Impactos dos Recursos Energéticos Distribuídos · O parque gerador brasileiro está passando por...

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1 Francisco José Arteiro de Oliveira Diretoria de Planejamento e Programação da Operação Rio de Janeiro, 20 de maio de 2016 Impactos dos Recursos Energéticos Distribuídos

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Francisco José Arteiro de Oliveira

Diretoria de Planejamento

e Programação da Operação

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2016

Impactos dos Recursos

Energéticos Distribuídos

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan-Dez

49% 59% 78% 89% 100% 89% 133% 90% 119% 93% 115% 99% 89%

Pior 7º pior 21º pior 34º pior 50º pior 31ºpior 82ºpior 33ºpior 68º pior 41º pior 69ºpior 45ºpior 21ºpior

21% 39% 58% 62% 61% 59% 55% 49% 91% 38% 75% 78% 53%

pior 5º pior 8º pior 10º pior 8º pior 5º pior 4º pior pior 50º pior 2º pior 22º pior 24ºpior 2ºpior

29% 51% 80% 98% 106% 91% 86% 77% 81% 48% 58% 45% 67%

3º pior 9º pior 29º pior 48º pior 53º pior 35º pior 24º pior 15º pior 25º pior 3º pior 6º pior 4ºpior 5ºpior

46% 86% 97% 72% 90% 83% 117% 82% 169% 98% 183% 128% 97%

6º pior 31º pior 45º pior 16º pior 35º pior 44º pior 6º pior 25º pior 80º pior 47º pior 84º pior 67ºpior 41ºpior

54% 68% 88% 101% 115% 104% 177% 113% 137% 120% 155% 151% 106%7º pior 11º pior 29º pior 48º pior 68º pior 58º pior 83º pior 61ºpior 75º pior 66º pior 80º pior 81ºpior 50ºpior

26% 29% 36% 56% 60% 53% 50% 50% 42% 29% 16% 28% 38%pior 2º pior 3º pior 14º pior 17º pior 2º pior 2º pior 1º pior 1º pior pior pior pior pior

Tietê

Subsistema NE

Paraná até I.

Solteira

Subsistema SE/CO

Bacia

Grande

Paranaíba

2015

2016

Jan Fev Mar Abr Mai Jan-Abr

127% 87% 99% 73% 87% 96%

75º pior 26º pior 44º pior 7º pior 22º pior 33º pior

102% 76% 95% 69% 69% 84%

48º pior 22º pior 40ºpior 15º pior 13º pior 23º pior

91% 58% 72% 44% 52% 65%

43º pior 13º pior 21º pior 2º pior 2º pior 10º pior

182% 114% 150% 84% 93% 130%

82º pior 64º pior 78º pior 31º pior 42º pior 76º pior

162% 111% 129% 91% 114% 123%82º pior 58º pior 76º pior 36º pior 66º pior 73º pior

42% 92% 32% 23% 24% 46%5º pior 39º pior 2º pior pior pior 6º pior

Subsistema NE

Paraná até I.

Solteira

Subsistema SE/CO

Bacia

Grande

Paranaíba

Tietê

Energia Natural Afluente (%MLT)

Condições Hidroenergéticas SE/CO e NE – 2015/2016

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Condições Hidroenergéticas SE/CO – 2010/2015

Manutenção do despacho pleno de geração térmica como parte da política de priorização dos

estoques nas usinas de cabeceira

Condições hidroenergéticas extremamente rigorosas nos

períodos úmidos 2013/2014 e 2014/2015

2010 2011 2012 2013 2014 2015

A partir de agosto/15, em função da melhoria nas condições observadas a partir dos meses de fevereiro a julho e da expectativa de um período seco dentro

da normalidade, foi comandado a redução do despacho GT

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Necessidade de Geração Térmica Plena

2014 2015 2016

Despacho Pleno GT GT até R$ 600,00/MWh

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Disponibilidade de Geração Térmica (MWmed)

Desligamento comandado na reunião CMSE 05/08/15

3.017 2.515 2.165 2.179

1.299

3.727

1.838 915 517 54

Custo de

Operação

(Milhões R$)40 144 182 288 217 823 725 445 353 42

Desligado em março/16 (Reunião CMSE 02/03/16)

Desligado em abril/16 (Reunião CMSE 02/03/16)

Desligado em maio/16 (Reunião CMSE 04/05/16)

Operação do Parque Térmico no Curto Prazo

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Tipo2015 2020 Crescimento 2015-2020

MW % MW % MW %

Hidráulica 96.832 72,7 114.054 66,8 17.222 17,8

Nuclear 1.990 1,5 1.990 1,2 - 0,0

Gás / GNL 11.893 8,9 17.018 10,0 5.125 43,1

Carvão 3.210 2,4 3.514 2,1 304 9,5

Biomassa 6.947 5,2 8.098 4,7 1.151 16,6

Outras (1) 837 0,6 1.253 0,7 416 49,7

Óleo / Diesel 4.731 3,6 4.731 2,8 - 0,0

Eólica 6.684 5,0 17.304 10,1 10.620 158,9

Solar 18 0,0 2.671 1,6 2.653 -

Total 133.142 100 170.633 100 37.491 28,2

A Matriz de Energia Elétrica de 2015 e 2020

O parque gerador brasileiro está passando por um processo de transformação e transição.

