Impacto metabólico das dietas da moda.

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Curso de Graduação em Farmácia-Bioquímica Impacto metabólico das dietas da moda. Beatriz de Novaes Boldo Trabalho de Conclusão do Curso de Farmácia- Bioquímica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo Orientador: Professor Dr. Thomas Prates Ong São Paulo 2020

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

Curso de Graduação em Farmácia-Bioquímica

Impacto metabólico das dietas da moda.

Beatriz de Novaes Boldo

Trabalho de Conclusão do Curso de Farmácia-

Bioquímica da Faculdade de Ciências

Farmacêuticas da Universidade de São Paulo

Orientador:

Professor Dr. Thomas Prates Ong

São Paulo

2020

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Sumário

Lista de Abreviaturas 3

1 INTRODUÇÃO 5

1.1 TRANSIÇÃO ALIMENTAR 5

1.2 METABOLISMO E BALANÇO ENERGÉTICO 6

1.3 DESBALANÇO ENERGÉTICO E O SURGIMENTO DE DOENÇAS 7

1.4 OBESIDADE: DIAGNÓSTICO, CUSTOS E IMPLICAÇÕES 7

1.5 DIETAS DA MODA E A PERDA DE PESO 11

1.6 FATORES GENÉTICOS RELACIONADOS A OBESIDADE 12

1.7 O TECIDO ADIPOSO E O METABOLISMO 14

2 OBJETIVOS 17

2.1 OBJETIVO GERAL 17

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 17

3 MATERIAIS E MÉTODOS 17

3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA 18

3.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 18

3.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 18

4 ANÁLISE DOS DADOS 18

5 RESULTADOS 19

5.1 DIETA DASH (REVISITAR) 20

5. 2 DIETA DO MEDITERRÂNEO (REVISITAR) 22

5.3 DIETA PALEOLÍTICA 24

5.4 DIETA GLÚTEN-FREE 26

5.5 JEJUM INTERMITENTE 27

6 DISCUSSÃO 29

7 CONCLUSÃO 35

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Lista de Abreviaturas

ADA: Amercian Dietetics Association IMC: Índice de Massa Corporal DM2: Diabetes tipo 2 DAC: Doença arterial coronariana HAS: Hipertensão arterial sistêmica. OA: Osteoartrose OMS: Organização Mundial da Saúde SUS: Sistema Único de Saúde ABESO: Associação Brasileira para o estudo da Obesidade de da Síndrome Metabólica TG: Triacilglicerol TNF-α: Fator de Necrose Tumoral alfa lL-6: Interleucina 6 MCP-1: Proteína quimioativa de monócitos e macrófagos SAA: Proteína amiloide A sérica RBP: Proteína ligadora de retinol CETP: Proteína de transferência de colesteril éster PAI-1: inibidor de ativação de plaminogênio VEGF: fator de crescimento endotelial vascular PPAR-gama-2: peroxissoma gama 2 FTO: fat mass and obesity associated ADRB2: Receptor β- adrenérgico 2 MCR-4: receptor da melanocortina-4 Apo-B: Apoliproteína B IL-6: Interleucina 6 IL-8: Interleucina 8 TNF-α: fator de necrose tumoral α TNF-β: fato de crescimento β PCR: proteína C-reativa A T1: Receptor da angiotensina II ECA: Enzima de conversão da angiotensina TNFα: Fator de necrose tumoral-α PAI-1: Inibidor do ativador do plasminogênio 1 SNS: Sistema Nervoso Simpático Dash- Dietary Approaches to Stop Hypertension PA: Pressão arterial HAS: Hipertensão Arterial Sistêmica

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RESUMO

BOLDO, B. N. Impacto metabólico das dietas da moda. 2019. Trabalho de

Conclusão de Curso de Farmácia-Bioquímica- Faculdade de Ciências

Farmacêuticas – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.

Palavras-chave: “Obesidade”, “Dieta Dash”, “Jejum intermitente”,

“Impacto metabólico das dietas”, “síndrome metabólica”, “dietas da

moda”, “Dieta low carb”, “Dieta Glúten Free”, ”nutrigenômica”.

RESUMO

Esta revisão possui como objetivo analisar os efeitos metabólicos das

dietas da moda que promovem emagrecimento rápido, e as suas

consequências ao organismo. Para tanto o estudo pretende reunir dados

acerca da Dieta Mediterrânea, Jejum Intermitente, Dieta “Glúten Free” ou

Dieta Celíaca e Dieta Paleolítica, em comparação com a Dieta Dash,

determinada como uma dieta padrão ouro.

O trabalho será realizado por meio de compilação da literatura

científica e dados numéricos e estatísticos obtidos de “sites” oficiais. A

seleção dos artigos será realizada, inicialmente, por uma leitura prévia do

resumo, a fim de verificar sua relação com o tema, para então proceder a

leitura do artigo na íntegra. Os artigos disponíveis serão obtidos nas bases

de dados informatizadas para publicações: Medical Literature Analysis and

Retrieval System Online – MEDLINE, Nacional Center for Biotechnology

Information – NCBI, Science Direct e ResearchGate.

Em todas as dietas estudadas neste trabalho a perda de peso é um

ponto crucial para os desfechos dos estudos e ocorre devido à restrição

energética. O acompanhamento de pacientes obesos como uma

intervenção multidisciplinar personalizada traz resultados mais efetivos na

perda de peso e qualidade de vida do indivíduo.

Para o tratamento da obesidade é correto afirmar que dietas

hipocalóricas, balanceadas e individualizadas, considerando o estilo de vida

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e as preferências alimentares do paciente e que proponham uma

reeducação alimentar, promovem resultados mais eficazes e duradouros.

Devido ao alto índice de adesão, a dieta Dash em comparação as

outras dietas, parece ser uma ótima alternativa para redução e manutenção

de peso a longo prazo.

1 INTRODUÇÃO

A alimentação exerceu um papel importante no processo de

evolução da humanidade. Atividades como, a domesticação das plantas, o

cozimento dos alimentos e a ingestão de produtos advindos da caça foram

determinantes para a sobrevivência e perpetuação da espécie (TELES;

BELO; SILVA, 2017).

1.1 TRANSIÇÃO ALIMENTAR

A partir do século passado, eventos como a expansão da

industrialização e o aumento da urbanização, provocaram alterações na

nutrição e no comportamento da população. Ocorreu um aumento no

consumo de alimentos com alta densidade energética, no consumo de

carnes e laticínios ricos em gordura. Em contrapartida, decresceu o

consumo de cereais, frutas, verduras e legumes. Já em relação ao

comportamento, esses eventos contribuíram para o aumento do

sedentarismo entre a população, que associado a má alimentação

proporciona um enorme desequilíbrio energético. (PINHEIRO et al., 2004;

MARIATH et al., 2007).

