Independência Do Brasil

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Independência do Brasil Independência do Brasil é um processo que se estende de 1821 a 1825 e coloca em violenta oposição o Reino do Brasil eo Reino de Portugal, dentro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. As Cortes Gerais e Ex- traordinárias da Nação Portuguesa, instaladas em 1820, como uma consequência da Revolução Liberal do Porto, tomam decisões, a partir de 1821, que tinham como ob- jetivo reduzir novamente o Brasil ao seu antigo estatuto colonial. Antecedendo o processo de independência do Brasil, mas com fortes influências sobre o mesmo, ocorre a transferência da corte portuguesa para o Brasil. Em 1807, o exército francês invadiu o Reino de Portugal que se re- cusa a se juntar ao ´bloqueio continental contra o Reino Unido. Incapaz de resistir ao ataque, a família real e o governo português fugiram para o Brasil, que era então a mais rica e desenvolvida da colônia lusitana [1][2] . A ins- talação do Tribunal de Justiça no Rio de Janeiro traz uma série de transformações políticas, econômicas e sociais que levam à decisão do Príncipe Regente D. João, con- sumada em 16 de dezembro de 1815, de elevar o Brasil à condição de reino, unido com sua ex-metrópole. Porém, em 1820, uma revolução liberal eclodiu em Portugal e a família real foi forçada a retornar para Lisboa. Antes de sair, no entanto, D. João nomeia o seu filho mais velho, D. Pedro de Alcântara de Bragança, como Príncipe Regente do Brasil (1821). Fiel ao seu pai, o príncipe-regente vê sua condição complicada pela von- tade política das cortes portuguesas em repatriá-lo e de retornar o Brasil ao seu antigo estatuto colonial. Oficial- mente, a data comemorada para independência do Brasil é a de 7 de setembro de 1822, em que ocorreu o chamado "Grito do Ipiranga", às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo). Em 12 de outubro de 1822, o prín- cipe foi proclamado imperador pelo nome de Pedro I eo país leva o nome de Império do Brasil. Assim começou a guerra de independência que vê nascer e atuar o exército brasileiro, formado a partir das tropas coloniais portuguesas, contra aquelas que permaneceram fiéis ao Reino de Portugal em algumas partes do país, evi- tando a desfragmentação do território. [3] . Em meio ao conflito, há o levantamento da Confederação do Equador, que pretendia formar seu próprio governo, republicano, mas foi duramente reprimido. Depois de três anos de conflito armado, Portugal finalmente reconheceu a inde- pendência do Brasil, e em 29 de agosto de 1825 foi assi- nado o Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Bra- sil e Portugal. Em troca, o Brasil se comprometeu a pagar ao Reino de Portugal uma indenização substancial e as- sinar um tratado de comércio com o Reino Unido, para indenizá-lo por sua mediação. 1 Antecedentes 1.1 Origem do Brasil A terra agora chamada Brasil (nome cuja origem é con- testada) foi reivindicada por Portugal em abril de 1500, com a chegada da frota portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral. [4] A colonização foi efetivamente iniciada em 1534, quando D. João III dividiu o território em doze capitanias he- reditárias, [5][6] mas esse arranjo se mostrou problemá- tico, e em 1549 o rei atribuiu um governador-geral para administrar toda a colônia. [7][8] Os portugueses assimi- laram algumas das tribos nativas, [9] enquanto outras fo- ram escravizadas ou exterminadas por doenças europeias para as quais não tinham imunidade, [10][11] ou em lon- gas guerras travadas nos dois primeiros séculos de colo- nização, entre os grupos indígenas rivais e seus aliados europeus. [12][13][14] Em meados do século XVI, quando o açúcar de cana tornou-se o mais importante produto de exportação do Brasil, [15] os portugueses iniciaram a importação de es- cravos africanos, comprados nos mercados de escravos da África ocidental. [16][17] Assim, estes começaram a ser trazidos ao Brasil, inicialmente para lidar com a crescente demanda internacional do produto, naquele que foi cha- mado ciclo da cana-de-açúcar. [18][19] 1.2 Transferência da corte portuguesa A partir de 15 de julho de 1799, o Príncipe do Brasil, D. João Maria de Bragança, tornou-se príncipe-regente de Portugal, pois sua mãe, a rainha D. Maria I, foi declarada louca pelos médicos. Os acontecimentos na Europa, onde Napoleão Bonaparte se afirmava, sucederam-se com ve- locidade crescente. Desde 1801 que se considerava a ideia da transferência da corte portuguesa para o Brasil. As facções no governo português, entretanto, se dividiam: a facção anglófila, partidária de uma política de preservação do Império Co- lonial Português e do próprio Reino, através do mar, apoi- ados na antiga aliança Luso-Britânica; e a facção francó- fila, que considerava que a neutralidade só poderia ser 1

