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3
ÍNDICE
Introdução - A importância de um Sistema de
Gestão da Qualidade
7
1º Motivo - Melhoria da satisfação dos clientes
mediante atendimento a requisitos 11
2º Motivo - Maior organização 15
3º Motivo - Melhoria do sistema de gestão
baseada em medições objetivas
18
4º Motivo - Credibilidade no mercado nacional e
internacional
21
5º Motivo - Geração de valor ao negócio,
atendendo às necessidades e expectativas dos
clientes
24
6º Motivo - Obtenção de resultados de
desempenho e eficácia no processo
26
7º Motivo - Amadurecimento do sistema de
gestão
30
8º Motivo - Melhor desempenho das atividades,
reduzindo desperdícios
33
9º Motivo – Pensamento baseado em risco como
fator de sucesso
36
10º Motivo - Melhor Qualidade de vida 39
5
Atuando no mercado desde
1997 como consultor, devo
dizer que passei a contribuir de
maneira mais significativa para
meus clientes quando passei a
ser empresário. Naquela época,
nas conversas com os colegas
de profissão sempre nos
perguntávamos como
empresas de nossos clientes
tinham resultados satisfatórios
e ganhavam mercado, se muitas
das mais básicas práticas de
gestão não estavam
institucionalizadas. Foi a partir
daí que passei a admirar essa
categoria profissional que
chamamos de empresários.
Obviamente que estou falando
de gente trabalhadora,
comprometida, responsável,
pagadora de impostos,
resiliente e competente naquilo
que é o negócio de sua
empresa. Para ser um
empresário de sucesso é
preciso ter uma empresa de
sucesso. É mais do que um
sucesso pessoal,
obrigatoriamente tem que ser o
sucesso de uma equipe. Possuir
características empreendedoras
é básico no processo rumo ao
sucesso.
Em um passado não muito
distante quase que bastava,
como diziam os mais antigos,
“ter jeito para negócios”. Hoje a
realidade é outra. É preciso
muito mais. A competição é
acirrada, é difícil reter talentos,
um erro estratégico pode
colocar tudo a perder. Também
por isso é importante
implementar um modelo de
gestão como, por exemplo, a
ISO9001, que ajuda a empresa
como sempre digo, “ a
funcionar no automático”.
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Estamos em um momento
especial. Após anos em
processo de revisão, a ISO9001,
terá nova versão em 2015. A
previsão é de que a nova versão
da norma NBR ISO9001 seja
publicada em setembro de
2015. A nova versão vem com
ganhos significativos para a
gestão das empresas que
adotarem o modelo.
Pode um empresário pensar em
estratégias, parcerias, expansão
de negócios, novas tecnologias,
se precisa estar junto à equipe
o tempo todo para que seus
clientes recebam o prometido
no prazo acordado?
Uma vez um empresário
comentou comigo que iria
desistir de manter a certificação
pois o sistema da qualidade não
mais agregava a empresa.
Quando o questionei, qual
então seria o novo modelo de
gestão a ser implementado,
fiquei sem resposta.
Com certeza a ISO9001,
independente da versão seja
2008 ou 2015, não é único
modelo a ser adotado, como
também não é possível afirmar
qual é o melhor, mas uma
norma usada como referência
para, no caso da versão 2008,
mais de um milhão e trezentas
mil organizações em todo o
mundo, tem seu valor.
Convido você, caro leitor a
conhecer 10 motivos
fundamentais para
implementar um modelo de
gestão da Qualidade com base
na versão 2015 da ISO9001 em
sua organização.
Luciano
Zorzal
8
A importância de um
Sistema de Gestão da
Qualidade
Muitas pessoas acreditam que
basta ter recursos financeiros,
uma estratégia, conhecer do
próprio produto ou serviço, ter
pessoas capacitadas e
motivadas, que o sucesso de
uma empresa está garantido. É
verdade que esses são
elementos essenciais, mas sem
um modelo de gestão eficaz e
implementado fica muito mais
difícil atingir os objetivos
propostos.
Se observarmos, várias
empresas não possuem um
modelo de gestão muito bem
definido ou sistematizado. A
gestão atual é fruto da
contribuição de todos os que lá
estão ou que por lá passaram.
