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IMPACTO BENÉFICO DO AUTOCONTROLE GLICÊMICO Bruna Kelly Cardoso de Carvalho 1 Ana Cristina Ribeiro Rocha 2 RESUMO O presente artigo trata-se de um estudo de caso, o qual tem por objetivo relatar como o automonitoramento da glicemia capilar pode ajudar no controle da diabetes mellitus. O caso foi constituído pela ótica do observador sobre as vantagens do automonitoramento da glicemia capilar em um idoso diabético. O estudo foi realizado na USF (Unidade de Saúde da Família) JK, e na residência do paciente M.F.C., localizados no Município de Paracatu, Minas Gerais. Devido à não descrição das glicemias coletadas para uma posterior investigação médica, ficou impossibilitado a interpretação dos resultados relacionados com o objetivo, uma vez que os dados relacionados às glicemias aferidas não existem. Palavras- chave: Automonitoramento. Glicemia capilar. Diabetes. 1 Acadêmica do 5º período da Faculdade de Medicina Atenas, Paracatu,Minas Gerais- Brasil. E-mail para contato: [email protected] . Data: 04 de Julho de 2008 2 Professora do curso de Medicina da Faculdade Atenas-Paracatu-MG.

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IMPACTO BENÉFICO DO AUTOCONTROLE GLICÊMICO

Bruna Kelly Cardoso de Carvalho1 Ana Cristina Ribeiro Rocha2

RESUMO

O presente artigo trata-se de um estudo de caso, o qual tem por objetivo relatar

como o automonitoramento da glicemia capilar pode ajudar no controle da diabetes

mellitus. O caso foi constituído pela ótica do observador sobre as vantagens do

automonitoramento da glicemia capilar em um idoso diabético. O estudo foi realizado

na USF (Unidade de Saúde da Família) JK, e na residência do paciente M.F.C.,

localizados no Município de Paracatu, Minas Gerais. Devido à não descrição das

glicemias coletadas para uma posterior investigação médica, ficou impossibilitado a

interpretação dos resultados relacionados com o objetivo, uma vez que os dados

relacionados às glicemias aferidas não existem.

Palavras- chave: Automonitoramento. Glicemia capilar. Diabetes.

1 Acadêmica do 5º período da Faculdade de Medicina Atenas, Paracatu,Minas Gerais- Brasil. E-mail para contato: [email protected]. Data: 04 de Julho de 2008 2 Professora do curso de Medicina da Faculdade Atenas-Paracatu-MG.

1 INTRODUÇÃO

Diabete mellitus é definida pela Sociedade Brasileira de Diabetes (1997) como uma

síndrome decorrente da falta de insulina ou incapacidade de a insulina exercer

adequadamente seus efeitos metabólicos. 1

Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos

carboidratos, lipídios e proteínas. O diabetes está associado ao aumento da mortalidade

e ao alto risco de desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares, bem

como de neuropatias. É causa de cegueira, insuficiência renal e amputações de

membros, sendo responsável por gastos expressivos em saúde, além de substancial

redução da capacidade de trabalho e da expectativa de vida. 2

Com freqüência os sintomas clássicos (perda inexplicada de peso, polidipsia e poliúria)

estão ausentes, porém poderá existir hiperglicemia de grau suficiente para causar

alterações funcionais ou patológicas por um longo período antes que o diagnóstico seja

estabelecido. Antes do surgimento de hiperglicemia mantida, acompanhada do quadro

clínico clássico do DM, a síndrome diabética passa por um estágio de distúrbio do

metabolismo da glicose, caracterizado por valores glicêmicos situados entre a

normalidade e a faixa diabética. 1

O diabetes mellitus atinge em todo o mundo grande número de pessoas de qualquer

condição social. Essa enfermidade representa um problema pessoal e de saúde pública

com grandes proporções quanto à magnitude e à transcendência, apesar dos progressos

no campo da investigação e da atenção aos pacientes. 2

Classificação

A classificação atualmente recomendada, incorpora o conceito de estágios clínicos do

DM, desde a normalidade, passando para a tolerância à glicose diminuída e/ou glicemia

de jejum alterada, até o DM propriamente dito.

