Informativo da Produção de Leite - pdpl.ufv.br · A silagem de grão úmido é um processo de...

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EdiçãEdição 320 Ano XXIV Janeiro de 2016 Viçosa-MG Veja também nesta edição 6 5 2 3 Informativo da Produção de Leite Interpretação de Catálogo de Touros Continuando o aprendizado sobre interpretação de catálogos de touros, nesta terceira e última reportagem da série vamos analisar animais pelo sistema holandês de prova de touros. Provas Holandesas Da mesma maneira que as demais bases de provas de touros, a prova holandesa nos fornece inúmeras informações sobre os animais através do catálogo de touros. Vamos aqui dar continuidade às interpretações, buscando os itens fundamentais na escolha do animal e que podem apresentar particularidades de interpretação quando na prova holandesa. 1) Longevidade É uma medida da durabilidade da vaca. Elevada longevidade significa redução na taxa de descarte, menores custos de criação e maior rendimento na vida produtiva. A pontuação média é 0. É expressa em dias, cada ponto acima de 0 aumenta a longevidade média das filhas do touro em 0,5 dias. No exemplo acima esse aumento seria de 744 x 0,5 = 372 dias. Pablo Paglioto Estudante de Medicina Veterinária 2) NVI – Índice de desempenho total da Holanda Usado para classificar touros de acordo com seu mérito genético econômico. É a soma das características de Longevidade, Produção e Saúde. É expresso em pontos da mesma forma como o TPI (EUA) ou LPI (Canadá). Quanto maior for seu valor melhor! Indica vacas com maior longevidade, de elevada produção, férteis e saudáveis. 3) Conformação e Perfil linear A metodologia para avaliação dos touros na prova holandesa é a mesma que nas demais provas, porém sobre a base genética e rebanhos da Holanda. A diferença esta em interpretar os dados nos catálogos de touros. Como pode ser visto na figura acima, os dados de conformação e perfil linear vêm em uma escala diferente quando estão na prova holandesa. A compreensão dessas provas é bastante simples. Na holandesa a 4) CCS – Contagem de células somáticas O índice de CCS igual a 100 representa a média relativa no rebanho da Holanda, que é de 240 000 cel./ml. Acima de 100 indica que o número de células somáticas será menor que a média. Consequentemente, abaixo de 100 indica que tende a ser maior que a média. Um touro com pontuação de CCS igual a 104, suas filhas terão uma redução de 10 000 na média da CCS, ou seja, para cada 4 pontos acima de 100 a média de CCS das filhas do touro será 10.000 células somáticas abaixo da média holandesa. 5) Fertilidade das filhas O valor acima de 100 significa que os touros tem uma fecundidade acima da média. Um touro com valor genético de 104 para fertilidade das filhas significa que, em média, suas filhas terão 7,7 dias a menos de intervalo de parto comparado ao intervalo de parto médio holandês. 6) Processo de parto Avalia a facilidade das filhas de um touro durante seu próprio processo de parto. Índices superiores a 100 significam que as filhas de um touro terão menos problemas ao parirem. 7) Facilidade de parto O índice médio é 100. Iguais ou maiores que 102 indicam touros recomendados para novilhas. Touros com valores iguais ou menores a 101 devem ser usados apenas em vacas. Índice de 104 significa 1,8% a menos de problemas de partos em novilhas e 0,90% a menos em vacas (duas ou mais crias). Em resumo, a avaliação de touros através dos catálogos é bastante simples independente da prova utilizada. No entanto, o profissional ou produtor deve estar atento às variações existentes na expressão dessas provas, uma vez que os valores são expostos de maneira distinta de uma prova pra outra. Mas é de fundamental importância que esta ferramenta seja usada para que o avanço genético dos rebanhos seja mais rápido e eficiente. ÍNDICES ACC: 62% Vida + Saudável Vida + Eficiênte Ingestão Alimentar LGV NVI IEB ISB 4% 12% 1,9 744 303 1.174 376 102 105 109 100 105 107 108 103 108 100 92 102 97 110 105 107 ACC: 67% Força Leiteira (capacidade) CONFORMAÇÃO Classificação Final Frame (estrutura) Pernas e Pés Úbere 101 100 99 101 Colocação Tetos Anterior 99 94 102 105 Colocação Tetos Posterior 98 102 Ângulo Garupa Largura Garupa Pernas V. Posterior Pernas V. Laterial Ângulo Casco Locomoção Ins. Ùbere Anterior Comprimento Tetos Profundidade Úbere Altura Úbere Posterior Ligamento Central Estrutura Abertura Peito Profundidade Corporal Característica Leiteira Condição Corporal PERFIL LINEAR 107 107 101 102 100 98 100 103 101 111 Maturidade: 101 100 100 106 102 95 102 Fertilidade Filhas: Velocidade Ordenha: Vitalidade Cria/Filha: Idade Prim. Parto: Vitalidade Cria/Touro: Habituação Ord. Robot.: Eficiência Ord. Robot.: Intervalo Ord. Robot.: Temperamento: Processo Parto: Persistência: Peso Vivo: Facilidade Parto: Sanidade Úbere: CCS: Sanidade Casco: Cetose: MANEJO/SANIDADE - média considerada é 100, e para cada desvio padrão, adota-se o valor de 4 pontos (ver gráfico). Ou seja, uma característica avaliada em 104 pela prova holandesa tem o impacto genético no rebanho proporcional a uma nota +1 na prova americana ou uma nota +5 na prova canadense, se estiverem em uma mesma base genética. 4 6 7 5 1 2 88 92 96 100 104 108 112 -3 -2 -1 0 1 2 3 -15 -10 -5 0 5 10 5 64 76 88 100 112 124 136 Distribuição Normal (Curva de Gauss) Holanda EUA Canadá Alemanha Dica do Agrônomo: Silagem de grão úmido Qualidade do leite: Importância do teste de CMT nos rebanhos leiteiros Fonte: Catálogo CRV Lagoa Fonte: Catálogo CRV Lagoa Fonte: Catálogo CRV Lagoa Visita do Tobias ao produtor Edmar Lopes Propriedade Sítio Lage Ponto de colheita do milho para silagem

