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impressão Pedagógica [ 3 ]

[ editorial ]

Direção Geral: Armindo Vilson AngerArmindo Vilson AngerArmindo Vilson AngerArmindo Vilson AngerArmindo Vilson AngererererererDireção CEEE: Sandra AngerSandra AngerSandra AngerSandra AngerSandra Angerererererer

Direção de Marketing: Karina LKarina LKarina LKarina LKarina LafraiaafraiaafraiaafraiaafraiaEdição e Redação:

AndrAndrAndrAndrAndrea Gonçalves Santos ea Gonçalves Santos ea Gonçalves Santos ea Gonçalves Santos ea Gonçalves Santos (Mtb 9355/19/195)(Mtb 9355/19/195)(Mtb 9355/19/195)(Mtb 9355/19/195)(Mtb 9355/19/195)Alessandra PAlessandra PAlessandra PAlessandra PAlessandra Potamianos otamianos otamianos otamianos otamianos (Mtb 4469/18/109)(Mtb 4469/18/109)(Mtb 4469/18/109)(Mtb 4469/18/109)(Mtb 4469/18/109)

Direção de Gráfica: Antonio BothAntonio BothAntonio BothAntonio BothAntonio BothGerente Pré-Impressão: PPPPPaulo César Niehuesaulo César Niehuesaulo César Niehuesaulo César Niehuesaulo César Niehues

Fotolitos e Impressão: Editora Gráfica Expoente Ltda.Editora Gráfica Expoente Ltda.Editora Gráfica Expoente Ltda.Editora Gráfica Expoente Ltda.Editora Gráfica Expoente Ltda.AvAvAvAvAv. Maringá, 350 - P. Maringá, 350 - P. Maringá, 350 - P. Maringá, 350 - P. Maringá, 350 - Pinhais - Pinhais - Pinhais - Pinhais - Pinhais - Paraná -araná -araná -araná -araná -

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Foto Capa: Vincent van GoghVincent van GoghVincent van GoghVincent van GoghVincent van Gogh, Auto-Retrato (1887),in: COLEÇÃO DE ARTE: Vincent. São Paulo:

Globo, 1997. p.14.

Tiragem: 21000 exemplar21000 exemplar21000 exemplar21000 exemplar21000 exemplares.es.es.es.es.

Impressão Pedagógica é uma publicação semestral,de circulação nacional, dirigida a diretores de escolas,

coordenadores e professores, sendo distribuída pormailing personalizado. Não nos responsabilizamos por

opiniões expressas nos artigos assinados.Todos os direitos reservados.

[ expediente ]

[ 04 ]

[ 08 ]

[ 12 ]

[ 16 ]

[ 22 ]

[ 26 ]

Entrevista com Augusto Cury

TV, recurso em sala de aula

Inclusão, diferenças são bem-vindas

Capa, arte contextualizada

Administração, dicas de planejamentoestratégico

Conveniadas, projetos bem sucedidos

[ índice ]

Sempre nos vem à lembrança aexpressão de Demóstenes

(300 a.C.): “A única certeza quetemos é a da constante

mudança”.

Como todos os nossos leitorespodem perceber com apenas

uma rápida folheada na revista,mudamos. Muitas pessoas e

instituições envolveram-senesse processo, e foi,

certamente, uma mudança paramelhor! Primeiramente,

ouvimos nossos clientes, o quese pode constatar pela leitura

das diversas matérias aquiapresentadas e pelas

pesquisas de opinião querealizamos no decorrer do ano

passado. Consultamos tambémnossos funcionários, dos mais

diversos setores. E, para definiro layout e a programação

gráfica da revista, contratamos

a sun brunding+design, umaempresa especializada no

segmento.

O resultado é excelente! Oleitor pode perceber, que setrata de uma revista de fácil

leitura, com matérias focadasno dia-a-dia da escola e queabordam diversos assuntos

inerentes ao fazer pedagógicodos profissionais da educação.

Sabemos que, no fim de todoesse processo, colheremos um

precioso fruto: a formaçãointegral de nossos alunos.

Esperamos que, após a leituradeste número e de tantos

outros que virão, nosso leitorperceba que a expressão do

escritor Augusto Cury,entrevistado desta edição, é

uma realidade para nós, poistemos a certeza de que todas

as escolas conveniadas aoSistema Expoente de Ensino já

se dedicam há muito tempo àformação de alunos felizes,

críticos, saudáveis e sábios.Queremos contribuir para que

mais escolas sigam esseexemplo.

Boa leitura!

Armindo AngererDiretor-Geral

da Organização Educacional Expoente

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como dos educandos. É precisocriar vínculos afetivos entreprofessores e alunos. Areorganização dos alunos em salade aula (sentarem em círculo ouem U) é apenas uma dessasmudanças entre tantas outrascomo: ser um contador dehistórias, humanizar oconhecimento, elevar a auto-estimados alunos, elogiando antes decriticar, participar de projetossociais, etc.IP – E como deve ser aparticipação dos pais nesseprocesso?Cury – O melhor e o único caminhopara que os pais participem davida escolar de seus filhos é oamor. A compreensão, o incentivoe a demostração de interesse porparte dos pais colaboram, e muito,para que os alunos consigamprivilegiadamentereescrever suas histórias,desenvolvendo, assim, umapreço e um respeito maiortanto pelos pais comopelos professores.IP – Antigamente, as criançaspassavam mais tempo ao ladodos pais, que eram figuras muitopresentes no desenvolvimentodelas. Hoje, passam mais tempona companhia dos professores ecolegas da escola. Pode-seafirmar que a presença maisconstante do professor nocotidiano do aluno interfere naconstrução de valores e nodesenvolvimento dessa criança?Cury – Com certeza o papel doprofessor influencia de maneiraextremamente significativa aformação tanto escolar comointelectual dos alunos. Essainfluência se dá por meio daconvivência em sala de aula, daí aimportância de o professor ser ummestre fascinante, que ensine seusalunos a explorar o mundo em queestão, o seu próprio ser, a navegarnas águas da emoção, a gerenciara construção dos pensamentoscom sabedoria e criatividade.IP – Quais são as diferençasentre o professor que formaalunos repetidores de

