Indomável

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  • SUMRIO

    Capa

    Sumrio

    Folha de Rosto

    Crditos

    Dedicatria

    Introduo

    Captulo 1 A f em prtica

    Agindo com f

    A f em prtica recompensada

    Minha f em prtica

    Feito sob medida para um propsito

    No precisa de provas

    Acreditando e conquistando

    O amor pe a f em prtica

    Guiado pela f

    Seus planos revelados

    Oportunidades aproveitadas

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  • Captulo 2 Erguendo-se de uma queda

    Acionando o poder

    Curando velhas feridas

    O lado sombrio

    Lies reveladas

    Percepo versus realidade

    Mantendo a perspectiva

    O despertar da humildade

    Permitindo que a f brilhasse

    Adoentado, mas decidido

    Captulo 3 Questes do corao

    O amor de Deus por voc o torna amvel

    Amando de dentro para fora

    Amar para aceitar

    Nunca desista do amor

    Os olhos do amor

    Bambi

    Competio do corao

    Nick apaixonado

    Dando um jeito

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  • Amor testado

    Captulo 3 Uma vida de paixo e propsito

    Encontrando sua paixo

    O tempo essencial

    Paixo de propores bblicas

    Chamado para um propsito

    Mudando de rumo

    Uma fora para sempre

    Encontrando uma paixo verdadeira

    Olhando para dentro

    Captulo 5 Corpo fraco, esprito forte

    Encontrando consolo em vez de desespero

    Por que eu?

    A adversidade gera fora

    Milagres so possveis

    Somos uma lio para os outros?

    Aflies como lies

    Sem recuperao, sem problema

    Captulo 6 Vencendo as batalhas interiores

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  • Mudando de perspectiva

    Voc amado

    Voc no est sozinho

    A mo auxiliadora

    Amigos de verdade

    Estender a mo

    Captulo 7 Lutando contra a injustia

    Um problema mundial

    Seja um bom samaritano

    A f em prtica contra a violncia

    Cyberbullying e provocaes por mensagens de texto

    Abuso ao extremo

    Captulo 8 Desistindo para alcanar algo mais elevado

    O poder da rendio

    Cedendo a Deus

    A paz da rendio

    O significado da rendio

    Pacincia e confiana

    Captulo 9 Semeie as boas sementes

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  • Servindo a um pas

    Sementes plantadas

    Valorizando um ao outro

    Trabalhando junto para o bem maior

    Captulo 10 Vivendo em equilbrio

    Um plano equilibrado para a vida

    A viso global

    Engajamento total

    Para tudo h uma poca

    Agradecimentos

    Sobre o autor

    Galeria de Fotos

    Notas

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  • NICK VUJICIC

    INDOMVELO PODER DA F EM MOVIMENTO

    Voc j se perguntou: por que comigo?Este livro o far perguntar: e por que no comigo?

    Uma histria sobre acreditar e conseguir.Sobre saber a que veio e ultrapassar seus limites.

    TraduoPaulo Polzonoff Jr.

  • Publicado sob acordo com WaterBrook Press, um selo da CrownPublishing Group, uma diviso da Random House, Inc.

    Ttulo original: UnstoppableCopyright ' 2012 by Nicholas James Vujicic

    Copyright ' 2013 Editora Novo ConceitoTodos os direitos reservados.

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou porqualquer meio, seja este eletrnico, mecnico de fotocpia,

    sem permisso por escrito da Editora.

    Verso Digital 2013

    Edio: Edgar Costa SilvaProduo Editorial: Lvia Fernandes

    Preparao de Texto: rika SReviso de Texto: Elisabete B. Pereira, Tamires Cianci

    Diagramao: Crayon Editorial, Vancia SantosDiagramao ePub: Wellington Souza

    Capa: Kristopher K. OrrAdaptao de Capa: Jorge ParedeImagem de Capa: ' Allen Mozo

    Impresso e Acabamento RR Donnelley 100513

    Este livro segue as regras da Nova Ortografia da Lngua Portuguesa

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Vujicic, Nick

    Indomvel / Nick Vujicic ; traduo Paulo Polzonoff Junior. Ribeiro Preto, SP :Novo Conceito Editora, 2013.

    Ttulo original: UnstoppableISBN 978-85-8163-050-2

    1. F 2. Incentivo - Aspectos religiosos - Cristianismo 3. Inspirao - Aspectos reli-giosos - Cristianismo 4. Sucesso -

    Aspectos religiosos - Cristianismo I. Ttulo.

    13-04391 | CDD-248.4

    ndices para catlogo sistemtico:1. Vida Crist : Cristianismo 248.4

  • Rua Dr. Hugo Fortes, 1885 Parque Industrial Lagoinha14095-260 Ribeiro Preto SPwww.editoranovoconceito.com.br

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  • Em memria do meu sogro, que conhecerei no cu, KIYOSHIMIYAHARA .

    Dedico este livro minha esposa, KANAE LOIDA VUJICIC-MIYAHARA ,

    meu maior presente e minha alegriadepois da Salvao.

  • INTRODUO

    BEM-VINDO AO MEU SEGUNDO LIVRO. Meu nome Nick Vujicic(pronuncia-se vu-ii-chich ). Mesmo que voc no tenha lido meuprimeiro livro, Uma Vida Sem Limites, voc deve ter visto meusvdeos no YouTube ou comparecido a alguma de minhas apariespelo mundo como palestrante motivacional e evangelista.

    Como voc provavelmente j sabe e pode ver pela fotografia decapa, nasci sem braos e pernas. O que voc no pode ver, mas talvezj tenha percebido, que a falta de membros no me impediu deaproveitar grandes aventuras, de ter uma carreira importante e queme satisfaz e de ter relacionamentos amorosos. Neste livro, meu ob-jetivo compartilhar com voc o poder imbatvel da f em prticaque me ajudou a criar minha maravilhosa vida, apesar da minhadeficincia.

    Pr a f em prtica tem a ver com acreditar e conquistar. Tem a vercom ter f em si mesmo, em seus talentos, seu objetivo e, mais im-portante, no amor de Deus e nos planos Dele para sua vida.

    Este livro foi inspirado por vrias pessoas de todas as idades aoredor do mundo que me pediram conselho e orientao ao lidaremcom desafios especficos em suas vidas. Elas sabem, graas s minhaspalestras, que superei adversidades, incluindo meus pensamentos ju-venis de suicdio, a preocupao de ser capaz de me manter e se euencontraria uma mulher que me amasse, minhas experincias com aviolncia verbal e fsica na escola e outros temas e inseguranas queno so exclusivamente meus.

  • Os temas dos captulos tratam das questes e dos desafios maiscomuns que as pessoas trazem tona quando falam ou escrevempara mim, entre eles:

    crises pessoais; relacionamentos; desafios de carreira e emprego; preocupaes com sade e deficincias; pensamentos autodestrutivos, emoes e vcios; bullying, perseguio, crueldade e intolerncia; lidar com coisas que esto alm do controle; como estender a mo e ajudar os outros; encontrar equilbrio entre corpo, mente, corao e esprito.

    Espero que minhas histrias e as histrias de pessoas que per-severaram em meio s suas prprias provaes muitas bem pioresdo que a minha ajudem e o inspirem a superar quaisquer desafiosque voc enfrente. No tenho todas as respostas, claro. Mas tive vri-os conselhos maravilhosos de pessoas sbias, alm do amor ebnos do meu Pai Celestial.

    Acho que voc considerar as orientaes nestas pginas tantoprticas como inspiradoras. Ao l-las, importante ter em mente quevoc nunca est sozinho. A ajuda est disponvel atravs de seus ami-gos, familiares, professores, psiclogos e clrigos. No pense que vo-c tem de lidar com seus problemas sozinho.

    Lembre-se tambm de que h provavelmente muitos outros queenfrentaram os mesmos desafios que voc enfrenta. Este livro tam-bm trar histrias de pessoas que conheo e de pessoas que me es-creveram para compartilhar suas experincias. Em alguns casos,

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  • alterei o nome, mas as histrias so autnticas e sempre inspiradorasgraas coragem, f e perseverana que demonstram.

    Quando eu era um menino tentando aceitar minha deficincia,cometi o erro de pensar que ningum sofria mais do que eu e de quemeus problemas eram insuportveis. Achava que minha falta demembros era uma prova de que Deus no me amava e de que minhavida no tinha propsito. Tambm sentia que no podia compartilharmeus problemas at mesmo com aqueles que me amavam e se im-portavam comigo.

    Estava totalmente enganado. No estava sozinho no meu sofri-mento. Na verdade, muitas pessoas lidaram com desafios maiores doque os meus. E Deus no apenas me ama como Ele tambm me crioucom objetivos que eu no podia imaginar quando criana. Ele me usade formas que continuam a me surpreender e maravilhar a cada dia.

    Saiba que, enquanto voc est neste planeta, h um objetivo e umplano para voc tambm. Deus o ama e h muitas pessoas ao seuredor entes queridos e profissionais dispostos a ajud-lo comseus problemas. O fardo que voc carrega pode parecer assustador,mas voc ver nas pginas seguintes que o poder da f em prtica mesmo inacreditvel.

    Para comear a entender isso, simplesmente tenha em mente queeste homem sem braos e pernas viaja pelo mundo, alcana milhesde pessoas e ao mesmo tempo abenoado por uma alegria e amorimensurveis. Sou to imperfeito quanto qualquer pessoa. Tenho di-as bons e ruins. s vezes os desafios se erguem e se abatem sobremim. Mas sei que, quando sou fraco, Deus forte, e que, quandocolocamos a f em prtica, somos imbatveis.

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  • UM

    A f em prtica

    PERTO DO FIM DA MINHA TURN de palestras de 2011, no Mxico, umaautoridade da embaixada norte-americana na Cidade do Mxico meligou para dizer que meu visto havia sido suspenso por conta de umainvestigao de segurana nacional.

    Moro nos Estados Unidos com esse visto porque nasci na Aus-trlia. No podia voltar para minha casa na Califrnia sem ele. Comominha equipe estava marcando vrias palestras nos Estados Unidos,era um problema srio.

    Arrastei-me para a Embaixada dos Estados Unidos com Richie,meu assistente, na manh do dia seguinte para tentar entender o quemeu visto tinha a ver com a segurana nacional. Quando chegamos,encontramos uma enorme recepo cheia de pessoas lidando comseus prprios problemas. Tivemos de pegar uma senha, como numapadaria. A espera foi tanta que tirei uma bela soneca antes que final-mente nos chamassem para que eu falasse com um funcionrio.

    Quando fico nervoso, volto-me para o humor. Nem sempre fun-ciona. H algum problema com minhas impresses digitais novisto?, brinquei. O funcionrio da embaixada me encarou. Depoischamou seu supervisor. (Talvez meu senso de humor fosse umaameaa segurana dos Estados Unidos?)

    O supervisor chegou, tambm parecendo aborrecido. Imaginei-menuma priso.

  • Seu nome foi citado como parte numa investigao, disse mecan-icamente o supervisor. Voc no pode voltar aos Estados Unidos atque tudo esteja esclarecido, e isto levar um ms.

    Fiquei lvido. Isso no pode estar acontecendo!

    Richie caiu no cho. A princpio, pensei que ele havia desmaiado,mas ele havia se ajoelhado, orando diante de duzentas pessoas. Sim,ele um timo assistente. Ele levantou os braos e as mos, pedindoa Deus por um milagre que nos levasse para casa.

