Impacto da Definição de Berlin -...

24
1 Impacto da Definição de Berlin Alexandre Marini Ísola Medicina Intensiva: qual a base de nosso castelo? 2004 2013: o que mudou na SDRA? Marini, J; Gattinoni, L. Crit Care Med 2004; 32:250 255

Transcript of Impacto da Definição de Berlin -...

2

SARA: o que mudou desde 1967?

DEFINIÇÃO

Descrita SARA em 1967

“ The respiratory-distress syndrome in 12 patients was manifested by acute onset of tachypnea, hypoxemia, and loss of compliance (…); the syndrome did not respond to usual and ordinary methods of respiratory therapy. The clinical and pathological features closely resembled those seen in infants with respiratory distress (…). Positive end-expiratory pressure was most helpful in combating atelectasis and hypoxæmia. (...)”

Ashbaugh DG et al. Acute respiratory distress in adults.

Lancet 1967 Aug 12;2(7511):319-23

O “pulmão de choque”

Reposição volêmica imediata

com solução balanceada de sal

Transfusão rápida de sangue

preservado por congelação

3

Resgate aéreo no Vietnã

Relatos publicados de reposição volêmica com mais de 30 litros de Solução Balanceada de Sal

Primeiros relatos de insuficiência Respiratória e morte pós-ressuscitação

Pulmão de choque ou Pulmão de Danang

Pulmão de Choque / Pulmão de Danang

SARA… primeiraclassificação maisusada:Lung Injury Score (LIS)

Murray JF, et al. Am Rev Respir Dis 1988;138: 720-3.

Componente Valor

Escore da Radiografia de tórax

Nenhum infiltrado alveolar

Infiltrado em 01 quadrante

Infiltrado em 02 quadrantes

Infiltrado em 03 quadrantes

Infiltrado em 04 quadrantes

0

1

2

3

4

Escore da Hipoxemia

PaO2/FiO2 ≥ 300

PaO2/FiO2 225-299

PaO2/FiO2 175-224

PaO2/FiO2 100-174

PaO2/FiO2 < 100

0

1

2

3

4

Escore da Complacencia (Csr em ml/cm H2O)

≥ 80

60-79

40-59

20-39

<20

0

1

2

3

4

Escore de PEEP (em cm H2O)

≤ 5

6-8

9-11

12-14

> 14

0

1

2

3

4

Soma-se a pontuação e divide-se por 4

Escore final: 0,1 – 2,5 = Lesão leve a moderada

> 2,5 = Lesão grave (SARA)

4

Problemas do LIS

Envolvia recursos que muitos não dispunham na época como cálculo da mecânica e muitos ventiladores não dispunham de PEEP

O trabalho não foi reproduzido

Continuava-se muito heterogênea a classificação da Sd. na literatura, dificultando comparação entre resultados de estudos.

Conferência Norte-Americana e Europeia de 1994 (AECC)

Hipoxemia (PaO2/FiO2 ≤200), aparecimento agudoPaO2/FIO2< 300 – Lesão pulmonar aguda

Infiltrado pulmonar agudo, geralmente bilateral

POAP ≤ 18 mm Hg (quando disponível)

Ausência de sinais de SAE ou falência cardíaca

Stewart, T.E.; Int. Care Med. 2000, 26: 1151-1155Ware,LB et al. NEJM. 2000, 342(18): 1334-49

ALI e ARDS: Espectros diferentes da mesma Síndrome!

• Dependente de parâmetros de VM: O2 x CPAP x PEEP x VC)

PaO2/FIO2 < 300 / PaO2/FIO2 < 200

Infiltrado pulmonar bilateral: outros dx

Ter que afastar ICC com POAP

• Fatores de risco de ocorrência e propensão

• Relação com outros escores de gravidade:

• APACHE, SOFA, MOF, SAPS

• Fatores de prognóstico

Faltam nela:

Limitações da Definição do AECC (1994)

5

Berlim 2011: Nova proposta de definição de SARA: porquê?

Permitir estratificar melhor a gravidade desde logo para se aplicar condutas e recursos de acordo com a gravidade,

baseado nas evidências atuais.

Ser mais aplicável por clínicos, além de intensivistas;

Melhorar sensibilidade e especificidade.