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EdiçãEdição 320 Ano XXIV Janeiro de 2016 Viçosa-MG

Veja também nesta edição

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Informativo da Produção de LeiteInterpretação de Catálogo de Touros

Continuando o aprendizado sobre interpretação de catálogos de touros, nesta terceira e última reportagem da série vamos analisar animais pelo sistema holandês de prova de touros.Provas Holandesas Da mesma maneira que as demais bases de provas de touros, a prova holandesa nos fornece inúmeras informações sobre os animais através do catálogo de touros. Vamos aqui dar continuidade às interpretações, buscando os itens fundamentais na escolha do animal e que podem apresentar particularidades de interpretação quando na prova holandesa.

1)LongevidadeÉ uma medida da durabilidade da vaca. Elevada longevidade

significa redução na taxa de descarte, menores custos de criação e maior rendimento na vida produtiva. A pontuação média é 0. É expressa em dias, cada ponto acima de 0 aumenta a longevidade média das filhas do touro em 0,5 dias. No exemplo acima esse aumento seria de 744 x 0,5 = 372 dias.

Pablo PagliotoEstudante de Medicina Veterinária

2) NVI – Índice de desempenho total da HolandaUsado para classificar touros de acordo com seu mérito genético

econômico. É a soma das características de Longevidade, Produção e Saúde. É expresso em pontos da mesma forma como o TPI (EUA) ou LPI (Canadá). Quanto maior for seu valor melhor! Indica vacas com maior longevidade, de elevada produção, férteis e saudáveis.

3) Conformação e Perfil linearA metodologia para avaliação dos touros na prova holandesa é a

mesma que nas demais provas, porém sobre a base genética e rebanhos da Holanda. A diferença esta em interpretar os dados nos catálogos de touros. Como pode ser visto na figura acima, os dados de conformação e perfil linear vêm em uma escala diferente quando estão na prova holandesa. A compreensão dessas provas é bastante simples. Na holandesa a

4) CCS – Contagem de células somáticasO índice de CCS igual a 100 representa a média relativa no rebanho

da Holanda, que é de 240 000 cel./ml. Acima de 100 indica que o número de células somáticas será menor que a média. Consequentemente, abaixo de 100 indica que tende a ser maior que a média. Um touro com pontuação de CCS igual a 104, suas filhas terão uma redução de 10 000 na média da CCS, ou seja, para cada 4 pontos acima de 100 a média de CCS das filhas do touro será 10.000 células somáticas abaixo da média holandesa.