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Independência do Brasil

Independência do Brasil é um processo que se estendede 1821 a 1825 e coloca em violenta oposição o Reinodo Brasil e o Reino de Portugal, dentro do Reino Unidode Portugal, Brasil e Algarves. As Cortes Gerais e Ex-traordinárias da Nação Portuguesa, instaladas em 1820,como uma consequência da Revolução Liberal do Porto,tomam decisões, a partir de 1821, que tinham como ob-jetivo reduzir novamente o Brasil ao seu antigo estatutocolonial.Antecedendo o processo de independência do Brasil,mas com fortes influências sobre o mesmo, ocorre atransferência da corte portuguesa para o Brasil. Em 1807,o exército francês invadiu o Reino de Portugal que se re-cusa a se juntar ao ´bloqueio continental contra o ReinoUnido. Incapaz de resistir ao ataque, a família real e ogoverno português fugiram para o Brasil, que era então amais rica e desenvolvida da colônia lusitana[1][2]. A ins-talação do Tribunal de Justiça no Rio de Janeiro traz umasérie de transformações políticas, econômicas e sociaisque levam à decisão do Príncipe Regente D. João, con-sumada em 16 de dezembro de 1815, de elevar o Brasil àcondição de reino, unido com sua ex-metrópole.Porém, em 1820, uma revolução liberal eclodiu emPortugal e a família real foi forçada a retornar paraLisboa. Antes de sair, no entanto, D. João nomeia oseu filho mais velho, D. Pedro de Alcântara de Bragança,como Príncipe Regente do Brasil (1821). Fiel ao seu pai,o príncipe-regente vê sua condição complicada pela von-tade política das cortes portuguesas em repatriá-lo e deretornar o Brasil ao seu antigo estatuto colonial. Oficial-mente, a data comemorada para independência do Brasilé a de 7 de setembro de 1822, em que ocorreu o chamado"Grito do Ipiranga", às margens do riacho Ipiranga (atualcidade de São Paulo). Em 12 de outubro de 1822, o prín-cipe foi proclamado imperador pelo nome de Pedro I e opaís leva o nome de Império do Brasil.Assim começou a guerra de independência que vê nascere atuar o exército brasileiro, formado a partir das tropascoloniais portuguesas, contra aquelas que permaneceramfiéis ao Reino de Portugal em algumas partes do país, evi-tando a desfragmentação do território.[3]. Em meio aoconflito, há o levantamento da Confederação do Equador,que pretendia formar seu próprio governo, republicano,mas foi duramente reprimido. Depois de três anos deconflito armado, Portugal finalmente reconheceu a inde-pendência do Brasil, e em 29 de agosto de 1825 foi assi-nado o Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Bra-sil e Portugal. Em troca, o Brasil se comprometeu a pagarao Reino de Portugal uma indenização substancial e as-

sinar um tratado de comércio com o Reino Unido, paraindenizá-lo por sua mediação.

1 Antecedentes

1.1 Origem do Brasil

A terra agora chamada Brasil (nome cuja origem é con-testada) foi reivindicada por Portugal em abril de 1500,com a chegada da frota portuguesa comandada por PedroÁlvares Cabral.[4]

A colonização foi efetivamente iniciada em 1534, quandoD. João III dividiu o território em doze capitanias he-reditárias,[5][6] mas esse arranjo se mostrou problemá-tico, e em 1549 o rei atribuiu um governador-geral paraadministrar toda a colônia.[7][8] Os portugueses assimi-laram algumas das tribos nativas,[9] enquanto outras fo-ram escravizadas ou exterminadas por doenças europeiaspara as quais não tinham imunidade,[10][11] ou em lon-gas guerras travadas nos dois primeiros séculos de colo-nização, entre os grupos indígenas rivais e seus aliadoseuropeus.[12][13][14]

Em meados do século XVI, quando o açúcar de canatornou-se o mais importante produto de exportação doBrasil,[15] os portugueses iniciaram a importação de es-cravos africanos, comprados nos mercados de escravosda África ocidental.[16][17] Assim, estes começaram a sertrazidos ao Brasil, inicialmente para lidar com a crescentedemanda internacional do produto, naquele que foi cha-mado ciclo da cana-de-açúcar.[18][19]

1.2 Transferência da corte portuguesa

A partir de 15 de julho de 1799, o Príncipe do Brasil, D.João Maria de Bragança, tornou-se príncipe-regente dePortugal, pois sua mãe, a rainha D. Maria I, foi declaradalouca pelos médicos. Os acontecimentos na Europa, ondeNapoleão Bonaparte se afirmava, sucederam-se com ve-locidade crescente.Desde 1801 que se considerava a ideia da transferênciada corte portuguesa para o Brasil. As facções no governoportuguês, entretanto, se dividiam: a facção anglófila,partidária de uma política de preservação do Império Co-lonial Português e do próprio Reino, através domar, apoi-ados na antiga aliança Luso-Britânica; e a facção francó-fila, que considerava que a neutralidade só poderia ser

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obtida através de uma política de aproximação com aFrança. Ambas eram apoiadas pelas lojas maçônicas querde origem britânica, quer de origem francesa. Considere-se ainda que as ideias iluministas francesas circulavamclandestinamente em livros, cada vez mais abundantes.

