Informativo da Produção de Leite - pdpl.ufv.br · Era um MF 50, com 36 cavalos de potência. A...

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EdiçãEdição 314 Ano XXIII Julho de 2015 Viçosa-MG MECANIZAÇÃO: Eficiência e Qualidade na Produção Informativo da Produção de Leite A Mecanização Agrícola tem como objetivo o emprego adequado dos equipamentos e máquinas agrícolas, visando sua otimização e viabilidade da obtenção de altas produtividades agropecuárias, com a racionalização dos custos e a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente. No início da agricultura no Brasil, o uso de animais era bastante importante para facilitar em algumas atividades como na tração do arado. Com o desenvolvimento da agricultura, o boi foi substituído pelos cavalos para aumentar a eficiência e a agilidade nas atividades. A mecanização no Brasil iniciou-se depois da Segunda Grande Guerra. As máquinas agora movidas à tração motorizada foram importadas do mercado americano e europeu. Elas não eram adaptadas às nossas condições, então com o desgaste, a falta de peças sobressalentes e de assistência técnica elas sofreram paralisação. Para que a agricultura continuasse a avançar, em meados de 1960 a indústria automobilística veio para o Brasil e começou a fabricação de máquinas pesadas, incluindo a produção de tratores. O primeiro trator brasileiro foi fabricado em 1961. Era um MF 50, com 36 cavalos de potência. A partir de então a produção de tratores foi se diversificando e de 1960 a 1975 foram fabricados 404.775 tratores (84% de rodas, 15,49% de esteiras, 12,11% microtratores e 37% de rabiças). Consequentemente o trator se tornou essencial para produção agrícola, e além dos tratores, também são utilizados implementos como a grade, arado, semeadora, escarificador, subsolador, pulverizador de barra e colheitadeira, estando presentes na maioria das propriedades com atividades agrícolas e pecuária. A mecanização agrícola melhorou a qualidade de vida dos agricultores brasileiros, tornando o trabalho menos árduo e em menos tempo o agricultor produzia mais. Consequentemente ocorreu o êxodo rural, pois as máquinas agora substituíam o trabalho de muitos homens, atribuindo uma maior produtividade e maior renda. Além dos tratores serem usados para as atividades nas lavouras, ele também pode ser utilizado para outros fins, como acontece na fazenda Nô da Silva, que o trator é usado juntamente com o vagão forrageiro para fazer a alimentação do gado. A agricultura não para por aí, ela vai se desenvolvendo e ficando mais precisa para cada vez mais promover maior rentabilidade e produtividade ao agricultor. As maquinas agrícolas estão contendo sistemas informatizados que contém computadores de bordo, GPS, sistemas de controle automáticos de estabilidade, posicionamento junto ao solo, quantidade de aplicação de insumos e são cada vez menos poluentes. As máquinas estão cada vez mais independentes, sendo vantajoso, pois diminui erros humanos e desvantajoso, pois cada vez mais aumenta o desemprego nas áreas agrícolas. Um exemplo de mecanização bem sucedida é a Fazenda Nô da Silva em Cajuri-MG, do produtor Antônio Maria da Silva Araújo, que apresenta um vasto número de maquinas e implementos. Alguns exemplares stão representados nas figuras abaixo. Colhedora de milho e sorgo para silagem Colhedora de forragem (braquiária, aveia, mombaça) Pulverizador de barra Vagão forrageiro acoplado a um trator Amanda Lopes Gentil Estudande de Medicina Veterinária Cléber Costa Lelis Estudantes de Agronomia Monise Dall´Orto Estudantes de Agronomia Veja também nesta edição Essas máquinas e implementos aumentam a eficiência dos contratados além de contribuir para a diminuição do número dos mesmos. Portanto, a mecanização agrícola foi sem dúvida um grande e importante avanço para a agricultura nos últimos anos, trazendo ao produtor maior qualidade de vida, produtividade e rentabilidade. 6 2 5 Dica do Agrônomo Leguminosas: Como elas podem ajudar o produtor? 3 Visita do Tobias ao Produtor Luís Henrique Sítio Santa Rosa Missão Técnica PDPL/PCEPL Qualidade do Leite