O DM tipo 1 resulta primariamente da destruição das células beta pancreáticas e tem

tendência a cetoacidose. Inclui casos decorrentes de doença autoimune e aqueles nos

quais a causa da destruição das células beta não é conhecida. O DM tipo 2 resulta, em

geral, de graus variáveis de resistência à insulina e deficiência relativa de secreção de

insulina. A maioria dos pacientes tem excesso de peso e a cetoacidose ocorre apenas em

situações especiais,

como durante infecções graves. A categoria “ outros tipos de DM” contém várias

formas de DM, decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou

com uso de fármacos diabetogênicos. 3

Importância

O DM é importante problema de saúde pública uma vez que é freqüente, está associado

a complicações que comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos

indivíduos, além de envolver altos custos no seu tratamento e das suas complicações.4

Medidas de prevenção do DM assim como das complicações são eficazes em reduzir o

impacto desfavorável sobre morbimortalidade destes pacientes.5

Tal impacto pode ser avaliado através dos dados abaixo:

Diabetes mellitus como o diagnóstico primário de internação hospitalar aparece

como a sexta causa mais freqüente e contribui de forma significativa (30% a

50%) para outras causas como cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca,

colecistopatias, acidente vascular cerebral e hipertensão arterial ; 6

Pacientes diabéticos representam cerca de 30% dos pacientes que internam em

Unidades Coronarianas Intensivas com dor precordial; 6

Diabetes é a principal causa de amputações de membros inferiores; 6

É, também, a principal causa de cegueira adquirida; 6

Cerca de 26% dos pacientes que ingressam em programas de diálise são

diabéticos.6

A cada ano mais de 70 mil crianças desenvolvem diabetes tipo 1. 7

Pelo mundo, 440 mil crianças com menos de 14 anos têm diabetes tipo 1. 7

Atualmente, mais de 200 crianças desenvolvem diabetes a cada dia. 7

A taxa de aumento de diabetes nas crianças é de 3% ao ano. 7

O diabetes tipo 1 vem crescendo em áreas de baixa prevalência, como a Europa

Central e o Leste Europeu. Finlândia, Suécia e Noruega têm as taxas as mais

elevadas da incidência para o tipo 1 diabetes nas crianças. 7

O diabetes tipo 2 nos jovens corresponde a 2-3% de todos os tipos de diabetes. 7

O diabetes tipo 2 é um problema emergente com conseqüências sérias,

especialmente em algumas comunidades étnicas. 7

Há um aumento nas mortes causadas por cetoacidose diabética. 7

No Brasil, o estudo Multicêntrico sobre Prevalência de Diabetes Mellitus

encontrou uma prevalência geral da doença de 7,6% em pessoas de 30 a 69

anos. Destas, metade não tinha conhecimento de ser portadora da doença e, das

previamente diagnosticadas, 22% não faziam nenhum tratamento. 8

Automonitoramento

Para atingir o bom controle glicêmico é necessário que os pacientes realizem avaliações

periódicas dos seus níveis glicêmicos. O automonitoramento do controle glicêmico é

uma parte fundamental do tratamento. A medida da glicose no sangue capilar é o teste

de referência. No entanto, algumas vezes, razões de ordem psicológica, econômica ou

social dificultam ou impedem a realização desta técnica. Nestes casos, a medida da

glicosúria, especialmente no período pósprandial, pode representar um método

alternativo de monitoramento domiciliar para pacientes com DM tipo 2 . Os resultados

dos testes de glicemia (ou glicosúria) devem ser revisados periodicamente com a equipe

multidisciplinar e os pacientes devem ser orientados sobre os objetivos do tratamento e

as providências a serem tomadas quando os níveis de controle metabólico forem

constantemente insatisfatórios.9

A freqüência do monitoramento depende do grau de controle, dos medicamentos anti-

hiperglicêmicos utilizados e de situações específicas. Assim, pacientes em uso apenas

de insulina, ou durante a gestação ou intercorrências clínicas devem realizar medidas

freqüentes da glicose capilar, pelo menos quatro vezes por dia (antes das refeições e ao

deitar).

