13 de junho de 2020 | Ano IX | N° 347 www.portalagora.comMandaguari

Distribuição Gratuita

Concessionária exige que Mandaguari feche acessos à estrada "Terra Roxa". Município sobe o tom e recusa - pág. 7

Impasse

Rick Benedetti e Simone Figueiredo promovem "live"

para arrecadar donativos pág. 6

Município distribui 400 cestas básicas a famílias de alunos

da rede municipal pág. 4

Jovem que perdeu o braço após acidente de trabalho

conta como é sua nova rotina pág. 9

Solidariedade Jandaia do Sul Adaptação

2 13 de junho de 2020 | Ano IX | N°347www.portalagora.com

editorialOpiniãOJúlio César Raspinha

Espaço Aberto

Memória

em

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Os artigos publicados com assinatura não expressam necessariamente a opinião do jornal. O intuito, com as publicações, é esti-mular o debate e a reflexão sobre temas di-versos, históricos e da contemporaneidade.

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Rogério CurielDiagramação e Arte

Júlio César RaspinhaDiretor e Jornalista ResponsávelRosana OliveiraDepto. FinanceiroRoberto JuniorRedação

Sede:Avenida Amazonas, 1472 - Centro CEP: 86975-000 Mandaguari/PRAtendimento geral:(44) 3133-4000E-MAIL: jornalagora@portalagora.comImpressão:Grafinorte - ApucaranaTiragem:2000 exemplares

Vivemos tempos estranhos e que nos exigem adaptação. A pandemia do Coronavirus pro-porciona que muitas pessoas se encontrem consigo mesmas, e muitas não estão gostando nada do que encontraram.

O isolamento social, a restri-ção a muitas coisas, fez com que aumentassem assustadoramente o número de suicídios, as crises de ansiedade, e a procura por apoio profissional.

Semanas atrás li que a tor-cida organizada do Corinthians,

PertencimentoGaviões da Fiel, está oferecendo apoio psicológico com profissio-nais da área para auxiliar seus membros. O relato é de quase duas dezenas de suicídios desde o início da pandemia.

Isoladas ou restritas, mui-tas pessoas têm adoecido com a nova rotina. Na outra ponta, existem também os casos de quem não necessitou de qual-quer esforço de adaptação, isto é, mantiveram aquilo ao qual esta-vam habituadas.

Seja no exemplo acima,

onde a ausência do futebol tira o sentido da vida de muitas pes-soas, outras esferas da sociedade causam o mesmo efeito: grupos de amigos, igrejas, escolas, ba-ladas, bares... há uma gama de segmentos onde houve a neces-sidade de uma mudança de com-portamento.

Independentemente de onde seja, muitas pessoas se sentiam pertencentes a algo, o que o mo-mento não permite, e aí vem, acompanhada do medo provo-cado pela doença, a insegurança,

a ansiedade, e as doenças delas decorrentes.

Observar as mudanças de comportamento das pessoas é um sinal fundamental, e acolher é o primeiro gesto. Sem culpas, sem acusações, prestando ape-nas solidariedade, e ouvindo, ouvindo muito.

Ser um ombro amigo é o gesto mais importante nesse momento. Se olharmos para o lado, existem pessoas com muito mais problemas e angústias que as nossas. Observe.

A pandemia que se espalha pelo mundo foi o inesperado do ano. Ninguém por um mi-nuto imaginou na virada do ano o quão turbulento ele po-deria ser. Mas que possamos ti-rar de tudo isso lições valiosas para nossas vidas.

O que estamos vendo são pessoas aprendendo e pratican-do a solidariedade, o amor ao próximo. Pais e irmãos convi-vendo por mais tempo, e assim podendo se conhecer ou con-versar sem que seja por uma tela de celular ou computador.

Assim como tudo foi com-prometido com a pandemia,

As consequências da pandemia no mundo dos eventos com os eventos não foi diferen-te. A maioria dos eventos deste primeiro semestre foram can-celados ou remarcados, como os casamentos, por exemplo.