Transferência da corte portuguesa para o Brasil

A decretação do Bloqueio Continental em Berlim (1806)tornou mais difícil a neutralidade Portuguesa. Em 1807,o Tratado de Fontainebleau dividiu arbitrariamente Por-tugal em três reinos. Desde Outubro desse ano, Jean-Andoche Junot, antigo embaixador francês em Lisboa,preparava-se para invadir Portugal. Foi nesse contextoque D. João pactuou com a Grã-Bretanha a transferên-cia do governo para o Rio de Janeiro, sob a proteção dosúltimos.Com a invasão francesa de Portugal em progresso, a 29 denovembro de 1807 iniciou-se a viagem da Família Reale da Corte Portuguesa. Dezoito navios de guerra portu-gueses e treze britânicos escoltaram mais de vinte e cinconavios mercantes de Lisboa até à costa do Brasil. A bordoseguiam mais de quinze mil portugueses. O Reino ficavaa ser governado por uma Junta de Regência que Junotlogo dissolveu.Com a presença da Família Real Portuguesa no Bra-sil a partir de 1808, registrou-se o que alguns histori-adores brasileiros denominam de “inversão metropoli-tana”, ou seja, o aparelho de Estado Português passoua operar a partir do Brasil, que desse modo deixou deser uma "colônia" e assumiu efetivamente as funções demetrópole. Pressionado pelo triunfo da revolução consti-tucionalista, o soberano retornou com a família real paraPortugal, deixando como príncipe regente no Brasil o seuprimogênito, D. Pedro de Alcântara.

1.3 Reino Unido com Portugal

Com o fim da Guerra Peninsular em 1814, os tribunaiseuropeus exigiram que a rainha Maria I e o príncipe re-gente D. João regressassem a Portugal, já que conside-ravam impróprio que representantes de uma antiga mo-narquia europeia residissem em uma colônia. Em 1815,

Aclamação do Rei Dom João VI do Reino Unido de Portugal,Brasil e Algarves, no Rio de Janeiro.

para justificar a sua permanência no Brasil, onde a cortereal tinha prosperado nos últimos seis anos, o ReinoUnido de Portugal, Brasil e Algarves foi criado, estabe-lecendo, assim, um Estado monárquico transatlântico epluricontinental.[20]

No entanto, isso não foi suficiente para acalmar a de-manda portuguesa pelo retorno da corte para Lisboa,como a revolução liberal do Porto exigiria em 1820, enem o desejo de independência e pelo estabelecimentode uma república por grupos de brasileiros, como aRevolução Pernambucana de 1817 mostrou.[20]

Em 1821, como uma exigência de revolucionários quehaviam tomado a cidade do Porto,[21] D. João VI foi in-capaz de resistir por mais tempo e partiu para Lisboa,onde foi obrigado a fazer um juramento à nova constitui-ção, deixando seu filho, o príncipe Pedro de Alcântara,como Regente do Reino do Brasil.[22]

2 Independência

2.1 Cortes portuguesas

Em 1820, a Revolução Liberal do Porto eclodiu emPortugal. O movimento iniciado pelos constitucionalis-tas liberais resultou na reunião das Cortes Gerais e Ex-traordinárias da Nação Portuguesa (ou Assembleia Cons-tituinte), que teria de criar a primeira constituição doreino.[23][24] As Cortes ao mesmo tempo que exigiram oretorno do rei Dom João VI, que vivia no Brasil desde1808 e que elevou o Brasil para a categoria de reino, comoparte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em1815. Seu filho e príncipe herdeiro Dom Pedro passoua governar o Brasil como regente no lugar do pai em 7de março de 1821.[25][26] O rei partiu para a Europa em26 de abril, enquanto Dom Pedro permaneceu no Brasilliderando o governo ao lado do ministros do reino.[27][28]

Os oficiais militares portugueses sediados no Brasil fo-ram completamente solidários ao movimento constitu-cionalista em Portugal.[29] O principal líder dos oficiaisportugueses, General Jorge Avilez, forçou o príncipe a

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2.2 Rebelião Avilez 3

Cortes portuguesas em 1822

demitir e banir do país os ministros do Reino e das Fi-nanças. Ambos eram fiéis aliados de Pedro, que se tor-nou umpeão nasmãos dosmilitares.[30] Ahumilhação so-frida pelo príncipe, que jurou que nunca iria ceder à pres-são dos militares novamente, teria uma influência deci-siva na sua abdicação dez anos depois.[31] Enquanto isso,em 30 de setembro de 1821, as Cortes aprovaram umdecreto que subordinava os governos das províncias doBrasil diretamente ao governo de Portugal. O príncipePedro tornou-se, para todos os efeitos, somente o gover-nador da Província do Rio de Janeiro.[32][33] Outros de-cretos que vieram depois exigiam seu retorno à Europa etambém extinguia os tribunais judiciais criados por JoãoVI em 1808.[34][35]