informação, simplesarmazenadores de conteúdo, eaquele que forma pensadores equestionadores?Cury – Um bom professor educaseus alunos para uma profissão,um professor fascinante os educapara a vida. Professoresfascinantes são profissionaisrevolucionários. Ninguém sabeavaliar o seu poder, nem elesmesmos. Eles mudam paradigmas,transformam o destino de um povoe modificam um sistema socialsem armas, tão somente porprepararem seus alunos para avida por meio do espetáculo desuas idéias.IP – Como agem os bonsprofessores, aqueles que conciliamaprendizado com conhecimento devida?Cury – Os professores fascinantesobjetivam que seus alunos sejamlíderes de si mesmos. Proclamamde diversas formas em sala de aulaaos seus alunos: “Que vocêssejam grandes empreendedores.Se empreenderem, não tenhammedo de falhar. Se falharem, nãotenham medo de chorar. Sechorarem, repensem a sua vida,mas não desistam. Dêem sempreuma nova chance a si mesmos”.IP – Como lidar com as emoçõesdentro e fora da sala de aula? Osprofessores atuais estão aptos alidar com os sentimentos dosalunos, muitos delesprovenientes do maurelacionamento e convívio com afamília?Cury – Bons professores ensinamseus alunos a explorar o mundoem que estão, do imenso espaçoao pequeno átomo. Professoresfascinantes ensinam os alunos aexplorar o mundo que são, o seupróprio ser. Sua educação segueas notas da emoção, sabem quetrabalhar com a emoção é maiscomplicado do que trabalhar comos mais complexos cálculos dafísica e da matemática. A emoçãopode transformar ricos em pau-pérrimos, intelectuais em crianças,poderosos em frágeis seres.

“O próprio

educador deve

rever seu

modo de

pensar na

relação ensino-

aprendizagem,

procurando dar

mais ênfase à

formação do

ser humano do

que à

informação

sobre

conceitos

teóricos.”

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Vive-se em uma sociedade quevem sofrendo grandes econstantes transformações:abertura de fronteiras, facilidadesde negociar, avanço digital etecnológico, novos meios decomunicação, isto é, aglobalização.

As crianças nascem nessemeio digitalizado e muitas delascom dois ou três anos já sabemutilizar jogos no computador,manusear o controle remoto datelevisão ou do aparelho de som.Todos os que rodeiam essascrianças ficam ao mesmo tempomaravilhados e assustados.

Esse contexto causa o aumentodo interesse dos pais nodesenvolvimento satisfatório deseus filhos, além de boaalimentação, higiene, excelentedesenvolvimento intelectual, etc. Égrande a lista de exigências que ospais têm para seus filhos.

Todos esses justos anseioslevam a uma pergunta: “O que é omelhor para meu filho?”. Essequestionamento conduz a umaimportante análise da função daEducação Infantil na vida dascrianças, ainda em tenra idade.

A brincadeira noA brincadeira noA brincadeira noA brincadeira noA brincadeira noaprendizadoaprendizadoaprendizadoaprendizadoaprendizado

A Educação Infantil é umespaço propício para a construçãodo conhecimento de uma criança.Quando ela ingressa nesseambiente, amplia seu universo dedesenvolvimento, tanto pelasrelações sociais como pelaexploração das brincadeirasrealizadas na escola. Nessa faseela adquire parte do acervo culturalque levará consigo durante toda avida.

Os primeiros anos de vida deuma criança são primordiais, é umtempo em que ela absorve muitasinformações que estão ao seuredor, seu aprendizado éconstante.

A escola aprimora seu trabalhoem prol da sociedade e de seuaperfeiçoamento, proporcionandoàs crianças um desenvolvimentodirigido, orientado por profissionaiscapacitados, auxiliando e incluindoos pequenos estudantes nesseaperfeiçoamento social. A escolaorganiza seu ambiente para que ascrianças tenham um satisfatóriodesenvolvimento social, motor,emocional e cognitivo.

As atividades lúdicas promovemum ambiente prazeroso deaprendizagem e, brincando, acriança experimenta o mundo, osmovimentos e as reações, tendoassim elementos para desenvolverno futuro atividades maiselaboradas. No simbólico jogo dabrincadeira, a criança irá entendero mundo ao redor, testarhabilidades físicas (correr, pular),funções sociais (ser o construtor, aenfermeira, a secretária), aprenderas regras, obter os resultadospositivos ou negativos dos seusfeitos, registrando o que deve ounão repetir nas próximasoportunidades. A aprendizagem da

comunicação oral e escrita, dasnoções lógico-matemáticas e dashabilidades motoras de umacriança também é desenvolvidadurante o ato de brincar.

Analisando o jogo, Kishimoto(1999) considera-o como umgrande meio de desenvolvimentodas crianças. Jogando a criançahabilita capacidades queconduzem à sua integração social,desenvolvem também o espírito deiniciativa, a autonomia, o poder dedecisão e muito mais.

A brincadeira permite que acriança venha a extravasar seussentimentos e a orientação dirigidaauxilia na reflexão sobre asituação, ajudando a criar váriasalternativas de conduta para obterum desfecho mais satisfatório.

A família é o primeiro gruposocial que a criança conhece e doqual recebe influência e, sendoessa criança um cidadão porinteiro, merece uma educação porinteiro. A escola deseja fazer partedesse processo de aprendizageme fazer bem.

Um trabalho assim começadoserá, com certeza, o primeiropasso para uma caminhadaeducativa de sucesso.

Para enviar seu artigo,encaminhe para a Av. Sete de

Setembro, 4476 4.º andarCEP 80250-010 Curitiba-Paraná

A/C Assessoria deComunicação.

Se preferir, pode mandar omaterial via e-mail, para um dos

seguintes endereços:[email protected] ou

[email protected]

* Ivana Amaral BertoncelloProfessora de Educação Infantil

do Colégio Expoente, em Curitiba

[ artigo ]

por Ivana Amaral Bertoncello*

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Canais abertos e por assinaturapodem ser boas fontes deconteúdo

Um desenho animado conta a história do Brasil, uma históriaapresenta os personagens folclóricos do país e bonecos de fantochedisseminam valores como amizade, sinceridade e fraternidade. Essassão algumas características de programas televisivos que podemcontribuir para o trabalho do professor na hora de apresentar umnovo conteúdo aos alunos. Veja a relação de alguns programas de TVaberta e fechada que podem incrementar as aulas:

AnabelCanal: Nickelodeon (TV por assinatura)Horário: sábados, às 12hPerfil: fã do poeta Edgard Allan Poe, Anabel vive na década de 1930 eadora desvendar mistérios. Por causa desse hobby, acabapercorrendo o Brasil todo. Em alguns episódios, personagensilustres, como Santos Dumont, reforçam o time de atrações dessasérie.

