Informática Aplicada - formare.org.br MIX/Guia do Aluno... · Isso nos leva à Inteligência...
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Introdução
A história da humanidade é fascinante e nos mostra como evoluímos de criaturas frágeis
que lutavam para encontrar alimentos e fugir dos predadores até os dias atuais, em que nos
tornamos criaturas poderosas, produzimos nossos alimentos e nos tornamos o predador
mais voraz do planeta.
Nesse trajeto evolutivo, criamos sociedades altamente estruturadas, criamos instituições
organizadas e inventamos estilos de relacionamento que nos permitem viver da forma como
vivemos. O trabalho, por exemplo, da maneira como o conhecemos, não existiu desde
sempre, ele é parte da nossa evolução social e, assim como tudo mais em nossa
sociedade, ele evolui e se transforma com o tempo, com a própria sociedade.
Em torno de 2.000 anos atrás, na época de Cristo, o trabalho era muito diferente do que é
hoje, pois não havia indústrias, máquinas, produção para comércio etc. O trabalho em
fábricas, com uso de máquinas e tecnologias de produção em massa, só surgiu com a
Revolução Industrial, por volta do final do século XVIII e início do século XIX. Portanto, a
cerca de 200 anos apenas.
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[Legenda da imagem] Fábrica no Brasil, 1880. (fonte: VASQUEZ, Pedro Karp. Nos trilhos do progresso: A
ferrovia no Brasil imperial vista pela fotografia. São Paulo: Metalivros, 2007) [original]
Nesses 200 anos a forma de produção, que até então era basicamente artesanal, mudou
drasticamente. As máquinas introduziram a produção em massa, ou seja, em grande
quantidade, diferentemente da forma artesanal, que tem baixa produtividade. Nasceu então
uma nova categoria de trabalhadores para operar essas máquinas: os operários.
As máquinas evoluíram constantemente e trouxeram a necessidade frequente de novas
habilidades para os operários, de forma que foi se tornando cada vez mais necessário
aprender a operá-las corretamente a cada nova mudança.
A rapidez com que a sociedade tem se transformado nestes últimos 200 anos é espantosa.
Essa mudança tem acontecido de forma acelerada, ou seja, cada vez mais rapidamente.
Não apenas as máquinas nas indústrias, mas também as relações comerciais, os costumes
e, enfim, todo o modo de vida tem mudado de forma acelerada.
[legenda] Linha de produção automatizada com operários robôs. [fonte]
Tanto no trabalho, para poder lidar com as necessidades constantes de aprender a operar
novas máquinas e formas de produção, quanto na própria vida cotidiana, tornou-se vital
continuar aprendendo o tempo todo, e de forma acelerada. Aprender o tempo todo é uma
das características da vida contemporânea. Não é mais possível viver como há 2.000 anos,
quando as coisas não mudavam muito e havia pouco para ser aprendido ao longo da vida
para poder garantir o sustento e a adaptação à sociedade.
A cada dia surgem novas tecnologias, máquinas, meios diferentes de produção, profissões
e ocupações. Muitas profissões já desapareceram e muitas desaparecerão para dar lugar a
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outras que nem imaginamos ainda. Já não há mais garantia de que aprendendo um ofício
hoje se possa passar o resto da vida nessa mesma ocupação e sem a necessidade de
aprender novas coisas. Tudo hoje em dia é dinâmico e muda velozmente.
Toda essa mudança acelerada nos obriga a pensar em uma escola onde não mais se
aprenda apenas alguns conteúdos voltados para o trabalho imediato, mas também onde se
aprenda como prosseguir aprendendo o tempo todo, para dar conta da necessidade de
adaptação às novas mudanças que persistirão surgindo de forma mais e mais acelerada.
É nesse contexto que as tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC)
despontaram e se disseminaram nas duas últimas décadas, tornando-se fundamentais para
o aprendizado rápido e facilitando o acesso às informações, cursos e novidades. E dentre
esse conjunto de tecnologias destacam-se os computadores e a internet.
[legenda] Computadores e internet, a combinação que mudou o mundo. [fonte]
Os computadores são máquinas que permitem controlar outras máquinas, simular a
realidade e lidar com a informação de forma rápida e eficaz. Já a internet nos permite
acessar e compartilhar informações armazenadas em computadores espalhados pelo
mundo todo, nos comunicarmos de qualquer ponto do planeta e também produzir e distribuir
o conhecimento que nós mesmos produzimos.
Muitas máquinas atuais já possuem computadores como parte delas mesmas e podem se
comunicar por meio da internet. É a chamada “internet das coisas”, por meio da qual, em
breve, teremos até eletrodomésticos que “conversam entre si”, de forma a trabalhar em
conjunto. Muitos automóveis já possuem sistemas inteligentes que controlam o travamento
dos freios (Sistema ABS), a troca automática de marchas (câmbios automáticos eletrônicos)
e até mesmo fechaduras que reconhecem o dono do carro pela voz.
Tanto para o trabalho quanto para os demais aspectos da vida, é preciso aprender a usar
os computadores e a internet de forma eficaz, como poderosas ferramentas de
aprendizagem que nos permitam continuar a nos instruir para que seja possível
acompanharmos todas essas mudanças que estão ocorrendo cada vez mais rapidamente.
Neste curso aprenderemos aplicar as TDIC no trabalho e em outros contextos relevantes
para nossa vida, como no nosso aprendizado contínuo, por exemplo. Aprenderemos “como
aprender” fazendo uso dessas tecnologias e como utilizar softwares específicos necessários
em processos administrativos e produtivos de uma empresa.
Ao final do curso esperamos que você seja capaz de continuar aprendendo de forma
autônoma, que seja capaz de usar os computadores, softwares e a internet para o trabalho
e para o seu próprio aprendizado contínuo.
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CONTEXTUALIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO
Afinal, que coisa é a “internet das coisas”?
Você sabia que várias empresas já desenvolvem automóveis capazes de se locomoverem
sozinhos pela cidade? Embora eles ainda não estejam circulando por aí nas nossas ruas,
em breve estarão. Veículos autônomos já são produzidos há muito tempo, bem como
máquinas capazes de trabalhar sozinhas, sem um operário tomando as decisões por elas.
São os diversos tipos de “robôs”.
[Legenda] Automóvel autônomo desenvolvido em parceria com o Google e já em testes finais, em Nevada, USA.
[original]
Máquinas com sensores e processadores capazes de perceber o ambiente onde estão e
tomar decisões já existem, a novidade é que em breve essas máquinas poderão “conversar
umas com as outras” e é isso que chamamos de “internet das coisas”.
Os automóveis autônomos, por exemplo, já podem se comunicar via internet com sistemas
de GPS para saber onde estão e podem solicitar rotas mais adequadas, conforme o trânsito
da região. Simultaneamente, esses automóveis podem informar onde estão, com que
velocidade se deslocam e quais as condições de trânsito no local. Dessa forma, podemos
ter uma frota de automóveis autônomos que trocam informações entre si e, com ajuda de
outros softwares, tomam decisões sobre o melhor caminho em função das condições do
trânsito levantadas por eles mesmos.
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Atualmente já existem aplicativos de smartphones que fazem isso, coletando informações
sobre a posição e a velocidade dos automóveis e informando as condições de trânsito para
todos que utilizam o mesmo aplicativo. Exemplos são o Waze1 e o Google Maps2.
Na base da automação estão os sensores. Os sensores de presença, por exemplo,
acendem as luzes quando “percebem” algum movimento no ambiente. Essa é uma
tecnologia já bastante usada para iluminação inteligente. Da mesma forma, temos portas
que abrem quando a pessoa se aproxima delas, campainhas que tocam quando alguém
passa pelo batente da porta etc. Nas empresas temos sensores que monitoram máquinas e
processos automatizados.
[Legenda] Porta automática: um sensor na parte superior detecta a presença da pessoa e faz a porta abrir.
[original]
Agora, imagine que diversos sensores estejam interligados a um computador central capaz
de tomar decisões. Isso já existe nos automóveis atuais, como no sistema de freio à prova
de travamentos, o freio ABS (“Anti-lock Breaking System”). Sensores e computadores
constituem processos de automação. O próximo passo natural consiste em fazer com que
diferentes máquinas conversem entre si para tomarem decisões conjuntas e que,
principalmente, “aprendam a tomar decisões”. Isso nos leva à Inteligência Artificial (AI).
Inteligência artificial é o nome que damos à capacidade de um computador “aprender por si
mesmo e de tomar decisões independentemente do ser humano”. A inteligência artificial
1 https://www.waze.com/pt-BR/about
2 https://www.google.com.br/maps/
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vem sendo pesquisada e desenvolvida desde meados do século passado e atualmente se
encontra em grande desenvolvimento.
Games, por exemplo, utilizam algoritmos (programas) de inteligência artificial para simular
oponentes, dessa forma computadores já simulam uma inteligência capaz até mesmo de
vencer o campeão mundial de xadrez em uma partida em que apenas o computador toma
decisões sem a ajuda de nenhum humano. Mas, vem muito mais por aí…
[Legenda] Deep Blue, computador que venceu o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov, em 1997,
inaugurando a era em que as máquinas passaram a “pensar tanto quanto os homens”. [original]
Na internet já existem “robozinhos que conversam” com os internautas, respondendo suas
perguntas e “emitindo opiniões”. Esses robozinhos aprendem com a interação com os
humanos que conversam com eles e, dessa forma, utilizam essa aprendizagem para
melhorar cada vez mais sua capacidade de dar respostas que façam sentido.
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A internet das coisas promete para um futuro bem próximo meios de interligar as máquinas
entre si e com os humanos, permitindo inclusive que as máquinas conversem umas com as
outras, tomem decisões e aprendam com os humanos e consigo mesmas.
[legenda] Pierre Lévy, filósofo contemporâneo que estuda a internet e seu impacto na
cultura e na construção do conhecimento. Foto de Damião Francisco. [fonte]
Um filósofo contemporâneo, Pierre Lévy, já vem usando, há alguns anos, o termo
“inteligência coletiva” para designar a maneira como construímos novos conhecimentos
na rede mundial de computadores (a internet) e como isso afeta nossas vidas. Na internet
das coisas teremos essa inteligência coletiva expandida para o mundo das máquinas
também.
Onde isso nos levará ainda não é possível prever. Na verdade, atualmente é muito difícil
fazer previsões sobre o futuro, pois tudo parece estar acontecendo e mudando tão
rapidamente que o futuro tem se tornado cada vez mais difícil de ser imaginado.
É nesse contexto, diante de um futuro difícil de ser previsto, em que até mesmo as
máquinas poderão construir conhecimentos e tomar decisões, que você viverá. É por isso
que aprender a aprender, continuar aprendendo o tempo todo e saber fazer um bom uso
das tecnologias atuais e das que surgirem, é fundamental para sua vida.
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DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
A internet é uma imensa biblioteca que contém uma infinidade de informações sobre
praticamente qualquer coisa. Dito dessa forma nos parece que basta acessar a rede
mundial de computadores e teremos respostas para todas as nossas perguntas, mas não é
bem assim…
As informações disponíveis na internet encontram-se espalhadas de muitas maneiras e, o
que é pior, nem sempre são verdadeiras. Para saber encontrar as informações corretas é
preciso saber pesquisar na internet.
Pesquisando na internet
[legenda] A difícil “arte” de pesquisar na internet pode ser aprendida e treinada. [fonte]
Para acessarmos a internet precisamos de uma conexão com ela, que pode ser física, por
meio de cabos interligados, ou por sinais eletromagnéticos (wirelless, 3G, 4G etc.).
Precisamos também de um dispositivo com capacidade de processamento de dados, como
um computador de mesa, um notebook, um tablet ou um smartphone e, por fim, um
software (um programa de computador) capaz de acessar a rede e se comunicar com
outros computadores.
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Os softwares capazes de acessar a internet são comumente chamados de navegadores.
Há diversos navegadores disponíveis e a quase totalidade deles é gratuita. Entre os
navegadores mais populares no Brasil temos, pela ordem de preferência dos usuários, o
Chrome, o Microsoft Explorer (ou sua versão mais moderna e equivalente, o Edge) e o
Mozilla Firefox.
Logotipo Navegador Data da criação Versão mais
recente
Porcentage
m
Chrome
2 de Setembro de 2008 48.0.2564.109 66,62%
Mozilla
Firefox
9 de Novembro de 2004 44.0.1 12,23%
Internet
Explorer
16 de Agosto de 1995 11 15,09%
[Legenda] Navegadores mais utilizados no Brasil. [fonte]
Tablets e smartphones geralmente utilizam um desses navegadores, ou outro navegador
próprio baseado em um desses três.
Atualmente todos esses navegadores têm um funcionamento muito parecido e diferem
apenas em algumas poucas características. Em todos eles, por exemplo, pode-se fazer
uma busca direta utilizando a própria barra de endereços do navegador3.
Cada navegador utiliza um site de buscas (ou motor de busca ou, ainda, buscador) para
essa busca direta, como o Google, o Bing e o Yahoo. Cerca de 20% a 25% de tudo o que
está disponível na internet encontra-se indexado (catalogado) pelos buscadores. Porém,
entre 75% e 80% de tudo que existe na internet não pode ser encontrado diretamente pelos
buscadores comuns. Essa área nebulosa da internet em que o acesso é muito complicado e
as informações não são catalogadas pelos buscadores foi batizada de Deep Web.
Para efeitos de pesquisa e estudo podemos dizer que na internet catalogada pelos
buscadores já temos toda a informação de que precisaremos. Assim, não é preciso agora
aprender mais sobre a Deep Web4, mas você pode se informar mais sobre ela se quiser.
3 A barra de endereços do navegador é a caixa de texto localizada na parte superior do navegador
onde digitamos os endereços (URLs) das páginas que queremos visitar. 4 Deep Web: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Deep_web>.
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Como encontrar informações na internet
A internet contém informações, ou seja, dados. Esses dados podem ser textos, imagens,
músicas, filmes, vídeos etc. Os buscadores nos permitem encontrar facilmente esses tipos
de arquivos e veremos mais adiante como tornar essas buscas mais eficazes. Antes,
porém, vamos entender um pouco melhor como funcionam as buscas e como podemos
fazer buscas que nos retornem informações úteis.
Sabendo perguntar você encontra mais facilmente o que procura
Digamos que você queira fazer uma pesquisa sobre o tema com que iniciamos essa
apostila: a “internet das coisas”. Podemos iniciar essa pesquisa simplesmente digitando a
frase de busca (internet das coisas) na barra de endereços do navegador. Mas ao fazermos
isso, encontraremos cerca de 1.120.000 páginas indexadas. É claro que não poderemos
consultar todas essas páginas.
As primeiras páginas retornadas pelo buscador são aquelas que o sistema de busca
entende como sendo as mais importantes, mas isso nem sempre é verdade. Podemos
melhorar essa busca se melhorarmos a forma de indicar ao buscador o que estamos
procurando “exatamente”.
Quando digitamos a frase “a internet das coisas” diretamente e sem aspas o buscador irá
nos retornar todas as páginas que contenham qualquer uma das palavras da frase, em
qualquer ordem ou combinação. Para que o buscador retorne apenas as páginas que
tratam especificamente da “internet das coisas” devemos digitar a frase entre aspas.
Digitando a mesma frase, “a internet das coisas” entre aspas, o buscador nos retornará
agora cerca de 280.000 resultados. Ainda é muito, mas já melhorou bastante, pois
eliminamos quase um milhão de páginas!
Novamente os resultados que o buscador entende como mais relevantes são os primeiros
da lista que ele retornou. Uma inspeção visual nesses primeiros links já ajudará muito a
escolhermos por onde começar. Mas podemos ser ainda mais específicos e indicar na
busca o tipo de informação que desejamos sobre o tema “a internet das coisas”. Por
exemplo, podemos desejar conhecer a “definição” desse termo, ou exemplos, aplicações
etc.
Digamos que você queira uma definição sobre o que é a “internet das coisas”, então
podemos indicar isso para o buscador acrescentando a palavra “definição” na caixa de
busca ou na barra de endereços do navegador, junto com a frase “a internet das coisas”,
reescrevendo assim a frase de busca: “a internet das coisas” AND “definição”. Isso fará
com que o buscador retorne agora cerca de 39.000 páginas.
As palavras AND e OR podem ser usadas na busca para construir frases de busca que nos
permitem encontrar mais facilmente aquilo que estamos procurando.
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Há outros termos que também podem ser usados nas buscas e você encontrará um texto
bastante interessante sobre operadores e termos de busca na matéria “Conheça todos os
comandos de busca do Google”, disponível na seção “Outras Referências”.
Nem tudo o que brilha é ouro. Cuidado!
Encontrar páginas na internet com o assunto desejado para a pesquisa é somente a
primeira etapa do processo. Depois de encontradas as páginas que podem conter as
informações que você deseja, será preciso saber se elas são confiáveis.
Uma página contém informações confiáveis quando a fonte dessas informações é uma
organização ou empresa de boa reputação e que publica informações próprias ou
referenciadas. Em outras palavras, não devemos simplesmente acreditar que tudo aquilo
que encontramos numa dada página é realmente verdadeiro.
Boas fontes de informação são, por exemplo, dicionários, enciclopédias, jornais, revistas,
artigos científicos, instituições de ensino como universidades ou, ainda, sites de
profissionais da área em que sua pesquisa se enquadra.
No nosso exemplo, sobre a pesquisa da definição de “internet das coisas”, aparecerão
muitos links definindo o conceito e explicando brevemente do que se trata, mas será que
todos dirão a mesma coisa? Quem escreveu o texto? Quais fontes foram consultadas para
escrever o texto? Tudo isso tem que ser levado em consideração antes de decidirmos
“acreditar” se aquela explicação é correta ou não.
Veja um checklist útil para conferir se a página encontrada tem ou não boa credibilidade e
pode ser tomada como fonte de informação verdadeira:
1. O site é de uma universidade, grande empresa, jornal ou revista voltada para o tema
ou, ainda, um site de profissional da área?
2. O texto é uma publicação oficial, uma pesquisa, uma publicação científica ou uma
matéria jornalística?
3. O autor é citado e são dadas referências dele que possam indicar se ele realmente
está por dentro do assunto?
4. O texto fornece as fontes utilizadas para a pesquisa do autor e/ou outras fontes que
podem ser acessadas para saber mais sobre o tema ou conferir o que está escrito
no texto?
Para ter uma boa garantia da veracidade das informações é recomendável que a página
encontrada na busca atenda aos quatro requisitos acima. Quanto menos requisitos dessa
lista forem atendidos pela página, menos credibilidade ela terá.
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Pesquisar não é beber de uma única fonte, nem apenas copiar e colar
Mesmo que você encontre um bom texto que atenda aos requisitos de confiabilidade da
fonte, não basta copiá-lo ou mesmo se satisfazer com ele. Uma pesquisa requer que você
consulte mais de uma fonte. Ou seja, nunca pare após encontrar uma página. Continue e
procure, pelo menos, mais duas fontes confiáveis.