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EdiçãEdição 314 Ano XXIII Julho de 2015 Viçosa-MG

MECANIZAÇÃO: Eficiência e Qualidade na Produção

Informativo da Produção de Leite

A Mecanização Agrícola tem como objetivo o emprego adequado dos equipamentos e máquinas agrícolas, visando sua otimização e viabilidade da obtenção de altas produtividades agropecuárias, com a racionalização dos custos e a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente. No início da agricultura no Brasil, o uso de animais era bastante importante para facilitar em algumas atividades como na tração do arado. Com o desenvolvimento da agricultura, o boi foi substituído pelos cavalos para aumentar a eficiência e a agilidade nas atividades. A mecanização no Brasil iniciou-se depois da Segunda Grande Guerra. As máquinas agora movidas à tração motorizada foram importadas do mercado americano e europeu. Elas não eram adaptadas às nossas condições, então com o desgaste, a falta de peças sobressalentes e de assistência técnica elas sofreram paralisação.

Para que a agricultura continuasse a avançar, em meados de 1960 a indústria automobilística veio para o Brasil e começou a fabricação de máquinas pesadas, incluindo a produção de tratores. O primeiro trator brasileiro foi fabricado em 1961. Era um MF 50, com 36 cavalos de potência. A partir de então a produção de tratores foi se diversificando e de 1960 a 1975 foram fabricados 404.775 tratores (84% de rodas, 15,49% de esteiras, 12,11% microtratores e 37% de rabiças).

Consequentemente o trator se tornou essencial para produção agrícola, e além dos tratores, também são utilizados implementos como a grade, arado, semeadora, escarificador, subsolador, pulverizador de barra e colheitadeira, estando presentes na maioria das propriedades com atividades agrícolas e pecuária. A mecanização agrícola melhorou a qualidade de vida dos agricultores brasileiros, tornando o trabalho menos árduo e em menos tempo o agricultor produzia mais. Consequentemente ocorreu o êxodo rural, pois as máquinas agora substituíam o trabalho de muitos homens, atribuindo uma maior produtividade e maior renda. Além dos tratores serem usados para as atividades nas lavouras, ele também pode ser utilizado para outros fins, como acontece na fazenda Nô da Silva, que o trator é usado juntamente com o vagão forrageiro para fazer a alimentação do gado. A agricultura não para por aí, ela vai se desenvolvendo e ficando mais precisa para cada vez mais promover maior rentabilidade e produtividade ao agricultor. As maquinas agrícolas estão contendo sistemas informatizados que contém computadores de bordo, GPS, sistemas de controle automáticos de estabilidade, posicionamento junto ao solo, quantidade de aplicação de insumos e são cada vez menos poluentes. As máquinas estão cada vez mais independentes, sendo vantajoso, pois diminui erros humanos e desvantajoso, pois cada vez mais aumenta o desemprego nas áreas agrícolas.

Um exemplo de mecanização bem sucedida é a Fazenda Nô da Silva em Cajuri-MG, do produtor Antônio Maria da Silva Araújo, que apresenta um vasto número de maquinas e implementos. Alguns exemplares stão representados nas figuras abaixo.

Colhedora de milho e sorgo para silagem

Colhedora de forragem

(braquiária, aveia, mombaça)

Pulverizador de barra

Vagão forrageiro acoplado a um trator

Amanda Lopes GentilEstudande de Medicina Veterinária

Cléber Costa LelisEstudantes de Agronomia

Monise Dall´OrtoEstudantes de Agronomia

Veja também nesta edição

Essas máquinas e implementos aumentam a eficiência dos contratados além de contribuir para a diminuição do número dos mesmos. Portanto, a mecanização agrícola foi sem dúvida um grande e importante avanço para a agricultura nos últimos anos, trazendo ao produtor maior qualidade de vida, produtividade e rentabilidade.

