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INEI - CENTRO EDUCACIONAL INEIPLUS - 9º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS | INEIPLUS-10-9º-4-2019 1 9º Ano NOME: NÚMERO: DATA: LÍNGUA PORTUGUESA Um mundo lindo Morreu o último caracol da Polinésia. Havia um caracol da Polinésia, um caracol de árvore e nenhum outro. Era o último. E morreu. Morreu de quê? Ninguém sabe me dizer. O jornal não acha importante revelar a causa mortis de um caracol da Polinésia. Noticia apenas que com ele extiguiu-se a sua espécie. Ninguém nunca mais verá em lugar algum, nem mesmo na Polinésia, um polinesiano caracol. Pois eu arrisco dizer que sei o que foi que o matou. Ele morreu de ser o último. Morreu de solidão e sofrimento extremos. Sua vida não era acelerada, nada capaz de causar-lhe stress, mas era bastante dinâmica; ao longo de um ano, graças a esforços e determinação eficaz e impulso fornecido pela própria natureza, o molusco planejava deslocar-se cerca de setenta centímetros. Mais, teria sido uma loucura. Assim mesmo, de que adiantavam esses setenta centímetros suados, batalhados dia a dia, sem ninguém para medi-los, sem nenhum parente, amigo ou companheiro que lhe dissesse, você hoje bateu sua marca? Sem ninguém para esperá-lo na chegada? O último caracol da Polinésia olhava ao redor, e não via ninguém. Ali estava, frequentemente, seu tratador – o caracol vivia no Zoológico de Londres, logo o tratador não era ninguém, o tratador era qualquer coisa menos importante que o tronco sobre o qual o caracol se deslocava, o tratador era de outra espécie. E via, sim, de vez em quando, via os pesquisadores que o examinavam, olho aumentado pela lente. Mas os pesquisadores não tinham uma concha rosada cobrindo-lhes as costas. Os pesquisadores também não eram ninguém. Então, o caracol da Polinésia olhava o mundo, e o mundo estava vazio. E como pode alguém viver, como pode alguém querer viver num mundo esvaziado de seus semelhantes? Seguramente, ele era muito bem tratado no Zoológico, comida não havia de lhe faltar – o que come, comia, um caracol da Polinésia? – e de dia e de noite estava livre de predadores. Seus antepassados, talvez ele mesmo na infância, tinham tido que lutar pela sobrevivência. E a vida era dura. Mas lutavam em companhia. Quando um deles era esmagado – quantos caracóis são esmagados mesmo na Polinésia! – outros lamentavam sua sorte. Quando um deles se atrasava em sua marcha – é tão fácil a um caracol se atrasar – outros esperavam por ele. Havia sempre caracóis velhos e experientes aos quais pedir conselhos; caracóis novos e ingênuos aos quais ensinar os segredos da vida. Havia sempre companheiros. E o mundo, povoado de companheiros, era lindo. Mas os outros, os outros todos foram acabando aos poucos, vítimas do único predador, pois estava disposto a transformar suas conchas em objetos turísticos, e o último caracol da Polinésia, cansado de ser tão só, deixou-se pisar pela Morte que passava apressada, certo talvez de poder renascer em algum mundo lindo, em que milhares de ovos de caracol preparam-se para se abrir. (Marina Colasanti. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002. (com adaptações)) 1. Segundo a narradora, o que causou a morte do último caracol da Polinésia? Justifique sua resposta com um trecho do texto. 2. É possível aproximar os sentimentos e a experiência do último caracol com os sentimentos humanos? Ensino Fundamental Anos Finais – Módulo 10 - 4º Período

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9º Ano

NOME: NÚMERO: DATA:

LÍNGUA PORTUGUESA

Um mundo lindo Morreu o último caracol da Polinésia. Havia um caracol da Polinésia, um caracol de

árvore e nenhum outro. Era o último. E morreu. Morreu de quê? Ninguém sabe me dizer. O jornal não acha importante revelar a causa mortis de um caracol da Polinésia. Noticia apenas que com ele extiguiu-se a sua espécie. Ninguém nunca mais verá em lugar algum, nem mesmo na Polinésia, um polinesiano caracol.