Diferentes fontes nos dão diferentes enfoques sobre o mesmo tema, pois cada fonte de
informação se concentra mais em algum aspecto do tema. Diferentes fontes nos permitem
ter uma visão mais ampla e completa, para que possamos formar uma opinião própria
sobre o assunto.
Quando pesquisamos sobre algo, na verdade queremos saber mais sobre aquilo, queremos
ter uma opinião sobre o tema pesquisado. Portanto, pesquisar não consiste em coletar
informações, copiá-las e colá-las em outro lugar, mas, sim, em formarmos uma opinião
sobre o tema pesquisado.
Você terá feito uma boa pesquisa se, ao final dela, souber falar sobre o tema pesquisado
sem a necessidade de ler o texto que você mesmo produziu sobre a pesquisa. Assim, por
exemplo, após pesquisar sobre a definição de internet das coisas você deverá ser capaz de
conversar com alguém que não sabe do que se trata o termo e explicar para ela, com suas
palavras, exemplos e comparações, o que é a internet das coisas.
Copiar e colar textos ou trechos de textos, imagens, vídeos etc. não é pesquisa, é apenas
coleta de dados e, como veremos mais adiante, da forma como for feito poderá ser
considerado crime. Coletar dados é muito importante quando fazemos uma pesquisa, mas é
apenas uma das etapas do trabalho. E quais são as demais?
[legenda] Copiar e colar é apenas “coletar dados”, não é fazer pesquisa. [fonte]
Como o objetivo de toda pesquisa é compreender melhor o tema pesquisado e formar ou
melhorar uma opinião sobre ele, então é fundamental que se consiga juntar as informações
coletadas e organizá-las em um texto (ou vídeo, áudio, gráfico, infográfico etc.) que nos
permita resumir e apresentar as ideias que formamos sobre o tema pesquisado.
Nessa etapa é preciso ler (assistir o vídeo, ouvir a gravação, observar as imagens etc.) e
organizar tudo isso de uma maneira coerente, que faça sentido para você mesmo e para
quem verá o resultado do seu trabalho de pesquisa. Portanto, pesquisar é compreender,
formar opinião e organizar o conhecimento adquirido de forma que possa transmiti-lo para
outra pessoa.
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Cuidado! Pesquisar não é resumir: é refazer a partir da sua compreensão do que foi
pesquisado. Resumos com colagens de trechos de textos não são pesquisas.
Pesquisou? Agora mostre!
A etapa final de toda pesquisa consiste na publicação. Publicar o que foi pesquisado quer
dizer criar alguma forma de apresentar o resultado da sua pesquisa, isto é, a sua
compreensão do tema, de maneira que outras pessoas também possam aprender com sua
pesquisa.
Lembre-se de que você mesmo precisou encontrar a informação que desejava e essa
informação estava apresentada de alguma forma (texto, imagem, vídeo, áudio etc.). Ou
seja, alguém antes de você pesquisou sobre o assunto, juntou informações e ideias e
publicou seus resultados.
Ao fazer sua pesquisa você também coletou informações, teve ideias e montou seu próprio
texto (ou imagem, vídeo etc.), de maneira que ao publicar sua pesquisa você está
reforçando um ciclo que outras pessoas também poderão se utilizar da sua pesquisa da
mesma forma como você utilizou a pesquisa de outros.
Existem muitas maneiras de você publicar sua pesquisa. Na internet a maioria das páginas
encontradas contém texto e imagens, mas também podem conter vídeos, animações,
esquemas, mapas mentais, infográficos etc. Aliás, você sabe o que é um infográfico?
Ao longo deste curso veremos diversas formas e ferramentas de apresentação de
pesquisas e informações de maneira geral. Como primeiro exemplo veremos brevemente o
que são, para que servem e como fazer infográficos.
O infográfico
Um infográfico, como o nome sugere, é um gráfico onde se apresentam informações. Ao
contrário dos gráficos mais comuns da matemática, como os gráficos de linha, barras,
setores etc., os infográficos também utilizam imagens, mapas, desenhos e diagramas. As
figuras abaixo ilustram alguns tipos de infográficos:
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[Legenda] Infográfico com montagem de imagens de diversos objetos, elementos e estruturas que encontramos
no dia a dia. [fonte]
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Agora pense um pouco: se você tivesse que apresentar o resultado da sua pesquisa sobre
a internet das coisas na forma de um infográfico, como ele seria? Lembre que para
conhecer diversos outros tipos e exemplos de infográficos você também deve pesquisar
sobre eles! Então mãos à obra e pesquise também sobre as diferentes formas de fazer um
infográfico.
Por fim, vale a pena também saber que existem diversas ferramentas disponíveis na
internet, e que são gratuitas, que podem ajudar você a construir o seu infográfico. Onde
estão essas ferramentas? Lógico, em diversos locais da internet que você também pode
encontrar fazendo uma busca com a expressão “ferramentas para infográfico”, ou outra
semelhante.
Está vendo como funciona o conceito de “pesquisa na internet” e de “aprender a aprender”?
Se precisamos aprender sobre um tema, como os infográficos, pesquisamos sobre ele.
Para pesquisar bem precisamos aprender a pesquisar e, também nesse caso, podemos
pesquisar sobre como fazer boas pesquisas.
Da mesma forma, para apresentar os resultados da pesquisa podemos utilizar diversos
formatos, sendo um deles o infográfico. Mas como fazer um infográfico? Que ferramentas
usar? Novamente voltamos à pesquisa para aprender sobre infográficos e as ferramentas
disponíveis para construí-los.
Dessa forma, pesquisando sobre o que queremos (ou precisamos) aprender, vamos
aprendendo mais e mais e, por fim, quando transformamos nossa pesquisa e nosso
aprendizado em informação que pode ser compartilhada e utilizada por outras pessoas,
estamos realimentando o ciclo virtuoso de construção coletiva do conhecimento
compartilhado em rede.
Para descobrir já algumas ferramentas de produção de infográficos, consulte o artigo “9
ferramentas incríveis para facilitar a criação de infográficos”, no endereço
<http://contentools.com.br/marketing-de-conteudo/8-ferramentas-para-facilitar-criacao-de-
infograficos/>.
Vamos compartilhar?
Como já foi dito, conhecimento produzido só faz sentido se for compartilhado. Assim como
você faz pesquisa para encontrar informações e, a partir delas, aprender e então produzir
novos conhecimentos, outras pessoas também podem se beneficiar desse conhecimento
que você produziu para também aprender e produzir outros conhecimentos. Mas para que
se crie um ciclo virtuoso que se retroalimente é preciso compartilhar.
Há muitas maneiras de compartilhar informações pela internet e ao longo deste curso
vamos explorar muitas delas. Para início de conversa vamos falar da mais antiga de todas
as ferramentas de compartilhamento pela internet e que, apesar de ser a mais velha, é
ainda a mais utilizada. Vamos conhecer melhor o e-mail?
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E-mail, o carteiro vovozinho da internet
O e-mail, ou email, é o nome dado a uma modalidade de troca
de mensagens por meio eletrônico. O termo vem do inglês
eletronic mail que, traduzido para português, significa “correio
eletrônico”.
Veja que interessante: o e-mail é anterior à própria internet! Os
primeiros e-mails surgiram ainda no início da década de 1960,
enquanto a primeira rede de computadores, a ARPANET
(precursora da internet) surgiu apenas no final dessa mesma
década.
A ideia original do e-mail era possibilitar que um usuário de um
certo computador pudesse deixar nesse mesmo computador uma mensagem para outro
usuário. Depois, com a ligação de computadores em redes, o e-mail passou a possibilitar a
troca de informações entre usuários de diferentes computadores interligados na mesma
rede. Somente bem mais tarde é que se estabeleceu uma rede mundial de computadores
com as características atuais, em meados da década de 80.
Inicialmente os e-mails traziam apenas texto e em pequena quantidade. Eram muito
parecidos com as mensagens de texto de celular que chamamos SMS. Com o
desenvolvimento da internet, novas tecnologias de transmissão e armazenamento de dados
e computadores mais eficazes, o e-mail cresceu em capacidade e passou a “transportar
arquivos” anexados a ele.
Os primeiros provedores gratuitos de e-mail só surgiram em meados da década de 90 e não
ofereciam muita capacidade de armazenamento ou transmissão de dados. Por essa razão
os e-mails geralmente eram apagados depois de lidos para livrar espaço na “caixa de e-
mail”.
O Google revolucionou o mercado de oferta de e-mails gratuitos quando ofereceu 1 Gb de
espaço de armazenamento em uma época em que os demais provedores gratuitos
ofereciam apenas 4 Mb, no máximo. Atualmente o Google oferece gratuitamente 15 Gb de
espaço para ser compartilhado entre o GMail, o Google Drive e o Google Fotos.
Se há 20 anos era raro alguém ter um e-mail, atualmente é muito mais raro encontrar
alguém que não o tenha. O e-mail, assim como o seu endereço residencial, passou a ser
solicitado até mesmo quando você faz cadastro para comprar em alguma loja. Além disso,
para acessar a maioria dos serviços gratuitos oferecidos na internet você precisa se
cadastrar usando um endereço de e-mail.
Enfim, o vovozinho e-mail é uma ferramenta antiga, porém, ainda extremamente útil para
trocarmos informações com outras pessoas. Além disso, os e-mails atuais nos permitem
anexar arquivos de quaisquer formatos, permitindo assim que o utilizemos como meio de
compartilhamento.
Embora o e-mail seja uma ferramenta simples, é bom prestarmos atenção em algumas
características importantes dele:
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[legenda] Tela padrão para escrita e envio de e-mail no Gmail. [fonte]
● No campo “Para” (destinatário) devemos colocar o endereço eletrônico da pessoa
(ou das pessoas) que receberá o e-mail. Esse endereço é sempre da forma
“[email protected]”, onde “fulano” é um nome escolhido pela pessoa ao criar
seu endereço de e-mail e “provedor.com” (ou “provedor.com.br”, por exemplo) é o
nome do provedor de serviço de e-mail. O símbolo @ que separa essas duas partes
é uma convenção e em inglês lê-se “at”, o que em português significa algo como
“em”. Assim, [email protected] quer dizer “e-mail para “fulano” cuja conta está
no “provedor.com”;
● No campo “De” (remetente), quando ele aparece sem preenchimento, devemos
colocar nosso próprio endereço de e-mail. A maioria dos programas de envio de e-
mail já preenche esse campo automaticamente com o seu e-mail, mas você pode
mudar esse endereço se quiser, colocando outro endereço de e-mail;
● O campo “Cc” (Cópia carbono) destina-se aos endereços de e-mail de outras
pessoas para quem você queira enviar a mensagem como se fosse uma “cópia”;
● O campo “Cco” (Cópia carbono oculta) destina-se aos endereços de e-mail de outras
pessoas que deverão receber o e-mail sem que seus próprios e-mails aparecem
listados como destinatários para as outras pessoas.
● O campo “Título” (ou “assunto”) é onde colocamos um título breve que identifica o e-
mail. Esse título deve ser curto, porém informativo. Por exemplo, se o e-mail for para
seu professor e destina-se a entregar a pesquisa sobre “A internet das coisas”, um
bom título seria algo como “Pesquisa - A internet das coisas” - Aluno Fulano de Tal;
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● O “Corpo da mensagem” é o campo maior onde você deverá escrever a mensagem.
Mensagens de e-mail são como cartas, ou seja, devem ser escritas em linguagem
correta, obedecendo as regras gramaticais e transmitindo de forma clara a
mensagem que você quer passar. Se seu e-mail contém imagens ou arquivos que
irão anexados (veremos isso logo a seguir), é recomendável que no corpo da
mensagem você indique que arquivos estão sendo anexados;
● Na barra de botões, no rodapé da janela de e-mail, você encontra botões com
diferentes finalidades. O botão que aparece destacado na imagem é o de
formatação de texto. Como se pode ver lá, ele abre outra barra com diversos
recursos de formatação de texto. Você pode ver para que serve cada um dos botões
colocando o mouse sobre ele. O botão para anexar um arquivo, caso essa seja a
sua intenção (para, por exemplo, enviar um texto longo), é o que têm o símbolo de
um clipe.
Você pode aprender como funciona o editor de e-mail do Google, ou qualquer outro de sua
preferência, buscando a “ajuda online”. Na seção “Outras referências”, disponibilizamos o
link da ajuda online do Gmail.
Algumas dicas finais sobre o uso do e-mail:
● Envie um e-mail sempre que for necessário escrever uma carta ou um bilhete, mas
não trate o e-mail como se fosse um aplicativo de troca de mensagens rápidas,
como o Whatsapp ou o Messenger;
● Não envie “spam”! Spam é um termo criado para designar uma mensagem de e-mail
não solicitada. Geralmente as mensagens de spam são enviadas para muitos
usuários simultaneamente. Toda vez que você recebe um e-mail que não lhe
interessa, como uma propaganda, que não foi solicitado e significará apenas perda
de tempo e espaço de armazenamento da sua caixa de e-mail, você estará
recebendo um spam. Spam é, portanto, um tipo de lixo eletrônico indesejado;
● Não envie e-mails com arquivos anexados com tamanho acima de 5 Mb, pois eles
ocupam muito espaço de armazenamento, podem ser recusados por alguns
provedores de e-mail, demoram para ser enviados e recebidos, consomem muito
“uso de dados” quando são recebidos e/ou enviados usando-se a rede de telefonia
e, além de tudo, esses arquivos podem ser compartilhados de outras formas mais
inteligentes como veremos ao longo do curso;
● E-mails também podem conter vírus e códigos maliciosos, por isso fique atento:
○ Desconfie de todo e-mail recebido de pessoas que você não conhece, pois
além de geralmente serem spams eles podem conter vírus, programas
espiões ou links que direcionam para páginas com códigos maliciosos;
○ Nunca clique em links recebidos por e-mail sem antes ter certeza de que o
link não direciona para outro endereço diferente do que aparenta ser. Você
pode verificar isso colocando o ponteiro do mouse sobre o link e vendo seu
endereço real que aparece na barra de status no rodapé do navegador ou do
programa de e-mail;
○ Nunca abra arquivos anexados em e-mails sem antes submetê-los a um
programa antivírus;
○ Nunca acredite em e-mails “milagrosos” ou “aterradores”, que dizem que
você não ganhará algo valioso ou que sofrerá alguma penalidade se não
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clicar em determinado link. Esses e-mails geralmente contêm vírus e links
perigosos.
O e-mail, apesar de “antigo”, continua sendo uma ferramenta moderna e é extensamente
usado no ambiente corporativo. Saber utilizá-lo será fundamental para que você possa estar
inserido no mundo cotidiano e no mundo do trabalho.
[legenda] O e-mail continua sendo uma das principais ferramentas de comunicação eletrônica da internet. [fonte]
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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
Em um mundo onde é preciso aprender a aprender para continuar aprendendo de maneira
autônoma o tempo todo, também se faz necessário uma autoavaliação contínua de nossa
própria aprendizagem. Aqui não estamos falando em “provas”, “testes” etc., mas, sim, em
ficar atento o tempo todo para a maneira como aprendemos, para o que de fato
aprendemos e como isso nos torna capaz de realizar tarefas ou compreender outras coisas
que antes não conseguíamos.
Como exemplo, vamos analisar o aprendizado sobre os temas que foram abordados até
aqui. Faremos isso usando alguns mecanismos de autoavaliação que talvez você não
conheça ainda, mas que daqui por diante poderá utilizar sempre que quiser e que lhe
ajudarão bastante a continuar aprendendo de maneira rápida e eficaz.
Check list
O checklist é uma lista de verificação de uma tarefa ou procedimento que envolve diversas
etapas. É uma maneira organizada de checar se não nos esquecemos de nada e se
fizemos tudo como deveria ter sido feito. Podemos criar checklists para qualquer processo
que envolve etapas, inclusive o processo de aprendizagem.
Vamos ilustrar isso com algumas aprendizagens referentes ao que vimos até agora.
Checklist de leitura e compreensão
Sempre que temos que ler textos, podemos checar se fizemos isso corretamente e
compreendemos o que eles nos ensinaram. O checklist abaixo é um exemplo bastante
genérico que pode ser usado toda vez que você tiver que ler (isto é, estudar) um texto ou
vários textos de um capítulo, por exemplo.
Checklist de leitura e compreensão de textos
Li todos os textos que precisaria ter lido até esse momento.
Procurei no dicionário o significado de cada palavra que eu não conhecia.
Observei bem as imagens e outros elementos não textuais e procurei relacioná-los com
o texto e os conceitos estudados.
Compreendi todos os textos e sou capaz de dizer, com minhas palavras, o que está
sendo tratado em cada um deles.
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Para “fazer o checklist”, faça uma marca em cada quadradinho onde cumpriu corretamente
aquela etapa e considere a tarefa encerrada quando todos os quadradinhos tiverem sido
marcados.
Em outras palavras, isso quer dizer que:
● se você não leu todos os textos, volte e leia-os;
● se você ainda não sabe o significado de alguma palavra ou expressão encontrada
no texto, procure-a no dicionário ou faça uma busca na internet;
● se você não compreendeu muito bem alguma imagem, gráfico ou qualquer outro
elemento não textual, ou não conseguiu estabelecer uma relação entre esse
elemento e os conceitos estudados, volte e tente compreender;
● se você não consegue “explicar com suas próprias palavras” o assunto tratado em
um texto, então você ainda não compreendeu suficientemente bem aquele texto.
Releia o texto.
Lembre-se também que a principal função do professor é auxiliá-lo nas suas tarefas, isto é,
ajudá-lo a dar conta de cumprir o seu checklist. Por isso, tenha sempre em mente que o
professor pode ajudá-lo com as dúvidas, pode orientá-lo e facilitar a sua aprendizagem, mas
ele não pode fazer as suas tarefas (ou seja, o seu checklist) e nem fazer com que você
aprenda se você mesmo não fizer a sua parte.
[legenda] O checklist é uma excelente forma de saber quais as tarefas que você tem que fazer, quais já foram
feitas e as que faltam fazer. [fonte]
Rubrica de avaliação (ou de autoavaliação)
Uma rubrica de avaliação é uma tabela que contém itens a serem avaliados, semelhante
ao checklist, mas que também permite identificar diferentes níveis de habilidades na
execução da tarefa. A rubrica de avaliação é, portanto, mais completa que o checklist e
pode ajudá-lo não apenas na avaliação, mas, também, na orientação sobre como a tarefa
deve ser executada para que se consiga o melhor resultado possível.
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As rubricas de avaliação podem ser feitas pelo professor para orientar o estudo dos alunos,
mas, também, podem ser feitas pelo próprio aluno e, de preferência, deveriam ser feitas
pelo professor e pelos alunos em conjunto.
Como exemplo, vamos transformar o checklist anterior em uma rubrica de avaliação simples
com três níveis de habilidades de cada item do checklist:
Item/Nível atingido Principiante Intermediário Expert
Leitura dos textos Li apenas alguns textos que julguei serem mais importantes.
Li quase todos os textos e só deixei um ou outro que me pareceram menos importantes.
Li todos os textos e procurei pesquisar um pouco mais sobre determinados assuntos.