31 MinutosCanal: Nickelodeon (TV por assinatura)Horário: sexta-feira, às 20hPerfil: essa produção chilena é conduzida por fantoches, que fazem acobertura de importantes eventos relacionados ao esporte, meioambiente e política. Os “jornalistas” fazem uma paródia inteligente,mas muito atrapalhada, de um telejornal de verdade.

Afinando a Língua (TV aberta)Canal: FuturaHorário: programa semanal, reprisado em vários dias e horáriosPerfil: clipes musicais são a ferramenta para solucionar dúvidasfreqüentes sobre a Língua Portuguesa.

Cine Conhecimento (TV aberta)Canal: FuturaHorário: em diversos horáriosPerfil: em dois formatos, Atualidade/Comportamento e História/Biografia, o programa recorre ao cinema para abordar assuntos comovalores, ciências, atualidades e grandes personagens dahumanidade.

TV Rá Tim Bum (TV por assinatura)Perfil: os principais programas educativos produzidos pela TV Culturasão a atração desse recém-lançado canal de TV fechada. O ProfessorTibúrcio, a família Teodoro e o Lá Vem História integram aprogramação desse canal que não esquece o cunho educativo nemdurante os intervalos, quando vinhetas e programetes apresentammais informação às crianças.

em sala de aula. Esse fato, segundoele, ocorre com muita freqüência.“Levar para a sala um programadesaconselhável a uma determinadafaixa etária ou um filme conduzidode forma errada durante um debateou,desconhecer o conteúdo domaterial que vai apresentar e nãosaber o que fazer com esseconteúdo são situações aparente-mente absurdas, mas que aindaocorrem. O motivo é a falta deprojeto pedagógico e de seriedadede alguns professores diante dosrecursos oferecidos pela televisão”,comenta Alves.

DinamismoNo universo de informações

transmitidas pela televisão, o alunopode aprender em pouco tempoaquilo que levaria algumas semanaspara assimilar se dependesseapenas do conteúdo teórico en-sinado pelo professor. A justificativaé o dinamismo da TV, proveniente,sobretudo, da junção de som eimagem. “A TV fala das coisas douniverso próximo do educando, elatrata de assuntos da vida diária,como problemas com os pais,namoros, amizades e até dequestões éticas como roubo eviolência. E, isso tudo, utilizandosempre uma linguagem muitoparecida com a usada no dia-a-diapelo aluno. Por isso ele assimilatodos esses conceitos sem se darconta, uma vez que a TV se utilizade meios sensoriais, emocionais eracionais, por meio de mensagensdiretas e subliminares”, explicaAlves.

O professor Fernando Alvesafirma ainda que a TV é rica empossibilidades de uso, principal-mente para introduzir na socie-dade c idadãos mais cr í t icos.“Com a televisão, a escola podepromover debates. Ass im, oestudante despertará sua cons-ciência crít ica, terá uma novaleitura do mundo e passará aadotar uma nova posição diantedos meios de comunicação demassa”, defende ele.

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A música tranqüiliza, desenvolvea psicomotricidade e melhora acomunicação. Com tantos benefí-cios, as professoras Ivana do AmaralBertoncello, do Maternal, e Ales-sandra Grando, do Infantil II, perce-beram que o tema não poderia ficarfora da sala de aula. Depois deconversarem com as professorasJosélia Jaszumbek, de Música, eCarla Nardes, de Artes, elas deci-diram que o trabalho poderia ficarmais rico e deram início ao projetoBrincando e Cantando com o NossoFolclore.

O trabalho uniu as turmas doMaternal e do Infantil II e as quatroprofessoras do Colégio Expoente ecomeçou em agosto de 2004, no dia22, quando é comemorado o Dia doFolclore. “Temos um dos folcloresmais ricos do mundo. Isso nospossibi l i tou a real ização deatividades diferentes”, comentaIvana.

Com tantas opções, é fácilperceber que não houve espaçopara monotonia. As criançasconfeccionaram instrumentos musi-cais folclóricos com materiaisrecicláveis, pesquisaram e fizeramroupas de Bumba Meu Boi, queutilizaram na apresentação daMostra de Projetos, aprenderamcanções e contos folclóricos efizeram releituras de obrasimportantes, como A Boneca e AGare, ambas de Tarsila do Amaral.

“A diferença de idades nãoprejudicou em nada o projeto, sóenriqueceu. Os alunos do Maternal

FFFFFolclore na escolaolclore na escolaolclore na escolaolclore na escolaolclore na escolaPais participam de projeto com crianças da

Educação Infantil

foram estimulados pelos maisvelhos, enquanto os do Infantil IIaprenderam a ter paciência e sesentiram orgulhosos de ensinar aosmenores o que aprendiam com maisrapidez”, diz Alessandra.

Um dos pontos mais importantesdo projeto foi o envolvimento dasfamílias. Cada criança trouxe de casauma brincadeira, música ou atéreceita passada dos avós para ospais. Depois, com todas asinformações em mãos, as turmascriaram o livro Nosso Folclore.“Antes de começarmos o trabalho,falamos do projeto na reunião depais e eles adoraram aidéia. Foi interessanteporque os adultosdeixaram um pouco suarotina corrida e senta-ram com os filhos parafazer a atividade. Isso éfundamental para odesenvolvimento dacriança”, analisa Ivana.

O resultado de todoo empenho foi umaapresentação para paise colegas. Cada criançaainda levou para casaum CD-Rom com osmomentos marcantesdo projeto. “O maisgratificante é perceberque, depois do trabalho,alunos com apenas trêsanos são capazes dereconhecer uma obrade Tarsila do Amaral”,afirma Alessandra.