    Tudo ao meu redor pareceu acelerado e lento ao mesmo tempo.Com meu corao acelerado, o funcionrio da embaixada disse quemeu nome provavelmente chamou a ateno por eu viajar bastantepelo mundo.

    Eles suspeitavam que eu fosse um terrorista internacional? Umtraficante de armas sem braos? Honestamente, no dei uma moz-inha a ningum. (Est vendo o que acontece quando fico nervoso?Detenha-me!)

    Srio, como posso ser perigoso?, perguntei ao funcionrio da em-baixada. Vou me encontrar com o presidente do Mxico e sua esposana casa presidencial amanh para a Festa dos Trs Reis Magos, entoobviamente elesno me veem como uma ameaa.

    O funcionrio da embaixada no se comoveu. No me importa sevoc vai se encontrar com o presidente Obama; voc no entrar nosEstados Unidos at que a investigao esteja finalizada, disse ele.

    A situao seria engraada se minha agenda no estivesse cheia depalestras nos Estados Unidos da Amrica. Eu tinha de voltar paracasa.

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  • No estava a fim de ficar sentado esperando que algum decidisseque os norte-americanos estavam em segurana com Nick nas redon-dezas. Implorei para o funcionrio da embaixada durante algunsminutos, explicando meus compromissos, citando o nome de pessoasimportantes, dizendo que eu tinha funcionrios que contavamcomigo e rfos que precisavam de mim.

    Ele verificou com algum de um posto mais alto pelo telefone.Tudo o que eles podem fazer tentar encerrar o processo. E issoainda levar duas semanas, disse ele.

    Eu tinha provavelmente uma dezena de palestras agendadas paraas prximas duas semanas. Mas o funcionrio da embaixada no foinada solidrio. Tudo o que podamos fazer naquele momento era vol-tar ao hotel, onde comecei freneticamente a ligar para todo mundoque eu conhecia para pedir ajuda.

    Estava me utilizando do poder da f em prtica.

    Simplesmente dizer eu acredito em alguma coisa no basta. Sevoc quer causar impacto neste mundo, precisa pr suas crenas e fem prtica. Neste caso, usei da minha crena no poder da orao.Liguei para nossa equipe na minha organizao sem fins lucrativosLife Without Limbs (LWL), na Califrnia, e pedi que elescomeassem uma corrente de orao. Vamos recorrer a algum maisalto na cadeia de comando bem alto!, eu disse.

    Minha equipe na LWL fez vrias ligaes e mandou uma enxurradade e-mails, tweets e mensagens de texto. Em uma hora, cento e cin-quenta pessoas estavam orando por uma soluo rpida para o meuproblema com o visto. Tambm liguei para amigos e apoiadores que

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  • talvez tivessem influncia, parentes, vizinhos e ex-colegas de classeno Departamento de Estado dos Estados Unidos.

    Trs horas mais tarde, algum da embaixada no Mxico me ligou.No acredito nisso, mas seu nome est limpo, disse o funcionrio.A investigao terminou. Voc pode vir pegar seu novo visto aman-h pela manh.

    Isso, meu amigo, o poder da f em prtica! Ela pode movermontanhas e pode tirar Nick do Mxico tambm.

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  • AGINDO COM F

    Em minhas viagens ao redor do mundo, pessoas com problemas ger-almente me pedem conselhos e oraes. Normalmente, elas sabem oque precisam fazer, mas tm medo da mudana ou de dar o primeiropasso pedindo ajuda ou confiando em Deus. Voc tambm talvez es-teja enfrentando problemas que o deixam se sentindo impotente,amedrontado, paralisado, inseguro e incapaz de agir. Eu entendo. Jpassei por isso. Quando adolescentes e jovens se aproximam de mime dizem que so vtimas de violncia fsica e verbal, que se sentemperdidos e sozinhos no mundo ou que tm medo por causa de defi-cincias, doenas ou pensamentos autodestrutivos, sei exatamente deonde eles esto vindo.

    Meu problema fsico fcil de ver, mas as pessoas s precisamconversar comigo ou me ouvir falar por alguns minutos para per-ceberem a alegria que tenho apesar da minha deficincia. Ento elascostumam me perguntar como me mantenho otimista e onde encon-tro foras para superar meus problemas. Minha resposta sempre :Peo a ajuda de Deus e depois coloco minha f em prtica. Eutenho f. Acredito em certas coisas sobre as quais no tenho provatangvel coisas que no posso ver, saborear, tocar, cheirar ou ouvir.Tenho, principalmente, f em Deus. Apesar de no poder v-Lo outoc-Lo, acredito que Ele me criou por um motivo e acredito que,quando coloco minha f e crenas em ao, coloco-me merc dasbnos de Deus.

    Se sempre consigo o queeu quero? No! Mas sempre consigo o queDeusquer. O mesmo serve para voc. Seja voc cristo ou no, vocnunca deve pensar que simplesmente acreditar em alguma coisabasta. Voc pode acreditar nos seus sonhos, mas tem de agir para que

  • eles se tornem realidade. Voc pode acreditar nos seus talentos e terf em suas habilidades, mas se no os desenvolver e utiliz-los, paraque servem? Voc pode acreditar que uma pessoa boa e carinhosa,mas se voc no trata os outros com bondade e carinho, onde est aprova?

    Voc tem uma escolha. Pode ou no acreditar. Mas sevoc acredit-ar no que quer quevoc acredite deve agir de acordo. Seno, porque acreditar? Voc pode ter enfrentado problemas em sua carreira,relacionamento ou sade. Talvez voc tenha sido maltratado, abu-sado ou discriminado. Todas essas coisas quelhe aconteceramdefinem voc e sua vida sevoc no agir para se definir. Voc podeacreditar nos seus talentos. Pode acreditar que tem amor para dar.Pode acreditar que capaz de superar sua doena ou deficincia. Masesta crena em si no trar uma mudana positiva para sua vida.

    Voc precisa agir.

    Se voc acredita que pode mudar sua vida para melhor ou causarum impacto positivo na sua cidade, estado ou no mundo, aja deacordo com essas crenas. Se voc acha que tem uma boa ideia paracomear um negcio, voc tem de investir seu tempo, dinheiro e tal-ento para que esse empreendimento acontea. De outro modo, paraque ter a ideia? Se voc encontrou algum com quem gostaria de pas-sar o restante de sua vida, por que no agir de acordo com essacrena? O que voc tem a perder?

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  • A F EM PRTICA RECOMPENSADA

    Ter f, crenas e convices timo, mas sua vida medida pelasaes que voc pratica em relao a essas coisas. Voc pode criar umabela vida em torno das coisas nas quais voc cr e tem f. Construminha vida em torno da minha crena de que posso inspirar e levaresperana s pessoas que tm problemas em suas vidas. Essa crenase baseia na minha f em Deus. Tenho f de que Ele me ps nestemundo para amar, inspirar e encorajar os outros e, principalmente,para ajudar quem est disposto a aceitar Jesus Cristo como Senhor eSalvador. Acredito que jamais poderei conquistar meu lugar no Cu epela f aceito o dom do perdo dos pecados por meio de Jesus Cristo.Mas h tanto mais alm de entrar nos Portes de Prola. Tem a vertambm com enxergar outras pessoas mudadas pelo poder do SeuEsprito Santo, tendo uma relao prxima com Jesus Cristo aolongo da vida e depois ser recompensado no Cu.

    Ter nascido sem braos e pernas no foi uma maneira de Deus mepunir. Hoje sei disso. Acabei percebendo que essa deficincia naverdade reforava minha capacidade de servir ao propsito Delecomo palestrante e evangelista. Voc pode se sentir tentado a pensarque estou dando uma grande demonstrao de f por me sentir as-sim, j que a maioria das pessoas considera minha falta de membroscomo uma grande deficincia. Ao contrrio, Deus usou minha faltade membros para atrair as pessoas at mim, principalmente outrascom deficincias, de modo que eu possa inspirar e encoraj-las comminhas mensagens de f, esperana e amor.

    Na Bblia, Tiago disse que nossas aes, e no nossas palavras, soprovas de nossa f. Ele escreveu em Tiago 2:18: Mas dir algum: Tu

  • tens a f, e eu tenho as obras; mostra-me a tua f sem as tuas obras, eeu te mostrarei a minha f pelas minhas obras.

    Ouo isso como se dissesse que nossasaes esto para nossa f ecrenas assim como nossoscorpos esto para nossos espritos. Seucorpo abriga seu esprito, a evidncia de sua existncia. Do mesmomodo, suas aes so provas da sua f e crenas. Voc no tem dvi-das ao ouvir a expresso cumprir o que fala. Sua famlia, amigos,professores, chefes, colegas, consumidores e clientes esperam que vo-c viva de acordo com as crenas e convices que voc afirma ter. Sevoc no fizer isso, eles se manifestaro, no?

    Nossos semelhantes nos julgam no pelo que dizemos, e sim peloque fazemos. Se voc afirma ser boa me e esposa, ento s vezes vo-c tem de pr os interesses de sua famlia acima dos seus. Se vocacredita que seu propsito compartilhar seus talentos artsticoscom o mundo, ento voc ser julgado pelas obras que produz, nopor aquelas que apenas prope. Voc tem de cumprir o dito; de outromodo, voc no tem credibilidade com os outros ou com vocmesmo porque voc tambm deveria exigir que suas aes corres-pondessem s suas palavras. Se no, voc nunca viver em harmoniae com satisfao.

    Como cristo, acredito que o juiz final de como vivemos Deus. ABblia nos ensina que o julgamento Dele se baseia em nossas aes,no em palavras. Apocalipse 20:12 diz: E vi os mortos, grandes epequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; eabriu-se outro livro, que o da vida. E os mortos foram julgadospelas coisas que estavam escritas nos livros,segundo as suas obras.Ajo de acordo com minhas crenas viajando pelo mundo e encora-jando as pessoas a se amarem e amarem a Deus. Satisfao-me com

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  • esse propsito. Acredito fielmente que foi para isso que fui criado.Quando voc agir de acordo com suas crenas e pr sua f em prtica,voc tambm se sentir pleno. E, por favor, no se sinta desencora-jado se nem sempre tiver certeza do seu propsito e de como age emrelao a ele. Eu enfrentei dificuldades. Ainda as enfrento. E voctambm as enfrentar. Eu fracasso e estou longe da perfeio. Mas osfeitos so apenas os frutos o resultado da real convico da Ver-dade. A Verdade o que nos liberta, no o propsito. Encontrei meupropsito porque estava em busca da Verdade.

    difcil encontrar propsito ou o bem em circunstncias difceis,mas esta a jornada. Por que tem de haver uma jornada? Por que umhelicptero simplesmente no o pega e o leva at o fim da linha?Porque ao longo de tempos difceis voc aprender mais, ter mais f,amar mais a Deus e a seu prximo. a jornada da f que comea etermina no amor.

    Frederick Douglass, o escravo norte-americano que se tornou ativ-ista social, disse: Se no h dificuldade, no h progresso. Seucarter formado pelos desafios que voc enfrenta e supera. Sua cor-agem aumenta quando voc encara seus medos. Sua fora e f socriadas medida que so testadas na sua experincia de vida.