A medida da glicose capilar deve ser realizada sempre que houver suspeita clínica de

hipoglicemia. Muitos pacientes atribuem alguns sintomas inespecíficos como fome, mal

estar, nervosismo a presença de hipoglicemia e ingerem alimentos doces e calóricos. Por

isso, todo sintoma sugestivo de hipoglicemia deve ser cuidadosamente avaliado. Em

pacientes usuários de dose noturna de insulina e agentes orais durante o dia, ou apenas

medicamentos orais, medidas de glicemia capilar antes do café e antes do jantar são

suficiente. A medida que os níveis glicêmicos permanecem estáveis, avaliações da

glicose capilar podem ser realizadas apenas uma vez por dia, em diferentes horários,

inclusive após as refeições. A medida da glicose capilar após as refeições é

particularmente útil em casos em que os níveis de glico-hemoglobina forem

discrepantes das medidas da glicose capilar. 10

Todos os pacientes diabéticos terão benefícios com a monitorização da glicemia, mas

em alguns casos isso será ainda mais importante. Situações nas quais a monitorização

da glicemia deve ser sempre realizada:

paciente em uso de comprimidos para diabetes ou insulina 11

pacientes em tratamento intensivo com insulina11

gestantes diabéticas11

diabetes de difícil controle11

pacientes que têm hipoglicemias 11

1.2 Contextualização

Diante dos conceitos acima referidos foi observado a necessidade de aplicar recursos

voltados ao Sr. M.F.C. na época com 60 anos, residente do bairro JK, cadastrado no

PSF-JK ( nº do cadastro 202), casado, com duas filhas. Portador de seqüelas de um

AVE ( Acidente Vascular Encefálico),sofrido à oito anos, locomoção e fala

parcialmente comprometidos. Portador de Diabetes Mellitus tipo 2, Hipertensão Arterial

e Doença de Chagas.

M.F.C. reside em uma casa de 6 cômodos com sua esposa L.M.C, 57 anos, dona de casa

e sua filha mais velha M.F.C, 29 anos, professora. A renda da família provém da

aposentadoria do M.F.C. e de sua filha e gira em torno de três salários mínimos, a casa

da família é própria, possui água encanada, luz e esgoto. Em todas as visitas foi

observado que a casa sempre estava limpa e organizada. Segundo M.F.C e sua esposa o

mesmo sempre seguiu as orientações médicas quanto à alimentação e ao uso dos

medicamentos prescritos. Eis a seguir o genograma da família descrita:

1.3 Justificativa

M.F.C. é obeso e sedentário, segue dieta livre de carboidratos porém sua glicemia

permanece alterada, seu quadro clinico de saúde sugere diversas complicações devido

ao descontrole da glicemia, portanto seria conveniente que o mesmo obtivesse ajuda em

relação ao controle de sua glicemia, o que pode ser conseguido através de um aparelho

de automonitoramento capilar (glicosimetro). A análise dos resultados das glicemias

mostrará se o tratamento está sendo eficaz e também dará uma idéia de como a

alimentação, o exercício e o estresse afetam

os resultados. Maus resultados indicariam que algumas mudanças deveriam ser feitas no

tratamento.

O automonitoramento é a principal forma de checar o controle do diabetes, pois é

possível saber o valor da glicemia em qualquer momento.

1.4 Objetivos

Geral:

Este estudo tem por objetivo relatar como o automonitoramento da glicemia capilar

pode ajudar no controle da diabetes mellitus.

Específico:

Conseguir um glicosimetro para M.F.C.

2 METODOLOGIA

2.1 Tipo de estudo:

Estudo de caso que é uma modalidade de pesquisa qualitativa útil para investigar

situações singulares e salientar peculiaridades que merecem ser focalizadas por se

destacarem em determinado contexto, geralmente mais amplo. Um caso pode ser

definido como uma unidade bem delimitada - pessoa, grupo, programa ou instituição,

estudada com profundidade. No presente estudo, o caso foi constituído pela ótica do

observador sobre as vantagens do automonitoramento da glicemia capilar em um idoso

diabético. Este tipo de estudo justifica-se porque sua abordagem é mais apropriada para

o tema em questão.

2.2 Área de Estudo

O estudo foi realizado na USF( Unidade de Saúde da Família) JK, e na residência do

paciente M.F.C., localizados no Município de Paracatu, Minas Gerais.

2.2 Coleta de Dados

Este estudo foi realizado como pré- requisito para disciplina Interação Comunitária da

Faculdade Atenas, do curso de Medicina. O estudo se iniciou no primeiro periodo do

curso e finalizou no quarto periodo e foi realizado por meio da dupla de alunos

Anderson Lúcio Lopes de Almeida e Bruna Kelly Cardoso de Carvalho.

Para realizar a coleta de dados foram realizadas 9 visitas domiciliares, nas datas a

seguir:

11/08/2006, 10/11/2006, 24/11/2006, 27/02/2007, 12/04/07, 14/05/07, 30/08/2007,

20/09/2007 e 25/10/2007.