Significado de palavras, termos ou expressões
Não procurei o significado de todas as palavras e expressões que não compreendia, mas acho que entendi o texto mesmo assim.
Procurei o significado das palavras e expressões que me impediam de entender o texto, mas não procurei todos os casos.
Procurei, encontrei e entendi o significado de todas as palavras e expressões que apareciam no texto e que eu não conhecia.
Imagens e elementos não textuais
Geralmente não me preocupo muito com aquilo que não é texto, mas vi as imagens.
Algumas imagens não fizeram muito sentido e não pareciam ter muita importância.
Consegui associar cada imagem ao contexto e elas me ajudaram a compreender mais bem o texto.
Compreensão do texto
Compreendi os textos, mas não seria capaz de dizer do que trata cada um deles.
Compreendi os textos e consigo dizer do que tratam, mas não seria capaz de falar muito sobre eles.
Compreendi os textos e sou capaz de explicar do que tratam, dando exemplos, se for necessário.
Note que o objetivo final da rubrica não é apenas o de indicar se você se tornou um expert
naquele tema ou tarefa, mas, sim, o de indicar diferentes níveis de competência adquiridos
no estudo. Sabendo o que se espera do “expert”, do “intermediário” e do “principiante”, você
pode a todo o momento se autoavaliar e percorrer a rubrica para atingir o grau de “expert”.
Construir a rubrica em parceria com o professor também lhe dá a possibilidade de entender
mais claramente qual é o objetivo do estudo daquele tema e o que se espera realmente que
você aprenda. Isso ajuda você a estudar e ajuda o professor a avaliá-lo durante seu estudo,
observando como você evolui em direção ao nível “expert”.
Os níveis usados nessa rubrica dada como exemplo não são sempre esses, nem são
sempre três níveis. Isso depende do que se está avaliando e da maneira como fica mais
claro para todos as etapas da construção do conhecimento. Geralmente começamos pelo
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nível em que o conhecimento pode ser melhorado e seguimos até o nível em que se
considera que o aluno aprendeu de forma bastante satisfatória.
Rubricas de avaliação podem ser utilizadas nos mais variados contextos. O exemplo
abaixo, retirado do site “arte | educando - experiências em arte e educação”
<https://elisakerr.wordpress.com/2007/11/16/criterios-de-avaliacao-do-curso-de-
encadernacao/> mostra uma rubrica de avaliação para um curso de encadernação:
[legenda] Rubrica de avaliação para um curso de encadernação. Fonte: “art | educando”. [fonte]
A internet na avaliação
Tanto checklists quanto rubricas, bem como muitas outras formas de avaliar a
aprendizagem, podem ser feitas com o auxílio de ferramentas digitais (aplicativos, softwares
etc.) disponíveis na internet. Na seção “Outras referências”, falaremos um pouco mais
disso, mas por hora é bom conhecer pelo menos uma ferramenta poderosa que pode ser
usada para facilitar a avaliação a qualquer momento e com a qual podemos gerar ckecklists
e rubricas: os Formulários do Google.
No pacote de aplicativos do Google que compõem o Google Drive existe um recurso
chamado “Formulários Google”. Esses formulários podem ser feitos de forma bem simples e
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rápida e ficam armazenados no Google Drive, podendo ser acessados por qualquer
dispositivo comum com acesso à internet (computadores, tablets, smartphones etc.).
Atualmente é possível utilizá-los sem conexão à internet (offline), bastando que depois seja
acessada a rede para o aplicativo sincronizar os dados com o formulário online.
Tanto checklists quanto rubricas de avaliação podem ser criados em formulários do Google.
Que tal verificar com seu professor a possibilidade de vocês criarem alguns desses
formulários?
[legenda] Formulários do Google: uma ferramenta simples e poderosa para criar checklists e rubricas de
avaliação usando a internet. [fonte]
OUTRAS REFERÊNCIAS
Já tratamos de diversos temas até aqui, mas é sempre bom nos aprofundarmos um pouco
mais em alguns deles e especialmente sobre como esses temas são tratados no ambiente
corporativo, ou seja, na empresa.
O uso da internet e suas ferramentas na empresa devem ser vistos com muita cautela, pois,
ao contrário do uso pessoal, no ambiente corporativo essas ferramentas devem servir
unicamente para os propósitos e necessidades do trabalho.
A primeira coisa que se deve saber ao ingressar numa empresa é o conjunto de regras a
serem seguidas e, dentre elas, qual é a política de uso da internet e seus recursos. Cada
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empresa possui uma política própria e é preciso conhecê-la para não infringir as normas da
empresa.
Cada empresa decide como e quando se pode utilizar a internet, que sites ou ferramentas
podem ser acessados e para quais finalidades. Conhecer essas regras pode evitar a
demissão justificada devido ao mau uso desses recursos.
O acesso à internet, por exemplo, pode estar bloqueado total ou parcialmente pelo
departamento de TI (Tecnologia da Informação), conforme a política de segurança da
empresa. Essa restrição pode tanto atingir os computadores e equipamentos da empresa
quanto os dispositivos próprios dos funcionários, como smartphones e tablets.
Além disso, na empresa se trabalha e, portanto, é óbvio que não há tempo nem razões para
que se acessem redes sociais, sites de comércio eletrônico ou mesmo de notícias, ou
qualquer outro conteúdo da internet que não esteja diretamente ligado ao seu trabalho. Se a
empresa permitir, o funcionário pode fazer uso de seus próprios equipamentos no horário
das refeições ou do café, mas até isso depende da política de TI da empresa.
Por isso a dica para quem está chegando à empresa é: não faça nada relacionado ao uso
da internet e suas ferramentas sem antes consultar o seu superior se pode ou não fazer,
conheça a política de TI da empresa e siga à risca as normas.
O e-mail no ambiente corporativo
Já falamos um pouco sobre o e-mail e seus usos. Agora vamos nos aprofundar um pouco
mais no tema tratando do seu uso corporativo.
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[legenda] E-mail corporativo, o correio eletrônico “profissional e sério” da empresa. [fonte]
Muitas empresas disponibilizam um endereço de e-mail corporativo para um grupo de
funcionários. Geralmente esses e-mails têm o formato “funcioná[email protected]” e o
servidor de e-mail é um domínio da própria empresa (“empresa.com.br”).
A primeira coisa a compreender aqui é que o e-mail corporativo não é “seu”, ele é da
empresa. Esse e-mail não lhe é “dado para que seja usado como bem quiser” e, sim,
“cedido para uso estritamente profissional”. Isso quer dizer que a empresa pode ter acesso
aos seus e-mails e que você não deve jamais escrever um e-mail que seu chefe não
pudesse ler.
A lista a seguir traz algumas orientações importantes sobre o uso do e-mail corporativo:
1. O e-mail corporativo deve ser usado estritamente para fins profissionais, isto é, para
a comunicação entre os próprios funcionários para tratar de assuntos de trabalho ou
para comunicação com outras empresas, quando for o caso, para fins de tratar de
assuntos pertinentes ao seu trabalho e que sejam da sua responsabilidade.
O e-mail corporativo não se destina à troca de mensagens pessoais, fofocas ou
assuntos que não sejam profissionais. Por isso, não utilize o e-mail corporativo para
tratar de nenhum assunto que não seja estritamente de trabalho e que não possa ser
tratado de outra forma, como numa conversa pessoal na hora do café, por exemplo.
2. Nunca utilize o e-mail corporativo para enviar mensagens para fora da empresa se
não for para tratar de assunto do seu trabalho. Nunca se cadastre em sites ou
serviços da internet utilizando o seu e-mail corporativo, nem forneça seu e-mail
corporativo para receber comunicações de fora para dentro da empresa sobre
assuntos não relacionados ao seu trabalho.
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Lembre que o e-mail corporativo só existe durante o tempo em que você for
funcionário da empresa e tiver direito ao seu uso. Se você sair da empresa ou for
transferido para uma função que não mais necessite de um e-mail corporativo, não
terá mais acesso aos serviços em que fez cadastro usando esse e-mail.
3. Ao redigir um e-mail você deve sempre ser objetivo e não se desviar do assunto de
trabalho que está sendo tratado. Os e-mails de trabalho não têm conotações
pessoais e nem o tipo de linguagem coloquial e pessoal dos e-mails que enviamos
para os amigos. Use sempre a linguagem formal (norma culta da língua), não use
gírias nem abreviações que geralmente usamos nos diálogos que travamos por meio
de sistemas de mensagens (abreviações como “vc”, “tb”, “blz” etc.).
As mensagens trocadas no ambiente de trabalho são como uma forma de
“documento”, ou seja, tratam sempre de assuntos sérios e de forma respeitosa e
formal. Não se deve enviar emoticons (ou emojis) para expressar sentimentos ou
estados de espírito e nem usar termos muito pessoais de saudação ou despedida
(como “fala aí!” ou “Beijão!”). Imagine sempre que cada e-mail é como uma carta
enviada para o seu chefe.
4. Nunca envie spam (uma mensagem não solicitada - de propaganda, por exemplo)
usando o e-mail corporativo, nem envie para remetentes que não precisam receber
a mensagem. Ao responder uma mensagem tome cuidado para não usar a opção
“Responder para todos”, a menos que sua resposta deva mesmo ser dada a todos
os destinatários originais da mensagem.
Por exemplo: seu chefe enviou uma mensagem para todos do seu departamento
perguntando se todos estão cientes das novas regras de uso do e-mail corporativo.
Você deve responder apenas ao chefe que está ciente, e não a todos que receberam
a mensagem.
5. Cuidado com anexos e imagens. Os e-mails corporativos nem sempre oferecem a
possibilidade de armazenar muita informação na caixa postal eletrônica. Assim,
anexos com arquivos grandes, imagens ou vídeos podem nem ser enviados ou,
quando forem, podem não ser recebidos pelo destinatário.
6. Tente sempre ver o e-mail corporativo como um sistema de correio eletrônico
limitado, restrito ao uso profissional e que deve ser encarado com a máxima
seriedade possível. Por isso, tenha muito cuidado desde o preenchimento do título
até na hora de clicar no botão de “Enviar”.
Uma ótima dica antes de enviar qualquer e-mail é fazer uma correção ortográfica e
verificar se escreveu exatamente o que precisava, sem nada a mais nem a menos. E
para finalizar suas mensagens lembre sempre de usar palavras como “Obrigado”,
“Atenciosamente” e “Cordialmente” ao invés usar um tratamento mais pessoal.
Publicando e colaborando
Para encerrarmos esse bloco, vamos retomar a última etapa de uma pesquisa, conforme
vimos anteriormente: a publicação.
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[legenda] Publicar algo na internet ou internamente na empresa é como se responsabilizar pelo fornecimento de
uma matéria jornalística. [fonte]
Tanto no ambiente de trabalho quanto no ambiente de estudo (na escola, em cursos etc.) é
sempre necessário produzirmos algum resultado (de uma pesquisa, por exemplo) e
compartilharmos com todos os envolvidos. Na própria empresa, dependendo do setor em
que você vá trabalhar, pode haver uma ferramenta ou uma pasta do servidor (intranet) que
permita que você armazene lá os documentos produzidos a ser compartilhados com outras
pessoas.
Além de compartilhar documentos sem ter que enviá-los por e-mail para cada pessoa
envolvida no assunto, também pode ser interessante em muitas situações que você e
outras pessoas possam editar simultaneamente um mesmo documento, sem ter que ficar
enviando e reenviando o documento a cada nova modificação.
Vamos aprender um pouco mais sobre como produzir e compartilhar arquivos usando a
internet. Essa aprendizagem será útil para quando você tiver que compartilhar arquivos em
uma intranet da sua empresa, aqui nesse curso ou em outros que fizer. Para isso, vamos
aprender a usar uma ferramenta da internet que permite produzir (sozinho ou de forma
compartilhada), armazenar e compartilhar arquivos: o Google Drive - ou, mais
especificamente, os “Documentos do Google”.
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O Google Documentos
Ao abrir uma conta de e-mail do Google
(GMail), cada usuário também recebe um
espaço de armazenamento de arquivos na
nuvem. Armazenar um arquivo na nuvem nada
mais é do que armazená-lo na internet ao invés
de armazená-lo no seu próprio computador.
O armazenamento na nuvem, além de ser mais
seguro que o armazenamento local e não
ocupar espaço no seu computador, também permite que você possa compartilhar esses
documentos com qualquer pessoa de forma simples e rápida, bastando que essa pessoa
possa acessar a internet e que receba permissão sua para acessar o documento que você
deseja compartilhar.
Esse espaço de armazenamento na nuvem, oferecido pelo Google, também inclui um
pacote de ferramentas de escritório para que você possa criar diversos tipos de documentos
(textos, apresentações, planilhas, formulários, desenhos e outras possibilidades). Vamos
nos concentrar agora nos documentos de texto que são chamados pelo Google de “Google
Documentos”.
[legenda] Janela de edição de um documento do Google Documentos mostrando um texto com imagem e
formatação. [fonte]
O Google Documentos (que abreviamos por GD daqui por diante) é um editor de texto
semelhante a outros que talvez você já conheça, como o Microsoft Word, do pacote Office
da Microsoft, ou o Writer, do pacote LibreOffice. Ele contém menos recursos do que os
editores citados que precisam ser instalados no computador, mas têm a vantagem de poder
ser usado diretamente na internet, sem a necessidade de nenhuma instalação.
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Dessa forma, o GD funciona tanto quando o acesso à internet se dá pelo computador de
mesa (desktop), quanto pelo acesso com notebooks, tablets e smartphones que usem o
sistema Android ou o navegador Chrome.
Embora o editor não tenha recursos muito sofisticados de formatação de textos, é possível
produzir textos de ótima qualidade gráfica com ele. O texto original desse material que você
está lendo agora, por exemplo, foi produzido e formatado no GD.
O que dá ao GD uma importância muito grande não é, porém, sua capacidade de editar
textos, mas, sim, o fato destes textos não precisarem ser salvos no computador (eles são
automaticamente salvos na nuvem) e de poderem ser facilmente compartilhados com outros
usuários.
Por exemplo, acessando o link <https://goo.gl/eCNkzZ>, você verá outro exemplo de
documento produzido com o GD com possibilidade de ser compartilhado com qualquer
pessoa que acesse o link. O compartilhamento de documentos na nuvem é a tendência
atual no mundo da informática.
No link apresentado no parágrafo anterior, você só pode ver e baixar o documento, mas
também é possível configurar esse compartilhamento para que uma ou mais pessoas
possam editá-lo. Isso nos dá, portanto, a possibilidade de criar documentos colaborativos,
que são ideais para situações de trabalho em grupo, de forma que seus diversos membros
possam acessar e modificar o documento sem a necessidade de baixá-lo e enviá-lo por e-
mail a cada edição. Dessa forma, usando o GD é possível criar, colaborar, armazenar e
compartilhar documentos com um grupo de trabalho.
No mundo corporativo, as situações nas quais temos que trabalhar em grupo de forma
colaborativa, compartilhar informações e distribuí-las de forma rápida e eficaz são situações
rotineiras e você precisa desde já aprender a trabalhar dessa forma.
Blogs: uma janela para o mundo
Uma outra forma interessante de compartilhar e interagir na internet consiste em criar um
blog.
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[legenda] Os blogs continuam na moda na internet, mas já têm mais de duas décadas! [fonte]
Um blog é, para todos os efeitos, um site. Porém, um site com características próprias e que
têm a facilidade de não requerer nenhum conhecimento técnico para poder ser criado e
mantido pelo seu autor.
Os blogs nasceram há mais de duas décadas e se popularizaram no início deste milênio. O
blog nasceu com o propósito de ser uma página web atualizada frequentemente, composta
por pequenos textos apresentados de forma cronológica com formato de “diário”. O
conteúdo e o tema dos blogs variam muito: diários, piadas, links, notícias, poesia, ideias,
fotografias etc.
Você pode construir um (ou mais) blog gratuitamente utilizando um dos vários serviços
gratuitos de hospedagens de blogs. Dois desses serviços atualmente disponíveis e bastante
utilizados são o Blogger5 (do Google) e o Wordpress6. O Blogger tem a vantagem de já
estar integrado naturalmente com diversas ferramentas do Google. O Wordpress, por sua
vez, pode ser utilizado diretamente na internet ou baixado e instalado em um servidor
próprio (para quem já tem um domínio e um serviço de hospedagem de sites contratado).
Um blog é uma excelente ferramenta para publicação e, literalmente, é uma janela para a
internet, pois funciona como um site, com a vantagem de não exigir nenhum conhecimento
sobre a criação e manutenção de sites.
Os blogs atuais permitem que você compartilhe todo tipo de mídia (texto, imagens, áudios,
vídeos, apresentações etc.) e podem ser organizados de maneira a se comportarem com
uma “biblioteca de recursos”. Além disso, os blogs são interativos e permitem comentários
dos leitores e respostas do autor (ou comentários sobre os comentários).
Dependendo de como você configure o seu blog, ele pode se tornar também colaborativo,
aceitando a publicação de outras pessoas, e pode ser administrado por uma equipe e não
por uma única pessoa.
5 Para criar um blog no Blogger visite o site: < https://www.blogger.com>.
6 Para criar um blog no Wordpress visite o site: < https://wordpress.com>.
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Wikis: colaboração aberta permitindo a construção conjunta de
conhecimentos
“Wiki é uma coleção de muitas páginas interligadas e cada uma delas pode ser visitada e
editada por qualquer pessoa”. Essa definição é dada pela Wikipédia, a maior wiki da web!
[legenda] Numa Wiki o que importa é a autoria colaborativa. By Teconología (Own work) [CC BY-SA 4.0
(http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0)], via Wikimedia Commons. [fonte]
As wikis nasceram da necessidade de se criar projetos com muitos colaboradores, em que
todos tivessem liberdade para criar e modificar conteúdos de forma independente, mas de
maneira a construir um projeto conjunto. A Wikipédia, por exemplo, é uma enciclopédia livre
e online escrita por colaboradores do mundo todo. Todo mundo pode colaborar criando
conteúdos para a Wikipédia, inclusive você.
Uma boa ideia para o uso de uma wiki é usá-la em trabalhos em grupo onde cada membro
está encarregado de pesquisar e produzir uma parte do trabalho total. Uma wiki também
pode ser bem utilizada para se construir glossários ou mesmo como uma minibiblioteca
compartilhada e colaborativa.
Existem diversos modelos de wikis disponíveis gratuitamente na internet. Você pode baixar
um desses modelos e instalá-lo em um servidor próprio ou, se preferir, pode usar uma
gratuita e já pré-instalada na internet. O Fandom7 é uma comunidade na qual você pode
criar uma conta gratuita e iniciar um projeto no formato wiki.
Que tal publicar no Facebook?
O Facebook8 é uma rede social (é a maior rede social atual) na qual cada usuário possui
uma página pessoal em que pode publicar textos, imagens e vídeos. A página pessoal do
7 Para saber mais sobre como criar uma wiki no Fandom, visite a página do projeto no link:
<http://fandom.wikia.com/explore-pt-br>. 8 Para saber mais sobre o Facebook e como utilizá-lo, consulte a Central de Ajuda no link:
<https://www.facebook.com/help/?helpref=facebar_dropdown_help>.
