Impressionismo
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IMPRESSIONISMO
O Impressionismo foi um género revolucionário de pintura que surgiu em França na segunda metade do séc. XIX.
Os pintores anteriores tinham trabalhado nos seus estúdios e pintado as cenas de exterior de memória ou a partir de esboços. Os impressionistas estiveram entre os primeiros a levar para a rua os seus cavaletes, pintando de imediato aquilo que viam.
Em consequência, pintaram objectos - uma árvore, uma montanha, um campo de trigo - não como achavam que essas paisagens deviam parecer mas como as viam, com uma determinada luz, numa determinada altura do dia.
Por exemplo a folhagem verde, vista ao longe, parece azul, as sombras não são simplesmente cinzento-escuro ou castanho, mas podem assumir algumas das cores que as rodeiam. Os contornos de uma montanha, vistos contra o céu azul, perdem a solidez.
O efeito é quase como se os pintores tivessem acrescentado uma dimensão extra à realidade.
A principal preocupação dos impressionistas prendia-se com todos os aspectos de luz em exteriores. Para tal, tiraram partido de três importantes inovações.
A primeira foi a máquina fotográfica, utilizavam as fotografias que tiravam para estudarem a suspensão do movimento bem como objectos e paisagens vistos de ângulos invulgares.
A segunda inovação, não menos importante foi a produção de bisnagas de tinta de fácil transporte. Até então os artistas tinham de misturar as tintas na paleta, antes de as aplicarem na tela, assim, libertaram-se desta restrição física.
O terceiro desenvolvimento técnico de valor resultou de pesquisas efectuadas no domínio da óptica, que vieram mostrar que era possível serem criadas ilusões de óptica, colocando certas cores lado a lado.
As cores intensas e brilhantes são características da pintura impressionista.
Se observarmos de perto muitos quadros impressionistas, podemos ver as pinceladas com muita nitidez, porém, se recuarmos, as formas tornar-se-ão sólidas e a estrutura da imagem clara.
A pintura impressionista não foi bem aceite por ser demasiado revolucionária. Muitos impressionistas estiveram representados no Salão dos Rejeitados, constituindo-se um grupo próprio.
Tempos depois, alguns dos melhores impressionistas como Monet e Manet, afastaram-se do grupo e desenvolveram os seus próprios estilos, marcadamente individuais.
Orientações Gerais que caracterizam a pintura impressionista
- A pintura deve mostrar as tonalidades que os objectos adquirem ao reflectir a luz do sol num determinado momento, pois as cores da natureza mudam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
- As figuras não devem ter contornos nítidos.
- As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam. O preto jamais é usado numa obra impressionista plena.
- Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim um amarelo próximo a um violeta produz um efeito mais real do que um claro-escuro muito utilizado pelos academistas no passado. Essa orientação viria dar mais tarde origem ao pontilhismo
- As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas no quadro em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as varias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se tornar óptica.
- Entre os principais expoentes do Impressionismo estão Claude Monet, Edgar Degas e Renoir