Muitos noivos optaram por manter a data e realizaram um micro wedding, casamentos apenas com algumas testemu-nhas e o juiz de paz, outros fi-zeram a transmissão de seus ca-samentos via smartphone para que a família pudesse comparti-lhar com eles este momento tão especial para os noivos.

Tudo indica que com a maioria dos casamentos deste primeiro semestre remarcados,

haverá um grande volume de casamentos em 2021, principal-mente no primeiro trimestre.

Precisamos aguardar o an-damento dos meses de junho e julho, mas temos expectativas que os eventos sejam liberados a partir de agosto deste ano, e os casamentos a partir de setem-bro. Muitos ainda estão man-tendo a data na esperança que possa acontecer.

Para nós assessores, neste período tão crítico é hora de aproveitar para se atualizar, rea-lizar cursos, conhecer tendên-cias e se preparar para o gran-de volume de eventos que deve

acontecer no próximo ano.E a dica para os noivos que

pretendem se casar no próximo ano é que está hora de come-çar a planejar o seu casamen-to e garantir as datas com os principais fornecedores, que, é bem provável, estarão muito concorridos, além de muitos casamentos para este período coincidirem também com as formaturas.é Cerimonialista por paixão,

Secretária Executiva por formação e profissão, é especializada em rea-lizar assessorias e cerimoniais para casamentos, e tem como principal missão tornar cada evento único, ajudando os noivos no planeja-

mento, organização e realização do dia mais importante de suas vidas.

Tatiane Cardozo

Mandaguari

Tem alguma foto do passadointeressante que quer compartilharEnvie para jornalagora@portalagora.com

?

VISTA AEREA DA ESCOLA NORMAL SECUNDARIA

PRINCESA ISABEL - 1959

Atualmente no prédio funciona a CEEBJA Santa Clara e a Escola Estadual São Vicente Pallotti.O prédio passou por uma série de melhorias e adequações. A entrada e saída acontece pela rua José Ferreira (Nho Belo), não mais pela parte frontal do imóvel.A esquerda o antigo Moinho Santo Antonio da família Hauer, onde hoje é o Supermercado Ci-dade Canção.Lembranças dos meus tempos de criança, aquele espaço era ponto obrigatório do pessoal do sítio. Ainda sinto o cheiro dos cereais a granel vendi-dos naquele espaço, a nostalgia dos tempos idos.O período áureo dos moinhos na região é com-preendido entre os tempos da grande produção de café.O declínio acompanhou o decréscimo do café, e principalmente a grande migração campo/cida-de após a geada de 1975.

Texto e foto da página Mandaguari Histórica, no Instagram.

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4 13 de junho de 2020 | Ano IX | N°347www.portalagora.comcurtas

Júlio César RaspinhaEmail: juliocesar@portalagora.comE agora?

MTZ O agricultor Alexandre Stroher é outro quadro que firmou questão e será candidato a uma cadeira no legislativo local. Filiado ao MDB, Stroher teve uma participação ativa na conquista da Tarifa Zero para veículos locais.

MovimentaçãoPor sinal, Viapar e município travam um embate judi-cial, com a concessionária buscando o fechamento dos acessos à Terra Roxa. Segundo a empresa, o acordo de desconto para a pista não será prejudicado. MTZ e ARD se movimentam para evitar que a Tarifa Zero seja prejudicada.

Cestas A Prefeitura de Jandaia do Sul está distribuindo cestas para famílias de alunos. São mais de 400 entregas com produtos adquiridos da agricultura familiar no município.

AtendimentoParticipando diretamente das entregas, o prefeito Ditão Púpio (PSC) destaca a iniciativa do departamento de educação: “é um apoio que estamos dando para que nos-sos alunos possam passar por esse período de pandemia do coronavírus de forma mais tranquila”.

