Informativo da provincia set e out

36
1 Informativo da Província

description

Este número do nosso Informativo Provincial traz algumas novidades bem interessantes e ainda uma visão de síntese de nossas Frentes Pastorais, eixo central desta publicação.

Transcript of Informativo da provincia set e out

Page 1: Informativo da provincia set e out

1Informativo da Província

Page 2: Informativo da provincia set e out

2 Informativo da Província

Page 3: Informativo da provincia set e out

3Informativo da Província

Sumário.2. Palavra do Editor

4. História e Espiritualidade RedentoristaUma possível leitura do quadro dos mártires espanhóis – Pe. Antonio Quesada, C.Ss.R.Encerramento do ano de São Clemente em Viena – Áustria

8. Perfis e ExperiênciasIrmão Clemente (Waldemar Úrsula de Jesus) conta sua história de vida e vocaçãoO Irmão Missionário Redentorista – Ir. Joaquim Acássio Barbosa, C.Ss.R.

12. Ações PastoraisPastoral da Administração. É possível? – Pe. Elias Guimarães, C.Ss.R.Um olhar elucidativo sobre nossas Frentes Pastorais – Secretariado Provincial de Pastoral

23. Nossa História RecuperadaO dexismo na Rádio Aparecida – Cassiano Alves Macedo e José MouraOndas curtas permitirão que RB2 volte a quebrar barreiras – Dayane Wolf – Jornalista

27. Pelas Províncias e Vice-ProvínciasIgreja Santo Afonso do Rio de Janeiro – 107 anos da nossa IgrejaIgreja de São José – Belo Horizonte

29. Um Jubileu a ser celebrado2014, o tricentenário iniciado – Pe. Domingos Sávio da Silva, C.Ss.R.

30. Notícias e InformaçõesUm olhar sobre a Missão Urbana – Pe. José Anchieta Tavares, C.Ss.R.CAS Santíssimo Redentor celebra as tradições juninas e a Copa do MundoFalam os leitores

Page 4: Informativo da provincia set e out

4 Informativo da Província

1. Palavra do Editor

Este número do nosso Informativo Provincial traz algumas novidades bem interessantes e ainda uma visão de síntese de nossas Frentes Pastorais, eixo central desta publicação.

Para começar, alguns artigos lançam luzes sobre os valores da Espiritualidade Redentorista, “nossa razão de ser e de agir”. A partir da leitura do quadro dos mártires espanhóis usado na celebração de sua beatifi cação, tiramos uma lição importante para a nossa vida comunitária e missionária: É preciso continuar sempre! Não podemos parar, mesmo que pedras sejam colocadas em nosso caminho.

Quem nos ensinou isso foi São Clemente, no modo de enfrentar os muitos percalços em seu labor missionário. Por esta razão, recuperamos uma parte do encerramento do Ano Clementino realizado na Igreja de Santa Maria, em Viena. Um aprendizado constante da fi gura, da vida e do apostolado de São Clemente é o de caminhar para as periferias, para os excluídos da sociedade. Foi isso que fez e faz o Ir. Clemente em sua vocação e em sua vida religiosa, desde 1947. Traços de seu perfi l são apresentados, de forma mais do que justa e merecida, e quase que podemos ouvir sua risada tão característica.

O Ir. Joaquim Acássio nos fala da identidade do irmão, de sua espiritualidade e vocação, a partir da missão e vocação de todo e qualquer redentorista. Sempre é muito bonito e gratifi cante perceber que as gerações que

chegam estão abraçando a causa de Jesus Cristo, nosso redentor, bebendo na mesma fonte.

Descrevendo as nossas Frentes Pastorais, traçando um panorama variado e multicolorido, fazemos uma pergunta inquietante, especialmente na realidade de mundo em que vivemos: É possível uma Pastoral da Administração? Se sim, pode ela se igualar às demais atividades pastorais de nossa Província, como Missões Populares, santuário, paróquias e igrejas não paroquiais? E que lugar ou especifi cidade têm as nossas Obras Sociais neste contexto provincial?

Para fi nalizar, olhamos de relance alguns aspectos históricos que não podem ser descuidados. Falamos do dexismo na Rádio Aparecida. Dexismo, o que é isso? Trata-se de pessoas que têm por hobby ouvir rádio de longo alcance como as Ondas Falamos também da implantação das Ondas Curtas da Rádio RB2.

Trazemos rápidas informações sobre duas igrejas que marcam a presença dos redentoristas no coração da grande cidade: História e ação pastoral dos redentoristas na igreja Santo Afonso, Rio de Janeiro, e na igreja São José de Belo Horizonte.

É muito. Mas ao mesmo tempo é só um pouco, um respingo de histórias, de fatos e de sucessos ou inquietações. Afi nal, das pedras do caminho podemos fazer degraus para novas conquistas.

Boa leitura e obrigado a todos os colaboradores.

Pe. Inácio Medeiros, C.Ss.R.Redator

[email protected]

As pedras do caminho

Page 5: Informativo da provincia set e out

5Informativo da Província

Expediente.Capa.

INFORMATIVO DA PROVÍNCIAÓrgão da Província Redentorista de São Paulo Edição N. 238, Setembro e Outubro de 2014

Superior ProvincialPe. Luís Rodrigues Batista, C.Ss.R.

Coordenador EditorialPe. José Uilson Inácio Soares Junior, C.Ss.R.

EditorPe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R.

RevisãoAna Lúcia de Castro LeiteLeila Cristina Dinis Fernandes

Design e DiagramaçãoHenrique BaltazarPamela Prudente

Page 6: Informativo da provincia set e out

6 Informativo da Província6

2. História e Espiritualidade Redentorista

Uma Possível Leiturado Quadro dos Mártires Espanhóis

Qua

dro

- Ret

rato

em

traç

os

Informativo da Província

Page 7: Informativo da provincia set e out

7Informativo da Província

O quadro, lindamente pintado por Belén del Pino, apresenta-nos a vocação missionária redentorista vivida em Cuenca (apresentada como cenário) e vivida de forma martirial. A ponte de San Pablo apresenta-se ao lado como um espaço de saída para a missão de anunciar o Evangelho e para o martírio que se abre à vocação dos seis redentoristas, a identificarem-se plenamente com o Redentor. A ponte identifica a missão e o martírio. Toda vocação missionária está chamada a ser vivida numa dimensão martirial.

O grupo dos seis mártires estão se movendo, em itinerância; caminham como comunidade de missionários que saem em missão. Uma vez mais nos fala da dimensão profética da comunidade apostólica redentorista, chamada a unir-se a Cristo Redentor e assinar com sua vida aquilo que anuncia em sua mensagem.

Cada um dos missionários-mártires leva nas mãos um elemento com os quais identificam a vocação missionária: o Ir. Victoriano leva em suas mãos a Palavra de Deus; o Pe. Pozo, a cruz missionária; o Pe. Goñi, o ícone do Perpétuo Socorro; e o Pe. Ciriaco Olarte, o rosário. Quatro elementos que identificam a vocação missionária. O Pe. Pedro Romero tem as mãos em atitude de recolhimento e oração, que recorda a necessidade da oração para se viver como missionário. Por último, o grupo é precedido pelo Pe. José Javier Gorosterratzu, que leva a palma do martírio. O horizonte martirial é o horizonte próprio do missionário, que anuncia o Evangelho de Cristo em meio a qualquer circunstância.

Finalmente, cada um dos mártires leva o elemento que sintetiza algo importante de sua vida. O Pe. Gorosterratzu leva a palma, por ser o chefe do grupo; o Ir. Victoriano leva o livro, por ser um missionário que pregou pela escrita, traduzindo a Palavra de Deus para os escritos espirituais que compôs para a senhora que dirigia; o Pe. Julián Pozo leva a cruz, pois sua vida foi um configurar-se com Cristo na cruz da enfermidade. O Pe. Miguel Goñi leva o ícone do Perpétuo Socorro, que procura salvar como a melhor joia da comunidade, por sua devoção mariana; o Pe. Ciriaco Olarte está passando

Pe. Antonio Quesada, C.Ss.R.Província de Madri

Espanha

as contas do rosário, recordando-nos que, quando foram detidos, acabavam de celebrar a eucaristia e rezavam o santo rosário. Finalmente, o Pe. Pedro Romero está em atitude de silêncio, oração e recolhimento, atitude na qual viveu os últimos anos de sua vida, enquanto seus olhos contemplam seus companheiros, pois ele viveu mais dois anos que eles, e coube a ele dar sentido a sua vida após o acontecido a seus irmãos de comunidade.

A atitude dos seis é seguir caminhando; há muito por fazer. A Congregação do Santíssimo Redentor tem de continuar anunciando Cristo, por palavras e obras, em meio a todas as circunstâncias. Esses seis redentoristas convidam você a juntar-se a nós, consagrando-se na Congregação como religioso ou incorporando-se à obra redentorista como leigo a compartilhar nossa espiritualidade e missão.