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  • MINHA F EM PRTICA

    Descobri repetidas vezes que, quando pedimos a ajuda de Deus e de-pois agimos, sabendo em nossos coraes que Ele est nos observ-ando, no h motivo para termos medo. Meus pais me ensinaramisso, principalmente pela maneira como eles viveram todos os dias.Eles so os maiores exemplos da f em prtica que j conheci.

    Apesar de chegar a este planeta sem, como diz minha me, algunspedaos e peas, fui abenoado de vrias, vrias maneiras. Meuspais sempre estiveram presentes para mim. Eles no me mimaram.Eles me disciplinaram quando foi preciso e me deram espao paraque eu cometesse meus prprios erros. Eles so, principalmente,maravilhosos exemplos de conduta.

    Fui o primeiro filho deles e com certeza uma surpresa. Apesar detodos os exames pr-natais, o mdico da minha me no detectounenhum sinal de que eu viria a este mundo sem braos ou pernas.Minha me era uma enfermeira com experincia e que havia auxili-ado em centenas de partos, ento ela tomou todos os cuidados dur-ante a gravidez.

    Desnecessrio dizer, ela e meu pai ficaram assombrados quandonasci sem os membros. Eles so cristos devotos. Na verdade, meupai era um pastor amador. Meus pais oraram por orientao en-quanto eu passava por vrios exames depois do meu nascimento.

    Como todos os bebs, no vim com um manual de instrues, masmeus pais com certeza teriam aceitado um pouco de orientao. Elesno conheciam outros pais cujos filhos nasceram sem membros nummundo projetado para pessoas completas.

  • A princpio, eles ficaram arrasados, como quaisquer pais ficariam.Raiva, culpa, medo, depresso, desespero as emoes tomaramconta deles nas primeiras semanas. Muitas lgrimas foram derrama-das. Eles sofreram pela criana perfeita que imaginaram, mas notiveram. E tambm sofreram porque temiam que minha vida fossedifcil.

    Meus pais no podiam imaginar que planos Deus tinha para aquelemenino. Mas, depois de se recuperarem do choque inicial, eles de-cidiram confiar em Deus e pr a f deles em prtica. Eles desistiramde tentar entender por que Deus lhes deu uma criana daquele jeito.Ao contrrio, meus pais se renderam ao plano Dele, qualquer quefosse, e me criaram da melhor maneira possvel, da nica maneirapossvel: amando-me um dia de cada vez.

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  • FEITO SOB MEDIDA PARA UM PROPSITO

    Depois que meus pais exauriram todos os recursos mdicos na Aus-trlia, eles buscaram ajuda para mim no Canad, nos Estados Unidose em todos os lugares do mundo que ofereciam esperana e inform-aes. Eles nunca encontraram uma boa explicao mdica paraminha condio, apesar de vrias teorias terem surgido. Meus irmosAaron e Michelle nasceram anos mais tarde com todos os membros,ento um defeito gentico no parecia ser o problema.

    Depois de algum tempo, oporqu da minha criao se tornoumenos importante para meus pais do que ocomo da minha sobre-vivncia. Como aquele menino aprenderia a se mover sem as pernas?Como ele cuidaria de si mesmo? Como iria para a escola? Como gan-haria a vida quando adulto? Nada disso me preocupava quando beb,claro. No tinha conscincia de que meu corpo no era o padro.Achava que as pessoas ficavam olhando para mim porque eu era ad-orvel. Tambm acreditava que era indestrutvel e imbatvel. Meuspobres pais mal podiam conter o medo quando eu rotineiramente melanava como um saco humano do sof para o cho, em assentos decarro e pelo jardim.

    Voc pode imaginar a preocupao deles quando me viram pelaprimeira vez andando de skate por uma ladeira.Olhe s, mame,sem as mos! Apesar de seus esforos para me dar cadeiras de rodase outros aparatos, eu teimosamente desenvolvi uma abordagem pr-pria de mobilidade. A pele da minha testa ficou grossa como a peledas solas dos ps porque eu insistia em me levantar apoiando-mecontra paredes, mveis ou qualquer outro objeto, lentamente empur-rando meu corpo para cima.

  • Para o horror de muitos observadores inocentes, eu tambm tendiaa me lanar em piscinas e lagos depois que descobri que podia nadare me manter flutuando com um pouco de ar nos pulmes e agitandomeu pezinho. Aquele pequeno e til apndice se provaria valorosodepois que uma operao foi realizada para separar dois dedosfundidos, permitindo-me manipul-los com surpreendente destreza.Com o surgimento de celulares e notebooks, podia usar meu p paraescrever, o que tambm provou ser uma bno.

    Por fim, aprendi a me focar em solues em vez de nos problemas,fazer em vez de ficar sofrendo. Descobri que, quando agia sobre al-guma coisa, havia um efeito bola de neve. Meu mpeto e meuspoderes para resolver problemas aumentavam. Diz-se que o Universorecompensa a ao, e isso com certeza serve para mim.

    Dia aps dia, Deus revelou Seus planos para mim. Seus medos epreocupaes diminuiro tambm se voc volt-los para Deus e agircom f, buscando solues, mpeto e confiando que Deus lhemostrar o caminho.

    Voc ainda encarar desafios e frustraes. Eles fazem parte davida. Mas, quando voc pe a f em prtica, tende a ser imbatvel,vendo os obstculos como oportunidades de aprendizado e cresci-mento. Honestamente, eu nem sempre aceito bem os problemas. svezes, quando eles surgem, quero perguntar a Deus: Voc j no medeu problemas o bastante?. Mas vrias vezes fui capaz de aplicar oque aprendi e de me sair melhor da experincia, por mais difcil queela fosse.

    Tive tantas oportunidades de aprendizado que deveria ser ummestre do Universo agora. Como voc deve imaginar, meus maioresproblemas ocorreram na adolescncia, poca da vida em que estamos

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  • tentando entender quem somos e como nos encaixamos ou no no mundo.

    Apesar de ter muitos amigos e de ser popular na escola, houvepessoas que me atormentaram. Mais de uma vez, me deparei commomentos de crueldade. Apesar de meu otimismo natural e espritodeterminado, cada vez mais percebia que jamais me pareceria com osoutros, nem seria capaz de fazer todas as coisas que as pessoas comcorpos normais fazem.

    Por mais que eu tentasse fazer piada com minha falta de membros,cada vez mais me sentia atormentado pelo pensamento de que seriaum fardo para os que me amavam, porque no seria capaz de mesustentar. Meu outro grande medo era o de que nunca me casasse outivesse uma famlia, porque nenhuma mulher iria querer um homemque no pudesse abra-la, proteg-la ou segurar seus filhos.

    Naqueles anos da adolescncia, preocupava-me constantemente emeus pensamentos tornaram-se sombrios. No conseguia imaginarpor que Deus me criaria para sofrer tamanha privao e solido. Eume perguntava se Ele estava me castigando ou se tinha qualquer con-scincia de mim. Eu fui um erro? Como um Deus que ama todos osSeus filhos pode ser to cruel?

    Entre os oito e dez anos, aqueles pensamentos sombrios deramorigem a desespero e impulsos destrutivos. Comecei a pensar emsuicdio. Percebi-me planejando me jogar de um penhasco ou meafogar na banheira, onde meus pais no tinham mais medo de medeixar depois que aprendi a nadar.

    Por fim, tentei o suicdio na banheira quando tinha dez anos de id-ade. Tentei vrias vezes rolar e manter meu rosto na gua, mas no

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  • consegui me manter assim. Continuava pensando na dor e na culpaque afligiriam meus pais para o restante da vida deles se eu tirasseminha prpria vida. No podia fazer aquilo para eles.

    No ponto mais baixo, eu no conseguia ver que minha vida tinhaum propsito. Se eu no podia me manter e no era digno do amorde uma mulher, para que eu servia? Meu temor era o de que euplanasse pela vida, solitrio e um fardo para minha famlia. Meudesespero juvenil se baseava numa falta de f em mim mesmo, nomeu propsito e no meu Criador. No conseguia enxergar meu cam-inho e assim no acreditava que fosse possvel viver uma vida satis-fatria e com um objetivo. Como Deus no atendeu meu pedido deum milagre que me desse braos e pernas, perdi a f Nele tambm.

    Voc talvez tenha passado por uma experincia semelhante. Talvezesteja enfrentando um problema agora mesmo. Se sim, por favor, en-tenda como eu estava errado e como minha viso se tornou limitadapela minha falta de f. Esqueci-me de que Deus no comete erros esempre tem um plano para ns.

    Nos anos seguintes, Seus planos aos poucos se revelaram a mim eminha vida progrediu de uma maneira que nunca ousei sonhar. Meuspais me encorajaram a contar com meus colegas e a confiar que amaioria deles me aceitaria. Ao fazer isso, descobri que eles na ver-dade estavam inspirados por minhas histrias de superao daminha deficincia. Alguns at me achavam engraado! A aceitaodeles me motivou a dar palestras em organizaes estudantis egrupos de igrejas. A reao positiva s minhas palestras me abriu osolhos. Com o tempo, percebi que meu objetivo de vida era inspirar osoutros a superarem seus prprios problemas e aproxim-los de Deus,se estivessem dispostos.

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  • Acabei por acreditar no meu valor prprio. Minha f em Deus ficoumais forte medida que eu agia. Quando pus minha f em prtica eembarquei numa carreira como palestrante internacional e evan-gelista, fui recompensado com uma vida alegre e incrivelmentevaliosa que me levou por todo o mundo, apresentando-me para mil-hes de pessoas e agora paravoc!

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  • NO PRECISA DE PROVAS

    Voc e eu no podemos ver o que Deus tem guardado para ns. Porisso que voc nunca deve acreditar que seus piores temores so seudestino ou que, quando voc est deprimido, nunca mais se le-vantar. Voc tem de ter f em si mesmo, no seu objetivo de vida e noplano de Deus para a sua vida. Depois voc deve deixar seus medos einseguranas de lado e confiar que encontrar seu caminho. Vocpode no ter ideia do que est sua frente, mas melhor agir sobre avida do que simplesmente deixar que a vida aja sobre voc.

    Se voc tem f, no precisa de provas voc a vive. Voc no pre-cisa das respostas certas, apenas das perguntas certas. Ningum sabeo que o futuro lhe reserva. Na maior parte das vezes, o plano de Deusest alm da nossa compreenso e em geral at mesmo alm da nossaimaginao. Com dez anos, eu jamais acreditaria que, dez anos maistarde, Deus me enviaria pelo mundo para falar a milhes de pessoas,inspirando-as e as levando a Jesus Cristo. Nem podia saber que oamor da minha famlia um dia seria igualado e at mesmo superadopelo amor da jovem bela, destemida, espiritualizada e inteligente querecentemente se tornou minha esposa. Aquele menino desesperadoao pensar em seu futuro hoje est em paz como homem. Sei quemsou e dou um passo de cada vez, sabendo que Deus est ao meu lado.Minha vida abundante de objetivos e amor. Se meus dias so de-spreocupados? Se todos os dias so abenoados com a luz do Sol eflores? No, todos sabemos que a vida no assim. Mas agradeo aDeus por todos os instantes em que me permite seguir pelo caminhoque Ele abriu para mim. Voc e eu estamos aqui por um motivo.Descobri o meu, e voc deveria pensar na minha histria como umsinal certo de que seu caminho o aguarda tambm.