Sendo que nas datas 27/02/2007 e 20/09/07 estava em casa apenas L.M.C. e em

10/11/2006 não havia ninguém em casa.

As visitas duravam cerca de uma hora e durante esse tempo era perguntado sobre como

estava a saúde de M.F.C , a alimentação, o lazer, o estado físico e mental, entre outros.

Por meio das entrevistas foram elaborados:

um genograma contendo a árvore genealógica do paciente com as patologias/

mortes sofridas por cada membro da família;

um ciclo de vida contendo cada etapa vivenciada por M.F.C e sua família que

residiam na mesma casa.

um projeto de intervenção para M.F.C que priorizava um problema do mesmo e

tentava solucioná-lo;

2.4.População de Estudo

Sr. M.F.C idoso, diabético, cadastrado do PSF-JK.

2.5 Amostra

Por se tratar de um estudo de caso não se aplica amostragem.

2.6 Critério de Seleção dos Sujeitos

Na USF as ACS (Agentes Comunitárias de Saúde) indicaram o domicílio de M.F.C para

que este fosse “acompanhado” periodicamente pelos discentes. O critério de seleção

utilizado pelas ACSs realizarem a escolha de M.F.C. foi a necessidade dos alunos

acompanharem uma família onde houvesse um idoso com algum eventual problema em

que os alunos pudessem intervir.

2.7 Instrumentos Utilizados

Para coleta de dados foram utilizados: diário de bordo (caderno em que continha um

relatório das visitas domiciliares, descrito após cada visita), roteiro de entrevistas (ver

anexo) semi- estruturado pelo docente da matéria Interação Comunitária da Faculdade

de Medicina Atenas, Helvécio Bueno, que após um periodo foi reestruturado pelo

mesmo docente. Também foi utilizado o prontuário de M.F.C contido na USF-JK.

3 RESULTADOS

3.1 Descrição

Para atingir o objetivo desejado (conseguir um glicosimetro para M.F.C.) foi realizada

uma visita Presidente do Rotary Clube, Evanir Soares, do Município de Paracatu para

que ela auxiliasse os alunos quanto à aquisição do glicosimetro. A mesma, por meio do

Rotary Clube, doou o aparelho aos discentes. O aparelho era acompanhado de: 01

monitor, tiras-teste, 01 lancetador (caneta), 10 lancetas, 01 estojo e um manual do

usuário.

Após a doação do kit ao M.F.C. foi solicitado à enfermeira do PSF que fosse ao

domicilio do paciente e explicasse a ele e sua esposa como o glicosimetro deveria ser

utilizado.

Os alunos recomendaram que a glicemia deveria ser monitorada uma vez a cada semana

e cada vez que fosse monitorada ela deveria ser anotada acompanhada da data, hora e

se o monitoramento foi medido pré ou pós prandial, caso fosse pós prandial deveria

também ser anotado a alimentação utilizada. Ao buscarem os resultados foi observado

que nenhuma anotação havia sido realizada, porém as fitas diminuíram de quantidade o

que significa que a monitorização foi realizada.

Também foi recomendado que M.F.C continuasse usando a medicação prescrita pela

médica do PSF, alem de continuar exercendo uma dieta rigorosa, abstendo-se de sal e

açúcar.

4 DISCUSSÃO

4.1 Interpretação dos Resultados

Devido a não descrição das glicemias coletadas para uma posterior investigação médica,

fica impossibilitado a interpretação dos resultados relacionados com o objetivo, uma

vez que os dados relacionados às glicemias aferidas não existem.

4.2 Comparação com outros estudos

Evidencia-se em um estudo, cujo objetivo seria de avaliar a acurácia, utilidade e

complicações da monitorização subcutânea contínua da glicemia em crianças e

adolescentes com diabetes melito tipo 1, que a monitorização subcutânea contínua da

glicemia mostrou-se método seguro, bem tolerado, com alta acurácia nos valores

glicêmicos detectados, com baixo índice de complicações. Esse método mostrou-se

eficaz na detecção de excursões glicêmicas, hiperglicemia pós-prandial, na promoção de

mudanças terapêuticas com redução importante da A1c(níveis de glico-hemoglobina)

em crianças e adolescentes diabéticos. 12

4.3 Dificuldades e Limitações

O objetivo de adquirir o glicosimetro para M.F.C foi alcançado com facilidade, porém

devido à falta de interesse e disposição de M.F.C e sua esposa em realizarem o que foi

solicitado, acabou por comprometer o objetivo principal deste estudo, o de relatar como

o automonitoramento da glicemia capilar pode ajudar no controle da diabetes mellitus.