Sant

íssim

o Re

dent

or

Page 8: Informativo da provincia set e out

8 Informativo da Província

Texto do site:www.ordensgemeinschaften.at

Encerramento do Anode São Clemente em Viena - Áustria

Mais de 600 participantes estavam presentes na conclusão do Ano Clementino. Entre eles, cerca de 100 eram convidados de honra do interior da Áustria e do exterior. Além do Superior-Geral dos Redentoristas, aceitaram o convite os representantes de muitas províncias e regiões europeias, incluindo os provinciais de Lemberg, Varsóvia, Bratislava, Praga, Munique e Países Baixos.

Na ocasião da visita do Superior-Geral dos Redentoristas, padre Michael Brehl, foi celebrada a conclusão do Ano Clementino na igreja de Santa Maria, em Viena-Hernals, no dia 15 de junho de 2014. Numerosos superiores provinciais participaram da festa. Padre Brehl, durante o sermão que fez em inglês, destacou três dimensões da vida do Patrono de Viena.

São Clemente M. Hofbauer é um santo muito humano e tem o grande dom da amizade. Um homem de oração que pode nos ensinar a rezar hoje em dia. Além disso, é um santo moderno, porque demonstrou como é possível tornar cristã a vida cotidiana.

“Ele não pediu a ninguém para fazer algo que ele próprio não tenha feito.” São Clemente dá testemunho de uma espiritualidade “terrena” e cotidiana.

Pe. Brehl também se dirigiu às numerosas crianças presentes: “Clemente intuiu que o sacrário está em nós mesmos, que carregamos Jesus em nós e o encontramos. Em qualquer lugar onde Clemente foi, ele falou de Jesus como um amigo”.

Pe. Brehl destacou também seu jeito sempre alegre:

• Clemente chegava ao coração do povo porque falava de um modo que todos podiam

Em uma entrevista concedida ao Boletim Informativo Klemensblattern, o Superior-Geral destacou: “‘O Instituto deve colocar os pobres no centro de todos os seus esforços’. Quando o

SIMPLES E EXEMPLAR CAMINHAR PARA AS PERIFERIAS

entender. Usava uma linguagem simples e dava, antes de tudo, o exemplo pessoal.

• Além disso, em uma época de nacionalismo, todas as fundações iniciadas por ele tinham um ar internacional, de modo que podiam desenvolver-se e produzir efeitos benéficos.

• Clemente, em um tempo de clericalismo dos fiéis, explicou o papel importante de todos os batizados no serviço do culto e da pregação. Todos deviam pregar o Evangelho com o serviço do culto. E o Evangelho deve ser “rearticulado” em cada geração.

• Em síntese, o Superior-Geral, vindo de Roma, convidou os fiéis para conhecer mais São Clemente: sua mensagem “diz respeito à pessoa integral e convida a viver, concretamente, a amizade. Deus age em nossa vida...”.

Debaixo de uma tenda armada para a festa, o Superior-Geral chamou a atenção para alguns pontos luminosos da Congregação que está presente em todo o mundo: “Na Ásia, estamos crescendo rapidamente e precisamos providenciar estruturas adequadas. Igualmente ocorre na África, onde encontramos diretamente a pobreza. Em todo o mundo, estamos animados por um sentido positivo, isto é, que homens e mulheres batizados vivam e testemunhem as próprias vocações e responsabilidades. Colaboradores e colaboradoras são uma bênção para nossa comunidade missionária”.

Page 9: Informativo da provincia set e out

9Informativo da Província 9Informativo da Província

Texto do site:www.ordensgemeinschaft en.at

São

Cle

men

te

Papa Francisco pediu que fôssemos para as periferias, para os abandonados e os pobres, apareceu bem claro como ‘chegar ao coração da vocação do Missionário Redentorista’”.

“Os Redentoristas devem estar do lado dos pobres; devemos caminhar na direção das periferias. Isto vale para quem se encontra tanto na cidade de Viena, como no interior da Áustria; e isto vale também tanto para a cidade de Nova York, como para a região amazônica.”

Pe. M

icha

el B

rehl

Igre

ja Á

ustr

ia

Povo

em

fest

a

Page 10: Informativo da provincia set e out

10 Informativo da Província

3. Perfis e Experiências

Ir. Clemente conta suaHistória de Vida e Vocação

Minha vocação praticamente começou em 1948. Meu pároco faleceu em 1947 e eu era coroinha em sua paróquia. Em dezembro daquele mesmo ano, Dom Hervécio Gomes de Oliveira, arcebispo de Mariana, enviou para Barão de Cocais, Paróquia São João Batista, o então recém-ordenado Pe. Epifânio Solano Rocha, uma bondade de pessoa.

Um belo dia ele me fez esta pergunta: Por que você não fi ca religioso como irmão leigo? Sem saber direito o que era, eu aceitei de imediato, mas não foi possível ir logo para o seminário, pois minha mãe não permitiu. Mais tarde eu compreendi a razão, pois um ano antes eu perdi uma irmã com apenas 17 anos e logo depois o meu irmão mais velho mudou-se para Belo Horizonte.

Um dia, por acaso, caiu em minhas mãos o livro “Imitação de Cristo”. Eu abri esse

Tempos mais tarde caiu em minhas mãos um exemplar do “Almanaque de Nossa Senhora Aparecida – Ecos Marianos”, e lá encontrei uma propaganda do Geraldinato. Escrevi para o diretor que, na época, era o Pe. Geraldo Bonotti. Fui aceito e com isso aqui estou. Graças a Deus!

Fiz o noviciado em Tietê, tendo como mestre de noviços o Pe. Vicente Andrade, que foi muito amigo e companheiro de todos nós. Em 1977, fi z o Segundo Noviciado em

COMO COMEçOU SUA VOCAçãO

SER REDENTORISTA

livro na página 118, no capítulo XXV, e, lendo, redescobri a minha vocação. Isso lá pelo ano de 1963. Comecei a me interessar mais e a me dedicar mais à eucaristia diária e à oração cotidiana do rosário.

Page 11: Informativo da provincia set e out

11Informativo da Província

Ir. C

lem

ente

Sempre procurei viver bem com meus confrades e com as pessoas com quem eu convivi, especialmente os romeiros em Aparecida, ou com o povo das igrejas onde trabalhei. Por isso, trago recordação de muitos confrades com os quais convivi. Não posso me esquecer do Pe. Geraldo Bonotti, que sempre confiou em mim. Tenho muita recordação do Pe. Siqueira, que muito me ajudou com seus conselhos em momentos difíceis.

A muitos devo um reconhecimento de gratidão, como ao Ir. Estanislau e Ir. Osvaldo. O Ir. Santana foi muito marcante para mim, pois nos momentos mais difíceis esteve presente; foi ele quem me acompanhou até Barão de Cocais-MG, por ocasião da morte de meu pai e de meus dois irmãos; também o Pe. Vinícius e a comunidade me deram muito apoio naquela hora.

Desde janeiro de 2006 estou morando e trabalhando em São João da Boa Vista. Depois de quase 50 anos de vida consagrada, dou graças a Deus e a Nossa Senhora por tudo. Sou muito feliz e espero chegar aos meus 50 anos de vida religiosa.

Estou com quase 81 anos e faço aniversário no dia 29 de setembro, dia dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael. Depois de minha profissão religiosa, fui para o Geraldinato, no Potim, como alfaiate, e lá fiquei até janeiro de 1975. Depois disso fui trabalhar no Santuário Nacional como sacristão e lá fiquei até 1988. Nesse tempo também era o carteiro e ajudava o tesoureiro. Em janeiro de 1988 fui transferido para Araraquara e lá trabalhei como sacristão, nos serviços gerais e na fabricação de velas votivas, além de continuar como alfaiate. Toda terça-feira eu fazia mais ou menos umas 2.800 velas votivas para as Novenas Perpétuas de quarta-feira.

Em janeiro de 1997 voltei para o Santuário de Aparecida, onde permaneci até 2006. Nesses anos de santuário trabalhei como alfaiate, ajudante na tesouraria, hospedeiro e fazia os serviços de correio.

VIDA RELIgIOSA E ANDANçAS

MARCAS qUE NãO PASSAM

SãO JOãO DA BOA VISTA

preparação para os votos perpétuos, sendo acompanhado pelos padres Gervásio, Cabral e Leardini. Emiti meus votos perpétuos em São João da Boa Vista, no dia 2 de agosto de 1977.

Irmão Clemente (Waldemar Úrsula de Jesus)São João da Boa Vista

É bom dizer que antes de entrar para o seminário já havia aprendido o ofício de alfaiate, em 1955, e fui também metalúrgico.

No Potim, quando lá cheguei, a comunidade era formada pelo Pe. Geraldo Bonotti, diretor; Pe. Alonso, Irmãos Argemiro, Waldemar e Rafael.