A insatisfação quanto às resoluções das Cortes foi gene-ralizada entre a maioria dos residentes do Brasil (tantoos de origem brasileira quanto os de origem portu-guesa), ao ponto em que ela logo se tornou conhecidapublicamente.[32] Dois grupos que se opunham as açõesdas Cortes para minar gradualmente a soberania brasi-leira apareceu: os Liberais, liderados por Joaquim Gon-çalves Ledo (que teve o apoio dos maçons), e os Boni-facianos, liderada por José Bonifácio de Andrada. Am-bas as facções não tinham nada em comum em suas me-tas para o Brasil, com a única exceção de seu desejo demanter o país unido com Portugal como uma monarquiasoberana.[36]

Príncipe Pedro (direita) ordena o oficial português Jorge Avilez(esquerda) retornar a Portugal após sua rebelião malsucedida.José Bonifácio (em roupas civis) pode ser visto ao lado do prín-cipe.

2.2 Rebelião Avilez

Os membros das Cortes Portuguesas não mostravam ne-nhum respeito para com o príncipe e zombavam aber-tamente dele.[37] Logo, a lealdade que Pedro demons-trava pelas Cortes gradualmente foi transferida à causabrasileira.[34] Sua esposa, a princesa Leopoldina de Habs-burgo, favorecia o lado brasileiro e encorajou o marido apermanecer no país,[38] enquanto os Liberais e Bonifa-cianos fizeram representações públicas.[39] A resposta dePedro veio em 9 de janeiro de 1822, que, de acordo comjornais, falou: “Como é para o bem de todos e para a fe-licidade geral da nação, estou pronto: Diga ao povo queeu vou ficar.”[40]

Depois da decisão de Pedro de desafiar a Cortes, cerca dedois mil homens liderados por Jorge Avilez amotinaram-se antes de se concentrar no Monte Castelo, que logo foicercado por 10 mil brasileiros armados, liderados pelaGuarda Real da Polícia.[41] Dom Pedro, em seguida, “de-mitiu” o comandante geral português e ordenou-lhe queretirasse seus soldados do outro lado da baía para Niterói,onde eles aguardavam o transporte para Portugal.[42]

José Bonifácio foi nomeado ministro do Reino e dos Ne-gócios Estrangeiros em 18 de janeiro de 1822.[43] Bo-nifácio logo estabeleceu um relacionamento de pai comPedro, que começou a considerar o experiente estadistaseu maior aliado.[44] Gonçalves Ledo e os Liberais ten-taram minimizar o estreita relação entre Bonifácio e Pe-dro oferecendo ao príncipe o título de Defensor Perpétuodo Brasil.[45][46] Para os liberais, era necessária a reunião

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4 3 GUERRA E DESDOBRAMENTOS

de uma Assembleia Constituinte para o Brasil, enquantoos Bonifacianos preferiam que Pedro concedesse por simesmo a Constituição para evitar a possibilidade de umaanarquia semelhante ao que ocorreu durante os primei-ros anos da Revolução Francesa.[45] O príncipe concor-dou com os desejos dos liberais e assinou um decreto em3 de junho de 1822 chamando para a eleição dos deputa-dos que se reuniriam na Constituinte e Assembleia GeralLegislativa do Brasil.[46][47]

2.3 Reino Unido para Império indepen-dente

Príncipe Pedro rodeado por uma multidão em São Paulo depoisde dar a notícia da independência do Brasil, em 7 de setembrode 1822.

Pedro partiu para a Província de São Paulo para assegu-rar a lealdade dos locais à causa brasileira. Ele alcançousua capital em 25 de agosto e lá permaneceu até 5 de se-tembro. Ao retornar ao Rio de Janeiro em 7 de setembro,ele recebeu uma carta de José Bonifácio e de sua esposaLeopoldina. O príncipe foi informado que as Cortes ti-nham anulado todos os atos do gabinete de Bonifácio eremovido o restante de poder que ele ainda tinha. Pedrovoltou-se para seus companheiros, que incluiu suaGuardade Honra e falou: “Amigos, as Cortes Portuguesas que-rem escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje asnossas relações estão quebradas. Nenhum vínculo unir-nos mais” e continuou depois que ele arrancou a braça-deira azul e branca que simbolizava Portugal: “Tirem suasbraçadeiras, soldados. Viva independência, à liberdade eà separação do Brasil.” Ele desembainhou sua espada afir-mando que “Para o meu sangue, minha honra, meu Deus,eu juro dar ao Brasil a liberdade” e gritou: “Independên-cia ou morte”. Este evento é lembrado como "Grito doIpiranga".[48]

