidade.

E' inteiramente impossível (jue oórgão, visual de Facchinetti veja, des-armado, as distancias que em seusquadros vemos tão nitidas, tão aca-badas. Para alcançai-as,o artista lançanião de lentes de aügmento, que o obri-gam a dar aos últimos planos o pesodos primeiros, d'onde resulta um tra-balho incalculável paia vencer osafastamentos,- e por conseguinte, umagrande carência de expoutaneidade napintura. Verdade é que nada temoscom o tempo gasto pelo artista com afeitura da sua obra. Que leve trêsannos a pintar um retrato, como Den-her,- ou trinta dias a concluir umaminiatura, como Meissonisr; pouco senos importa... Mas, levem o tempo queentenderem, satisfaçam as exigênciasda arte l

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A SEMANA 36i

Òs quadros de Fàcchinetti, as maisdas vezes, peccam por esse lado.

Reconhecemos, ao mais ligeiro golpede vista, o artificio empregado pelopintor para vencer tudo quanto esca-pou á sua faculdade de coordenação ; eo trabalho que, a pouco e pouco,vae-se-nos afigurando melhor, pela habilidadeda sua technica, pelo calor do seu colo-rido, é, na sua complexidade, mais umaobra de paciência, inais uma prova deinfatigavel cuidado do que uma sim-pies obra d'arte.

Feita por esse systema—systema iden-tico ao da confecção dos machinismosde pequenos relógios,—nenhuma parteda commoção sentida pelo artista,a obrapossue. Torna-se, indubitavelmente,fria, embora correcta, inútil apesar demui trabalhada.

Dir-se-á,deante d'essas pequenastélas,qne a natureza parou para o paiza-gista ; tal é o ar anectado, tal é o partipris que se lhes nota. E onde está ocaracter da natureza brazileira n'esseuniforme rendilhado das folhas ?

O detalhe, minuciosamente feito, mis-tura todas as formas; do meio d'aquéllasmassas feitas a bico de pincel eá pontade canivete, não se distingue,, á dis-tancia, a diversidade dos vegetaes : ótudo semelhante. Repara-se, analysa-se,investiga-se com o máximo cuidado, etudo^ tudo, guarda a mesma pro-• porção, contem.o mesmo exagero.

A natureza para elle ó impassível, éuma estampa de academia. Alli está emsua frente, queda, silenciosa, inerte;sempre com o mesmo aspecto, semprecom os mesmos accidentes.

Arma o cavallete, e dia por dia vemcopial-a, a uma determinada hora, semque uma differença se lhe apresente etintile, longamente, dentro em si, aodoidejar da sombra da mangueira sobrea campina, quando uma aragem passa-geira, descendo das montanhas, sacodeos vegetaes que a modona ènnervada doverão quedou por longo tempo.

Elle propio, o artista, reconhece estedefeito, e, para fugir da sua gravidade,despreza a paisagem pelo panorama.

( Continua )ALFREDO PALHETA

RECTIFICAÇÃOEm o n. 96, artigo — Bellas Artes, 3"

columna da pagina 351, linha 35, ondese lê e dos complementarmos, leia-se: e dascomplemantarias.

<AUSENCIAA D, MARIA LUIZA DE ALMEIDA

Uma coisa, senhor, por certa asselle :Que nunca amor se afina, n«m se apura,Emquanto está presente a causa d'elle,

Camões, Elegia.

Quando ella estava juncto a mim, diziaÀ vos do meu amor : — Ama-l'at e tantoQue nem tu sabes, veníuroso, quanto IE eu dizia a mim mesmo que o sabia.

Em fogo ardendo a Natureza fria;Em tudo succedendo o riso ao pranto ;Tudo' banhado no suave encantoDn seu olhai, por toda aparte eu via !

Oh l «te a amava tse a amava ! Mas naquellaÁurea quadra de amor, tendo-a, presente,Nüo me fulgia tanto a minha estrelia»

Hoje ê que eu sinto o meu amor vehemente ;Hoje, que ella está longe, ausente (PeitaEu de mim mesmo penso estar ausente I

3ldeoitubro,de.86.FllltITOVALMBIDÂ.