Variáveis não incluídas por terem menor viabilidade (feasibility)

Pressão de platô

Medida do Espaço Morto

Água pulmonar Extra Vascular

Medida de biomarcadores inflamatórios

Tomografia computadorizada (obrigatória)

Tomografia por Bioimpedância Elétrica

Objetivo da ressuscitação volêmica/cardíaca

Variáveis com maior viabilidade - incluídas

Tempo do insulto claramente identificado

Hipóxia

Origem do Edema (não

cardiogênico)

Alterações Radiológicas

Alterações fisiológicas adicionais

6

Publicação final da Classificação SARA(Berlim 2011 – utilizada atualmente)

SARA

Critério LEVE MODERADA GRAVE

Tempo de inícioAparecimento súbito (dentro de 1 semana de agressão conhecida)

ou aparecimento de novos sintomas respiratórios ou piora deles

Origem do edemaInsuficiência respiratória não claramente explicada por insuficiência cardíaca ou

sobrecarga volêmica

Anormalidades

radiológicasOpacidades bilaterais em radiografia torax ou TOMOGRAFIA (CT)

(não explicáveis por nódulos, derrame pleural e/ou atelectasia)

Hipoxemia

(PaO2/FIO2) **

201-300 com

PEEP/CPAP ≥ 5

101 - 200 com

PEEP ≥ 5≤ 100 com PEEP ≥ 5

Published Online: May 21, 2012. doi:10.1001 /jama.2012.5669

Diretrizes Brasileiras

Diretrizes Brasileiras VM AMIB/SBPT 2013 www.amib.org.br

7

Comparação entre AECC (1994) e Berlim (2013):

Como classificar gravidade sem considerar a

PEEP no momento do diagnóstico?

A QUESTÃO DA PEEP NA DEFINIÇÃO

AECC AECC limitação Berlim

O que precisa ficar claro:Em que momento deve ser “classificado”opaciente?

1 - Antes de intubar, sob VNI com CPAP ≥ 5 cm H2O?

2 - Depois de intubar? (Antes ou depois de PEEP trial?)

3 - É pra considerar a menor PEEP possível para a melhor PaO2/FiO2?

Proposta: classificar após PEEP trial, encontrando a P/F sob a melhor PEEP.

P/F = 88: SARA GRAVE? P/F = 250: SARA LEVE?

Comparação entre AECC (1994) e Berlim (2013):

• Pneumonia Intersticial

• Hemorragia Alveolar

• Pneumonia Eosinofílica

• BOOP

• Pneumonia por hipersensibilidade

• Reação a drogas

Diagnósticos diferencias e condutas diferentes para cada um...

INFILTRADO RADIOLÓGICO BILATERAL

AECC AECC limitação Berlim

8

Comparação entre AECC (1994) e Berlim (2013):

A questão da hiper-hidratação no paciente crítico!

PRESSÃO DE OCLUSÃO DE ARTERIA PULMONAR

AECC AECC limitação Berlim

Berlin Definition:

Mild ARDS: mortality : 27% ( 95%CI-24-30%)

Moderate ARDS: mortality: 32% ( 95%-29-34%)

Severe ARDS: mortality: 45% ( 95%- 42-48%)

Predictive validity for mortality:

AECC definition : AU-ROC: 0.536 (95% CI- 0.520-0.553)

X (p< 0.001)

Berlin Definition: AU-ROC: 0.577 ( 95%CI-0.561-0.593)

9

• 49 (37,7%) Mild

• 68 (52,3%) Moderate

• 13 (10%) Severe

130 ARDS :

• Pplat= 26,8± 4,8 cmH20

• PEEP= 10,8± 3,0 cmH20

• Driving pressure:16±1,8 cmH20)

• VT= 9 mL/Kg PBW

130 ARDS:

28 day Mortality: 38,5% (CI= 30,1-46,8)

Hospital Mortality: 49,2% (CI=40,6-57,8)

10

Figure 1: Thoracic tomographic assessment of maximal

recruitment strategy in an ARDS patient (before and after

recruitment maneuver and tomographic PEEP titration).

Curr Opin Crit Care 2014, 20:10–16

Barbas, CSV et al , Curr Opin Crit Care 2014, 20:10–16

AEEC ARDS

definition

(1994)

Impacto com a

Berlin Definition

(2012)

O que poderia ou deveria ser incluído

Categorias LPA / SARA SARA LEVE,

MODERADA E

GRAVE

Inclusão de um grupo com falência de

VD

Categorização

Prognóstico

Nenhuma Somente

PaO2/FiO2

Inclusão de outros indices

prognosticos: APACHE II/III, SAPS or

SOFA scores.