Um profissional criou uma
sistemática, outro criou uma
prática específica de gestão, e
assim a empresa foi se
desenvolvendo. O interessante
é pensar por que essas
empresas não adotaram um
modelo reconhecidamente
eficaz, na busca de seus
resultados? Há vários a serem
utilizados como referência, um
exemplo, a ISO 9001:2015.
A norma ISO 9001,
versão 2015, apresenta
um modelo de gestão
que foca no atendimento
a requisitos, na busca da
melhoria contínua e no
aumento da satisfação
dos clientes, sendo
estruturada pela gestão
por processos, análise de
riscos e oportunidades.
9
Para isso, o modelo está
estruturado em uma série de
requisitos que se
complementam de maneira
sistêmica, dentro de uma
abordagem de gestão de
processos e de riscos. Esses
requisitos contribuem de
maneira especial para a gestão
da empresa.
O sistema de gestão da
qualidade tem foco na gestão
de processos, e por isso todos
os colaboradores são
envolvidos. Desde a elaboração
e revisão de procedimentos
documentados, bem como na
implementação dos mesmos.
A figura a seguir mostra como o
modelos de gestão de acordo
com a versão 2015 da norma
ISO9001 está estruturado.
10
O objetivo final é sempre o
atendimento dos requisitos,
implicando na satisfação dos
clientes.
Com a implementação do
Sistema de Gestão da
Qualidade há mais controle dos
processos, inclusive com
realização de auditorias
internas periódicas, para
verificação da conformidade do
sistema de gestão da qualidade.
Há um modelo formalizado
para melhoria contínua, que
seguramente implica na
melhoria dos serviços e do
atendimento prestado aos
clientes.
Além disso, há uma
confirmação por auditores
externos da conformidade do
sistema, o que aumenta sua
credibilidade junto aos clientes,
fornecedores e sociedade em
geral.
Enfim, se há pessoas que
criticam a utilização de um
Sistema de Gestão da
Qualidade que tem como
referência a ISO9001, ou
possuem um modelo de gestão
reconhecidamente melhor, ou
infelizmente estão perdendo a
oportunidade de atingirem
melhores resultados de forma
organizada e estruturada.
12
Melhoria da satisfação
dos clientes mediante
atendimento a requisitos
O que devemos fazer para
deixar nossos clientes
satisfeitos? Começo por
recordar uma definição que um
professor de marketing me
ensinou anos atrás e até hoje a
considero muito válida.
"Marketing é nivelar
expectativas". Partindo dessa
premissa podemos entender
que já começa aí nossa jornada
na busca da satisfação do
cliente.
Devemos então primeiramente
entender quais são as
necessidades e requisitos do
cliente para realizar uma análise
criteriosa se temos condições
ou não de atende-las.
Especificamente para esse
propósito a ISO9001 exige que
se definam os requisitos dos
clientes, inclusive os não
declarados por eles mas
necessários, por exemplo, para
atender uma legislação de que
o cliente muitas vezes nem sabe
que existe. Um
farmarmaceutico que nos pede
uma receita controlada para
vender determinado remédio é
um exemplo de como nem
sempre um cliente sabe do que
necessita para realizar uma
compra. Em muitos casos o
cliente não tem conhecimento
técnico para realizar uma
determinada compra. Você
saberia especificar e comprar
um extintor de incêndio que
atendesse a legislação atual? A
resposta da grande maioria das
pessoas é não. E uma empresa
que irá desenvolver um
13
software para um cliente? Será
que seu cliente sabe com
detalhes tudo que precisa?
Quem é do ramo de informática
sabe a dificuldade para definir
junto aos clientes todos os
requisitos para atender as
necessidades.
Com todos os requisitos
definidos passamos ao passo
seguinte que nos direciona para
uma análise de nossa
capacidade de atender ou não
aquilo que foi solicitado pelo
cliente. Não somente saber se a
empresa tem capacidade
técnica e conhecimento para
atender, mas também a
disponibilidade de recursos,
para por exemplo, realizar o
serviço ou entregar o produto
na data programada. A nova
versão agrega ao introduzir o
pensamento baseado em risco.
Ou seja, nesse processo que
agora abordamos, além de
identificar as necessidades, ao
realizar a análise crítica para
identificar a possibilidade de
atendimento, uma análise de
riscos e oportunidades deve ser
realizada.