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Facebook tem um formato de blog e permite que você veja nele não apenas suas próprias
publicações como também as publicações dos seus amigos autorizados por você a publicar
na sua página.
[legenda] Faccebook, a maior rede social da atualidade. [fonte]
Mas o Facebook também permite que você crie “comunidades” (chamadas “páginas”), além
da sua própria página pessoal. Essas comunidades podem ser abertas ou fechadas e
podem também ter vários administradores, como um blog.
Uma das grandes vantagens de usar o Facebook como espaço para publicação é o fato de
que “quase todo mundo tem um Facebook”. Além disso, não é preciso muito para aprender
a utilizá-lo e é fácil encontrar ajuda entre os próprios colegas.
O Facebook pode ser utilizado para publicação dos resultados parciais e finais de um
trabalho em grupo (como uma pesquisa, por exemplo) e também permite a interação em
tempo real entre os membros que estão conectados simultaneamente.
Uma dica importante para usar o Facebook na escola ou no trabalho é não confundir seu
uso pessoal com seu uso para fins de trabalho ou estudo. Por isso é importante evitar
postagens pessoais nos grupos de trabalho ou estudo e vice-versa.
Alguns links sugeridos
Conheça todos os comandos de buscas do Google: <http://www.techtudo.com.br/dicas-e-
tutoriais/noticia/2011/07/guia-conheca-todos-os-comandos-de-buscas-do-google.html>.
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Nove ferramentas incríveis para facilitar a criação de infográficos:
<http://contentools.com.br/marketing-de-conteudo/8-ferramentas-para-facilitar-criacao-de-
infograficos/>.
Ajuda online do Gmail: <https://support.google.com/mail/#topic=7065107>.
Para saber mais sobre os formulários e outras ferramentas do Google:
<https://www.google.com/intl/pt-BR/forms/about/>.
Google Documentos - uma ferramenta gratuita de edição, armazenamento e
compartilhamento de documentos de texto: <https://www.google.com/intl/pt-
BR/docs/about/>.
Google Drive, o pacote de ferramentas de escritório do Google (que até pouco tempo se
chamava Google Docs): <https://professordigital.wordpress.com/2010/02/08/uso-
pedagogico-do-googledocs/>.
Para saber mais sobre os blogs e como utilizá-los para fins de aprendizagem, consulte o
artigo “Uso pedagógico do blog – o Edublog”, disponível no link
<https://professordigital.wordpress.com/2009/10/26/uso-pedagogico-do-blog-o-edublog/>.
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SÍNTESE E APLICAÇÃO
Até agora aprendemos sobre a importância de aprender a aprender de forma que
possamos continuar aprendendo sempre e cada vez mais autonomamente, isto é, sem a
necessidade de termos sempre um professor para nos ensinar.
Vimos que o mundo vem sofrendo mudanças cada vez mais rápidas e o universo do
trabalho está sempre na dianteira das inovações, desenvolvendo e utilizando tecnologias
cada vez mais sofisticadas.
Uma das mudanças mais cruciais pelas quais estamos passando consiste no uso da rede
mundial de computadores, a internet, como ferramenta de trabalho, pesquisa, aprendizado,
construção e divulgação de conhecimentos.
A internet, no entanto, nos fornece milhares de possibilidades, mas para efeitos de
aprendizagem e de trabalho é necessário saber utilizá-la, e esse uso não é o mesmo que
fazemos quando estamos nos divertindo ou conversando com os amigos.
E-mails no ambiente corporativo, por exemplo, seguem padrões rígidos de uso. Além disso,
o próprio uso da internet na empresa deve atender regras que permitam o aumento da
eficiência do trabalho, e não o contrário.
No trajeto que fizemos até agora, aprendemos sobre algumas ferramentas importantes e
disponíveis quando usamos computadores e a internet, como o próprio e-mail, os
formulários online, os documentos do Google e até mesmo o próprio funcionamento do
Google como motor de buscas para realizarmos pesquisas na internet.
Vimos que tanto para a pesquisa quanto para qualquer outra atividade precisamos avaliar
continuamente se estamos realizando bem a tarefa e, como exemplo, aprendemos a usar
listas de checagem (checklist) e rubricas de avaliação.
Por fim, discutimos a importância de trabalhar em grupo, de forma colaborativa, e de
compartilhar aquilo que produzimos de forma acessível, usando a nuvem e até mesmo as
redes sociais.
Resumindo: já aprendemos muito! Porém, nesse mundo complexo e tecnológico nunca
teremos aprendido o suficiente e, por isso mesmo, precisamos sempre continuar
aprendendo.
Nos tópicos a seguir aprenderemos um pouco mais sobre ferramentas que poderão nos
ajudar bastante no aprendizado e no mundo do trabalho. Tente usá-las sempre, mesmo que
ninguém lhe peça, e tenha em mente algumas dicas valiosas:
1. Ninguém sabe tudo e nem nunca saberá, mas é sempre possível aprender mais e
mais. Quando estiver diante de um problema para o qual não conhece ainda uma
solução, pesquise! A própria internet pode ser uma grande aliada nessa busca do
conhecimento, se você souber pesquisar nela.
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2. A cada dia surgem milhares de novos aplicativos, softwares, sites e dispositivos que
podem nos ajudar a resolver um problema real. Pesquise, teste, aprenda sobre o
funcionamento do aplicativo ou dispositivo que poderá ajudá-lo a resolver o
problema.
3. Colabore e procure ajuda com seus colaboradores. Trabalhar em equipe é
fundamental para minimizar os esforços e aumentar a produtividade. “Várias
cabeças pensam melhor que uma só” - esse velho ditado nunca foi tão verdadeiro!
Crie redes de colaboradores e explore espaços de colaboração reais ou virtuais.
Compartilhe!
4. Entenda que a empresa é uma escola permanente, o tempo todo você precisará se
aperfeiçoar e continuar aprendendo. Mas, ao contrário da escola comum, a empresa
não tem “professores”, ela tem parceiros de trabalho e recursos que lhe permitem
continuar aprendendo de uma forma muito mais autônoma. Aprender “sozinho” não
quer dizer não poder contar com a ajuda de mais ninguém, mas, sim, ter a
disposição para buscar o conhecimento.
5. As empresas são muito bem organizadas, possuem regras e normas. Procure
sempre conhecer as regras da empresa antes de usar equipamentos eletrônicos ou
softwares. Informe-se! As pessoas que já trabalham há mais tempo na empresa, e
especialmente os seus chefes, são os mais indicados para esclarecer dúvidas sobre
o que pode e o que não se pode fazer na empresa. Leia as normas e pesquise sobre
os regulamentos internos.
Organizando ideias
Quanto maior o número de informações que recebemos, mais confusos ficamos. Aprender
não é somente receber informações, mas, sim, ser capaz de organizá-las, compreendê-las
no conjunto e no contexto para, depois, produzir com elas mais conhecimento.
No processo de organizar ideias, conceitos e informações, é preciso planejamento e
organização. Uma ferramenta muito útil tanto quando se quer aprender quanto quando se
quer ensinar algo a alguém é o mapa mental.
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[legenda] Exemplo de mapa mental explicativo do próprio conceito de mapa mental. [fonte]
Se você entendeu a imagem acima, então já deve estar percebendo que um mapa mental
tem como função fornecer uma forma visual de compreendermos o relacionamento entre
várias ideias e informações.
O mapa mental usado no exemplo foi feito usando uma ferramenta online chamada
MindMeinster (https://www.mindmeister.com). Essa ferramenta nos permite criar e
compartilhar mapas mentais, permitindo também a sua edição compartilhada. Para acessar
o mapa mental da figura, basta digitar o endereço
<https://www.mindmeister.com/812618396/mapa-mental>, no navegador, pois esse mapa
mental foi compartilhado publicamente.
Os mapas mentais não precisam ser digitais, pois podemos fazê-los desenhando
diretamente no papel, mas a possibilidade de fazê-los com ferramentas digitais e, de
preferência, poder compartilhá-los na internet, amplia muito sua utilidade.
Você pode usar os mapas mentais para fazer resumos de textos para si mesmo, ou para
produzir apresentações para um público para o qual tenha que explicar algo. Para saber
muito mais sobre os mapas mentais, lembre-se, pesquise!
Organizando o trabalho em equipe
Assim como os mapas mentais nos ajudam a organizar as ideias, há diversas outras
ferramentas que nos ajudam a organizar o trabalho feito em equipe. Trabalhar em equipe e
colaborar é fundamental, como já vimos, mas precisa ser feito de uma forma organizada.
Há muitas maneiras de organizar um trabalho em equipe. Uma delas consiste em listar as
tarefas que devem ser feitas, quem fará cada tarefa, o prazo de conclusão da tarefa, o que
41
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será necessário para fazê-la e anotar quais etapas já foram feitas. Isso pode ser feito em
uma tabela, e essa tabela pode ser feita em um documento de texto ou em uma planilha
eletrônica. Mas há também ferramentas específicas9 para nos ajudar a organizar equipes e
gerenciar o trabalho feito por elas.
Como exemplo, vamos tomar outra ferramenta do pacote do Google Drive, o Google
Planilhas10 (GP). O GP nada mais é do que uma ferramenta de planilha eletrônica,
semelhante ao Excel da Microsoft ou ao Calc do LibreOffice. Da mesma forma que o
Google Documentos, o Google Planilhas também lhe permite criar, editar, salvar na nuvem
automaticamente, compartilhar e trabalhar colaborativamente. Por isso vamos tomá-lo como
um exemplo de ferramenta de gerenciamento de projetos e equipes. Você pode aprender
mais sobre as possibilidades de uso dessa ferramenta no link11 que fornecemos no rodapé.
Qualquer que seja a ferramenta utilizada é importante saber que para organizar o trabalho
em equipe será necessário:
1. Definir a equipe: para isso você pode criar uma planilha contendo os nomes dos
membros da equipe, seus contatos de e-mail e a função de cada um na equipe.
2. Definir as tarefas e atribuí-las aos membros da equipe: por exemplo, supondo que
seja uma equipe de três pessoas que criará um novo aplicativo para smartphone,
podemos definir as funções deles como “Designer” (que definirá o layout do
aplicativo), “Programador” (que escreverá os códigos) e “Redator” (que se
encarregará dos textos). Para cada um desses membros teremos uma série de
tarefas. Um mapa mental também pode ajudar a visualizar as tarefas de cada um.
3. Organizar as tarefas em um cronograma que indica qual a tarefa, quem a fará e em
que período será feita. A imagem a seguir nos dá uma ideia de como isso poderia
ser feito no exemplo apresentado acima.
[legenda] Planilha com cronograma de tarefas para os membros da equipe de criação de um novo aplicativo
para smartphones. [fonte]
O GP nos permite também interagir e colaborar com os membros da equipe, pois podemos
compartilhar a planilha com todos eles.
9 Nesse link você confere cinco ferramentas digitais para gerenciamento de projetos e equipes:
<http://martinicadigital.com.br/5-ferramentas-de-gerenciamento-de-projetos-e-equipes/>. 10
Planilhas do Google: <https://www.google.com/intl/pt-BR/sheets/about/>. 11
Cinco maneiras de usar planilhas do Google Planilhas para gerenciar projetos e equipes:
<http://blog.luz.vc/google-sheets/5-maneiras-de-usar-planilhas-google-docs/>.
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Observações e sugestões podem ser feitas diretamente nas planilhas ou por meio de notas
e, durante a edição, é possível interagir com uma janela de chat na própria página da
planilha.
Mais sobre as formas de apresentação do seu trabalho
Já vimos que podemos organizar os resultados de uma pesquisa na forma de um texto que
pode ser enviado por e-mail ou compartilhado na nuvem usando, por exemplo, o Google
Documentos. Também é bastante comum apresentarmos esses resultados na forma de
slides digitais (apresentações multimídia que podem conter textos, gráficos, imagens,
vídeos etc.). Talvez você já conheça algumas ferramentas digitais que permitem e facilitam
a criação dessas apresentações, como o Power Point, da Microsoft, ou o Impress, do
pacote LibreOffice. Vamos conhecer agora outra das ferramentas do pacote de escritório do
Google chamada Google Apresentações12 (ou, abreviadamente, GA).
Novamente é importante notar que o GA, por fazer parte do pacote do Google Drive, estará
automaticamente disponível para qualquer usuário que tenha uma conta no Google (um
GMail) e, semelhantemente às outras ferramentas que já mostramos, o GA também permite
o salvamento na nuvem, o compartilhamento e a edição de modo colaborativo.
Produzir uma apresentação de slides, no entanto, requer alguns conhecimentos sobre como
criar boas apresentações, senão a apresentação mais dificultará do que ajudará na
compreensão do que se pretende mostrar. Você pode aprender muito sobre como criar
boas apresentações de slides pesquisando sobre o tema, e pode começar consultando o
texto “Uso pedagógico da apresentação de slides digital13”, em que esse tema é
apresentado e discutido.
Em linhas gerais, e de forma bastante resumida, mas suficiente para que se tenha uma
ideia do que podemos ou não fazer em uma apresentação de slides digital, tenha em mente
essas dicas:
1. Cada slide (tela) deve apresentar um item completo do tema que está sendo
apresentado (uma informação, um gráfico, uma imagem etc.), de forma que não seja
necessário complementá-lo nos próximos slides;
2. Apresentações de slides devem conter o mínimo de textos possível. Dê sempre
preferência para desenhos, imagens, mapas mentais, listas, gráficos, vídeos
embutidos e outros elementos não textuais. Apresentações de slides são feitas para
serem “visualizadas e compreendidas”, não para serem “lidas”;
3. As ideias, informações e mensagens que se quer transmitir devem ser resumidas
em cada slide. O slide servirá como base para uma explicação verbal de quem usa a
apresentação para expor um dado assunto, não como material de estudo em si;
4. O design (formato) de cada slide deve ser bem pensado para que ele seja
“agradável” de ser visualizado. Evite colorir muito, criar slides com muito contraste 12
Apresentações Google: <https://www.google.com/slides/about/ >. 13
Uso pedagógico da apresentação de slides digital: <https://professordigital.wordpress.com/2010/07/17/uso-pedagogico-de-apresentacoes-de-slides-
digitais/>.
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ou confusos. Quanto mais “limpo” for um slide, mais bem ele servirá para ajudar a
transmitir a mensagem;
5. Nunca exagere no número de slides. Uma boa apresentação pode conter até oito
slides. O que passar disso já começa a transformar a apresentação em “livro
ilustrado”. Lembre que cada slide deve conter um bom resumo de um dado tema ou
assunto, logo, não é necessário ter um grande número de slides em uma
apresentação.
6. Durante a apresentação evite ler qualquer coisa que esteja escrita nos slides. A
plateia já tem os textos disponíveis para leitura e os textos devem ser apenas frases
curtas e significativas. A apresentação de slides é utilizada como “auxílio para o
apresentador e para a plateia”, ela não é um trabalho completo e, sim, um resumo
muito bem resumido.
Tendo em mente as dicas acima, procure criar apresentações de slides digitais que possam
ser compartilhadas para que outras pessoas também as utilizem e, da mesma forma,
considere que já existem milhares de apresentações feitas e compartilhadas na internet e
elas são uma ótima fonte de pesquisa e “inspiração”. Mas, cuidado! Sempre que usar uma
apresentação de outra pessoa para “se inspirar”, procure produzir a sua sem copiar a que
encontrou e sempre dê o crédito devido ao autor da apresentação que você consultou.
Apresentações dinâmicas: o Prezzi
Quando já se sentir à vontade fazendo apresentações no GA, PowerPoint e Impress,
experimente dar mais emoção às apresentações usando outras ferramentas, como o Prezzi.
O Prezzi é um gerador de apresentações também baseado na nuvem e capaz de gerar
apresentações dinâmicas que causam um efeito bastante estimulante. Além de aceitar
qualquer tipo de mídia inserida nos seus slides, de permitir compartilhamento e
hospedagem na nuvem, esse gerador de apresentações tem um visual e efeitos que atraem
muito a atenção do espectador.
Como exemplo para ilustrar uma apresentação em Prezzi e, ao mesmo tempo permitir que
você aprenda um pouco mais sobre a evolução da comunicação ao longo do tempo, da pré-
história até os dias atuais, veja a apresentação sugerida no link abaixo:
44
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[legenda] Apresentação em Prezzi mostrando a evolução da comunicação. Autor Ana Cecília Gomes, disponível
em: <https://prezi.com/pm1ce60tfmmo/copy-of-linha-do-tempo-historia-da-comunicacao/>. [fonte]
Autoria, créditos e responsabilidade
Como você viu, a internet é poderosa como fonte de pesquisa e pode nos ajudar muito na
tarefa de continuar aprendendo de forma autônoma pelo resto da vida. A possibilidade de
produzir colaborativamente e compartilhar os resultados faz que a internet seja uma
gigantesca biblioteca multimídia que cresce assustadoramente a todo instante.
Porém, além da dificuldade de pesquisar corretamente, há também uma questão muito
importante: a ética e a responsabilidade na autoria de textos, apresentações e qualquer
coisa que você publicar na internet ou disponibilizar para os membros de sua equipe na
empresa.
Na escola regular, muitas vezes as pessoas pensam que uma pesquisa se resume à cópia
de um texto ou de trechos dele. E algumas vezes os professores não se importam ou nem
percebem. Mas na “vida real” isso é um crime, e uma atitude nada ética, chamado “plágio”
ou “falsificação”. Além disso, muitos materiais (textos, imagens, vídeos etc.) possuem
direitos autorais reservados e quem os utiliza sem a permissão do autor pode ser
processado e terá que pagar altas multas.
Para não incorrer em plágio e agir sempre de forma ética ao produzir trabalhos de pesquisa
ou qualquer outro material, tenha em mente as dicas abaixo:
1. Você pode consultar qualquer material disponível na internet, incluindo textos,
imagens, vídeos, apresentações, planilhas etc., e pode usá-los sempre para
“aprender e formar suas próprias ideias”. Você até pode compartilhar com outras
pessoas esses materiais, se não houver nenhuma restrição para isso, mas nunca
45
45
pode dizer que foi você que os produziu. Copiar algo que alguém já fez e publicar ou
apresentar dizendo que é uma criação sua é fraude, é plágio, é antiético e é crime.
2. Você pode usar pequenos trechos de um texto que outra pessoa escreveu e
publicou, mas deve destacar esses trechos e atribuir a autoria para essa pessoa,
fornecendo a referência de onde o trecho foi retirado. Por exemplo, “Entende-se por
plágio a apropriação de conteúdo alheio – uma violação de propriedade intelectual.
Com os recursos da internet, ao alcance de todos, o plágio tornou-se uma prática
comum, especialmente no ambiente acadêmico, o que compromete a credibilidade
do processo de autoria e a qualidade da produção científica. O plágio acadêmico
acontece quando o aluno retira trechos de livros, sites ou qualquer material de
autoria de outra pessoa e insere em seus projetos como sendo de autoria própria.”