Outra dificuldade encontrada seria sobre a veracidade do que foi relatado pelo casal aos

alunos, como questões relacionadas à alimentação de M.F.C , ao uso dos medicamentos

e a disposição do casal em realmente ter interesse em aderir ao estudo.

5 CONCLUSÃO

5.1 Síntese dos Principais Resultados

A prevenção de complicações associadas ao DM tem se tornado crucial no tratamento

da doença. O controle glicêmico diário, contagem de carboidratos, prática de atividade

física e consultas regulares ao serviço de saúde para receber treinamento e

monitoramento freqüente são algumas ações consideradas, hoje, indispensáveis no

acompanhamento do portador de DM.

Infelizmente este estudo não obteve os resultados esperados , devido à não adesão de

M.F.C ao que lhe foi solicitado. Este fato impossibilitou a avaliação dos resultados,

portanto o estudo em questão não atingiu o objetivo que seria relatar como o

automonitoramento da glicemia capilar pode ajudar no controle da diabetes mellitus.

5.2 Sugestões de Novas Pesquisas

O avanço tecnológico dos glicosímetros vem permitindo a realização da glicemia

capilar pelo próprio paciente, sem a necessidade de recorrer ao laboratório. Porém,

alguns fatores são determinantes na eficácia do automonitoramento, tais como o grau de

dor, a facilidade do uso dos monitores ,a fidedignidade dos resultados e a resistência do

paciente à aderência ao procedimento, visto com freqüência como desconfortável a ponto de se tornar

inviável para o uso diário. Uma sugestão é que sejam realizados mais estudos que levem em

conta estes fatores, para que haja uma eventual melhora nos padrões dos aparelhos

atuais levando a melhores resultados e uma maior aceitação dos pacientes. Outra

sugestão é que sejam realizadas pesquisas com a população diabética do país que

esclareçam os motivos das desmotivações dos pacientes em aderir à tratamentos e

pesquisas.

5.3 Proposições e Recomendações de Intervenções

Campanhas públicas de conscientização, associadas a métodos modernos de diagnóstico

e tratamento do DM, têm resultado, ao longo das últimas décadas, tanto em aumento no

número de casos diagnosticados da doença quanto em aumento da expectativa de vida

dos pacientes.4 O automonitoramento da glicemia capilar se realizado corretamente

pode ser de grande auxilio no controle da diabete, podendo apresentar um impacto

benéfico na saúde dos diabéticos com redução dos riscos de retinopatias, nefropatias e

neuropatias entre outras patologias.

Agradecimentos

A autora agradece primeiramente à Deus pela sua existência e a sua família pelo

constante apoio e dedicação. Agradece também a equipe do PSF-JK pela qual sempre

foi muito bem recebida e auxiliada nos momentos de precisão, ao Sr. M.F.C e família

pela cooperação com o estudo em questão, à Presidente do Rotary Clube Evanir Soares

pela doação do aparelho glicosimetro, ao docente/ orientador Helvécio Bueno pela

oportunidade de aprender a realizar um estudo de caso.

ABSTRACT

The present article is about a case study, which has for objective to tell as the self

capillary blood glucose can help in the control of diabetes mellitus. The case was

constituted by the optics of the observer on the advantages of the self-monitoring of

one old diabetic. The study was made in USF (Unit of Health of the Family) JK, and

in the residence of patient M.F.C., located in the city of Paracatu, Minas Gerais. Due

to not description of the glicemias collected for a posterior medical inquiry, was

unable to interpretation of the results related with the objective, a time that the data

related to the surveyed glycemia do not exist.

Keywords: self-monitoring, Capillary blood glucose, Diabetes.

REFERÊNCIAS

1- Consenso Brasileiro Sobre Diabetes. Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/consenso_bras_diabetes.pdf>. Acesso em:

19 jun. 2008.

2- Assunção,MC.F., Santos I.S. e Gigante D.P. Atenção primária em diabetes no Sul do

Brasil: estrutura, processo e resultado. Disponível em:<

http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-

89102001000100013>. Acesso em: 19 jun. 2008.

3-Tudo sobre diabetes. Disponível em:<http://www.diabetes.org.br/diabetes/index.php>

Acesso em: 19 jun. 2008.