Com todas estas questões
resolvidas, recursos
viabilizados, e riscos
identificados (com planos de
eliminação ou mitigação)
podemos firmar acordo com o
cliente. Então começa o
planejamento da realização do
serviço ou fabricação do
14
produto conforme previsto na
norma ISO 9001.
Desde que o bom
planejamento seja cumprido e
os recursos estejam disponíveis,
pressupondo um adequado e
eficaz controle de processos,
serão agora muito maiores as
chances de se cumprir o
combinado com o cliente, que
na prática é o grande passo
para a satisfação do cliente.
Como já diz o ditado
popular, "combinado não
sai caro".
É fundamental, sob a ótica da
versão 2015 da ISO9001, que
durante o planejamento das
ações seja realizada uma análise
de riscos e de oportunidades,
aumentando assim, e muito a
probabilidade, do cumprimento
do que foi combinado com o
cliente.
Ouvimos muito sobre a
importância de brindar o cliente
com algo a mais. Concordo.
Desde que, antes tenha sido
entregue tudo que foi acordado
com o mesmo. De que vale
colcar a "cereja no bolo de
laranja" se na verdade o
combinado foi entregar ao
cliente um bolo de chocolate? A
ISO 9001 é uma excelente
ferramenta para que na maior
parte das vezes sua empresa
entregue o bolo de chocolate e
sempre que possível, com
cereja.
16
Maior organização
Não é raro quando converso
com empresários sobre a
possibilidade de implementar
um sistema de gestão da
qualidade em conformidade
com a ISO9001 em suas
empresas e os mesmos me
falarem a seguinte frase:
“estamos em um estágio
anterior. Precisamos nos
organizar melhor para aí sim,
implantarmos a ISO9001”.
Difícil entender, se com a
implementação de práticas para
atendimentos aos requisitos da
norma acabamos por organizar
a empresa como um todo. É
como se uma família dissesse:
vamos primeiro arrumar toda a
mudança de casa em caixas,
embalar os pratos, roupas e
depois quando estiver tudo
empacotado e identificado
chamamos a transportadora
para fazer a mudança. Sabemos
que uma das principais
vantagens de se contratar uma
boa transportadora é que eles
são especializados na melhor
forma de organizar e
empacotar nossos pertences,
com caixas e embalgens
apropriadas, técnicas de
manuseio e armazenamento,
assim como identificação.
Assim acontece com a ISO9001,
como acontece com a
transportadora do exemplo
citado. A ISO9001 traz consigo
uma série de requisitos que
ajudam as organizações no que
deve ser feito para que suas
ações sejam realizadas dentro
de planejamento e organização.
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Ao definir, por exemplo, uma
série de tratativas para as
informações documentadas, a
organização se vê obrigada a
definir diversos controles como:
disponibilidade, proteção,
armazenamento, conservação,
controle de alterações, retenção
e descarte.
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Melhoria do sistema de
gestão baseada em medições
objetivas
Como saber se nossa empresa
está melhorando? Basta
identificar algumas ações claras
de melhorias? Isso é suficiente
para afirmar que nossa
organização está no caminho
da melhoria? Se estamos
fazendo dieta e exercícios
físicos, temos a certeza que
nossas taxas de colesterol e
glicose estão dentro dos
padrões aceitáveis? Com
certeza não é suficiente.
Depende da frequencia e da
forma como estamos nos
exercitando e sendo
disciplinados na dieta. Ainda
que pudéssemos garantir que o
“perfeito” está sendo feito,
somente teremos certeza de
que as taxas estão sob controle,
se nos submetermos a exames.
Somente eles comprovarão se
os resultados esperados foram
alcançados. Um fator genético e
“invisível” no nosso dia a dia,
pode estar interferindo de forna
significativa nos resultados. Da
mesma forma nas empresas,
somente podemos falar de
melhorias se de alguma forma
estamos medindo os resultados
obtidos a partir das “melhorias”
implementadas.
Coloquei “melhorias” entre
aspas, pois quando tomamos
uma iniciativa em, por exemplo,
mudar um processo ou
sistemática para melhorar,
podemos em algumas
situações mudar para pior. Daí a
importância, da abordagem
proposta pela nova versão da
20
ISO9001 em realizarmos uma
análise de riscos e
oportunidades no momento
em que formos realizar
mudanças no processo,
pensando em eventuais
melhorias. Assim reduz a
probabilidade da melhoria
gerar resultados piores do que
os atuais. O que somente
poderá ser comprovado se tiver
a medição do antes e do depois
para realizar a comparação. Por
outro lado as melhorias não
deveriam acontecer com base
na “inspiração” de alguém que
acordou hoje e disse
“precisamos melhorar isso ou
aquilo”. A melhoria deve vir de
forma sistemática e estruturada,
para que evolua com o tempo.