5) Fertilidade das filhasO valor acima de 100 significa que os touros tem uma fecundidade

acima da média. Um touro com valor genético de 104 para fertilidade das filhas significa que, em média, suas filhas terão 7,7 dias a menos de intervalo de parto comparado ao intervalo de parto médio holandês.

6) Processo de partoAvalia a facilidade das filhas de um touro durante seu próprio

processo de parto. Índices superiores a 100 significam que as filhas de um touro terão menos problemas ao parirem.

7) Facilidade de parto O índice médio é 100. Iguais ou maiores que 102 indicam touros

recomendados para novilhas. Touros com valores iguais ou menores a 101 devem ser usados apenas em vacas. Índice de 104 significa 1,8% a menos de problemas de partos em novilhas e 0,90% a menos em vacas (duas ou mais crias).

Em resumo, a avaliação de touros através dos catálogos é bastante simples independente da prova utilizada. No entanto, o profissional ou produtor deve estar atento às variações existentes na expressão dessas provas, uma vez que os valores são expostos de maneira distinta de uma prova pra outra. Mas é de fundamental importância que esta ferramenta seja usada para que o avanço genético dos rebanhos seja mais rápido e eficiente.

ÍNDICES ACC: 62%

Vida +

Saudável

Vida +

Eficiênte

Ingestão

AlimentarLGV NVI IEB ISB

4% 12% 1,9 744 303 1.174 376

102

105

109

100

105

107

108

103

10810092

102

97

110105107

ACC: 67%

Força Leiteira (capacidade)

CONFORMAÇÃO

Classificação Final

Frame (estrutura)

Pernas e PésÚbere

101

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101 Colocação Tetos Anterior

99

94

102

105 Colocação Tetos Posterior 98

102

Ângulo Garupa

Largura Garupa

Pernas V. Posterior

Pernas V. Laterial

Ângulo Casco

Locomoção

Ins. Ùbere Anterior

Comprimento Tetos

Profundidade Úbere

Altura Úbere Posterior

Ligamento Central

Estrutura

Abertura Peito

Profundidade Corporal

Característica Leiteira

Condição Corporal

PERFIL LINEAR

107 107 101

102 100 98

100 103 101

111 Maturidade: 101 100

100 106 102

95 102

Fertilidade Filhas:

Velocidade Ordenha:

Vitalidade Cria/Filha:

Idade Prim. Parto:

Vitalidade Cria/Touro:

Habituação Ord. Robot.:Eficiência Ord. Robot.: Intervalo Ord. Robot.:

Temperamento: Processo Parto:

Persistência:

Peso Vivo: Facilidade Parto:

Sanidade Úbere: CCS:

Sanidade Casco: Cetose:

MANEJO/SANIDADE

-

média considerada é 100, e para cada desvio padrão, adota-se o valor de 4 pontos (ver gráfico). Ou seja, uma característica avaliada em 104 pela prova holandesa tem o impacto genético no rebanho proporcional a uma nota +1 na prova americana ou uma nota +5 na prova canadense, se estiverem em uma mesma base genética.

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88 92 96 100 104 108 112 -3 -2 -1 0 1 2 3

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Distribuição Normal (Curva de Gauss)

HolandaEUACanadáAlemanha

Dica do Agrônomo:Silagem de grão úmido

Qualidade do leite:Importância do teste de

CMT nos rebanhos leiteiros

Fonte: Catálogo CRV Lagoa

Fonte: Catálogo CRV Lagoa

Fonte: Catálogo CRV Lagoa

Visita do Tobias ao produtorEdmar Lopes

Propriedade Sítio Lage

Ponto de colheita do milho para silagem

Letícia OliveiraEstudante de Zootecnia

Dica do Agrônomo

PDPLPrograma de Desenvolvimento

da Pecuária Leiteira

PCEPLPrograma de Capacitação de

Especialistas em Pecuária Leiteira

Publicação editada sob a responsabilidade do Coordenador

do PDPL/PCEPL

Adriano Provezano Gomes

Redação:

Christiano NascifZootecnista

Marcus Vinícius C. MoreiraMédico Veterinário

André Navarro LobatoMédico Veterinário

Thiago Camacho RodriguesEngenheiro Agrônomo

Diagramação e coordenação gráfica:

Regiane Valéria Magalhães

Endereço do PDPL:

Ed. Arthur BernardesSubsolo/Campus da UFV

Cep: 36570-900Viçosa-MG

Telefax: (31)38995250E-mail: [email protected]

Site: www.pdpl.ufv.brFacebook:

PDPL Minas Gerais

Informativo da Produção de Leite

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Silagem de grão úmido

Segundo simpósio de produção de silagem de milho e sorgo

Katlheen IvanovaEstudante de Agronomia

Foi realizado nos dias 20 e 21 de janeiro, em Coronel Pacheco-MG, o Segundo Simpósio de Produção de Silagem de Milho e Sorgo. O evento aconteceu na CNPGL/Embrapa, em Coronel Pacheco, contou com a par-ceria da Embrapa Milho e Sorgo e Riber KWS Sementes, onde esteve presente agricultores, produtores, pesquisadores, profissionais e estu-dantes para assistirem palestras e participarem do dia de campo. A equipe do PDPL/PCEPL prestigiou o evento a fim de agregar conheci-mento e também compartilhar expe-riências.

A palestra de “Adubação de sistemas de safra e safrinha”, abor-dou temas como nutrição corretiva do solo; análise de solo; problemas crônicos enfrentados no Brasil; cul-tura de inverno; deficiência nutricio-nal das plantas e análise foliar. A palestra de “Manejo integrado de pragas na safra e safrinha”, abriu portas para alternativas de controle biológico visando maior consciên-cia ambiental. O coordenador técni-co do PDPL/PCEPL Christiano Nas-cif, ministrou a palestra de “Admi-nistração e manejo da propriedade

leiteira” apresentando uma visão empreendedora da atividade leitei-ra. Na última palestra do dia, “Importância do uso de uma silagem de qualidade”, foi apresentado temas como composição nutricional da silagem de milho para melhor aproveitamento do gado leiteiro.

No dia 21 foi realizado um dia de campo com o intuito de apresen-tar as novidades e informações adquiridas com os pesquisadores da

Embrapa e Riber-KWS. Esta proxi-midade com os produtores abre caminho para busca de alternativas mais econômicas e maior qualidade desde a escolha da semente, aduba-ção adequada, plantio, ensilagem da forrageira à nutrição animal. É váli-do ressaltar que esta proximidade com o produtor é importante para difundir a tecnologia no campo, para alcançar o objetivo de maior lucro com sustentabilidade.

A silagem de grão úmido é um processo de ensilagem em que estocamos somente os grãos da planta de milho. Essa técnica tem se tornado interessante como fonte alternativa de alimento, pois possui diversas vantagens como:

Antecipação da colheita do grão em 3 a 4 semanas;Redução de perdas por problemas quantitativos e qualitativos, como

perdas no campo e no armazenamento em função do ataque de insetos-praga e de roedores;

Redução de custos na alimentação animal que pode chegar a 20%;Deixar a planta no campo aumenta teores de potássio no solo reduzindo

o gasto com adubo no próximo plantio; Armazenagem por longos períodos mantendo o valor nutricional e

redução no espaço de armazenagem (1.000 a 1.200 kg de grãos úmidos por metro cúbico de silo);

Melhora a digestibilidade do grão, melhorando consequentemente o desempenho animal.

Produção:Uma silagem de qualidade depende da escolha de híbridos que

apresentem grãos sadios, alto valor nutricional; A colheita é feita com colheitadora convencional que pode ser o

foguetinho de uma linha. Características que devem observadas na colheita: Umidade dos grãos entre 30 e 40%; Camada preta na base dos grãos;Após a colheita, os grãos devem ser quebrados e armazenados da

mesma forma que a silagem tradicional (de planta inteira);

É necessário aplicar inoculante na massa ensilada. A silagem de grão úmido substitui 100% o uso do fubá. Deve ser

misturado na silagem de grão úmido nos demais ingredientes da dieta, uma opção é a mistura com farelo de soja, uréia, sal mineral e com volumoso como silagem de milho. Alcançando uma alta produtividade temos a diluição do custo de produção. Em uma propriedade que obteve uma produtividade de grãos de 9,0 t de /ha, o custo de produção da silagem de grão úmido foi em torno de 550,00R$/t em relação ao milho grão seco que está custando no momento R$900,00/t. Além da economia no custo de produção o uso de grão úmido na dieta aumenta também a produção de leite dos animais.