Fica claro então que para setrabalhar com projeto não tem idade.Crianças pequenas exigem umaatenção especial. Depende muitomais da motivação do professor”, dizIvana. “O professor ainda podeutilizar o projeto como complementodo conteúdo obrigatório. No caso doInfantil II, usei muita coisa paraauxiliar no início do processo dealfabetização e a resposta dosalunos foi excelente”, comemoraAlessandra.

Obras de Tarsila do Amaral, como A Gare,foram usadas em sala.

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as dificuldades dos filhos e osprotegem sem exageros. Isso émuito importante, pois convivendocom as diferenças, o aluno temmaiores chances de sedesenvolver”, defende.

A inclusão dos alunos comnecessidades especiais nasescolas convencionais não ébenéfica apenas para osportadores de deficiências. Oconvívio com crianças que exigemoutros tipos de cuidadosenriquece todos os envolvidos noambiente escolar: demais alunos,professores, orientadores,diretores e funcionários. Na opiniãoda diretora Eloisa, esse contato émuito enriquecedor, já que acriança aprende a lidar com o queé diferente e a respeitar asdiferenças. “É pedagogicamenteenriquecedor”, avalia. “O alunoque convive com um colegadeficiente torna-se um cidadãomelhor porque entende que odiferente faz parte da sociedade.Aprende que, na verdade, temosde observar mais as semelhançasdo que as diferenças. Uma criançaque tenha tido um colegadeficiente físico poderá se tornar

um engenheiro melhor porque vaise preocupar com adaptaçõesespeciais antes mesmo que elassejam exigidas”, acrescenta aprofessora de Educação Especialda Unidade de Ensino SuperiorExpoente (UniExp), Jozélia DuarteBorges Ribas.

A opinião é defendida pelosupervisor do colégioSanta Olga, de Ivaiporã, interior doParaná, Geraldo JoséBueno. “As crianças nãopromovem a exclusão, geralmentequem faz isso são os adultos.Elas têm um espírito decooperação muito grande esentem-se úteis quando ajudamum coleguinha nas tarefaspropostas pelo professor. E a auto-estima, tanto delas quanto doaluno deficiente, fica lá em cima”,comenta. No Santa Olga, osprofessores trocam experiênciasdurante os intervalos e reuniões afim de conduzir da melhor formapossível o aprendizado dosdeficientes, entre eles uma meninada 6.a série do Ensino Fundamentalque sofre com uma deficiênciamental ainda desconhecidados médicos.

Um projeto de inclusãosustentável requer metodologiasdiferentes de avaliação.Provas, por exemplo, não sãosuficientemente adequadas.O importante, segundoGeraldo é acompanhar oprogresso diário do alunodurante a execução dos trabalhospropostos em sala. “Adotamosuma avaliação continuada, durantetodo o bimestre. O professor avaliao que o aluno foi capaz de produzire o quanto ele evoluiu”. Paraatender às necessidades dessesalunos, a direção mantém umaequipe de professoresespecializados em EducaçãoEspecial. “O trabalho integradoentre diversos profissionais éfundamental. São professores,psicólogos e fonoaudiólogos que,juntos, chegam a um consensosobre como lidar com cada aluno”,afirma Geraldo.A escola interage com osprofissionais específicos da área ecom a família, colocando emprática o objetivo maior dainclusão: o envolvimento dodeficiente com a sociedade e destacom o deficiente.

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FFFFFormação do Professorormação do Professorormação do Professorormação do Professorormação do ProfessorSucesso de seminários prova queeducadores querem se qualificar

Cerca de trinta por cento dosprofessores que lecionam emturmas da 5.a à 8.a série do EnsinoFundamental e do Ensino Médiono país não têm curso degraduação com licenciatura,conforme o Censo Escolar 2003,doInstituto Nacional de Estudos ePesquisas Educacionais (Inep).

A situação é tão delicada que aAssociação Nacional pelaFormação de Profissionais daEducação (Anfope) vem lutandopelas políticas de formaçãocontinuada nos sistemas de ensinoe pela formação superior de todosos professores, como explica apresidente da entidade, Helena deFreitas. Para ela, os dados doCenso revelam o descompassoentre a expansão do EnsinoFundamental e o acesso dajuventude ao Ensino Superior. “OEnsino Superior em nosso paísestá degradado, expandiu-se deforma desordenada edesqualificada. Ainda temos muitoa caminhar para podermos chegara patamares superiores deformação profissional em todas asáreas, não apenas naslicenciaturas”, comenta. O diplomade Ensino Superior não melhoraapenas a qualidade da aula, e simde toda a escola, na opinião daprofessora. “As dificuldades que aescola vive na atualidade, ascondições de infra-estrutura, detrabalho, e as condições de vidado professor já representaminúmeros desafios para quem atua

no espaço escolar. A formaçãosuperior ajuda a olhar essarealidade em suas múltiplasfacetas, em sua complexidade edeterminações e, assim, auxilia osprofissionais da educação aenfrentar com outros instrumentosa situação”, argumenta.

Uma saídaFormação e atualização

constante do professor são duasdas chaves mestras da educação.Mas poucos têm a chance definanciar cursos de pós-graduação,mestrado ou doutorado e, mesmoquando se tem essa oportunidade,não se pode esquecer de que atroca de idéias e experiênciastambém acontece em encontros,seminários e palestras. Esseseventos são considerados tãoenriquecedores quanto uma aulade especialização. A Aprender aFazer – Produções Educacionaisorganiza encontros da área emtodas as regiões dopaís. Seja parainstituiçõesparticulares ou parasecretarias municipaisde educação, aAprender a Fazer jápromoveu eventos dequalificação quebeneficiaram mais de 7mil educadores.

Na opinião dagerente de eventos daAprender a Fazer,Silmara Albuquerque,

a boa receptividade encontradanas regiões onde se organizameventos demonstra que existeinteresse por parte doseducadores em se atualizar. “Se oprofessor fica preso à sala de aula,ele restringe seu papel deeducador. Hoje, ele deve buscar oaperfeiçoamento em seminários ecursos para não só ter domínio doconteúdo que ensina, mas tambémpara intervir na educação de formahumanizadora”, afirma. Além detrocar experiências com outrosprofessores e aprender compalestrantes doutores no assunto,os educadores vivenciam novasexperiências. “A leitura de livros, asexposições feitas pelo professor eo acesso à internet não garantem oaprendizado do aluno. É preciso,portanto, discutir, refletir, avaliar ebuscar novos caminhos para aeducação. E isso os semináriospromovidos pela Aprender a Fazerproporcionam”, comenta Silmara.