DisputaA eleição deste ano ainda aguarda uma definição oficial de data nos próximos dias, mas vários pré-candidatos a vereador se organizam para o pleito. Há uma certeza entre os postulantes: a disputa será muito mais digital que presencial.

NomeJuninho Rossi, recém-filiado ao DEM, é um dos no-mes que se preparam para a disputa. Caminhoneiro, e de família muito conhecida e numerosa, Rossi estará em uma das chapas de apoio à pré-candidata Ivonéia Furtado.

CampanhaA Associação Comercial e Empresarial de Mandaguari inicia campanha de apoio e valorização do comércio local. O objetivo é fazer com que o consumo aumente entre em-presas e estabelecimentos da cidade.

ConsumoAinda não há números consolidados, mas uma observa-ção é que com menos trânsito regional, a compra no pró-prio domicílio observou um sensível aumento. Em todo o país.

CaixaApesar da pandemia e consequente queda de mais de R$ 2 milhões na arrecadação, Mandaguari segue investindo recursos que tinham sido economizados pela gestão. Se-gundo o prefeito Batistão, o asfaltamento do Jardim Lo-rena será realizado.

2021Em conversa com a coluna, o prefeito garantiu que o pró-ximo prefeito herdará contas em dia, capacidade de endi-vidamento de R$ 20 milhões (limite para financiamentos para obras) e menos de R$ 1 milhão de precatórios

513 de junho de 2020 | Ano IX | N°347www.portalagora.com

saúde mental

Em junho estamos chegando a 90 dias de distanciamento social em Man-daguari e cidades da região. Uma grande parcela da população voltou ao trabalho com a flexibilização de medidas, mas a rotina continua diferente, sem previsão de retorno a um “normal”.

Sem poder frequentar alguns locais de lazer ou até mesmo realizar reuniões, churrascos e festas, muita gente viu os hábitos do cotidiano mudarem de forma drástica, o que causa sérias consequên-cias à saúde mental.

O volume grande de informações ab-sorvidas diariamente, e o aumento do nú-mero de casos – Mandaguari, por exem-plo, tinha nove pacientes com Covid-19 até o fechamento desta edição do Jornal Agora – aliados às incertezas trazidas pela pandemia e instabilidade no cenário economico também contribuem para esse quadro. Nesta semana, o Jornal Agora re-cebeu o psicoterapeuta e escritor Rogério Thaddeu, para debater o assunto.

“Isolamento não pode ser confundido com desamparo”

Afirmação é do psicoterapeuta e escritor Rogério Thaddeu. Ao Jornal Agora, ele falou sobre

consequências do distanciamento social na saúde mental

Roberto JuniorJornal Agora

Agora Comunicação

“A pandemia aflige a todos nós. Seja em menor ou maior grau. Como profis-sional da saúde mental, esse é o grande desafio que vamos ter de agora em diante. Existe um fenomeno que a Organização Mundial da Saúde [OMS] classifica como quarta onda, da área da saúde mental, que são os efeitos a nível psicológico. A gente tem observado isso”, comenta.

Segundo o psicoterapeuta, situações causadas pela pandemia, como a privação da liberdade e o isolamento, causam mui-ta angústia. “E tem a questão do medo, seja de adoecer, ou de algum familiar fi-car doente. É grande a preocupação nesse sentido. A pandemia potencializa algu-mas questões como a ansiedade, que pas-sa a durar mais, ser mais intensa, e traz consequências graves”, complementa.

“O isolamento não pode ser con-fundido com desamparo. A pandemia nos força a ficar em casa e ir de encon-tro a nós mesmos, então a gente tem que aprender a ‘se suportar’. Isso causa alguns efeitos colaterais, como aumento de consumo de álcool, drogas, o aumen-to da violência doméstica. O importante nesse momento é buscar apoio”, ressalta.

