Informativo TECNOFILOSOFICO

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de programação do Apple II havia sido feita pela Microsoft, uma variação do BASIC para o Apple II. As vendas chega- ram a US$ 2,5 milhões no primeiro ano de comercializa- ção e, com o seu rapido cres- cimento de vendas, a Apple tornou-se uma empresa públi- ca (ou seja, com ações que podem ser adquiridas por qualquer um na bolsa de valo- res) e ela construiu a sua sede principal - Infinite Loop - em Cupertino, Califórnia. Com o sucesso do Apple II, vieram o Visicalc (a primeira planilha eletrônica inventada), processadores de texto e pro- gramas de banco de dados. Os micros já podiam substituir os fluxos de caixa feitos com cadernos e calculadoras, má- quinas de escrever e os arqui- vos de metal usados para guardar milhares de documen- tos. Os computadores domés- ticos deixaram então de ser apenas um hobby de adoles- centes para se tornarem ferra- mentas indispensáveis para muitas pessoas. Até o final dos anos 70, reina- vam absolutos os mainframes, computadores enormes, tran- cados em salas refrigeradas e operados apenas por alguns poucos privilegiados. Apenas grandes empresas e bancos podiam investir alguns milhões de dólares para tornar mais eficientes alguns processos internos e o fluxo de informa- ções. A maioria dos escritórios funcionava mais ou menos da mesma maneira que no come- ço do século. Arquivos de metal, máquinas de escrever, papel carbono e memorandos faziam parte do dia-a-dia. Em 1976, outra dupla de jo- vens, Steve Jobs e Steve Wozniak, iniciou outra empre- sa que mudaria o rumo da informática: a Apple. Jobs e Wozniak abandonaram a Universidade de Berkeley para poderem se dedicar ao computador pessoal criado por Wozniak, o Apple I. Como Wozniak trabalhava para a HP, o seu projeto precisava ser apresentado para a em- presa que recusou de imedia- to a idéia. Isso abriu o cami- nho para a criação da Apple, empresa fundada pelos dois que comercializaria os compu- tadores. Montados na garagem de Jobs, os 200 primeiros compu- tadores foram vendidos nas lojas da vizinhança a US$ 500 cada. Interessado no projeto, Mike Makula (na época vice- presidente de marketing da Intel), resolveu investir US$ 250 mil na Apple. Alguns meses depois, já em 1977, foi lançado o primeiro microcomputador como co- nhecemos hoje, o Apple II. O equipamento já vinha monta- do, com teclado integrado e era capaz de gerar gráficos coloridos. Parte da linguagem O Surgimento do Computador Pessoal Steve Wozniak Steve Jobs Bill Gates Blue Box de Steve Wozniak Interesses especiais: FILOSOFIA; PIERRE LÉVY STEVE JOBS E STEVE WOZIAK; BILL GATES; APPLE; MICROSOFT; COMPUTADOR PESSOAL; INTERFACES; GROUPWARE. PIRATAS DO VALE DO SILÍCIO 2 INTERFACES 2 MÁQUINAS DESEJÁVEIS 2 GROUPWARE 3 AMBIENTE COLABORATIVO 3 CRÉDITOS 4 REFERÊNCIAS 4 Nesta edição: 03 de Março de 2009 Volume 1, Edição Única AS TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA Informativo TECNOFILOSÓFICO

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Solicitado pela Professora Iraílde como requisito avaliativo da Disciplina Introdução a Filosofia.

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de programação do Apple II havia sido feita pela Microsoft, uma variação do BASIC para o Apple II. As vendas chega-ram a US$ 2,5 milhões no primeiro ano de comercializa-ção e, com o seu rapido cres-cimento de vendas, a Apple tornou-se uma empresa públi-ca (ou seja, com ações que podem ser adquiridas por qualquer um na bolsa de valo-res) e ela construiu a sua sede principal - Infinite Loop - em Cupertino, Califórnia. Com o sucesso do Apple II, vieram o Visicalc (a primeira planilha eletrônica inventada), processadores de texto e pro-gramas de banco de dados. Os micros já podiam substituir os fluxos de caixa feitos com cadernos e calculadoras, má-quinas de escrever e os arqui-vos de metal usados para guardar milhares de documen-tos. Os computadores domés-ticos deixaram então de ser apenas um hobby de adoles-centes para se tornarem ferra-mentas indispensáveis para muitas pessoas.