  • ACREDITANDO E CONQUISTANDO

    Quando voc aceita, com f, que encontrar seu objetivo e depoisdar um passo atrs do outro no caminho da descoberta, vocdescobrir, como descobri, que a viso que Deus tem da sua vida maior do que voc consegue imaginar. Eu, por exemplo, posso nuncareceber o milagre de ter braos e pernas, mas j vi vrias vezes queposso ser um milagre para algum. Por meio de minhas experincias,inclusive o desespero que levou minha tentativa de suicdio, possome relacionar com os problemas alheios.

    Posso ser o milagre que lhe abre os olhos, que o inspira, que lhe dcoragem, que lhe assegura de que voc amado e que o faz progredirpara servir a seu propsito.

  • O AMOR PE A F EM PRTICA

    A f em prtica tem a ver com o amor. Amo-o tanto que me importo osuficiente para servi-lo e ajud-lo e ouvi-lo, para inspir-lo e enco-raj-lo. Tudo remonta ao amor. Temos o poder de amar sem limites eprecisamos ativar esse amor, no apenas para satisfazermos nossopropsito, mas tambm para exercermos um papel testemunhandotodo o mundo em paz e vivendo plenamente. Se sua jornada comeae termina no amor, quero ser parte do amor divino que o acompanha.

    O apstolo Paulo disse: Ainda que eu falasse as lnguas dos ho-mens e dos anjos, e no tivesse amor, seria como o metal que soa oucomo o sino que tine. (...) e ainda que tivesse toda a f, de maneira talque transportasse os montes, e no tivesse amor, nada seria.

    Num mundo que geralmente parece rude e cruel, temos a tendn-cia de ignorar o fato de que Deus nos ama. Ele enviou Seu Filho parapagar o preo e morrer por ns. Ele sempre est l para ns. Quandovoc conhece a fora de Deus, tudo o que quer fazer am-Lo e amartodos ao seu redor. s vezes voc pode se esquecer disso. Sei que meesqueci. Mas descobri que, quando estou mais confuso quanto aoplano de Deus para mim, quando estou em srias dificuldades paracompreender o que devo fazer para servir a Seu propsito, Ele colo-car algum no meu caminho ou criar uma situao para revelar opropsito ou testar se estou cumprindo com minha palavra. Minhaexperincia com Felipe Camiroaga um dos mais recentes e emo-cionantes exemplos disso.

    Durante anos, Felipe foi coapresentador de um programa de tele-viso no Chile que era to popular quanto o The Oprah WinfreyShow era nos Estados Unidos. Ele e Carolina de Moras apresentavam

  • o mais antigo talk show do Chile,Buenos Dias a Todos, ou seja,Bom dia a todos. O programa o de maior audincia da TVN, redede televiso estatal chilena. Fui convidado a aparecer nesse programadurante minha segunda visita ao Chile, em setembro de 2011. A en-trevista duraria vinte minutos, o que muito tempo para um convid-ado, principalmente quando se precisa de um tradutor. Mas meu en-contro com Felipe e Carolina acabou durando quarenta minutos, umfato quase indito para o programa. Melhor ainda, para mim, foi ofato de que meus anfitries me permitiram falar vontade sobre oque a f significa para mim e como a ponho em prtica viajando omundo como evangelista e palestrante inspiracional. Felipe pareciarealmente interessado em minha mensagem, o que me surpreendeu.

    Eu no o conhecia bem, mas sabia de sua reputao como o maiscobiado solteiro do Chile um homem cuja vida amorosa semprefoi de interesse da imprensa. Muitas pessoas pareciam pensar emFelipe apenas como uma celebridade, mas durante nossa entrevistaele fez perguntas srias sobre temas espirituais.

    Ele me perguntou, por exemplo, como conheci Deus. Disse quepara isso preciso f, que o ato de acreditar em algo sem que existauma prova fsica. Falei que minha f em Jesus o caminho para oCu e a vida eterna. Tambm confessei para Felipe e Carolina e aaudincia deles que sou uma pessoa ambiciosa: noventa anos nesteplaneta no so o suficiente para mim; quero viver para sempre noCu. Mas h uma coisa melhor do que ir para o Cu: encorajar aomenos uma pessoa a me acompanhar, eu disse. Isto o que me dfora. Mantenho um par de sapatos no armrio porque acredito emmilagres, mas no h milagre maior do que ver algum se aproxim-ando de Deus. Ento ore para ter f e Deus o ajudar, um dia de cadavez.

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  • Ao falar, uma onda de gratido se abateu sobre mim. Sentia-megrato por ser capaz de expressar minha f abertamente e durantetanto tempo no programa de Felipe. Tambm notei que Felipe pare-cia emocionalmente afetado pelas minhas palavras. Lgrimas se acu-mulavam em seus olhos. Carolina tambm parecia ouviratentamente.

    Sou um evangelista, ento naturalmente presumi que o interessedeles era uma permisso para falar. Quando me perguntaram sehavia limites para a minha f, respondi que, apesar de no poderdizer que tudo seja possvel, no h limites para a alegria e a pazdentro de mim, no importa o que me acontea. Queria poder dizers pessoas que, se elas amam Deus, tudo ficar bem. A verdade queas pessoas ainda sofrem. Elas enfrentam doenas, problemas fin-anceiros, relacionamentos frustrados e a perda de entes queridos.Tragdias ocorrem cotidianamente, e acredito que elas foram feitaspara que aprendamos com elas. Tenho esperana de que, quandopessoas que esto sofrendo virem que tenho uma vida feliz, elaspensaro: Se Nick, sem pernas e braos, sente-se grato, entoficarei grato pelo dia de hoje e farei meu melhor.

    Disse a Carolina e Felipe que passara apuros havia alguns meses(sobre os quais falarei mais adiante). Sei sempre que Deus est ali,mas Ele ainda me confunde s vezes. difcil quando voc atravessaum vale. Apenas lembre-se: Vou aprender algo neste vale que deoutro modo no aprenderia e sou quem sou hoje por causa das coisaspelas quais passei, disse-lhes.

    Voc tambm talvez tenha se sentido assombrado por aconteci-mentos e confuso por como algo pode fazer parte do plano que Deustem para voc. Como disse naquele dia para meus anfitries na TV,

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  • possvel atravessar os tempos mais difceis caminhando na f umpasso de cada vez, sabendo que todos os dias, cada vez que se respira,e todos os momentos so um presente de Deus, sendo grato o tempotodo a Ele. O maior perigo pensar que voc no precisa de Deus,eu disse.

    Durante todo o tempo em que falava, estava maravilhado com ofato de no haver ningum sinalizando para que meus anfitries meinterrompessem, me agradecessem e me mandassem embora. Emdeterminado momento, Felipe trouxe uma bola de futebol e me pediupara demonstrar minhas habilidades com a bola que, como vocpode imaginar, se limitam a cabeadas e chutinhos.

    Para minha incredulidade, eles tambm tocaram todo o meu clipemusical que havia sido lanado recentemente. Por fim, quando o pro-grama terminou, senti-me to grato por tudo o que eles me deramque passei cinco minutos agradecendo Felipe e Carolina e todos osseus espectadores. Depois orei por eles e pedi ao Esprito Santo quese manifestasse, tocasse seus coraes e lhes desse fora, paz e o con-solo de saberem que Deus os ama, que tem um plano para eles esempre estar com eles. Tambm pedi a Jesus que nos ajudasse a ter-mos f e a acreditarmos Nele.

    Novamente continuei esperando que algum surgisse no cenriocom um gancho para me tirar do palco, mas isso no aconteceu.Srio, tive tanto tempo de exposio que comecei a me perguntar semeus pais, primos ou outras pessoas que me apoiavam secretamenteinvadiram o estdio, tomaram de assalto o lugar do diretor e contro-laram as cmeras. Mais tarde ficaria sabendo que o diretor do pro-grama era cristo e um f, e que ele disse equipe para seguirem como programa. Depois o diretor chorou e me agradeceu

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  • carinhosamente. Eles disseram que nunca tiveram um retorno topositivo com telefonemas, agradecendo TVN por permitir que eucompartilhasse minha histria.

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  • GUIADO PELA F

    Minha apario no programa matinal de Felipe e Carolina foi umaexperincia to boa que ainda estava empolgado tarde ao voltarpara meu hotel. Estava animado, por isso liguei a msica e fiqueinavegando pela internet. Ento o telefone do hotel tocou. Era aminha intrprete no programa. Ela disse que houvera um acidente eque eu tinha de ver o noticirio imediatamente. Um aviso de notciaurgente apareceu, e eles mostraram a foto de Felipe e o local de umacidente de avio. Entendia espanhol o bastante para compreenderque o acidente fora numa ilha remota, e, para meu horror, Felipe eraum dos 21 passageiros a bordo, juntamente com outros funcionriosda TVN.

    Equipes de busca foram enviadas. O acidente ocorreu no ar-quiplago Juan Fernndez, a centenas de quilmetros da costa doChile, por isso os reprteres estavam reticentes. Ningum sabia aindase havia sobreviventes. Felipe estava entre os cinco funcionrios daTVN que foram enviados ilha para filmar uma reportagem sobre osesforos de reconstruo desde que um terremoto e tsunami var-reram a principal cidade da ilha em 2010. Os reprteres chilenos dis-seram que o avio da Fora Area do Chile no qual eles estavamtentara pousar duas vezes com o tempo ruim antes de bater. Baga-gens e outros destroos foram encontrados no oceano, perto da pistade pouso da ilha.

    Ao assistir reportagem sobre o acidente e os esforos de buscas,senti-me mal. Conhecia Felipe h apenas algumas horas, mas aindaassim podia dizer que ele se sentira afetado por nossa discusso a re-speito da f. Ele parecia verdadeiramente emocionado quando faleisobre ambicionar uma vida longa na Terra e sobre meu desejo de

  • uma vida eterna com Deus. O carter das perguntas dele e do seu ol-har, assim como sua reao emotiva, deram-me a sensao de queaquele homem estava em busca de uma vida mais espiritualizada. Sconseguia pensar em Felipe e nas outras pessoas no avio e no sofri-mento de suas famlias e entes queridos. Orei por eles. Era difcil pre-star ateno em outra coisa, mas tinha me comprometido mesesantes a falar na noite seguinte para cinco mil pessoas, ento tinha deme preparar para isso, apesar da tragdia.

    A imprensa chamou minha apario no programa de Felipe de altima entrevista, e todas as estaes a estavam reproduzindoquando no transmitiam os reprteres em meio operao de buscae resgate. Horas se passaram sem notcias de sobreviventes. Primeiroeles encontraram apenas destroos e depois descobrimos que os cor-pos foram encontrados um a um, sem serem ainda identificados.

    Mais tarde, um executivo da TVN entrou em contato comigo e meperguntou se eu podia voltar estao para liderar uma orao tele-visionada pelas pessoas do avio e por seus familiares, amigos e cole-gas de trabalho. Concordei, mas me perguntava como podia lhesoferecer esperana e ao mesmo tempo abrir espao para o luto. Aindano havamos ouvido notcia de sobreviventes tampouco se todos ospassageiros haviam sido encontrados. Na orao televisionada pelaTVN, notei que, quando vi as notcias do acidente pela primeira vez,disse a algum: Graas a Deus que existe o Cu. Sentia penadaqueles que morreram ou sofreram com o acidente areo, mas meconsolava com a crena de que eles encontrariam a paz e o amor deDeus na prxima vida. O Cu real e Deus real, ento temos degarantir que nossa caminhada com Ele tambm seja real, disse emminha mensagem. Vamos passar por isso do mesmo modo que

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  • meus pais me ensinaram a viver: um dia de cada vez e com Cristo aonosso lado.