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O escopo da mudança nutricional não abrange apenas fatores físicos,

mas também fatores relacionados a aspectos econômicos, sociais e

ambientais (POPKIN, 2012)

1.2 METABOLISMO E BALANÇO ENERGÉTICO

O metabolismo é definido por um conjunto de reações bioquímicas,

responsáveis por proporcionar energia para a manutenção das funções

biológicas do organismo. Essa energia é proveniente dos alimentos,

especificamente dos grupos de fonte energética, que são os carboidratos,

os lipídios e as proteínas. Esse processo de conversão de energia, possui

uma fina regulação, quando a energia é adquirida em excesso a mesma é

“estocada” (anabolismo) e utilizada quando demandada (catabolismo)

(EVANS; HEATHER, 2019).

Para manutenção da homeostase celular, todos os organismos vivos

gastam energia. O consumo desta energia é organizado em três partes:

energia gasta em repouso, que corresponde por 60-75% do consumo

energético diário total, a energia térmica proveniente dos alimentos é

responsável por 10% e a prática de atividade física, correspondendo em

média de 15-30%. A quantidade de energia mínima necessária para manter

as funções fisiológicas em repouso é chamada de Taxa Metabólica Basal

(TMB). Sendo assim, a TMB auxilia no fornecimento de um suporte

nutricional adequado e determina as necessidades calóricas para o balanço

energético. (ANTUNES et al. 2005)

Dessa forma, se o gasto energético diário basal, for menor que a

ingestão calórica, ocorrerá um excesso energia. A energia excedida pode

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ser convertida em gordura e estocada, desencadeando no aumento da

massa corporal e consequentemente levando a um excesso de peso

(FRANCISCH et al.,2000).

1.3 DESBALANÇO ENERGÉTICO E O SURGIMENTO DE DOENÇAS

Mudanças no padrão alimentar têm se mostrado um fator

determinante para crescimento da prevalência de Doenças Crônicas Não-

Transmissíveis (DCNT’s) e obesidade, conhecido pelo duplo ônus entre

desnutrição e obesidade (Institute of nutrition and Food Science-

Bangladesh.

O aumento de peso promove aumento da circunferência abdominal,

e está associado com diversas doenças crônicas não-transmissíveis, como

distúrbios metabólicos e riscos cardiovasculares como dislipidemias,

hipertensão arterial e diabetes mellitus e a obesidade (Mariah et al. 2007)

1.4 OBESIDADE: DIAGNÓSTICO, CUSTOS E IMPLICAÇÕES

A Obesidade foi descrita como doença crônica associada ao excesso

de gordura corporal (acúmulo de tecido adiposo localizado ou

generalizado), com etiologia complexa e multifatorial, resultado da

interação de estilo de vida, genes e fatores emocionais. (MANCINI et al.

2015).

O diagnóstico do estado nutricional de adultos é determinado a partir

do Índice de Massa Corporal (IMC), obtido através da divisão do peso,

medido em quilogramas, pela altura ao quadrado, medida em metros

(kg/m2) (WHO, 2000). De acordo com a Organização Mundial da Saúde

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(OMS) o excesso de peso é diagnosticado quando o IMC alcança valor igual

ou superior a 25 kg/m2, enquanto que a obesidade é diagnosticada com

valor de IMC igual ou superior a 30 kg/m2.

Figura 1- Gráfico 1- Classificação segundo a OMS A partir do IMC.

Nos últimos anos, a obesidade vem sendo considerada o problema

nutricional de maior ascensão entre a população, sendo esta considerada

uma epidemia mundial (HALES, 2017). Em um estudo envolvendo mais de

16 mil pessoas (National Health and Nutrition Examination Study III

(NHANES III) mostrou que o desenvolvimento da patologia está

intimamente associado a uma série de alterações metabólicas, e a

predisposição de outras patologias como: diabetes tipo 2 (DM2), doença da

vesícula biliar, doença arterial coronariana (DAC), hipertensão arterial

sistêmica (HAS), osteoartrose (OA) e de dislipidemia (NHANES II, 2004).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a obesidade é um

dos maiores problemas de saúde pública no mundo, em 2025 estima-se que

o número de adultos com sobrepeso possa chegar em 2,5 milhões e mais

de 700 milhões de obesos. O número de crianças com sobrepeso e

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obesidade no mundo pode chegar a 75 milhões, no mesmo ano. (ABESO-

associação brasileira para controle do sobrepeso e obesidade, 2009).

No Brasil, a obesidade também se encontra em crescimento. Alguns

levantamentos apontam que mais de 50% da população está acima do

peso. Estima-se que até 2050, quase 70% dos adultos brasileiros poderiam

estar acima do peso se o presente as tendências são sustentadas. (Conde

e Monteiro, 2014) Nutrition transition and double burden of undernutrition and excess of

weight in Brazil1–4

Uma pesquisa do Ministério da Saúde realizada em 2017, mostra que

em dez anos o excesso de peso cresceu 26,3%, passando de 42,6% em 2006

para 53,8% em 2016. No país a frequência de adultos obesos também

cresceu em dez anos, passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016,

não tendo diferença significante entre os sexos. (VIGITEL 2016).

Na Figura 2, o gráfico mostra a frequência da obesidade ao longo

de dez anos, separado por sexo.

Adaptado de VIGITEL 2016.

Figura 2- Gráfico 2- Índice de obesidade ao longo de dez anos, por

sexo. Adaptado de VIGITEL 2016.

Segundo o DATASUS, o número de mortes por complicações com

relação direta à obesidade, chegou a triplicar em um período de dez anos.

No ano de 2001, foi estimado o número de 808 óbitos relacionados à

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doença. Dez anos depois temos o dado de 2.390 óbitos, estimando-se um

crescimento de 196%. Caso fosse consideradas as vítimas indiretas, aquelas

relacionadas a DM2, doenças cardiovasculares, dislipidemias e etc., este

número seria ainda maior (DATASUS, 2011).

Estima-se que os custos médicos anuais relacionados à patologia nos

EUA chegam a US$ 147 bilhões para o tratamento de indivíduos adultos e

US$ 14,3 milhões para crianças e adolescentes obesos, a perda de

produtividade decorrente do absenteísmo e morte prematura somam

aproximadamente US$ 66 bilhões ao ano. (FINKELSTEIN EA et al. 2009). No

Reino Unido, os custos diretos do sobrepeso e obesidade somaram £ 3,23

bilhões em 2007, o que foi equivalente a aproximadamente 5% dos gastos

do Sistema Nacional de Saúde. (ALLENDER et al. 2007).

Bahia e colaboradores demonstraram os custos médicos

relacionados ao tratamento ambulatorial e hospitalar de doenças

associadas ao sobrepeso e à obesidade entre os anos de 2008 a 2010.

Estimou-se que o SUS gasta anualmente cerca de R$ 3,6 bilhões com o

tratamento dessas doenças, sendo R$ 2,4 bilhões com o tratamento

hospitalar (68%) e R$ 1,2 bilhões (32%) com o tratamento ambulatorial

(Figura 1). Doenças cardiovasculares foram responsáveis por 67% dos

custos relacionado à obesidade, seguido pelo tratamento do câncer. (BAHIA

et al 2012).