4-Diabetes. Disponível em:www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-

80342007000400007&lng=es&nrm=iso&tl... - 64k Acesso em: 19 jun. 2008.

5- Perfil de pacientes diabéticos usuários de sulfonilureias. Disponível em:

<http://www.cff.org.br/revistas/48/infa48pefil.pdf> Acesso em: 21 jun. 2008.

6- Dados obtidos de fontes do Ministério da Saúde, levantamentos regionais e de outras

associações.

7-Dados estatísticos da IDF (International Diabetes Federation).

8- Malerbi DA, Franco LJ. The Brazilian Cooperative Group on the Study of Diabetes

Prevalence Multicenter: study of the prevalence of diabetes mellitus and impaired

glucose tolerance in the urban brazilian population aged 30-69 yr. Diabetes Care

1992;15:1509-16.

9- Diagnóstico ,classificação e tratamento do diabetes melito do tipo 2. Disponível em:

www.saude.rio.rj.gov.br/media/Consenso_Diabetes_SBD_2002.pdf. Acesso em: 21 jun.

2008.

10- consenso diabetes. Disponível em:

www.portoalegre.rs.gov.br/concurso/doc_usu/411_medicovarareas_consensoSBD.rtf

Acesso em: 24 jun. 2008.

11- Automonitorização da glicemia. Disponível em:

<http://www.diabetesnoscuidamos.com.br/conteudo.asp?id=58> Acesso em: 24 jun.

2008.

12- Maia F.F.R.; Levimar R. A. Acurácia, utilidade e complicações da monitorização

subcutânea contínua da glicose (CGMS) em pacientes pediátricos com diabetes tipo 1.

Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-

75572005000500006>. Acesso em:24 jun. 2008.

Anexo- 1

INTERAÇÃO COMUNITÁRIA I - ROTEIRO PARA VISITA DOMICILIAR

1 NOME DO ENTREVISTADO: ____________________________________________ IDADE:

___________

2 ENDEREÇO:

_____________________________________________________________________________

3 RENDA FAMILIAR (aproximada em salários mínimos):

__________________________________________

4 CONDIÇÕES DE MORADIA:

CASA: ( ) PRÓPRIA ( ) ALUGADA ( ) FINANCIADA ( ) CEDIDA

Nº DE CÔMODOS: ___________________________ Nº DE MORADORES

___________________________

SANEAMENTO BÁSICO: ( ) COMPLETO ( ) INCOMPLETO

5 CONSIDERA A ASSISTÊNCIA À SAÚDE: ( ) FÁCIL ACESSO ( )DIFÍCIL ACESSO

6 QUANDO ALGUÉM ADOECE, ONDE BUSCA ASSISTÊNCIA?

____)_____________________________

7 COMPONENTES FAMILIARES

Etapas da Vida Nº de Pessoas por Sexo

Total Masculino Feminino

CRIANÇA DE 0 a 11 MESES

CRIANÇA DE 01 a 04 ANOS

CRIANÇA DE 05 a 09 ANOS

ADOLESCENTE DE 10 a 19 ANOS

ADULTO DE 20 a 59 ANOS

GESTANTE

IDOSO DE 60 ANOS E MAIS

TOTAL

8 ACOMPANHAMENTO

CRIANÇA DE 0 a 6 MESES:

A.1 Nome:

_________________________________________________________________________________

Aleitamento exclusivo ( ) Sim ( ) Não Vacinação em dia ( ) Sim( ) Não

Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

A.2.. Nome:

________________________________________________________________________________

Aleitamento exclusivo ( ) Sim ( ) Não Vacinação em dia ( ) Sim( ) Não

Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

CRIANÇA DE 06 a 11 MESES:

B.1.Nome:

________________________________________________________________________________

Aleitamento materno ( ) Sim ( ) Não Vacinação em dia ( ) Sim( ) Não

Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

B.2. Nome:

_____________________________________________________________________________

Aleitamento materno ( ) Sim ( ) Não Vacinação em dia ( ) Sim( ) Não

Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

CRIANÇA DE 01 a 04 ANOS:

C.1.Nome: ____________________________________________________________________ Idade

________

Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Leite Materno : Sim( ) Não( )

Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

C.2. Nome: ___________________________________________________________________ Idade

________

Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Leite Materno : Sim( ) Não( )

Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

C.3. Nome: ___________________________________________________________________ Idade

________

Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Leite Materno : Sim( ) Não( )

Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

CRIANÇA DE 05 a 09 ANOS:

D.1. Nome: _________________________________________________________________Idade:

_________

Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Freqüenta escola ( ) Não ( ) Sim, Série_______

D.2. Nome: _________________________________________________________________Idade:

_________

Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Freqüenta escola ( ) Não ( ) Sim, Série_______

D.3. Nome: _________________________________________________________________Idade:

_________

Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Freqüenta escola ( ) Não ( ) Sim, Série_______

ADOLESCENTE: (10 a 19 anos)

E.1. Nome: __________________________________________________________________Idade:

_________

Estudante regular ( ) Não ( ) Sim, Série______ Com renda : ( ) Sim ( ) Não

E.2.Nome: ___________________________________________________________________Idade:

_________

Estudante regular ( ) Não ( ) Sim, Série______ Com renda : ( ) Sim ( ) Não

E.3. Nome: __________________________________________________________________Idade:

_________

Estudante regular ( ) Não ( ) Sim, Série______ Com renda : ( ) Sim ( ) Não

ADULTO:

F.1. Nome:

__________________________________________________________________Idade:__________

Empregado ( ) Não ( ) Sim, Ocupação: ________________________

Escolaridade:__________________

Com renda: ( ) Sim( ) Não Se mulher: último preventivo em: _________/______

F.2. Nome: __________________________________________________________________Idade:

:_________

Empregado ( ) Não ( ) Sim, Ocupação: _______________ Escolaridade:_________

Com renda: ( ) Sim( ) Não Se mulher: último preventivo em: _________/______

F.3. Nome: __________________________________________________________________Idade:

:_________

Empregado ( ) Não ( ) Sim, Ocupação: __________________________

Escolaridade:________________

Com renda: ( ) Sim( ) Não Se mulher: último preventivo em: _________/______

GESTANTE:

G.1.Nome:

___________________________________________________________________Idade:_________

Pré-natal: ( ) Regular ( ) Irregular ( ) Sem pré-natal

Intercorrências na gravidez ( ) Sim ___________________________( ) Não

G.2. Nome: __________________________________________________________________Idade:

_________

Pré-natal: ( ) Regular ( ) Irregular ( ) Sem pré-natal

Intercorrências na gravidez ( ) Sim ___________________________( ) Não

IDOSO:

H.1.Nome: _________________________________________________________________ Idade:

__________

Quanto à autonomia ( ) Total ( ) Parcial ( ) Sem autonomia

Com renda ( ) Sim ( ) Não

H.2.Nome: __________________________________________________________________ Idade:

_________

Quanto à autonomia ( ) Total ( ) Parcial ( ) Sem autonomia

Com renda ( ) Sim ( ) Não

9 Morbidades referidas (Quais doenças tiveram nos últimos três meses)

Idade Morbidade referida nos últimos 90 dias

0 – 11 meses

1 – 4 anos

5 – 9 anos

10 – 19 anos

20 – 49 anos

50 – 59 anos

60 ou + anos

Outras morbidades referidas: (anotar o nº de pessoas)

10 OBSERVAÇÕES:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_________________________

DATA DA ENTREVISTA: ______/_____/___________

RESPONSÁVEIS PELO PREENCHIMENTO:

__________________________________________________________

ANEXO - 2

INTERAÇÃO COMUNITÁRIA II CURSO DE MEDICINA

ROTEIRO PARA VISITA DOMICILIAR

1 NOME DO ENTREVISTADO: _________________________________

IDADE: ___________

2 ENDEREÇO: _______________________________________________________________

3 RENDA FAMILIAR (aproximada em salários mínimos): _______________________________

4 CONDIÇÕES DE MORADIA:

- CASA: ( ) Própria ( ) Alugada ( ) Financiada ( ) Cedida

- Nº DE CÔMODOS: ____________________

-Nº DE MORADORES: ____________________

- SANEAMENTO BÁSICO: ( ) Completo ( ) Incompleto

5 CONSIDERA A ASSISTÊNCIA À SAÚDE: ( ) Fácil Acesso ( ) Difícil Acesso

6 QUANDO ALGUÉM ADOECE, ONDE BUSCA ASSISTÊNCIA? __________________________

7 COMPONENTES FAMILIARES:

8 ACOMPANHAMENTO:

a) CRIANÇA DE 0 a 6 MESES:

a1) Nome: ____________________________________________________________________

- Aleitamento exclusivo ( ) Sim ( ) Não Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não

- Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

a2) Nome: ____________________________________________________________________

- Aleitamento exclusivo ( ) Sim ( ) Não Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não

- Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

b) CRIANÇA DE 06 a 11 MESES:

b1) Nome: ____________________________________________________________________

- Aleitamento materno ( ) Sim ( ) Não Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não

- Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

b2) Nome: ____________________________________________________________________

- Aleitamento materno ( ) Sim ( ) Não Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não

- Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

c) CRIANÇA DE 01 a 04 ANOS:

c1) Nome: _____________________________________________________

Idade: ________

- Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Leite Materno : Sim( ) Não( )

- Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

c2) Nome: ______________________________________________________ Idade:_______

- Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Leite Materno : Sim( ) Não( )

- Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

c3) Nome: _____________________________________________________

Idade: ________

- Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Leite Materno : Sim( ) Não( )

- Curva de Crescimento ( ) Ascend. ( ) Descend. ( ) Retificada ( ) S/ registro

d) CRIANÇA DE 05 a 09 ANOS:

d1) Nome: ____________________________________________________

Idade: _________

- Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Freqüenta escola ( ) Não ( ) Sim, Série_________

d2) Nome: ____________________________________________________

Idade: _________

- Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Freqüenta escola ( ) Não ( ) Sim, Série_______

d3) Nome: ____________________________________________________

Idade: _________

- Vacinação em dia ( ) Sim ( ) Não Freqüenta escola ( ) Não ( ) Sim, Série_______

e) ADOLESCENTE: (10 a 19 anos):

e1) Nome: ___________________________________________________

Idade: _________

- Estudante regular ( ) Não ( ) Sim, Série______ Com renda : ( ) Sim ( ) Não

- Atividades: ___________________________________________________________________

e2) Nome: ____________________________________________________

Idade: _________

- Estudante regular ( ) Não ( ) Sim, Série______ Com renda : ( ) Sim ( ) Não

- Atividades: ___________________________________________________________________

e3) Nome: ____________________________________________________

Idade: _________

- Estudante regular ( ) Não ( ) Sim, Série______ Com renda : ( ) Sim ( ) Não

- Atividades: ___________________________________________________________________

f) ADULTO:

f1) Nome: _________________________________________________

Idade: _________

- Empregado ( ) Não ( ) Sim, Ocupação: _______________ Escolaridade:_________

- Com renda: ( ) Sim( ) Não - Mulher: último preventivo em: ________________/______

- Homem >50 anos: último preventivo em: _________/______

f2) Nome: _________________________________________________ Idade:____________

- Empregado ( ) Não ( ) Sim, Ocupação: _____________________ Escolaridade:_________

- Com renda: ( ) Sim ( ) Não - Mulher: último preventivo em: _______________/______

- Homem >50 anos: último preventivo em:_______/______

f3) Nome: _________________________________________________

Idade: ____________

- Empregado: ( ) Não ( ) Sim, Ocupação: ____________________ Escolaridade:_________

- Com renda: ( ) Sim ( ) Não - Mulher: último preventivo em: _______________/______

- Homem >50 anos: último preventivo em: _______/______

g) GESTANTE:

g1) Nome: ____________________________________________________

Idade: _________

- Pré-natal: ( ) Regular ( ) Irregular ( ) Sem pré-natal

- Intercorrências na gravidez ( ) Sim ___________________________ ( ) Não

g2) Nome: ____________________________________________________

Idade: _________

- Pré-natal: ( ) Regular ( ) Irregular ( ) Sem pré-natal

- Intercorrências na gravidez ( ) Sim ___________________________ ( ) Não

h) IDOSO:

h1) Nome: ___________________________________________________

Idade: __________

- Quanto à autonomia ( ) Total ( ) Parcial ( ) Sem autonomia

- Com renda ( ) Sim ( ) Não

h2) Nome: ____________________________________________________

Idade: _________

- Quanto à autonomia ( ) Total ( ) Parcial ( ) Sem autonomia

- Com renda ( ) Sim ( ) Não

9 Morbidades referidas (Quais doenças tiveram nos últimos três meses):

10 PRINCIPAIS PROBLEMAS:

_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

___________________________________________

11 PROBLEMA PRIORIZADO:

_____________________________________________________________________________________

_________________________________________________________

----------------------------------------------------------------------------------------------

DATA DA ENTREVISTA: ______/_____/___________

RESPONSÁVEIS PELO PREENCHIMENTO: _________________________________________

ANEXO -3

ANEXO

ANEXO