Page 12: Informativo da provincia set e out

12 Informativo da Província

Pela profissão religiosa somos genuinamente missionários. Há quase 288 anos os Missionários Redentoristas caminham e fundam sua vida sobre duas colunas: A vida consagrada religiosa do irmão e a vida consagrada religiosa sacerdotal. Todos, com o mesmo ideal, seguindo os passos do Pai fundador Santo Afonso Maria Ligório.

Seguindo seus passos, muitos vieram e ficaram, outros vieram, viram e até ficaram por algum tempo, e tomaram outros rumos. Desde o início foi assim: do primeiro grupo, só Afonso perseverou. Mas o Espírito sopra onde quer, soprando no que seria a segunda viga mestra da Congregação, o irmão Vito Curzio. Desde então outros vieram para se consagrar na Vida

O Irmão MissionárioRedentorista

Irm

ãos d

a Pr

ovín

cia

- 201

2

“Por essa profissão, todos os Redentoristas são verdadeiramente missionários, quer se dediquem às várias funções do ministério apostólico...”

(Das const. Cap. III A Comunidade Apostólica Dedicada a Cristo Redentor, Art. 4º – Todos Missionários)

Religiosa como irmão. O mais conhecido e amado é São Geraldo Majela, que marcou seu tempo e marca até hoje com sua vida, seu testemunho e doação.

Nessa caminhada missionária, os irmãos vêm marcando sua presença na Congregação. Caminhada não muito fácil, mas com seu testemunho, sua simplicidade e seu jeito de ser, cumprem sua missão de também evangelizar.

“Só é possível compreender a vocação do Irmão hoje, se compreendermos a verdadeira vocação e missão de todo redentorista. O Irmão não tem uma vocação, nem uma missão diferente da vocação e missão dos demais redentoristas...” (Reflexão do IX Congresso dos Irmãos da América Latina e do Caribe, Atyrá-Paraguai, novembro de 2013).

Page 13: Informativo da provincia set e out

13Informativo da Província

Encontro - Irmãos

Hoje, os irmãos vivem uma nova história e são chamados a “Avançar para águas mais profundas” (Lc 5,4). Somos chamados a nos lançarmos de frente aos desafios, preparando-nos com todo o corpo missionário, sendo comprometidos com a Ação Evangelizadora da Igreja e com as ações próprias da Congregação. O Irmão Missionário Redentorista hoje é chamado a assumir um novo perfil diante desse novo tempo em que vivemos. Novo tempo no âmbito de sociedade, novo tempo no espaço familiar, novo tempo na evangelização.

O irmão não deve acomodar-se com a carga da história que no passado foi colocada sobre os ombros, mas, sim, ser sóbrio e consciente de seu papel e de sua missão: de ser um comunicador, capaz de se abrir ao diálogo e de interagir aonde quer que seja enviado, ser capaz de alargar seu horizonte e de ser um missionário além-fronteira, dentro desse novo dinamismo missionário.

Os Irmãos reunidos em Atyrá, no Paraguai, para seu IX Congresso Latino-Americano e Caribenho destacaram pontos de um novo perfil que desejamos buscar:

Um Homem “... consciente de sua consagração, comprometido com o corpo missionário, vibrante, livre...”.

Uma Pessoa “... aberta e preparada para ensinar e aprender; disponível...”.

Um Religioso “... acolhedor, envolvido com os ministérios, preparado na área técnica e profissional, homem de fé e de profunda experiência de Deus...”.

Um Consagrado “... capaz de silenciar- -se para discernir, escutar Deus e responder com fidelidade e audácia, relacionar-se com serenidade diante do diferente...”.

Um Amimador “... vocacional por palavras e testemunho de vida dentro e fora de casa...”.

Para alcançar esse novo perfil, devemos sempre contar com a ação e com a graça daquele que sempre nos impulsiona, o Espírito Santo.

Assim sendo: “inspirados e fortalecidos pelo Espírito Santo, empenham-se os redentoristas para chegar à total doação de si, para serem eles mesmos, por Cristo, como que uma resposta ao Senhor que ‘os amou primeiro’ (1Jo 4,10). Essa resposta, expressam-na pela profissão dos votos de castidade, pobreza e obediência” (Constituição C.Ss.R., capítulo III, art. 5º, n. 56 – A profissão, resposta de amor).

“Se quisermos seguir Cristo de perto, não podemos procurar uma vida cômoda e tranquila. Será uma vida empenhada, mas cheia de alegria” (Papa Francisco – Jornada Mundial da Juventude, Rio de Janeiro, 2013).

E nesta vida empenhada e com olhar no horizonte, o trabalho do Irmão Redentorista se junta àqueles pescadores que, atendendo ao pedido do mestre, lançaram as redes para a pesca. Conjugamos, pois, dois verbos: atender e lançar, juntamente com um pedido “Não tenhais medo”!

Não tenhais medo: do novo caminho que queremos percorrer, com os desafios que nesta estrada por ventura aparecer. E lembremos que desafios foram feitos para ser desafiados e só se conquista algo quando se deixa em primeiro lugar ser conquistado.

Pregar o Evangelho de modo novo, esperança renovada, corações renovados, estruturas renovadas para a missão. Para isso acontecer, o nosso testemunho será a garantia para o bom êxito da missão. O SER IRMãO na Congregação do Santíssimo Redentor é responder o chamado do Cristo que um dia nos chamou pelo próprio nome. E a resposta: AqUI ESTOU, ENVIA-ME!

Ir. Joaquim Acássio Barbosa, C.Ss.R.Comunidade São Geraldo

Sorocaba, SP

Page 14: Informativo da provincia set e out

14 Informativo da Província

INTRODUçãO

4. Ações Pastorais

Pastoral da AdministraçãoÉ Possível?

A questão fundamental a ser levantada para nossa reflexão, diante dos números e relatórios que vamos apresentar, é esta: ir além dos números e perceber o “espírito”, a vida, o dinamismo que esses mesmos números e relatórios podem revelar para nós? Para ir além do “financeiro” e “contábil”, é preciso ver a dimensão econômica do modo como administramos a nossa “casa”, as nossas “coisas”, a nossa Província, que faz parte da C.Ss.R., presente no mundo todo, à luz do testemunho eclesial de opção pelos mais desfavorecidos e necessitados.

É preciso ver que a natureza da nossa instituição comporta duas dimensões: a religiosa e a civil. Enquanto entidade religiosa, a C.Ss.R. tem suas Constituições e

Estatutos Gerais, e a Província SP-2300 tem os Estatutos Provinciais e uma longa tradição. De sua história, recebemos uma herança de reconhecimento institucional perante a Igreja. Enquanto sociedade civil, temos obrigações com o Estado brasileiro e contamos com seus Estatutos Civis. O reconhecimento pelo Estado impõe uma organização legal que nos dá direitos e nos impõe deveres.

Além disso, é preciso ter presente e recordar que estamos localizados num contexto social que nos condiciona no tempo e no espaço. Estamos numa das regiões mais desenvolvidas do país, com sua riqueza e sua pobreza contrastante. Somos, pois, desafiados a nos encarnar numa realidade e cultura ambíguas.

14 Informativo da Província

Page 15: Informativo da provincia set e out

15Informativo da Província

CONSIDERAR A NOSSA REALIDADE – VER

Do ponto de vista da finalidade da nossa vida, o econômico tem a ver com a realização da nossa vida missionária, que para isso deve oferecer aos confrades condições de realizá-la. Por isso, nosso olhar deve considerar de modo crítico e analítico nosso estilo de vida, os compromissos assumidos e o testemunho que nossas comunidades, em situações plurais, dão em seu contexto eclesial concreto. Os nossos estatutos falam da lei do trabalho, da caixa em comum etc.

Quanto às atividades meio, podem ser elencadas a prestação de serviço, a atividade industrial e comercial. Temos lojas comerciais, imóveis de aluguel, serviço gráfico. Contratamos colaboradores e profissionais para as nossas “organizações empresariais” e comunidades: atividades meio.

Com respeito às atividades fim, desenvolvemos projetos sociais e, principalmente, as nossas atividades missionárias e pastorais. Ora, sem as atividades meio, não poderíamos desenvolver atividades fim a contento. Além disso, é preciso ter presente que a casa onde moramos deve ser conservada, melhorada, o que envolve em certos casos muito investimento. Os veículos que estão à nossa disposição, bem como as máquinas e equipamentos que possuímos e que julgamos necessários, estão em vista da nossa finalidade.

Por sua vez, nossa Instituição, uma vez reconhecida pelo Estado como filantrópica, sem fins lucrativos, tem de atuar em coerência com

sua finalidade. Por isso, nossa prestação de contas é fiscalizada e auditada. Nesse ponto, é preciso ter presente que à medida que o tempo passa, a Receita Federal torna-se cada vez mais refinada e exigente em relação a seu controle das instituições.