A hidroeletricidade continuará como a principal fonte de geração de energia, embora sua participação no

total da potência instalada do SIN será reduzida de 72,7% em 2015 para 66,8% em 2020.

As novas hidrelétricas serão majoritariamente do tipo a fio d’água e, consequentemente,

a capacidade de regularização do SIN diminuirá gradativamente, tornando o sistema cada vez mais

dependente de geração complementar à hídrica, sobretudo durante a estação seca.

(1) Usinas Biomassa com CVU

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TIPO 31/12/2015 31/12/2020 CRESCIMENTO

2015-2020

MW % MW % MW %

Hidráulica 96.832 72,7 114.054 66,8 17.222 17,8

17.080 MW (99%) – UHEs sem Reservatório

UHE Belo Monte 11.000 MW

UHEs do Rio Madeira 2.045 MW

UHEs do Rio Teles Pires 2.492 MW

Outras 1.543 MW

142 MW (1%) - UHEs com Reservatório

UHE São Roque 142 MW

A Expansão da Oferta entre 2015 e 2020

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0

30

60

90

120

150

180

210

240

270

300

330

360

390

420

450

480

510

540

570

600

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

100.000

110.000

120.000

1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020

Vo

lum

e ú

til

(10

00

hm

³)

Potê

nci

a in

stal

ada

hid

ro (

MW

)

Evolução do Vol. Útil Acumulado e da Potência Instalada Hidro no SIN

Potência Instalada Hidro Volume Útil

Três Marias - 15,3 x 10³ hm³ Furnas - 17,2 x 10³ hm³

Ilha Solteira - 12,8 x 10³ hm³ Marimbondo - 5,3 x 10³ hm³

Capivara - 5,7 x 10³ hm³ São Simão - 5,5 x 10³ hm³

Água Vermelha - 5,2 x 10³ hm³ Itumbiara - 12,5 x 10³ hm³

Emborcação - 13,1 x 10³ hm³ Sobradinho - 28,7 x 10³ hm³

Tucuruí - 39,0 x 10³ hm³

Nova Ponte - 10,4 x 10³ hm³

Serra da Mesa - 43,3 x 10³ hm³

Balbina - 10,2 x 10³ hm³ (*)

Destacados apenas reservatórios com volumes úteis maiores que 5.000 hm³ que correspondem a cerca de 76 % do volume útil total atual.

(*) Interligada ao SIN em 09/07/2013.

Evolução do Volume Útil Acumulado e

Potência Instalada Hidro no SIN

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Capacidade Instalada Dezembro 2015

35 % das não simuladas

Total Disponível no SIN : 133.142 MW

Não Simuladas

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Capacidade Instalada Dezembro 2020

50 % das não simuladas

Não Simuladas

Total Disponível no SIN : 170.633 MW

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2.900 MWmed

1.000 MWmed

3.700 MWmed

900 MWmed

6.600 MW a 1.900 MW

“Usinas de Safra”

Quais os impactos para a operação do SIN ?

Valor Esperado de Geração

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Evolução da Expansão Eólica - Horizonte 2021

Geração Eólica no SIN

70%

30%

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Eólicas: Alta variabilidade

-100

0

100

200

300

400

500

600

700

0:00 1:30 2:30 3:30 4:30 5:30 6:30 7:30 8:30 9:30 10:30 11:30 12:30 13:30 14:30 15:30 16:30 17:30 18:30 19:30 20:30 21:30 22:30 23:30

Geração eólica Complexo João Câmara/Riachão/Extremoz II 23/04/2015

Rampa de 310 MW/h

Rampa de 308 MW/h

Rampa de 196 MW/h

Rampa de 592 MW/h

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0

50

100

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250

300

350

400

450

500

0:00 1:30 2:30 3:30 4:30 5:30 6:30 7:30 8:30 9:30 10:30 11:30 12:30 13:30 14:30 15:30 16:30 17:30 18:30 19:30 20:30 21:30 22:30 23:30

Geração Eólica no complexo Igaporã/Pindaí II Dia 26/04/15

Rampa de 300 MW/h

Rampa de 250 MW/h

Eólicas: Alta variabilidade

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0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1000,00