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  • SEUS PLANOS REVELADOS

    Quando conclu minha apario diante das cmeras, os executivos daTVN me pediram para falar para a equipe de quase 300 pessoas. Tivede recorrer a todas as minhas foras para me conter diante do grupoem luto que temia ter perdido seus colegas no acidente. Estava emo-cionado tambm, principalmente depois que a mulher que serviu deintrprete com Felipe e Carolina se aproximou e me abraou, chor-ando. Ela considerava Felipe um exemplo de vida, algum que ela ad-mirava muito, e estava muito perturbada.

    Depois de consol-la e orar com ela, um diretor da TVN me puxoude lado. Nick, quero que voc saiba o que aconteceu com Felipe de-pois do seu programa ontem, disse ele. Fiquei atordoado porque eleparecia at animado em meio ao ambiente sombrio, mas, quando mecontou sua histria, entendi seu sentimento de alegria. Aquele era omesmo cristo que dirigira minha apario no dia anterior e que per-mitiu que minha entrevista fosse duas vezes mais longa do que oprevisto. Ele me disse que minha interpretao quanto a Felipenaquele dia fora precisa. A celebridade estava numa busca espiritualh tempos, tentando encontrar um caminho que levasse a Deus.

    O diretor disse que discutira vrias vezes questes de f comFelipe, na esperana de aproxim-lo do Senhor. Felipe estava maisperto de aceitar Jesus em seu corao, mas ainda no se compromet-era. O diretor havia muito dissera a Felipe que um dia esperava setornar um pregador em tempo integral para que pudesse falar aosnecessitados do Chile. Depois da minha apario no programa,Felipe disse que finalmente conseguiu ver o valor naquela mudanade carreira.

  • O diretor disse que eu talvez tenha ajudado Felipe a se aproximarde Deus horas antes do acidente de avio. Ao ouvir isso, agradeci aDeus mais uma vez por revelar Seus planos para mim. bom pensarque posso ter sido um instrumento nas mos Dele, usado para ajudaros outros.

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  • OPORTUNIDADES APROVEITADAS

    Mais tarde, naquela noite, estava falando h alguns minutos diantede cinco mil pessoas na Movistar Arena, em Santiago, quando umamulher entrou no palco e sussurrou em meu ouvido que o governohavia oficialmente anunciado que a tripulao e todos os 21 pas-sageiros a bordo do avio de Felipe haviam morrido no acidente.

    Ocasies como esta podem nos parecer injustas. Quando se de-parar com a morte de um amigo ou ente querido, com a doena, rela-cionamentos rompidos ou crises financeiras, voc no deve culparDeus. Ao contrrio, opte por ter f. Saiba que ele o consolar comalegria, paz, fora e amor.

    Sofri pela perda das vidas e meu corao esteve com os familiaresdos mortos no acidente de avio. Mas me sentia grato pelo fato deque meu testemunho e minhas respostas s perguntas de Felipe dur-ante nossa entrevista talvez o tenham ajudado a se aproximar umpouco em seu caminho para a salvao eterna.

    Depois de ficar sabendo que no havia sobreviventes no acidenteareo, parei por um instante e compartilhei a notcia com a plateia.Os homens e mulheres se consolaram. Muitos chorarammansamente nos ombros da pessoa ao lado. Pedi a todos que se jun-tassem a mim numa orao pelas famlias e amigos das vtimas, portodo o pessoal da TVN e por todos os chilenos que nos anos recentesviveram acidentes de avio, terremotos e o colapso de uma mina queprendeu 33 mineiros debaixo da terra em minha primeira visita aeste pas havia apenas um ano. Depois contei plateia sobre a mara-vilhosa entrevista que eu dera a Felipe e Carolina no dia anterior.Disse-lhe que eles foram generosos por estenderem a entrevista de

  • vinte para quarenta minutos. E dividi com eles esta reflexo: Nosabia que a primeira vez que me encontrei com Felipe tambm seriaa ltima.

    um pensamento agridoce. Amargo porque Felipe e eu es-tabelecemos uma conexo naquele dia, e eu queria discutir com ele af de uma maneira mais profunda algum dia. Agora no teria estaoportunidade. E doce porque no perdi a minha oportunidade maisimportante com Felipe. Sou um homem de f e agi de acordo comesta, proclamando-a e compartilhando minhas crenas com Felipequando ele me fez perguntas. No hesitei. Acredito que meupropsito levar o mximo de almas at Deus e agi de acordo comeste propsito.

    Sinto muito por Felipe e os outros a bordo do avio no estaremmais conosco, mas no me arrependo da minha interao com o ap-resentador de televiso. Na verdade, sinto-me abenoado por Deuster permitido que eu compartilhasse minha f.

    Voc nunca deve perder a oportunidade de agir de acordo com suaf e crenas porque voc pode ser a ltima pessoa a influenciar al-gum, a lhe dar coragem e inspir-lo. Ningum de ns sabe quandochegar nossa hora de partir desta vida para a prxima. Por isso que voc deve definir seu propsito na vida. Decida o que voc sabecom base em fatos e tambm no que voc acredita com base na f.Depois aja para cumprir seu propsito de acordo com essas con-vices. Voc nunca se arrepender de viver assim.

    Expus minha f e crenas para Felipe, Carolina e seus milhes deespectadores. Disse a eles exatamente como me sentia e por que mesentia daquela maneira. Admiti que nem sempre era forte, que tinhadvidas s vezes e que tambm me sentia confuso. Minha f forte,

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  • mas s vezes difcil ver claramente como tudo tem um propsito.Mas aceitar a jornada e acreditar que voc no est sozinho o quetento ensinar aos outros.

    No me arrependo de me abrir e expor minha f. Seja qual for opropsito a que voc pretende servir, voc deveria fazer o mesmo.Quando voc pe sua f e crenas em prtica, descobre a vida para aqual voc foi criado.

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  • DOIS

    Erguendo-se de uma queda

    AINDA NO COMPLETEI TRINTA ANOS, mas j consegui criar uma vidade realizao. Minha organizao evangelizadora sem fins lucrativos(Life Without Limbs) e meu empreendimento de DVDs e palestrasmotivacionais (Attitude is Altitude) me levaram ao redor do mundopara servir aos outros. Nos ltimos sete anos, falei para mais dequatro milhes de pessoas, fazendo 270 aparies por ano e cruz-ando o globo e visitando 43 pases.

    Mas, em dezembro de 2010, encontrei um obstculo.

    s vezes, quando a vida parece fluir e voc est agindo com foratotal, surge um obstculo em seu caminho e bam! Assim que vocpercebe, seus amigos e familiares esto reunidos ao redor da suacama, acariciando-lhe os cabelos, batendo em seus ombros e lhedizendo que tudo ficar bem.

    Voc j passou por isso tambm? Talvez voc esteja passando porisso, deitado e se sentindo como diz a velha cano de blues: Beendown so long it looks like up to me (Estive no fundo do poo portanto tempo que parece o alto para mim).

    Conheo bem essa sensao. Na verdade, em minhas palestras ger-almente encorajo minha plateia a fazer o que for preciso para lutarcontra a adversidade, demonstrando meu mtodo de me erguer sembraos nem pernas. Eu deito com a barriga para baixo e depois aplicomeu movimento registrado de testa-impulso-levantamento para

  • retornar posio vertical. Depois digo plateia que sempre queparece no haver uma sada, h sempre uma sada. Ao longo dosanos, desenvolvi um pescoo, ombros e peito fortes por me erguerdessa maneira.

    H momentos em que tenho dificuldades para me erguer de umobstculo. Uma grande crise como um problema financeiro srio, umemprego perdido, um relacionamento rompido ou a perda de umente querido pode ser difcil para qualquer um. Mesmo um problemamenor pode parecer assombroso se voc j est ferido ou vulnervel.Se voc se percebe com mais dificuldades do que o normal com umdesafio, meu plano de recuperao recomendado agradecer quelesque se importam com voc, ter pacincia com seus prprios senti-mentos, fazer o melhor para compreender a realidade em relao semoes em jogo e pr sua f em prtica. Por mais difcil que parea,progrida um passo por vez, dia aps dia, sabendo que haver liesvaliosas a ser aprendidas e fora a ser conquistada a cada teste. Hcerta paz em saber que h um plano maior para a sua vida e que seuvalor, propsito e destino no so determinados pelo que acontece avoc, e sim por suas reaes.

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  • ACIONANDO O PODER

    Minha ideia de colocar a f em prtica durante perodos de crise oudesafios extremos tem trs aspectos. Primeiro, voc precisa fazerajustes internos para gerenciar suas emoes de modo que elas no odominem. Isso permitir que voc controle sua vida e reaja com in-teligncia um passo de cada vez. Depois, lembre-se de como vocperseverou durante a adversidade no passo e saiu dela mais forte esbio. Por fim, ponha sua f em prtica externamente estendendo amo, e no apenas buscando a ajuda e o encorajamento dos outros, esim os ajudando e os encorajando tambm. H um poder de cura emdar e receber.

    Minha crise recente me deixou mal por muito tempo, mais do quenunca na minha vida adulta. A experincia me lembrou mais uma vezde que ter f no o bastante: voc precisa viver sua f colocando-aem prtica dia aps dia.

    Estou prestes a expor minha alma a voc, citando minha reaoinicial a uma situao difcil como um bom exemplo de um mau ex-emplo. Vou compartilhar minha dor para poup-lo de tormentossemelhantes. Mas voc tem de me prometer que vai compreenderessa lio com o corao, porque no fcil escrever sobre isso.Certo, amigo?

    Apesar de eu no desejar dificuldades para ningum, grandescrises parecem fazer parte da vida. Gosto de acreditar que trechos di-fceis existem para me ensinar coisas para mim mesmo, como a forado meu carter e a profundidade da minha f. Voc provavelmente jteve suas crises, e tenho certeza de que aprendeu suas lies. Crisespessoais, profissionais ou financeiras so comuns e geralmente

  • difceis de se recuperar emocionalmente. Mas, se voc enxergar tem-pos difceis como oportunidades de aprendizado e crescimento,provavelmente se recuperar mais forte e com mais rapidez. Se seudesespero no se esvai num prazo razovel, ou se voc se sente dep-rimido durante um longo tempo, por favor, procure ajuda de algumem quem confia ou um profissional. Algumas formas de trauma emo-cional exigem ajuda profissional. No h vergonha em recorrer ajuda de um especialista. Milhes de pessoas se curaram de de-presso desse modo.

    A tristeza paralisante, o desespero e dor causados por tempos di-fceis ou tragdias podem atingir qualquer pessoa. Eventos inesper-ados e estressantes podem fazer com que nos sintamos assustados eemocionalmente abatidos e feridos. importante que voc no seisole nessas situaes. Permita que sua famlia e amigos o consolem.Tenha pacincia com eles e consigo mesmo. A cura exige tempo. Pou-cas pessoas conseguem simplesmente dar a volta por cima, entono espere que isso acontea. Saiba que voc precisa se esforar parase curar. Voc precisa acionar o interruptor e usar a potncia que hdentro de voc, incluindo sua disposio e o poder da sua f.