Como entidade filantrópica, ao mesmo tempo em que temos de administrar nossas atividades meio com as mesmas exigências empresariais, “leis de mercado” etc., somos constantemente advertidos e chamados a administrar como atividades fim, que não visam lucro. Pois, estamos situados no denominado 3º Setor das entidades filantrópicas.

Ao sermos denominados como entidade “sem fins lucrativos”, significa que não podemos administrar sem a devida prudência, nem podemos colocar em risco os nossos recursos. Basta recordar que não podemos simplesmente aplicar recursos financeiros em denominadas operações de risco.

Eis alguns cuidados que devemos ter:

Neste momento, queremos oferecer alguns elementos para que os dados nos possam ajudar a ver com uma maior clareza o que significam para o nosso ideal religioso e para o chamado de nossa missão. Vemos também como é importante oferecer elementos que possam ajudar, a partir do nosso ponto de vista, a julgar as opções econômicas e administrativas feitas. Nesse sentido, que os confrades possam ter conhecimento do nosso agir para que possam sugerir correções de rota. Sem dúvida, entre acertos e erros, oferecemos uma visão da política econômica, assim tanto os capitulares como demais membros interessados podem nos ajudar nesse processo administrativo que engloba a nossa vida religiosa, a finalidade da nossa Instituição como um todo.

Page 16: Informativo da provincia set e out

16 Informativo da Província

Administrar com responsabilidade indica zelar pelo patrimônio. Portanto, revitalizar, conservar, reformar, restaurar quando o bem exige.

Administrar com a perspectiva do desenvolvimento e do progresso, considerando nosso contexto que suporta e exige crescimento, principalmente porque há demanda, há carentes. Os indicadores sociais apontam a realidade de pobreza e de vulnerabilidades sociais muito fortes onde atuamos.

Crescer é preciso, pois a exigência de aprimorar a capacidade de atender a essas realidades de pobreza passa por critérios estabelecidos pelo Governo. E temos de concordar que há muito a ser feito, pastoral e socialmente.

Por isso nosso empenho em crescer requer planejamento para que nosso crescimento seja sustentável. Estabelecer metas para saber aonde queremos chegar e como poderemos lá chegar. Além disso, a dimensão das nossas ações (comerciais, assistenciais, prestação de serviço) se abre para a Evangelização de acordo com a sensibilidade eclesial, sempre um desafio a ser aclarado.

TER UM OLHAR MISSIONáRIO – JULgAR

Administrar com o olhar voltado para a Missão (visão religiosa) significa disponibilizar os meios que melhor nos ajudem como instrumentos em nossa Missão. Isso significa aperfeiçoar nossas estruturas, visando a formação integral dos que pretendem unir-se a nós; nossas comunidades, para que todos os confrades tenham um ambiente sadio e saudável; os Meios de Comunicação Social que ampliam o alcance de nossa evangelização. Contudo, nada justificaria criar conforto se não tivermos em vista a causa de nossa Missão. Es

critó

rio P

rovi

ncia

l

Page 17: Informativo da provincia set e out

17Informativo da Província

Entendemos que todo o conjunto administrativo deve continuar a ter como vetor determinante o nosso carisma redentorista: “Evangelizar os mais pobres e abandonados”.

Diante do apelo constante de nossa cultura de consumo, o estilo de vida em nossas comunidades tem, necessariamente, de apresentar-se coerente diante da realidade a ser missionada: simplicidade e frugalidade. Referir-se ao estilo de vida remete-nos ao padrão de vida. Este tem de ser coerente com a finalidade de nossa instituição, com nossa vocação, de forma que não se duvide do compromisso com os mais desassistidos social e espiritualmente.

O local de nossas comunidades e o lugar de nossas casas devem constituir uma preocupação constante. Se é verdade que não podemos abrir mão de ter patrimônio, por outro lado temos casas cujo espaço poderia ser mais bem socializado. O local onde moramos e o modo como utilizamos nossas casas são indicativos de como encaramos a vocação da nossa Instituição e a categoria dos nossos parceiros, os mais pobres.

Olhar a administração a partir da opção evangélica que fizemos será sempre uma preocupação. O critério pastoral nos impõe zelar por nossas “coisas” como instrumentais para o serviço que prestamos ao povo de Deus. O mais importante é ter presente que somos chamados a zelar pelas “pessoas” que estão conosco, caminham conosco. O processo de envelhecimento dos confrades requer atenção à qualidade de vida e bem-estar aos que dedicaram a sua vida para cumprir seu compromisso com a missão da Congregação em nossa Província.

Por outro lado, a situação financeira da Província é provocada pelo critério de solidariedade; contudo, ser solidário

Governo Provincial

Page 18: Informativo da provincia set e out

18 Informativo da Província

CONCRETIzAR OS NOSSOS OBJETIVOS – AgIR

Nossas ações administrativas e econômicas, em todos os níveis: provincial, comunitário e pessoal, têm de enfrentar o desafio de estarem voltadas para a nossa finalidade principal: o nosso foco missionário. Zelar por nossos bens à luz evangélica de ser fiel nas pequenas coisas, isto é, saber administrar as coisas que estão ao nosso uso, como saber conservar, reformar, construir segundo as reais necessidades da vida comunitária.

Revitalizar o patrimônio, aparelhar e atualizar as estruturas são uma exigência e sobre eles pesa uma “hipoteca social”, não só pelo voto de pobreza, mas também pelo título civil de entidade filantrópica sem fins lucrativos.

Na atualidade, mais da metade da receita da Província vem do trabalho dos confrades no Santuário Nacional e por força contratual; contudo saber diversificar e multiplicar as fontes de renda da Província torna-se uma medida prudencial a médio e longo prazo.

O resgatar de bens que no passado foram adquiridos como investimentos para a nossa entidade passa pela documentação dos títulos de posse, como também de como possam tornar fonte para novos e diversificados investimentos.

Sob o aspecto administrativo, o utilizar novos recursos para uma organização eficaz da contabilidade não só é uma atividade que se impõe pela transformação tecnológica que vivemos, como se impõe como responsabilidade para maior eficiência na missão apostólica que temos como carisma.

Despertar entre nós o senso da corresponsabilidade diante de

com as Unidades mais pobres não pode ser apenas a partir da “nossa riqueza”, mas do nosso espírito de despojamento do que pode ser supérfluo. Portanto, a solidariedade não é apenas um aspecto administrativo, mas de doação pessoal e comunitária.

Page 19: Informativo da provincia set e out

19Informativo da Província

Pe. Elias Guimarães, C.Ss.R.Ecônomo Provincial

CONCLUSãO

Nossos relatórios são animadores, exatamente porque foi possível um trabalho de equipe, um trabalho comunitário. Poderemos constatar os resultados de muitas ações da denominada Província de São Paulo. Não é bom que olhemos apenas com os olhos do sucesso. Olhemos com o olhar voltado para a realidade: O resultado positivo é fruto do empenho de muitos confrades, tanto das gerações que nos precederam, quanto da atual geração que procura assumir e levar avante uma herança de construção e empreendedorismo, mas por uma única razão: a MISSÃO.

nossos bens é uma tarefa formativa, tanto na fase inicial como na continuada, para romper com os perigosos mecanismos de paternalismo da primeira, como do aburguesamento da segunda.

Estruturar a administração de maneira simples, para que seja alcançada uma transparência dos negócios provinciais e das comunidades, é uma exigência dos tempos que vivemos, que requer participação e envolvimento dos membros desde seus gastos pessoais, passando pelos da comunidade até os da província.

Profissionalizar os diversos níveis administrativos (da comunidade e da província) não é uma necessidade de modernização e atualização, mas de exigência do caráter civil da nossa entidade. Nos dias de hoje essa atualização é constante e implica muitos recursos humanos e monetários.

Torna-se cada vez mais evidente que não podemos caminhar sozinhos. Temos de contar com assessorias que nos iluminam e nos ajudam a aprimorar nossos métodos administrativos.

Agir com espírito de “pobreza”, desprendimento, mas com coragem e ousadia, para que no futuro a sustentabilidade dos projetos apostólicos e sociais seja cada vez mais fortalecida.

Administrar de modo colegiado é uma exigência forte atualmente, não só para não correr o risco de “só um errar”, mas para que sempre um maior número de confrades se sinta corresponsável pelos encaminhamentos acertados. Aperfeiçoar as modalidades de participação comunitária e provincial é uma exigência atual.

Page 20: Informativo da provincia set e out

20 Informativo da Província

IgREJAS NãO PAROqUIAIS E PARóqUIAS

Talvez seja o setor mais privilegiado em termos de pessoas, uma vez que diversas paróquias estão ligadas às casas de formação e outras às casas missionárias; com isso é o setor que conta com mais pessoas jovens. Hoje são duas igrejas não paroquiais (Tietê e Araraquara) e 10 paróquias entregues aos nossos cuidados (Jardim Paulistano, Aparecida, Diadema, Nossa Senhora da Esperança – Sapopemba, Cidade Tiradentes, Miracatu, Sorocaba, Santa Bárbara, Campinas e São João da Boa Vista). Podemos incluir aqui a área pastoral de Heliópolis – São Paulo, atendida por nossos junioristas, ainda que não esteja diretamente sob nossa responsabilidade.