Aprender a Fazer já beneficiou mais de 7 mil educadores pelo Brasil.

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Arte-Educação

Objetivo não é formar artistas, é fazer comque os alunos vivenciem a arte

A disciplina de Arte éobrigatória em escolas públicas eparticulares desde 1971, quando opresidente Médici sancionou a Lei5692, esboçando a atual Lei deDiretrizes e Bases. Depois, oensino da Arte caiu no ostracismoe, nas décadas de 1980 e 1990, osprofessores ensinavam algumastécnicas artísticas, mas semcontextualizá-las culturalmente.

Hoje, por causa da dinamizaçãoda troca de informações, os colégiosdefinem, com base na LDB, comoensinar Arte conforme sua filosofia eobjetivos pedagógicos. Asinstituições educacionais quelevam a Arte a sério esculpemtalentos e formam cidadãosadmiradores de toda e qualquerforma artística. Essa possibilidadeé o que motiva a professoraGrazielle Lopes Marques, que dáaulas de Arte para estudantes daEducação Infantil à 8a. série doEnsino Fundamental no colégioExpoente, em Curitiba. Formadaem Arte-Educação, ela planejasuas aulas visando propagar osvalores sociais que acompanham aArte, como criatividade,

autoconhecimento, relacionamentointerpessoal e liberdade deexpressão. “A Arte é ilimitada,permite que o aluno se situe nomundo por meio de música, teatro,dança e artes visuais”, comentaela, que acrescenta que a melhorforma de trabalhar a Arte é permitirque o aluno a vivencie. “Aintegração das linguagensartísticas com os meus alunos sedá pela vivência. Eles interagem eproduzem Arte. Caso contrário,não absorveriam o conteúdo”,justifica. Para mostrar que a Artenão é só diversão para quem a vêe para que a faz, Grazielle organizapalestras com fotógrafos, atores,pintores, escultores, e promovevisitas monitoradas a museus.

As aulas dela seguem ocronograma natural da evoluçãoda Arte. Da Educação Infantil aoEnsino Médio, os alunosconhecem Arte na Pré-História,Arte Grega, Romana, os períodosdo Renascimento, Barroco,Romantismo, Surrealismo, etc.Quando estão na 2a. série doEnsino Fundamental, por exemplo,as crianças conhecem a Arte do

holandês Vicent van Gogh.“Nesse estágio, eles aprendemsobre a vida do artista e astécnicas que ele usava, como oempasto – a pintura com excessode tinta”, comenta Grazielle. Obrascomo Os Girassóis, Os Lírios eAuto-Retrato, de 1887 (obra queilustra a capa desta edição) setornam familiares para os alunosque, nas atividades em classe,reproduzem, cada um à suamaneira, as principais obras deVan Gogh.

O perfil da professora Graziellaassemelha-se ao da maioria doseducadores de Arte do Brasil.Segundo Miriam Bonk, professorae especialista em Arte-Educação, aflexibilidade é um dos conceitoschave do bom professor hoje. “Oprofissional precisa estar ligado àArte em geral. Refiro-me a tudoque a ela se relaciona, comocinema, literatura, música, design,artes visuais e outros. O professorprecisa fazer relações em todas asáreas para que possa percebermelhor as possibilidades deconexões em sua aula”, defendeMiriam.

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Escola pode ser a própria arteInstituição de ensino na Alemanha é projetada por artista plástico

por Elaine Martins*

Na cidade de Wittenberg,localizada ao norte da Alemanha,

próxima a Berlim, a escola deEnsino Fundamental Martin Luther

Gymnasiums desenvolveujuntamente com os alunos um

projeto de revitalização do prédio.O envolvimento de professores e

estudantes foi fundamental para odesenvolvimento da iniciativa.

Wittenberg, com aproximadamente50 000 habitantes, é a cidade onde

morou Martin Luther, responsávelpela reforma protestante há cerca

de quinhentos anos. A cidade émuito bonita. As casas, as ruas, as

igrejas, tudo conta a história dolugar. Nas imediações da cidade,

localiza-se a escola de EnsinoFundamental Martin Luther

Gymnasiums que, construída emum prédio antigo, precisava deuma reforma. Com o apoio dos

professores, os alunos escreveramuma carta para o artista plástico

Hundert Wasser, pintor e arquitetoaustríaco conhecido por seus

projetos sem linhas retas e comcores brilhantes, jardins e

elementos ornamentais. Eledefendia a idéia de que um

trabalho artístico, além deembelezar o mundo, deve

melhorá-lo. Foi o idealizador doHundert Wasser Haus, construído

em 1983 e hoje um dos lugaresmais visitados de Viena, a capital

da Áustria. O local é inconfundível

Escola ficou pronta em 2000.

Colégio alemão Martin Luther Gymnasiums teve reforma projetada por artista plástico.

Artista Hundert Wasser.

por suas janelas tortas, coresvivas, trechos cheios de plantes e

solos ondulados.Sensibilizado com o pedido dos

alunos da Martin LutherGymnasiums, o artista decidiu

aceitar a proposta e conduzir areforma da escola. Por intermédio

dele, a instituição conseguiu verbado governo para financiar a obra.

Mas, como a idéia que tinha emmente era muito cara, teve de

investir dinheiro do próprio bolso.Ao lado dos alunos, desenvolveu

as maquetes do projeto,que tinha como objetivotransformar a escola emum ambiente inovador e

mais alegre.A reforma durou um anoe foi concluída em 2000.Cada andar do prédio épintado de uma cor e as

cores representam asséries. Os corredores

são decorados comelementos artísticos eabrigam esculturas e

auto-retrato de Hundert.Vistas de fora, as janelas

são contornadas por

linhas coloridas de diversasespessuras.

Infelizmente, Hundert não pôde vero projeto concluído. Ele morreu de

ataque cardíaco no dia 19 defevereiro de 2000, a bordo do navio

Rainha Elizabeth II.

* Elaine Martins é funcionária daExpoente Soluções Pedagógicas e

Tecnológicas Ltda. e visitou a escolaMartin Luther Gymnasiums, em agosto

de 2004.

