Impressionismo e Pontilhismo

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Impressionismo e Pontilhismo 04 11 09

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Impressionismo e Pontilhismo

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o Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX.

Os pintores impressionistas procuraram, a partir da observação direta do efeito da luz solar sobre os objetos, registrar em suas telas as constantes alterações que essa luz provoca nas cores da natureza.

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Na realidade, não houve nenhuma teoria que orientasse a criação artística desses pintores.

Havia apenas algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista.

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Essas considerações podem ser assim resumidas:

A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.

As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar as imagens.

As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.

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Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.

As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros, em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final.

A mistura deixa, portanto, de ser técnica para ser óptica.

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Círculo cromático

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A primeira vez que o público teve cantata com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura.

Entre os expositores estavam Renoir, Degas, Pissarro, Cézanne,Sisley, Monet e Morisot.

Só na década seguinte é que os impressionistas começaram a ser compreendidos pela crítica e pelo público. Depois de 1945 o governo francês criou, em Paris, o Museu Jeu de Paume, conhecido também como Museu dos Impressionistas.

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Monet: as cores inconstantes da natureza

A grande preocupação de Claude Monet (1810-1926) são as pesquisas com a luz solar refletida nos seres humanos e na natureza.

O quadro Mulheres no Jardim marca o início dessa fase em sua pintura.

A partir daí, Monet entusiasma-se pela pintura ao ar livre, que lhe permite recriar os efeitos da luz do Sol diretamente da natureza, como podemos ver em: Impressão, pôr-do-sol. / Impressão, nascer do sol .

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Mulheres no Jardim

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Impressão, nascer do solClaude Monet, c. 1872óleo sobre tela48 × 63 cmMuseu Marmottan

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O melhor exemplo dessa preocupação de Monet pelo registro dos efeitos da luz pode ser observado na série de quadros que pintou da catedral de Rouen.

Tomando como tema a fachada dessa construção gótica, o artista pintou a em vários momentos do dia, registrando assim as diferentes impressões que o edifício lhe causava.

Foi esse encanto que sentia pela luz e a ousadia em representá-la tão intensamente que o tornaram chefe dos impressionistas.

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Renoir: a alegria e o otimismo do fimdo século XIX

Pierre Auguste Renoir (1841-1919) foi o pintor impressionista que ganhou maior popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica ainda em vida.

Seus quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX.

Exemplo disso é o famoso Baile no Moulin de la Galette, em que as pessoas movimentam-se numa atmosfera feliz de cores e sorrisos

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O baile no moulin de la galettePierre-Auguste Renoir, 1876Óleo sobre tela131 × 175 cmMuseu de Orsay Paris

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Desde 1869, depois de superar as influências de Courbet, um pintor realista já consagrado, Renoir manifestava claramente sua adesão ao movimento impressionista com La Grenouillière.

Nessa tela, ele retrata uma cena segundo a impressão determinada pela luz solar num momento efêmero de um dia alegre. Podemos observar aí o princípio óptico do Impressionismo: as manchas coloridas unidas visualmente pelo observador compõem um todo percebido como uma reunião festiva.

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La Grenouillière (1869), deRenoir.

Dimensões:66cm x 81,3 cm.National museum,Estocolmo.

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Esse quadro está ligado a um acontecimento interessante: a cena representada foi pintada ao mesmo tempo por Monet e Renoir.

Esse fato, além de ter dado fama às duas telas, mostra bem como os dois artistas estavam empenhados em explorar as superfícies refletoras de luz, tal como a água de La Grenouillière.

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Banhistas na Grenouillière

Claude Monet, 1869

óleo em tela

National Gallery of London, Londres

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Degas: O ambiente fechado, a luz artificial e a influência da fotografia

Apesar de ter feito parte do grupo dos impressionistas, Edgar Degas (1834-1917) teve nele uma posição muito pessoal.

Sua formação acadêmica e sua admiração por lngres fizeram com que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que era a grande paixão do Impressionismo.