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  • CURANDO VELHAS FERIDAS

    Quando voc est superestressado, sentimental e incapaz de seguiradiante porque alguma coisa ocorreu, importante separar o queaconteceu a voc do que est acontecendodentro de voc. Todostemos cicatrizes emocionais de experincias passadas. s vezes, essascicatrizes no se curam de todo; assim, quando voc enfrenta di-ficuldades, as velhas feridas se abrem novamente. A dor que sente agravada por mgoas passadas e inseguranas reacesas. Se voc senteque pode estar agindo de forma exagerada a uma situao ruim, ouse sente com medo e incapaz de lidar com o problema, voc deveriase perguntar Por que isto est me atingindo com tanta fora? Estoureagindo desta maneira por conta do que est mesmo ocorrendo ouestou reagindo com tanta fora por coisas que me ocorreram nopassado?.

    Lembrei-me da importncia de analisar meus sentimentos e o im-pacto deles nas minhas aes no fim de 2010. Olhando para trs, vejohoje que aquele caminho acidentado por onde eu andava no erauma grande calamidade. Simplesmente parecia assim porque eu es-tava espiritual, mental e emocionalmente exausto de tanto trabalhare viajar. Essa foi a primeira vez que meu empreendimento sofriaproblemas financeiros. Ironicamente, o problema que me deixou topara baixo surgiu na empresa Attitude is Altitude, que vende minhaspalestras e DVDs motivacionais. A empresa vivera uma fase de ex-panso mesmo durante a recesso, por isso contratei mais pessoas eexpandi as operaes. Achava que a empresa estava bem, por issofiquei surpreso quando minha equipe me disse que eles estavam comdificuldades para manter a folha de pagamento e as contas. Estva-mos bem, a despeito da situao econmica, mas de repente grandes

  • clientes que nos deviam dinheiro por DVDs e palestras estavam oudemorando para pagar ou no nos pagando. O dinheiro com que con-tvamos no havia entrado e essa era grande parte do problema.

    O outro grande fator era este cara teimoso chamado Nick Vujicic.H muito tempo queria fazer um vdeo musical cristo como item in-spiracional para vender. Quando os negcios estavam prosperando emeu primeiro livro estava alcanando as listas dos mais vendidospelo mundo, senti-me muito otimista em relao ao futuro. Por issodecidi fazer o vdeo musical como um produto da Attitude is Altitude.Entre os problemas de fluxo de caixa e os custos do vdeo musical,que foram maiores do que o esperado, nossa empresa tinha umadvida de 50 mil dlares. Corramos a 200 km/h, e, de repente, tivede pisar no freio. Isso no um exagero. Tnhamos dezessete proje-tos em andamento, e cancelei ou adiei quase todos. Disse equipeque estvamos acionando o modo de sobrevivncia. Esses prob-lemas so comuns em empresas com crescimento rpido, principal-mente quando a economia est em recesso. Mas esses acontecimen-tos me pegaram de surpresa. Fui atingido pela culpa. Queria tantosatisfazer meu propsito de inspirar e evangelizar as pessoas ao redordo mundo que exagerei. S porque tinha os recursos e uma boa ideiano significava que a hora era a mais adequada. Estava operando notempo do Nick, e no no tempo de Deus.

    Quando percebi que a empresa estava com dvidas, fui consumidopela sensao de que decepcionara todas as pessoas que trabalhavampara mim e todos aqueles que acreditavam em mim. Novamente, otamanho do meu desespero era desproporcional magnitude doproblema. Fiquei to desolado que mal conseguia viver, e isso no fois por um ou dois dias.

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  • Meu desespero durou mais de um ms. Levei quase dois mesespara me livrar totalmente do desespero. Perdi a confiana em mimmesmo e, fico triste em dizer, tambm me perdi. Internalizei a frus-trao e o conflito.

    Voltei a ser o menino frgil e inseguro que fui um dia. No con-seguia impedir os pensamentos negativos.Ser que me desviei dosplanos de Deus para mim? Quem sou eu para dar conselhos, inspir-ao e orientao espiritual para as pessoas ao redor do mundo? Seeu no fosse um palestrante e evangelista, o que seria? Que valor eutinha? Continuava retornando s minhas piores inseguranas infant-is. Os problemas financeiros, que eram apenas problemas de fluxo decaixa de curto prazo, despertaram meus medos antigos de ser umfardo para meus pais e irmos.

    Como voc pode imaginar, meus pais ficaram muito preocupadosquando me mudei para os Estados Unidos sozinho aos vinte e quatroanos. Estava determinado a provar minha independncia e a seguirmeu sonho de ser um evangelista e palestrante internacional. Desdeento, se passara muito tempo desde que realizei meu sonho e proveiminha independncia. Na verdade, meus pais decidiram se mudarpara os Estados Unidos, de modo que meu pai, que era um timocontador, pudesse trabalhar na minha empresa.

    A coisa mais difcil que tive de fazer depois de descobrir os prob-lemas financeiros da Attitude is Altitude foi acalmar meu pai e lhedizer que ele estava prestes a entrar para uma empresa com dvidas.Ele tomara a deciso de se mudar para os Estados Unidos sem saberno que estava entrando. Senti que o decepcionara.

    Sempre fui mais sonhador e muito mais impulsivo do que meu pai,que muito prtico e analtico. Ele e minha me me alertaram, antes

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  • que eu me mudasse para os Estados Unidos, de que eu precisava to-mar cuidado com meu dinheiro. Eu estava com problemas justa-mente agora que eles estavam prestes a entrar no negcio. Tambmtinha medo de que as pessoas pensassem que meus pais estavamvindo me salvar, salvar o filho deles sem braos nem pernas e semdinheiro!

    Para piorar ainda mais as coisas, contratei um dos meus primospara trabalhar na Attitude is Altitude, de modo que ele aprendesse acomear um negcio. Tinha medo de que ele achasse que foi aprendizde um perdedor.

    Foi difcil lidar com aqueles pensamentos negativos. Meus velhostemores de fracasso e de ser um fardo me tomaram de assalto comoum enxame de insetos. Estava trabalhando duro e, com o lanamentodo meu primeiro livro, finalmente comeava a ver a luz no fim dotnel. E foi ento que a luz se apagou.

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  • O LADO SOMBRIO

    A depresso se abateu sobre mim. No queria sair da cama. Mesmosentindo que no estava em condies de oferecer motivao e in-spirao a ningum, eu tinha de cumprir vrias obrigaes comopalestrante. Nunca me esquecerei daquelas apresentaes porque sas cumpri com a graa e misericrdia de Deus. Chorei durante duashoras, por desespero, antes de falar num seminrio motivacional.Um amigo estava comigo durante esse ataque de choro e depois as-sistiu palestra. Ele disse que foi a melhor palestra que j tinhadado! S acreditei nele depois de ver uma gravao mais tarde. Euno estava operando sob meu poder; Deus que estava trabalhandonaquela noite.

    Passei por aquela apresentao, mas, no dia seguinte, o desesperose abateu sobre mim mais uma vez. No conseguia comer. No con-seguia dormir. A ansiedade tomava conta de mim dia e noite. Erauma coisa louca, cara. Coisas estranhas aconteceram comigo.Quando criana, tinha um hbito nervoso de morder meu lbio.Comecei a fazer aquilo novamente! O que era aquilo? Eu me reviravaa noite toda e acordava com o lbio dolorido e inchado, e meu peito eestmago revirados.

    Mais estranho do que tudo, passaram-se quatro ou cinco dias antesque eu pensasse em orar. Oro habitualmente. Minha incapacidade deorar me assustou. Enquanto os dias se passavam sem uma nica or-ao saindo da minha boca, comecei a me preocupar tanto comminha alma quanto com minha sanidade.

    Minha paralisia mental me tornou incapaz de tomar at mesmo asmenores decises. Normalmente eu passava o dia tomando vrias

  • decises importantes quanto minha agenda, projetos e outros neg-cios. Durante esse tempo difcil, eu no conseguia decidir se saa dacama ou se deveria tentar comer.

    Minha letargia era humilhante, para dizer o mnimo. Foi como seeu tivesse me tornado outra pessoa. Certo dia, um grupo de fun-cionrios da Attitude is Altitude se reuniu em minha casa, e me per-cebi tentando explicar a transformao.

    O Nick que vocs conheceram, sonhador e realizador, est morto,disse-lhes, chorando. Ele morreu. Desculpe por decepcion-los. Osmais prximos de mim meus pais, irmo, irm, amigos e consel-heiros fizeram o mximo para me consolar no comeo; depois quecontinuei atolado no desespero, eles se reuniram ao meu redor, tent-ando me tirar daquela situao. Eles me seguraram, me abraaram eme tranquilizaram. Os membros da minha equipe de ministrio fo-ram sempre generosos, dando-me espao para compartilhar piadas,sorrisos e abraos para me encorajar. Eles at mesmo me citarampara mim mesmo: Nick, voc sempre diz que, desde que possa olharpara cima, pode se levantar. Assista aos seus DVDs e vdeos, lembre-se daquilo que voc j sabe!, sugeriram. H uma lio nisso tudo.Voc vai passar por isso e sair mais forte do que nunca. Deus temum motivo!.

    Era to surreal algum citar minhas prprias palavras para tentarelevar meu nimo. Mas eles tinham razo. Eu s precisava me lem-brar das mesmas coisas que eu dizia aos outros. Eu era a personi-ficao de algum cuja f estava se perdendo em ao. Minha culpa evergonha pelos problemas financeiros fizeram com que eu ques-tionasse meu valor, propsito e caminho. Eu no duvidava da

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  • perfeio de Deus. Simplesmente no conseguia acessar minhascrenas por causa do meu desespero.

    Outra pessoa que tentou me ajudar foi um amigo de Dallas, dr.Raymund King, que advogado e tambm mdico. Ele arranjou paraque eu falasse num seminrio mdico, e eu no queria decepcion-lo.Mas, quando cheguei, ele viu que eu estava emocional e fisicamenteesgotado.

    Voc tem de cuidar de si mesmo primeiro, disse ele. Sem sadevoc perder aquilo pelo que tanto trabalhou. Com cuidado, ele metirou de lado e me aconselhou sobre ter prioridades e depois fez umaorao simples comigo e me abraou. Foi difcil chegar l, mas as pa-lavras do dr. King fizeram efeito. Talvez tenha sido o melhor discursomotivacional que j recebi. Suas palavras permaneceram comigoporque ele obviamente estava preocupado comigo.

    A conversa com ele me lembrou de uma conversa que meu prpriopai teve comigo quando eu tinha apenas seis anos. Eu tinha a tendn-cia de ser descuidado e exagerado quando se tratava de me arrastarpor a. Machuquei-me na companhia de um colega de classe que meofereceu uma mordida de banana quando eu estava sentado naminha cadeira de rodas. Lancei-me para a frente para mord-la comoum macaco e no processo ca da cadeira e bati a cabea com tantafora que perdi momentaneamente os sentidos.