E como passar pelos momentos de

distanciamento social buscando mi-nimizar os impactos na saúde mental? Para o psicoterapeuta, não há uma “re-ceita pronta”, que ajude a resolver. É ne-cessário, segundo Thaddeu, direcionar a energia para novos hábitos, que sejam construtivos. “Além de ouvir e falar so-bre o que sente. Recomendo que as pes-soas encontrem alguém que as escute. Há quem ache que isso é frescura, mas

é essencial falarmos sobre o que sen-timos, sobre nossos medos, angústias. Reconhecer o que nos incomoda já é um passo”, detalha.

“Espero que esse distanciamento causado pela perda do contato físico nos ajude a ter possibilidade de se hu-manizar. Essa é a minha esperança, que a gente saia melhor dessa pandemia. Mais solidários, empáticos”, finaliza.

O psicoterapeuta e escritor Rogério Thaddeu, em entrevista ao Jornal Agora. Bate-papo foi transmitido ao vivo pelo Facebook

6 13 de junho de 2020 | Ano IX | N°347www.portalagora.comtransmissão

A pandemia de coronavírus causou mudanças em diversos setores da eco-nomia. Um dos mais afetados foi, sem sombra de dúvidas, o ramo dos eventos. São casamentos, shows, rodeios e uma infinidade de festas que foram cancela-dos ou adiados por tempo indetermina-do por questões de saúde pública.

Uma saída que ganhou força entre os cantores foi a realização de “lives”, transmissões ao vivo pela internet. As transmissões preenchem as agendas dos artistas, ao mesmo tempo em que demo-cratizam o acesso do público às músicas ao vivo.

O fenomeno das “lives” musicais também ganhou força na região. Os can-tores mandaguarienses Rick Benedetti e Simone Figueiredo promovem, no dia 20 de junho, uma transmissão ao vivo.

“Eu e o Rick sempre cantamos jun-tos. Cantar com ele é, de verdade, uma alegria. E aí surgiu todas essas lives acontecendo, tá todo mundo sem agen-da. Eu amo cantar, o Rick também, en-tão pra nós é muito bacana promover essa transmissão”, conta Simone.

Rick relata ao Jornal Agora que o

Rick Benedetti e Simone Figueiredo promovem “live” solidária

Transmissão tem objetivo de arrecadar donativos para o Asilo São Vicente de Paulo e famílias carentes

Roberto JuniorJornal Agora

Divulgação

público pedia que ele fizesse uma trans-missão já há algum tempo. “As pessoas perguntavam se eu iria fazer, e eu pensa-va em como. Não queria fazer isso sozi-nho, então a gente uniu forças pra fazer essa live”.

A transmissão de Rick e Simone será beneficente, com o objetivo de arreca-dar doações de alimentos não perecíveis e produtos de higiene. Internautas po-derão colaborar durante a transmissão, mas já há possibilidade de fazer doações antes mesmo do evento.

“Nós temos alguns pontos de coleta já disponíveis para quem quiser fazer a doação. São eles os supermercados Ve-rona, Cidade Canção e Camilo, a BW 2.0, Farmácias Drogamais, Rádio Agora FM e Virtual Informática”, explica Simo-ne.

“As doações vão ser repassadas ao Asilo São Vicente de Paulo e famílias ca-rentes de Mandaguari. Esperamos a pre-sença de todos na live, e contamos com a colaboração de todo mundo”, conclui Rick.

Onde e quando assistirA transmissão está marcada para às

20h30 do dia 20 de junho, e poderá ser acompanhada através das redes sociais na página do PortalAgora.com.

Rick e Simone concederam

entrevista ao Jornal Agora e comentaram

sobre a iniciativa.

713 de junho de 2020 | Ano IX | N°347www.portalagora.com

polêmica

Roberto JuniorJornal Agora

Arquivo / Agora Comunicação

Três anos após celebração do acor-do que permite desconto para motoristas mandaguarienses na praça de pedágio lo-cal, uma nova polêmica surgiu nas últimas semanas. Durante alguns dias, a Viapar suspendeu o cadastro de novos veículos para o desconto, alegando que o município deveria formalizar o acordo de 2017.