Ao chegar na cidade de São Paulo, na noite de 7 de setem-bro de 1822, Pedro e seus companheiros espalharam a no-tícia da independência do Brasil do domínio português. Opríncipe foi recebido com grande festa popular e foi cha-mado de “Rei do Brasil”, mas também de "Imperador doBrasil".[49][50] Ele retornou ao Rio de Janeiro em 14 de se-tembro e nos dias seguintes os liberais espalharam panfle-tos (escritos por Joaquim Gonçalves Ledo), que sugeriam

a ideia de que o príncipe deve ser aclamado ImperadorConstitucional.[49] Em 17 de setembro, o Presidente daCâmara Municipal do Rio de Janeiro, José Clemente Pe-reira, enviada às outras Câmaras do país a notícia que aAclamação iria ocorrer no aniversário de Pedro, em 12 deoutubro.[51] No dia seguinte, a nova bandeira e brasão dearmas do reino independente do Brasil foram criados.[52]

Coroação do imperador Pedro I em 1 de dezembro de 1822.

A separação oficial de Portugal só ocorreria em 22 desetembro de 1822, em uma carta escrita por Pedro aJoão VI. Nele, Pedro ainda chama a si mesmo de “Prín-cipe Regente” e seu pai é referido como o Rei do Brasilindependente.[53] Em 12 de outubro de 1822, no Campode Santana (mais tarde conhecido como Campo da Acla-mação) o príncipe Pedro foi aclamado Dom Pedro I, Im-perador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.Era ao mesmo tempo o início do reinado de Pedro e tam-bém do Império do Brasil.[54] No entanto, o Imperadordeixou claro que, embora ele tenha aceitado o título, seJoão VI retornasse ao Brasil ele iria descer do trono emfavor de seu pai.[55]

A razão para o título imperial foi a de que o título de reiiria simbolicamente significar uma continuação da tradi-ção dinástica portuguesa e talvez do temido absolutismo,enquanto o título de imperador derivava da aclamaçãopopular, como na Roma Antiga.[56] Em 1 de dezembrode 1822 (aniversário da aclamação de D. João IV, o pri-meiro rei da Casa de Bragança) Pedro I foi coroado econsagrado.[57]

3 Guerra e desdobramentos

Consolidado o processo na região Sudeste do Brasil, aindependência das demais regiões daAmérica Portuguesafoi conquistada com relativa rapidez. Contribuiu para issoo apoio diplomático e financeiro da Grã-Bretanha.Sem um Exército e sem umaMarinha de Guerra, tornou-se necessário recrutar mercenários e oficiais estrangeirospara comandá-los, do mesmo modo que adquirir meios.Desse modo, foi sufocada a resistência portuguesa na pro-víncia da Bahia, na do Maranhão, na do Piauí e na doPará. O processo militar estava concluído já em 1823,restando encaminhar a negociação diplomática do reco-

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O Exército brasileiro adentrando Salvador após a rendição dasforças portuguesas, 1823.

nhecimento da independência com as monarquias euro-peias.À semelhança do processo de independência de outrospaíses latino-americanos, o de independência do Brasilpreservou o status quo das elites agroexportadoras, queconservaram e ampliaram os seus privilégios políticos,econômicos e sociais.Ao contrário do ideário do Iluminismo, e do que dese-java, por exemplo, José Bonifácio de Andrada e Silva, aescravidão foi mantida, assim como os latifúndios, a pro-dução de gêneros primários voltada para a exportação eo modelo de governo monárquico.O Brasil negociou com a Grã-Bretanha e aceitou pagarindenizações de 2 milhões de libras esterlinas a Portu-gal num acordo conhecido como Tratado de Amizade eAliança firmado entre Brasil e Portugal. A Grã-Bretanhasaiu lucrando, tendo início o endividamento externo doBrasil. Quando D. João VI retornou a Lisboa, por ordemdas Cortes, levou todo o dinheiro que podia — calcula-se que 50 milhões de cruzados, apesar de ter deixado noBrasil a sua prataria e a enorme biblioteca, com obras ra-ras que compõem hoje o acervo da Biblioteca Nacional.Em consequência da leva deste dinheiro para Portugal, oBanco do Brasil, fundado por D. João ainda 1808, veio afalir em 1829.

4 Considerações historiográficas

Moeda de 1000 réis de 1922 comemorando a indepen-dência.

A data comemorada oficialmente para a Independênciado Brasil é 7 de setembro de 1822, dia em que, às mar-gens do riacho Ipiranga, em São Paulo, o Príncipe Re-gente D. Pedro, ao receber a correspondência da Corte,teria proclamado o chamado “grito da Independência”, àfrente da sua escolta: "Independência ou Morte!"Outras datas consideradas historiograficamente para oevento, embora menos populares, são a data da coroa-ção do Imperador (1 de dezembro de 1822) ou mesmo ado reconhecimento da Independência por Portugal e pelaGrã-Bretanha (29 de agosto de 1825). À época, em 1822,a data tomada como marco da Independência foi o 12 deoutubro, dia do aniversário de Pedro I e de sua aclamaçãocomo imperador, conforme registrado pela historiadoraMaria de Lourdes Viana Lyra, titular do Instituto His-tórico e Geográfico Brasileiro, e publicadas em 1995. Aconclusão de seu estudo indica que o “grito” foi uma cons-trução "a posteriori" e que acabou consolidado no quadroencomendado a Pedro Américo, produto da fértil imagi-nação do pintor, onde, entre outras incoerências, mostraD. Pedro cercado pela Guarda Imperial (os hoje chama-dos de Dragões da Independência), antes dele ser procla-mado Imperador.[58].