(Betina Dias Ferreira, in AUTORIA E PLÁGIO. Disponível em:
<http://www.up.edu.br/blogs/pos-graduacao/plagio/>. Acesso em: 20 dez. 2016.
3. No caso de mídias não textuais, como imagens, vídeos, músicas etc., muitas vezes
há restrições para a reprodução desses materiais. Por exemplo, é preciso
autorização e o pagamento de royalts (direitos autorais) para a simples reprodução
de uma música em um ambiente coletivo. No caso de uso de qualquer mídia, você
sempre deve procurar, no site onde a encontrou, se existem restrições de uso
daquele material.
4. Ao produzir seus trabalhos originais e compartilhá-los, você também pode
estabelecer condições para que outras pessoas compartilhem e utilizem aquilo que
você produziu. Para materiais disponibilizados na internet, é bastante comum usar
as licenças e instrumentos de direito de autor e de direitos conexos da Creative
Commons14.
[legenda] Alguns símbolos que representam diferentes licenças de uso, conforme o padrão de licenciamento da
Creative Commons. [fonte]
14
Para saber mais sobre as licenças da Creative Commons:
<https://creativecommons.org/licenses/?lang=pt_BR>.
46
46
Para finalizar… Finalizar?
Ufa! Chegamos ao fim desta unidade! Mas será que acabou?
É claro que não! A unidade tinha como objetivos que você desenvolvesse um pouco mais a
competência de aprender autonomamente, utilizando recursos da tecnologia da
comunicação e informação. Será que conseguimos? Que tal fazer uma reflexão sobre isso e
uma autoavaliação?
Vimos muitas ferramentas tecnológicas que podem nos ajudar nessa empreitada, mas há
milhares de outras que você terá que descobrir. Lembre-se de que não é possível saber
tudo, mas é preciso aprender sempre.
Na próxima unidade aprenderemos um pouco mais sobre essas e outras ferramentas, que
são especialmente úteis para quem tem que conquistar seu espaço no mercado de trabalho
e encarar os desafios de um mundo dinâmico e tecnológico. O que você aprendeu até aqui
certamente vai ajudar bastante no seu aprendizado daqui pra frente.
Boa sorte e boa jornada!
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CONTEXTUALIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO
Talvez você nunca tenha ouvido falar da
família Jetson15. Eles são personagens de
uma série de desenhos animados da
empresa Hanna-Barbera, e fizeram sucesso
entre os anos de 1962 e 1963 (e,
posteriormente, relançada entre 1984 e
1987).
Apesar de a série ter nascido há mais de 50
anos, muitas inovações que ela previa para
o futuro aconteceram mesmo, e outras nem
tanto.
As esteiras rolantes, como as que encontramos atualmente em vários locais, já existiam em
Os Jetsons. Mas os carros voadores ainda não chegaram. A empregada doméstica era uma
atenciosa robô, com inteligência artificial e emoções; isso já existe, ainda que não de forma
tão perfeita quanto nos desenhos da série Os Jetsons, mas estamos chegando lá!
A série Os Jetsons mostrava um futuro cheio de tecnologia e facilidades, embora o
comportamento social das pessoas fosse baseado na época da produção do desenho
(década de 60). Parte da tecnologia imaginada na ficção deste desenho animado já nos
chegou, mas, com ela, também chegaram várias mudanças sociais, nos relacionamentos,
nos valores, na economia e, claro, no mundo do trabalho.
Bem antes dos Jetsons, em 1936, ainda na era do cinema
mudo e em preto e branco, Charles Chaplin estreou um dos
filmes mais importantes do século XX: Tempos Modernos16.
Nesse filme era abordada a temática da tecnologia, mais
especificamente o impacto da tecnologia no mundo do
trabalho, e se fazia uma forte crítica social à mecanização
do trabalho, que já era uma realidade surgida naqueles anos
nas grandes indústrias.
No mundo imaginado por Chaplin, o homem comum não
usufrui muito dos produtos da tecnologia, pelo contrário,
torna-se um escravo, trabalhando como máquina em tarefas
repetitivas e de forma exaustiva.
15
Veja mais sobre a série The Jetsons na Wikipédia: < https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Jetsons>. 16
Veja mais sobre o filme Tempos Modernos: <http://cinemalivre.net/filme_tempos_modernos_1936.php>.
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Tempos Modernos teve alguns acertos em suas previsões ao imaginar um mundo onde a
indústria se tornaria um grande parque de máquinas e robôs, mas, felizmente, não nos
tornamos máquinas como o personagem de Chaplin. Assim como na série Os Jetsons,
Chaplin também não imaginou que as pessoas mudariam muito com a tecnologia, mas elas
mudaram!
O desenvolvimento da tecnologia não acontece sozinho, ele ocorre junto com o
desenvolvimento de toda a sociedade. Novas tecnologias causam mudanças na forma
como vivemos, trabalhamos, estudamos e nos relacionamos. O homem de hoje não é o
mesmo das décadas de 30 e 60.
Nossa relação com a tecnologia muda a nós mesmos e faz mudar a tecnologia. Por isso,
insistimos tanto, na unidade anterior, sobre a necessidade de aprender com autonomia e
continuar aprendendo sempre, porque o mundo muda sempre, e cada vez mais rápido. E
nós mesmos somos parte fundamental dessa mudança.
Nesta unidade vamos nos dedicar com mais ênfase ao conhecimento do modo de vida
tecnológico atual, isto é, nas tecnologias que nos cercam e que utilizamos para aprender e
trabalhar. Conheceremos mais sobre softwares que nos ajudam a aprender mais e a
trabalhar com mais produtividade.
Ao contrário do “homem repetitivo” de Tempos Modernos, as empresas de hoje procuram
“homens criativos”, capazes de aprender e utilizar de forma proficiente softwares e
tecnologias digitais que aumentem a produtividade sem exigir um trabalho tão extenuante
quanto Chaplin imaginou.
[Legenda] As ferramentas de aprendizagem e de trabalho modernas nem sempre são chaves de fenda e
martelos. [fonte]
Nos próximos passos que daremos, vamos conhecer outros recursos tecnológicos
disponíveis na web (gratuitos, de preferência) que nos ajudarão a aprender mais sobre o
50
50
tema e poderão nos auxiliar no trabalho. Conheceremos alguns softwares comumente
usados em ambiente de trabalho e formas de aprender sobre eles de maneira autônoma,
sem a necessidade de cursos específicos.
Ao final desta unidade e deste curso esperamos que você esteja pronto para encarar os
desafios de aproveitar o que de melhor se imaginava no passado sobre a tecnologia que
hoje está no nosso presente.
[legenda] Já vivemos em um mundo altamente tecnológico… Mas isso é só o começo! [fonte]
51
51
DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
Computadores e softwares
Os computadores provocaram uma revolução gigantesca na sociedade e, em especial, nas
empresas. Mas, o que é um computador? Qual a relação entre computador e software?
Serão a mesma coisa?
O computador nada mais é que uma máquina de calcular (computar = contar, calcular). A
ideia de usar máquinas para computar é muita antiga. O ábaco, por exemplo, é uma
máquina de computar inventada há cerca de 5.500 anos e que ainda hoje é usada!
[legenda] Ábaco chinês. By HB (Own work) [Public domain], via media Commons. [fonte]
Os computadores mais modernos, capazes de realizar muitas operações de forma
automatizada, nasceram com os estudos de Charles Babbage17, no século XVIII. Babagge,
por sua vez, inspirou-se nos teares mecânicos que eram “programados” por cartões
perfurados e que foram inventados por Joseph Marie Jacquard18. Curiosamente, os
computadores automáticos parecem ter nascido da automação dos teares mecânicos em
plena revolução industrial, o que ressalta a importância da indústria como geradora de
novas tecnologias.
17
Para saber mais sobre Charles Babbage: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Babbage>. 18
Para saber mais sobre Joseph Marie Jacquard: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph-
Marie_Jacquard>.
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52
Os cartões perfurados usados nos teares de Jacquard foram, de certa forma, os primeiros
softwares. Um software nada mais é do que um conjunto de instruções dadas para uma
máquina executar. Essas instruções podem ser dadas de muitas formas e os cartões
perfurados foram os precursores do que hoje chamamos de “programas de computador”.
53
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[Legenda] Tear de Jacquard com programação feita por cartões perfurados. By David Monniaux (Own work)
[GFDL (http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html), CC-BY-SA-3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/) or
CC BY-SA 2.0 fr (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0/fr/deed.en)], via Wikimedia Commons. [fonte]
Com o desenvolvimento constante da tecnologia, e sempre visando atender novas
necessidades com maior eficiência e menor custo, chegamos até meados do século
passado, quando Jhon von Neumann19 criou a primeira arquitetura para computadores
semelhante à que usamos até hoje.
Na época de von Neumann, o computador já tinha se tornado uma máquina movida à
eletricidade e sua grande inovação foi ter utilizado para a programação instruções na forma
de código binário (zeros e uns encadeados formando um conjunto de instruções que
substitui os cartões perfurados). O código binário havia sido estudado por George Boole20,
no século XIX, e podia ser facilmente implementado usando a eletricidade em substituição
aos cartões perfurados.
Em 1946 surgiu o ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Computer, “Integrador
Numérico Eletrônico e Computador). O ENIAC tinha 30 toneladas e ocupava praticamente
um prédio inteiro (na imagem abaixo vemos apenas uma parte dele) e nasceu como uma
necessidade militar para fazer cálculos balísticos com grande velocidade.
[legenda] ENIAC: o primeiro computador digital. [fonte]
19
Para saber mais sobre Jhon von Newmann: <https://pt.wikipedia.org/wiki/John_von_Neumann>. 20
Para saber mais sobre George Boole: <https://pt.wikipedia.org/wiki/George_Boole>.
54
54
A partir de então houve uma infinidade de novos desenvolvimentos que permitiram que se
construíssem computadores cada vez menores e mais baratos. O desenvolvimento da
microeletrônica, a invenção dos transistores, chips e microchips, a descoberta de novos
materiais e um permanente esforço de engenharia conseguiram transformar o ENIAC no
microchip mostrado na figura abaixo.
[Legenda] O ENIAC reduzido a um microchip menor que uma moeda. [fonte]
Com o desenvolvimento contínuo da tecnologia, a IBM lançou em 1981 o primeiro
microcomputador pessoal, o IBM PC 5150. O 5150 possuía apenas 16 kb de memória, mas
já tinha a capacidade de armazenar e executar programas que fossem transferidos para
essa memória, como os computadores atuais. Na época, esse microcomputador custava
1.565,00 dólares e a IBM esperava vender 1.000 unidades. Acabou vendendo 1.000.000
deles. Nascia, aí, a era da computação pessoal.
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[Legenda] IBM PC 5150: o primeiro microcomputador pessoal. [fonte]
De 1981 até os dias de hoje, a evolução dos computadores prossegue vertiginosa, com
contínuos ganhos em poder de processamento, memória e miniaturização. Além disso, os
microprocessadores escaparam dos computadores de mesa e passaram a fazer parte de
máquinas e aparelhos eletrodomésticos. Hoje eles estão nos teares, nos tornos, nos
automóveis, nas geladeiras, nas TVs, e em todo lugar.
Os smartphones, por exemplo, são potentes computadores que evoluíram dos primeiros
telefones celulares e ganharam a mesma capacidade de processamento dos
microcomputadores. Por isso mesmo podem acessar a internet, rodar jogos, escrever
textos, calcular com planilhas e... muito mais.
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[legenda] Smartphones: microcomputadores altamente potentes e extremamente compactos que “até” são
capazes de fazer chamadas telefônicas. By ALT1040 from Blogosfera (Cropped by uploader from This is
madness! (pt. 2)) [CC BY-SA 2.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0)], via Wikimedia Commons
[fonte]
Assim como os aparelhos (computadores e demais eletrônicos que utilizam processadores
capazes de executar softwares), os softwares também evoluíram muito, tanto em
capacidade de executar tarefas quanto na sua diversidade. Atualmente eles continuam em
pleno desenvolvimento e se espalharam pelos smartphones como “aplicativos”.
Enquanto engenheiros e programadores constroem máquinas cada vez mais poderosas e
softwares cada vez mais eficientes, o usuário comum, eu e você, passamos a dispor de
recursos cada vez mais poderosos para realizar tarefas das mais diversas, que vão desde
consultar a hora no smartphone para não perder um compromisso até controlar uma
máquina de milhares de reais para que execute corretamente uma tarefa em um dado setor
da empresa.
Como usuários não precisamos saber exatamente como funcionam as máquinas, os
computadores e smartphones, mas precisamos deter um conhecimento básico dos
softwares que precisamos utilizar. E a cada dia utilizamos mais softwares!
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Justamente devido a essa dependência cada vez maior dos softwares para executar tarefas
no nosso cotidiano ou na empresa onde trabalhamos, e pelo fato de que os softwares
evoluem, modificam-se e são substituídos por outros melhores, precisamos também
aprender como aprender a lidar com eles sem a necessidade de cursos específicos.
Imagine que cada vez que você troca de smartphone, por exemplo, fosse necessário fazer
um curso de dezenas de horas (ou meses) para aprender a utilizar os seus recursos?
Na verdade já estamos nos acostumando com a ideia de que podemos aprender a utilizar
os softwares sem a necessidade de cursos, mas mesmo assim precisamos ainda aprender
como utilizar determinados softwares específicos e nem sempre intuitivos, como são os
aplicativos para smartphone. Uma planilha de cálculo do Excel (ou do Google Planilhas) não
é difícil de usar, nem de aprender a usar, mas não é um aplicativo como o Whatsapp que
aprendemos a usar “usando”.
Mais adiante, nesta unidade, aprenderemos um pouco mais sobre alguns softwares e,
principalmente, aprenderemos como aprender a aprender a usá-los. Afinal, assim é o
mundo onde vivemos, não é?
Software para quê?
Se você vai utilizar um software, será que precisa conhecê-lo? E o hardware do
computador? Como veremos a seguir, precisamos saber apenas como operar alguns
softwares, os aplicativos. O hardware e determinados softwares que compõem o
computador não precisam, necessariamente, ser muito bem conhecidos para que se opere
o computador.
A parte física do computador, suas placas, microchips, processadores, ventiladores, fios,
etc., compõe o que chamamos de hardware. Quem lida com o hardware dos computadores
são os técnicos e engenheiros eletrônicos. O usuário comum não precisa conhecer o
hardware de um computador para operá-lo. Por isso vamos nos deter apenas na parte
imaterial do computador, o software.
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[legenda] O hardware de um computador corresponde à sua parte física. [fonte]
O teclado, o mouse, o monitor, a impressora e todos os demais componentes que podem
ser ligados ao computador fazem parte do hardware, mas, quando externos ao computador,
são chamados genericamente de periféricos.
Para que o computador esteja pronto para que você o utilize por meio de algum software,
ele precisa antes executar uma série de outros softwares necessários para seu próprio
funcionamento. Os softwares necessários para o próprio funcionamento do computador são
genericamente chamados de softwares de
sistema.
Por exemplo, todo computador precisa de um
software que gerencie todos os seus
componentes e que permita que outros
softwares sejam executados nele. Esse tipo
de software é um programa que chamamos
de “Sistema Operacional”21. O Windows, o MacOS e o Linux são alguns exemplos.
Quando você liga o computador, o sistema operacional é ativado por outro software que
está embutido em um componente do computador e é chamado de BIOS (Basic
Input/Output System, “Sistema básico de entrada e saída”). O BIOS é um firmware, isto é,
21
Para saber um pouco mais sobre a história dos sistemas operacionais, visite: <https://manjarobrasil.wordpress.com/2015/08/02/a-historia-dos-sistemas-operacionais/>.
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um programa embutido no próprio aparelho e encarregado de fazer o aparelho funcionar.
Sem o BIOS o computador não liga e seus componentes não funcionam.
Além do BIOS há outros programas do tipo firmware “embutidos” nas placas de vídeo, de
rede, nos HDs etc. O usuário comum não precisa conhecer e nem saber operar esses
softwares, porque quem cuida disso é o próprio sistema operacional.
Uma vez que o computador tenha sido inicializado e o controle tenha sido passado ao
sistema operacional, este se encarrega de carregar na memória e executar uma infinidade
de outros programas: os drives de dispositivo e os aplicativos. Os drives é que fazem a
comunicação com os componentes e com o firmware e, por isso, você também não lida
diretamente com eles (deixe que o sistema operacional se encarregue disso!). Mas os
aplicativos já são uma terceira modalidade de software e destinados à interação com os
usuários. É nos aplicativos que o usuário final atual diretamente.
Por exemplo, se após a inicialização do computador você decidir abrir o navegador da
internet você estará executando um aplicativo do computador. Daí para frente, quem
“manda” é você e, nesse caso, é claro que você precisa saber como o navegador funciona,
pois seu funcionamento será controlado por você e não pelo sistema operacional.
Se você coloca o ponteiro do mouse na barra de endereços do navegador para então digitar
o endereço do site que quer acessar, os firmwares do mouse e do computador vão
conversar entre si tendo o sistema operacional como intermediário, e você só precisa mover
o mouse, não precisa dar nenhum comando a nenhum software. Da mesma forma, o que
você digita no teclado aparece na barra de endereços porque o teclado se comunica com o
computador mediado pelo sistema operacional. Porém, as letras que você escolhe para
digitar ou a posição onde você coloca o mouse vão determinar como o aplicativo de
navegação na internet irá responder aos seus comandos.
Já vimos, por exemplo, como fazer boas pesquisas usando a internet e um navegador. É
claro que o navegador possui muitos recursos que nos permitem utilizá-lo bem, não só para
fazermos pesquisas. Também podemos utilizá-lo para armazenar informações, controlar a
segurança com que navegamos na internet e para agregar diversos outros aplicativos que
funcionam em conjunto com o navegador, aumentando sua utilidade.
Resumindo: utilizar um computador ou outro aparelho (como um smartphone) baseado no
mesmo princípio de funcionamento requer que você saiba usar corretamente os aplicativos.
As infinidades de outros softwares necessários para que tudo funcione fica a cargo do
sistema operacional. É por isso que nos concentraremos no funcionamento dos aplicativos
daqui por diante.
Por fim, se você for um programador (ou gostar de programar como hobby), certamente
usará alguns programas classificados como softwares de desenvolvimento. Esse tipo de
software também é um aplicativo, porém se destina a criar novos aplicativos. Para isso,
você também deverá aprender sobre programação e conhecer alguma linguagem de
programação. Mas isso já é outra história…
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[legenda] Os softwares de desenvolvimento são usados por programadores para desenvolverem softwares.
[fonte]
Os primeiro softwares, ou programas de computadores, foram escritos a mão com caneta e
papel e continham instruções que deveriam ser passadas para o computador por meio de
um processo complexo e cansativo de ligar e desligar cabos. O ENIAC era programado
dessa forma.
Com o tempo vieram ideias sobre armazenar os programas em fitas e cartões perfurados,
inseridos na máquina para indicar uma determinada ordem de ações que o computador
deveria executar. Depois surgiu a fita magnética, o disco magnético e as memórias sólidas
(SSD).