Daí a importância de se
implementar um sistema
de gestão da qualidade
como o que propõe a
ISO9001, capaz de
promover as ações
necessárias que
garantam a contínua
melhoria dos resultados
das organizações.
Quando apresento um projeto
para implementação de um
sistema de gestão da qualidade
com base na ISO9001 e
comento sobre requisitos como
a análise de dados e o
monitoramento de processos,
falamos da importância da
utilização de indicadores além
de outras ferramentas de
gestão igualmente importantes.
O uso de indicadores é uma
excelente prática gerencial.
21
Os olhos dos empresários
brilham ao entenderem que
podem ter mais controle com
menos esforço pensando na
possibilidade de monitorarem
suas empresas, por exemplo,
com um “painel de bordo”, e já
querem logo definir quais
“equipamentos” terão no seu
painel, e o quanto antes colocá-
los em “funcionamento”.
É natural pensar que o citado
“painel de bordo”, ajude a
organização a direcionar seus
recursos e esforços na busca
constante de melhores
resultados para seus objetivos
estratégicos, definidos a partir
de uma análise interna e
externa à organização, dentro
do contexto no qual a mesma
está inserida.
23
Credibilidade no
mercado nacional e
internacional
Todas as empresas são iguais?
Sabemos que não. Mas que
critérios utilizamos para definir
de quem comprar? Preço e
condições de pagamento só
podem interferir na escolha
depois de se certificar de que o
compromisso firmado poderá
ser mesmo cumprido pela
empresa escolhida. Não é raro
vendedores fazerem promessas
que depois, na prática, não são
entregue aos clientes. Como
então minimizar os riscos?
Comprar de empresas
certificadas em conformidade
com a ISO9001 é uma forma
coerente de reduzir esse risco,
na medida em que a norma tem
dois objetivos claros, que de
uma forma simples podemos
resumir em: aumentar a
probabilidade da empresa
cumprir o que promete e
aumentar a satisfação de seus
clientes por meio do
atendimento a requisitos.
Pense que você trabalha no
setor de compras de uma
empresa. A qualidade de seu
serviço será medida pela
qualidade dos fornecedores de
produtos e serviços que
escolhe. Temos dois casos em
uma hipótese da empresa
escolhida não ter cumprido o
prometido. No primeiro, o
comprador será questionado
sobre que critérios usou para
escolher aquele fornecedor. Se
ele não for certificado, o
comprador terá um argumento
a menos para justificar sua
escolha. Se tiver adquirido
produtos ou serviços de uma
24
empresa certificada (que não é
perfeita, e também pode errar)
não só poderá justificar sua
escolha por critério diferente de
preço, mas também encontrará
na empresa certificada uma
estrutura adequada para o
tratamento de sua reclamação,
uma vez que é exigência de
norma o devido tratamento a
reclamações de clientes.
Outro exemplo é a crescente
incidência de exigência em
editais públicos, como um
critério que vem a preservar,
devido a priorização de menor
preço, de que empresas sem a
mínima estrutura ganhem
licitações e depois não
cumpram o combinado. É
importante observar que de
maneira alguma incluir a
exigência de certificações em
editais é uma forma de
direcionar escolhas, já que
qualquer organização, de
qualquer porte, natureza ou
setor podem ser certificadas
pela conformidade com os
requisitos da ISO9001.
Enfim, fazer parte de um grupo
seleto de milhares de
organizações certificadas em
todo o mundo, com certeza faz
a diferença. No mundo
globalizado, ser certificado ou
não, abre ou fecha, com certeza
as portas em um mercado
nacional ou internacional
aonde determinada
organização ainda não é
conhecida.
26
Geração de valor ao
negócio, atendendo às
necessidades e expectativas
dos clientes
Muito se fala em gerar e
agregar valor ao negócio a
partir da capacidade do
atendimento às necessidades
dos clientes.