Pois eu arrisco dizer que sei o que foi que o matou. Ele morreu de ser o último. Morreu de solidão e sofrimento extremos. Sua vida não era acelerada, nada capaz de causar-lhe stress, mas era bastante dinâmica; ao longo de um ano, graças a esforços e determinação eficaz e impulso fornecido pela própria natureza, o molusco planejava deslocar-se cerca de setenta centímetros. Mais, teria sido uma loucura. Assim mesmo, de que adiantavam esses setenta centímetros suados, batalhados dia a dia, sem ninguém para medi-los, sem nenhum parente, amigo ou companheiro que lhe dissesse, você hoje bateu sua marca? Sem ninguém para esperá-lo na chegada?

O último caracol da Polinésia olhava ao redor, e não via ninguém. Ali estava, frequentemente, seu tratador – o caracol vivia no Zoológico de Londres, logo o tratador não era ninguém, o tratador era qualquer coisa menos importante que o tronco sobre o qual o caracol se deslocava, o tratador era de outra espécie. E via, sim, de vez em quando, via os pesquisadores que o examinavam, olho aumentado pela lente. Mas os pesquisadores não tinham uma concha rosada cobrindo-lhes as costas. Os pesquisadores também não eram ninguém. Então, o caracol da Polinésia olhava o mundo, e o mundo estava vazio. E como pode alguém viver, como pode alguém querer viver num mundo esvaziado de seus semelhantes?

Seguramente, ele era muito bem tratado no Zoológico, comida não havia de lhe faltar – o que come, comia, um caracol da Polinésia? – e de dia e de noite estava livre de predadores. Seus antepassados, talvez ele mesmo na infância, tinham tido que lutar pela sobrevivência. E a vida era dura. Mas lutavam em companhia. Quando um deles era esmagado – quantos caracóis são esmagados mesmo na Polinésia! – outros lamentavam sua sorte. Quando um deles se atrasava em sua marcha – é tão fácil a um caracol se atrasar – outros esperavam por ele. Havia sempre caracóis velhos e experientes aos quais pedir conselhos; caracóis novos e ingênuos aos quais ensinar os segredos da vida. Havia sempre companheiros. E o mundo, povoado de companheiros, era lindo.

Mas os outros, os outros todos foram acabando aos poucos, vítimas do único predador, pois estava disposto a transformar suas conchas em objetos turísticos, e o último caracol da Polinésia, cansado de ser tão só, deixou-se pisar pela Morte que passava apressada, certo talvez de poder renascer em algum mundo lindo, em que milhares de ovos de caracol preparam-se para se abrir.

(Marina Colasanti. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002. (com adaptações))

1. Segundo a narradora, o que causou a morte do último caracol da Polinésia? Justifique sua resposta com um trecho do texto.

2. É possível aproximar os sentimentos e a experiência do último caracol com os sentimentos humanos?

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3. A concordância nominal empregada em “Morreu de solidão e sofrimento extremos” está de acordo com as regras da Gramática Normativa? Explique a regra de concordância nominal empregada.

4. Acerca da regra de concordância nominal empregada em “ao longo de um ano, graças a esforços e determinação eficaz [...], o molusco planejava deslocar-se cerca de setenta centímetros.”, julgue os itens a seguir.

C E A concordância nominal não foi respeitada, pois o adjetivo “eficaz” não deveria estar no singular e, por se referir a dois substantivos antecedentes, deveria estar no plural.

C E A concordância nominal empregada no trecho em destaque está adequada, pois o adjetivo “eficaz” pode concordar com os substantivos “esforços” e “determinação”, simultaneamente, ou com apenas o mais próximo.

C E A concordância nominal está adequada, pois o adjetivo “eficaz” está no singular justamente para concordar com o substantivo “determinação”, termo a que se refere.

C E A regra de concordância nominal empregada em “Assim mesmo, de que adiantavam esses setenta centímetros suados, batalhados...” foi a mesma utilizada na oração do enunciado.