Vale lembrar que o primeiro software foi escrito por uma mulher, Ada Lovelace, antes da
existência do computador, em meados do século XIX. Ada escreveu o software para a
máquina de computar imaginada por Charles Babbage, mas que não chegou a ser
construída.
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[legenda] Ada Augusta King, Condessa de Lovelace, filha do poeta Lord Byron e primeira pessoa a criar um
software. Créditos: Alfred Edward Chalon [Public domain], via Wikimedia Commons [fonte]
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Help! Não sei usar esse software!
Os primeiro softwares apenas executavam cálculos, e a principal utilidade do computador é
exatamente a de realizar cálculos com rapidez e precisão. Com o tempo e o aumento da
capacidade de processamento e armazenamento de dados, e com a inclusão de periféricos
no conjunto que chamamos genericamente de computador, como o teclado e o mouse para
a entrada de dados e, a impressora e o vídeo para a saída deles, logo o computador se
transformou em uma máquina de múltiplas finalidades.
Hoje, quando usamos um computador, seja um desktop, seja um tablet ou um smartphone,
temos basicamente o mesmo sistema (entrada de dados - processamento - saída de
dados), mas agora o computador já pode executar jogos, criar textos, gravar e editar vídeos
etc. Com tantas possibilidades, os softwares se multiplicaram desenfreadamente e
continuam sendo produzidos às dezenas todos os dias.
É impossível conhecer todos os softwares, imagine então “estudar sobre o funcionamento”
de cada um deles. Por essa razão, nos concentramos sempre em “aprender a usar” os
softwares que nos interessam. Mas mesmo assim são muitos. Então, como podemos dar
conta de aprender a usá-los?
Você provavelmente já percebeu que não é preciso um curso para aprender a usar o
Whatsapp, ou o Facebook, ou mesmo o navegador da internet. Ou seja, de alguma forma,
somos capazes de usar muitos softwares “aprendendo pelo próprio uso”, com poucas
instruções. Isso é possível porque os programadores há muito desenvolveram técnicas de
criação de softwares que os tornam intuitivos, fáceis de serem compreendidos.
Hoje em dia, os softwares têm uma interface gráfica bem elaborada, possuem “botões”
(virtuais, é claro) na forma de “ícones” (imagens) e nos permitem ações como “clicar”,
“arrastar e soltar”, “mover de um lugar para outro da tela” etc. As imagens usadas nos
ícones obedecem alguns padrões para representar ações comuns, como imprimir, gravar,
desfazer, e assim por diante. Nos primórdios da computação, quando se dispunha apenas
de um teclado para a entrada de dados (e o mouse ainda não existia, nem as interfaces
gráficas), todos os comandos para o computador eram fornecidos apenas por meio do
teclado. Ainda hoje, muitos usuários, e principalmente os programadores, utilizam
comandos escritos, via teclado, para operar o computador.
Assim como as interfaces gráficas tornam os programas mais
intuitivos, existe outro recurso anterior a elas, mas que nos permite
“pedir socorro” sempre que precisamos fazer algo em algum
software e não sabemos como: o help, ou seja, a ajuda do
software. Praticamente todo software possui um botão de “Ajuda”
por meio do qual é possível acessar tutoriais, manuais e uma
espécie de “dicionário”, explicando quais são os comandos e para
que serve cada um deles (botão, ícone, instrução etc.).
Um “atalho de teclado” padronizado para acionar o sistema de ajuda do próprio software é a
tecla “F1”. Apertando essa tecla, quase sempre estaremos acionando o sistema de ajuda
fornecido pelo programador. E isso funciona praticamente para todas as situações, quando
se usa softwares em computadores e notebooks que dispõem de teclado com essa tecla.
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Para tablets e smartphones, que não possuem uma tecla “F1”, cada aplicativo possui um
item de menu de ajuda ou um link para um site que traz ajuda na forma de tutoriais ou
FAQs.
Tutoriais são documentos na forma de pequenos cursos. Podem aparecer na forma de
texto, apresentação ou mesmo vídeo (os videotutoriais que são muito comuns hoje em dia).
Normalmente os tutoriais trazem explicações e exemplos sobre como utilizar o aplicativo.
As FAQ (Frequently Asked Questions, “Perguntas mais frequentes”) são manuais ainda
mais resumidos que os tutoriais e trazem respostas para as dúvidas mais comuns de quem
utiliza aquele software.
A tecla F1 também fornece muitas vezes uma “ajuda de contexto”, ou seja, quando você a
pressiona, o sistema de ajuda já localiza informações sobre a ação que você está
realizando. Isso é muito útil porque facilita a busca de ajuda. A propósito, quase sempre, e
principalmente em softwares maiores e mais complexos, o sistema de ajuda é bastante
extenso e, por isso mesmo, possui um sistema de busca nos documentos de ajuda.
Outro atalho bastante útil e disponível nos desktops e notebooks é o “menu de contexto”.
Esse menu é acionado quando você pressiona o botão direito do mouse e consiste em uma
lista de ações que você pode executar
naquele momento.
Por exemplo, digamos que você esteja
usando um software de edição de textos,
como o Word da Microsoft, e precise saber
como fazer para criar um espaço no início
de cada parágrafo. Colocando o cursor no
início de um novo parágrafo e clicando no
botão direito do mouse você abrirá um
menu de contexto com diversas opções.
Uma dessas opções diz respeito aos
parágrafos.
Você também poderia ter apertado a tecla
F1 e digitado “espaço no início do
parágrafo” na caixa de texto da busca da
Ajuda, mas o menu de contexto já traz uma
opção de “Parágrafo…” que vai levá-lo a
uma caixa com diversas opções de
formatação do parágrafo. Além disso, a
caixa de opções que se abrirá quando você clicar no item “Parágrafo…” deste submenu
possui também um ícone de ajuda (Uma “interrogação”) que já abrirá o sistema de ajuda na
parte que trata das instruções sobre como lidar com os parágrafos.
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Um software de edição de texto, como o Microsoft Word, possui centenas de comandos
diferentes e uma infinidade de possibilidades de uso. Se fôssemos imprimir todo o seu
sistema de ajuda obteríamos quase uma enciclopédia. No entanto, um usuário comum não
precisa fazer um “curso de Word” e nem é necessário conhecer todos os comandos e
possibilidades do software para poder usá-lo, mas tão somente aquelas informações que
realmente precisaremos.
Muito mais importante que saber tudo sobre um software que utilizaremos é saber como
encontrar uma informação sobre o seu uso quando precisarmos dessa informação. Os
próprios softwares e a internet nos fornecem informações suficientes para respondermos
qualquer pergunta sobre o uso de um software.
Então, sempre que tiver alguma dúvida sobre “o que fazer agora”, procure o menu de
contexto, acione a tecla F1, faça uma busca na Ajuda do software ou consulte o Google.
Mas nunca se esqueça de que outras pessoas também utilizam o mesmo software e
sempre que tiver por perto alguém que também utiliza aquele software, consulte-o também.
Também tenha em mente que nem todo software possui um sistema de ajuda capaz de
responder todas as suas perguntas e, dependendo de quanto esse software seja específico
e incomum, você também pode não encontrar muita ajuda na internet. Esse é o caso de
softwares desenvolvidos especialmente para uma empresa ou para operar uma máquina.
Nesses casos pode ser necessário fazer um curso específico ou ter a assistência de uma
pessoa já habilitada a utilizar o software e que poderá ensiná-lo também.
Nos softwares mais comuns é possível desfazer algumas ações, mas mesmo assim nem
sempre é possível desfazer algo sem perder dados ou estragar todo o trabalho. Por isso é
preciso ter muita responsabilidade ao utilizar aplicativos, principalmente no ambiente de
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trabalho. Um clique dado no lugar errado pode custar seu emprego e centenas de milhares
de reais de prejuízo para a empresa.
Um exemplo de uso do “help” de um software
Um dos softwares de uso mais comum no ambiente corporativo é o Microsoft Excel. Seus
similares mais próximos são o Calc (do pacote de escritório do OpenOffice) e o Google
Planilhas (do pacote de escritório do Google Drive).
Você pode aprender sobre o uso de planilhas eletrônicas assistindo videotutoriais
disponibilizados gratuitamente no Youtube, como, por exemplo, o curso completo “Planilhas
Eletrônicas - Excel/Calc22”. Mas também pode usar a Ajuda do próprio Excel (ou do Calc, ou
do Google Planilhas) para auxiliá-lo na aprendizagem do uso desses softwares.
Por exemplo, tendo aberto o programa Excel23, você pode simplesmente apertar a tecla F1
para acessar o sistema da Ajuda, ou pode clicar no ícone de interrogação que aparece no
canto superior direito da tela.
[legenda] Acessando o sistema de Ajuda do Excel. [fonte]
O sistema de ajuda do Excel funciona como um buscador onde você pode digitar uma
palavra ou frase que indique o assunto sobre o qual você quer saber mais.
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Veja nesse link uma playlist com 48 vídeos que cobrem um curso completo sobre Excel/Calc (Módulo 3 - Planilhas Eletrônicas - Excel/Calc): <https://www.youtube.com/playlist?list=PLDSKD1eoxHY9sZM8ol_yD0l5V-9W0yG8m>. 23
Nesse exemplo foi usada a versão Excel 2013, mas os procedimentos descritos são basicamente os mesmos em todas as versões.
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[legenda] Janela do sistema de ajuda do Excel. [fonte]
Se queremos saber como lidar com uma planilha de dados, isto é, uma tabela, que é o que
fazemos com o Excel normalmente, podemos digitar “tabelas” na caixa de busca do sistema
de ajuda.
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[legenda] Buscando ajuda sobre “tabelas” no Excel. [fonte]
Rolando o texto na área dos resultados encontraremos, por exemplo, o link “Visão geral de
tabelas do Excel”. Veja que sempre são sugeridos diversos links, como em um buscador de
navegador da web e, portanto, quanto melhor for sua frase de busca, mais específicos
serão os links retornados e mais facilmente você encontrará o que está procurando.
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[legenda] Links encontrados sobre “tabelas” na Ajuda do Excel. [fonte]
Clicando nesse link, teremos acesso a uma janela com as explicações básicas sobre o que
são e como funcionam as tabelas. Nessa janela também aparecerão outros links sobre
assuntos relacionados ao longo do texto. Esse sistema de hiperlinks, que liga um assunto a
outro relacionado, é a base de funcionamento da internet e das páginas html, e o sistema
de Ajuda do Excel é, na verdade, um grande site com páginas linkadas umas às outras.
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[legenda] Ajuda sobre a visão geral de tabelas do Excel. [fonte]
De forma semelhante, podemos solicitar ajuda a respeito de qualquer tópico sobre o qual
desejemos saber mais e sempre encontraremos diversas páginas com ajuda relacionada a
esse tema. Isso nos permite aprender especificamente aquilo que desejamos ou
precisamos naquele momento, sem despendermos nosso tempo na aprendizagem de “tudo
sobre o Excel”.
A seguir, veremos um exemplo mais específico sobre como usar os sistemas de ajuda para
aprender apenas o necessário para cada momento: a aprendizagem “just in time”.
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Um exemplo de aprendizagem
“just in time”
Aprendizagem “just in time” é aquela que ocorre
quando você precisa dela, como, por exemplo,
quando surge um problema novo para o qual você
não se encontra preparado, mas precisa aprender
algo para poder resolvê-lo, sem dispor de muito
tempo para o novo aprendizado. Este é o típico
cenário que vivemos atualmente no nosso
cotidiano e, portanto, também no mundo do
trabalho.
Digamos, por exemplo, que você tenha que fazer
uma pesquisa na sua empresa para descobrir
quais softwares são utilizados em uma dada área
e que, para isso, precise criar um formulário de
pesquisa na nuvem, que seja acessado por
qualquer dispositivo, via internet, e que, ao final,
precise tabular as respostas de maneira a poder
construir gráficos e/ou tabelas para apresentar os resultados.
Realizar pesquisas é algo rotineiro no mundo do trabalho e o uso de formulários em papel já
está entrando em desuso. Atualmente damos preferência aos formulários eletrônicos
(digitais) e, preferencialmente, hospedados na nuvem e acessíveis pela internet por meio de
computadores, notebooks, tablets ou smartphones. Dessa forma, economizamos diversos
recursos (papel e tinta, por exemplo), agilizamos o processo e facilitamos para que as
pessoas que responderão o questionário possam fazê-lo em qualquer tempo e de qualquer
lugar, bastando ter uma conexão com a internet.
Primeiramente, devemos saber se temos na internet ferramentas disponíveis. Para
descobrir se é possível, fazemos uma busca na própria internet usando uma frase de busca,
como “questionário digital”. Ao realizar essa busca, obtemos (pelo menos no momento em
que este texto foi escrito) uma série de links (mais de 500 mil) em que o primeiro deles
aponta para um vídeo24, ensinando como construir um questionário digital usando o Google
Drive (atualmente, “Formulários Google”).
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Criando um questionário digital no Google Drive: <https://youtu.be/zLl7LYMY8vk>.
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[Legenda] Print de tela do videotutorial que explica como construir um formulário simples do Google. [fonte]
Com essa busca simples, já encontramos um recurso para a construção de um questionário
eletrônico e, ao mesmo tempo, já encontramos um videotutorial que nos ensina como fazer
isso. O problema está resolvido? Talvez…
Ninguém nos garante que esse videotutorial será suficiente para sabermos tudo o que
precisaremos para construir o formulário online. Além disso, é bastante provável que
encontremos muitas outras ferramentas para a construção de questionários. Qual a mais
adequada e o que precisaremos saber, exatamente, para utilizá-la depende diretamente do
que se pretende fazer, ou seja, de que tipo de questionário necessitamos.
Portanto, antes de escolher a ferramenta tecnológica, precisamos definir qual é o problema
real a ser resolvido. E isso começa com uma reunião com a equipe, a fim de definir quais
perguntas serão feitas, que tipos de respostas elas poderão ter e como vamos organizar
essa informação.
Abaixo vamos exemplificar com uma pesquisa hipotética, mas o procedimento é semelhante
em qualquer pesquisa, bastando adaptar conforme cada caso.
Objetivos
● Obter, por meio de um questionário eletrônico na nuvem, informações sobre quais
softwares são utilizados em cada seção da empresa, para que servem e o grau de
dificuldade em aprender a utilizá-los, conforme a percepção dos funcionários que os
utilizam.
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● Expor os resultados na forma de gráficos e tabelas, possivelmente inseridos em uma
apresentação de slides ou na própria ferramenta utilizada para elaborar o
questionário eletrônico.
Perguntas
Para cada pergunta que fizermos, será preciso saber o tipo de resposta que obteremos, se
um texto curto, um texto longo, um número, uma opção dentre várias possibilidades etc. O
“tipo de dado” que coletaremos será importante para a escolha da ferramenta que
utilizaremos e para facilitar a apresentação dos resultados.
● Nome da seção da empresa (campo tipo texto curto)
● Nome do funcionário entrevistado (texto curto)
● Função do funcionário (texto curto)
● Principal software utilizado (texto curto)
● Frequência semanal de uso desse software (número - de 0 a 7)
● Dificuldade de aprendizado de uso do software (escolha entre as opções: fácil,
média, difícil)
● Foi necessário fazer um curso para aprender a usar o software? (escolha: sim, não)
É claro que esse é apenas um exemplo e para cada empresa ou finalidade da pesquisa as
perguntas podem variar muito, mas nesse exemplo já pudemos ilustrar a ideia central.
Escolhendo a ferramenta tecnológica
De acordo com os objetivos que estabelecemos e as perguntas que queremos fazer,
precisamos de uma ferramenta que nos permita:
● criar um questionário online acessível por qualquer dispositivo capaz de navegar na
internet;
● criar as perguntas que pretendemos fazer com seus tipos de dados específicos;
● fornecer resultados dessa pesquisa na forma de tabelas e, se possível, gráficos;
● utilizar a ferramenta com simplicidade e, preferencialmente, sem custos.
Todas essas características estão reunidas na ferramenta de Formulários do Google.
Assim, embora também possamos encontrar outras ferramentas capazes de atender às
nossas exigências, vamos escolher nesse exemplo essa ferramenta que já conhecemos um
pouco.
Observe que a habilidade de criar formulários para pesquisas será útil em muitas
circunstâncias, tanto no mundo do trabalho quanto no mundo do estudo. Assim, mesmo que
novas ferramentas ainda mais eficazes que as atuais apareçam nos próximos anos, o
roteiro será semelhante ao que estamos seguindo nesse exemplo. É disso que temos falado
com bastante insistência durante todo o curso, da nossa capacidade de aprender a usar
novas ferramentas e a resolver problemas reais com elas.
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Criando o questionário
Já vimos que na busca pela ferramenta para criar o questionário, encontramos um vídeo
que explica como criar questionários simples com os Formulários Google. Se isso não
tivesse acontecido, agora seria o momento de fazer uma busca específica sobre materiais
que nos ajudam a aprender a lidar com essa ferramenta. Uma frase de busca simples,
como “usando os formulários do google”, já nos traria milhares de links. Se preferirmos
aprender por meio de videotutoriais, basta selecionar “vídeos” na janela de resultados da
busca ou, se preferir, na janela de busca do Youtube.
Apenas para ilustrar, fizemos um formulário com as perguntas e o compartilhamos na
nuvem com o link https://goo.gl/9gwkFL (link encurtado). A imagem abaixo mostra o
formulário como será visto na internet.
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[legenda] Formulário de exemplo criado no Formulários Google e disponível no link: <https://goo.gl/9gwkFL>.
[fonte]
Observe que usamos uma imagem para decorar o formulário e tivemos o cuidado de
escolher uma sem direitos autorais reservados. Ao inserir uma imagem nos formulários
(documentos, planilhas e apresentações do Google), a caixa que se abre para a escolha da
imagem possui uma opção chamada “Pesquisa”.
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[legenda] Caixa de diálogo que se abre ao escolher a opção de inserção de uma imagem no menu “Inserir” do
editor de formulários do Google. [fonte]
Lembre-se sempre que tudo o que produzimos utilizando informações, imagens, vídeos ou
qualquer material disponibilizado por outra pessoa na internet sempre precisamos ter
certeza de que temos a autorização necessária para utilizar aquele recurso.
Note também que as questões contidas no formulário apresentam os mesmos tipos de
dados definidos anteriormente. Ao inserir cada pergunta no formulário, são oferecidas
diversas opções de tipos de dados e basta escolher aquela que preenche nossas
necessidades.
Distribuindo o formulário
Como os formulários do Google ficam hospedados na nuvem (no seu Google Drive, na
verdade), eles podem ser acessados diretamente pelo link da página que mostra sua
visualização, como no exemplo deste formulário em que o link fornecido já leva diretamente
ao formulário pronto para ser respondido.
Mas há outras opções também. Você pode anexar o formulário diretamente em um e-mail
(da sua conta do Gmail) e, portanto, pode distribuir o link por e-mail. Na própria janela de
edição do formulário, no menu arquivo, há também uma opção para que você compartilhe o
formulário com mais pessoas, caso esteja fazendo um trabalho de construção conjunto
(com uma equipe). Dessa forma, compartilhando o formulário, você estará dando às
pessoas com quem compartilhar a opção de também editar o formulário. Se quiser apenas
coletar respostas, distribua o link do formulário publicado, clicando no link “Ver formulário
publicado” e, então, copiando o link da página que se abrirá.