Até o final dos anos 70, reina-vam absolutos os mainframes, computadores enormes, tran-cados em salas refrigeradas e operados apenas por alguns poucos privilegiados. Apenas grandes empresas e bancos podiam investir alguns milhões de dólares para tornar mais eficientes alguns processos internos e o fluxo de informa-ções. A maioria dos escritórios funcionava mais ou menos da mesma maneira que no come-ço do século. Arquivos de metal, máquinas de escrever, papel carbono e memorandos faziam parte do dia-a-dia. Em 1976, outra dupla de jo-vens, Steve Jobs e Steve Wozniak, iniciou outra empre-

sa que mudaria o rumo da informática: a Apple. Jobs e Wozniak abandonaram a Universidade de Berkeley para poderem se dedicar ao computador pessoal criado por Wozniak, o Apple I. Como Wozniak trabalhava para a HP, o seu projeto precisava ser apresentado para a em-presa que recusou de imedia-to a idéia. Isso abriu o cami-nho para a criação da Apple, empresa fundada pelos dois que comercializaria os compu-tadores. Montados na garagem de Jobs, os 200 primeiros compu-tadores foram vendidos nas lojas da vizinhança a US$ 500 cada. Interessado no projeto, Mike Makula (na época vice-presidente de marketing da Intel), resolveu investir US$ 250 mil na Apple. Alguns meses depois, já em 1977, foi lançado o primeiro microcomputador como co-nhecemos hoje, o Apple II. O equipamento já vinha monta-do, com teclado integrado e era capaz de gerar gráficos coloridos. Parte da linguagem

O Surgimento do Computador Pessoal

Steve Wozniak Steve Jobs Bill Gates

Blue Box de Steve Wozniak

Interesses especiais: FILOSOFIA;

PIERRE LÉVY

STEVE JOBS E STEVE WOZIAK;

BILL GATES;

APPLE;

MICROSOFT;

COMPUTADOR PESSOAL;

INTERFACES;

GROUPWARE.

PIRATAS DO VALE DO SILÍCIO

2

INTERFACES 2

MÁQUINAS DESEJÁVEIS 2

GROUPWARE 3

AMBIENTE COLABORATIVO 3

CRÉDITOS 4

REFERÊNCIAS 4

Nesta edição:

03 de Março de 2009 Volume 1, Edição Única

A S T E C N O L O G I A S D A I N T E L I G Ê N C I A

Informativo TECNOFILOSÓFICO

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O filme conta através das personalidades de Steve Jobs, Steve Wozniak, Bill Gates, entre outros, o de-senvolvimento da história da microinformática e da popularização dos compu-tadores. Mostra algo sobre a luta de alguns estudantes contra o domínio da produ-ção de computadores por grandes empresas e tam-bém faz uma abordagem a cerca das primeiras rea-ções culturais a esse pro-cesso de popularização. Steve Jobs é um garoto hippie e contestador, que

vai a passeatas na universi-dade, toma LSD e tem ins-pirações messiânicas. Toda essa fúria vem do sofrimen-to: Jobs chora, faz terapia e não se conforma com o sumiço da mãe biológica. A namorada de Jobs fica grá-vida, e ele não quer assu-mir a criança. Mas acaba exigindo escolher o nome da filha – Lisa, mesmo no-me que deu, em 1978, ao antecessor do Macintosh. Bill Gates é o completo oposto. Faz coleção de revistas Playboy e gosta de beber cerveja jogando pô-

quer com seus amigos Pa-ul Allen e Steve Ballmer. No início dos anos setenta, os computadores, chama-dos de mainframes, eram de grande porte e ocupa-vam grandes espaços. Em-bora não houvesse compu-tadores pessoais como os que tão comumente encon-tramos hoje, existia um público ansioso por poder usufruir dessa tecnologia. Alguns apaixonados pela eletrônica começaram a desenvolver protótipos de circuitos que poderiam ser microcomputadores.