Figura 3- Custos do SUS com o tratamento ambulatorial e hospitalar com

as doenças relacionadas à obesidade (média dos anos de 2008 a 2010).

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(BAHIA) et al., 2014.

1.5 DIETAS DA MODA E A PERDA DE PESO

Como destacada anteriormente, o excesso de peso é considerado um

problema de saúde pública e afeta negativamente a vida de um indivíduo

(IBGE, 2010). A manutenção de um peso, tanto pela saúde quanto pela

estética, dentro de uma faixa considerada normal, tem causado

preocupação na população, principalmente na parcela feminina e a sua

insatisfação corporal. (ALVARENGA et al. 2010).

Visto que, a maneira mais eficaz para a perda de peso é a redução

calórica combinada com aumento do gasto energético (FRANZ et al. 2007).

Vem-se aumentando a adoção de dietas restritivas, que promovem uma

rápida perda de peso. Essas dietas, classificadas como “dietas da moda”

vêm fortemente se difundindo através dos meios de comunicação em

massa (GARCIA, 1992; D’ ÁVILA et al. 1999). Entre as dietas da moda se

encontram a dieta Dash, a dieta do mediterrâneo, a dieta paleolítica, a dieta

glúten free e o Jejum intermitente.

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A Dieta dash possui planos alimentares e orientações flexíveis, pouco

restritivos, compatíveis aos hábitos, cultura e ao estilo de vida da população

(TAYSON et al, 2012). Outras dietas que também se baseiam no estilo de

vida, é a dieta do mediterrâneo (LACATUSU et al, 2019) e a dieta

paleolítica. A primeira contém alto consumo de cereais, frutas e hortaliças.

A segunda, prioriza a ingestão de carne magra advinda de pasto livre,

legumes não cultivados, raízes, ovos e nozes, e a exclusão completa de

refinados grãos de cereais, laticínios, gorduras refinadas e açúcares.

(KONNER et al, 2010).

Já a dieta glúten free, atua na restrição da ingestão de glúten e

consequentemente também de carboidratos, e sem a restrição do consumo

de gordura (NILAND; CAST 2018). A dieta do Jejum intermitente, propõe a

abstinência de alimento por períodos alongados e assim uma maior

restrição calórica (CABO; MATTSON 2019).

Sendo assim, considerando a epidemiologia da Obesidade no mundo

e a difusão da prática de dietas restritas como ferramenta para a perda de

peso. Se faz necessário analisar os impactos ocasionados pelas dietas da

moda, especificamente das dietas Dash, paleolítica, mediterrânea, glúten

free e do jejum intermitente sobre o metabolismo dos indivíduos.

1.6 FATORES GENÉTICOS RELACIONADOS A OBESIDADE

Os genes contêm todas as informações biológicas necessárias para

manter e construir um organismo vivo. Eles são responsáveis pela formação

de proteínas, enzimas, hormônios e etc, em resposta a sinais metabólicos,

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que podem ser provenientes da dieta, os genes podem ser desativados ou

ativados (Academy of nutrition and diabetics, 2004).

A genômica nutricional engloba nutrigenética, nutrigenômica e

epigenômica nutricional e tudo o que envolve a interação de genes e

nutrientes revelando resultados fenotípicos, incluindo o risco de doença,

como a obesidade. (BARNES 2008).

A nutrigenética é a individualização da variação genética

influenciando o estado de saúde e risco de doença. A nutrigenômica

engloba as interações entre componentes alimentares e o genoma. E a

epigenômica nutricional refere-se a influência da dieta nas mudanças de

expressão gênica sem alteração no DNA sequencial. (ELLIOTT 2002).

A manutenção de peso e de gordura corporal têm interferência dos

genes. (MARTINEZ et al. 1996). Segundo Bouchard e colaboradores, o

balanço energético entre a energia ingeria e o gasto energético pode estar

relacionado de 20- 40% com a herança genética. (BOUCHARD et al. 1996)

Van Ommen estudou o efeito da variação genética na interação entre

dieta e doença e sugeriu que a genômica nutricional é um fator importante

para o desenvolvimento da obesidade, mostrando como este fator pode

influenciar nas vias de homeostase metabólica. (VAN OMMEN, 2004)

Estudos mostram que a presença de alterações metabólicas

(resistência à insulina, dislipidemia, hipertensão, alterações trombogênicas,

hiperuricemia) na infância e adolescência podem contribuir para o

desenvolvimento da obesidade, já que estudos longitudinais clássicos

mostram uma forte associação entre o excesso de peso nas primeiras

décadas de vida e a alta taxa de morbimortalidade na vida adulta por

doenças cardiovasculares (OLIVEIRA, et al. 2004).

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Os polimorfismos genéticos também podem estar associados ao

desenvolvimento da obesidade, principais interações entre polimorfismos

genéticos e a dieta para obesidade são: Interleucina-6 (IL-6) relacionado ao

consumo energético, receptor ativado por proliferador peroxissoma gama

2 (PPAR-gama 2) e fat mass and obesity associated (FTO) com consumo de

gorduras; receptor b- adrenérgico 2 (ADRB2) e receptor da melanocortina-

4 (MCR4). (STEEMBURG et al. 2009).

Apesar da decodificação do DNA, ainda não somos capazes de

efetivamente aproveitar as informações contidas em nossos genomas, para

fazer uma dieta e personalizada com a finalidade de prevenção de doenças

relacionadas a nutrição, pois ainda é necessária integração entre várias

disciplinas para que isto aconteça. (ORDOVAS et al. 2004).

1.7 O TECIDO ADIPOSO E O METABOLISMO

Durante alguns anos acreditou-se que o tecido adiposo era apenas

um tecido inerte, dedicado ao armazenamento de gordura e isolamento

térmico, porém este conceito mudou e hoje sabemos que é um órgão

metabolicamente dinâmico, com diversas funcionalidades, como:

contribuição na resposta imune e inflamatória, de reprodução e função

endócrina sendo capaz de sintetizar uma série de compostos

biologicamente ativos que regulam a homeostase metabólica (OTTAVIANI

et al. 2011).

Esse tecido é constituído não apenas por adipócitos, mas também de

outros tipos de células chamadas fração de estroma vascular,

compreendendo as células sanguíneas, células endoteliais, células

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precursoras adiposas, células do sistema imunológico, entre outras (SAELY

et al. 2010).

Este órgão têm a capacidade de produzir e secretar substâncias

biologicamente ativas denominadas adipocitocinas, dentre as quais não são

apenas citocinas, mas também substâncias de natureza enzimática,

hormônios e fatores de crescimento. As adipocitocinas agem de maneira

pleiotrópica, tendo auto- efeito paracrílico nos adipócitos, embora também

tenham efeito endócrino em outros tecidos e órgãos. Além disso, possuem

a capacidade de modular o sistema imunológico (RYCZEK et al. 2011). Sendo

reconhecido como um órgão importante, participando da regulação de

várias funções biológicas (COELHO et al. 2013).