JORNAES E REIÍSTASA Tribuna do Norte, jornal de Pinilâ-

monhangaba, na louvável intençãode prestar homenagem á memória doJosé Bonifácio, fez umas cousas muitoengraçadas.'Ein meio da primeira pa-gina, tarjada.sob um emblema fúnebre,

. escrevuisto:S1LENCIÜM VESTIS FACÜNDIUS.vestis I Ouvio cantar o gallo sem

saber onde. E começon a noticia dopassamento por esta fôrma :

« falleoimento. — A hora que appa-reeemosja ninguém ignora o desappa-recimento da scena do mundo do athletada palavra, cfaqulle relâmpago do gênioque se chamou José Bonifácio e que¦ cognomisaram o lingua de prata. »Textual e ... hilariante /

Está publicado o n..9, (30 de Oitubro)da Revista lios Constructores, magníficapublicação, heroicamente fundada emantida pelo Dr. Araujo Viana. Mui-tos e bons artigos technicos o excel-¦ lentes gravuras sobre madeira pelohábil xilographo Alfredo Pinheiro.

S.

emquanto, tenha a enfermidade assu-mido caracter assustador. Muitas temsido as demonstrações de apreço e sym-

Íiathia que tem recebido durante a mo-

estia a distineta actriz. Desejamos-lhepromptas e seguras melhoras.

P. TALMA.

THEATROSO e3timadissimo actor Furtado Coe-

lho foi no domingo victima de um ata-que cerebral que o pròstrou no leitodurante três dias. Felizmente, comgrande regosijo de todos que o conho-cem, a moléstia não .teve conseqüências,e já na quarta-feira tivemos o prazer deo abraçar no nosso esçriptorio, onde ofelicitámos pelo seu rápido reatabele-cimento .felicitação que repetimos agoracordialmente.

LUCINDA

Recomeçaram neste theatro as repre-'sentações da Seraphina, do Sardou,

Ensaia-se a Causa celebre, peça deD'Ennery, qua ha seis annos foi repre-sentada no SanfAnna, pela companhiado Guilherme da Silveira, com grandesuecesso.

RECREIO

Continuam os ensaios do Filho daNoite, emquanto dura e se prolonga o.suecesso a A Martyr.

S. PEDRO

Os espectaculos do Conde Patrizio, ohabflissimo prestigiador, têm levado aeste theatro enorme concurrencia.Tam-bem ha razão para ia3o: o^illustre pres-.timano e illusionista varia-os todas asnoites e sempre para melhor.

SANTANNA

Herôe d força e Corça do bosque são asduas peças que estão em scena nestetheatro.

Está em ensaios a Befanà, opera-co-mica italiana, e Pintar, o padre, operetaem 1 acto, de Castro Lopss lilho e mu-sica de Abdon Milanez. *

Tem estado gravemente enferma aactriz Helena Cavalier, sem que, por

SPORT

Estiveram animadas as corridas doJockey-Club ho domingo passado e osÈareos

foram regularmente disputados.,lis o resultado:No 1» pareô (1.609 metros) Daniy, ,em 111 segundos, venceu Galgo, quechegou em 2°, Pímíwí em 3» e Argentino

em 4°. Atilla e Pip vieram na bagagem.Feiticeira, Odalisca e Tamoyo não cor-reram.

No 2» pareô (1.450 metros) Biscaia,em 99 segundos, bateu seus competido-res. Nicoafy chegou em 2»e Ivon em 3°.4ra%,que era o favorito, negou a par-tida e saliiu com muito atrazo, che-gando ria bagagoin juntamente comApparecida, Calana, Orpheu, Paulüéa eDouro. Sartarelle, Caporal, Morena e Gua-naco não correram.

No 3» pareô (1.609 metros) correram.Peruana que em Í08 segundos .foi ven-cedora e Mastin, que chegou em 2», Dio-mede em 3» e Gasida, que ao sahir der-rubou o jockey.

No 4o pareô (1.000 metros) Gaudriole,em 67 segundos, bateu Cheapside quechegou em 2°, não parecendo muitoindisposta e mal corrida. Curubaid eSpeciosa chegaram na bagagem.