Parâmetros

Ventilatórios

necessários

Independiam

da PEEP

CPAP/PEEP≥ 5

cmH20

Inclusão de VC, PEEP titulada pelo

metodo decremental, uso de MRM,

FIO2 e f resp adequadas

precocemente

Avaliação do

CO2

Independe do

CO2

Independe do

CO2

Inclusão da PaCO2, ETCO2 ou

estimative do Espaço Morto

Avaliação da

Imagem

Radiografia

torax

Alem da

Radiografia,

pode-se usar a

CT torax

Incluir a CT como recurso diagnóstico

e para avaliação de MRM, titulação

decremental da PEEP e detecção

precoce da fase fibroproliferativa.

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AEEC ARDS

definition

(1994)

Impacto com a

Berlin Definition

(2012)

O que poderia ou deveria ser incluído

Categorias LPA / SARA SARA LEVE,

MODERADA E

GRAVE

Inclusão de um grupo com falência de

VD

Categorização

Prognóstico

Nenhuma Somente

PaO2/FiO2

Inclusão de outros indices

prognosticos: APACHE II/III, SAPS or

SOFA scores.

Parâmetros

Ventilatórios

necessários

Independiam

da PEEP

CPAP/PEEP≥ 5

cmH20

Inclusão de VC, PEEP titulada pelo

metodo decremental, uso de MRM,

FIO2 e f resp adequadas

precocemente

Avaliação do

CO2

Independe do

CO2

Independe do

CO2

Inclusão da PaCO2, ETCO2 ou

estimative do Espaço Morto

Avaliação da

Imagem

Radiografia

torax

Alem da

Radiografia,

pode-se usar a

CT torax

Incluir a CT como recurso diagnóstico

e para avaliação de MRM, titulação

decremental da PEEP e detecção

precoce da fase fibroproliferativa.

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AEEC ARDS

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(1994)

Impacto com a

Berlin Definition

(2012)

O que poderia ou deveria ser incluído

Categorias LPA / SARA SARA LEVE,

MODERADA E

GRAVE

Inclusão de um grupo com falência de

VD

Categorização

Prognóstico

Nenhuma Somente

PaO2/FiO2

Inclusão de outros indices

prognosticos: APACHE II/III, SAPS or

SOFA scores.

Parâmetros

Ventilatórios

necessários

Independiam

da PEEP

CPAP/PEEP≥ 5

cmH20

Inclusão de VC, PEEP titulada pelo

metodo decremental, uso de MRM,

FIO2 e f resp adequadas

precocemente

Avaliação do

CO2

Independe do

CO2

Independe do

CO2

Inclusão da PaCO2, ETCO2 ou

estimative do Espaço Morto

Avaliação da

Imagem

Radiografia

torax

Alem da

Radiografia,

pode-se usar a

CT torax

Incluir a CT como recurso diagnóstico

e para avaliação de MRM, titulação

decremental da PEEP e detecção

precoce da fase fibroproliferativa.

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Impacto com a

Berlin Definition

(2012)

O que poderia ou deveria ser incluído

Categorias LPA / SARA SARA LEVE,

MODERADA E

GRAVE

Inclusão de um grupo com falência de

VD

Categorização

Prognóstico

Nenhuma Somente

PaO2/FiO2

Inclusão de outros indices

prognosticos: APACHE II/III, SAPS or

SOFA scores.

Parâmetros

Ventilatórios

necessários

Independiam

da PEEP

CPAP/PEEP≥ 5

cmH20

Inclusão de VC, PEEP titulada pelo

metodo decremental, uso de MRM,

FIO2 e f resp adequadas

precocemente

Avaliação do

CO2

Independe do

CO2

Independe do

CO2

Inclusão da PaCO2, ETCO2 ou

estimative do Espaço Morto

Avaliação da

Imagem

Radiografia

torax

Alem da

Radiografia,

pode-se usar a

CT torax

Incluir a CT como recurso diagnóstico

e para avaliação de MRM, titulação

decremental da PEEP e detecção

precoce da fase fibroproliferativa.