Reprodução: iepec.com

Silagem de grão úmido em silo tipo bag

Grupo de produtores no dia de campo

Visita do Tobias ao Produtor...

- Olá pessoal!! Eu sou o Tobias, faço parte da equipe do PDPL/PCEPL.

PDPL/PCEPL, desde 1988, aliando teoria à prática!

3

- Hoje vamos conhecer mais uma fazenda da nossa região...

- Pegamos uma carona com os estudantes Pedro, Patrícia e Nícolas para visitar o Sítio Lage, situada na cidade de

Canaã.

- A atividade leiteira foi

iniciada em 2004, com produção

média de 30L/dia.

- Em 2008 a administração do sítio

foi passada aos irmãos, e grandes

mudanças aconteceram...

- Olha o

sítio aí...

- O Sítio ocupa 17 hectares e foi adquirido pelo pai dos atuais proprietários, Edmar e Sérgio Lopes, em 1993.

- Em 2010 a propriedade ingressou no PDPL, com produção média de 70L/dia e com a ajuda dos técnicos e estagiários, conseguiram otimizar os

índices econômicos e produtivos.

... com a utilização de IA, compra de ordenhadeiras e do

tanque de expansão e produção de silagem de milho. Estas mudanças permitiram ao sítio tomar um novo

rumo.

- No ano seguinte

a produção já havia

dobrado e alcançado a média

de 150L/dia!

Tanque de expansão

Edmar

Sérgio

Patrícia MoreiraEstudante de Agronomia

Pedro GoulartEstudante de Zootecnia

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- A ordenha, realizada duas vezes ao dia pelo Edmar, é feita em canzil com sistema de balde ao pé. Neste momento, os animais

recebem 1kg de concentrado. São realizados todos os procedimentos de

higienização dos tetos e dos equipamentos, o que confere uma boa qualidade do leite

com 295mil CCS e 56mil CBT.

- O lote de recria é mantido em um piquete de braquiária, onde os animais recebem alimentação no cocho, com volumoso (Capim-

elefante/Cana-de-açúcar) e concentrado.

Antes do PDPL/PCEPL 2015

Produção diária (L) 95,6 222,3

Produção/VL/dia (L) 10,6 17,2

Margem Líquida/litro (R$/L) - 0,17 0,22

Tx. Remuneraçao do Capital (%) 0 13,7

Tx. Remuneraçao do Capital com terra (%) 0 6,3

- As vacas em lactação são divididas em 3 lotes de acordo com o DEL, produtividade e condição de escore corporal.

- As vacas permanecem no pasto entre as ordenhas e

durante a noite, com acesso a sal mineral à vontade.

- O sítio realiza a cria e recria

de bezerras, são desaleitadas aos 60 dias,

com peso maior ou igual ao dobro do peso ao

nascimento. Após desaleitadas, as bezerras

permanecem no bezerreiro por 15 dias para se

adaptarem à dieta sólida, quando são

transferidas para o lote de recria.

- A propriedade é autossuficiente na

produção de volumosos, possuindo 4,2 ha

destinados a este fim, onde 2,8 ha para

cultivo milho para silagem (safra e safrinha),

1,2ha para canavial e 0,2ha a capineira.

Canavial

Área de milho para silagem

Segunda àrea de milho para silagem

- O trabalho conjunto do produtor,

técnicos e estagiários, é um fator determinante

para a melhoria dos índices zootécnicos e

crescimento da propriedade.

-Um forte abraço e até o

mês que vem!!

Pedro Henrique TeixeiraEstudante de Zootecnia

5

Ponto de colheita do milho para silagem

O tema “ponto de colheita” é bastante discutido entre técnicos e produtores. Isso porque o ponto de colheita afeta diretamente a produção da forragem por área, qualidade e consumo de silagem obtida que determinam os resultados econômicos em determinado sistema de produção animal.