62 5Dica do Agrônomo

Leguminosas: Como elas podem ajudar o

produtor?3

Visita do Tobias ao Produtor Luís Henrique

Sítio Santa RosaMissão Técnica

PDPL/PCEPL Qualidade do Leite

Dica do Agrônomo

LEGUMINOSAS: Como elas podem ajudar produtor?

Informativo da Produção de Leite

PDPLPrograma de Desenvolvimento

da Pecuária Leiteira

PCEPLPrograma de Capacitação de

Especialistas em Pecuária Leiteira

Publicação editada sob a responsabilidade do Coordenador

do PDPL/PCEPL

Adriano Provezano Gomes

Redação:

Christiano NascifZootecnista

Marcus Vinícius C. MoreiraMédico Veterinário

André Navarro LobatoMédico Veterinário

Thiago Camacho RodrigiesEngenheiro Agrônomo

Diagramação e coordenação gráfica:

Regiane Valéria Magalhães

Endereço do PDPL:

Ed. Arthur BernardesSubsolo/Campus da UFV

Cep: 36570-900Viçosa-MG

Telefax: (31)38995250E-mail: [email protected]: www.pdpl.ufv.br

Facebook:PDPL Minas Gerais

Resultados do estudo sobre adubação verde PDPL / PCEPL

Fonte: PDPL/PCEPL

O olho do dono é que engorda o boi

Pedro Vergani PuntelEstudante de Agronomia/UFLA

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A t u a l m e n t e o n í v e l d e participação de leguminosas nos sistemas de produção pecuários brasileiros é insignificante, apesar de s e u s b e n e f í c i o s s e r e m inquestionáveis, esta é uma estratégia pouco utilizada pelos produtores. A principal causa desta baixa adoção é reportada pela baixa persistência das cultivares disponibilizadas ao longo do tempo, que geralmente são u t i l i z a d a s e m c o n s ó r c i o c o m

gramíneas para pas te jo onde produtores levam em conta apenas a contribuição da fixação biológica de nitrogênio que é feita por estas.

O PDPL/PCEPL em parceria com o departamento de fitotecnia da UFV e apoio do Professor Mauro Wagner de Oliveira (UFAL), dispõe de algumas espécies de leguminosas no Setor da Agronomia próximo ao aeroporto, são elas: Crotalaria juncea, Lab-Lab, Mucuna Preta, Mucuna Cinza, Feijão-Guandú, Feijão de Porco, Crotalária-spectabilis e Crotalária-ochroleuca.

As espécies de Crotalárias (juncea, spectabilis e ochroleuca) são muito eficientes na fixação biológica

de nitrogênio, por isso são muito usadas no sistema de Meiosi (Método I n t e r - r o t a c i o n a l O c o r r e n d o Simultaneamente) que consiste em intercalar uma leguminosa com o canavial para reduzir custos de implantação, melhorar o sistema de logística e promover a melhora do local de cultivo. Já o Feijão Guandú e o Feijão de Porco ajudam a melhorar a estrutura do solo além de enriquecê-lo com sua matéria orgânica, assim sendo utilizados na reforma de áreas principalmente em pastagens. E por fim, as espécies Mucuna Preta, Mucuna Cinza e Lab Lab por possuírem um crescimento mais rasteiro são mais utilizadas para

pastejo, principalmente como fonte de proteína na forma de banco de proteína.

D e s t a c a m o s a b o a produtividade de matéria verde e a riqueza de nutrientes das espécies conforme tabela abaixo, sendo assim a utilização de leguminosos dentro do sistema de produção de volumosos se mostra uma opção interessante.

Desde 2010 o PDPL/PCEPL tem a satisfação de assistir o Sítio Lage, dos irmãos Edmar e Sérgio Lopes Valente. A propriedade com topografia acidentada fica localizada no município de Canaã, conta com 17 hectares para a produção de leite e possui uma média de 18,3 l/vaca/dia. Com uma área compacta e sem mão-de-obra contratada, o esforço conjunto dos irmãos tem sido chave para a viabilidade da atividade leiteira na propriedade.