É responsável por regular o apetite, o gasto energético, a

sensibilidade periférica à insulina, a capacidade oxidativa, a absorção de

lipídeos em tecidos não adiposos, como coração, fígado, células beta

pancreáticas e músculo-esquelético. (GRAY et al. 2007).

Durante o período de oferta de alimentos, quando há necessidade de

armazenamento de gordura, os pré-adipócitos diferenciam-se em

adipócitos maduros, sendo estes capazes de sintetizar e armazenar

triacilglicerol (TG). Já em casos de jejum, estas células possuem a

capacidade de hidrolisar e liberar os triacilgliceróis em forma de ácidos

graxos livres e glicerol, gerando energia para o organismo (HOSEN et al.

2006).

Spaldign e colaboradores, observaram que o número de adipócitos é

constante durante a fase adulta, e este é um determinante para a produção

de massa gorda e consequentemente propensão a desenvolver a

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obesidade. Este é um indício de que o número de adipócitos é definido

durante a infância e adolescência. (SPALDIN et al. 2008).

Os principais mecanismos envolvidos com doenças relacionadas à

obesidade como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer e

hiperlipedemia estão relacionadas à hipersecreção de adipocinas

prejudiciais como o Plasminogen Activator Inhibitor-1 (PAI-1), TNF- α e/ou

a hiposecreção das adipocinas benéficas, como a adiponectina.

Adaptado de Leite L.D. et al. Obesidade: uma doença inflamatória. Revista

Ciência & Saúde, Porto Alegre, v. 2, n. 2, p. 85-95, jul./dez. 2009

Figura 3- principais adipocinas e suas categorias funcionais.

Embora as adipocinas estejam agrupadas didaticamente em

categorias distintas, suas ações ocorrem de forma integrada, ocasionando

a participação do TAB na homeostase energética, na imunidade, na

resposta inflamatória, na sensibilidade insulínica, na angiogênese e na

pressão sanguínea. TNF-α: Fator de Necrose Tumoral alfa; lL-6: Interleucina

6; MCP-1: Proteína quimioativa de monócitos e macrófagos; SAA: Proteína

amilóide A sérica; RBP: Proteína ligadora de retinol; CETP: Proteína de

transferência de colesteril éster; PAI-1: inibidor de ativação de

plasminogênio; VEGF: fator de crescimento endotelial vascular.

Page 17: Impacto metabólico das dietas da moda.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Esta revisão analisar os efeitos metabólicos das dietas da moda que

promovem emagrecimento rápido e as suas consequências ao organismo.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● O estudo pretende reunir dados acerca da Dieta Mediterrânea,

Jejum Intermitente, Dieta “Glúten Free” ou Dieta Celíaca e Dieta

Paleolítica, em comparação com a Dieta Dash, determinada como

uma dieta de padrão ouro.

● Analisar os impactos promovidos por essas dietas no metabolismo

dos grupos estudados;

● Identificar as vantagens e desvantagens das mesmas no processo de

emagrecimento e na manutenção da saúde;

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Page 18: Impacto metabólico das dietas da moda.

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O trabalho será realizado por meio de compilação da literatura

científica e dados numéricos e estatísticos obtidos de “sites” oficiais. A

seleção dos artigos será realizada, inicialmente, por uma leitura prévia do

resumo, a fim de verificar sua relação com o tema, para então proceder a

leitura do artigo na íntegra. Os artigos disponíveis serão obtidos nas bases

de dados informatizadas para publicações: Medical Literature Analysis and

Retrieval System Online – MEDLINE, Nacional Center for Biotechnology

Information – NCBI, Science Direct e ResearchGate.

3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA

Nas bases de dados anteriormente citadas, a estratégia foi a pesquisa

individual ou em combinação dos seguintes termos: “Obesidade”, “Dieta

Dash”, “Jejum intermitente”, “Impacto metabólico das dietas”, “síndrome

metabólica”, “dietas da moda”, “Dieta low carb”, “Dieta Glúten

Free”, ”nutrigenômica”.

3.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

A seleção dos artigos utilizados no trabalho teve como critérios de

inclusão ano de publicação, sendo considerados aqueles publicados, no

período de 1990 a 2019. Além disto, foram considerados os artigos

publicados nos idiomas português e inglês.

3.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos os artigos publicados que não se enquadraram o

período mencionado anteriormente, aos critérios listados no item anterior

e aqueles não relacionados ao escopo do trabalho que não se agregariam

conteúdo a outro artigo referenciado, tratando de um mesmo tema.

4 ANÁLISE DOS DADOS

Page 19: Impacto metabólico das dietas da moda.

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Analisou-se um conjunto de dados científicos sobre os efeitos das dietas

da moda ao metabolismo, em contrapartida comparou-se os efeitos aos

efeitos à dieta padrão ouro, dieta Dash.

5 RESULTADOS

Dietas da “moda” surgem a cada dia como alternativas milagrosas

para o tratamento da obesidade, promovendo a perda rápida de peso, em

decorrência da restrição alimentar, o que pode acarretar no

desbalanceamento nutricional. (MARANGONI; MINIGLIA 2017).

Os meios de comunicação desempenham uma alta influência na

forma como o indivíduo enxerga seu corpo, pois constantemente divulgam

estratégias para a perda de peso por meio de textos convincentes e

modelos magros, incentivando a insatisfação corporal e o comportamento

alimentar restritivo. (SANTOS 2010)

Estudos mostraram que a publicidade incentiva a perda de peso,

limitando-se ao anseio de um corpo padronizado pela sociedade como

sendo belo, que seria o corpo magro, sem se importar com os riscos à

saúde. Os grupos mais atingidos são pertencentes ao sexo feminino e os

indivíduos com excesso de peso. Dados do Instituto Brasileiro de Opinião

Pública e Estatística (IBOPE) afirmam que 40% das mulheres estão

realizando algum tipo de modificação do padrão alimentar, visando a perda

de peso, enquanto 29% dos homens fazem a mesma afirmação. (IBOPE

2010).

Page 20: Impacto metabólico das dietas da moda.

20

5.1 DIETA DASH

Os primeiros achados publicados sobre a dieta DASH foram de Appel

et al. em 1997, que realizaram ensaio clínico para testar o efeito de três

padrões alimentares nos níveis de Pressão Arterial.

O estudo distribuiu aleatoriamente 459 indivíduos adultos e

saudáveis em três diferentes grupos para receberem, por oito semanas: a)

dieta controle americana: rica em grãos refinados, produtos lácteos com

gorduras, carnes, açúcar, poucas frutas, nozes, verduras e vegetais; b) dieta

rica em Frutas e Verduras (FV); e c) dieta DASH: rica em FV, carnes magras,

produtos lácteos com pouca gordura, cereais integrais, nozes e reduzida em

gordura total, saturada e colesterol (APPEL et al. 1997).