O mercado está cada
vez mais competitivo e
por isso o cliente se vê
na condição de esperar
algo mais das
organizações.
Além de cobrar o cumprimento
do combinado, espera-se que o
“combinado” traga um valor
significativo.
Não basta por exemplo, vender
um curso e o instrutor cumprir
os horários e seguir a
programação. Ao final o aluno
deve perceber que aprendeu e
seus objetivos foram atingidos.
Não basta prestar um serviço
de qualidade, porém com
atraso. Ou seja, é importante
fazer o básico, mas é necessário
que esse “básico” gere valor.
Como a ISO9001 é focada no
atendimento a requisitos,
incluindo os dos clientes, é de
se esperar que uma
organização que evoluiu para a
certificação tenha mais
condições de agregar valor ao
negócio.
28
Obtenção de
resultados de
desempenho e eficácia
no processo
Quando alguém critica a
ISO9001: 2008, por exemplo
chamando-a de burocrática,
lamento pelo comentário por
desconhecimento ou pela
experiência negativa de uma
implementação burocrática e
mal sucedida. A própria norma
é clara no requisito 4.2.1 : “A
documentação pode estar em
qualquer forma ou tipo de meio
de comunicação”.
Na versão 2015, tal orientação
permanece, e ainda mais, surge
o conceito mais amplo da
Informação documentada,
inclusive não existindo mais a
obrigatoriedade da existência
de procedimentos
documentados específicos.
Mais ainda, na nova versão
temos a introdução do
conhecimento organizacional,
que enfatiza a importância da
determinação, manutenção e
disponibilização do
conhecimento necessário para
a operação dos processos,
visando alcançar a
conformidade de produtos e
serviços.
Edwards Deming,
referência mundial em
qualidade, já dizia que
os maiores problemas
estão na gestão dos
processos e não nas
pessoas.
É importante capacitar
pessoas? Sim. É fundamental e
29
básico. Mas profissionais
competentes submetidos a
processos mal estruturados e
sem controle, muitas vezes
podem ser conduzidos a erros.
Afinal, o fato de um profissional
ser competente não o torna um
ser infalível.
Nesse contexto começamos a
entender como os processos da
qualidade são importantes para
uma organização.
Quando ocorre uma falha de
identificação de uma matéria
prima em uma indústria,
poderemos ter como
consequência, um lote de
produtos reprovado na
inspeção final, gerando
retrabalho e desperdício de
matéria prima. Falha humana?
Não descarto a possibilidade.
Mas se o processo de
identificação dos produtos
tivesse sido melhor planejado e
controlado, muito
provavelmente o erro humano
não teria ocorrido.
Por exemplo, no setor de saúde
o mesmo caso se apresenta no
dia a dia em muitos de nossos
hospitais. Em algumas vezes,
com consequências fatais.
Todos se recordam da
fatalidade ocorrida em 2010,
quando uma auxiliar de
enfermagem injetou vaselina
em uma menina de 12 anos, em
um hospital de São Paulo. Erro
humano? Também. Mas se a
identificação e localização dos
frascos de vaselina e de soro,
não fossem praticamente
iguais, dificilmente o triste fato
teria ocorrido. Na saúde,
infelizmente, muitas vezes, não
temos como reverter as
30
consequências. A dor daqueles
que ficam, não tem remédio.
Quanto custaria o investimento
em qualidade para evitar que
casos como esse acontecesse?
Perto do custo do desperdício,
do retrabalho, do desgaste da
imagem na mídia e de
processos criminais, qualquer
que seja o investimento em
qualidade, é mínimo. Então, por
que tantos gestores na área da
saúde são tão resistentes em
implantar programas de
qualidade, certificações e
acreditações? Sou obrigado a
crer que é por puro
desconhecimento do que a
qualidade e a boa gestão
podem fazer por uma
organização de saúde.
Felizmente, está aumentando
de forma significativa o número
de organizações de saúde que
investem de forma profissional
e organizada, na melhoria de
seus processos e gestão,
buscando por exemplo, uma
certificação ISO9001 ou
acreditação ONA. A sociedade
agradece!
Enfim, concluo que
implementar um sistema de
gestão da qualidade e certificá-
lo de acordo com a
ISO9001:2015 é sim, uma eficaz
forma de obter melhores
resultados.