Hoje, faz-se um questionamento sobre o ter ou não tantas paróquias como temos. Confrades afirmam que não cabe a nós termos paróquias devido ao nosso carisma, mas é necessário pensar que nelas há de se predominar a realidade de uma Igreja Missionária como é proposta na Igreja da América Latina. Para isso é preciso conhecer a fundo a realidade sociorreligiosa de cada paróquia onde atuamos, adaptando a cada realidade a nossa ação pastoral.

O que é preciso ter em comum são aqueles elementos próprios do nosso Ser Redentorista, como a nossa espiritualidade.

Páro

cos e

Gov

erno

Pro

vinc

ial -

201

4

Buscar uma ação mais planejada e ousada a curto, médio e longo prazo, para que nossas paróquias não acabem tornando-se simplesmente paróquias de “manutenção”.

Por ocasião das transferências, não pode haver uma descontinuidade naquilo que se faz, senão será sempre um recomeçar.

Outra prioridade deve ser a renovação do diretório das igrejas e paróquias.

DESAFIOS

Um Olhar Elucidativosobre nossas Frentes Pastorais

INTRODUçãO

Temos como ponto de partida esta síntese, que é apenas como um instrumento de trabalho. Ela foi elaborada a partir de um relatório preparado pelo Secretariado de Pastoral do triênio 2003/2005 e pelo atual Secretariado de Pastoral em sua reunião do mês de agosto de 2013. Incluímos aqui também alguns dos depoimentos feitos na última reunião dos párocos no dia 30 de janeiro próximo passado.

Page 21: Informativo da provincia set e out

21Informativo da Província

É preciso buscar a integração com outras frentes pastorais, sobretudo entre as paróquias de periferia, como houve no passado.

Abrir mais espaço para a atuação dos leigos, constituindo um programa de formação, fugindo assim dos riscos do “clericalismo” exagerado; ainda é preciso redefinir melhor a contribuição dos estudantes junioristas na ação pastoral.

Por que em nossas paróquias a sistemática de setorização e trabalho missionário com lideranças das Santas Missões não é levada adiante?

SANTAS MISSõES POPULARESA equipe está composta hoje por 18 confrades,

sofrendo com a limitação numérica e com sua qualidade. Diversos desafios sentidos nas outras frentes pastorais repetem-se também nas Santas Missões. Nestes últimos tempos a equipe vem buscando renovar a metodologia das Santas Missões, e, nesta nova sistemática, visando enfrentar os múltiplos desafios da Pós-Modernidade, destacam--se:

• Busca por encontrar um novo caminho diante da sociedade nova na qual estamos inseridos, onde não mais predomina a realidade do mundo rural.

Miss

ões -

Com

unid

ade

São

Car

los,

Alfe

nas-

MG

And

orzi

nhos

- A

lfena

s-M

G

DESAFIOS

• Não se pode mais ter um método único e pronto, mas conhecer cada realidade e nela adaptar o nosso método missionário. Para isso é necessário uma abertura dos missionários para o esforço continuado de renovação.

• Importância das fases iniciais da missão (Missão da Visitação e nas Famílias) como fundamentais pelo investimento que se faz na capacitação dos leigos e estruturação das comunidades. Para isso, busca-se liberar

Page 22: Informativo da provincia set e out

22 Informativo da Província

Retomar o conceito de Missão, trabalhando-o conforme as diversas solicitações.

Contar com a colaboração de outros confrades, com suas respectivas especialidades teológicas, na missão, especialmente na área de capacitação dos missionários e dos leigos.

Promover encontros entre os párocos que em suas paróquias acolheram a missão, a fim de favorecer a partilha e o estudo. Essa proposta corresponde ao desejo afonsiano de contribuir com a formação do clero.

Realizar um trabalho ainda mais intenso na área de comunicação missionária, talvez a mais desafiadora nos dias de hoje.

Internamente: Romper com um preconceito ainda existente de que missão é um trabalho de “segunda categoria”.

Não cair no “profissionalismo”, seja nas missões, seja em outras áreas pastorais.

DESAFIOS

o coordenador da missão a fim de melhor acompanhar essas fases tão importantes.

• Também a 4ª fase (Pós-Missão) é de muita importância, pois todo o movimento missionário desemboca na participação na comunidade.

Destacamos como importante a integração com o Santuário Nacional, o trabalho missionário realizado por nossos estudantes junioristas e a integração, seja com nossas áreas pastorais, bem como outras unidades redentoristas. Alegra-nos o fato de os pedidos de missão não pararem de chegar e a confiança que os párocos colocam em nós.

Alta

r Cen

tral

- Sa

ntuá

rio N

acio

nal

Cria

nças

com

N. S

ra. A

pare

cida

Mon

umen

to -

N. S

ra d

e Fá

tima Passarela da Fé

Page 23: Informativo da provincia set e out

23Informativo da Província

SANTUáRIO NACIONAL

A equipe que atende o Santuário Nacional é composta hoje por 31 pessoas, mas nem todas estão envolvidas diretamente na pastoral; sente-se a necessidade de mais pessoas, sobretudo, aquelas com maior especialização em comunicação.

A pastoral do Santuário é marcada profundamente pela acolhida, buscando animar esperançados peregrinos numa vida de comunidade cada vez mais integrada e harmoniosa.

O Santuário tem sua força, principalmente, na pastoral sacramental da eucaristia e penitência e no cultivo da devoção mariana. A cada dia que passa, o Santuário torna-se uma vitrine que nos projeta no cenário nacional, necessitando de uma pastoral orgânica, de acordo com as diretrizes da Igreja do Brasil e da Santa Sé. Outra dimensão que merece ser destacada é a realização de um número grande de acontecimentos e eventos de Igreja, especialmente após a transferência das Assembleias da CNBB.

Com o crescimento continuado do número de peregrinos, cresce a importância do acolhimento e do atendimento pessoal. Há de se repensar o atendimento das pessoas, por isso o Santuário não é mais “lugar de padre velho”, como antes se dizia. É preciso também redimensionar a solicitação de contribuição à Campanha dos Devotos em alguns momentos celebrativos, não desmerecendo a pastoral, além do fato de cansar as pessoas.

Dar realce aos coordenadores de romaria, afinal eles são as grandes lideranças que movimentam as pessoas até o Santuário.

Reorganizar e reativar a Pastoral Vocacional, reorganizando o espaço vocacional; repensar o trabalho com a juventude e o oferecimento de opções diferenciadas de formação.

Repensar a questão dos horários de atendimento das pessoas, especialmente nas confissões.

Pensar na colocação de atendimento individual das pessoas também na Basílica Velha, e no Santuário pensar até mesmo a implantação de um sistema de “atendimento psicológico”.

Estudar mais a fundo a questão da integração entre Santuário Nacional e Basílica Velha, mudando a matriz da paróquia de Aparecida e repensando nossa presença à frente da paróquia.

DESAFIOS

Page 24: Informativo da provincia set e out

24 Informativo da Província

É o setor mais novo da Província sobre o qual ainda não temos elementos que nos permitam uma análise mais acentuada do ponto de vista pastoral. No momento são dois confrades envolvidos nessa pastoral.

O mais importante é entender o conceito novo de promoção humana, ligando-a à missão. As obras sociais que temos colocam-se mais no horizonte da promoção. A província possui sete CAS (Aparecida, Potim, Cidade Tiradentes, São João da Boa Vista, Miracatu, Sacramento e Campinas) e três parceiras.

Cresce a necessidade de aumentar a divulgação interna, para que haja a mudança de mentalidade e que cada CAS torne-se um centro de promoção da pessoa, independentemente de sua condição social ou religiosa.

Ensino e pesquisa de Teologia (Moral), investindo em pessoas e recursos, sobretudo no ITESP, conduzindo a formação dos estudantes da Província de São Paulo e da Vice-Província de Recife.

Formação e Promoção Vocacional com seu viés pastoral, investindo em um grupo substancial de confrades e de recursos nessas atividades.

Colaboração com os organismos da Cúria geral, mantendo, além disso, uma Estação Missionária Ad Gentes no Suriname. A Província sempre colabora com a Congregação no sentido da solidariedade em áreas de missão ou de urgência missionária.

OBRAS SOCIAIS:

OUTROS

Necessidade de mudança de mentalidade, pois da parte de um razoável número de confrades não há consciência das obras sociais como uma frente de pastoral. Ou fica aquela impressão antiga da “assistência social e filantrópica” ou a dimensão meramente de cumprir um dever que nos foi imposto por lei.