Para conhecermos melhor esta parceria o PDPL/PCEPL realizou uma entrevista com os dois irmãos, confira:

PDPL/PCEPL: Antes de começarmos g o s t a r í a m o s d e a g r a d e c e r p e l a colaboração dos senhores em participar da nossa entrevista e compartilharem conosco a experiência desta união. Sabemos que já atuam na atividade leiteira à algum tempo, esta parceria que vemos hoje sempre aconteceu?

RE: Sim, e é essa parceria que faz com alcançamos os nossos objetivos.

PDPL/PCEPL: A decisão de se produzir leite foi tomada em conjunto? Como aconteceu a escolha da atividade?

RE: Sim, porque antes criávamos gado de corte com o nosso pai, porém as margens eram muito pequenas, o que causava um desânimo com a atividade devido a baixa renda. A nossa vontade era de trabalhar

com leite, e em 2004 começamos com algumas vacas produzindo 30 litros de leite por dia, e em março de 2010 ingressamos no PDPL.

PDPL/PCEPL: Como conheceram o nosso programa?

RE: Através de uma produtora aqui da região que fez parte do programa por um tempo, e algumas visitas ao estábulo da UFV.

PDPL/PCEPL: Quais são as funções exercidas por cada um na atividade?

RE: Edmar trabalha durante o dia fazendo ordenha, alimentação do gado e outros serviços de manejo, já eu, Sergio sou responsável pela ordenha da tarde e durante os finais de semana responsável pela ordenha, alimentação e auxilio em outros manejos.

PDPL/PCEPL: Como são realizadas as tomadas de decisões na propriedade?

RE: São sempre tomadas por nós dois, e algumas decisões são discutidas com os estagiários e técnicos do programa.

PDPL/PCEPL: E vocês já enxergaram os resultados dessa parceria? Quais foram?

RE: Sim, o aumento da produção de leite, que passou de 30 para 250 litros por dia; a melhoria na genética do rebanho, agora trabalhamos com um gado mais apurado e mais próximo do sangue Holandês; a qualidade do leite também mudou bastante, hoje recebemos 2 centavos por litro devido a qualidade; também conseguimos melhorar bastante a qualidade do volumoso.

P D P L / P C E P L : A s s i m c o m o o s resultados, existem também os desafios. O que consideram como mais desafiador para a continuidade deste trabalho?

RE: Reduzir a idade ao primeiro parto das novilhas para 30 meses, aumentar o índice de prenhez do rebanho, hoje encontra-se próximo de 20%, melhorar a qualidade do leite e aumentar a produção de leite para podermos investir mais na atividade.

PDPL/PCEPL: O que os senhores consideram essencial para que haja continuidade do trabalho?

RE: Seguir sempre ao lado do programa PDPL e buscar sempre novas tecnologias e i d e i a s p a r a o c r e s c i m e n t o d a propriedade.

PDPL/PCEPL: Para os senhores, quais são os pontos chave para o sucesso da atividade leiteira?

RE: Gostar da atividade, dedicação, muito trabalho e uma boa assistência técnica.

PDPL/PCEPL: Qual a perspectiva para o futuro deste trabalho em equipe?

RE: Fazer com que nossa propriedade cresça cada vez mais, e que nossos filhos, no caso do meu, Arthur possa seguir com essa atividade.

Sérgio e Edmar Lopes trabalham juntos para que haja sempre o crescimento da propriedade e a melhoria dos índices zootécnicos e econômicos. O trabalho dos irmãos é exemplo de persistência e amor a atividade leiteira, acreditando no potencial da mesma em seu sustento e na construção do futuro da família.