acostumamos com sua lingua-gem nova, seus sistemas de troca de mensagens e progra-mação de ou pirataria das redes. Ainda segundo o autor, mesmo sem ser um especia-lista é possível se deixar se-duzir pela fórmula da informá-tica, sua concepção de pro-gramas estimula o desejo de explorar novos territórios, assim viveram Alan Touring, Douglas Engelbart ou Steve Jobs , trabalharam em sua

A criação do computador foi uma transformação evolutiva e confortável para os huma-nos que logo quando entra-ram em contato com o objeto se sentiram seduzidos pela criação de inteligência, confor-to e performance cognitiva. Pierre Lévy em seu livro com-para o deslumbramento das pessoas, em contato com o computador, com a compra de um carro novo ou algo que desejamos muito, pois nos

dimensão subjetiva maravilho-sa ou profética seduzidos pelo ato evolutivo do século a infor-mática. Sobre o uso. A infor-mática veio conduzida como comunicação, trabalho coope-rativo e interação amigável. O homem e o meio de comuni-cação se adaptaram e vivem para seu fim: comunicar ami-gavelmente, conectando-o a novos agenciamentos e rein-ventando assim o significado dos elementos conectados.

Piratas do Vale do Silício

Máquinas Desejáveis e seu uso

A Política das Interfaces de automatizar cálculos. Al-guns anos depois da experiên-cia de Douglas Engelbart com um sistema de radar durante a Segunda Guerra Mundial, ele teve a visão de coletividades reunidas pela nova maquina de homens interagindo através da maquina com interlocutores distantes. Douglas Engelbart tinha como meta unir entre se dois sistemas de conhecimento humanos através de dispositi-vos eletrônicos inteligentes. A coerência das interfaces repre-senta um principio estratégico

essencial em relação a esta visão a longo prazo. Ela atrai cada vez mais pó usuário ao sistema. Durante o processo de evolução cultural o enge-nheiro Douglas Engelbart via no computador um instrumento adequado para transformar positivamente e “aumentar” o funcionamento dos grupos. Para que haja um “aumento” é necessário acompanhar a co-evolução dos humanos e sua ferramentas

Em meados dos anos cinqüen-ta, Douglas Engelbart, já tinha em mente programas para comunicação e trabalho coleti-vos, o que hoje são groupwa-res. Foi no Augmentation Re-search Center (ARC) que ocor-reram os primeiros testes com novos componentes e novos comandos. Essas novidades só trariam benefícios para o funcionamento dos computado-res pessoais. A informática ainda não era vista como tec-nologia intelectual, na verdade ela era percebida como a arte

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Informativo TECNOFILOSÓFICO

Uma interface após outra.

Filme ‘Piratas do Vale do Silício.

“A INFORMÁTICA

AINDA NÃO ERA VISTA COMO TECNOLOGIA INTELECTUAL, NA VERDADE ELA ERA PERCEBIDA COMO A ARTE DE AUTOMATIZAR CÁLCULOS.”

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Software colaborati-vo (ou groupware) é um software que apóia o trabalho em grupo, coletiva-mente. Skip Ellis o definiu como um "sistema baseado em computador que auxilia grupos de pessoas envolvi-das em tarefas comuns (ou objetivos) e que provê inter-face para um ambiente compartilhado". Sistemas de softwares como e-mail (assíncrono), agenda cor-porativa, bate-papo (chat) e wiki pertencem a esta categoria. Foi sugerido que

a lei de Metcalfe - quanto mais pessoas usam um sistema de comunicação, mais valioso ele se torna - se aplica a tais softwares. O termo mais comum para software social se aplica a sistemas fora do ambiente de trabalho, como por e-xemplo, serviços de namo-ro online e redes de relacio-namento, como o Orkut. O estudo da colaboração com auxílio de computador inclui o estudo deste software e dos fenômenos sociais as-sociados a ele. A maior

parte dos produtos Group-Ware permitem aos usuá-rios compartilhar, dentre outros ítens, calendários e livros de endereço (address books). Por exemplo, uma secretária pode alocar um compromisso no calendário do chefe, de forma que este consiga visualizá-lo de qualquer lugar, seja através do Outlook ou via WebMail. Este tipo de colaboração garante maior produtivida-de dos usuários e informa-ções disponíveis no lugar e no momento certos.