DESAFIOS

COMUNICAçõES

A equipe é composta por 12 pessoas (quatro na RA/TV, quatro no Portal A12.com e outras quatro na área editorial), sendo também um pessoal bastante jovem. O campo da comunicação foi um dos que mais cresceu nos últimos tempos na província, envolvendo bem mais pessoas que antes, dando- -nos hoje uma possibilidade muito maior em termos de evangelização.

A gestão dos nossos meios deve ser feita cada vez mais de forma profissional, enfrentando a situação dos tempos modernos e assumindo as necessidades que vão aparecendo diante da novidade que este setor representa.

Em relação à rádio e TV, sente-se a necessidade de apostar na formação de novas pessoas, recompondo a equipe da RA/TV. Na área editorial também há uma carência de pessoas, surgindo agora um campo novo com a Editora Ideias & Letras, com o crescimento do número de livrarias. Há também a questão da RB2, que precisará ser mais bem definida no futuro.

Ressente-se, porém, uma forte dificuldade de abertura em relação à TV Aparecida na veiculação de conteúdo redentorista.

Em relação à Editora, surge a necessidade de criar o Conselho Editorial para melhor gerenciar todas as áreas envolvidas.

Quanto à Editora, buscar um objetivo mais claro de editoração e de especificidade entre Santuário e Ideias & Letras. Para um futuro próximo estudar mais a fundo a “transferência do editorial para São Paulo”.

No campo da internet temos o portal, mas ressente-se uma maior definição da parceria entre seus membros. Para 2014 a urgência é produzir e postar conteúdo, fazendo crescer cada vez mais o número de acessos.

Dinamizar a comunicação institucional da província.

Diferenciar entre comunicação e meios, e com isso criar uma “Política de Comunicação”, que envolva todos os nossos meios.

DESAFIOS

Page 25: Informativo da provincia set e out

25Informativo da Província

Quando se fala em pesquisa de audiência de rádio, os institutos de pesquisas não se preocupam muito com a grande audiência das emissoras que fazem suas emissões em Ondas Curtas e acabam tendo um alcance nacional e, às vezes, até internacional. Em geral, as pessoas que ouvem ondas curtas são os chamados dexistas ou radioescutas.

A grosso modo, os radioescutas são os ouvintes comuns que ouvem rádio, mas estão a uma distância muito grande das emissões que chegam até os seus receptores. Nesse caso, podemos enquadrar os ouvintes de todo o Brasil e até do exterior, que por meio das ondas curtas ouvem a programação da Rádio Aparecida.

Já os dexistas, apesar de ouvirem as estações distantes, como os radioescutas, estão preocupados com sintonias mais difíceis, como, por exemplo, aqueles que estão na Ucrânia, Noruega ou Japão, e sintonizam a Rádio Aparecida ou

outra emissora qualquer. Para o dexista, quanto mais distante estiver

o transmissor e quanto menor for sua potência, mais valor terá sua captação.

A palavra dexismo vem da sigla D de distância e X de incógnita, pois nos primórdios do rádio sabia-

-se que seria possível captar algo que estava distante, mas esse algo, no caso,

a emissora, era desconhecido, uma incógnita. Levando em consideração a pequena quantidade de emissoras existentes no início da radiodifusão e que as emissões aconteciam durante poucas horas do dia, dá para imaginar como era difícil sintonizar uma estação de rádio.

Nossa História Recuperada 5.

O Dexismo naRádio Aparecida

Page 26: Informativo da provincia set e out

26 Informativo da Província

Pela Rádio AparecidaCassiano Alves Macedo e José Moura

Quando um dexista sintoniza uma emissora, ele envia um informe, que é uma descrição do que ele ouviu num determinado dia, horário e frequência. A Rádio Aparecida, por exemplo, tem um cartão QSL com a imagem do prédio da Rádio e TV Aparecida, o qual é enviado a todos os que os solicitam, mediante o envio de informe de recepção. Temos em nosso arquivo registros de audição da Rádio Aparecida em mais de 100 países.

Para abordar o tema das ondas curtas e o mundo do rádio, a Rádio Aparecida vem mantendo no ar, desde 1986, o programa Encontro DX. O primeiro programa foi ao ar no dia 1º de novembro de 1986 e foi apresentado por Raimundo Leonardo Bezerra, na companhia de Eriberto Carvalho, sendo Padre Ronoaldo Pelaquin, na época, compondo o quadro de direção da emissora, quem autorizou que o programa fosse apresentado.

É muito comum recebermos cartas ou e-mails de ouvintes dizendo que em determinadas épocas do ano, principalmente no inverno, não sintonizam a emissora ou a sintonizam com muita dificuldade. Se olharmos do ponto de vista do dexismo, isso é algo até normal nas ondas curtas. A propagação das ondas de rádio em certas épocas do ano apresenta problemas e a chegada do sinal em certas regiões fica muito difícil, atrapalhando a sintonia.

Por outro lado, a emissora chega com facilidade a locais que muitas vezes não podemos nem imaginar, motivo pelo qual dizemos que a propagação não é um problema, mas um fenômeno que traz surpresas. Essa é uma faceta de certa forma “mágica” da propagação das ondas de rádio.

O TROFéU DO RADIOESCUTA

O ENCONTRO DX

ONDAS CURTAS – qUESTãO TéCNICA

Em 1990, Cassiano Alves Macedo, que participava do Clube Globo DX, assumiu a organização do programa e a partir do ano de 1999 passou a contar com a companhia do José Moura, um famoso radioescuta conhecido como Mr. VOA, por ser um profundo conhecedor das transmissões da emissora americana Voz da América.

Pelos microfones do programa, falaram grandes radioescutas brasileiros e muitos nomes famosos do rádio nacional e internacional, sendo o programa dexista que mais entrevistou personalidades ligadas ao mundo da radiodifusão. O programa ao longo desses anos passou por algumas mudanças no conteúdo, assim como também aconteceu com as transmissões internacionais destinadas ao Brasil.

Aspectos como a história do rádio no Brasil, das transmissões internacionais, entrevistas com pessoas ligadas com o tema, curiosidades, entre outros temas, tornam o programa um referencial para todos aqueles que gostam do mundo da radiodifusão.

O programa, perto de chegar aos 30 anos, sente-se orgulhoso em colaborar com o dexismo, que é um hobby que aproxima e une as pessoas por meio do rádio. Desde o final de 2008, demos mais um passo importante. O programa tem uma hora de duração, sendo apresentado todos os sábados, das 19h às 20h, pelas ondas curtas da Rádio Aparecida.

Agradecemos a todos os diretores da emissora, que ao longo desses anos fizeram questão de manter o programa no ar, e aos ouvintes, que são a razão maior da longevidade de um programa que, de certa forma segmentado, é dirigido a todos aqueles que gostam de curtir as ondas do rádio.

Page 27: Informativo da provincia set e out

27Informativo da Província

Ondas Curtas permitirãoque RB2 volte a quebrar barreiras

NOVA TRANSMISSãO ATINgIRá BRASIL E OUTROS PAÍSES

No dia 27 de juNho de 2014 a RB2 de CuRitiBa, PR, ComPletou 90 aNos. hoje ela é a emissoRa mais aNtiga em atuação No BRasil. e um dos maRCos da CeleBRação desta históRia quase-CeNteNáRia é a iNstalação de seus Novos tRaNsmissoRes e a ativação dos tRês CaNais de oNdas CuRtas aBaixo desCRito.

Proporcionar a todos, independentemente de distância ou localidade, uma mesma qualidade de comunicação. É esta uma das principais funções das ondas curtas, que, além de já terem sido muito utilizadas para radioescutas, diminuem o isolamento de pessoas que vivem em locais menos centrais. Residir longe de centros urbanos deixa, assim, de representar uma rotina de solidão no tocante a informações e entretenimento.

Com o intuito de levar a programação a todos os locais, inclusive aos mais remotos, a RB2 passa neste ano de 2014 a transmitir em ondas curtas. O AM 1430 será difundido não só para o Brasil, mas também para outros países. Mas esta implantação não representa exatamente uma novidade, mas uma forma de resgate. Isso porque até 2008, o AM 1430, representado pela então PRB2, transmitia não só em ondas médias,

Fachada- Rádio RB2Es

túdi

o - E

quip

amen

tos R

ádio

RB2

Page 28: Informativo da provincia set e out

28 Informativo da Província

mas também em curtas. Na Época de Ouro do rádio, por exemplo, a Clube Paranaense recebia correspondências de ouvintes dos mais variados países, dentre eles Japão, Estados Unidos, África e Itália.