32
Amadurecimento do
sistema de gestão
Pense em uma empresa
constituída a partir de um
pequeno negócio e que por
exemplo, hoje dez anos após,
consquistou um espaço no
mercado e vem crescendo de
forma consistente. Será que o
modelo de gestão dessa
empresa foi pensado, e
estruturado de acordo com seu
posicionamento estratégico e
de mercado? Ou será que sua
gestão é composta por uma
série de melhorias
implementadas por todos que
por ali passaram ou estão lá até
hoje? Alguém um dia teve a
idéia de instituir reuniões
mensais, outro sugeriu uma
nova planilha de controle, outro
criou uma estrutura de
indicadores gerenciais para
monitoramento...e assim a
empresa foi crescendo e
melhorando. Às vezes um novo
gerente contratado, com as
melhores intenções retrocedeu
uma prática gerencial
anteriormente testada e com
resultados negativos,
simplesmente por entender que
na outra empresa em que
trabalhava aquela prática era
um sucesso.
Como então evoluir em um
modelo de gestão, se muitos
empresários nem lhe dão a
verdadeira importância, pelo
simples fato de terem chegado
33
aonde chegaram na base do
esforço pessoal, competência e
trabalho árduo? Não que esses
elementos não sejam essesciais
para o sucesso, por que com
certeza o são, mas quando as
oportunidades de crescimento
surgem costumo dizer que os
empresários tem três
alternativas: seguem tentando
fazer tudo sozinho, são os que
enfartam aos quarenta anos, ou
vão atrás das oportunidades
negligenciando o
monitoramento interno e para
cada novo cliente conquistado,
perdem dois antigos clientes,
ou a terceira e melhor opção,
investem em gestão, para que
seu crescimento seja
sustentável e duradouro. E é aí
que entra a implementação de
um sistema de gestão da
qualidade de acordo com os
requisitos da norma
ISO9001:2015.
Estruturado no famoso ciclo
“Plan Do Check Action” ele
garante a empresa um
amadurecimento contínuo de
suas práticas gerenciais na
medida em que o ciclo virtuoso
citado “gira” constantemente
nos processos da organização
certificada. Se um dia a
organização deixar de melhorar
de forma estruturada
constantemente, ela não
merecerá manter seu
certificado.
35
Melhor desempenho
das atividades, reduzindo
desperdícios
Já ouvi diversas vezes
empresários questionando
porque investir na
implementação de um sistema
de gestão da qualidade. Minha
resposta é a mesma: gastar com
desperdício e retrabalho é mais
caro.
Fazer certo da primeira
vez, e da melhor
maneira, sempre será
melhor.
É importante entender que o
serviço ou o produto final é
consequência de como o
processo para realizá-lo ou
fabricá-lo, foi conduzido. Cada
detalhe de cada atividade se
bem planejado e excutado fará
toda a diferença no resultado
final.
A ISO9001 tem em seus
principais aspectos a
necessidade de que os
processos sejam realizados sob
condições controladas.
Significa dizer que, ter o
cuidado de fazer bem feito uma
atividade e ter um esforço
planejado para que essa
repetição seja real, a partir de
uma padronização, é uma das
chaves para o sucesso de uma
organização.
Porque você escolhe comprar
um determinado suco ou
refrigerante? Porque da última
vez, você gostou da
experiência. Se na nova compra
o sabor não for mais o mesmo
por falta de padronização nos
processos, você tenderá a
buscar outras experiências. A
36
padronização arraigada na
ISO9001 é fundamental para
que a qualidade se repita e que
os custos sejam reduzidos por
conta do ganho em escala.
38
Pensamento baseado
em risco como fator de
sucesso
Dois conceitos primordiais na
implementação da ISO9001
são: a implementação de ações
corretivas e o pensamento
baseado em riscos. As primeiras
tratam as causas do que a
norma chama de não
conformidades, e o segundo
atua de forma a evitar que
situações indesejáveis
aconteçam, ou minimar seus
impactos além do
aproveitamento de
oportunidades.
Temos uma não conformidade
quando algum requisito seja do
cliente, da norma ISO9001, da
própria organização, legais ou
regulamentares não são
atendidos.
Na maioria das
organizações tratam-se
somente os efeitos e não
as causas dos
problemas.
Um serviço não foi realizado
como prometido ao cliente, o
foco é reparar o erro realizando
um retrabalho para que o
cliente receba o serviço
esperado. Perfeito!