No 5» pareô (1.450 metros) Gabier,em 100 segundos, sahiu indevidamente*vencedor, visto Echoron deixar-se bater,chegando em Z«.Castülione em 3»,- Ama-sonas, mancou logo ao partir. Africanae Froufrou não correram.

No 6» pareô (2.000 metros ) Boreas foio vencedor, em 140 segundos, com im-mensa facilidade, tocando-lhe olfirandePremio de 5:000#. Síbylla chegou em 2»,Pery em 3», Sans-Souci em 4». Salmo IInão correu.

No 7» pareô (2.000 metros) Plutõo,apezar do pezo de 75 kilos, ainda d'estavez zombou dos seus competidores,batendo-os em 140 segundos. Baijoccochegou em 2», Boyardo em 3» e Diomedeem 4». Curubaid, Bonita e Talismáii nabagagem.

Realisou o Derby-Olub no dia 1 docorrente a sua 4« corrida extraordina-ria com bastante concurrencia e ani-maçSo,apezar do tempo ameaçar chutaa cada instante.

Os pareostornaram-se interessantesSela

porfiada lueta que nelles travaramiveraos parelheiros, que d*esta vez seapresentaram convenientemente trata-dos. Eis o resultado:No 1» pareô (1,450 metros) PeraUa II,em 104 segundos, bateu ViUa-Nim etAmericana, que affrouxaram na reitade chegada, chegando aquella em 3" eesta em 3° logar. Orpheu, SaUárell* ePeraUa chegaram na rectaguarda.No 2o pareô (2.000 metros) Reginafacilmente, em 146 segundos, bateu osseus competidores, que eram fracos.Caporal em 2», Regalia em S» e Cáwurdistanciado. -,:. 7No 3» pareô (1609 metroB j Odáitea,

em 116 segundos, (máu tempo) bateuGalgo, que desgarrou, e Dandy, quis fezmá corrida, devido ao jockey. 7No 4» pareô (1.450 metros) Èckmnfez brilhante corrida, sahindo atrazado,

e venceu em 99 segundos Phenicta, queera a favorita, e chegou cm 2», Pane*/ eCastellione vieram em ultimo logar.

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36a A SEMANA

No 5» pareô (1.750 metros) Bogardo,em 193 segundos, inesperadamente ba-teu Druid, que chegou em 4» e Bagoco ein*2°, os competidores mais forte3 destepareô. Aymorè chegou em 3°. Os demaispãrelheiros não tiveram classificação.Biscaia & Douro não correram.

•No 6» pareô (1.609 metros) Scijlla, em108 segundos, com alguma facilidadevenceu Satan quo chegou em 2o, e Chea-pside em 3» — Êsehibitor e Catita na baga-.gem. Peruana e Paulicêa não correram.

No 7" pareô (1450 metros) Pip, om105segundos,sahiu vencedor de Chapecó,que propositalmente deixou-se vencer,sendo por isso multado o jockey em200fl Fatwiía e Pampeiro ficaram distan-ciados. Tamogo não correu.

No 8» pareô (1.200 metros) Eucharisfacilmente bateu os seus adversários,cm 88 segundos. Africano chegou em 2»,Èolere em 3»eBajaassií em 4». Guachoe Tufão não correram.

Com um importante programma, emaiue ha dois esplendidos pareôs dehandicap, realiza amanhã o Prado VillaIzabel mais uma corrida que, indubi-tavelmente, ê digna dos maiores elogios

. e da mais alta importância- para osadeptos d'este útil divertimento.

Em nossa ultima pagina, encontrarãoo esplendido programma onde poderãoá vontade consultar o deus Palpite.

L. M. BASTOS.

TRATOS Á BOLASombra de páu não mata cobra.

(Piovs. de Salomão)

Ora já se viu, em todo este valle delagrimas, calumniador de marca maiordo que este meu falsário collega, de frio-riosa memória, que se chama Frei Sim-olicio 1! Dizei-in'o, se podeis, ó tratistasde todos os tempos e de todas as edades!Aquillo não é frade, não é nada 1 E' aintriga mettida numa sotainal

Echamar-se Simplicio um semelhantevelhacãol Que anthythese.minha NossaSenhora das Candeias 1!...