5 Filmografia• Independência ou Morte, filme de 1972 dirigido porCarlos Coimbra, comemorativo dos 150 anos da In-dependência do Brasil. Apresenta uma visão míticada Independência, alimentando um ideal naciona-lista heroico.

• Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, filme de 1995,dirigido por Carla Camurati. Apresenta uma visãoburlesca sobre a vinda e a presença da Família Reale da Corte Portuguesa no Brasil.

6 Ver também• Reino do Brasil

• Riacho do Ipiranga

• José Bonifácio de Andrada e Silva

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6 7 REFERÊNCIAS

• Dia da Independência

• Hino da Independência do Brasil

• Sino da Independência do Brasil

• Império do Brasil

7 Referências[1] Andrade, Maria Ivone de Ornellas de. “O reino sob tor-

menta”. In: Marques, João et alii. Estudos em homena-gem a João Francisco Marques, Volume I. Universidadedo Porto, sd, pp. 137-144

[2] Valuguera, Alfonso B. de Mendoza Y Gómez de. “Car-lismo y miguelismo”. In: Gómez, Hipólito de la Torre &Vicente, António Pedro. España y Portugal. Estudios deHistoria Contemporánea. Editorial Complutense, 1998,pp. 13-14

[3] “História do Exército Brasileiro”. Página acessada em 11de outubro de 2012.

[4] Boxer 2002, p. 98

[5] Boxer 2002, pp. 100–1

[6] Skidmore 2003, p. 27

[7] Skidmore 2003, p. 27

[8] Boxer 2002, p. 101

[9] Boxer 2002, p. 108

[10] Boxer 2002, p. 102

[11] Skidmore 2003, p. 30, 32

[12] Amantino, Marcia (2008), O mundo das feras: os mora-dores do Sertão Oeste de Minas Gerais – Século XVIII, An-naBlume, p. 47, ISBN 978-85-7419846-0.

[13] Soihet, Rachel; Abreu, Martha (2003) (Google Li-vros), Ensino de história: conceitos, temáticas e me-todologia, Faperj/Ed. Casa da Palavra, p. 29, 2º§,ISBN 85-8722064-0, http://books.google.com./books?id=G6zH9nsR7XAC&pg=PA29

[14] Lopez, Adriana; Mota, Carlos G (2008), História do Bra-sil; Uma Interpretação, São Paulo: Ed. Senac, pp. 95(final) à 97, ISBN 978-85-7359789-9.

[15] Skidmore 2003, p. 36

[16] Cashmore, Ernest (2000) (Google Livros), Dicionáriode relações étnicas e raciais, SP: Summus/Selo Negro,p. 39, ISBN 85-8747806-0, http://books.google.com./books?id=YDCm6WqtFBwC&pg=PA39

[17] Lovejoy, Paul E (2002), A escravidão na África: uma his-tória de suas transformacões, Record, pp. 51–56, ISBN85-2000589-6.

[18] Boxer 2002, p. 32–33, 102, 110

[19] Skidmore 2003, p. 34

[20] Jeffrey C. Mosher. Political Struggle, Ideology, and StateBuilding: Pernambuco and the Construction of Brazil,1817-1850. [S.l.]: U of Nebraska Press, 2008. p. 9.ISBN 978-0-8032-3247-1

[21] Jeremy Adelman. Sovereignty and Revolution in the Ibe-rian Atlantic. [S.l.]: Princeton University Press, 2006.334– p. ISBN 978-0-691-12664-7

[22] Lustosa, pp. 109–110

[23] Lustosa, p.97

[24] Armitage. p.36

[25] Lustosa, p.106

[26] Armitage. p.38

[27] Lustosa, pp. 109–110

[28] Armitage. p.41

[29] Lustosa, p.112

[30] Lustosa, p.113–114

[31] Lustosa, p.114

[32] Lustosa, p.117

[33] Armitage. p.43–44

[34] Lustosa, p.119

[35] Armitage. p.48–51

[36] Diégues, p.70

[37] Lustosa, p.120

[38] Lustosa, p.121–122

[39] Lustosa, p.123–124

[40] Lustosa, p.124

[41] Lustosa, p.132–134

[42] Lustosa, p.135

[43] Lustosa, p.138

[44] Lustosa, p.139

[45] Lustosa, p.143

[46] Armitage. p.61

[47] Lustosa, p.145

[48] Lustosa, pp. 150–153

[49] Vianna, p.408

[50] Lima (1997), p.398

[51] Lustosa, p.153

[52] Vianna, p.417

[53] Vianna, p.413

[54] Vianna, pp. 417–418

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[55] Lima (1997), p.404

[56] Lima (1997), p.339

[57] Vianna, p.418

[58]

