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IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO FITOSSOCIOLÓGICO
Dra. Sueli Angelo FurlanLaboratório Climatologia e Biogeografia
DG-FFLCH-USP
Fitossociologia
◦ É um campo de estudo da Ecologia Quantitativa de
comunidades vegetais, envolvendo as inter-relações de
espécies vegetais no espaço e, em alguns casos, no tempo
(Martins, 1991)
◦OBJETIVO DO ESTUDO: conhecer a composição florística,
a estrutura do funcionamento, a dinâmica da distribuição e as
relações ambientais da comunidade vegetal.
❖ Diversidade de espécies
❖ Relação espécie-área
❖ Relação espécie-abundância
❖ Dispersão – fragmentação
❖ Estado de conservação
❖ Dados sobre sucessão ecológica
❖ Restauração natural
Etc.
IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO FITOSSOCIOLÓGICO
Europa e Brasil
Fitossociologia
◦ Diagnóstico
◦ Manejo e políticas de conservação
◦ Revegetação, regeneração,
renaturalização e restauração da
paisagem
Alguns autores
◦ Campelo, 1998
◦ Hosokawa et al. 2008
◦ Kageyama & Gandra, 2004
◦ Rodrigues et al, 2007
Longhi, Solon J. et al. Caracterização fitossociológica do estrato arbóreo em um
remanescente de floresta estacional semidecidual, em Montenegro, RSCiência
Rural, Santa Maria, v.38, n.6, p.1630-1638, set, 2008
Relação espécie-área
Como caracterizar ambientes complexos?
Ex.: Floresta Tropical? As Caatingas?, Cerrados?, etc.
Almeida, Sabrina da S P de, Neotrop.
Entomol. vol.38 no.1 Londrina Jan./Feb. 2009
Como caracterizar ambientes complexos?
“ No caso particular da Amazônia faltam conhecimentos sobre
variáveis indispensáveis para compreender a estrutura e sua
composição” Whittaker (1972) tais como:
Idade
Incremento
Delimitação de sítios amostrais
Dado mais óbvio e simples = Número
de espécies (S)por unidade de área =
Riqueza de espécies
BIODIVERSIDADE
Riqueza + abundância
Se uma comunidade é composta por poucas espécies, ou se somente
poucas espécies são abundantes, então a biodiversidade é baixa
10 espécies
20 indivíduos
10 espécies
2 sp com 12 indivíduos
8 espécies com 1
indivíduo
Muda a relação espécie-área ?
1. Dominância
2. Densidade
3. Frequência
4. Indice de valor de importância
5. Área basal.
Algumas medidas para conhecer a relação espécie abundância
Mueller-Dombois & Ellenberg (1974)
Dominância
Densidade
1. Dominância
2. Densidade
3. Frequência
4. Indice de valor de importância
5. Área basal.
Algumas medidas para conhecer a relação espécie abundância
Escolas Florísticas e seus métodos
Abordagem estática
Escola de Zurique-Montpellier – Braun-Blanquet
Escola Sueca - Du Rietz
Escola Russa – Ramenski e Sukatschew
Abordagem dinâmica
Escola Inglesa – Tansley
Escola Norte Americana - Clements e Gleason
❖Qual é a área mínima que representa a comunidade?
❖Descrever a comunidade
Neste caso presença ou ausência é mais importante do que
variações nos métodos quantitativos (Schiling & Batista, 2008)
Escola de Zurique-Montpellier – Braun-Blanquet
Dominância foi o foco de territórios com certa homogeneidade
(Iserhagenet et al 2011)
Braun-Blanquet e Du Rietz também ficaram conhecidos como “Escola
Europeia”
Escola Sueca - Du Rietz
Variações correlativas aos solos e climas (criou-se o conceito de
biogeocenose – Sítios)
Influenciou um grande Ecólogo do século XX – Eugene Odum, 1998
Escola Russa – Ramenski e Sukatschew
Obter a representatividade estatística de atributos quantitativos da
comunidade, como densidade, frequência e cobertura
(dominância) por espécies (Schiling & Batista, 2008)
Parcelas são unidades amostrais distribuídas
aleatoriamente ou sistematicamente
Escola Inglesa/ Americana – Tansley
Métodos de avaliação do componente arbóreo
Técnica de amostragem
◦ Parcelas (Mueller, Dombois &
Ellenberg, 1974 / Matteucci &
Colma, 1982)
◦ Transectos (Gentry, 1982, 1992)
◦ Ponto quadrante ou Quadrante
Centrado
Fonte
◦ Tecnicas de amostragem (Dias,
2005 e Felfili, 2011)
◦Parcelas (Mueller, Dombois & Ellenberg, 1974 /
Matteucci & Colma, 1982)
Trabalho de campo
Núcleo Picinguaba –
PESM, 2014
Figura 13. Distribuição das áreas amostradas de Lacerda: A 2m – planície, B 100m – ripária e 100m – encosta, C
300m, D 600m e E 1000m. Vista geral da Mata Atlântica na planície litorânea e nos Morros do Corisco (à esquerda)
e Cuscuzeiro (à direita). Fonte: LACERDA, 2001.