O desconto concedido pela concessio-nária a veículos de Mandaguari e a instala-ção de cancela na Estrada Terra Roxa são frutos de um acordo verbal. À época, Mo-vimento Tarifa Zero (MTZ) e município insistiram que a concessionária que admi-nistra a praça de pedágio assinasse um do-cumento, o que foi recusado pela empresa.

O que motivou a polêmica sobre a as-sinatura do termo de cooperação foi uma exigência feita pela Viapar. No documento, a concessionária promete manter os des-contos, desde que o município feche “rotas de fuga” ao pedágio, entre elas a Estrada Terra Roxa.

Ao Jornal Agora, o prefeito Romualdo Batista disse que não vai fechar os acessos à estrada. “É um direito do povo man-

Bomba relógioViapar exige fechamento da “Terra Roxa” para

assinar contrato com Mandaguari. Município sobe o tom e se recusa

daguariense, que não pode ser retirado”, ressalta. O município, Agência Regional de Desenvolvimento e Movimento Tarifa Zero (MTZ) já se reuniram com a conces-sionária para discutir a questão.

O acordo ainda não foi assinado, mas a Viapar aceitou retomar os cadastros e atualizações cadastrais. No entanto, o mu-nicípio se preocupa com a possibilidade de a empresa suspender os descontos e travar a cancela da Terra Roxa – atualmente, mo-toristas locais tem a possibilidade de pas-sar pelo local de forma gratuita, sem pagar a tarifa de pedágio.

Depois de três anos, qual o motivo de a Viapar solicitar a assinatura de um acordo em papel? A reportagem procurou a concessionária, que se posicionou afir-mando que “a VIAPAR aguarda por parte do Município de Mandaguari e a ARD a assinatura do termo de Cooperação, que estabelece o benefício de desconto tari-fário para os moradores de Mandaguari, na passagem pela praça de Pedágio P2.2 nas mesmas condições que se encontram atualmente. Os descontos tarifários en-contram-se mantidos, mas é necessário formaliza-los mediante termo de coopera-ção para atender as normas de compliance e Lei de proteção de dados individuais (Lei 13709/2018)”.

Ação na justiçaParalelo a isso, a concessionária acio-

nou Mandaguari na Justiça, pedindo a cas-sação de decretos que tornam a entrada e saída da Terra Roxa como pontos de utili-dade pública.

“Na ação, a Viapar argumenta que a praça de pedágio pertence a Marialva”, comenta o advogado Anacleto Giraldeli Filho, que representa a ARD na questão. Como a agência opera o acordo e engloba o MTZ, Anacleto solicitou a inclusão da entidade no processo.

“Queremos atuar junto ao município para defender o interesse dos mandagua-rienses. Sem sombra de dúvidas, a ARD é a maior defensora da população nesse as-sunto”, dispara o advogado.

Com a ação, a concessionária desen-terra outra polêmica antiga, que é a dis-cussão de onde fica, de fato, a divisa entre

Mandaguari e Marialva. A reportagem apurou que a empresa comprou terrenos na região da Terra Roxa, e tentou regis-trá-los em Marialva, o que foi derrubado pela corregedoria regional do Registro de Imóveis.

ManifestaçõesDiante de todo esse cenário, há possi-

bilidade de novas manifestações e abertura de cancelas? A reportagem ouviu as partes envolvidas na negociação. O discurso é de que município e representantes vão esgo-tar todas as possibilidades de negociação antes de qualquer ação como manifesta-ções na praça de pedágio.

No entanto, ficou claro que o municí-pio e entidades como a ARD estão muito dispostos a subir o tom com a Viapar, caso a concessionária não recue. O desfecho da polêmica deve ocorrer em novas negocia-ções, nas próximas semanas.