7.1 Bibliografia

• Armitage, John. História do Brasil. Belo Horizonte:Itatiaia, 1981. (português)

• Barman, Roderick J. Citizen Emperor: Pedro II andthe Making of Brazil, 1825–1891. Stanford: Stan-ford University Press, 1999. (inglês)

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• Vainfas, Ronaldo. Dicionário do Brasil Imperial.Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. (português)

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8 Ligações externas• Independência do Brasil em Histórianet (emportuguês)

• “A Country Study: Brazil” na “Library of Congress”(em inglês)

Page 8: Independência Do Brasil

8 9 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM

9 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem

9.1 Texto• Independência do Brasil Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Brasil?oldid=43325224 Contribuidores: Ma-nuel Anastácio, Rui Silva, Pedro Aguiar, Nuno Tavares, RobotQuistnix, Rei-artur, Gil mnogueira, Sturm, Clara C., Alfredo, Epinheiro,Leandromartinez, 333~ptwiki, João Carvalho, Agil, Giro720, Carlos Luis M C da Cruz, OS2Warp, Lampiao, 555, Lmbassman, Edu-ardo.mps, Adailton, Sonali, Lijealso, Fasouzafreitas, YurikBot, JLCA, Francisco Seixas, Vitor 3000, Arges, Joseolgon, Gabrielt4e, Pic-cilli, Dantadd, Armagedon, Jorge Morais, Xandi, LijeBot, Pikolas, Jo Lorib, Dpc01, Timor, Veroamaral, Fulviusbsas, Reynaldo, SOF,Nice poa, Arthur to, FSogumo, Yanguas, Picture Master, Rei-bot, GRS73, Felipe P, Andreloureiro, Biologo32, Filomeninha, Belanidia,Daimore, Alchimista, Eurobeatpainne, Luiza Teles, Bisbis, Vsombra, Barão de Itararé, CommonsDelinker, HenriqueCB, RSan~ptwiki,Augusto Reynaldo Caetano Shereiber, Pepeugs, Noemitzuquetýh, Alexanderps, Joaopchagas2, Rjclaudio, Idioma-bot, Der kenner, LuckasBlade, Tumnus, Gunnex, VolkovBot, Pelagio de las Asturias, Francisco Leandro, Lechatjaune, Leandro LV, Bruno N. Campos, Rafaor7r,Bluedenim, Miriade, Teles, Stone5000~ptwiki, 0okami-san, Vini 175, Mário Henrique, Jeferson, Zdtrlik, GOE, Kaktus Kid, GOE2, OnePeople, Tetraktys, Chronus, Yanassis, Auréola, Kim richard, Ozilmo, Inox, RafaAzevedo, Evandro Davis, Andretf, --Marcela-−95, RuyPugliesi, Fgarschagen, Gabrieldawiki, Lecen, Alvaro Rodrigues, MelM, Vitor Mazuco, Maurício I, CarsracBot, ChristianH, ThrasherÜ-bermensch, Luckas-bot, Tosqueira, Gustavob, Nevinho, MOC, LaaknorBot, Leefeni,de Karik, Bel pink43, Eamaral, Thaliane, L'Éclipse,Caiocoxa, Eduardofeld, Squyxcat, Leosls, Vanthorn, Salebot, Zimeose, Lucamon, DumZiBoT, Polenta~ptwiki, Elly Higginbottom, Robertode Lyra, RamissesBot, Gustavo Destro, Alumnum, Matheus-sma, Xqbot, Fernandoe, Gean, Darwinius, MisterSanderson, Ishiai, GeneralPehhers, BenzolBot, Lucas Secret, OnlyJonny, Mateus Vasco, Rjbot, Braswiki, Marcos Elias de Oliveira Júnior, Coelhoscoelho, HVL,QuarkAWB, Netim4, Rafael Kenneth, Ripchip Bot, Viniciusmc, Capitão Pirata Bruxo, EmausBot, Sepguilherme, Érico Júnior Wouters,David James, Caio-Alterando, Salamat, Hallel, Alfaprojetos, Jbribeiro1, Pepelota, Dpecego, Spell checker, Stevelign, Stuckkey, Original-Kratos, Juniorpetjua, Ninja Forever, Wanderleyaudi, Colaborador Z, Tiiagolopess, Pingulu, Antero de Quintal, Aleth Bot, PauloEduardo,Rodrigolopes, Épico, Takeshi-br, Peerrys, DARIO SEVERI, Shgür Datsügen, Zoldyick, Guarini, Max51, Jml3, Leon saudanha, Addbot,Bmontesanti, Karyframe, Holdfz, Uneyoshi, Xédametralhabr, Marcos dias de oliveira, Jhandoffer, Nakinn, Júlia grans, O revolucionárioaliado, RodrigoAndradet, Rubinho2220 e Anónimo: 504