Também não admira! se elle é da'Ordem dos Büontritas'.Dizer o tratante que me abarrotei,

na sexta-feira ultima, de peixe e deoutras eousas mais. Judas Iscariote!Dizer isto de um pobre frade, que vivecom a barriga pegada no espinhaço,

-devido aos jejuns e á penitencial.Nãovê que eu não sou como elle, que, emvez de atirar-se ás sardinhas, aos ba-

. riés, aos camboatás, aos acarys, emsúmma—aos peixinhos, atira-se comunhas e dentes aos peixões I Não vê I ?...

-Orna vez, constou-me até que elle co-mera, sem- que lhè estourasse o pan-dulho, uma baleia inteira com barba*tànás, azeite e tudo 1 Pois se é do azeitemesmo que elle mais gostai Baba-sepor azeito, o írant-ui&crBias! Emfim, po-nhamos para o lado este biltre tonsu-rado, que será capaz de vender aBèlzebuth, por meia pataca de goso, acommunidade em peso, e tractemos dostratos.

Eis as decifrações dos do n. 94:Da antiga:—Tgranna;Das tiburcianas: •—1« íimonada; 2*

SoUcitaior; 3» Saracura. .Das perguntas: —1« Meia; 2« Pinta-

sròxo; 3« Sabia, Sabiá.Foram decifrados pelos seguintes

devotos, cá do peito:Fausto Júnior, Josephina B. 6 Fricinal

Vassico (Muito obrigado pela sua chara-da-acrostico.)

Não acertaram 03 Srs.: V. Toledo,Florindo Flores, Frei Capuchinho, Anni-nha, Mirabelte, juzokha e Jou-Jou.

O Sr. Fausto Júnior pode vir recebero*seu prêmio.

E lá vae geringonça:

TELEGKAPHICA

1—1—Dumas amarra.

Sem que ande acompanhado,Eu ando do nome ao lado.

NOVÍSSIMA

1—1—1—1—Com a pupilla, esta lettrae esta intorjeição da interjeição, está iiaterra.

ANAGRAMMA '

Crio lei. Fis: — pim!...(Nome de homem)

QUEBRA-EÓLAS

Oridia, Aurelia, Agueda, Eulalia,Guiomar,. Gertriides, Ignacia, Mafalda,Pertunda, Ricarda.

(Formar comas iniciaes d'estes umnome de terra.)

Elleé um verbo que se encontraNalgumas coisas sem vida—2E é muito bom de comer-seCo'a comida esta comida. — 2.

ConceitoEntram neile os passarinhos,E' visto em muito logar:Nos homens e nos theatrosE... etc; é decifrar.

LOGOGRYPIIO

Pôde ser de pão—1,2,3,4,5,—pode ser do char-co-6,7,8—

Pode ser cerveja—11,7,4,8,—frueta pode ser—11,2,8,5,8,7—

E animal—11,10,6,6,1-J—não molle—9,10,6,2.Nada mais eu marco.

Deste páu mais nada posso vos dizer.

Dois prêmios supimpas, marca bar-bante, da prateleira de riba, aos doisprimeiros cueras (não quero mais mu-quiche, arre 1 seu Simplicio das dn-ziasl... ), que...e tal etc.pontinhos...!

O primeiro prêmio é — vinte contos,muito bem contadinhos.

E, agora, adeusinho ; até ás uvas.Livrem-me deste supplicio:

—Frei Simplicio,—Que me livram do Demônio.

FREI ANTÔNIO

Cafarnaúm ( Ordem dos Macoteiros,na Ladeira da Pindahyba), èm Novein-bro do anno do Senhor de 1886.

FACTOS 1 NOTICIAS

QUE PAPEL!. ..

E vae um dia o Guimarães, despede-se do Ferdinando, arruma o bento cor-

Sinho num boliche de transatlântico e

á com os ossos nas longes terras ondeo Sr. de Bismarck dieta ao mundo as leisda tirannia e da força. Vae, anda, per-lustra, saracoteia. Elle está em Ham-burgo, elle está ein Berlim, olle está emVienna, elle chega a Pariz !