Como resultado, os pesquisadores encontraram que a dieta FV

reduziu a pressão arterial sistólica (PAS) em 2,8 mmHg (p<0,001) e a pressão

arterial diastólica (PAD) em 1,1 mmHg (p<0,07), enquanto a dieta DASH

reduziu a PAS em 5,5 mmHg e a PAD em 3,0 mmHg (p<0,001), ambas em

relação ao grupo controle. Considerando somente os indivíduos com HA

leve (n=133), a dieta DASH foi capaz de reduzir a PAS em 11,4 mmHg e a

PAD em 5,5 mmHg (p<0,001), em relação aos controles. O estudo concluiu

que a dieta DASH pode ser uma estratégia eficiente para reduzir e tratar a

HA. (APPEL et al. 1997).

Desde o ano de 2006 que a Diretriz Brasileira de Hipertensão

recomenda a dieta Dash como parte do tratamento não farmacológico da

Hipertensão Arterial, possuindo esta recomendação I e nível de evidência

A.

Um estudo mostrou que com um alto grau de adesão, a dieta reduziu

em 14% o desenvolvimento de Hipertensão. (HANSSON et al. 1999)

Page 21: Impacto metabólico das dietas da moda.

21

A dieta Dash também foi avaliada em adição a prática de exercícios

físicos através de um estudo realizado em 2010, randomizado e controlado,

com duração de 8 semanas, realizado em 144 homens e mulheres

saudáveis, mas com sobrepeso com PA acima do normal, com idade de 35

anos ou mais, índice de massa corporal de 25 a 40 (calculado como peso em

quilogramas dividido pela altura em metros ao quadrado). Dividido em três

grupos (A- composto por pacientes com Dieta dash mais programa de

exercícios físicos; B- composto por pacientes com apenas a dieta DASH; C-

composto por pacientes com dieta usual.) Obteve como resultado uma

perda de peso de -8,7 kg no grupo A, –0,3 kg no grupo B e 0,9 kg no grupo

C. (BLUMENTHAL, 2010)

Outro estudo, randomizado controlado, com duração de 6 meses e

116 participantes com síndrome metabólica. Três dietas foram prescritas:

uma dieta controle, uma dieta para redução de peso enfatizando escolhas

alimentares saudáveis e e a dieta DASH com redução de calorias e aumento

do consumo de frutas, vegetais, laticínios com baixo teor de gordura e grãos

inteiros e menor teor de gordura saturada, gordura total e colesterol e

restrita a 2.400 mg de Na. Os pacientes que seguiram a prescrição da dieta

DASH obtiveram resultados significativos em relação a perda de peso (16 e

15 kg) entre homens e mulheres, respectivamente (todos P= 0,001), em

maior HDL colesterol (7 e 10 mg / dl), redução de triglicerídeos (18 e 14 mg

/ dl). (AZADBAKHT et al, 2005)

Um dos principais pontos fortes desta dieta é devido ao seu alto grau

de adesão, pois sugere planos alimentares e orientações flexíveis, pouco

Page 22: Impacto metabólico das dietas da moda.

22

restritivas, compatíveis aos hábitos, cultura e ao estilo de vida da

população, com objetivos claros, direcionados para mudanças graduais,

com monitoramento frequente de uma equipe multiprofissional de saúde.

(BRICARELLO, et al. 2018)

5. 2 DIETA DO MEDITERRÂNEO

Originária de países banhados pelo mar mediterrâneo e baseada nos

hábitos e costumes de uma população, em termos nutricionais a dieta é

bastante rica e complexa.

Em 1995, WILLETT e colaboradores fizeram um estudo sobre padrões

alimentares, que demonstrou que a população do mediterrâneo tinha

menores índices de doenças crônicas não transmissíveis e mortalidade por

problemas cardiovasculares e consequentemente a este fatores uma maior

expectativa de vida adulta. (WILLETT et al. 1995)

A dieta dos países mediterrâneos é baseada no alto consumo de

frutas, hortaliças verdes e amarelas, cereais, leguminosas (grão de bico,

lentilha), oleaginosas (amêndoas, azeitonas, nozes), peixes, leite e

derivados (iogurte, queijos), vinho e azeite de oliva. Há um baixo consumo

de carnes vermelhas, gorduras de origem animal, produtos industrializados

e doces (ricos em gordura e açúcar refinado). Essa dieta é pobre em ácidos

graxos saturados, rica em carboidratos complexos e fibras e tem alta

concentração de ácidos graxos monossaturados (GONZALES; CALVO 2016).

A dieta do mediterrâneo não é apenas rica e variada, mas também

inclui uma notável combinação de fatores benéficos, com os antioxidantes

além, de limitar-se no conteúdo de sódio e possuir baixa quantidade de

gordura trans. (HARVARD TH CHAN)

Page 23: Impacto metabólico das dietas da moda.

23

É reconhecida por ser cardioprotetora e também por reduzir o risco

de alguns tipos de câncer. A provável explicação para esta proteção é

relacionada ao baixo consumo de gorduras saturadas e polisaturadas e

elevado consumo de gorduras monossaturadas ricas em ômega-3, fibras,

antioxidantes naturais, e vitaminas do complexo B (LORGERIL et al., 1998).

O vinho também parece ser um componente essencial responsável

pela menor incidência de Doença Cardíaca Coronária nas populações

mediterrâneas. Isto porque, acredita-se que o etanol diminua diacilglicerol-

DAC, aumentando as concentrações do agente cardioprotetor da

lipoproteína, colesterol HDL e reatividade de plaquetas (SALEN; LORGERIL,

1999).

Em um estudo realizado em 2010, com duração de 12 meses e

inclusão 85 pacientes diabéticos com excesso de peso (idade média de 55

anos, índice de massa corporal médio 31,4 kg / m2) que foi prescrita a dieta

mediterrânea e após o fim do estudo, houve como desfecho a perda de

peso média para todos os pacientes foi de 10,1 kg. A redução na HbA1c,

aumento do colesterol HDL aumentoue redução no TG sérico. (ELHAYANY

2010)

Esposito e colaboradores demonstraram em estudo de centro

único, randomizado com 215 pessoas com sobrepeso com diagnóstico

recente de tipo 2 diabetes que nunca foram tratados com medicamentos

anti hiperglicêmicos e tinham níveis de hemoglobina A1c (HbA1c) inferiores

a 11%, comparou os efeitos de uma dieta do estilo mediterrâneo ou dieta

com baixo teor de gordura. Após um ano de estudo, demonstrou uma perda

de 6,2 kg (±3.2 kg) para os pacientes que estavam seguindo a dieta

mediterrânea e uma perda de 4,2 kg (± 3.5 kg) para os pacientes que

Page 24: Impacto metabólico das dietas da moda.

24

estavam na dieta com baixo teor de gordura, níveis de glicose e redução de

triglicérides.

Após 4 anos, os pacientes atribuídos à dieta de estilo mediterrâneo

perderam mais peso e experimentaram maiores melhorias em alguns

controle glicêmico e medidas de risco coronariano do que aqueles

atribuídos à dieta com baixo teor de gordura. (ESPOSITO 2009).