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Impacto com a

Berlin Definition

(2012)

O que poderia ou deveria ser incluído

Categorias LPA / SARA SARA LEVE,

MODERADA E

GRAVE

Inclusão de um grupo com falência de

VD

Categorização

Prognóstico

Nenhuma Somente

PaO2/FiO2

Inclusão de outros indices

prognosticos: APACHE II/III, SAPS or

SOFA scores.

Parâmetros

Ventilatórios

necessários

Independiam

da PEEP

CPAP/PEEP≥ 5

cmH20

Inclusão de VC, PEEP titulada pelo

metodo decremental, uso de MRM,

FIO2 e f resp adequadas

precocemente

Avaliação do

CO2

Independe do

CO2

Independe do

CO2

Inclusão da PaCO2, ETCO2 ou

estimative do Espaço Morto

Avaliação da

Imagem

Radiografia

torax

Alem da

Radiografia,

pode-se usar a

CT torax

Incluir a CT como recurso diagnóstico

e para avaliação de MRM, titulação

decremental da PEEP e detecção

precoce da fase fibroproliferativa.

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AEEC ARDS

definition

(1994)

Impacto com a

Berlin Definition

(2012)

O que poderia ou deveria ser incluído

Necessidade de

obtenção da POAPSim Não. Uso

possível de Eco

para ajudar a

avaliar

Inclusão do Eco para avaliar

disfunção cardíaca esquerda e/ou

direita, bem como EVLW

Necessidade de

identificar fator de

risco para SARA

Não Sim Inclusão de fatores de risco de

forma mais clara e baseado nas

evidencias até então.

Avaliação de

predisposição

genetica e

biomarcadadores

Não Não Inclusão de marcadores e de

avaliação de predisposição genética

Tempo para inicio

dos sintomasNão Sim, uma

semana

Inclusão de marcadores precoces de

screening

Fatores agravantes

e prevençãoNão Não Alertas para diagnóstico precoce e

medidas para prevenção

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AEEC ARDS

definition

(1994)

Impacto com a

Berlin Definition

(2012)

O que poderia ou deveria ser incluído

Necessidade de

obtenção da POAPSim Não. Uso

possível de Eco

para ajudar a

avaliar

Inclusão do Eco para avaliar

disfunção cardíaca esquerda e/ou

direita, bem como EVLW

Necessidade de

identificar fator de

risco para SARA

Não Sim Inclusão de fatores de risco de

forma mais clara e baseado nas

evidencias até então.

Avaliação de

predisposição

genetica e

biomarcadadores

Não Não Inclusão de marcadores e de

avaliação de predisposição genética

Tempo para inicio

dos sintomasNão Sim, uma

semana

Inclusão de marcadores precoces de

screening

Fatores agravantes

e prevençãoNão Não Alertas para diagnóstico precoce e

medidas para prevenção

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(1994)

Impacto com a

Berlin Definition

(2012)

O que poderia ou deveria ser incluído

Necessidade de

obtenção da POAPSim Não. Uso

possível de Eco

para ajudar a

avaliar

Inclusão do Eco para avaliar

disfunção cardíaca esquerda e/ou

direita, bem como EVLW

Necessidade de

identificar fator de

risco para SARA

Não Sim Inclusão de fatores de risco de

forma mais clara e baseado nas

evidencias até então.

Avaliação de

predisposição

genetica e

biomarcadadores

Não Não Inclusão de marcadores e de

avaliação de predisposição genética

Tempo para inicio

dos sintomasNão Sim, uma

semana

Inclusão de marcadores precoces de

screening

Fatores agravantes

e prevençãoNão Não Alertas para diagnóstico precoce e

medidas para prevenção

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Barbas, CSV et al , Curr Opin Crit Care 2014, 20:10–16

AEEC ARDS

definition

(1994)

Impacto com a

Berlin Definition

(2012)

O que poderia ou deveria ser incluído

Necessidade de

obtenção da POAPSim Não. Uso

possível de Eco

para ajudar a

avaliar

Inclusão do Eco para avaliar

disfunção cardíaca esquerda e/ou

direita, bem como EVLW

Necessidade de

identificar fator de

risco para SARA

Não Sim Inclusão de fatores de risco de

forma mais clara e baseado nas

evidencias até então.