Pouco depois começa a chover nacasada rua do Ouvidor 35 o papel docartas mais deslumbrador, mais ex-

quisito, mais original, mais bello emais chie que o carioca tem tido a ven-tura de ver o de admirar!

Duas caixas que nós recebemos paraamostra são de um encanto, de umabizarria e de uma elegância pastnosas !

- Não se imagina 1 O' leitor, se tens juizoe dinheiro disponíveis vae ali á pape-laria monstro e merca uma caixa d'a-quelle papel...

Por Júpiter 1 Asseguro-te vinte con-quistas em dez dias !

Ou eu não saiba mais que a papelariaGuimarães & Ferdinando e ali naesquina da rua do Ouvidor e n. 35.

CLUB GYMNASTICO PORTUGUEZ

Cerca de duas mil pessoas se agglo-meravatn nos salões do Club, na noitede 81, para assistirem á brilhantíssimafesta com que esta sociedade commemo-rava o 18» anniversaHo da sua ins-tallação.

A entrada do edifício, os salões e todasas dependências do Club estavam ca-prichosamente ornamentadas ; não me-nosde quinhentas senhoras, ostentandoriquíssimas e variadas toilettes, em-prestavam á festa um encanto indi-sivel; boa musica, francas alegrias,muita amabilidade dos directores, —tudo isto fez com que a grandiosa festasomente terminasse quando o sol...etc,e tal.

Nossos cumprimentos á digna directo-ria por mais este triumpho para osannaes do Club.

TENENTES DÓ DIABO

A flammejanto sociedade não perdeoccasiâo de proporcionar a seus' sóciose a muitos convidados bell.is ensejospara se ajuizar do progresso semprecrescente que ali se nota. Assim, pois,no ultimo sabbado, aproveitaram os«Tenentes ».u distribuição dos prêmiosaos vencedores do ultimo torneio debilhar, para solemnisar a posse da novadirectoria com uma animadíssima soirèe" familiar, que só terminou ao amanhe-cer do domingo.

A'nova directoria, que tem elementospara dignamente sustentar as gloriosastradições dos « Tenentes », os nossosemboras e os nossos agradecimentospela delicadeza do seu convite.

CONGRESSO GYMNASTICO PORTUGUEZ

A incansável directoria d'esta asso-ciação, ultimamente re-eleita, obsequi-ou-nos com um convite para a smréefamiliar que realiza hoje.

. DEMOCRATM0S

Estes endemoninhados (e não fossemelles flemo-craticos!) preparam o « Cas-tello» para offerecerem hoje aos habi-tués das suas reuniões uma festa de ar-romba, que ha de dar que fallar nasprincipaes capitães da Europa, taescomo—Etiópia, Arábia, Pérsia e índia!

CORREIOSr. V. de Toledo. — E' tal a delicadeza

com que o Sr. se nos dirige, que daria-mos mostra de grande maldade se comchufas lhe respondêssemos. Quero crerque, sensato como se mostra ser, esti-mará que lhe fállemos com sinceridade.Pois e o que vamos fazer. Parece-meque maior obséquio nos deverá (se obse-quio isto é) se não publicarmos o seusoneto: Recordações. V.ja se conseguemandar-nos cous"a que brilhe.mais pelaforma e pela idéa, e,'pelo menos, maiscuidada no metro, que ha de vel-a, comcerteza, figurando na Collaboracão. Em

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A SEMANA m-

atteíição ao' seu pedido havemos deremetter-lhe alguns prospectos para quenos arranje, conforme nos promette,assignantes ahi na E. do Banco Verde.Queira porém mandar dizer bem clara-mente para que ponto devem ser diri-gidos os prospectos.

Sr. José LuiX dos Santos. — Realmenteeste mundo é um covil de caluninia-dores; tenho acabado de crer! E entãoha -cada Hnguazinha tão abada, quemuito melhor estaria nas mãos escanho-antes de um barbeiro, do que á sombrade qualquor céo de bocea 1 O qüe se temdito da morte, Deus de misericórdia!Desde que o mundo é mundo a huma-,nidade bate caixa por abi a fora,disendoque ella é parca I que é a magra ! que éunia ciwiasíra de ossos, e mais avantesmae mais phantasmae anjo trevoso e macacôae tango-mango e o diabo a cincoenta ecinco I E o bonito é que ninguém acer-

¦ tou. Eis, porom, que surge um poetaem pleno século da electricidade, uni-camente para difinir comme il faut oque é a morte. Demos-lhe a palavra:«Morte..... Ladrão cruel que o lio brilhanteDo homem rouba que ao mundo solto,La vae errando por um trilho tortoDepressa e com o passo scelerante!...