Existem dois fatores essenciais a serem analisados na cultura: a matéria seca e o amido. O amido é a principal fonte energética presente nos cereais e a matéria seca em níveis baixos pode ocasionar a proliferação de bactérias indesejáveis que prejudicam a qualidade da silagem.

Na Fazenda da Onça, localizada em Porto Firme - MG, utiliza-se a metodologia de ponto de colheita pela linha do leite. O produtor João Bosco Diogo sempre se destaca quando o assunto é qualidade de silagem. Para isso, o PDPL/PCEPL tem sido peça fundamental na orientação ao produtor do ponto ideal de colheita, acompanhando desde o desenvolvimento da cultura até o processo de ensilagem, tudo para garantir que o volumoso que fica disponível aos animais chegue com qualidade.

Ponto de ColheitaLinha do Leite

Linha do Leite

Figura 1: Ponto de colheita do milho para silagem de acordo com a linha do leite.

Fonte: beefpoint

Importância da área de refúgio

Uma boa estratégia dos produtores de milho para minimizar os danos causados por insetos-praga nas lavouras é o uso de plantas de milho transgênicas, este milho é conhecido popularmente como milho Bt. Plantações de culturas transgênicas Bt, precisam manter uma área da lavoura somente com plantas convencionais não transgênicas, chamadas de áreas de refúgio.

A utilização da área de refúgio é fundamental e o princípio envolvido é simples. Se o produtor mantiver uma área de cultura 100% Bt, a ação inseticida da planta eliminará a maioria dos insetos praga, porém um pequeno grupo de animais naturalmente resistentes àquele princípio ativo, com o tempo serão os únicos sobreviventes e cruzarão entre si, gerando novas populações de indivíduos resistentes à transgenia Bt.

A área de refúgio, composta por plantas convencionais, serve de abrigo para insetos suscetíveis à ação dos transgênicos. A sobrevivência destes garante novos cruzamentos entre resistentes e suscetíveis gerando novas populações em que essa resistência será diluída, promovendo a presença de insetos que serão eliminados pela cultura Bt, mantendo assim a eficiência da tecnologia por mais tempo no campo.

O percentual da lavoura plantado como área de refúgio pode variar de

acordo com a transgenia usada naquele híbrido, mas o indicado é que seja respeitado pelo menos 10% do total da área plantada e que esteja no máximo a 800 m de distância das plantas transgênicas, de modo a garantir o acasalamento dos possíveis indivíduos resistentes com os suscetíveis á transgenia, pois esta é a distância máxima verificada pela dispersão dos adultos da lagarta-do-cartucho no campo.

A área de refúgio além de preservar a integridade e longevidade da transgenia, também serve de abrigo para os inimigos naturais de insetos que atacam as lavouras de milho, dentre eles a tesourinha que preda os ovos da lagarta do cartucho, principal praga do milho. Em casos de alta infestação de insetos-pragas, pode ser feito a aplicação de um inseticida seletivo, não prejudicando assim a produtividade e eficiência da lavoura de refúgio.

Reconhecendo a importância da área de refúgio e os benefícios obtidos por ela, o produtor Herman Muller que recebe assistência técnica do PDPL/PCEPL, zela com consciência pela área de refúgio em sua fazenda e acredita ser a melhor forma para perpetuar a tecnologia por mais tempo em campo.

Atualmente são plantados 25 hectares de milho em sua propriedade, Fazenda Santa Rosa, destes, 2,5 hectares são destinados para a área de refúgio, sendo o plantio feito com milho convencional sem a transgenia Bt de mesmo cicçlo e porte.

Mariana RibeiroEstudante de Zootecnia

Figura 1- Tesourinha (inimigo natural da lagarta do cartucho). Figura 2- Produtor Hermann Müller na área de refúgio em sua propriedade.

A recomendação geral é de que o milho seja colhido com 30 a 35% de MS. No estádio R3\R4 a consistência dos grãos de milho está variando entre o estádio farináceo e o farináceo duro, o que corresponde à visualização da linha do leite entre 1\3 e 2\3, indo da parte da coroa até a base do grão, onde é inserido na espiga. Nesta fase já houve acúmulo de amido suficiente e matéria seca ideal para ser ensilado.