Uma revisão sistemática que examinou o efeito da dieta

mediterrânea na perda de peso e níveis de fator de risco cardiovascular em

indivíduos com sobrepeso ou obesos tentando perder peso, demonstrou

uma em uma maior perda de peso da dieta mediterrânea quando

comparada com as de baixo teor de gordura. Porém quando comparamos

com outras dietas, não vemos diferenças significantes em relação a perda

de peso e outros benefícios para saúde como, melhora dos níveis de

triglicerídeos como bem como produzem mudanças semelhantes na

pressão arterial, índice de lipídeos e outros benefícios a saúde (MANCINI

2015)

5.3 DIETA PALEOLÍTICA

A dieta paleolítica foi baseada na estimativa de alimentos ingeridos

durante a Era Paleolítica. Este tipo de dieta inclui carne magra de animais

que pastavam, mariscos vindos da pesca, frutas, legumes não cultivados,

raízes, ovos e nozes, enquanto exigiam a exclusão completa de refinados

grãos de cereais, laticínios, gorduras refinadas e açúcares. (KONNER et al,

2010).

Não se sabe ao certo sobre a alimentação os homens paleolíticos,

mas estima-se que a distribuição média de energia de macronutrientes era

Page 25: Impacto metabólico das dietas da moda.

25

de 22-40% carboidratos, 19-35% de proteína e 28-58% de gordura.

(CHAUVEAU, et al. 2018).

Osterdahal et al. Estudou 14 voluntários saudáveis durante 3

semanas com a dieta paleolítica, os resultados comparado aos valores

basais, o consumo de energia reduziu 36% com a ingestão de gordura,

especialmente gordura saturada, e carboidratos diminuíram

significativamente. No final do estudo, houve uma diminuição média de 2,3

kg, 0,8 kg /m2 e 1,5 cm no peso corporal, IMC e circunferência da cintura,

respectivamente, a pressão arterial sistólica foi levemente reduzida em 3

mm Hg. (OSTERDAHAL et al. 2008)

Outro estudo metabolicamente controlado realizado em 9

voluntários saudáveis sedentários não obesos, comparou a dieta paleolítica

com uma dieta habitual. Depois de apenas 10 dias em uma dieta do tipo

paleolítica, os níveis de colesterol total, colesterol LDL e triglicerídeos foram

reduzidos em 16%, 22% e 35%, respectivamente. Insulina em jejum

diminuiu 68% e a área de insulina sob curva durante o período. O teste oral

de tolerância à glicose de 2 horas foi reduzido em 39%. Significativa redução

da pressão arterial sistólica (-2,6 mmHg) e diastólica (-3,4mmHg) foram

observados associados à melhora da pressão arterial distal, essas alterações

não estão relacionadas ao peso corporal. Concluiu-se que mesmo o

consumo de curto prazo da dieta paleolítica melhorou os fatores de risco

metabólico (FRASSETTO, et al. 2009)

Um terceiro estudo, também não controlado, realizado em 10

mulheres saudáveis pós-menopausa com um IMC> 27kg / m2 em uma dieta

do tipo paleolítica. Cinco semanas depois, a ingestão média de energia

diminuiu 25% com uma perda de peso de 4,5 kg, cintura e as circunferências

Page 26: Impacto metabólico das dietas da moda.

26

dos quadris foram significativamente reduzidas pressão: - 7mmHg. Glicemia

em jejum (-6%), insulina em jejum (-19%), colesterol total (-19%), colesterol

LDL (-23%), os níveis de triglicerídeos (-37%) e os índices HOMA foram

reduzidos, mas sensibilidade à insulina em todo o corpo permaneceu

inalterada, e 49% de redução de triglicerídeos do fígado avaliados por

espectroscopia de ressonância magnética de prótons.

Apesar dos estudos mostrarem que os homens paleolíticos eram

magros, e livres de sinais e sintomas de doenças crônicas, ainda há uma

escassez de dados de pesquisa que mostrem efetivamente o benefício da

dieta.

5.4 DIETA GLÚTEN-FREE

Em decorrência da popularidade da doença celíaca, e de divulgações

da mídia de dietas que visam o emagrecimento, atraiu muitos adeptos não

celíacos. A doença celíaca trata-se de uma doença auto-imune, causada

pela intolerância à ingestão de glúten, com obtidos em em cereais, trigo,

centeio entre outros, em pessoas que possuem predisposição genética,

desencadeando uma resposta inflamatória, onde a células imunes atacam

a própria mucosa do intestino delgado, podendo levar a atrofia das

vilosidades intestinais, comprometendo a absorção de macro e

micronutrientes importantes. (SILVA et al. 2010)

A prevalência é estimada em torno de 1:100 na população em geral

(AGA 2006). A doença celíaca (DC) é uma intolerância à ingestão de glúten,

contido em cereais como cevada, centeio, trigo e malte, em indivíduos

geneticamente predispostos, caracterizada por um processo inflamatório

que envolve a mucosa do intestino delgado, levando a atrofia das

vilosidades intestinais, má absorção de ingredientes importantes para o

metabolismo do organismo. É caracterizada por diarreia crônica,

Page 27: Impacto metabólico das dietas da moda.

27

geralmente com distensão abdominal e perda de peso. Estes sintomas são

frequentemente associados com perda de gordura subcutânea, atrofia dos

músculos dos glúteos, anorexia, instabilidade emocional (irritabilidade ou

apatia), vômitos e anemia. (SBAN).

5.5 JEJUM INTERMITENTE

O jejum intermitente é baseado em abstinência de alimento por

períodos mais longos do que o típico, geralmente leva à restrição

energética, que não necessariamente é mantida diariamente. (TINSLEY et

al, 2015).

Esta dieta pode ser separada em 3 principais categorias: jejum de dias

alternados, jejum de um dia inteiro e alimentação com restrição de tempo.

(TINSLEY et al, 20015).

● Dia alternado: envolve alternar entre dias de alimentação normal e

dias de jejum, que consiste em uma única que contém apenas 25%

das necessidades calóricas diárias normais;

● Jejum de um dia inteiro: consiste de 1 a 2 dias de jejum completo por

semana. Em que as pessoas comem 400-600 kcal/dia em dois dias de

jejum por semana e têm uma dieta normal nos outros dias;

● Alimentação com restrição de tempo: É estipulado um tempo de

jejum, por exemplo 12 horas, onde há restrição alimentar completa

e só é permitido comer nas 12 horas restantes, mantendo este

racional todos os dias.

Estas categorias vêm se popularizando e sofrendo outras adaptações.

Page 28: Impacto metabólico das dietas da moda.

28

Em 2007, Varady e Hellerstein revisou estudos em roedores de jejum

de dias alternados, concluiu que esse jejum foi tão eficaz quanto a simples

restrição calórica na redução do peso corporal associado à obesidade e

concentrações de insulina e glicose em jejum. (VARADY et al. 2007)

Além disso, outros estudos mostraram que o jejum pode reduzir as

concentrações totais de colesterol plasmático e triglicerídeos (TG), reduzir

a esteatose hepática e a expressão de genes inflamatórios e ter efeitos

benéficos no risco de câncer fatores, como a proliferação celular.