1. Torna o trabalho em grupo mais eficiente; 2. Diminui o tempo gasto nas atividades em grupo; 3. Reduz o custo de realiza-ção das atividades em grupo;

4. Possibilita certos tipos de tarefas em grupo que seriam impossíveis sem o suporte computacional.

Groupware

Vantagens de software colaborativo

Ambiente Colaborativo ção, onde os usuários tra-balham sozinhos. Ex: Email.

Sistema de Conferência

Distribuição de informação para uma comunidade. A comunicação é em tempo real. Ex: Sala de Bate papo.

Sistema Coordenado

A informação é gerada por um grupo de pessoas no

mesmo espaço físico com suporte do computador. Ex: White-boards.

Sistema Colaborativo

Sistemas de múltiplos auto-res por meio de uma plata-forma de geração de conte-údo. Ex: Sistema de versão de documentos que indicam as atualizações.

As aplicações no espaço colaborativo estão vulnerá-veis a variáveis de intera-ção e o local onde aconte-cem. De acordo com os valores destas variáveis podem ser classificados como:

Sistema de Mensagens

Transferência de Informa-

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Volume 1, Edição Única

Uma visão simplificada de como informações são compartilhadas entre usuários, com um servidor

Classificação de Tom Rodden para aplicações no espaço colaborativo

AS APLICAÇÕES NO ESPAÇO

COLABORATIVO ESTÃO

VULNERÁVEIS A VARIÁVEIS DE

INTERAÇÃO E O LOCAL ONDE ACONTECEM.

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d a I n f o r m a ç ã o e d a C o m u n i c a ç ã o , na Universidade de Sor-bonne, França.

T r a b a l h a d e s -de 2002 como titular da cadeira de pesquisa em inteligência coleti-va na Universidade de Ottawa, Canadá. É membro da Sociedade Real do Canadá (Academia Cana-dense de Ciências e Hu-manidades). Em seu li-vro A Revolução Contem-porânea em matéria de Comunicação, Lévy faz uma análise da evolução da humanidade, abordan-do o desenvolvimento da Internet e a digitalização da informação.

Nascido na Tunísia em 1956, é um filósofo da informação que se ocupa em estudar as interações e n t r e a I n t e r -net e sociedade. Segundo o filósofo Pierre Levy, os computadores interligados em redes mundiais podem favorecer o surgimento da Inteligência Coletiva.

Em seus estudos Lévy faz uma análise da evolução da humanidade, abordan-do o desenvolvimento da Internet e a digitalização da informação. Pierre Lévy nasceu numa famí-lia judaica. Fez mestrado em História da Ciência e d o u t o r a d o em Sociologia e Ciência

Pierre Lévy

Referência Bibliográfica

Organizadores:

Adailma ‘Rosa’ Gildinha de Jesus Jônatas ‘Jow’ Luciano ‘Lugori’ Nilza Maria

E-mail: [email protected] Blogger: tecinteligencia.blogspot.com

Estamos na Web! www.tecinteligencia.blogspot.com

O Informativo TECNOFILOSÓFICO é uma construção coletiva que traz para os estu-

dantes, em especial, aos que fazem o Curso de Comunicação Social (Jornalismo em

Multimeios) na Universidade Estadual da Bahia (UNEB), conhecimento sobre a filo-

sofia da informação. Este informativo foi desenvolvido após leituras do Livro As

Tecnologias da Inteligência (de Pierre Lévy). Além dele, o filme Os Piratas do Vale

do Silício também nos conduziu para um aprimoramento desta produção.

“A evolução do homem faz com que busquemos, em ritmos cada vez mais acelerados, o conhecimento de técnicas super inovadoras para os novos tempos. Estudar uma máqui-

na como o computador nos leva a uma nova dimensão do saber”.

Nilza Maria

Livro de Pierre Lévy (Um prato de cheio de conhecimento)

Universidade do Estado da Bahia - Comunicação Social (Jornalismo em Multimeios)

A S T E C N O L O G I A S D A I N T E L I G Ê N C I A

Trabalho solicitado pela Professora Iraílde como requisito para a avaliação da Disciplina Introdução a Filosofia do Curso de Com uni cação Soci al ( J o r n a l i s m o e m Multimeios).

Tiragem: 50 exemplares

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