Pedro Goulart BritoEstudante de Zootecnia

Raphaela Paglioto MazzoniEstudante Zootecnia

M. VERDE M. SECA N P K Ca 2+ Mg 2+ S Zn Fe Mn Cu B

MUCUNA CINZA 50 7‐8 27,1 1,2 14,8 6,1 1,7 1,3 0,028 0,4 0,05 0,013 0,036

LAB LAB 36 3‐6 29,3 2,4 15,2 8,9 2,8 3,7 0,041 0,5 0,06 0,009 0,029

MUCUNA PRETA 45 7‐8 22,2 1,3 15,6 6,1 1,6 2 0,018 0,4 0,06 0,011 0,017

C. SPECTABILLIS 28 4‐6 9,2 1,3 8,4 5,3 4 3,1 0,174 13,4 0,13 0,036 0,023

FEIJÃO GUANDU 40 6‐9 18,8 1,5 9,2 7,2 2,5 1,5 0,025 0,4 0,05 0,013 0,026

C.OCHROLEUCA 30 7‐8 11,7 1,4 14,4 9,7 3,1 2,6 0,095 2,5 0,07 0,036 0,041

FEIJÃO DE PORCO 40 3‐6 24,3 1,3 5,2 21,2 4,8 2,6 0,057 0,7 0,07 0,019 0,025

ESPÉCIE(t/ha) (kg/t)

Reprodução

PDPL/PCEPL, desde 1988, aliando teoria à prática!

Visita do Tobias ao Produtor...

- Assim que retomou a parceria em 2013 houve um maior investimento na produção de

volumosos, reformando as pastagens, implantando mais um canavial, preparando o solo e produzindo silagem de milho, isso tudo

antes da aquisição de animais.

- Atualmente a propriedade possui 45ha destinados à pecuária

leiteira, que são divididos em áreas de piquetes de braquiária, canavial,

plantio de milho, pastagem e

infraestrutura.

- Ele não possui histórico de produtores de leite

na família, porém escolheu a atividade por acreditar ser a mais rentável e prazerosa.

‐ Também foi construída

uma sala de ordenha, e as melhorias não param, atualmente está sendo

construído um bezerreiro.

- Houve também uma reforma da infraestrutura da propriedade, sendo reformados os currais, construções e

cercas.

- O Sítio Santa Rosa é de propriedade do Sr. Luís Henrique

de Castro que atua na pecuária leiteira.

- Olá pessoal! Meu nome é Tobias. Eu faço parte do PDPL/PCEPL, e sempre estou visitando fazendas e batendo um

papo com os produtores assistidos pelos programas. programa.

- Dando umas voltas por aí com os estagiários Lorena e Luciano,

resolvemos passar pelo Sítio Santa Rosa.

- Localizado em Paula Cândido, fomos ver como andam as coisas por lá e contar

um pouco mais para vocês.

3

- A propriedade foi adquirida em 2000, entre 2004 e

2010 o PDPL/PCEPL esteve junto à propriedade, houve uma pausa até 2013, e desde então a

parceria con�nua.

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- No início desse ano a propriedade começou com o

sistema de parceria de recria de novilhas.

- Na parceria, as novilhas de outros produtores vão para a propriedade após serem desaleitas, permanecem nela até receberem o

diagnóstico de gestação positivo, e após o diagnóstico, metade retorna à antiga propriedade e

a outra metade se torna de posse do Sr. Luís Henrique.

- Atualmente existem 19 novilhas inclusas no sistema de parceria.

- Esse ano o filho do Sr. Luís Henrique, o Alessandro Castro,

zootecnista, firmou uma parceria com o pai e deu início à produção de

leite na propriedade.

‐ Para isso, foram adquiridas 31 novilhas girolando prenhes, da região

de Araxá e Cruzília, além de duas vacas adquiridas em leilão.

- Atualmente o sistema possui 21 vacas no leite, com uma produção diária de 320L/dia, que irá aumentar, já que há ainda muitas novilhas para

parirem. A qualidade do leite é excelente, conseguida devido ao cuidado com as práticas de ordenha e com os animais, além do bom funcionamento dos

equipamentos.