Avaliação de

predisposição

genetica e

biomarcadadores

Não Não Inclusão de marcadores e de

avaliação de predisposição genética

Tempo para inicio

dos sintomasNão Sim, uma

semana

Inclusão de marcadores precoces de

screening

Fatores agravantes

e prevençãoNão Não Alertas para diagnóstico precoce e

medidas para prevenção

Barbas, CSV et al , Curr Opin Crit Care 2014, 20:10–16

AEEC ARDS

definition

(1994)

Impacto com a

Berlin Definition

(2012)

O que poderia ou deveria ser incluído

Necessidade de

obtenção da POAPSim Não. Uso

possível de Eco

para ajudar a

avaliar

Inclusão do Eco para avaliar

disfunção cardíaca esquerda e/ou

direita, bem como EVLW

Necessidade de

identificar fator de

risco para SARA

Não Sim Inclusão de fatores de risco de

forma mais clara e baseado nas

evidencias até então.

Avaliação de

predisposição

genetica e

biomarcadadores

Não Não Inclusão de marcadores e de

avaliação de predisposição genética

Tempo para inicio

dos sintomasNão Sim, uma

semana

Inclusão de marcadores precoces de

screening

Fatores agravantes

e prevençãoNão Não Alertas para diagnóstico precoce e

medidas para prevenção

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ARDS com ACP (22%), tem maior mortalidade

Boissier F et al. Intensive Care Med (2013) 39:1725–1733

Nova abordagem deve ser incluída na avaliação do paciente com SDRA: Função do VD

Boissier F et al. Intensive Care Med (2013) 39:1725–1733

ACP foi identificado em 22% dos pacientes SDRA.

Cor pulmonale ocorreu mais freqüentemente nos caso de sepse e Pressão de Distensão (Driving Pressure) elevadas.

Terapias específicas e medidas destinadas a atenuar disfunção vascular pulmonar e disfunção de RV devem ser testados em pacientes SDRA com cor pulmonale.

Proposta: Right Ventricular Protective Approach

Vieillard-Baron, A et al. Intensive Care Med (2013) 39:1836–1838

15

Pulmonary Hypertension , right ventricular

dysfunction and ARDS

Sub-group stratification ( 15-20%):

1. High mortality

2. Different ventilatory stategy? Prone position?

3. Pulmonary Vasodilator?

Bull TM, et al. Am J Respir Crit Care Med. 2010;182:1123–8.

TPG >12 mm Hg

X TPG < 12 mmHg

ARDS mortality

(30% vs. 19%; P=0.02)

Permeabilidade aumentada no Pulmão Lesado

O pulmão do paciente crítico não se comporta como o pulmão normal quando submetido a uma sobrecarga de volume.

Alterações de permeabilidade capilar generalizada aumentam o vazamento capilar em todos os órgãos e tecidos.

Fluidoterapia na SARA

No choque: repor o volume do compartimento intra-vascular.

O pulmão agredido na SARA encontra-se com sua permeabilidade endotelial muito aumentada.

Isso faz com que haja uma influência muito maior do componente hidrostático na passagem do líquido para a intimidade alveolar, do que no pulmão normal.

Sakr, Y; Vincent, JL et al. Chest 2005; 128:3098–3108

16

Sd. do vazamento capilar: versão original

Takala J Intensive Care Med (2003) 29:890–893

Equação de Starling

Onde:

P=pressão hidrostática, π = pressão oncótica,

Kfc= Coeficiente de Filtração Capilar (produto da condutividade

hidráulica do capilar x área de superfície capilar), e

Kd=coeficiente de reflexão (varia de 0 a 1; 0= capilar totalmente

permeável a proteínas e 1=capilar totalmente impermeável a

proteínas).

Sd. Vazamento Pulmonar: versão nova - Entra em cena a EGL: endothelial glycocalyx layer: aumenta o papel do Sistema Linfático na drenagem residual de fluidos.

Silva P. et al Curr Opin Crit Care 2014, 20:104–112

Fluidoterapia na SARA

Estudo SOAP: os riscos independentes de mortalidade incluíram elevado balanço positivo de fluidos oferecidos

ao paciente.

Reposição de fluido vigorosa nas primeiras seis horas da sepse grave / choque séptico.

Após a ressuscitação volêmica ter sido finalizada, manter excesso de oferta de líquidos não trará mais benefício ao

paciente e sim malefício.

