INFORMATIVO INSTITUCIONAL DA SUBSECRETARIA DE AGRICULTURA E PESCA DA PREFEITURA DE SÃO GONÇALOÓRGÃO VINCULADO À SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Franceses conhecem Engenho Novo

São Gonçalo é exemplo para todo o estado

Numa sexta-feira ensolarada de 24 de fevereiro um gru-

po de 22 franceses agricultores veio ao município conhecer o trabalho pioneiro e de excelên-cia desenvolvido pela Subsecre-taria de Agricultura e Pesca da Prefeitura de São Gonçalo.

Os europeus conheceram o programa de produção e de as-sentamentos rurais no entorno da histórica Fazenda Engenho Novo (FEN) que possui 140 nú-cleos agrícolas que produzem frutas, hortaliças, gado de leite e de corte, suíno e avicultura, além de resolver o problema das ocupações irregulares evitando, assim, a favelização da área em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. “Este é um reconhecimento por este traba-lho sério que desenvolvemos desde 2005”, comemora Sérgio Fonseca, subsecretário de Agri-cultura e Pesca de São Gonçalo.

O secretário estadual de Habi-tação, Rafael Picciani, que este-ve presente ao café da manhã oferecido aos franceses pelas freiras do Instituto Imaculada Conceição de Nossa Senhora de Lourdes ressaltou que o programa rural desenvolvido em São Gonçalo é um exemplo para todo o estado do Rio: “Va-

Franceses e autoridades na escadaria da Fazenda Engenho Novo em Monjolos: perseverança

mos levar essa experiência para vários municípios do estado, unindo geração de renda, sus-tentabilidade e preservação da história e da memória”, disse, se referindo às obras de restaura-ção da Fazenda Engenho Novo e à regularização fundiária das famílias que ocupam as terras da região. Serão 40 casas ecoefi-

cientes entregues às famílias.O secretário de Desenvolvi-

mento Econômico, Ciência e Tecnologia, responsável pelo projeto no entorno da FEN, Adol-pho Konder, lembrou da força e perseverança dos trabalhadores rurais e da sensibilidade social e econômica da prefeita Apareci-da Panisset para a região.

Konder vestiu a camisa do projeto de restauração da Fazenda Engenho Novo

ANO 1 NÚMERO 1MARÇO DE 2012

BOAS NOVAS

“Em se plantando, tudo dá...”

Sérgio Fonseca e agricultores plantando uma muda de figueira na Fazenda Engenho Novo: adivinha aí quem é o francês...

Se se plantar esperança em solo de solidariedade, serieda-de e trabalho, a única colheita possível é o Engenho Novo.

E não deixa de ser uma ironia que logo uma cidade como São Gonçalo seja hoje consi-derada modelo de produção e de assentamentos rurais no estado do Rio de Janeiro. Até há pouquíssimo tempo o mu-nicípio era considerado 100% urbano. “Essa percepção equi-vocada é fruto do desleixo com a área rural de governos passados. Isso começou a mu-dar com a criação da Subsecre-taria de Agricultura e Pesca no governo da prefeita Aparecida Panisset e nas discussões so-bre o novo Plano Diretor de São Gonçalo, onde os traba-lhadores rurais foram de ex-trema importância para que déssemos uma guinada para a valorização do campo”, lembra Sérgio Fonseca.

A Subsecretaria, então, pro-curou desenvolver a parceria com o Sindicato dos Traba-lhadores Rurais para elaborar e executar projetos visando a regularização fundiária dos sitiantes da Fazenda Engenho Novo e o incremento da pro-dução com sustentabilidade econômica, social e ambiental. “Foi quando nós procuramos o apoio técnico da EMATER-RJ e do ITERJ para que elaborás-semos projetos consistentes para captação de recursos jun-to aos governos estadual e fe-deral. Não sem antes resolver o problema da desapropria-ção da fazenda que se arrasta-va por anos. Hoje o resultado esta aí mas ainda temos muito a fazer”, continua Fonseca.

Sérgio Fonseca hoje procura parcerias com a UERJ e a UFF. E como disse o “repórter” do des-cobrimento do Brasil, Pero Vaz de Caminha: “Aqui nessa terra, em se plantando tudo dá...”

EMATER, ITERJ E EMBRAPA chegam junto e tudo muda

Gente desta terra gonçalense fértil e produtiva. Escrevo estas linhas em júbilo depois de mui-to trabalho que hoje dá frutos importantes tanto no lado so-cial e econômico.

Concentramos nossos esfor-ços na regularização da posse das terras da Fazenda Enge-nho Novo junto à secretaria estadual de Habitação antes comandada pelo então secre-tário Leonardo Picciani. O seu irmão Rafael, embora jovem, vem mostrando sensibilidade e competência para continuar este trabalho à frente da pas-ta. Entregaremos este ano 40 casas ecoeficientes às famílias que viviam em situação irre-gular na Fazenda. Estou muito, mas muito feliz mesmo.

Isto tudo para que incremen-tássemos a produção agrícola no município que, de quebra, recupera a sua memória na restauração desta mesma fa-zenda cheia de história. Agora queremos levar o conceito de sustentabilidade ao extremo, investindo no beneficiamen-to industrial da produção que agrega valor aos produtos, in-tegrando a comunidade do en-torno no ecoturismo da região.

Também vamos procurar os centros de ensino universitá-rios para criarem extensões de pesquisa aplicada nesse ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico e cultural. E, claro, continuar e ampliar a parceria com o sindicato e a associação dos trabalhadores rurais. Venha participar!

Wallace Souza e família entrega presentes a Elizabeth Maiumi

POR SÉRGIO FONSECA

“O ITERJ cresce e se aprimora com esse trabalho desenvolvido na Fazenda Engenho Novo”. Estas foram as palavras da presidenta do ITERJ, Elizabeth Maiumi após receber como reconhecimento quadros a óleo da família Souza em frente à sede da FEN.

O Instituto de Terras do esta-do além de ter regularizado a situação fundiária dos sitiantes da FEN, divide com as empresas estadual e federal de desenvolvi-

mento agrário (EMATER-RJ e EM-BRAPA) a responsabilidade em dar suporte técnico e financeiro à prefeitura e aos trabalhadores rurais. “Estamos verdadeiramente contemplados com o carinho e o conhecimento técnico dessas pessoas maravilhosas”, disse Sr. Onofre, agricultor e membro da diretoria da associação local.

E o Wallace Souza agradece: “Hoje eu e a minha família sabe-mos o que é qualidade de vida”. JORNALISMO, EDIÇÃO E PUBLICAÇÃO

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