1200,00

0:00 1:59 3:59 5:59 7:59 9:59 11:59 13:59 15:59 17:59 19:59 21:59 23:59

Geração Eólica Total Região Sul Dia 06/04/16

Geração Eólica Verificada 06/04

Rampa de 765 MW/h

Eólicas: Alta variabilidade

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Operação em Regime de Frequência Não-Nominal

Controle de Potência Reativa no Ponto de Conexão

Modos de Controle da Central Eólica

Operação em Regime de Tensão Não-Nominal

Atendimento do fator de potência em regime de tensão não nominal ( V-Q/Pmax)

Potência de Saída Durante Distúrbios

Inércia Sintética

Injeção de Corrente Reativa sob Defeito

Suportabilidade a Subtensões e Sobretensões Dinâmicas

Requisitos Técnicos Mínimos para as Centrais Geradoras

Eólicas

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A penetração em larga escala das centrais geradoras eólicas tem

trazido para os operadores de sistema em todo o mundo uma nova

preocupação sob o ponto de vista da segurança sistêmica: por

estarem conectadas através de conversores, elas não contribuem

para a inércia do sistema.

Características de Desempenho dos Aerogeradores

Inércia Sintética

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A redução da inércia global do sistema (H) tem como consequência

um aumento nas taxas de variação da frequência e a imposição de

excursões transitórias de frequência mais acentuadas quando de

distúrbios que provoquem desequilíbrio entre a carga e a geração

(perdas de blocos de geração, aberturas de interligações, rejeições

de carga).

Características de Desempenho dos Aerogeradores

Inércia Sintética

A inércia sintética é um dos requisitos de maior importância para o SIN, pois possibilitará a contribuição das centrais geradoras eólicas para a regulação primária do sistema interligado, agregando sua inércia à da geração convencional.

H

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As centrais de geração eólica deverão dispor de controladores

sensíveis às variações de frequência, de modo a emular a inércia

(inércia sintética) através de modulação transitória da potência de

saída, contribuindo com pelo menos 10% de sua potência nominal,

quando em regime de subfrequência / sobrefrequência.

Características de Desempenho dos Aerogeradores

Inércia Sintética

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Características de Desempenho dos Aerogeradores

Inércia Sintética - Simulação Dinâmica Dada a importância desse requisito, o ONS tem investigado o desempenho

dinâmico de aerogeradores que possuem esse requisito em sistemas com

baixa inércia. A figura abaixo mostra o resultado de uma simulação de perda

de um bloco de geração, considerando os aerogeradores do sistema sem e

com inércia sintética.

57.5

58.

58.5

59.

59.5

60.

0. 6. 12. 18. 24. 30.

FREQUENCIA DO SISTEMA AEROGERADORES SEM INERCIA SINTETICA

FREQUENCIA DO SISTEMA AEROGERADORES COM INERCIA SINTETICA

Freq

uên

cia

(Hz)

Tempo (s)

Frequência mínima maior 58,0 Hz x 57,6 Hz

Taxa de variação de frequência

menor

A inércia sintética

pode ser a diferença

entre a atuação ou

não de um ou mais

estágios do ERAC!

Sistema Teste

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Carga média anual de energia no SIN – 2016/2020 (MWmédio)

69.612

72.249

75.424

78.309

66.474

68.669

71.423

74.208

65.585

67.982

70.866

73.777

64.573

72.470

76.415

64.573

66.209

68.776

71.661

75.472

64000

66000

68000

70000

72000

74000

76000

78000

80000

2016 2017 2018 2019 2020

Carg

a (

MW

dio

)

Planej. Anual de 2015 - Jan/15 Planej. Anual de 2015 - 1ª rev. Quadr - Mai/15

Planej. Anual de 2015 - 2ª rev. Quadr - Ago/15 Planej. Anual de 2016 - Jan/16

Planej. Anual de 2016 - 1ª rev. Quadr - Mai/16

Taxa de crescimento 2015 - 2019: 3,9 %

Taxa de crescimento 2015 - 2019: 3,3 %

Taxa de crescimento 2015 - 2019: 3,6 %

Taxa de crescimento 2016 - 2020: 4,3 %

Taxa de crescimento 2016 - 2020: 4,0 %

Cenário de abr/16

Cenário de dez/2014

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2200 km

1500 km

2400 km

Futuro

Próximo

Madeira

Belo Monte

Extensão de linhas de transmissão ≥ 230 kV (km)

Ano 2014 2019

km 112.000 132.379 (*)

(*) Fonte: EPE

Grandes Projetos

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USINAS FUTURAS ALOCADAS NE

AMPLIAÇÃO DA INTERLIGAÇÃO

NORTE-NORDESTE

INTEGRAÇÃO BELO MONTE

INTERLIGAÇÃO USINAS DO RIO TELES PIRES AO SIN

INTERLIGAÇÃO USINAS DO RIO MADEIRA AO SIN

INTERLIGAÇÃO Manaus/Boa Vista

Grandes Desafios

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