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Como os links dos documentos do Google na nuvem são geralmente grandes, considere a
ideia de encurtar o link, usando uma ferramenta do próprio Google, o Google URL Shortner.
Na verdade, trata-se de uma página na internet (http://goo.gl) na qual você pode colar o
endereço extenso do link em uma caixa de texto e obter um link encurtado e mais fácil de
lembrar e digitar.
[legenda] Ferramenta do Google para encurtar URLs. Disponível em: <http://goo.gl>. [fonte]
Trabalhando com as respostas da pesquisa
Vamos supor que a pesquisa do nosso exemplo tenha sido distribuída para os funcionários
de três seções da empresa: secretaria da gerência, almoxarifado e portaria. Suporemos
também que uma pessoa respondeu na secretaria da gerência, uma respondeu no
almoxarifado e duas responderam na portaria. Para onde vão essas respostas?
As informações coletadas podem ficar armazenadas nos próprios formulários do Google ou
exportadas para uma planilha do Google. Para analisar os resultados da pesquisa usando o
próprio formulário do Google, podemos clicar no menu “Respostas” e escolher o item
“Resumo das respostas” (veja a figura abaixo). Observe que estamos usando neste
exemplo o formato antigo de edição das planilhas do Google.
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[legenda]As respostas recebidas pelo formulário podem ser visualizadas no próprio formulário, selecionando o
subitem “Resumo das respostas” no menu “Respostas”. [fonte]
Acionando esse submenu obteremos a tela seguinte:
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[legenda] Respostas tabuladas do questionário, fornecidas pelo próprio formulário. [fonte]
Observe que nesta última tela já obtivemos várias respostas resumidas e algumas na forma
de gráficos, o que facilita muito a consulta e a análise dos dados. Mas muitas vezes é
necessário obter outros gráficos, filtrar as respostas de outra maneira ou apresentá-las em
outro formato. Podemos fazer muito mais com as respostas obtidas, se elas estiverem no
formato de uma planilha digital.
O Google Formulários permite que você exporte as respostas para uma planilha eletrônica
que pode ser manipulada diretamente na internet (por meio do Google Planilhas) ou, ainda,
que seja exportada para o computador na forma de uma planilha do Excel. Para ver a
planilha do próprio Google associada ao formulário basta selecionar o botão de menu “Ver
respostas”. No nosso exemplo, veremos algo como mostrado na figura abaixo:
[legenda] Planilha do Google Planilhas automaticamente associada ao formulário de pesquisa. [fonte]
É claro que para usar essa planilha para gerar gráficos, filtrar respostas e realizar diversas
análises e cálculos é preciso também “aprender” a fazer isso. O que será necessário
aprender depende daquilo que se pretende fazer, e seu professor é a pessoa mais indicada
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para ajudá-lo nessa hora. Nunca se esqueça de que o professor é a pessoa que já sabe
muita coisa (não necessariamente a pessoa que sabe tudo) e sempre poderá ajudar com
dicas, sugestões e tirar algumas dúvidas. Além disso, ele poderá ajudá-lo a avaliar se o seu
trabalho está ficando suficientemente bom ou se precisa ser melhorado.
Apresentando os resultados
Uma vez que já planejamos e executamos a pesquisa, já obtivemos os resultados e já
sabemos como queremos mostrá-los, o próximo passo consiste em apresentá-los.
Podemos fazer isso de várias maneiras, mas o exemplo a ser dado utilizará uma ferramenta
que também já foi apresentada anteriormente: o Google Apresentações.
Para usar o Google Apresentações basta acessar o seu Google Drive e selecionar
Apresentações Google após clicar no botão “Novo”.
[legenda] Criando uma nova Apresentação do Google. [fonte]
A janela de edição do Google Apresentações é semelhante a de outros editores de
apresentações eletrônicas e traz as principais opções do usuário.
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[Legenda] Página inicial de uma nova apresentação usando o Google Apresentações. [fonte]
Como a maioria dos editores de apresentações, o Google Apresentações também traz
modelos de formato, conjuntos de cores e estilos que podem ser aplicados diretamente na
sua apresentação, além de formatos de slides padronizados. Você pode utilizar um modelo
pronto e apenas preencher os espaços destinados aos textos e figuras, ou pode criar um
modelo totalmente novo.
A vantagem de utilizar modelos padronizados é que as cores, fontes e estilos já foram
pensados e arranjados por outra pessoa (geralmente alguém muito bom nisso!), bem como
o layout da página do slide. Além disso, muitas vezes estamos muito mais interessados em
mostrar os resultados do nosso trabalho do que em nos tornar especialistas em
apresentações de slides digitais e, portanto, vale mais a pena investirmos nosso tempo e
nosso esforço naquilo que realmente nos interessa.
Na internet você encontrará dezenas de videotutoriais explicando como fazer boas
apresentações e nessa apostila já passamos algumas dicas sobre apresentações, na
unidade anterior.
Tutoriais, por que não?
Os tutoriais, como vimos, são materiais destinados a ensinar sobre o funcionamento de um
software. Eles podem ser escritos, mas também podem ser feitos no formato de vídeos: os
videotutoriais.
Podemos encontrar videotutoriais sobre praticamente qualquer coisa no Youtube, inclusive
sobre os softwares que estamos conhecendo nesse material. E se eles estão lá é porque
alguém os fez e os compartilhou. Então, por que não podemos também fazer um tutorial
para apresentar um software ou um de seus usos?E por que não um videotutorial?
Sim, podemos!
Há diversos softwares que podemos usar para isso. Um bastante conhecido é o Camtasia25.
É claro que ele não é o único, e nem é gratuito, mas existem outras opções gratuitas de
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Camtasia, um excelente software para a criação de vdeotutoriais. Conheça melhor esse software
visitando sua página na internet: <https://www.techsmith.com/camtasia.html>.
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softwares capazes de gerar videoaulas, ou videotutoriais, disponíveis na internet. Uma
dessas opções é o aTube Catcher26, um software de captura de vídeo que permite gravar o
que você está mostrando na tela do seu computador.
Produzir videotutoriais é tão fácil que já temos diversos videotutoriais sobre como fazer isso!
Veja esse videotutorial aqui, por exemplo: “TUTORIAL: Como fazer um
TUTORIAL/Videoaula”, disponível em: <https://youtu.be/5Br5TbIIFOI>.
[legenda] Videotutorial sobre como fazer um videotutorial. Disponível em: <https://youtu.be/5Br5TbIIFOI>. [fonte]
Para editar os vídeos que produzir você pode usar as próprias ferramentas de edição do
Youtube, se desejar. Assim como os softwares de computadores de mesa que você precisa
baixar e instalar, as ferramentas disponíveis na própria internet (nuvem) também oferecem
páginas de ajuda. Você pode encontrar a Ajuda do Youtube nesse link:
<https://support.google.com/youtube/#topic=4355266>.
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
Digamos que você tenha feito o roteiro com os objetivos e perguntas para a sua pesquisa,
criado o formulário digital e o tenha hospedado na nuvem. A seguir, várias pessoas
responderam, você tabulou os dados e tirou algumas conclusões. Depois resolveu criar uma
apresentação com os resultados e, finalmente, produziu um videotutorial sobre o software
26
aTube Catcher, uma ferramenta de captura de tela que pode nos ajudar a produzir videotutoriais.
Disponível em: <http://www.atube.me/pt-br/>.
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de maior uso encontrado na pesquisa. E agora, onde podemos publicar os resultados, a sua
apresentação e o videotutorial? É claro, na internet!
Mas, pense um pouco, se várias equipes fizeram a mesma coisa e depois compartilharam
os links com o endereço da apresentação e do videotutorial, não teremos uma porção de
informações espalhadas que precisam ser anotadas por cada um, a fim de poder
compartilhar e avaliar os resultados obtidos por cada equipe? É claro que deve existir uma
forma mais inteligente para todos compartilharem seus resultados em um mesmo “local”, de
maneira que cada um possa acessar o trabalho de todos por meio de um único link.
Isso também pode ser feito de várias maneiras. Uma delas, por exemplo, pode ser a criação
de uma página (site, blog etc.) na internet. Ou, se a classe já possuir um blog, todos
poderão usar esse blog para compartilhar.
Há ainda outra possibilidade interessante: “pendurar” seus resultados em um mural
eletrônico no qual se possa não apenas encontrar o que cada equipe produziu, reunido em
um lugar só, mas também seja possível acessar essas produções, mesmo que elaboradas
com diferentes ferramentas. Assim, se uma equipe produziu um texto, outra produziu uma
apresentação, outra um videotutorial, outra uma planilha etc., todos poderão abrir seus
documentos diretamente nesta ferramenta chamada padlet27.
[legenda] O padlet é uma ferramenta gratuita, disponível na internet, que permite anexar recados e arquivos de
todos os tipos e, inclusive, permite visualizá-los na própria página. [fonte]
No padlet você pode criar um mural para toda a classe (ou pedir que o seu professor crie
um) e todos podem compartilhar lá os seus trabalhos.
A propósito, se você pensar um pouquinho, vai concluir rapidinho que o padlet pode ser
usado para muitas outras finalidades, como, por exemplo, criar murais sobre assuntos de
interesse comum e fixar nele os links, imagens, textos, vídeos etc., que estejam
27
Você pode saber mais sobre o padlet consultando sua página de ajuda. A página está originalmente em inglês, mas, no link a seguir, oferecemos a sua tradução por meio do Google Translator: <https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
BR&sl=en&u=http://jn.padlet.com/&prev=search>.
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relacionados. Ou seja, o padlet é uma excelente ferramenta para organizar e armazenar
informações de diferentes fontes, centralizando-as num lugar só.
Usando formulários online para avaliações instantâneas
Algumas páginas atrás você aprendeu como usar os Formulários do Google para criar uma
pesquisa. E se agora você usar os mesmos formulários para oferecer aos seus colegas de
classe a oportunidade de fazerem a avaliação do seu trabalho? Você pode criar um
formulário online e compartilhá-lo também no padlet.
É claro que para avaliar o seu trabalho de pesquisa sobre softwares você precisará criar
uma rubrica para auxiliar na avaliação. Então, vamos ver como implementar isso no Google
Formulários.
Você pode criar sua avaliação como se fosse um “teste28”. Nesse teste, você pode inserir
uma rubrica de avaliação que permita aos seus colegas avaliar não apenas as etapas do
seu trabalho, mas também a qualidade com que foram executadas. Tudo o que você
precisa fazer é escolher um tipo de questão que o Google Formulários chama de “Grade de
múltipla escolha”.
[legenda] Ao criar o formulário de avaliação, insira uma pergunta do tipo “Grade de múltipla escolha”. [fonte]
28
Você pode saber mais sobre como criar testes com o Google Formulários acessando o link:
<https://support.google.com/docs/answer/7032287?hl=pt-BR>.
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Nesse tipo de “questão” você pode colocar seus itens de avaliação em linhas e os níveis de
proficiência (qualidade) com que realizou a tarefa em colunas. A figura abaixo mostra um
exemplo de como poderíamos fazer isso:
[legenda] Exemplo de questão de “Grade de múltipla escolha” implementando uma rubrica de avaliação para o
trabalho de pesquisa. [fonte]
Na figura abaixo, vemos como fica o formulário que será apresentado aos colegas de classe
quando acessarem o seu link:
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[legenda] Formulário de avaliação como será visto pelas pessoas que forem respondê-lo. [fonte]
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[legenda] Resumo das respostas do formulário. [fonte]
É sempre bom lembrar que esses formulários ficam na nuvem e você precisará
disponibilizar um link para eles (por exemplo, você pode colocar o formulário em um mural
do padlet ou distribuir o link por e-mail, se preferir).
Como o formulário fica hospedado na nuvem e é acessível por qualquer dispositivo capaz
de acessar a internet, fica fácil respondê-lo usando um smartphone, o que o torna muito
mais acessível.
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OUTRAS REFERÊNCIAS
Profissões nascendo e morrendo o tempo todo
Há apenas 40 anos você poderia conseguir um bom emprego em um escritório ou em um
banco se soubesse datilografia. Você sabe o que é isso?
[legenda] Máquina de datilografar, uma precursora das modernas impressoras. [fonte]
Datilografia é o nome da técnica de se escrever correta e rapidamente com máquinas de
escrever, também conhecidas como máquinas de datilografar. Essas máquinas, grande
revolução tecnológica a partir do início do século XVIII, se desenvolveram bastante a partir
do século XIX e fizeram muito sucesso, popularizando-se na primeira metade do século XX.
Até a década de 1980, antes da popularização dos computadores e das impressoras, as
máquinas de escrever ainda ocupavam todos os escritórios e repartições públicas. Na
verdade, ainda hoje restam algumas sendo usadas aqui e ali.
Nessa época, década de 1980, saber operar uma máquina de escrever era algo básico e
necessário para todos que pretendiam trabalhar em escritórios ou repartições públicas.
Vinte anos depois, no entanto, as máquinas de escrever entraram em desuso e as
impressoras ganharam o mercado, associadas aos computadores.
Com o domínio dos computadores e impressoras, as máquinas de escrever caíram em
desuso e já não eram mais produzidas. E não havendo mais a necessidade de se
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datilografar documentos, também perderam os empregos os datilógrafos e sumiram os
cursos de datilografia.
Na verdade, as máquinas de escrever foram substituídas pelos teclados do computador,
pelo próprio computador e pelas impressoras. Mas, atualmente, ninguém mais faz cursos
para aprender a “digitar” (embora eles sejam realmente úteis!) e mesmo as profissões que
há poucos anos exigiam que alguém digitasse muitos textos, agora já estão desaparecendo,
pois os textos impressos podem ser digitalizados e existem softwares de reconhecimento
óptico capazes de “ler e digitalizar” esses textos. É assim que muitos livros impressos são
transformados em livros digitais e passam a ser armazenados em mídias eletrônicas ao
invés de papel.
Na mesma década de 1980, ainda existia a profissão de arquivista. Quem tinha essa
profissão era encarregado de organizar e armazenar documentos em uma grande empresa.
Essa profissão já não existe mais porque os computadores permitem digitalizar e armazenar
em mídias eletrônicas os documentos da empresa.
Assim como essas duas profissões sumiram, muitas outras também se tornaram
desnecessárias, e outras caminham rapidamente para a extinção. Cobradores de ônibus e
carteiros, por exemplo, estão desaparecendo rapidamente. Além disso, máquinas rápidas e
eficientes substituem as pessoas nas linhas de produção. Mesmo na própria área de
informática, muita coisa já mudou e está mudando.
No mundo do trabalho as novas tecnologias têm sempre um impacto fulminante. Mas, se
por um lado as novas tecnologias fazem com que muitos empregos desapareçam, por
outro, elas exigem a criação de novas profissões e novos empregos.
Se hoje já não temos a necessidade de um datilógrafo no escritório, temos a necessidade
de alguém que saiba “datilografar no computador”, ou seja, não apenas digitar, mas,
também, formatar um documento e usar recursos disponíveis nos softwares.
Muitas novas profissões surgiram e exigem profissionais com habilidades e competências
próprias para elas. Você já ouviu falar em “designer de ambientes virtuais de
aprendizagem”, por exemplo? Eles existem e são responsáveis por criar ambientes de
ensino virtuais, por meio de computadores e softwares de ensino a distância.
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[legenda] Competências para um profissional em design instrucional para ensino a distância. [fonte]
Mesmo nas linhas de produção automatizadas, é necessário ter funcionários que saibam
operar os robôs, que façam sua manutenção, que sejam capazes de programá-los etc.
Além disso, alguém cria esses robôs, alguém cria os programas que eles utilizam e alguém
sabe em que circunstâncias é vantajoso ter um robô ao invés de um operário. Enfim, a
tecnologia não substitui o homem, mas substitui profissões.
Aprender a usar um software é como aprender a datilografar: é útil em um dado momento,
mas pode se tornar inútil no momento posterior. E essa é uma das características
importantes do mundo do trabalho atual - a volatilidade do conhecimento ou, em outras
palavras, o fato de que o que aprendemos agora pode perder sua utilidade rapidamente.
Por isso, aprender a aprender é o único aprendizado que realmente nos importa, pois sem
ele não aprendemos praticamente nada e, com ele aprendemos praticamente qualquer
coisa!
Uma ótima oportunidade para fazer uma nova pesquisa consiste em descobrir pelo menos
dez profissões que desapareceram ou estão em vias de desaparecer e, além disso, outras
dez que surgiram recentemente.
Para encontrar profissões que desapareceram, uma ótima fonte de pesquisa são os seus
avós! Eles provavelmente conheceram pessoas que tinham profissões que já não existem
mais.
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Para encontrar novas profissões, também não é difícil, pois basta acessar o site de qualquer
grande empresa que lide com tecnologia e procurar pelas “oportunidades de emprego” que
elas oferecem. A propósito, recrutar funcionário pela internet por meio do próprio site é uma
das práticas modernas das grandes empresas de tecnologia.
Mas talvez nem seja necessário ir muito longe… Converse na sua empresa com algum
funcionário que trabalhe lá há muitos anos e pergunte a ele sobre cargos e funções que
deixaram de existir e sobre aqueles que surgiram recentemente. Provavelmente ele saberá
citar alguns casos.
As redes sociais e o ambiente corporativo
Uma das tendências tecnológicas em alta na sociedade é o uso (e às vezes o abuso) das
redes sociais.
Uma rede social é um conjunto de pessoas com as quais você se relaciona por várias
razões. Sua família forma uma rede social, seus amigos do colégio, seus colegas de
trabalho e, com a internet, pessoas que você nem conhece pessoalmente, mas que mantêm
alguma afinidade com seus interesses.
Com a internet, as redes sociais ganharam uma dimensão muito maior do que possuíam
antigamente, quando nos relacionávamos apenas pessoalmente ou com pessoas que
conhecíamos. Atualmente, temos diversas redes sociais online que agregam uma infinidade
de pessoas, empresas e instituições formando “bolhas sociais29”.
Há redes sociais com as mais diversas características e propósitos: Facebook, Twitter,
LinkedIn, WhatsApp, Instagram, Youtube etc. Cada uma dessas redes tem características
que podem ser vantajosas ou não para cada um de nós e muitas delas podem ser também
vantajosas no mundo do trabalho e mesmo no ambiente corporativo. Tudo depende de
como são utilizadas e do quanto o mundo corporativo precisa delas.
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Uma “bolha social” é um termo utilizado aqui para descrever um conjunto de pessoas com as quais
mantemos um relacionamento virtual por afinidades variadas, ou seja, é um conjunto de “amigos virtuais” que pode conter também amigos reais.