Mas e causa do problema não
vai ser atacada? Se não,
ocorrerá novamente. Uma
empresa certificada tem uma
sistemática formalizada para
que todas as causas das não
conformidades sejam
estudadas e ações corretivas
sejam tomadas para evitar sua
reincidência. Mais ainda, na
39
versão 2015 da ISO9001 é feita
a seguinte reflexão: se algo deu
errado, é muito provável de que
no planejamento das ações
algum risco não tenha sido
identificado. E se foi, o
tratamento para eliminá-lo ou
mitiga-lo não foi eficaz.
Ampliando a análise, pensar
sob a ótica de riscos e
oportunidades é considerar o
risco em todos os processos,
todas decisões, enfim, em toda
a organização. Possibilitando
assim, que uma organização
determine os fatores que
podem fazer com que seus
processos e seu sistema de
gestão da qualidade se tornem
ineficazes, colocando então, em
prática controles preventivos
para que esses fatores sejam
mitigados ou eliminados.
Quando analisamos
riscos e oportunidades
temos dois importantes
aliados a nosso favor:
tempo e dinheiro.
Experimente ter que resolver
um problema com urgência.
Pela falta de tempo associada,
será difícil, por exemplo,
procurar uma solução de menor
custo. É provável que tenha que
pagar mais caro, já que não
haverá tempo para pesquisar.
Não é à toa que a nova versão
da ISO9001 incorporou o
conceito de pensamento
baseado em risco de forma
sistêmica, embora tenha na
nova norma um requisito
específico sobre esse assunto.
41
Melhor qualidade de
vida
É fato, que nos tempos atuais
todos reclamam da falta de
tempo. Porém continuamos
dispondo das mesmas 24 horas
diárias e dos sete dias na
semana. Seria então razoável
entender que na realidade, não
nos falta tempo e sim, nos
sobram tarefas?
A partir dessa análise, podemos
concluir que, para que
tenhamos mais tempo, uma
alternativa lógica seria, delegar
mais.
Delegar nos exige dar ao outro
a oportunidade de fazer uma
tarefa que é nossa, mesmo
sabendo da grande
possibilidade, em tese, da
pessoa realizá-la de maneira
pior do que faríamos, mas ainda
assim precisamos delegar. É
nessa hora que é importante
entender que se a organização
possuir um sistema de gestão
da qualidade implementado,
será mais fácil delegar pois o
colaborador tem a sua
disposição, um conjunto de
controles e procedimentos que
permitem que o mesmo tenha
minimizada sua probabilidade
de erro. Muitos gestores não
delegam pois sabem que não
há um sistema que ajude o
colaborador, ficando somente
sob a sua responsabilidade dar
conta de realizar da melhor
maneira suas atividades.
Por um raciocínio lógico,
podemos afirmar que a
ISO9001:2015 permite que se
delegue mais, assim é possível
42
que os gestores e diretores
invistam seu tempo em pensar
a empresa e focar na satisfação
dos clientes, ao invés de ter que
ficar “apagando incêndios” a
cada reclamação de cliente ou
situação não conforme.
Mas é importante estar atento:
delegamos tarefas, mas não
responsabilidades. Em algumas
situações é possível
compartilhá-las, mas o principal
responsável nunca deixará de
responder pelas mesmas.
Por exemplo, um gerente
financeiro de uma empresa
pode delegar tarefas aos seus
subordinados, como controlar o
caixa e emitir relatórios, mas a
responsabilidade das contas da
empresa jamais deixará de ser
dele.
Destaco a importância de não
delegarmos as
responsabilidades, pois muitos
usam a justificativa de não
delegar, pois quando o fizeram
“deu tudo errado”. Para evitar
isso, delegue as tarefas, mas
exerça o controle. Acompanhe
de perto os resultados, isso faz
a diferença a favor da arte de
delegar.
É fácil concluir que, se
trabalhamos em uma
organização com um bom
sistema de gestão da qualidade
implementado seus
colaboradores terão mais
qualidade de vida na medida
que as ações são planejadas e
com processos controlados,
reduzindo reclamações de
clientes e stress dos
colaboradores.
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Para que esperar mais?
Melhore sua empresa já!
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investimento em qualidade. Gastando você já está.
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