Isto é o segundo quarteto de umsoneto quo se intitula — Amisade — Oraquante larapio, quanto bate-carteiranão terá sido catralilado injustamentepela Policia 1 Sim, que ninguém lá sabiaque a morte também tinha a habilidadede empalmar trancelins pu correntes dêouro, pois quero crer que outra cousa ,não seja aquelle fio brilhante do homemde que nos falia o br. José Luiz. Quemmais vive mais vô. Sei que ( conforme oSr. diz no seu cartão ) em attenção aoamor que dispensamos ao engrande-cimento da litteratura pátria, devemos

Eubllcar o seu soneto; mas Sr. das Ara-

ias, quero dizer : dos Santos, o Sr. diztaes cousas da Morte que tememos,publicando-as, que ella fique de can-deias ás avessas comnosco. Não temosnada feito. Nada 1 que uma inimigad'estas pela proa não ó a marimba queo Sr. toca. H

.-* — Sr. ,F. de Paula Pires. — Pelotas.Lemos o seu primeiro artiguito na Dis-cussão, em resposta á critica que fezAlfredo de Souza, n'A Semana, às Alvo-radas de D. Luiza Cavalcanti Filha. V;S. não é de bòa louça— como critico.Continue, no emtanto, que nos diverte.Disse V. S, acabando, que na sua pro-vincia «inda não houve quem se ani-masse a fundar um grêmio de elogios mu-ínos.» Ora, seu Pires, o que V. S. queriaera entrar para o tal grêmio. Mas nãoabiscoita, nao, caricatura e biographiana primeira pagina d'A Semana. Poisnão 1 Rale-se, amigo; raie-se e rache 1

Exma. Sra. D. C. Só por falta detempo e espaço temo-nos demorado aresponder-lhe. A bailada de Gcethe, tra-duzida por V. Ex. do allemão, é bellis.-sima; a traducção de V. Ex., comquantodofeituósa (para exemplo este verso(?) detestável: « Meu pae, meu pai, dorei dos olmos as filhas») é digna dapublicidade. Dar-lh'á-emos próxima-mente. Está satisfeita ?

Sr. Marabelte. Obrigado pelos elo-gios a esta humilde secção. Faz-se o quese pode... Frei Antônio receberá commuito prazer todo contingente comque V. S. se digne concorrer para o.bri-lhantismo dos Tratos d bola.

Sr. Vm assignanle- d'A Semana. Oconto que obteve o primeiro prêmio(0 retardatariò} que foi conferido aoDjfcLucio do Méndonça.foi publicado non» 55, de 9 de Janeiro.sob o pseudonymoConcori-cnlc n° 0.

Sr. J. S. de Rezende ( Ouro Preto)Recebemos, sim senhor. Será publicadoquando houver espaço.

enrico. ¦

RECEBEMOSDo Sr. M Garcia Vieira, de S. Paulo —

Apologia, grande valsa brilhante para piano,dedicada aos cidadãos A. Braziliense, Ame-rico de Campos e Júlio Ribeiro, com os retra-tos d'estes tres cavalheiro!, lithographadosno roslo. E' trabalho da innortante casa J. .Martin.

Defensa offereeida pelo advogado SisenandoIfabuco no summario de culpa promovido pelo En-glisli-Bank of Rio lie Janeiro Limited contraignacio Marques de Gouvèa,Gryphm; n». % texto variado e abun-dante, e bons desenhos do Netto.O Oocidenle; 9» anho, n. 379. Bellas gra-vuras e bello texto.Hevista do Observatório ; atlllO 1, n. 10.Fábulas de Lafontaine, fas. n.Li e Históriade Gil Braz de Seniithana, fase. n. 43.A Vida Moderna, n. 16.Sistracção, n. 105.