- Nas águas as vacas se alimentam de silagem de milho e de pastagem de braquiária, que é dividida em

piquetes, já na seca é fornecido silagem de milho e cana-de-açúcar corrigida com uréia e sulfato de amônio,

além do concentrado que não pode faltar.

- Foi realizada a compra do adubo para o plantio da safra de milho e o calcário já

foi incorporado ao solo.

Em uma das áreas já será possível realizar o plantio direto, graças à integração lavoura pecuária realizada na safrinha. Há

intenção é realizar em outras áreas também. -O Alessandro destacou a

importância de existir união entre os produtores, principalmente para

conseguirem comprar insumos em maior volume, e consequentemente a

preços mais acessíveis.

- É isso aí pessoal, nós vamos seguir caminho e deixar os homens trabalharem.

Lorena Pedrosa Estudante de Agronomia

Luciano Prímola Estudante de Zootecnia

- Nos encontramos no próximo mês, em visita a outra fazenda.

‐ Um forte abraço.

Missão Técnica PDPL/PCEPL

Sistema de aleitamento coletivo - True Type

Técnicos da Nestlé, técnicos e estagiários do PDPL/PCEPL no Sítio Cedro

Ordenha Carrossel - Fazenda Três Pontas

Gerentes do Grupo Sekita

A Fazenda São João (True Type) localizada na cidade de Inhaúma MG, foi visitada no dia 07 de julho, onde fomos recebidos pelos técnicos da CCPR Leite, João Paulo, Isabela Guimarães e também a Tatiana Ude, t o d o s e x - e s t a g i á r i o s d o PDPL/PCEPL. Toda a descrição sobre o manejo da fazenda foi apresentado pe lo gerente da propriedade Paulo Henrique.

D u r a n t e a a p r e s e n t a ç ã o , observamos os excelentes números da propriedade, a boa qualidade do leite e a busca por constante m e l h o r i a . F o i o b s e r v a d a a importância de um sistema de p rodução flex íve l , onde são utilizados tanto galpões de Free Stall para confinamento, quanto pastos rotacionados sob irrigação. Uma novidade para todos os estagiários foi o sistema de manejo adotado para os animais em aleitamento, que estão sendo recriados em bezerreiros coletivos com cerca de 30 animais por piquete, juntamente com o sistema de aleitamento artificial, que vem demonstrando um desempenho satisfatório de todos os animais. Observamos a sobressemeadura dos pastos de Tifton 85 com as culturas de inverno Aveia e Azevém, que e s t ã o a p r e s e n t a n d o ó t i m o s resultados de produtividade. Foi

ressaltada também a importância do tratamento dos dejetos para as questões ambientais. Na propriedade todo o dejeto é captado e distribuído em seis piscinas de decantação, onde a parte sólida é tratada e transportada por uma empresa terceirizada e a líquida é distribuída através de um autopropelido nos pastos de Tifton.

Na parte da tarde do dia 07 de Julho, visitamos a Fazenda Dois Irmãos, localizada em Pará de Minas, onde também nos foi apresentada toda a propriedade, com um dos proprietários, Cécil Buldrine juntamente com o consultor técnico do Projeto Educampo/Sebrae Gustavo Ferreira. Nesta propriedade mereceu destaque a importância da parceria entre o consultor, a empresa de captação (CCPR/Itambé), e o Produtor, mostrando bons resultados técnicos em busca da melhoria dos resultados econômicos, sendo os p r o d u t o r e s e n t u s i a s t a s d a propriedade. No dia 08 de Julho, v i s i tamos o S í t io do Cedro , localizado em Carmo do Paranaíba (MG), onde fomos recebidos pelo André Leite técnico responsável pela f a z e n d a e e x - e s t a g i á r i o d o PDPL/PCEPL, juntamente com o Paulo Freitas, técnico da Nestlé e t a m b é m e x - e s t a g i á r i o d o PDPL/PCEPL. Ganhando destaque na fazenda o sistema intensivo de alta produção a pasto, associando a genética do gado girolando, com pastejo de Tifton sob irrigação. Foi possível observar uma fazenda com um excelente sistema de organização

e estruturação, a qual faz parte do P r o g r a m a d e B o a s P r á t i c a s idealizado pela Dairy Partners Americas (DPA), sendo a primeira fazenda a receber o título de Fazenda Ouro no Brasil, atingindo um nível de excelência em qual idade, segurança e em boas práticas gerenciais.