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A educadora chama atençãoainda para o momento críticovivido hoje na educação. “A maiorparte das instituições de ensinosupervalorizam apenas odesenvolvimento cognitivo e atransmissão da informação para oaluno. É a quantidade emdetrimento da qualidade. Por outrolado, a escola requer um professormais crítico, criativo, que participe,que empreenda. Ele não ésimplesmente um agente demudanças, mas faz parte delas.Isso exige uma reformulação nasua prática pedagógica, naelaboração de um projetopedagógico mais integral equalitativo”, resume.

As cobranças são tantas queacabam tornando a relação entreprofessores e alunos um completoestresse. “A escola contemporâneaestá pequena demais e os alunosnão dão o retorno desejado. Estãosempre aquém das expectativasdo educador. Para a quebradesses paradigmas é precisoinvestir na formação docente, poiso professor é um coordenador degrupos e os currículos delicenciatura não incluem uma sódisciplina de Gestão de RecursosHumanos”, comenta Carmem.

O problema da formação éainda mais grave no nível superior.Muitos professores que atuam emgraduações e pós-graduações sãoprofissionais qualificados nas áreasem que trabalham, mas nãoreceberam uma formaçãoespecífica para dar aulas. “Não hácomo escapar, percebemos anecessidade urgente da criação decursos de formação continuadapara os professores universitários”,afirma Elisa. “A formação nocampo das ciências cognitivasdeveria ser um pré-requisito para oprofessor entrar em sala de aula. Ainstituição deveria se preocuparcom todo o aparato metodológiconecessário para dar condições aodocente de exercer sua missãocom efetividade”, completaCarmem.

É preciso um esforço pessoaldo professor para manter a

harmonia em sala de aula. Afinal,a principal queixa dos educadoreshoje é a falta de disciplina de seusalunos. “Em muitos contextoseducacionais, os professoresgastam muito tempo tentandoincutir nos alunos princípios derespeito mútuo e, quando sobratempo, ensina-se algum conteúdoespecífico. A escola podecomplementar e participar daeducação básica dos alunos, masnão pode ser responsável portudo”, diz a professora da UniExp.

A melhor maneira de resolveressa situação é criar um ambientede paixão pelo conhecimento. “Oprofessor, como um coordenadorde grupos, precisa aprender aseduzir seu público.Ao recriar o conhecimento deforma sedutora, ele estarápassando as regras, disciplinandoe moralizando. Portanto, suaparcela nesse processo deve serepistêmica e não moral. Amoralização precisa vir da família ea escola deve estar apta aestabelecer essa consciência emseus parceiros”, analisa MariaCarmem.

Isso não significa que oprofessor deve deixar os alunosfazerem o que quiserem em sala. Épreciso manter a autoridade, masjamais usar do autoritarismo, tãocomum na época em que oseducadores de hoje eramestudantes. “Não há mais espaçopara o autoritarismo e sim para anegociação. A escola deste séculonos obriga a rever os nossosparadigmas”, resume a autora. “Arelação entre professor e alunodeve ser permeada pelo respeito,pelo diálogo e, acima de tudo, oeducador deve passarcredibilidade nas suas ações.

Cursos de formação continuada eleitura de títulos na área dePsicologia, Filosofia, Sociologia eDidática também ajudambastante”, indica Elisa.

No dia-a-dia os pequenosproblemas podem ser resolvidoscom ações simples. O primeiropasso é o professor analisar segosta do que faz, pois, quandoestamos insatisfeitos, osproblemas tomam uma dimensãomaior do que têm na realidade.Outra boa tática é estabelecerregras como avaliação,comportamento e formas detrabalho no início do períodoescolar.

O mais importante, no entanto,é buscar uma postura de escuta eposição de diálogo. Inovar,entender, compreender e respeitaras diferenças.

Mas não se culpe se você gostamais de um aluno do que de outro.É normal termos mais afinidadecom algumas pessoas e menoscom outras. Isso aconteceinclusive entre os nossosfamiliares. “Situações de conflitocom origem afetiva entre professore aluno acontecemindependentemente donível de ensino.Alguns teóricos da educação àluz da psicologia acham que essarelação positiva ou negativainfluencia no processo deaprendizagem de qualquerdisciplina. Outros nem citam essarelação em sua proposta teórica.O professor deve agir comprofissionalismo e pensar quesua principal função é promover aaprendizagemindependentemente de suaempatia por determinado aluno”,resume a professora.

“Os baixos salários não são exclusividade do magistério.Esse quadro se repete nas mais diversas profissões noBrasil. A influência ou não desse fator na postura profissionaldepende, da forma como o professor encara essas dificul-dades. Grande parte deles tenta trabalhar o melhor possíveldentro das possibilidades ofertadas.”

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1. Defina o cenário da sua escola. Como ela está

situada no mercado nacional e local? Qual é a visão

que os clientes (pais e alunos) têm dela? Como a

concorrência e os funcionários a vêem?

2. Faça uma análise SWOT da empresa.

Estabeleça os pontos fortes, os fracos, as ameaças

e as oportunidades. Corrija os pontos fracos,

divulgue os fortes, aproveite as oportunidades e

previna-se contra as ameaças.

3. Colete dados e notícias sobre a área

educacional constantemente. Munido de

informação, é mais fácil prever o futuro do setor.

4. Divulgue o planejamento estratégico a todos

os funcionários da escola. Faça com que todos

interajam e o coloquem em prática.

5. Defina como monitorar a execução do plano.

Realize reuniões periódicas com diretores e

coordenadores e avalie o que está dando certo e o

que precisa ser corrigido.

Passos para elaborar e executar

o planejamento estratégico

desvantagens também em relaçãoàs outras escolas e observandoameaças e possíveis novasoportunidades de negócio, adireção coloca em prática uma dasmais importantes e difundidasestratégias de administração, quetem proporcionado sucesso aempresas de diversos mercados epaíses.