. '— Fones cacetes, polka, composta e oITere-cida por I). Maria Amélia Peixoto ao « ClubB...»Da pontual e acreditada agencia de jor-naes Au Petit Journal —Lo Salon de Ia mode, n.41, deaodéOitabro.o Oeciitente, n. aso. Traz na primeirapagina os retrains da rainha de. Hespanha edo pequeno affonso XIII, que, por sigual, ébem feiinlio. Muilo interessante à CkronicaOccidental, de Gervasio Lobato.-- Grtjphus, n. 3. Cada vez mais engraçadose mais Unos os desenhos do Netto. De-nosmais d'aquellas!il'ioui!iiranegras,genero alie-,mão. llevista tUustrada, n. 441. Ulli dOS melllO-res. Revista de Engenharia, anno YHI,n. 148,Gryphus, anno I, n. i.A Estação, anno XV, n. 20.EsiittuioB da Sociedade dé dança Recreiode Piracicaba.União medica, anno VI. ns. 8,9 e 10, cor-respondentes n Agosto, Setembro e Oitubro,jornal importantíssimo de medicina, dirigidoe redigido pelo Dr. Moncorvo._*<A questão dos vinhos, volumoso livro, de869 pags., em que o illústrado Dr. Campos daPaz debate com a sua reconhecida profl-ciência a malfadada questão dos vinhos 1'alsi-ficados.

Os invisíveis de Lisboa, gra fido romancede Gervasio Lobato e Jayme-Victor, edictadopela casa David Corazzi; fasciculo iji. l. Estaobra, que deve ser composta de 6 volumes,vae ser illustrada por desenhos dé Manoel de' Macedo,' executados pelos>*novos processosIgiiio-EberleeGillol. V

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de 1887 este segundo estabelecimento,debaixo da direcção do Dr. A. ZeferinoCândido.

O collegio da Corte continua, comoaté aqui.a cargo do director João LopesChaves e com o seu antigo pessoal.As condições de admissão, preçosr-.programmas, methodos-e disciplina são .perfeitamente eguaes para os dous es-tabelecimentos. E' facultativa a escolhado collegio para todos os alumnos.

No inverno descerão para o collegio-da Corte, acompanhados pelo seu direrctor e mestres, os alumnos de Petro-polis, para coíitinuarem sem alteraçãooa seus trabalhos.

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Ns. NOMES 'PELLO IDADEBolero Castanho.... 3 annosGtiacrfto Chita 3 »Demônio Zaino 3 »Bariguy Castanho....; 4 »

NATURAL.Rio;Gr.doSulIdem 50S. Paulo 50Paraná 53

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Grénat e manchas azues... A. M.Branco e estrellas azues.... Coud. Guanabara.Branco e encarnado Idem Paraná.

8» pareô—ENSAIO—1,450 metros—Inteiros o éguas nacionaes de 3 annos. de moiosanssuo on«ainda nao tenham ganlio-Prêmios : 4008 ao primeiro, ÍOOS ao segundo e 608 ao lerceiro.1 Galgo . Zaino 3 annos

Attila Castanho...-Pip Pampa ,

Kally Castanho ....Odalisca PampaArgentino Castanho.,,.Chapecô, Vermelho....

S. Paulo.ParanáS. Paulo 48Rio de Jan... 48S.Paulo 46Rio de Jau.... 4SParaná". 48

48 kilos Azul brancoe grénat....... S, M48 » Azuleouro Coud. Santa Cruz.Ouro e rosa B . T.Grénat e azul Hermenegildo J.deS.verde, branco e encarnado. R. M,Grénat e lírio D . A.Branco e estrellas azues.. Coud. Guanabara.

3» pareo-ANIMAÇAO-l.OOO metros—Inteiros e éguas nacionaes até 4 annos, oue nao tnni,»™ganho este anno— prêmios : 4008 ao primeiro 1008 ao segando e GOS ao terceiro ami

'¦£??]?°••••••••• ?ain° ¦•••• 3 annos S.Paulo 50 kilos Azul, branco e grénat , S MVilla-Nova Idem 4 » Paraná 52 » Azul e amarello. í Coud. Esperan caIvon. Idem- 4 » Idem.* 53 » Preto, branco e encarna io.. o.p

!p 5"'Apparecuda.. Idem 4 » R. de Janeiro. 52 » Grénat e ouro.. D Aéra^--r--, Alazao 4 » U™V 53 ,, Grénatelirio ..'.'.T.:'.'; Mario de Almeida.