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Além disso, foi pintor de poucas paisagens e cenas ao ar livre.

Os ambientes de seus quadros são interiores e a luz é artificial. Sua grande preocupação era flagrar um instante da vida das pessoas, apreender um momento do movimento de um corpo ou da expressão de um rosto.

Exemplo disso são suas telas com bailarinas, tais como Ensaio de Balé, No Palco, Quatro Bailarinas em Cena e O Ensaio.

Observando O Ensaio, vemos a leveza dos movimentos, a delicadeza das cores em pastel e a sutileza do desenho.

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A contribuição mais importante de Degas para a pintura moderna é a angulação oblíqua e o enquadramento das cenas, com objetos e pessoas em primeiro plano, o que dá maior profundidade à composição.

Essa característica revela a grande influência que a fotografia exerceu sobre ele. É inegável, por exemplo, a semelhança de muitos de seus quadros com fotografias instantâneas, pois as pessoas são pintadas como se tivessem sido imobilizadas em plena ação que realizam, despreocupadas com a presença do artista

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Pontilhismo Em 1886 realizou-se a última exposição coletiva do grupo de

artistas impressionistas. Dessa exposição participaram dois pintores que dariam uma nova tendência ao movimento: Georges Seurat (1859-1891) e Paul Signac (1863-1935).

Basicamente, o trabalho desses dois artistas aprofundou as pesquisas que os impressionistas realizaram quanto à percepção óptica.

Seurat, principalmente, acabou reduzindo as pinceladas a um sistema de pontos uniformes que, no seu conjunto, dão ao observador a percepção de uma cena.

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Essa técnica foi chamada de Pontilhismo e Divisionismo, porque as figuras, na tela, são representadas em minúsculos fragmentos ou pontos, cabendo ao observador percebê-las como um todo plenamente organizado.

Dentro dessa tendência, os quadros mais famosos de Seurat são Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte e O Circo, e de Signac, Margens do Rio e Veleiros do Porto.

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Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte

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O circo

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Paul Signac

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ARTISTA MANET MONET RENOIR DEGAS

TEMAS Atualizou temas dos Antigos Mestres, pintou cenas contemporâneas com visão crítica

Paisagem marinhas, séries sobre campos de papoulas, rochedos, montes de feno, a Catedral de Ruen; fase final da obra: nenúfares aquáticos quase abstratos

Nus femininos voluptuosos, com pele de pêssego, o café-society, criança, flores

Retratos em pastel de figuras humanas em pausa após a ação; bailarinas, corridas de cavalo, cfé-society, lavadeiras, circo; fase final da obra: nus no banho

CORES Manchas escuras contra luz, usava o preto como acento; inicial: escuro; final:colorido

Tons solares, cores primárias puras em pinceladas uma ao lado da outra ( as sombras eram cores complementares em pinceladas uma ao lado da outra)

Vermelhos ricos, cores primárias, detestava o preto – usava o azul em seu lugar

Tons vistosos lado a lado para obter vibração; inicial: pastel suave; final: vastas lambuzadas de pastéis em cores ácidas

ESTILO Formas simplificadas com um mínimo de modelo, manchas de cor chapada com contorno em preto

Dissolvida a forma em luz e clima, contornos suaves, ar impressionista clássico

Inicial: pinceladas rápidas, figuras manchadas misturadas ao fundo nublado; final: estilo mais clássico, nus solidamente formados

Ângulos não convencionais com as figuras amontoadas na beira da tela, composição assimétrica com vazio no centro

RECO-

MENDA-ÇÃO

Não era um grande teórico, mas disse: o artista procura simplesmente ser ele mesmo e mais ninguém

Tente esquecer que objetos tem à sua frente, árvore, casa, campo ou o que for. Pense apenas: Aqui está um quadradinho azul, aqui uma forma oblonga cor-de-rosa, aqui uma faixa amarela e pinte-a exatamente como você a vê.

Pinte com alegria, com a mesma alegria com que faria amor com uma mulher.

Mesmo quando trabalha a partir da natureza, a pessoa tem que compor.