Com o planejamento elaborado,é hora de colocá-lo em prática e,portanto, é o momento também deenvolver todos os funcionários daescola. Sem a participação deles,as idéias para alcançar o sucessoficam estáticas, restritas ao papel.Para não perder a condução doplano, o diretor, ou alguémdesignado por ele, pode monitorá-lo periodicamente, como sugere oprofessor Machado. “O diretordeve escolher algumasferramentas que possibilitem omonitoramento constante doplanejamento. Uma delas são osindicadores de desempenho paraas principais funções da escola.Com os indicadores, todos podemacompanhar o seu desempenho edo próprio planejamento”, diz ele.Esse monitoramento é importantepois o cenário não é fixo, mudaconstantemente e, portanto, oplanejamento precisa ser flexívelpara adaptar-se às mudanças econtinuar eficiente na busca doobjetivo de alcançar o sucesso. “Omonitoramento constante daestratégia é muito mais importante

que o planejamento formalestruturado e datado”, adverteMachado. Uma forma de monitorá-lo é realizar reuniões periódicascom os principais agentes do

planejamento para verificar o queestá dando certo e o que estáfugindo do controle (e comocontornar a situação).

O feedback de umplanejamento estratégico precedeo início do próximo. Ao constatarerros e acertos obtidos com asestratégias, a escola traça novoscaminhos para a conquista doobjetivo eterno: o sucesso. Paraauxiliar a elaboração e execuçãodo planejamento, o professorMachado propõe como sugestãode leitura o livro Estratégia eSucesso nas Empresas, de SérgioZaccarelli, que não é especificosobre a área de educação maselucida dúvidas dos diretores queprecisam assumir a postura deadministradores dentro da escola-empresa.

Planejamento estratégico das instituições pode ser melhorado.

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Escola Interativaé TOP 3

O Portal Escola Interativa ficouentre os TOP 3 no prêmio iBest,maior premiação nacional de sitese portais. Durante oito meses, opúblico usuário de internet e umjurado especializado avaliarammilhares de sites, classificados emdiversas categorias. O PortalEscola Interativa foi escolhido pelocorpo de jurados como um dostrês melhores sites do Brasil nacategoria Educação e Treinamento,classificação conquistada emfunção da qualidade apresentadaem quesitos como design,navegabilidade e conteúdo.

VVVVVestiba Digitalestiba Digitalestiba Digitalestiba Digitalestiba DigitalExpoente lança produto inédito no Brasil

O Expoente lança uma novasolução pedagógica: o VestibaDigital. É uma idéia inovadora quepermite às escolas ofereceremum curso pré-vestibularcom qualidade pormeio de um aparelhode DVD e umtelevisor. Gravadascom tecnologia deponta, as 395aulas podem serreproduzidas emsala, sem perda dequalidade e com amesma dinâmica deuma aula presencial.

O Vestiba Digital é pioneirono Brasil e vai beneficiar,sobretudo, as prefeituras demunicípios localizados longe dosgrandes centros urbanos e que,

atualmente, financiam o transportede seus alunos para as capitais oucidades maiores. “Com o VestibaDigital, o aluno da cidade periférica

não terá mais de sedeslocar aos grandes

centros urbanos epagar pormensalidades que,muitas vezes, nãocondizem com suasituaçãofinanceira”, afirma o

diretor-geral daOrganização

Educacional Expoente,Armindo Angerer.

“Estamos lançando umasolução inédita para que asescolas possam oferecer pré-vestibular de alta qualidade”,complementa. O Vestiba Digital,

porém, não é restrito à redepública, escolas particularestambém podem adquiri-lo.

A novidade é composta de umkit com as 395 aulas em DVD –mais de 17 mil horas-aula – e umasérie de materiais de apoioimpressos, um para cada aluno:quatro volumes de materialdidático, um exemplar deprodução de texto, um volumecom questões de vestibularesregionais, outro com seisvestibulares simulados e acesso aoPortal Escola Interativa.

O Vestiba Digital já estádisponível para venda pelotelefone 0800 41 44 24, por meiodo qual também é possívelconhecer todos os detalhes dessanova solução pedagógicaExpoente.

De acordo com a supervisorado Portal Escola Interativa, DanielleLourenço, a participação dasescolas parceiras que utilizam oPortal foi importante para aconquista do prêmio. “A primeiraetapa do prêmio privilegiavaunicamente a quantidade de votose recebemos muitos das nossasescolas conveniadas”, comemoraela.

Como explica Danielle, oconteúdo do Portal acompanha aevolução do material didático doExpoente e sempre buscaincorporar novidades, visando aouso pedagógico. “A equipe detrabalho do Portal Escola Interativamantém um planejamento anual.Tudo o que é pesquisado ou

indicado pelo Portal écriteriosamente analisado e podeser usado com muita segurança”,afirma Danielle.

Além de professorese alunos, as

famílias dos estudantes tambémtêm acesso ao Portal, que trazdicas de leituras e artigos dosprofissionais do Expoente e dasescolas conveniadas. Acessewww.escolainterativa.com.br econheça melhor o Portal TOP 3 doiBest!

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No início era uma Feira deCiências, mas como o próprionome sugere, os assuntos ficavamrestritos a poucas disciplinas. Paraampliar o conteúdo dos projetosapresentados pelos alunos, ocolégio Cecília Meireles dePalotina, Oeste do Paraná,resolveu inovar e criou a Projetec,uma mostra que abre espaço paraque os estudantes divulguem seusprojetos que incluem diversasdisciplinas.

Em março de 2004, professorese coordenadores definiram ostemas que seriam abordadosdurante todo aquele ano letivo, emcada série. A turma do maternaltrabalhou com o Mundo das Artes.O Jardim I incluiu em suasatividades o assunto Aprendendocom os Números. As Histórias emQuadrinhos de Maurício de Souzafoi o tema desenvolvido pelascrianças da 1a. série do EnsinoFundamental. A 2a. série produziu ojornal Amigo informativo. Unidas,

Crianças de Palotinaparticipam da Projetec

as turmas da 3a. e 4a. séries trataramdo tema Saber e Saúde, e osalunos de 5a. a 7a. série abordaram oTabagismo.

Todos os trabalhos foramapresentados no dia 22 deoutubro, num evento que levou àescola mais de mil pessoas. Adivulgação foi a peça chave paraatrair a atenção de tanta gente.Segundo a diretora Marily, foramproduzidos convites, fôlderes e atépropaganda boca-a-boca foi feitapara chamar a atenção. Oresultado não poderia ter sidomelhor.