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[legenda] As redes sociais estão, literalmente, na palma da sua mão. Mas, nem sempre isso
é bom no ambiente corporativo. [fonte]
O grande problema das redes sociais no mundo corporativo é a característica de
pessoalidade delas. Por exemplo, quando você acessa uma rede como o Facebook, você
geralmente encontra postagens das pessoas com as quais se relaciona e algumas
postagens de propaganda (“patrocinadas”). Isso pode ser muito interessante para você,
mas que benefício pode trazer para o seu trabalho, para a sua produtividade ou para a
empresa?
Não há muito interesse para uma empresa que você passe parte do seu tempo de trabalho
conversando com seus amigos pessoais ou virtuais sobre assuntos que não estão ligados
ao seu trabalho. Por outro lado, sua empresa ou a seção onde você trabalha, pode criar um
grupo no Facebook para postar materiais de interesse para a empresa ou para seu grupo
de trabalho. Nesse caso, a rede social do Facebook passa a ser útil para seu trabalho e não
apenas um meio de distração com seus amigos virtuais.
O mesmo vale para as demais redes sociais. O WhatsApp, por exemplo, é uma excelente
ferramenta de comunicação rápida pelo smartphone e permite que você consulte um colega
de trabalho, que não esteja presente no mesmo ambiente que você, em fração de
segundos, permitindo o envio de fotos e arquivos para uma consulta ou uma orientação, por
exemplo. Mas não faz nenhum sentido você usar o WhatsApp para trocar mensagens com
seus amigos ou com sua família durante seu expediente de trabalho.
O uso de redes sociais no ambiente corporativo depende basicamente da utilidade que se
faz delas e, via de regra, é regulamentado pela empresa. Assim, dependendo da empresa
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em que você trabalha e das características do seu serviço, pode ser importante participar de
uma rede social para fins de trabalho, ou não. Portanto, cada empresa e cada setor da
empresa terá uma política específica para o uso de uma ou mais redes sociais e você
deverá conhecer essa política e utilizar a rede, se permitido, estritamente dentro das regras
estabelecidas pela empresa.
O uso indevido das redes sociais, bem como de qualquer recurso da internet, é passível de
punição e mesmo demissão por justa causa.
Da mesma forma como há regras claras para o uso das redes sociais na empresa, também
há regras para o seu uso na escola. E isso nem sempre é percebido pelos alunos ou
mesmo pela escola. E, considerando que a escola deve preparar o aluno também para o
trabalho, torna-se uma boa ideia praticar na escola o mesmo tipo de política de uso das
redes sociais que será exigido na empresa onde você trabalha ou trabalhará e, claro,
respeitar as regras estabelecidas pela própria escola.
Por fim, há estudos mostrando que as redes sociais podem ser “viciantes” a ponto de tomar
grande parte do tempo das pessoas e torná-las improdutivas e mesmo ineficientes. Se você
percebe que está passando tempo demais interagindo nas redes sociais, de maneira que
esse tempo lhe falta para outras coisas, talvez seja hora de repensar esse uso com vistas
para seu futuro e, se for o caso, procurar ajuda de profissionais (como psicólogos, por
exemplo).
Lembrando os compromissos
Agora que você já viu muita coisa sobre o uso da internet e de aplicativos que melhoram
sua produtividade e o ajudam a estudar e trabalhar melhor, que tal não esquecer seus
compromissos?
Além dos seus compromissos pessoais, como datas de aniversário dos amigos, festas,
lembretes sobre datas de provas e entregas de tarefas, no mundo do trabalho também
temos compromissos que precisam ser agendados e não podem ser esquecidos. Que tal
usarmos uma ferramenta na nuvem para agendar e organizar esses compromissos e com a
facilidade de poder consultar essa agenda no próprio smartphone?
No mesmo pacote de ferramentas gratuitas do Google, e mesmo como parte dos aplicativos
que já vêm instalados nos smartphones, temos uma agenda eletrônica com muitas
funcionalidades interessantes: o Google Agenda.
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[legenda] Google Agenda, uma agenda com muitas facilidades para ajudar a organizar e não perder seus
compromissos. [fonte]
A Agenda do Google faz parte do pacote de ferramentas gratuitas a que todo usuário do
GMail tem direito. Assim, se você tem uma conta do GMail, então também tem uma agenda
do Google.
Para acessar sua agenda, basta acessar o endereço <http://calendar.google.com> e fazer o
login com o mesmo nome de usuário e senha usados para acessar todas as demais
ferramentas, ou seja, com a conta do GMail.
Assim como as demais ferramentas do Google, a Agenda possui um bom sistema de Ajuda
que lhe permite aprender tudo o que for necessário para utilizá-la e tirar um bom proveito
dela. Você pode consultar a Ajuda da agenda do Google na Central de Ajuda da Agenda30.
Algumas vantagens do uso de uma agenda eletrônica como essa são:
● manter seus compromissos organizados, evitando esquecê-los;
● consultar a agenda por meio de qualquer dispositivo com conexão à internet,
inclusive o smartphone (existe um aplicativo para smartphones que não utilizam o
sistema operacional Android que pode ser baixado na loja de aplicativos do Google;
● receber avisos automáticos, com a antecedência desejada, por meio de avisos no
smartphone ou e-mails enviados pela Agenda;
● não correr o risco de perder a agenda (pois ela fica hospedada na nuvem);
● é uma ferramenta gratuita.
A agenda do Google também pode ser compartilhada com outras pessoas, ou você pode
compartilhar apenas a informação sobre um ou mais compromissos. Assim, por exemplo, se
você participa de um grupo de trabalho que está desenvolvendo uma pesquisa, as datas
30
Central de Ajuda da Agenda do Google: <https://support.google.com/calendar/?hl=pt-
BR#topic=3417969>.
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para a realização de suas diversas etapas podem ser colocadas na agenda como
compromissos e eles podem ser compartilhados com todos os membros do grupo.
Você pode criar diversas agendas, além da agenda principal e, portanto, também pode criar
agendas específicas para acompanhar um determinado trabalho.
Também é possível importar outras agendas e incorporá-las à agenda principal. Isso
permite que você incorpore uma agenda com os feriados nacionais, por exemplo, ou a
agenda de um grupo de trabalho. As agendas incorporadas aparecem junto com os eventos
da sua agenda principal, ou podem ser visualizadas separadamente. A Ajuda da Agenda
explica passo a passo como criar eventos, compartilhá-los, incorporar agendas etc.
SÍNTESE E APLICAÇÃO
Estamos chegando ao fim deste material e do curso. Sempre que chegamos ao final de um
projeto, é preciso fazer uma síntese de tudo o que foi feito e, claro, aplicar tudo o que
aprendemos até aqui.
Nas etapas anteriores desta unidade, fizemos uma pesquisa hipotética sobre o uso dos
softwares e propusemos uma apresentação da pesquisa e, possivelmente, um tutorial sobre
o uso de um desses softwares. Havendo várias equipes trabalhando neste mesmo projeto,
teremos, ao final, vários tutoriais (ou videotutoriais). Como podemos fazer para agrupar
todos esses trabalhos em um local só, de maneira organizada e, preferencialmente, que
permita não só o compartilhamento como também a colaboração?
Criando um canal no Youtube
O Youtube é outra das ferramentas do Google que ficam disponíveis para todos os usuários
de forma gratuita e, atualmente, é uma forma de rede social que também permite a
interação das pessoas por meio de avaliações e comentários.
Os vídeos sempre despertaram mais a atenção do que os textos e por essa razão
passaram a ser utilizados com o propósito de ensinar e aprender. Se você procura uma
receita de panetone, por exemplo, pode comprar um livro de receitas, ou pode pesquisar no
Google ou, ainda, pode procurar uma receita gravada em vídeo no Youtube. Muitas
pessoas preferem assistir a um vídeo com a receita sendo executada do que simplesmente
ler a receita em um texto na internet ou em um livro.
Pensando nisso, e considerando que anteriormente já propusemos a elaboração de um
videotutorial, inclusive que fosse postado no Youtube, vamos agora aprender um pouco
mais sobre essa ferramenta.
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[legenda] Youtube, uma rede social de compartilhamento de vídeos. [fonte]
Para compartilhar um vídeo no Youtube, você precisa ter uma conta do Google e criar um
canal no Youtube. O próprio Youtube fornece informações detalhadas (e simples!) sobre
como fazer isso31.
Uma vez tendo um canal, você pode postar nele quantos vídeos quiser. Se a classe, sob a
orientação do professor, decidir ter um canal, é possível criá-lo associado a alguma conta já
existente do Google. No link da Ajuda do Youtube, fornecido acima, há instruções sobre
como proceder em cada caso.
Para organizar diversos vídeos como parte de um conjunto, crie uma playlist32. Uma playlist
nada mais é do que uma “coleção”. A vantagem de criar playlists, quando se tem diversos
vídeos sobre um mesmo tema, é que não é necessário fornecer o link da cada vídeo
separadamente e nem ficar procurando pelos vídeos no seu canal (caso estejam todos lá).
Além do seu próprio canal, você também pode criar outros e configurá-los de maneira que
várias pessoas possam gerenciá-los além de você. Isso permite, por exemplo, que seja
criado um canal para a classe e que todos possam utilizá-lo como se fossem seus
proprietários. Portanto, a criação de mais de um canal permite não apenas o
compartilhamento, mas, também, a colaboração.
31
Como criar uma conta e um canal no Youtube: <https://support.google.com/youtube/topic/3024170?hl=pt-BR&ref_topic=3024169>. 32
Veja como criar e gerenciar playlists: < https://support.google.com/youtube/answer/57792?hl=pt-BR>.
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Wiki: uma forma organizada de colaboração na
produção de textos
Você certamente já consultou diversas páginas da Wikipédia. A
Wikipédia, como dito em seu próprio logo, é uma enciclopédia
livre. Não apenas livre para consulta, mas também para edição
colaborativa.
Embora a maioria das pessoas apenas consulte a Wikipédia em
busca de informação, ela é também uma enciclopédia em
constante criação e aperfeiçoamento, mantida por uma
comunidade de pessoas que colaboram criando conteúdo para
ela.
Algumas pessoas criticam a Wikipédia justamente por ser uma enciclopédia colaborativa,
com a qual todos podem contribuir, e afirmam que isso compromete a qualidade da
informação contida nela. Em parte é verdade, mas, por que essas pessoas que a criticam
não investem um pouco do seu tempo para torná-la ainda melhor, corrigindo os erros
encontrados e contribuindo com novos tópicos? Boa pergunta, não?
A Wikipédia foi o primeiro grande projeto que deu certo envolvendo a produção de
conhecimento e a edição colaborativas. Suas páginas podem ser editadas por qualquer
pessoa que se cadastre no site e não existe nenhum tipo de restrição, basta querer
contribuir.
A Wikipédia é, na verdade, um site. Seu projeto é aberto e livre, de forma que qualquer um
pode baixar o modelo de site33 usado pela Wikipédia e instalá-lo em um servidor da internet.
Mas isso é algo que requer um servidor hospedado na internet, um domínio e um pouco de
conhecimento técnico. No entanto, existem muitas outras ferramentas gratuitas da internet
que não requerem nenhum conhecimento técnico e que hospedam seu site colaborativo e
permitem que você o gerencie como quiser.
Como até aqui já exploramos bastante as ferramentas colaborativas do pacote do Google,
vamos encerrar o assunto apresentando outra ferramenta poderosa com a qual você poderá
criar uma wiki ou outro modelo de site que desejar. Estamos falando do Google Sites.
33
Você pode baixar o modelo de site da Wikipédia no site do projeto MediaWiki: <https://www.mediawiki.org/wiki/MediaWiki>.
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[legenda] Google Sites, uma ferramenta colaborativa do Google que lhe permite criar um site com apenas alguns
cliques. [fonte]
Para poder criar um site com o Google Sites, basta ter uma conta no Google (um GMail) e
dar alguns poucos cliques. Os sites do Google ficam hospedados na nuvem e possuem
integração direta com várias outras ferramentas do Google que já conhecemos
anteriormente, como o Google Drive, a Agenda, o Youtube, as planilhas, documentos,
apresentações etc.
[legenda] Página inicial para a criação de um novo site. [fonte]
Para criar um site no Google Sites você pode consultar a Ajuda do Google Sites34. O
processo é extremamente simples e não requer mais que alguns cliques.
A vantagem de usar um site do Google, além das que já listamos acima e que dizem
respeito à integração com outras ferramentas do Google, é que você pode usar o site para
diferentes finalidades, sendo uma delas a criação de uma wiki.
34
Ajuda do Google Sites:< https://support.google.com/sites#topic=7020201>.
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Os sites do Google permitem trabalho colaborativo e você pode determinar quem serão os
colaboradores. Com isso fica fácil criar um site para a classe e incluir os alunos como
colaboradores.
Note que não é necessário saber nada sobre programação, html ou servidores e banco de
dados hospedados na nuvem. Um site do Google é como um blog e você só precisa
produzir o conteúdo que será disponibilizado no site.
10 questões para uma reflexão final
Enfim, chegamos ao fim! Agora é hora de refletirmos rapidamente sobre
os objetivos que tínhamos no início dessa jornada e o quanto
conseguimos atingir deles.
Na lista a seguir, você terá oportunidade de fazer algumas dessas
reflexões e, claro, poderá estender essa lista incluindo outros itens, se
quiser.
1. Você se sentiu incentivado e teve iniciativa na execução das atividades?
Um dos grandes problemas que dificultam a aprendizagem de qualquer coisa é o
desinteresse e a falta de iniciativa. Quando não nos sentimos motivados a estudar e
aprender sobre determinado assunto, dificilmente conseguimos fazer isso sem um grande
esforço. Por outro lado, quando percebemos a importância de aprendermos algo e nos
sentimos motivados a aprender, temos mais “força de vontade” e iniciativa para ir além e
buscar cada vez mais informações. Avalie com sinceridade se esse assunto o cativou e se
você conseguiu manter a motivação durante o curso.
2. Você identificou diferentes recursos e ferramentas tecnológicas para apresentar
soluções?
Dentre os objetivos do curso, estava aprender sobre novas ferramentas tecnológicas e, com
elas, encontrar soluções para problemas reais do seu cotidiano fora e dentro da empresa.
No mundo real seremos constantemente colocados diante de situações que representam
problemas, por isso é fundamental que nosso aprendizado tenha como foco as soluções.
Você sente que teve esse aprendizado e que agora é capaz de encontrar soluções para
problemas reais de maneira mais eficaz?
3. Você utilizou ferramentas e recursos de comunicação e informação para concluir as
atividades propostas?
Durante o curso você teve que realizar diversas atividades, individualmente e em grupo,
sendo necessário utilizar ferramentas e recursos de comunicação e informação. Um dos
objetivos do curso consiste em conseguir utilizar essas ferramentas para realizar as
atividades propostas pelo educador. Você sente que utilizou realmente essas ferramentas e
elas lhe foram úteis?
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4. Você formulou dúvidas e buscou ajuda do educador e dos colegas quando não conseguiu
resolver algo sozinho?
Lembre que no mundo atual o conhecimento é compartilhado e produzido coletivamente.
Nesse contexto, o educador e seus colegas de turma são fontes importantes de
conhecimento e meios imprescindíveis de ajuda e colaboração, da mesma forma como você
é importante para ajudar seus colegas. Pensando nisso e avaliando seu comportamento
durante o curso, você sente que aproveitou as oportunidades para fazer perguntas, tirar
dúvidas, pedir conselhos e dicas e aprender coletivamente com a ajuda de todos?
5. Você utilizou os desafios encontrados como meios para a aprendizagem, buscando
alternativas concretas para a solução?
Para algumas pessoas os desafios que encontramos na vida, no trabalho e nas situações
cotidianas são “problemas”, às vezes intransponíveis, que desmotivam e as fazem desistir
de seus propósitos. Para outras pessoas, cada desafio é uma grande oportunidade de
aprender mais e melhor, de maneira que deixam de ser barreiras e passam a ser
“empurrões para o aprendizado”. Você sente que encarou os desafios como forma de
motivação e tratou deles como problemas concretos e não apenas “exercícios”?
6. Você se empenhou para realizar as atividades pesquisando e buscando novas
ferramentas e recursos, além dos conhecidos inicialmente?
Dentre os objetivos do curso estavam a pesquisa e a aprendizagem autônomas. Isso
significa que aprender a pesquisar e a aprender de forma autônoma são fundamentais para
lidar com as novas tecnologias e os desafios do cotidiano e do mundo do trabalho. A
curiosidade e o empenho em aprender coisas novas são características importantes nos
dias atuais. Você sente que se empenhou em pesquisar e descobrir soluções, ferramentas
e novos conhecimentos que tornem mais fácil resolver os problemas reais do cotidiano?
7. Você concentrou-se e buscou desenvolver a competência a ser desenvolvida através das
atividades?
Aprender nesse curso, ou em qualquer outro, requer dedicação. É preciso concentrar-se no
aprendizado e esforçar-se para desenvolver as competências que se pretende desenvolver.
O “fazer por fazer, sem empenho” não tem espaço no mundo do trabalho, e menos ainda na
escola. A distração e a falta de concentração são dificultadores da aprendizagem e nos
fazem perder tempo e despender esforços inutilmente. Você sente que nesse curso se
manteve concentrado nas atividades e focado no desenvolvimento das competências
desejadas e descritas nos objetivos do curso?
8. Você concluiu todas as atividades, respeitando o tempo adequado?
Na vida real e, principalmente no mundo do trabalho, não podemos deixar sempre serviços
incompletos, nem podemos perder muito tempo em tarefas que têm tempo determinado
para serem feitas. Fazer as coisas no tempo certo e de maneira completa caracteriza a
nossa eficiência. Se somos ineficientes, somos improdutivos, geramos prejuízos e deixamos
de ser confiáveis para a realização daquelas tarefas. Neste curso você sente que executou
as atividades, todas, de maneira eficaz e dentro dos tempos estipulados?
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9. Você contribuiu para a aprendizagem do grupo, aplicando suas habilidades e
competências para promover a aprendizagem coletiva?
Enfatizamos muito durante o curso a importância de colaborar. Colaborar significa tornar-se
útil para o grupo, saber compartilhar seus talentos e tornar todo o grupo mais produtivo. No
mundo do trabalho estaremos quase sempre dentro de uma cadeia produtiva na qual nosso
trabalho será importante para todos. Você sente que neste curso colaborou com seus
colegas e com o educador para que suas competências e habilidades contribuíssem para o
aprendizado de todos?
10. Você se sente preparado para continuar aprendendo de maneira autônoma daqui por
diante?
Como o objetivo central do curso era o de ensinar um pouco sobre como aprender a
aprender de forma autônoma e contínua, é claro que a última questão para reflexão só
poderia ser essa mesma. Daqui por diante você fará novos cursos e terá muitas
oportunidades de aprendizagem, mas precisa estar preparado para enfrentar esses
desafios. Você se sente preparado para continuar aprendendo de forma autônoma e
contínua?
Enfim, chegamos ao fim!
Foi um prazer muito grande criar este material e este curso para ajudá-lo a ser mais
autônomo e capaz de aprender continuamente. Desejamos que tenha muito sucesso na sua
carreira e na vida e esperamos, realmente, ter contribuído um pouquinho para isso.
Felicidades, sucesso e ótimas aprendizagens pela frente!