Na parte da tarde do dia 08 de Julho, visitamos a Fazenda Três Pontas, localizada em Presidente Olegário (MG). Fomos recebidos pelo Amilton Cruz, juntamente com o Paulo Freitas técnico da Nestlé e ex estagiário do PDPDL/PCEPL, o qual ficou responsável pela comunicação e acompanhamento nas fazenda durante todo o dia. Mais uma fazenda de alta produtividade, ganhando destaque as inovações nas instalações dos galpões de Free-Stall, e principalmente a ordenha, do modelo carrossel, a qual permite uma al ta eficiência de vacas ordenhadas por hora. A fazenda possui também um sistema de tratamento de dejetos, composto por tanques de separação de sólidos e biodigestores para armazenamento da parte líquida. Uma novidade para todos foi o uso de silagem de soja, com o intuito de aumentar o teor de fibra na dieta e que está apresentando ótimos resultados.

No dia 09 de Julho visitamos o Grupo Sekita, localizado em São G o t a r d o ( M G ) , o n d e f o m o s recebidos pelos ex-estagiários do PDPL/PCEPL, Bruno Machado e o T h i a g o R o d r i g u e s , a m b o s

supervisores de captação de leite da Itambé na região e estagiários do PDPL. A empresa que foi uma das agraciadas na categoria Produtor Rural da oitava edição da Medalha do Mérito Rural FAEMG 2015, nos foi apresentada pelo Leonardo Garcia e pela Ana Paula Sekita, mostrando que além do projeto de leite e a sua dimensão, investe em vários setores do ramo agropecuário. A empresa nos mostrou de forma geral como consegue através de uma boa gestão otimizar e beneficiar todos os dejetos dos animais em suas áreas de lavoura, reduzindo assim, principalmente os custos com fertilizantes. Além disso, a questão ambiental é de grande importância para o grupo, que possui também sistemas de biodigestores e também de captação de água das chuvas, possibilitando assim, o devido tratamento e aproveitamento de todos os excedentes.

Tudo que nos foi apresentado e discutido em todas as propriedades visitadas, com certeza foi de grande valia e enriquecimento para o nossa vida acadêmica e profissional, onde tivemos a oportunidade de ver outras realidades e sistemas de produções mais intensificados. A equipe do P D P L / P C E P L a g r a d e c e imensamente a disponibilidade de tempo e receptibilidade de todos os t é c n i c o s d a N e s t l é , Educampo/SEBRAE e CCPR leite, e também pelo acolhimento e a apresentação das propriedades pelos proprietários e funcionários de todas as fazendas visitadas.

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Amanda Lopes GentilEstudante de Medicina Veterinária

Patrícia CastroEstudante de Zootecnia

Qualidade do Leite

Lava-pés no pedilúvio: necessário ou não?

Lava-pés no pedilúvio do Estabulo Gado de Leite - UFV

As lesões de casco estão

entre os principais problemas que

afetam a pecuária de leite devido à

alta prevalência e aos prejuízos

econômicos e produtivos por elas

causados.

P a r a a m e n i z a r e s s e s

p r o b l e m a s d e n t r o d e u m a

propriedade, algumas medidas

preventivas e/ou curativas são

adotadas pelos produtores. Dentre

elas podemos destacar o uso do

pedilúvio, que quando utilizado de

forma correta poderá trazer grandes

benefícios à saúde dos cascos dos

animais.