As ondas curtas passam a representar, portanto, a única maneira de que comunicações sejam estabelecidas entre continentes sem que haja a necessidade da utilização de satélites. Com a internet, a difusão das informações é natural e instantânea para todas as partes do mundo. Mas, caso isso um dia não mais opere, as ondas curtas serão a única forma de contato com o mundo.

zYE 725 6.040 KHz – Onda de 49 metros: Alcançando estados como São Paulo e Rio de Janeiro.zYE 725 9.725 KHz – Onda de 31 metros: Alcançando estados mais distantes do Paraná, Minas Gerais e Goiás.zYE 725 11. 935 KHz – Onda de 25 metros: Alcança outros países.

OS TRêS NOVOS PREFIXOS DA RB2 EM ONDAS CURTAS SERãO:

Dayane WolfJornalista – RB2

Repó

rter

- A

nder

son

Mar

tins

Ant

ena

- Ond

as M

édia

s

Tran

smiss

or

Page 29: Informativo da provincia set e out

29Informativo da Província

Pelas Províncias e Vice-Províncias 6.

Igreja Santo Afonsodo Rio de Janeiro – 107 anos da nossa igreja

Nair Pimenta* Decreto n. 23.236 de 05/08/2003 – DO

RIO de 06/08/2003 (Republicado no D.O. Rio de Janeiro de 03/10/2003).

Os redentoristas chegaram ao Rio de Janeiro em 1903. Só em 25 de março de 1904, porém, foi lançada a pedra fundamental daquela que seria a primeira igreja de Santo Afonso, no Brasil. O lugar escolhido foi justamente a Tijuca, tradicional bairro da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Assim, dá até para dizer que Santo Afonso, ainda que tenha nascido em Nápoles, é um legítimo tijucano.

Para o lançamento da pedra fundamental foi organizada uma grande festa. A partir da meia-noite desse dia, entretanto, ocorreu um imprevisto. Caiu na cidade uma forte tempestade. Uma chuva de bênçãos, pode-se dizer, hoje, mais de 100 anos depois. Pela manhã, o terreno era puro lamaçal – os redentoristas não sabiam, mas tijucal significa terreno pantanoso, atoleiro, charco –, a ornamentação do local e a cobertura de lona não resistiram a tanta chuva. Mesmo assim, a cerimônia começou, com a presença do arcebispo, de autoridades e de um bom número de pessoas. Só que, logo no início da solenidade, voltou a chover, o que apressou o rito. As autoridades assinaram o documento às pressas, lacrando-o dentro da pedra, e os presentes se dispersaram, guarda-chuvas em punho, pisando na lama.

A obra durou três anos, com muitas dificuldades e contratempos ao longo da construção. No dia 7 junho de 1907, finalmente, a igreja foi inaugurada pelo Cardeal Arcoverde, que abençoou os dois sinos e presidiu a primeira missa.

Com o tombamento*, em 2003 – noventa e seis anos após a sua inauguração –, aprovado pelo Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural, a igreja está protegida e não pode ter suas características arquitetônicas alteradas.

Hoje, situada no “coração da Tijuca”, a Paróquia Santo Afonso é um referencial na região. Com suas torres imponentes, movimentos pastorais atuantes, ativos e reconhecidos pelo dinamismo, a igreja e a notória caridade e o caráter missionário, parte do carisma dos redentoristas, exercem um papel relevante na formação religiosa dos tijucanos.

Que Santo Afonso interceda por sua casa, seus Missionários Redentoristas, por toda a comunidade paroquial e pela Tijuca.

Igreja Santo Afonso - Rio de Janeiro

Page 30: Informativo da provincia set e out

30 Informativo da Província

Igreja de São JoséBelo Horizonte

Neste aNo de 2014 está seNdo CoNCluído o PRoCesso de RestauRação da igReja são josé, que é um PatRimôNio do Povo miNeiRo, esPeCialmeNte o de Belo hoRizoNte, ReCuPeRaNdo suas CaRaCteRístiCas oRigiNais e desCoBRiNdo PReCiosidades eNCoBeRtas Pela tiNta ou Pela PátNa do temPo da Poluição.

A Paróquia São José foi criada em 27 de janeiro de 1900, por Dom Silvério Gomes Pimenta, e entregue aos Missionários Redentoristas para seu cuidado pastoral. A pedra fundamental da igreja foi lançada em 20 de abril de 1902, começando a ser utilizada como matriz em 19 de março de 1904. Em 1910 foi construída a escadaria principal e, entre 1911 e 1912, realizou-se a pintura de seu interior.

Há mais de cem anos é lugar privilegiado de religiosidade, cultura, manifestações e encontros na cidade de Belo Horizonte.

O projeto arquitetônico do templo foi elaborado por Edgard Nascentes Coelho, e as obras foram dirigidas pelo irmão redentorista holandês Gregório Mulders. A Igreja de São José adotou o plano basilical – difundido com o ecletismo – com três naves, absides poligonais na cabeceira e no transepto, e projeção frontal do corpo da torre central. O interior do templo possui iluminação moderada, proveniente da

A ornamentação pictórica da igreja foi executada pelo pintor alemão Guilherme Schumacher, entre 1911 e 1912, com a utilização do método de moldes. Em oito quadros junto ao forro da nave central, retrata a vida de São José, desde seu compromisso com Maria até sua morte, passando pelo nascimento de Jesus, a apresentação no templo, a fuga para o Egito, o encontro de Jesus no templo e sua profissão de carpinteiro. No presbitério encontramos a representação da Santíssima Trindade no eixo principal, ladeada de figuras de reis, rainhas, bispos, homens e mulheres, além de uma corte de anjos.

Nas laterais, pinturas que representam as doze constelações (ou signos do zodíaco), lembrando o decurso do tempo e a imutabilidade divina. Todo o universo está a serviço de Deus, o criador.

ARqUITETURA

PINTURAS INTERNAS

Informações do sitewww.igrejasaojose.org.br

sequência de vitrais coloridos, cuja composição apresenta ornatos geométricos nas guarnições e estrelas ou flores no coroamento.

Igre

ja d

e Sã

o Jo

sé -

BH

Inte

rior d

a Ig

reja

Page 31: Informativo da provincia set e out

31Informativo da Província

Um Jubileu a ser celebrado 7.

2014,O Tricentenário iniciado

Pe. Domingos Sávio da Silva, C.Ss.R.Reitor – Santuário Nacional

Sonho de toda mãe é ver os filhos pequenos um dia crescidos. Já adultos, assumindo com Ela a vida que tanto anseia para si e para eles! Quer prolongar-se neles! Assim me vejo; assim se veja você que me lê neste momento, diante da Mãe Aparecida! Ante a intensidade no amor, na disponibilidade com que Ela acolheu e viveu o Evangelho que o Pai pensou para todos nós, quão pequeninos ainda somos, apenas tentando nascer e dar os primeiros vacilantes passos!

É sob esse vosso olhar de Mãe, esperançoso em nos ver crescendo! Em ouvir hoje de nós, e de modo sempre mais corajoso, o que um dia foi vossa resposta pronta e absoluta: “faça-se em mim segundo a vossa Palavra!” É sob esse vosso olhar e fé, que pretendemos abraçar esse 2014 aqui em vosso Santuário!

É o primeiro dos três anos preparatórios de vosso tricentenário aniversário! Nossos bispos do Brasil, em sua Assembleia Geral, dar-nos-ão o toque da unidade na universalidade. Aqui reunidos, serão o coração pulsante a injetar luz, vida no organismo inteiro, em nossa Igreja, até a mais remota diocese ou prelazia.

O Hallel, em sua segunda edição, foi o grande marco de juventude no Santuário! Ele nos relembrou a saudosa e alegre Jornada Mundial da Juventude e a Semana Missionária que a precedeu! Mas, neste ano, foi assumido pelo Santuário e nosso Sub-regional (Arquidiocese de Aparecida e suas dioceses sufragâneas: Lorena, Taubaté, São José dos Campos e Caraguatatuba), contando ainda com o que faz grande diferença: a coordenação experiente de seus fundadores de Franca e equipe.

Desde já suplicamos a Ti, experiente na matéria, Mãe de pé aos pés da cruz de Teu Filho, que ilumines e nos guies na Novena e Festa que Te queremos fazer neste ano! Ajuda-nos a meditar os

mistérios da dor e até da morte na vida de Teu Filho e hoje em nossas vidas! Que saiamos da tua novena e festa, deste ano, mais filhos e filhas Teus, mais “de pé” como Tu, decididos para as lutas diárias, tão marcadas de dor, até sairmos inteiramente vencedores – em Teu Filho – do último inimigo a ser derrotado, que é a morte!

Para imprimir mais segurança a nossos passos, já a partir deste fevereiro, contamos com a Comissão para a Celebração do Tricentenário do Encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nomeada pela Presidência da CNBB.

Nesse mesmo 2014, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, também está iniciando seu triênio preparatório para celebrar o primeiro centenário da Aparição de Nossa Senhora aos Três Pastorinhos em maio de 1917. Promovemos, em conjunto, algumas celebrações comemorativas dos dois centenários. Assim, no mês de maio, recebemos em nosso Santuário o bispo de Fátima-Leiria e comitiva que trouxeram uma Imagem de Nossa Senhora de Fátima entronizada aqui entre nós.