Sakr, Y; Vincent, JL et al. Chest 2005; 128:3098–3108

Rivers, E. N Engl J Med 10.1056/nejme068105, May, 2006

17

Sobre a Fluidoterapia na SARA

Há poucos estudos randomizados avaliando manejo de fluidos na SARA

A resposta dos pacientes difere se há ou não sepsepresente.

Preocupações existem quanto ao uso de colóides, comohemodiluição, insuficiencia renal, coagulopatias

Deve-se preocupar com uso irrestrito de fluidos, associado a parametros hemodinamicos menos confiáveis. .

Silva P. et al Curr Opin Crit Care 2014, 20:104–112

Monitorizar a Agua Pulmonar Extra-Vascular (EVLW)

• SARA LEVE – EVLWi = 16,2 , PVPI= 2.7

• SARA MODERADA -EVLWi = 17.2 , PVPI =3 (p<0.05)

• SARA GRAVE - EVLWi = 19.1, PVPI=3.2

Relação entre Água Pulmonar Extra-Vascular (EVWLi), Indice de Permeabilidade Vascular Pulmonar(PVPI) e a classificação de Berlim:

Kushimoto S et al. Crit Care. 2013 , 20;17(4):R132.

18

US pulmonar

Corradi F et al. Curr Opin Crit Care 2014, 20:98–103

US pulmonar pode ser ferramenta de detecção precoce de SARAmostrando linhas B não homogêneas e de distribuição independenteda gravidade, com áreas poupadas, espessamento pleural econsolidaçoes subpleurais.

Pode permitir a medida da EVLW e a densidade pulmonar,auxiliando no manejo do paciente

A combinação com o Eco permite avaliar melhor a interaçãopulmonar e a influencia da VM na hemodinâmica.

Corradi F et al. Curr Opin Crit Care 2014, 20:98–103

US pulmonar

Corradi F et al. Curr Opin Crit Care 2014, 20:98–103

CONSOLIDAÇÃO

POSTERIOR

DERRAME

PLEURAL

US pulmonar

19

US e EVLW

Corradi F et al. Curr Opin Crit Care 2014, 20:98–103

EVLW baixo EVLW moderado EVLW elevado

A tomografia como ferramenta para avaliargravidade, estágio da doença e prognóstico

20

EIT: futura ferramenta de condução

PEEP = 23

PEEP = 19

PEEP = 15

PEEP = 11

PEEP = 07

Peep titration with Electrical Impedance Tomography in a patient with ARDS

associated with H1N1-influenza virus infection

Barbas CS et al. Critical Care Research and Practice , 2012. doi:1155/2012/952168

E com tudo isso, a mortalidade tem diminuído?

Villar J et al. Curr Opin Crit Care 2014, 20:3–9

21

E com tudo isso, a mortalidade tem diminuído?

Villar J et al. Curr Opin Crit Care 2014, 20:3–9

Há mais dados brasileiros recentes!

31% pacientes com SDRA

Mortalidade geral UTI de pac sob VM: 34%

Mortalidade geral pac. com SARA: 52%

Azevedo L et al. Critical Care 2013, 17:R63

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Achados importantes na realidade Brasil!

Azevedo L et al. Critical Care 2013, 17:R63

Achados importantes na realidade Brasil!

Azevedo L et al. Critical Care 2013, 17:R63

Achados importantes na realidade Brasil!

Azevedo L et al. Critical Care 2013, 17:R63

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Achados importantes na realidade Brasil!

Azevedo L et al. Critical Care 2013, 17:R63

Mortalidade de acordo com Berlim

Azevedo L et al. Critical Care 2013, 17:R63

Azevedo L et al. Critical Care 2013, 17:R63

Quanto mais grave, maior a mortalidade

24

O PRINCIPAL IMPACTO DA CLASSIFICAÇÃO DE BERLIN:

AJUDAR A DIAGNOSTICAR E CLASSIFICAR PRECOCEMENTE,

APLICANDO A MELHOR ESTRATÉGIA DESDE LOGO, CONFORME GRAU DE

GRAVIDADE E EVIDÊNCIAS.

COM ISSO TENTAR MELHORAR ESSA

TERRIVEL TAXA DE MORTALIDADE!

Concluindo...

Exemplo:

Fonte, ESICM Congress, Berlin 2011, Marco Ranieri et al

Adaptado por Holanda, M. xlung.net

Identificar os casos com ACP

OBRIGADO