Para que se tenha um bom

resultado no uso do pedilúvio deve-

se atentar para a qualidade da

solução química utilizada, pois

g r a n d e p a r t e d o s p r o d u t o s

empregados, a exemplo o sulfato de

cobre, sulfato de zinco e cal, são

inativados pela presença de matéria

orgânica. Além disso, uma mistura

contaminada pela falta de higiene

e/ou sobrecarga de uso da mesma

mistura pode funcionar como uma

fonte de transmissão de doenças.

A fim de evitar que ocorra

este tipo de situação, recomenda-se

uti l izar o lava-pés antes do

pedilúvio. Aquele nada mais é que

um tanque contendo apenas água,

cuja finalidade é retirar o excesso de

matéria orgânica presente nos

cascos, diminuindo assim a

contaminação da solução presente

no pedilúvio propriamente dito.

Além disto, ao entrar em contato

com a água do lava-pés o animal é

estimulado a defecar antes de

entrar no pedilúvio, evitando assim

que suas fezes contamine a mistura

ali presente.

Assim como no pedilúvio, o

lava-pés deve possuir no mínimo 2

metros de comprimento, 70

centímetros de largura, declividade

do piso de 2% e uma profundidade

de 30 centímetros. Sua lâmina

d'agua deve ser de 15 centímetros

para que possa cobrir toda a coroa

do casco. Esse dimensionamento é

extremamente importante para se

evitar desperdício com os produtos

químicos, além de permitir que o

animal transite livremente. A

limpeza, troca de solução e água

das duas estruturas devem ser

realizadas periodicamente, sendo

no mínimo uma vez por semana.

A l o c a l i z a ç ã o d e s t a s

estruturas pode variar de acordo

com a sua finalidade. Os lava-pés

podem ser alocados antes da sala de

ordenha ou após a mesma. De

forma contrária, o pedilúvio deve

ser colocado após a sala de ordenha,

a fim de evitar que o material

químico uti l izado corroa os

equipamentos/ instalações da

ordenha.

Dessa forma, os benefícios

gerados com o uso do lava-pés

f a z e m c o m q u e e l e s e j a

extremamente necessário quando

se utiliza o pedilúvio, pois há uma

otimização no uso dos produtos

químicos e uma melhor eficiência

nos t ra tamentos rea l izados ,

reduzindo, assim, os custos com a

compra de material para preparo do

pedilúvio e perdas produtivas

geradas pelos problemas de casco.

6

Francismar Lima RibeiroEstudante de Medicina Veterinária

Ord. Produtor Município Produção

1 Antônio Maria Cajuri 140.917

2 José Afonso Frederico Coimbra 60.055

3 Hermann Muller Visc. do Rio Branco 59.232

4 Juninho Cabral Dores do Turvo 51.000

5 Lúcio Flávio Dores do Turvo 43.350

6 Paulo Cuper�no Coimbra 35.834

7 Sérgio Maciel Coimbra 32.397

8 Rafaela A. de Castro Guaraciaba 30.381

9 Geraldo Aleixo Porto Firme 21.938

10 Áureo de Alcântara Guaraciaba 19.864

As 10 maiores produções do mês de Junho de 2015

Ord. Produtor MunicípioProdu�vidade por

vaca em lactação

Produ�vidade por

vaca total

1 Antônio Maria Cajuri 26,2 22,6

2 Sérgio Maciel Coimbra 23 18,3

3 Áureo de Alcântara Guaraciaba 23,6 17,9

4 Rogério Barbosa Ponte Nova 20,4 16

5

José Afonso Frederico Coimbra 16,3

14,5

6

João Bosco Diogo Porto Firme 17,9

14,5

7 Cleber Luís Magalhães Divinésia 16,2 14,4

8 Rafaela A. de Castro Guaraciaba 19,5 14,3

9 Antônio Moreira Presidente Bernardes 16,4 14,3

10 Hermann Muller Visc. do Rio Branco 10,7 14

AS 10 maiores produ�vidades do mês de Junho de 2015