No ano que vem, será nossa vez de entronizarmos uma Imagem da Mãe Aparecida lá. Em cada ano do triênio, então a começar deste 2014, rezaremos ainda com o Santuário de lá um terço conjunto através da televisão.

Que tudo, nessas comemorações e em todo esse ano de 2014, faça Nossa Senhora sempre mais conhecida, amada e acolhida em sua missão de nos levar à Vida plena, a Jesus que, por sua vez, nos conduza até o Pai, amém!

31Informativo da Província

Page 32: Informativo da provincia set e out

32 Informativo da Província

8. Notícias e Informações

Um olharsobre a Missão Urbana

Neste mundo urbanizado, tudo está acelerado,é grande a transformação.A luta pelo sucesso e o vendaval do progressodeixaram marcas no chão.

Tudo está globalizado, da cidade ao roçadosó se vê modernidade.É a tecnologia quem faz a ordem do diae age com autoridade.

Uma danosa estrutura solapou nossa culturanum delicado momento.Manchou o nosso ideal, mudou o nosso originale o nosso comportamento.

Essa pós-modernidade trouxe muita novidade,avanço e transformação.Abriu portas para o novo, também trouxe para o povomuita inquietação.

Cito aqui um grande mal, que é o êxodo ruraliniciativa sem plano.O povo sai iludido e vai morar espremidodentro do inchaço urbano.

Troca a paz lá do roçado por um viver conturbadonuma selva de concreto.Perde sua identidade, e pela lei da cidadevira um povo discreto.

E lá no espaço urbano, seja fulano ou sicranoa vida tem que seguir.Na batalha pela vida, a fé é quase esquecidano meio do ir e vir.

E como povo assustado, tem que viver isoladoe guardar todo segredo.Agora a sua morada é discreta e ocultadapela muralha do medo.

Continua brasileiro, mas é povo prisioneiro,inseguro e amedrontado.Tem certeza do perigo, porque sabe que o inimigopode vir de qualquer lado.

Por isso vive trancado, com grades e cadeado,a segurança é dobrada.Pra evitar danação, a casa vira prisãoe deixa de ser morada.

É imensa a correria, assim é o dia a diadesse povo urbanizado.E com nova formação, hoje não tem mais noçãodo que foi lá no roçado.

Pensando em nossa Missão, surge aqui uma questãoque eu insisto em lembrar:O mundo urbano é fechado, mas com jeito e cuidadoo Evangelho chega lá.

A muralha é impertinente, mas do outro lado tem genteque sabe bem o que quer.É uma nação isolada, que vive muito assustada,mas são pessoas de fé.

O nosso Ser Missionário tem o seu itineráriocuja baliza é o amor.E o nosso amor humano nos faz ver que o povo urbanoé ovelha sem pastor.

Termino meu pensamento, dizendo neste momentoo que ouvi alguém falar:Redobremos a coragem e sigamos a viagemque a “Missão é mais pra lá”.

32 Informativo da Província

Pe. José Anchieta Tavares, C.Ss.R.

Page 33: Informativo da provincia set e out

33Informativo da Província

CAS Santíssimo Redentorcelebrou as tradições juninas e a Copa do Mundo

O mês de junho é marcado por diversas manifestações culturais em todo o país, e neste ano temos um motivo a mais para celebrar: a Copa do Mundo. Toda essa alegria não poderia fi car de fora da reunião socioeducativa mensal do CAS Santíssimo Redentor.

Ao chegarem para a reunião, as benefi ciárias encontraram uma decoração inspirada nas festas juninas e nas cores da bandeira nacional, preparada pela equipe do CAS, juntamente com os adolescentes do Projeto SEMEAR, que deixou o ambiente com um clima alegre e festivo.

A reunião teve início com uma oração especial aos “Santos Juninos”, conduzida pela monitora de artesanato Mary Tavares, e na sequência as participantes receberam a acolhida da coordenadora Helenice Brandão, que parabenizou todos pela excelente participação nas últimas reuniões, convidando-os para aproveitarem as surpresas preparadas para aquele dia.

A psicóloga Danielle Silva fez a abertura dos trabalhos, explanando brevemente sobre as comemorações do mês de junho e a Copa do Mundo, e, juntamente com as monitoras Cristiane Bartelega e Mary Tavares, iniciaram um divertido bingo, no qual as benefi ciárias puderam brincar e ganhar vários brindes. Poucas rodadas foram sufi cientes para tornar o clima descontraído e aguçar a competitividade entre as participantes.

Essa competitividade sadia tornou o clima ainda mais favorável para o início de uma gincana junina.

Divididas em dois grupos, as usuárias participaram de provas típicas de festas juninas, sendo algumas adaptadas para a temática da Copa do Mundo. Foi um momento de muita descontração e de uma saudável gincana, demonstrada pela energia das torcidas enquanto seus membros participavam das brincadeiras.

As benefi ciárias experimentaram um retorno à infância e o resgate de brincadeiras tradicionais que, por sua simplicidade, podem ser compartilhadas com seus fi lhos e netos, e também com a comunidade, evitando que esta rica herança cultural seja esquecida.

Após a premiação da gincana, as benefi ciárias foram convidadas a assistir a uma apresentação feita pelos fi lhos que acompanham suas mães na reunião e que fi cam sob os cuidados da estagiária de psicologia Natália Conceição e

Qua

drilh

a

Page 34: Informativo da provincia set e out

34 Informativo da Província

Falam os leitoresÉ bastante comum recebermos críticas

e sugestões para os nossos Informativos, tanto o provincial, quanto outros informativos dos quais fazemos a editoração. Quando recebemos resposta por escrito, fi ca mais fácil recordarmos, e assim podemos aqui transcrever alguns contatos de nossos leitores. Isso se torna especial quando essas comunicações vêm de lugares mais distantes.

O nosso Informativo Provincial é enviado para todas as províncias de língua espanhola e portuguesa, e da província de Quito-Equador nos escreveu seu provincial, Pe. Sixto Guerrero Vásquez, C.Ss.R. Disse-nos ele: “Durante toda esta temporada fi camos conhecendo os trabalhos (quehacer) missionários desta província através de seus diferentes meios informativos: Informativo da Província, Informativo Missionário e Cartinha, que nos são enviados pela Editora Santuário”.

Pe. Sixto Guerrero fala em sua comunicação do Santuário de Aparecida, fala da acolhida fraterna que lhe proporcionamos, quando aqui esteve em 2012, e de como se sentiu bem. Ele arremata dizendo: “sou grato pela acolhida fraterna e carinhosa com a qual me brindaram, desde os aspirantes até os coirmãos de São Paulo e Aparecida”.

Da comunidade Nova Colônia de Rio Ouro Preto, Diocese de Guajará Mirim, em Rondônia, quem nos escreveu foi o Pe. Francisco Viana Pires. Ele escreveu do barco onde estava, enquanto visitava as comunidades ribeirinhas, para agradecer também aos diversos informativos que tem recebido e em seu dizer: “o colocam em comunhão com a província, reavivando o espírito redentorista, família da qual ele continua fazendo parte, graças a Deus”. Diz Pe. Viana que “tudo o que fala da Província e da Congregação interessa muito”. Informa ele também que na diocese de Guajará Mirim a primeira capela do vilarejo, que depois se tornou paróquia e prelazia, foi dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O Informativo do Ceresp que versou sobre a dedicação ao Perpétuo Socorro, ele o entregou às monjas que agora cuidam dessa capela.

Coisa boa, não é?

DE qUITO, NO DISTANTE EqUADOR

DE gUAJARá-MIRIM

Se você quiser falar conosco, envie seu e-mail para: [email protected]

Ou escreva para: Pe. Inácio Medeiros – Caixa Postal 84 – Araraquara, SP. Cep 14801-970

do administrativo Gisele Marques. As crianças apresentaram uma dança típica e entregaram mensagens do correio elegante, que prepararam enquanto as mães participavam da reunião. Aproveitando o ensejo, todos os presentes foram convidados a participar de uma quadrilha improvisada, conduzida pela assistente do administrativo Liliane Santos, transformando o CAS num verdadeiro “arraiá”.

E para terminar o dia, os participantes saborearam diversos quitutes, organizados pela equipe: cachorro-quente, pipoca, bolo de milho,

paçoca, arroz-doce, maria-mole e outros quitutes que fi zeram a alegria de todos os participantes, que também aproveitaram o momento para comemorar os aniversários do mês.

Viva Santo Antônio, São Pedro e São João! Viva o Brasil!

Reun

ião

soci

oedu

cativ

a

Page 35: Informativo da provincia set e out

35Informativo da Província

Page 36: Informativo da provincia set e out

36 Informativo da Província