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913 de junho de 2020 | Ano IX | N°347www.portalagora.com personagem

“A gente tem que ser feliz independen-te da situação. Independentemente do que aconteceu comigo, eu sou feliz e vou estar feliz do mesmo jeito”. É com essa frase que Matheus Eduardo de Souza, 20 anos, rece-beu a reportagem do Jornal Agora na noite da última quarta-feira (10), na casa onde mora, no Jardim Boa Vista.

Souza teve que amputar o braço di-reito e perdeu parte da orelha direita após sofrer acidente de trabalho no dia 23 de maio na unidade de transformadores da Romagnole.

ROTINA – À reportagem, o jovem contou como tem sido sua rotina de re-cuperação. “A gente tem que se adaptar à nova vida. Às vezes acontece uma coisa dessas e a gente tem que seguir em frente”, comenta.

“É difícil ficar em casa tanto tempo, mas minha mãe e meus amigos estão dan-do bastante força nesse sentido”, relata.

APOIO – Matheus conta que não es-perava tanto apoio. Quando recebeu alta do hospital, chegou em casa e se deparou

Um dia de cada vezJovem que perdeu o braço após acidente de

trabalho conta como está a rotina de recuperação e relata que vai investir suas energias no esporte

Roberto JuniorJornal Agora

Reprodução

com uma “serenata” feita por amigos e fa-miliares.

“Eu não esperava. Pensei que não ia ganhar um negócio daquele. Muita gen-te me dando força, dando apoio. Chorei bastante. É importante, sei que tem muita gente comigo”, acrescenta.

Além da serenata, os amigos frequen-temente visitam Souza. Foi o caso da últi-ma quarta, quando a reportagem conver-sou com o jovem. Amigos da equipe de futebol amador Chapecoense, onde Ma-theus costumava jogar, foram visita-lo, re-lembrar os bons momentos e aproveitaram para fazer um registro.

“Nós só temos a agradecer o apoio de todos. Sejam amigos, familiares. Todos mesmo, agradecemos de coração”, comen-ta a mãe de Matheus, Camila Soares.

Além dos amigos e família, Matheus está recebendo toda a assistência necessá-ria do grupo Romagnole, que se solidari-

Apaixonado por futebol, Matheus deve voltar a praticar esportes em breve, e diz que é alta a chance de se dedicar ao atletismo, atividade com a qual já tem familiaridade.

Na última quarta (10), Matheus Eduardo Souza recebeu a visita de amigos. Na foto estão, em ordem Sancler, Marcos Capoia, o próprio Matheus, Vini-

cius, Lucas Mendonça. Abaixados aparecem Lucas, Maycon e Douglas. zou com ele desde o primeiro momento após o acidente e está frequentemente acompanhando o rapaz.

ESPORTE – Para os amigos mais próximos, Matheus é conhecido como “perna”. Isso porque durante algum tempo ele praticava atletismo. “Mas tive algumas complicações de saúde e precisei parar. Aí comecei a me dedicar ao futebol e me adaptei mais. O futebol é tudo pra mim”, detalha.

O jovem comentou que pretende con-tinuar se dedicando ao esporte, e é alta a probabilidade de voltar ao atletismo, com incentivo dos amigos e da família.

10 13 de junho de 2020 | Ano IX | N°347www.portalagora.comsocial

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre,

tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Coríntios 13:4-7

Canudinho comemora mais um ano de vida ao lado de sua esposa

Natalina

Ana Paula e Luís Arthur Bruna Carolina e Erique Henrique

Lorena e Alan Mayara e Maycon Regiane e David

Michel e Cristiane

1113 de junho de 2020 | Ano IX | N°347www.portalagora.com social

Carina e Rodrigo Denise e Douglas

Edna e Thiago

Emily Maria e William

Parabéns para Fernanda, que completa mais um ano de vida ao lado de seu marido Adriano Flaviana e Alan

Priscila e Rodrigo