(GOTTHARDT et al. 2016; JOSLIN et al. 2017; YANG et al. 2007).

De acordo com a revisão feita por Patterson e Sears em 2017, que

tinha o objetivo de fornecer uma visão geral das dietas de jejum

intermitente, resumir as evidências sobre os benefícios de saúde do jejum

intermitente e discutir mecanismos fisiológicos. Mostrou que regimes de

jejum intermitentes não são prejudiciais fisicamente ou mentalmente (ou

seja, em termos de humor) em peso saudável, normal, excesso de peso ou

obesidade adultos.

Em um estudo feito com roedores, o jejum intermitente mostrou

prolongamento de vida útil a este animais e aumento da resistência à

doenças relacionadas a idade. Além disso, demonstrou melhoras das

funções cardiovasculares e cerebrais e melhora de vários fatores de risco

para a doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral. Neste

mesmo estudo, mostrou que roedores mantidos e jejum em modelos

experimentais de infarto do miocárdio e AVC, exibem maior resistência das

células cardíacas e cerebrais à lesão isquêmica (MATTSON et al. 2005).

Os efeitos celulares e moleculares no sistema cardiovascular de

roedores no jejum intermitente assemelham-se aos do exercício físico

Page 29: Impacto metabólico das dietas da moda.

29

regular, podendo levar a novas estratégias terapêuticas para prevenir e

aumentar saúde, porém são necessários mais estudos para confirmar este

achado. (MATTSON et al. 2005)

Em uma revisão realizada em 2017, mostrou que quase qualquer

regime de jejum intermitente pode resultar em alguma perda de peso.

Entre os 16 ensaios de intervenção incluídos, 11 relataram perda de peso

estatisticamente significativa. Nesta mesma revisão de três estudos que

avaliaram o jejum em dias alternados, mostrou além da perda de peso,

redução nos níveis de glicose e concentração de insulina. (PATTERSON;

SEARS 2007)

Outro estudo em indivíduos obesos, mostrou que o jejum em dias

alternados resultou em perda de peso, com reduções variando de 3,2%, em

comparação com um grupo controle durante um período de 12 semanas, a

8,0%, em um estudo com um braço durante um período de 8 semanas.

Além de promover reduções nas concentrações de insulina, melhorias nos

lipídios ou reduções em fatores inflamatórios. (BHUTANI et al. 2013)

6 DISCUSSÃO

Os objetivos da terapia nutricional para o indivíduo com obesidade e

diabetes evoluíram e tornaram-se mais flexíveis e centrados no paciente.

Segundo a Associação Americana de Diabetes (ADA) 2019 incluem:

1. Promover e apoiar padrões alimentares saudáveis, enfatizando uma

variedade de alimentos ricos em nutrientes em tamanhos de porção

apropriados, a fim de melhorar a saúde geral, atingindo e mantendo

metas de peso corporal, metas glicêmicas, de pressão arterial e

Page 30: Impacto metabólico das dietas da moda.

30

lipídicas individualizadas, promovendo prevenção de complicações

do diabetes.

2. Abordar as necessidades nutricionais individuais com base em

preferências pessoais e culturais, educação em saúde, acesso a

escolhas alimentares saudáveis, disposição e capacidade de fazer

mudanças comportamentais.

3. Manter o prazer de comer, fornecendo mensagens sem julgamento

sobre escolhas alimentares.

4. Para fornecer a um indivíduo com diabetes as ferramentas práticas

para o planejamento diário das refeições, em vez de se concentrar

em macronutrientes, micronutrientes ou alimentos individuais.

A dieta DASH é indicada pela Sociedade Brasileira de Hipertensão

Arterial como recomendação I e nível de evidência A para o tratamento não

farmacológico da Pressão Arterial, sendo essa considerada padrão ouro de

dieta.

Em um estudo com duração de 2 anos, comparou a dieta

mediterrânea com a Dieta DASH, e mostrou que os pacientes que seguiram

a dieta mediterrânea obtiveram melhores resultados em melhora da

síndrome metabólica que os que seguiram a DASH. (ESPOSITO et al. 2004).

Em contrapartida, em um estudo clínico de menor duração, a dieta

DASH foi mais efetiva na melhora do perfil de todos os componentes da SM

(reduções de cintura abdominal, peso, triglicerídeos e níveis pressóricos e

aumento do HDL-colesterol) quando comparada com uma dieta controle e

com uma dieta hipocalórica para perda de peso, em 116 indivíduos

(AZADBAKHT et al. 2005). Além disso, a alteração na fonte de carboidratos

Page 31: Impacto metabólico das dietas da moda.

31

da dieta, provavelmente independente do conteúdo de fibras, foi capaz de

modificar a resposta das células β pancreáticas à glicose (LAAKSONEN et al.

2005).

A dieta DASH também contribui para uma menor incidência de

insuficiência cardíaca. Em um recente estudo observacional realizado por

Fung et al., mulheres com boa aderência à dieta DASH tiveram uma redução

de 24% no risco de doença coronariana e 18% no risco de AVC. (FUNG et al.

2008)

Em 2008 foi feito um estudo comparativo de duração de 24 meses

entre três dietas consideradas da moda: Dieta Low Carb, Dieta do

mediterrâneo e Dieta baseada na restrição calórica. Este estudo mostrou

que a dieta mediterrânea e Low carb são alternativas mais eficazes e

seguras em comparação dieta baseada na restrição calórica quando se trata

de perda de peso. (IRIS SHAI et al. 2008).

Os resultados deste estudo mostraram que de 272 participantes que

completaram os 24 meses do estudo, a perda média de peso para o grupo

restrição calórica foi de 3,7 kg; já para o grupo da dieta mediterrânea foi de

5,3 kg e 6,3 kg para o grupo com baixa ingestão de carboidratos. Em todos

os grupos tiveram redução significante da circunferência abdominal e

pressão sanguínea, mas não houve diferença significativa entre os grupos.

Em relação a redução do colesteral HDL, foi de 20% para o grupo com baixo

carboidrato e 12% para o grupo com restrição calórica. Não houve diferença

significativa entre os níveis de colesterol LDL. (IRIS SHAI et al. 2008).

Entre os 36 indivíduos com diabetes, as alterações nos níveis

plasmáticos de glicose e insulina foram mais favoráveis aqueles que

estavam no grupo da dieta mediterrânea do que os outros grupos.

Page 32: Impacto metabólico das dietas da moda.