Milho antes do ponto Milho no ponto ideal

Qualidade do Leite

Importância do teste de CMT nos rebanhos leiteirosThúlio FerreiraEstudante de Medicina VeterináriaUniviçosa

Ord. Produtores Minicípio Produção

1 Antônio Maria Cajuri 142.705

2

José Afonso Frederico Coimbra77.944

3

Rafaela Araújo Guaraciaba

38.620

4

Hermann Muller Visc. do Rio Branco

73.584

5

Paulo Cupertino Coimbra

51.673

6 Cristiano Lana Piranga 47.728

7

Juninho Cabral Dores do Turvo 67.192

8

Sérgio Maciel Coimbra

34.481

9

Áureo de Alcântara Guaraciaba

29.387

10

Lúcio Flávio Dores do Turvo

29.258

As 10 maiores produções do mês de Dezembro de 2015

6

Ord. Produtores Minicípio

1 Antônio Maria Cajuri 21,12

Marcos Paulo Canaã 14,8

3 João Bosco Diogo Porto Firme 18,4

4

Rafaela Araújo Guaraciaba 15,1

5Sérgio Maciel Coimbra 16,9

6 Cristiano Lana Piranga 15,27

José Maria de Barros Presidente Bernardes 15,3

8

Áureo de Alcântara Guaraciaba 20,6

9 José Afonso Frederico Coimbra 13,8

10 Paulo Cupertino Coimbra 12,7

As 10 maiores protividades do mês de Dezembro de 2015

Prod. vaca em lactação Produt. vaca total

24,4

17,7

22,5

20,6

20,1

18,0

17,8

22,9

16,9

15,1

A mastite é uma das mais frequentes infecções que acometem o gado leiteiro, levando a perdas econômicas pela diminuição na produção e na qualidade do leite, bem como elevação nos custos com mão–de-obra, medicamentos e serviços veterinários, além de descarte precoce de animais.

A mastite sub clínica por não apresentar sinais visíveis, passa despercebida pelos proprietários e funcionários, podendo disseminar-se no rebanho, causando diminuição da produção leiteira e prejuízos à saúde do animal.

Uma forma eficaz para identificação de mastite subclinica é através do teste de CMT (Califonia Mastitis Test), que é um teste prático e de baixo custo, que mede o grau de infecção em cada quarto do úbere de uma vaca e avalia-se a CCS do rebanho, conforme a tabela abaixo.

Escore CCS Interpretação

0 (Negativo) 0 - 200.000 Quadro sadio

T (Traço) 200.000 - 400.00 Mastite subclinica

+ ( Positivo leve) 400.000 - 1.200.000 Mastite subclinica

++ ( Positivo) 1.200.00 - 5.000.000 Mastite subclinica

+++ (Altamente positvo) Acima de 5.000.000 Mastite subclinica

E como usar as informações obtidas através do teste de CMT ?Imagine as situações abaixo:Situação 1: 50 % das primíparas apresentaram mastite sub clínica num

grau severo ( ++ ou+++) logo no primeiro teste de CMT pós parto.Nesse caso pode avaliar-se a necessidade de fazer uso de terapia vaca

seca em novilhas (60 dias antes do parto) ou fazer o uso de selantes internos.Uma atenção especial deve ser dada ao pré-parto : conforto, limpeza das

áreas onde os animais deitam, verificar se há espaço de cocho suficiente...Situação 2: 30% das vacas tem parido com mastite identificada no

primeiro teste de CMT(pós – parto). 1. Saber qual intramário está sendo utilizado como terapia vaca seca,

talvez ele não esteja sendo efetivo; 2. Verificar quanto tempo essas vacas estão ficando “secas“, pois as

vezes esse período supera o tempo de ação do medicamento;3. Fazer o uso de intramamário vaca seca e selante interno, no

momento da secagem.Além disso, o teste de CMT pode ser usado para segregração de animais

através de uma linha de ordenha, entre outras funções.

Sendo assim, é muito importante a realização do teste de CMT na propriedade e a sua interpretação correta, gerando informações valiosas para o produtor.

Reprodução

Reprodução

Retirada do leite para teste do CMT

Mistura do reagente ao leite na placa de CMT