4.pare«,--VIliIiA.IZABEL-1.800 metros-( Handicap ) Inteiros e éguas nacionaes até meio sangue e de puro^sanguo que ainda nê.o tenham ganho - Prêmios ¦: 6008 ao pS eiro I-SiKsegundo e 60S ao terceiro. pum eiro, ÍSOS aoannos R. do Janeiro. 61 kilos Branco e boné*- encarnáoí Oliv. Júnior & Lones» S. PaulS u6 ,,.• Brancoe estrellas azues.... f!o„7Í fi,,?„£„°pes*'

Drúid Tordilho....Rogarão AlazãoRegina Douradilho.Ivon.. .'. Zaino.. 4Bonita... Alazão 5Cavour.... Zaino... 5Baioco Castanho 5Araby Alazão 4Pery Castanho 6Biscato.. Alazão..,..,, 4

Idem... 51» Paraná: 49» S, Paulo 48» R, de Janeiro. 51» S.Paulo... 58» R. de Janeiro. 50

9 Pery Castanho 6 » S. Paulo 60Idem 53

5« pareo-l.HE VILLA-IZABBL GOLD OÜP (Handicap)-». 6oo metro, An,~.8008

f..i„ , --~--, Coud. Guanabara.Grénat e manchas azues.... Coudelaria ParaísoPreto, branco e encarnado. CPBranco e preto J.. Machado.Azul e encarnado A. S SBranco, mangas e bonét ene. Oliv.' Júnior & Lopes.Grénat e lino Mario de Almeida.Branco, preto eencarnadõ.. Manoel S. FerreiraAzuleouro. Coud. Santa Cruz

paizes-Premios: 3.-0008 ao primeiro o um objecto de artoterceiro. 'aes de

ao segundo etodos os•*oo* ao

Satan. Castanho.... annos França 62 kilosJhtmide. Zaino Idem..T 54 >,Curubaii ."em... Inglaterra.... 55 »Scylla,. Castanho Idem 53 »Syhtall Alazão S.Paulo 53 »c,ouPm ••• Mem França 62 ,,Dlm I<Jem MinasGeraes. 47 »

Grénat e bonét ouro., Mario de Souza.&. l^Stv.::r g1^-ífteopes.pr^encãrnadõ:: Èfi^'Idem, idem, idem Idem idem.

6» pareo-EXPERIENOU-1.000 motros-Eguas de oualclT " ,°

^ Fluminens6-

, ^°---Prêmios !SooSa^^^^

l |3:;::::::::::;. |fc:::: !ars gsíjj^-; fi*£ gs&^. —1,0..eroelro-3 Speciosa. Idem""."..'.'.'.'."." 4 » Inglaterra.

V» pareo-OONCILIAçÃO- 1.6o9 metros—Ani

1

56V. M.—¦_¦-_*««.j ;, ^ -j

Azule grénat ¦'* có '

^.-0.metro,-A„lmae, de menos de m6,„ ¦ ^ Internacional.

« Primeiro, 6oS ao segundo e 3o« ao&.san«™^-Grêmios , SSo*Eudiaris Tordilho.. ' - *-***m.o.Aymorê ... Castanho .Saeano., , Idem.

5 » Paraná 56 » Azul' e vo™» Rio Grande... 48 . ^fíS^^r %*™***

Amadoras5 : fe:::::: II V PS'í=t!:«í»' c.f; <

H. José da Silva.

Zaire GateadoGuacho ChitaBolero Castanho..Tardia...- Zaino

4 » RioGrande... 51 » X^bkll%rêm\\\:V f^ ^m-

»48 ».

nn«FRvi,ant<s •Freto e listas encarnadas.

Typ. d'i Smrna, ru« do unrmo n. 36, sobrado.B.AÜI. Mj CARVALHO, »o secretario.