C E A concordância empregada em “... graças a eficazes esforços e determinação...” é a mesma empregada na oração do enunciado.

5. Analise as orações coordenadas em destaque a seguir e assinale a opção que apresenta sua correta classificação sintática.

C E “Sua vida não era acelerada, nada capaz de causar-lhe stress, mas era bastante dinâmica...” – Oração coordenada adversativa.

C E “O último caracol da Polinésia olhava ao redor, e não via ninguém.” – Oração coordenada aditiva.

C E “... o caracol vivia no Zoológico de Londres, logo o tratador não era ninguém...” – Oração coordenada alternativa.

C E “... os outros todos foram acabando aos poucos, vítimas do único predador, pois estava disposto a transformar suas conchas em objetos turísticos...” – Oração coordenada conclusiva.

C E “O último caracol da Polinésia ora se deslocava alguns centímetros, ora olhava ao redor para ver seus companheiros.” – Oração coordenada explicativa.

MATEMÁTICA 6. Um representante comercial recebe, mensalmente, um salário composto por duas partes: uma fixa, no valor de R$ 1 500,00, e uma variável, que corresponde a uma comissão de 12% do total vendido durante o mês. Considerando x o total de vendas do mês e y o salário mensal, a sentença que representa, em reais, o salário mensal do representante comercial é

(a) 𝑦 = 180 + 0,12𝑥. (b) 𝑦 = 180 + 1500𝑥. (c) 𝑦 = 1500 + 12𝑥. (d) 𝑦 = 1500 + 180𝑥. (e) 𝑦 = 1500 + 0,12𝑥.

7. O preço a ser pago por uma corrida de táxi inclui uma parcela fixa, denominada bandeirada, e uma parcela que depende da distância da corrida. Sabendo que a bandeirada custa R$ 3,50 e que cada quilômetro rodado custa R$ 1,50, determine a lei que fornece o preço y, em reais, a ser pago pela corrida em função do número x de quilômetros rodados. Em seguida, determine a distância percorrida por um passageiro que pagou R$ 66,50 pela corrida.

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8. Para determinar a trajetória de um robô que se move em um plano, uma programadora utiliza um sistema cartesiano. Ela programa o robô para se movimentar de um determinado par ordenado para outro, sempre em linha reta. A programadora atribui uma letra do alfabeto a cada par ordenado inserido no programa e o robô se movimenta seguindo a ordem alfabética. A posição inicial do robô determina a origem do sistema cartesiano. A partir daí, ele se desloca para o par ordenado A, depois para o B, e assim sucessivamente. Ela inseriu os seguintes pares ordenados no programa:

𝐴 = (−3, 0), 𝐵 = (0, 3), 𝐶 = (3, 3) e 𝐷 = (0, 0).

Calcule a área da região limitada pela trajetória descrita pelo robô, sabendo que cada unidade de deslocamento no sistema cartesiano utilizado corresponde a 1 metro de deslocamento realizado pelo robô.

9. Cada ângulo externo de um polígono regular mede 20°. Então, o número de diagonais desse polígono é igual a

(a) 90. (b) 104. (c) 119. (d) 135. (e) 152.

10. Uma questão importante na medicina pediátrica é a predição da estatura final de um indivíduo a partir de sua estatura quando criança. Em decorrência de vários estudos realizados, foram propostas as seguintes equações.

meninos: h = 1,27x + 54,9 meninas: h = 1,29x + 42,3

Nessas equações, x é a altura, em cm, da criança aos 3 anos de idade e h é a sua altura estimada, em cm, na fase

adulta. Com base nessas informações e considerando que a altura de uma criança de 3 anos de idade, tanto para meninos

quanto para meninas, varia no intervalo de 85 cm a 105 cm, assinale a opção correta.

(a) A altura máxima prevista para um indivíduo adulto é superior a 1,92 m. (b) A altura h prevista para uma pessoa adulta do sexo feminino é superior a 150 cm e inferior a 180 cm. (c) Considerando as funções acima, as mulheres adultas sempre serão menores que os homens adultos. (d) Admita que, aos 3 anos de idade, um menino tenha estatura 10 cm menor que a de uma menina de mesma idade.