    A preocupao do meu pai era emocionante, e sempre me lem-brarei das palavras dele: Filho, voc sempre ter outra banana, masns nunca teremos outro Nicky, por isso voc precisa tomar maiscuidado.

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  • Como meu pai, o dr. King me levou a avaliar minhas aes e o im-pacto delas na minha vida. Eu estava me afundando porque pensavaque o sucesso dos meus empreendimentos dependia de mim quando,na verdade, eu deveria ter confiado em Deus e contado mais com Suafora, vontade e seu tempo.

    Essa falta de humildade e f levaram ao meu colapso e perda dealegria na minha vida por um breve perodo. Comecei a ver minhaspalestras como compromissos em vez de v-las como um propsito.Como temia que no seria capaz de dar o que os alunos sofridos pre-cisavam, at mesmo me recusei a falar numa escola onde houvera osuicdio de um aluno. Chorei depois de recusar essa oportunidadeporque falar minha paixo e ajudar os outros minha fonte dealegria.

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  • Lies reveladasLIES REVELADAS

    Queria poder lhe dizer que, certa manh, acordei com a cabea limpae o esprito renovado, saltei da cama e anunciei Estou de volta!.Desculpe, mas no aconteceu assim e, se voc tambm passar por umperodo difcil, talvez tampouco saia dele rapidamente. Simplesmentesaiba que dias melhores viro e que isso tambm passar.

    Meu retorno aconteceu lentamente, dia aps dia e ao longo de al-guns meses. Espero que sua recuperao seja mais rpida, mas hbenefcios num recomeo gradual. medida que a nvoa do deses-pero se dissipava bem devagar, agradecia a cada raio de luz que a at-ravessava. Mais do que isso, depois que minha mente comeou a selivrar dos pensamentos derrotistas, apreciei o tempo que tive para re-fletir e contemplar minha queda no abismo.

    No deveria nem lhe dizer que pr sua f em prtica no um ex-erccio passivo. Voc deve ativamente dar os passos necessrios paralocalizar e seguir o caminho que Deus criou para voc. Quando vocse desvia do caminho, como aconteceu comigo neste exemplo, em de-terminado ponto voc tem de se perguntar o que aconteceu, por queaconteceu e o que voc precisa fazer para voltar sua jornada de f epropsito.

    Os piores momentos que testam sua f podem ser os melhores mo-mentos para renov-la e coloc-la em prtica. Um sbio treinador defutebol certa vez me disse que ele valoriza as derrotas tanto quanto asvitrias, porque as derrotas revelam pontos fracos que provavel-mente sempre existiram e precisavam ser resolvidos se a equipe

  • quisesse ter sucesso de longo prazo. As derrotas tambm motivavamseus jogadores a melhorarem as habilidades que eles precisavamdominar a fim de ganhar.

    Quando sua vida est indo bem, a tendncia natural no pararpara avali-la. A maioria de ns apenas para e examina suas vidas,carreiras e relaes quando no est obtendo os resultados deseja-dos. A cada obstculo, fracasso e derrota, h lies valiosas a seremaprendidas e at mesmo bnos a serem alcanadas.

    Nos primrdios do meu desespero por conta da dvida da minhaempresa, eu no estava com nimo para procurar as lies. Mas elasme encontraram com o tempo, e as bnos se revelaram tambm.No gosto de refletir sobre aquele perodo, mas me obrigo a revisit-lo porque novas camadas se revelam e novas lies emergem a cadalembrana. Eu o encorajo a procurar as lies contidas em cada umde seus desafios. Voc pode se sentir tentado a deixar os tempos di-fceis para trs e fora de sua mente. Ningum gosta de se sentir vul-nervel. Certamente no divertido me lembrar de como fiqueiatolado na tristeza e na piedade e de como reagi exageradamente aoque se provou ser um obstculo temporrio.

    Ainda assim, uma das melhores maneiras de extrair a dor de ex-perincias passadas substituir a mgoa pela gratido. A Bblia nosdiz que todas as coisas do certo para aqueles que amam Deus, paraaqueles que so chamados de acordo com seu propsito.

    Meu tio Batta Vujicic, que enfrentou graves problemas em suaimobiliria, me ajudou vrias vezes apenas repetindo seu mantra def: Tudo positivo. Meus jovens primos do mais sabor a isso,dizendo: Cara, t tudo sussa!.

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  • PERCEPO VERSUSREALIDADE

    Durante meu colapso, enfrentei algo que voc talvez tenha notado emseus prprios desafios. medida que o estresse reabriu feridas e in-seguranas, minha percepo do que estava acontecendo se tornoumuito pior do que a realidade da situao. Uma dica de que suareao no est em sincronia com a situao o uso de expressesexageradas como:

    Isto est me matando.

    Eu nunca me recuperarei disso!

    Isto absolutamente a pior coisa que me aconteceu.

    Por que Deus me odeia?

    E h ainda a sempre popular: Minha vida est destruda parasempre!

    No admitirei que eu tenha dito quaisquer dessas coisas durantemeus problemas recentes, mas algumas pessoas prximas talvez ten-ham ouvido lamentaes semelhantes (ou piores!).

    Novamente, tenho a honra de lhe dar um bom exemplo de um mauexemplo com meu comportamento. O uso da linguagem exageradadeveria ter servido como um alerta de que meu desespero era tam-bm exagerado.

    Eis aqui minha percepo do que estava acontecendo:Sou um fra-casso! Vou falir! Meus piores medos se concretizaram! No sereicapaz de me sustentar! Sou um fardo para os meus pais! Nomereo amor!

  • Eis a realidade do que estava acontecendo: minha empresa estavavivendo um problema temporrio de fluxo de caixa durante uma re-cesso econmica. Tnhamos uma dvida de cinquenta mil dlares, oque no era nada bom. Mas certamente no era uma dvida avas-saladora, levando em considerao o prospecto de crescimento nademanda global dos nossos produtos e servios. Estudei contabilid-ade e planejamento financeiro na faculdade, e economia fazia partedo currculo. Sabia tudo sobre oferta, demanda e fluxo de caixa, maso que eu sabia estava ofuscado pelo que eu sentia.

    Voc pode ter sentido algo semelhante e exagerado, ainda que suasituao no fosse to devastadora quanto parecia. Nossa viso podeser afetada por nossos sentimentos e, em meio ao desespero, podeser difcil ver as coisas realisticamente.

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  • MANTENDO A PERSPECTIVA

    Uma das lies que aprendi que voc tem de manter as coisas emperspectiva, mesmo quando est em meio a uma crise pessoal. Omedo gera medo e a preocupao gera ainda mais preocupao. Vocno pode evitar os sentimentos de dor, remorso, culpa, raiva e medoque o assolam durante os tempos difceis, mas voc pode reconhec-los como puras reaes emocionais e depois gerenci-las de modoque no comandem suas aes.

    Manter a perspectiva requer maturidade, e maturidade vem com aexperincia. Eu nunca havia passado por uma situao como essa e,como estava fisicamente exausto por conta de minhas viagens, tivedificuldades para lidar com essa crise de uma maneira madura.

    Meu pai e outros amigos e familiares mais velhos e sbiostentaram me ajudar dizendo que passaram por experincias iguais oupiores e que depois se recuperaram. Como mencionei, meu tio Battatem uma empresa incorporadora e imobiliria na Califrnia. Vocpode imaginar os altos e baixos pelos quais ele passou. Um dficit op-eracional de cinquenta mil dlares troco no negcio dele, e eletentou me dizer que no era uma dvida to grande para mimtambm.

    Ainda assim, por mais que eu quisesse aprender com os conselhose erros dos outros, durante muito tempo parecia que eu precisavacometer meus prprios erros antes de adquirir sabedoria. Agoraresolvi ser um aluno melhor. Se voc e eu pudssemos aprender umanica lio de todas as pessoas que conhecemos, o quo mais sbiosseramos? Quanto tempo, esforo e dinheiro economizaramos?

  • Quando nossos entes queridos e amigos nos do conselho, por queno podemos ouvir, absorver a lio e fazer os ajustes necessrios?Voc s aumenta seu estresse pensando que voc tem de resolver ascoisasimediatamente! Claro que algumas situaes exigem aoimediata, mas esta ao pode incluir uma abordagem passo a passo,um dia de cada vez, para resolver o problema. Um membro do meuconselho diretor certa vez disse: Nick, sabe qual a melhor maneirade comer um elefante inteiro? Uma mordida de cada vez.

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  • O DESPERTAR DA HUMILDADE

    Durante anos, meu pai, o contador, me dizia para tomar cuidado comminhas finanas, para economizar mais do que gastava e parasempre ter um oramento em mente ao dar incio a um projeto.

    Eu o ignorei. Gosto de me arriscar; ele mais conservador.Simplesmente temos personalidades diferentes. Agora no a horade economizar; hora de investir e plantar. A humildade uma vir-tude interessante porque, se voc no a possui, mais cedo ou maistarde ela lhe dada. Imagine como foi humilhante para mim ter deaceitar a oferta de emprstimo pessoal de cinquenta mil dlares domeu pai para salvar o negcio! Isso doeu, mas foi uma dor autoin-flingida. Provrbios 16:18 nos diz: A soberba precede a runa, e a al-tivez do esprito precede a queda. Tenho certeza de que, se voc ab-rir sua Bblia neste captulo e versculo, ver uma foto minha!

    Ao refletir sobre meu colapso, percebi que me faltava humildadeem vrias reas da minha vida. Por que a humildade importantepara algum que est passando por uma crise? Primeiro, voc podese sentir envergonhado se sua situao se deve a um erro ou fracasso.Em outras palavras, voc foi humilhado. Enlouquecer, chorar ou de-sistir no vai mudar isso, e reagir com emoes negativas provavel-mente s o far se sentir pior e afastar as pessoas de voc.

    Minha sugesto que voc aceite sua recm-encontrada hu-mildade. Alguns rebatedores reagem com raiva ao serem eliminadosdo jogo. Eles quebram os tacos nos joelhos, jogam os capacetes nosgandulas e do chutes no banco de reservas. Outros rebatedoresaceitam humildemente a eliminao como parte do jogo, e eles selembram de no tentarem as mesmas rebatidas da prxima vez.

  • Portanto, ser humilhado no uma coisa to ruim se voc aprendecom a experincia. Na verdade, h quem acredite que o verdadeirocaminho para a iluminao a humildade.

    Quando eu era mais jovem, desenvolvi uma averso ajuda dosoutros. muito humilhante ter de pedir s pessoas ao seu redor queo ajudem a comer ou a subir na cadeira ou a lev-lo ao banheiro. Nogosto de me sentir humilhado. H certos benefcios e recompensasem se tornar mais independente encontrando maneiras de fazer ascoisas por si mesmo. No digo que seja de todo mau, mas minhateimosia s vezes me levou a manipular e at incomodar as pessoaspara que elas me ajudassem. Em vez de apenas pedir ajuda, eu dis-putava favores das pessoas, como de meu pobre irmo, Aaron, que eugeralmente tratava como um assistente em vez de um irmo. Des-culpe, Aaron!

    De tempos em tempos, Deus restaura minha humildade. No per-cebi que s vezes era muito egosta, impaciente e vaidoso. s vezessentia que merecia tratamento especial. Mas pedi perdo a Aaron, e,apesar de no nos vermos muito por causa da distncia, ele meumelhor amigo, algum que admiro e respeito muito. Fico surpresopelo fato de que, quando ele ficou maior, simplesmente no me colo-cou num armrio e me trancou l. Mereci isso algumas vezes.