32

O nível de proteína C reativa de alta sensibilidade diminuiu

significativamente (P <0,05) apenas no grupo de dieta mediterrânea (21%)

e no grupo de baixo carboidrato (29%). O nível de adiponectina de alto peso

molecular aumentou significativamente (P <0,05) em todos os grupos da

dieta, sem diferenças significativas entre os grupos. Leptina circulante, que

reflete a massa gorda corporal, diminuiu significativamente (P <0,05) em

todos os grupos da dieta, sem significância diferenças entre os grupos na

quantidade de diminuir; a diminuição da leptina foi paralela à diminuição

do peso corporal.

Em relação aos efeitos metabólicos as dietas Low Carb e do

Mediterrâneo apresentaram uma melhora mais significativa dos

parâmetros Proteina C reativa, adiponectina, lepitina e níveis de colesterol.

O déficit calórico semelhante em todos os grupos de dieta, em

comparação com os resultados do estudo sugere que uma dieta baixa em

carboidratos e sem restrição de calorias pode ser ideal para aqueles que

não seguem um regime alimentar de restrição calórica, e sugere que uma

dieta com uma composição saudável tem benefícios além da redução de

peso.

Uma revisão sistemática de 2015, demonstra que o jejum

intermitente parece produzir efeitos semelhantes à restrição de energia

contínua para redução do peso corporal, massa gorda, massa magra, na

melhoria do metabolismo da glicose e na redução do apetite, não parece

atenuar outras respostas adaptativas à restrição de energia ou melhorar a

eficiência de perda de peso, embora a maioria das publicações analisadas

não tenham poder estatístico suficiente para avaliar esses resultados.

Portanto, em comparação com a dieta com restrição calórica é uma

alternativa válida, porém não superior. (SEIMON ET AL. 2015)

Page 33: Impacto metabólico das dietas da moda.

33

Em relação a dieta com restrição ao glúten contrariamente dos que

as pessoas imaginam, um estudo mostrou um aumento do Índice de Massa

Corporal em crianças diagnosticadas cona doenças após a exposição à dieta

sem Glúten, isto porque para substituir carboidratos derivados do glúten,

há um aumento do consumo de proteínas, gorduras e bebidas

hipercalóricas e menor ingestão de fibras, o que contribui para mobilidade

intestinal. (VALLETTA et al. 2010)

Em um estudo realizado com 10 pessoas saudáveis, mostrou que

após a adesão da Dieta Glúten Free, houve diminuição na proporção de

bactérias intestinais que são benéficas à microbiota intestinal, por outro

lado levou a redução da produção de citocinas inflamatórias como: A

produção de TNF-a, interferon-g, IL-10 e IL-8, também sendo um benefício

para indivíduos doentes e saudáveis. Em adição a isto, como a restrição ao

glúten deve ser compensada pelo aumento da ingestão de grãos integrais e

hortaliças de baixa densidade, devido a menor ingestão de oligofurtose e

inulina, que são fibras essenciais da manutenção da microbiota intestinal

saudável, além dos feitos prebióticos relacionados às fibras. (PALMA et al.

2009).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição,

ainda não há provas suficientes para supor que os indivíduos saudáveis se

beneficiariam do consumo de uma dieta sem glúten.

As dietas da moda são dietas restritas em calorias, com isto, acaba

tornando a alimentação deficiente em alguns nutrientes importantes,

podendo ser prejudiciais ao organismo, como: tontura, constipação ou

diarreia, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, queda de

cabelo, unhas fracas, anemia, desmaio, redução da concentração de

Page 34: Impacto metabólico das dietas da moda.

34

hormônios tiroidianos ativos; aumento das cetonas urinárias, o que pode

levar ao aparecimento da gota. (PEREIRA, 2007).

Segundo as recomendações do Guia alimentar para a população

Brasileira, elaborado pelo ministério da saúde em 2014, que têm como

objetivo maximizar a saúde, com a promoção de saúde e prevenção de

doenças relacionadas a obesidade.

● Primeira recomendação: Faça de alimentos à base de sua

alimentação.

Alimentos em grande variedade e predominantemente de origem

vegetal formam uma base excelente para uma alimentação

nutricionalmente equilibrada e saborosa. Variedade significa

alimentos de todos os tipos, incluindo grãos, verduras, legumes,

tubérculos, frutas, castanhas e nozes, cogumelos, água, leite e ovos,

carnes e peixes e variedade dentro de cada tipo (diferentes grãos,

diferentes verduras).

● Segunda recomendação: Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar com

moderação ao temperar e cozinhar alimentos e convertê-los em

preparações culinárias.

Desde que utilizados com moderação, estes alimentos contribuem para

diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem comprometer

o seu valor nutricional.

● Terceira recomendação: Limite a utilização de produtos alimentícios

prontos para o consumo, evitando-os ou consumindo-os, em

pequenas quantidades, como parte de refeições com base em

alimentos e preparações culinárias.

Embora convenientes e de sabor pronunciado produtos prontos para

consumo tendem a ser nutricionalmente desequilibrados. Muitos

Page 35: Impacto metabólico das dietas da moda.

35

favorecem o consumo excessivo de calorias, além de afetarem

negativamente a vida social, a cultura e o ambiente.

● Regra de Ouro: Prefira alimentos e preparações culinárias a produtos

prontos para consumo e evite alimentos ultra processados.

As recomendações são voltadas para o tratamento e/ou prevenção da

obesidade e outras doenças crônicas relacionadas a alimentação.

7 CONCLUSÃO Em razão da ampla divulgação pela mídia, pontos de venda,

comerciantes e fabricantes de produtos alimentícios, observa-se um

aumento da adesão a novas “dietas da moda”, que geralmente promovem

uma perda de peso rápida e milagrosa, que são baseadas em intervenções

restritivas objetivando apenas de peso, pois desejam uma aparência e não

a melhoria da saúde geral. (WILLET, 1999).

Em todas as dietas citadas a perda de peso está presente e ocorre

devido à restrição energética, podendo contribuir para a melhora da

glicemia. O acompanhamento de pacientes obesos como uma intervenção

multidisciplinar traz resultados mais efetivos na perda de peso e na

manutenção da boa saúde.

Para o tratamento da obesidade é correto afirmar que dietas

hipocalóricas, balanceadas e individualizadas, considerando o estilo de vida

e as preferências alimentares de cada um e que proponham uma

reeducação alimentar, promovem resultados mais eficazes e duradouros.

Além de uma dieta balanceada, deve-se acrescentar o hábito de

realizar atividade física, principalmente exercícios aeróbios, que devem ser

Page 36: Impacto metabólico das dietas da moda.

36

complementados pelos de resistência. Com a finalidade de manter uma boa

saúde cardiovascular e qualidade de vida, sendo orientado ao menos 30

minutos de atividade física moderada 5 vezes por semana.

Apesar da redução de peso e redução de alguns riscos metabólicos

relacionados a obesidade obtidas com as Dietas da moda demostraram

baixa adesão a longo prazo, portanto, a dieta Dash ainda parece ser uma

melhor alternativa em decorrência da sua alta adesão comparativamente,

como ferramenta terapêutica na redução e manutenção de peso a longo

prazo.

Page 37: Impacto metabólico das dietas da moda.

37

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