Então, para a fase adulta, a altura estimada do menino será maior que a altura estimada da menina. (e) Considere que duas pessoas de sexos opostos tenham a mesma altura na idade adulta. Se a pessoa do sexo

feminino possuía, aos 3 anos de idade, altura igual a 97 cm, então a do sexo masculino, aos 3 anos de idade, tinha altura superior a 90 cm.

FÍSICA

Texto para os itens 11 e 12.

Um carro percorre um trajeto em forma de quadrado de 100 m de lado e vértices A, B, C e D, semelhante à figura a seguir.

A B

CD

Saindo do vértice A no instante t = 0, o carro chega ao vértice B após 8 segundos. Em seguida, do vértice B ao vértice C, o carro gasta 9 segundos. Mais 8 segundos são gastos do vértice C ao vértice D, e deste, ao vértice A, são gastos 7 segundos.

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11. Com relação ao movimento desse carro, é correto afirmar que

(a) em cada trecho citado no texto, o módulo da velocidade do carro é, certamente, constante. (b) a distância percorrida pelo carro é igual a zero, pois, ao final da trajetória, ele retorna ao ponto de partida. (c) o deslocamento do carro é igual à distância percorrida por ele. (d) a velocidade média no trecho CD é igual, em módulo, à velocidade média no trecho AB. (e) o trecho BC é o que apresenta maior velocidade média, por ser o que mais tempo levou para ser percorrido.

12. Calcule o deslocamento e a distância percorrida pelo carro no trecho que vai do vértice A ao vértice C do trajeto quadrangular.

QUÍMICA 13. Considere as representações dos átomos A, B e C a seguir.

3x+32A11x+15 5x-8B12x-2 4x+10C10x+35

Sabendo que os átomos A e C são isóbaros, marque a opção que indica corretamente os números de massa dos

átomos A, B e C.

(a) 238, 238 e 238 (b) 235, 235 e 235 (c) 235, 235 e 238 (d) 235, 238 e 235 (e) 238, 235 e 235

14. Complete a tabela a seguir.

Partícula Número atômico (Z) Prótons Elétrons Nêutrons Número de massa (A)

A — 83 83 126 —

D — 55 54 — 133

E 16 — 18 16 —

G — 56 54 — 137

J 55 — 55 82 —

Informe os elementos que são isótopos e isóbaros entre si.

GEOGRAFIA

Nos primeiros meses de 1967, o ciclo de violência entre Israel e os países vizinhos estava quase fora de controle. Em maio, espalhou-se o rumor que Israel estava concentrando suas forças armadas na fronteira com a Síria. Em resposta, no dia 14 de maio, formou-se um comando militar unificado entre Egito, Síria e Jordânia.

Em 5 de junho, anunciando que estava respondendo a uma invasão árabe registrada em seus radares, houve o ataque surpresa de Israel. Em poucas horas, os aviões israelenses destruíram as forças aéreas do Egito e da Síria, bombardeando-os e inutilizando-os

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ainda em terra. A Síria sequer esboçou reação diante da superioridade militar judaica. Pela terceira vez, em menos de 20 anos, Israel havia derrotado os exércitos árabes.

(André Gatazz. A Guerra da Palestina. Usina do Livro. São Paulo. p. 142. (Com adaptações.))

15. O texto faz referência a qual das guerras árabe-israelenses? Quais foram os resultados desse conflito que favoreceram o fortalecimento do Estado de Israel na região diante dos países árabes vencidos?

16. Leia, atentamente, as informações apresentadas no quadro descritivo abaixo e associe as colunas.

Países do Oriente Médio

Panorama geográfico – localização, aspectos naturais, humanos, econômicos e geopolíticos.

1. Iraque É uma das raras monarquias restantes no Oriente Médio. Seu território é predominantemente

desértico e se limita a oeste com Israel, com poucos bolsões férteis. Amã é o centro manufatureiro, fornecendo brometo e potássio extraídos do mar Morto.

