Prof. Fernando Pires

Objetivo Geral:Fazer uma narrativa fotográfica da Ilha da Pintada, em

Porto Alegre.Objetivo Específico:

Mostrar o cotidiano da ilha, incluindo seus pescadores, suas moradias, seus barcos, suas atividades e problemas enfrentados no local.

A Escolha do Tema:Um tema que fosse viável, interessante pelo ponto de

vista fotográfico e com importância documental foram os pré-requisitos utilizados.

Metodologia:Primeiramente, fiz uma pesquisa na internet para conhecer um

pouco do local e saber da viabilidade da realização do ensaio fotográfico sobre o tema escolhido. Levantamentos sobre a localização da ilha, seus acessos e locais para fotografar foram primordiais para o início dos trabalhos.

Após, fiz um passeio de barco, que partiu do Gasômetro e foi até a Ilha da Pintada. Foi onde degustei o famoso “peixe na taquara”, prato típico do local. Aproveitei também para fazer as primeiras fotos e conversar com alguns pescadores sobre a viabilidade de realizar a etapa posterior.

A terceira etapa foi a de retornar à ilha, desta vez de carro, para fazer as demais fotos. Neste mesmo dia, conheci o Sr. Salomão, líder dos pescadores, com quem conversei sobre a pesca profissional da região. Sua moradia, típica de pescador, localiza-se às margens do Guaíba. Aproveitou para mostrar seus equipamentos e fez uma “demonstração” de pesca com rede, apenas para pegar alguns peixes e oferecer às garças e biguás.

A última etapa foi a de selecionar as imagens. Selecionei-as de maneira que formassem um resumo da narrativa sobre o trabalho proposto.

Sobre a Ilha da Pintada:A Ilha da Pintada pertence ao bairro Arquipélago, no Delta do

Jacuí, juntamente com a Ilha das Flores, a Ilha dos Marinheiros e a Ilha do Pavão. É a mais populosa e a mais próxima ilha do centro de Porto Alegre. Sua população tem origem predominantemente açoriana e é composta na sua maioria por pescadores. O acesso se dá por barco ou pela BR 116. As moradias são simples, mas bem construídas, sendo que algumas lembram as palafitas, úteis nas épocas de cheias dos rios. No local existe a Colônia de Pescadores Z5, onde aos domingos é servido o tradicional “peixe na taquara”.

A pesca profissional, feita com redes, acontece durante todo o ano, com exceção do período entre os meses de novembro e janeiro. Durante estes meses, quando ocorre a piracema, o pescador aproveita para fazer a manutenção dos barcos e dos equipamentos de pesca. O principal destino do pescado é o Mercado Público de Porto Alegre. Os pescadores profissionais que estão com a documentação exigida rigorosamente em dia, recebem um salário pago pelo Governo Federal para auxiliar na renda. Quanto às mulheres, muitas se dedicam à culinária e à confecção de artesanatos feitos com escamas de peixes.

A pesca predatória e a poluição dos rios continuam sendo os maiores problemas enfrentados pelos pescadores, sendo que o Jacuí ainda é o rio que oxigena a região. Mesmo assim, a escassez de peixes está cada vez maior, fazendo com que muitos pescadores busquem fontes de renda alternativas.

Problemática:A maioria das pessoas que consomem peixes não conhece a

sua origem, como funciona a atividade de pesca profissional, suas regras e os problemas enfrentados pelos pescadores.

Justificativa do Projeto:Considero este projeto importante no sentido de divulgar um

local que poucos conhecem e que poderia ser mais bem explorado como ponto turístico, desde que fosse de uma maneira bem planejada e controlada, servindo como atividade e fonte de renda alternativa aos moradores da ilha. Ver Porto Alegre por um outro ângulo e conhecer a pesca profissional são algumas das razões de se conhecer a ilha, sem falar no contato com a natureza, que poderia passar a ser mais valorizada.

Agradecimento:Agradeço à Colônia de Pescadores Z5, em especial ao Sr.

Salomão Oliveira, pelas informações prestadas e pela receptividade demonstrada durante a realização deste trabalho.

Fontes de Pesquisa:http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=663152http://dicionario.babylon.com/ilha_da_pintada/

Imagens da

Ilha da Pintadafotografada por

Marcelo Filimberti