    Acabei vendo esse perodo sombrio como mais uma dessas lem-branas da humildade que serviu para me fazer voltar ao meu cam-inho. Eu estava agindo como se tivesse de carregar todo o fardo dasnossas operaes sobre meus ombros. Era uma abordagem impos-svel e arrogante, e isso mostrava que minha f em Deus e naquelesao meu redor no estava reluzindo.

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  • Moiss, o grande profeta e lder, era o homem mais humilde daTerra. Ele sabia que no se pode ser um lder se ningum est dis-posto a seguir e trabalhar com voc. Uma pessoa arrogante no pedeajuda e, portanto, impotente. Uma pessoa arrogante afirma sabertudo e, portanto, no tem ideia de nada. Uma pessoa humilde atraipessoas que ajudame ensinam.

    Certa vez ouvi um pai dizer a seu filho, um recm-formado, que eledeveria chegar ao seu primeiro dia no trabalho com um comporta-mento adequado: No tente mostrar a eles o que voc sabe. Ao con-trrio, mostre a eles o quanto voc quer aprender.

    Se voc se sente assolado por uma crise na sua vida, voc talveztenha de se humilhar e pedir ajuda, e isso bom. Ns no podemosrealizar nossos sonhos sem a ajuda dos outros. mais importantepara voc se sentir superior e autossuficiente do que realizar seussonhos dentro da sua comunidade de apoiadores?

    A humildade tambm alimenta a gratido e a admirao, o que es-timula a cura e a felicidade. Nenhum ser humano mais valioso doque outro. Em algum ponto, eu me esqueci disso. O orgulho que le-vou ao meu colapso ofuscou minha memria e viso. Tive de lembrarque Deus no me ama apenas porque minha empresa est dandolucro ou porque eu falo duzentas e setenta vezes por ano ao redor domundo. Ele me ama porque me criou. Ele me ama pelo que sou e oama pelo que voc .

    Ainda acredito que os projetos e sonhos que tive de abandonardurante aqueles tempos difceis habitaram meu corao por ummotivo. Acredito que Deus me deu uma viso clara e tudo o que euprecisava era plantar meus sonhos, mas deveria ter orado mais paradescobrir qual o tempo Dele em vez de seguir adiante no meu prprio

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  • tempo. No importa quem planta e quem irriga. O importante queDeus faz com que a semente cresa.

    Ainda que nem sempre tenhamos f em Deus, Ele sempre tem fem ns. No estava conscientemente colocando minha f em prticatodos os dias. Resolvi fazer isso no apenas orar, e sim seguir adi-ante com uma nova perspectiva, pacincia, humildade, coragem econfiana dirias, sabendo que, no que eu era fraco, Deus era forte, eo que me faltasse, Deus proveria.

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  • PERMITINDO QUE A F BRILHASSE

    A f, seja a f em si mesmo e no seu propsito ou a f no seu Criador, um farol potente, mas voc precisa deix-lo brilhar. Voc no podedeix-lo apagar por negligncia. s vezes voc pode sentir que tem f,mas no h luz. Percebi que tinha de permitir que minha f brilhasse.De uma perspectiva diferente, ela se tornou como um carro com ocmbio em ponto morto. Estava l, mas no estava engatada. Ter fem si mesmo e nas suas habilidades essencial, mas voc tambmprecisa ter pacincia, humildade e a compreenso de que no podefazer nada sem a ajuda dos outros e, por fim, todo o crdito vai paraDeus.

    Nada o desestimular mais rpido do que viver sem um objetivo ouperder de vista o que quer que voc ame: a ddiva que lhe d alegria ed sentido sua vida. Eu perdi de vista meu propsito de inspirar eencorajar os outros e ao mesmo tempo disseminar uma mensagemde f. Estava tentando fazer coisas demais para criar minha empresae instituio de caridade. Quando me desviei de meu verdadeiropropsito, foi como se algum tivesse me tirado da tomada.

    Se voc se sente tendendo ao desespero, sem energia nem f, per-gunte a si mesmo: O que mais importa para mim? O que me dalegria? O que me motiva e d sentido minha vida? Como possorecuperar isso?.

    Voc e eu fomos colocados nesta Terra para servir a algo maior doque aos nossos estreitos interesses. Quando nosso foco se torna auto-centrado em vez de centrado em Deus, perdemos nossa maior fontede poder. Os talentos que nos foram dados por Deus tm de gerar be-nefcios para os outros. Quando os usamos para esse objetivo maior,

  • colocamos nossa f em prtica para realizar o plano Dele para ns.Fazemos uma diferena neste mundo que nos ajuda a nos preparar-mos para o prximo.

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  • ADOENTADO, MAS DECIDIDO

    Disse antes que meu colapso fez de mim um bom exemplo de ummau exemplo, ento voc talvez diga que eu ao menos servi paraal-gum propsito como uma demonstrao da f inativa. Agora gostariade compartilhar com voc a histria de algum que um timo ex-emplo de um bom exemplo da f em prtica um dos melhores quej encontrei. Na verdade, dediquei meu primeiro livro a ele, masguardei sua histria para este livro.

    Ouvi falar de Phil Toth de La Jolla, na Califrnia, por meio daminha me quando ainda vivamos na Austrlia. Minha me ouviufalar de Phil e de seu website cristo na nossa igreja. Ela me mostrouo site dele, e eu achei sua histria de f em prtica extremamenteemocionante. Quando Phil tinha apenas vinte e dois anos, ele acor-dou certo dia e teve problemas para falar. A princpio, sua famliaachou que fosse uma brincadeira, porque ele gostava de zombar e sedivertir, mas ento ele tambm teve tontura e um cansao que aler-tou a todos. Durante quase dois anos, os mdicos no souberam dizero que havia de errado, mas eles finalmente o diagnosticaram com es-clerose lateral amiotrfica (ELA), tambm conhecida como doena deLou Gehrig.

    A expectativa de vida para uma pessoa com essa doena incurvel,que destri os neurnios do crebro, a coluna e provoca a deterior-ao dos msculos, de dois a cinco anos. A princpio, os mdicos dePhil disseram que o caso dele estava avanando to rpido que eletalvez no sobrevivesse por mais que trs meses. Em vez disso, Philviveu por cinco anos, e acho que foi porque no se focou no sofri-mento. Ele se focou em encorajar os outros a orarem e a confiaremem Deus. Phil lidou com sua doena mortal celebrando a vida e

  • tentando ajudar os outros, mesmo que no pudesse levantar osbraos e as pernas na cama.

    A ELA ao mesmo tempo cruel e dolorosa. Em poucos anos, Philficou acamado e incapaz de fazer muita coisa. Seu grande crculo defamiliares e amigos lhe dava assistncia constantemente. At mesmosua voz foi afetada, dificultando que as pessoas o entendessem.

    Apesar da dor e do sofrimento, Phil se manteve profundamente de-votado sua f crist e at encontrou uma maneira de pr sua f emprtica de modo que pudesse consolar e inspirar outras pessoas quesofriam de doenas debilitantes ou mortais. Pela graa de Deus, comtodos os seus problemas fsicos, Phil criou o website que minha medescobriu na igreja. Eis aqui parte da mensagem que ele publicousobre a doena e o impacto que ela teve sobre sua f:

    Agradeo a Deus por me fazer passar por isso! Ela (a doena) meaproximou de Deus [valeria a pena se ela s tivesse feito isso] etambm fez com que eu reavaliasse a minha vida e visse se aindatinha f; fez com que eu experimentasse o amor dos meus irmos eirms em Cristo, prximos e distantes. Ela me ensinou a dependertotalmente da Palavra de Deus, meu conhecimento da Palavraaumentou e eu tambm amadureci minha f. Minha famlia e meusamigos esto bem mais prximos agora. Alm disso, tenho apren-dido muito sobre sade, nutrio e sobre como cuidar do meucorpo. Os benefcios da minha situao so infinitos.

    Diante do pedido da minha me, fui at a casa de Phil, em 2002,para conhec-lo durante uma viagem aos Estados Unidos. Tinha umprimo que sofria de uma doena incurvel, e eu estava preparadopara o pior. Mas, ao entrar no quarto de Phil, ele me deu um belosorriso de boas-vindas que mudou minha vida. Nunca me esquecerei

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  • daquele dia. Apesar da dor e do sofrimento, Phil no ficou no seucanto, sentindo pena de si mesmo. Sua fora e coragem me tocaram eme inspiraram.

    Phil e sua famlia nunca perderam a esperana de um milagre, nemmesmo quando ele se preparou para estar ao lado de Deus no Cu.Quando o conheci, a ELA havia comprometido sua capacidade defala. Ele s conseguia se comunicar piscando, o que exigia extremapacincia e generosidade. Ele descobriu uma maneira de usar umatecnologia a laser que o permitia falar com seu computador, o que eleusou para criar um informativo cristo que teve mais de trezentosseguidores em determinado momento.

    Sua determinao em pr sua f em prtica mesmo incapacitadode falar e confinado sua cama me motivou a dar incio ao meuprprio ministrio semanas mais tarde. Daquele dia em diante,sempre que me sentia desencorajado, pensava em Phil Toth. Se elepodia continuar fazendo a diferena e servindo aos outros naquelacondio, eu no tinha desculpa. Cerca de um ano mais tarde, tive ahonra de estar ao seu lado quando Phil passou desta vida para aoutra e, apesar de eu ter sofrido com sua partida da Terra, senti-mehonrado por testemunhar um general do exrcito de Deus indo paracasa. S espero que voc e eu possamos demonstrar a mesma de-terminao, coragem e generosidade, permanecendo na f e acolocando em prtica, de modo que sejamos uma bno para osoutros.

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  • TRS

    Questes do corao

    ENCONTREI O AMOR DA MINHA VIDA numa multido no topo da BellTower em Adriatica. Apesar de parecer uma daquelas estruturas anti-gas encontradas em velhas vilas europeias, essa torre de pedra , naverdade, um prdio de escritrios em McKinney, Texas, um bairro deDallas. Estava l em abril de 2010 para dar uma palestra, mas tiveum pouco de dificuldade para me focar no que eu dizia depois de veros olhos mais belos, sbios e acalentadores que j havia visto.

    Voc pode achar que essa coisa de amor primeira vista umclich, mas, se isso um clich, acredite em mim, cara, no h nadade mau nisso. Como cristo, sigo as lies da Bblia. Essa foi tirada dolivro Cnticos dos Cnticos: Voc capturou meu corao, meu te-souro, minha esposa. Voc o mantm refm com um olhar.

    Se voc acompanha meu website, blog, tweets ou minha pgina noFacebook, provavelmente j sabe que meu corao foi capturadonaquele dia pela maravilhosa Kanae Miyahara. Ns noivamos em ju-lho de 2011 e nos casamos em fevereiro de 2012, pouco depois de euconcluir este livro.

    H vrios motivos para eu querer compartilhar com vocs ahistria de como Kanae e eu nos conhecemos e nos apaixonamos. Omaior de todos que muitas pessoas de todas as idades se aproxim-am de mim com questes e histrias sobre seus prprios problemasde relacionamento pr-adolescentes, adolescentes, universitrios,

  • jovens, pessoas de meia-ida