9.2 Imagens• Ficheiro:1000_Réis_de_1922.png Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c9/1000_R%C3%A9is_de_1922.png Li-cença: CC BY-SA 2.5 Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Anderson Batista Evangelista Lima (MisterSanderson)

• Ficheiro:1000_Réis_de_1922_(verso).png Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7f/1000_R%C3%A9is_de_1922_%28verso%29.png Licença: CC BY-SA 2.5 Contribuidores: Obra do próprio Artista original: Anderson Batista Evangelista Lima(MisterSanderson)

• Ficheiro:Aclamação_do_rei_Dom_João_VI_no_Rio_de_Janeiro.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4b/Aclama%C3%A7%C3%A3o_do_rei_Dom_Jo%C3%A3o_VI_no_Rio_de_Janeiro.jpg Licença: Public domain Contribuidores: Voyagepittoresque et historique au Brésil, ou, Séjour d'un artiste français au Brésil, depuis 1816 jusqu'en 1831 Debret, Jean Baptiste, 1768-1848Artista original: Debret, Jean Baptiste, 1768-1848

• Ficheiro:Autor_não_identificado_-_Embarque_da_Família_Real_Portuguesa.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/28/Autor_n%C3%A3o_identificado_-_Embarque_da_Fam%C3%ADlia_Real_Portuguesa.jpg Licença: Public domain Con-tribuidores: [1] Artista original: Desconhecido

• Ficheiro:CoA_Empire_of_Brazil_(1870-1889).svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/79/CoA_Empire_of_Brazil_%281870-1889%29.svg Licença: Public domain Contribuidores: symbol of the XIX century; see [1] for sources; the version with20 stars can also be seen on coins of the era Artista original: Tonyjeff, based on work of Jean-Baptiste Debret.

• Ficheiro:Coat_of_arms_of_Brazil.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bf/Coat_of_arms_of_Brazil.svg Li-cença: Public domain Contribuidores: Portal of the Brazilian Government (accessed in November 11th, 2010) Artista original: BrazilianGovernment

• Ficheiro:Commons-logo.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4a/Commons-logo.svg Licença: Public domainContribuidores: This version created by Pumbaa, using a proper partial circle and SVG geometry features. (Former versions used to beslightly warped.) Artista original: SVG version was created by User:Grunt and cleaned up by 3247, based on the earlier PNG version,created by Reidab.

• Ficheiro:Coroaçao_pedro_I_001.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/43/Coroa%C3%A7ao_pedro_I_001.jpg Licença: Public domain Contribuidores: História Viva n°59 Artista original: Jean-Baptiste Debret

• Ficheiro:Entrada_do_Exército_Libertador_1930.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d6/Entrada_do_Ex%C3%A9rcito_Libertador_1930.jpg Licença: Public domain Contribuidores: Grandes Personagens da Nossa História. v.2. São Paulo:Abril, 1972. Artista original: Prisciliano Silva (1883-1965)

• Ficheiro:Flag_of_Brazil.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/05/Flag_of_Brazil.svg Licença: Public domainContribuidores: SVG implementation of law n. 5700/1971. Similar file available at Portal of the Brazilian Government (accessed inNovember 4, 2011) Artista original: Governo do Brasil

• Ficheiro:Flag_of_Empire_of_Brazil_(1822-1870).svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/55/Flag_of_Empire_of_Brazil_%281822-1870%29.svg Licença: Public domain Contribuidores: XIX century Artista original: User:Tonyjeff, basedon work of Jean-Baptiste Debret

• Ficheiro:Independence_of_Brazil_1888.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/40/Independence_of_Brazil_1888.jpg Licença: Public domain Contribuidores: Martins, Lincoln. Pedro Américo: pintor universal. Brasília, Federal District: FundaçãoBanco do Brasil, 1994 ISBN 85-900092-1-1 Artista original: Pedro Américo

• Ficheiro:Independencia_brasil_001.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cb/Independencia_brasil_001.jpgLicença: Public domain Contribuidores: Revista de História da Biblioteca Nacional nº 24 / nº 48 Artista original: François-René Moreau

Page 9: Independência Do Brasil

9.3 Licença 9

• Ficheiro:Magnifying_glass_01.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3a/Magnifying_glass_01.svg Licença:CC0 Contribuidores: ? Artista original: ?

• Ficheiro:Pedro_I_of_Brazil_and_Avilez.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/12/Pedro_I_of_Brazil_and_Avilez.jpg Licença: Public domain Contribuidores: Grandes Personagens da Nossa História. v.2. São Paulo: Abril, 1972. Artista original:Oscar Pereira da Silva

• Ficheiro:Portuguese_Cortes_1822.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d3/Portuguese_Cortes_1822.jpgLicença: Public domain Contribuidores: Bueno, Eduardo. Brasil: uma História. 1. ed. São Paulo: Ática, 2003. Artista original: OscarPereira da Silva

9.3 Licença• Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0