2. Arábia Saudita

É um grande país montanhoso, situado entre o mar Cáspio e o Golfo Pérsico. O país é rico em petróleo e gás natural. A guerra com o Iraque, entre 1980 e 1988, restringiu seriamente o crescimento econômico e afetou, particularmente, a indústria petrolífera no Golfo Pérsico. As condições para a agricultura são precárias, e seu programa nuclear sempre incomodou os EUA.

3. Afeganistão

É um país montanhoso, sem saída para o mar. No verão, atinge temperaturas de mais de 40 °C; no inverno, elas podem cair para –26 °C nas montanhas do norte. O país é um dos mais pobres do mundo. Os recursos minerais são abundantes, mas pouco explorados, predominando gás natural, carvão e minério de ferro. A indústria está concentrada em Cabul.

4. Irã

Ocupa a árida península Arábica. Não existem rios perenes. A oeste, altas montanhas acompanham o mar Vermelho, mas mesmo ali as chuvas anuais raramente excedem 380 mm. A temperatura ultrapassa os 44 °C no verão e exibe pouca vegetação. Nas faixas costeiras e nos oásis, são cultivados cereais e tamareiras. O petróleo é o produto mais importante, do qual dependem as exportações e o desenvolvimento econômico desse país aliado dos EUA.

5. Jordânia

Essa nação sofreu forte intervenção militar norte-americana no início do século XXI. Nela existem áreas férteis entre os rios Tigre e Eufrates. Estes dois grandes rios se unem e formam o Chatt al Arab, que desemboca no Golfo Pérsico. O conflito com o Irã (1980-1988) e a Guerra do Golfo (1991) causaram retração na economia, devido à virtual destruição da infra estrutura e à limitação da exportação de petróleo e gás natural.

Uma região quente O Oriente Médio é uma região a qual a imprensa sempre se refere como uma área conturbada, espécie de barril de pólvora com

o estopim aceso, prestes a explodir. Essa imagem explica-se em função de ser essa região do mundo o lugar onde talvez ocorram os conflitos mais intensos.

Nelson B. Olic. Oriente Médio, São Paulo: Moderna. 1991. (Adaptado)

Apresente dois fatores que originam os conflitos entre países do Oriente Médio.

17. A história da construção do Estado de Israel envolveu basicamente o desenvolvimento das atividades agropecuárias em torno dos Kibbutzim e dos Moshav.

Explique em que consistem os Kibbutzis.

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18. O Oriente Médio é uma região de intensos conflitos armados, causados por diferentes motivações. Entre esses conflitos, podemos citar a guerra Irã-Iraque na década de 1980, a guerra do Golfo de 1991 e as invasões do Afeganistão em 2001 e do Iraque em 2003. Sobre esses conflitos, julgue as afirmações e marque C para as certas e E para as erradas.

C E A guerra entre o Irã e o Iraque tinha como motivação a dominação de vastos campos de petróleo existentes na região do Golfo Pérsico.

C E A ação militar empreendida pelos Estados Unidos contra o Iraque em 1991 foi deflagrada pela recusa do ditador iraquiano Saddam Hussein em retirar-se do Kuwait, país vizinho ao Iraque, que o ditador havia invadido.

C E A invasão dos Estados Unidos ao Afeganistão ocorreu após os atentados terroristas de 2001. O objetivo dos americanos era a captura e/ou a destruição da Al Qaeda, grupo liderado pelo saudita Osama Bin Laden.

C E A invasão do Iraque em 2003 foi motivada pelo discurso do então presidente norte-americano George W. Bush, que alegava que o Iraque tinha em seu poder armas de destruição em massa.

C E A ONU aprovou a invasão do Iraque promovida pelos Estados Unidos. Os países do Conselho de Segurança apoiaram os americanos com logística e informações sobre o poderio militar iraquiano.

HISTÓRIA 19. (FUVEST-SP/2002)

Na presidência da República, em regime que atribui ampla autoridade e poder pessoal ao chefe de governo, o Sr. João Goulart constituir-se-á, sem dúvida alguma, no mais evidente incentivo a todos aqueles que desejam ver o país mergulhado no caos, na anarquia, na luta civil.