Para entender o processo defabricação do pão, os alunos de 3a.e 4a. séries foram a uma plantaçãode trigo e compreenderam que oalimento passa por diversosprocessos até chegar à mesa.Entendido os sistema defabricação do pão, foi a vez de elescolocarem a mão na massa. Ospequenos fizeram bolachas, docese pães, que foram consumidos na

hora do lanche. “Eles entenderamque, quanto mais natural a comida,melhor ela é. Além disso, aProjetec permite que os alunosaprendam também fora das quatroparedes da escola”, afirma adiretora.

Outro resultado positivo foiconquistado pelos estudantes de5a. e 7a. séries. Depois de tantaleitura a respeito dos malescausados pelo cigarro, eles atéconvenceram alguns pais a pararde fumar.

Escola de Cuiabá promoveIX Amostra Cultural

A biodiversidade, temaenfocado durante o ano de 2004no Material Didático Expoente, foitambém o assunto de um projetoescolar desenvolvido no ColégioCentro Oeste, em Cuiabá, MatoGrosso. Temas como aproblemática do lixo, agrotóxicos,água, alimentação, borboletas,abelhas e orquídeas foramestudados durante o ano letivo e aapresentação dos trabalhos foi noparque Mãe Bonifácia, uma áreaverde de 77 alqueires, que estásendo reflorestada. Assuntosgerais como O que é aBiodiversidade e A Ação do

Homem no Meio Ambiente foramos temas tratados pelas criançasda Educação Infantil.

Após a apresentação dostrabalhos escolares, houve umdebate para avaliar a iniciativa. Aconstatação unânime foi que oevento proporcionou melhordesenvolvimento aos estudantes,ajudando na desinibição e nacomunicação deles.

[ conveniadas ]

Divulgue os projetos inovadores da sua escola na Impressão Pedagógica. Assim, você pode expor aqualidade da sua instituição e trocar experiência com as mais de 700 escolas conveniadas àOrganização Educacional Expoente.Encaminhe texto e fotos para o endereço: Av. Sete de Setembro, 4476 - 4o. andar - CEP 80250-010Curitiba-Paraná – A/C Assessoria de ComunicaçãoSe preferir, pode mandar o material via e-mail, para um dos seguintes endereços:[email protected] ou [email protected]

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A arquitetura, como parte da história dahumanidade, refletindo seus passos,testemunho da trajetória das civilizações, refletealgumas vicissitudes. A necessidade desoluções de rápido consumo criou um vastomercado para edificações de fachada, comsoluções volumétricas mirabolantes paraedifícios residenciais e escritórios, cada qualbuscando ser a atração principal do seucontexto.

Despreza-se a hierarquia arquitetônicadesejável dos bons espaços urbanos, criandocidades compostas em que tudo tanto se

destaca que nada verdadeiramente se destaca. Formam-se espaços quelembram os luminosos de Las Vegas ou Tóquio, cada qual buscandosobrepor-se ao outro. Uma das conseqüências disso é que hoje seimagina o profissional de arquitetura como quem dará novas soluçõesestéticas, esquecendo-se de que estas são apenas pontas de icebergs.

Arquitetura de edificações escolaresO espaço arquitetônico deve ser entendido não como o invólucro em

que se desenvolvem os procedimentos e as atividades escolares, mascomo parte importante do processo pedagógico, o espaço arquitetônicoprovoca alterações psicológicas nos indivíduos que dele usufruem.

Cores sugerem relaxamento ou sinergia; o arranjo espacial pode gerartensões ou alívio; o tratamento acústico, a ventilação e a iluminaçãoadequados interferem no aproveitamento de discentes, docentes e dacomunidade envolvida. A estética adotada pode gerar conflitos ouharmonia. O resultado plástico do conjunto não deve ser um objetivo emsi, mas o resultado da relação entre a técnica, a plástica e a função.

O processo de rearquiteturaA intervenção arquitetônica em espaços arquitetônicos já existentes é

chamada historicamente de rearquitetura. Trata-se de alteração oucomplementação do espaço arquitetônico previamente existente. Oestudo de uma intervenção arquitetônica ou conjunto de edifícios requerque se tenha em mente a relação entre “o todo e as partes”. Ao semodificarem as partes, necessariamente altera-se o todo. Para que oresultado tenha qualidade, precisa-se considerar o todo para se definiremas intervenções que serão feitas nas partes.

Para que um processo de rearquitetura seja bem sucedido, énecessário dar ênfase ao procedimento de diagnóstico, ou seja, analisaraspectos físicos das edificações existentes e suas funções.

O diagnóstico deve fornecer dados para que se encontre a soluçãoadequada para a definição das áreas que devem ser preservadas,reformadas, ampliadas ou demolidas; quais novas edificações,benfeitorias e tratamentos deverão ser implementados. O resultado é aconfiguração de um plano diretor que deverá nortear as intervenções quevenham a ser efetuadas no conjunto arquitetônico.

Gilson Werneck *

A arquiteturadescartável

Magus – a fantástica história deNostradamusAutor: Valerio EvangelistiEditora: Bertrand BrasilComentário: Tereza Cristina GambusFaria, professora de História de 5a. a 8.a

série do Ensino Fundamental

O livro aborda avida deNostradamus,mostrando a sualuta para ser aceitona sociedadefrancesa do séculoXVI. Além disso,

como pano de fundo, sãomostrados os costumes daEuropa, que passava por umperíodo de transição entre o finalda Idade Média e o início daModerna. O livro desmistifica afigura de Nostradamus, além deapresentar um conteúdo históricomuito interessante.

Children Learning EnglishAutora: Jayne MoonEditora: MacmillanHeinamannComentário: PatriciaHelena Haas deMacedo, professora deInglês da EducaçãoInfantil à 8.a série doEnsino Fundamental

O livro aborda oprocesso de ensinoe aprendizagem delíngua inglesa porcrianças queestudam inglêscomo línguaestrangeira. Ele

oferece discussões, atividadesvariadas e exemplos de vida reaisretirados das salas de aula domundo todo para ajudar osprofessores de língua inglesa.Trata-se de uma fonte inesgotávelde reflexão sobre teoria e práticano processo de ensino eaprendizagem de uma línguaestrangeira.

[ artigo ] [ livros ]

*Gilson Werneck é arquiteto

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