Figura 15. Perfil altitudinal elaborado por Leite, Quaini, Silva e Souza. 2015
Perfil Altitudinal Trilha Rasa- Morro do Corisco
Eixo x- Distância 0 a 10km
Eixo y – Altitude 0 a 1239m
◦Ponto quadrante ou Quadrante Centrado
Baseia no fato de que o número de árvores por unidade de área pode ser calculado a partir
da distância média entre árvores (CURTIS & McINTOSH, 1950; ASHBY, 1972; MUELLER-DUMBOIS &
ELLENBERG, 1974; MARTINS, 1979; SILVA JUNIOR, 1984).
Em cada ponto de amostragem estabelece-se uma cruz formada por duas linhas
perpendiculares com direção convencionada, delimitando 4 quadrantes;
E cada quadrante mede-se a distância do ponto até o centro do tronco da árvore mais
próxima e registra-se a população (espécie ou outro táxon primário) a que o indivíduo
pertence.
Consultar: http://www.matanativa.com.br/informacoes-tecnicas/calculo-metodo-de-quadrante/
O que é imprescindível?
◦ Em um estudo fitossociológico
é imprescindível que os
pesquisadores satisfaçam
alguns requisitos básicos
◦ Unidades amostrais devem ser
claramente distinguíveis
◦ A forma e o tamanho das
unidades devem ser mais
uniformes possíveis
◦ As regras de inclusão e exclusão
do material botânico devem ser
previamente estabelecidas e
respeitadas (Rodrigues, 1989)
Amostragem
◦Amostragens aleatórias devem ser preferidas em
vegetação mais homogênea (Medeiros, 2004);
◦Amostragens sistemáticas são recomendadas para
comunidades com variabilidade maior do
componente vegetal.
◦BRASIL – método mais utilizado é o de parcelas fixas.
MÉTODO DO PONTO QUADRANTE
◦Limitação – número de árvores amostradas pode
levar a uma superestimativa na densidade.
Vantagens dos quadrantes
Redução da influência da forma da parcela sobre os resultados;
Facilidade na alocação dos pontos de amostragem;
Maior área de amostragem;
Maior consistência na comparação dos resultados obtidos em
diferentes posicionamentos do mesmo tipo de vegetação
Ganho de tempo no campo
Maior rapidez e eficiência
Menor necessidade de equipamentos e pessoal
Métodos de área fixa (parcelas) ◦ Mais utilizado quadrado 10x10 metros
◦ Retângulo seria melhor segundo alguns autores (Matteucci &
Colma, 1982) recomendam formas com menor relação
perímetro x superfície para evitar o efeito de borda na amostra.
VANTAGENS do Método:
◦ Possibilidade de obter todos os dados estimados diretamente na
unidade amostral;
◦ Praticidade e simplicidade no estabelecimento das unidades
amostrais em campo (Pelliconatto e Breno, 1997)
Métodos de área fixa (parcelas) DESVANTAGENS do Método:
Custo de instalação
Manutenção dos limites das unidades amostrais;
Número elevado de indivíduos mensuráveis (método exaustivo)
Situação amostral
◦ “ área mínima necessária ao estudo da vegetação deve ser
determinada, em primeira instância, por meio da análise de
homogeneidade e do status de fragmentação da cobertura
vegetal (Porto, 2009)
◦ Grau de efetividade da amostra
◦ Curva amostral ou curva do coletor
◦ Regressão linear de platô
◦ Algoritmos matriciais
WORLD CAFÉ
Grupos trabalham em forma continua de revezamento em relação aos
temas focais
Etapa 1 – grupos tem 1 hora para discutir o tema e os objetivos do projeto e
analisar a metodologia para alcançar estes objetivos – 1h
Etapa 2 – Primeiro rodízio – grupos trocam de mesa para avaliar e intervir no
trabalho realizado pelo primeiro grupo focal – 30 h
Etapa 3 – Segundo rodizio – grupos retornam aos seus projetos para finalizar
observando as contribuições dos colegas – 30 minutos
Relator recolhe o trabalho para sistematizar e apresentar a todo os
participantes seu projeto para intervenção final - 10 minutos por grupo (se
der tempo)