(Manifesto dos ministros militares à Nação, em 29 de agosto de 1961).

Esse manifesto revela que os militares (a) estavam excluídos de qualquer poder no regime de democracia presidencial. (b) eram favoráveis à manutenção do regime democrático e parlamentarista. (c) justificavam uma possibilidade de intervenção armada em regime democrático. (d) apoiavam a interferência externa nas questões de política interna do país. (e) eram contrários ao regime socialista implantado pelo presidente em exercício.

20. (Mack-SP/2004) A “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, em março de 1964, na cidade de São Paulo, foi

(a) uma demonstração de forças conservadoras de direita contra o que chamavam de esquerdismo e comunismo do

governo João Goulart. (b) uma manifestação de apoio das famílias de trabalhadores brasileiros ao governo do presidente Goulart. (c) uma resposta das massas populares, apoiando as Reformas de Base, após o Comício na Central do Brasil

(RJ/março de 1964). (d) uma demonstração de repúdio das classes trabalhadoras a uma possível intervenção militar, com apoio norte-

americano, ao governo de Goulart. (e) uma manifestação de setores conservadores da sociedade brasileira de revolta contra a tentativa de se derrubar

o governo constitucional. 21. Leia o texto.

Eu pregava uma reforma agrária mais profunda, enquanto o Goulart propunha uma reforma agrária que eu chamava de beira de

rodagem, de beira de estrada. Achava que ele devia realmente tocar na essência do latifúndio, e não simplesmente distribuir parcelas de terra ao longo das estradas.

[...] Eu achava que era preciso limitar a quantidade de terras, estabelecer um imposto progressivo sobre as terras que não se cultivam.

[...] Mas não fazer a reforma agrária nos termos que o Jango propôs. Eu me rebelei por causa disso. E passei a fazer críticas, através dos editoriais do semanário A Liga. Tanto que não participei da grande concentração do dia 13 de março. Não fui convidado e, se fosse, naturalmente iria denunciar esse tipo de reforma.

(Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas. Denis de Moraes. A esquerda e o golpe de 64. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1989. P .227 – 8.)

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a) Por que Francisco Julião chamou a reforma agrária de Goulart de “reforma agrária de beira de rodagem ou de beira de estrada”?

b) Além da reforma agrária, apresente outras duas atitudes de João Goulart para favorecer o trabalhador rural.

22. Um dos motivos alegados pelos militares para derrubar João Goulart era a grave crise econômico-financeira do país. Apresente três atitudes tomadas pelo governo Castelo Branco para solucionar essa crise.

A posse do general Castello Branco era o prelúdio de uma completa mudança no sistema político, moldada através da colaboração

ativa entre militares e setores civis interessados em implantar um projeto de modernização impulsionado pela industrialização e pelo crescimento econômico, e sustentado por um formato abertamente ditatorial. A interferência na estrutura do Estado foi profunda. Exigiu a configuração de um arcabouço jurídico, a implantação de um modelo de desenvolvimento econômico, a montagem de um aparato de informação e repressão política, e a utilização da censura como ferramenta de desmobilização e supressão do dissenso.

(Lilia Moritz Schwarcz e Heloísa Murgel Starling. Brasil: uma biografia. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 448 e 449.)

23. A respeito das mudanças no sistema político citadas no texto, ainda no governo do presidente Castello Branco, identifique duas modificações no campo político no que tangia às eleições.

LÍNGUA ESPANHOLA 24. Lee las siguientes tiras de Mafalda, y luego haz lo que se te pide.

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Acerca de la tirita, contesta:

a) ¿Susanita quiere ir a la escuela? ¿Por qué?

b) ¿Mafalda está de acuerdo con Susanita? ¿Por qué?

c) Acerca de la segunda tirita, marca verdadero (V) o falso (F) a las siguientes afirmaciones.

A Felipe le gustaría ser una mosca para no tener que ir a la escuela. Felipe cree que ir a la escuela es divertido. Al final, Felipe cambia de opinión.

25. Completa los espacios abajo con los verbos en destaque conjugándolos en el futuro imperfecto.