Informativo Vila Flores - Unisinos

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ENTENDA COMO A CAPTAÇÃO DE RECURSOS É FEITA

A ARTE ALIADA A PROJETOS SOCIAIS

CONHEÇA A ASSOCIAÇÃO CULTURAL

PÁGINA 2

PÁGINA 4

INFORMATIVO ESPECIAL DA ASSOCIAÇÃO CULTURAL VILA FLORES – PORTO ALEGRE (RS) – DEZEMBRO/2015

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O Vila Flores como espaço plurifuncional:O projeto Vila Flores está localizado na Rua São Carlos esqui-na com a Rua Hoffmann, no Bairro Floresta em Porto Alegre. É um espaço que abriga diversas funções: local para a reali-zação de atividades socioculturais, espaço destinado à artis-tas e empreendedores criativos, sem fins lucrativos. É consi-derado um ambiente de aprendizado e que futuramente vai contar com apartamentos para moradia temporária, lojas, cafeteria e memorial.

O Vila Flores como associação cultural:A Associação Cultural Vila Flores ( ACVF) é a entidade res-ponsável pela programação cultural do espaço e pela articu-lação junto ao poder público, à iniciativa privada e à socieda-de em prol dos interesses da comunidade artística e criativa de Porto Alegre, assim como dos moradores e frequentado-res do bairro Floresta.

A ACVF trabalha focada em quatro eixos norteadores:Arte e Cultura: realização de atividades (eventos, feiras, exposi-ções, apresentações, etc.) de Artes Visuais, Artes Cênicas, Audio-visual, Música, Gastronomia, entre outros.

Educação: promoção de cursos, oficinas, seminários e encontros para troca de conhecimentos e experiências.

Empreendedorismo: incentivo aos produtores locais e iniciativas que fazem a conexão entre negócios criativos, sociais e colabo-rativos, propiciando também a capacitação de empreendedores.

Arquitetura e Urbanismo: fomento ao debate sobre questões urbanas e promoção de atividades para a concretização de pro-jetos cujo objetivo é a melhoria da vida na cidade.

O Vila , com um terreno de 1.415m², é formado por prédios, pátio, galpão, onde ocorrem atividades e por um “miolo”, lugar específico para cursos e oficinas, reservado para ser um espaço educativo. Além de números, o que se destaca é a forma com que os edifícios parecem combinar com o propósito do Centro: espaços de histórias e de cultura.

O complexo foi construído entre 1925 e 1928, pelo engenheiro--arquiteto José Franz Seraph Lutzenberger. Até 2009, o lugar não era gerenciado, então a família Chaves Barcelos decidiu assumir, ficando os irmãos Antônia e João Felipe Wallig responsáveis pelo local. A família solicitou ao Ministério Público a interdição da área devido a algumas inadimplências. Assim, em 2010 começaram as reformas e no final de 2011, João Felipe Wallig, arquiteto, e seu pai iniciaram o projeto de revitalização. E, desde então, diferentes etnias circulam por ali, criando a percepção de colaborativismo e compartilhamento. “É muito emocionante ver como as pessoas se encantam ao entrar no lugar. Quem não conhece e vê de fora não imagina que há um pátio interno tão cheio de vida. O aspecto envelhecido também encanta as pessoas e cria uma identificação, é um lugar com memória e todos fazem de alguma maneira parte desta memória”, fala Antônia Wallig.

A “pedra fundamental” da Associação Cultural Vila Flo-res surgiu com a vontade da família responsável pelos prédios, que realizou uma pesquisa, com vistas a compre-ender as expectativas da comunidade local, em 2012.

A membro-fundadora da Associação Aline Bueno, conta: “isso daqui tinha que ser um espaço múltiplo, de multiuso e residência com coisas culturais, com salas co-mercias para alugar. Isso desde sempre estava na cabeça da família”.

O primeiro evento realizado na Associação foi o proje-to Simultaneidade e, no decorrer dos anos seguintes, o local teve uma programação intensa, com diversas ativi-dades e alugueis dos espaços dos prédios, nos quais ar-tistas, empreendedores e empresários de diversas áreas identificaram o espaço ideal para a realização de seus trabalhos. Com responsabilidade, respeito, colaboração e diálogo a programação segue quatro diretrizes: Edu-cação, Arte e Cultura, Empreendedorismo e Arquitetura e Urbanismo. É de extrema importância ressaltar que a Educação é uma diretriz que perpassa todas as demais, no desenvolvimento de suas ações.

De forma colaborativa, as atividades foram acontecen-do sem muito recursos, até o ano de 2014, onde surgiu a necessidade da formalização sob a forma de uma Asso-ciação Cultural sem fins lucrativos para que, assim, fosse possível a participação em editais. Ao se tornar uma as-sociação legal, todas as pessoas integrantes do Vila Flores foram consideradas membros com diferentes perfis. Os responsáveis administrativos tornaram-se membros fun-dadores, os residentes, aqueles que alugavam os espaços nos prédios, associado residente, como também há os associados voluntários. Dentre as ações, estão oficinas, palestras, apresentações musicais e teatrais, ensaios fo-tográficos, entre outras propostas artísticas.

Quem Somos

COMPLEXO ARQUITETÔNICO Associação Cultural Vila Flores

MARIA LUIZA CASTRO NICHELE

FRANCIELLY COELHO FEIO

PATRICIA MARTINSLAURO ROCHA

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Após a decisão de transformar o conjunto residencial, os idealizadores do que viria a ser o Vila Flores, fizeram uma ampla pesquisa junto a comunidade do bairro so-bre o que deveria ser realizado no espaço.

Os moradores do bairro Floresta deram algumas su-gestões como centro de lazer, espaço para oficinas. No fim, começou a existir o Centro Cultural Vila Flores com o foco em cultura, sustentabilidade, educação e empre-endedorismo criativo. Definido como um centro de di-versidade e atua a partir de ações coordenadas por três núcleos de trabalho, sendo eles arquitetônico, adminis-trativo e cultural.

Estima-se que o Vila Flores traga, futuramente, a revita-lização da área do bairro Floresta, via melhorias na mobi-lidade urbana, novos pontos comerciais, maior interação dos moradores e incentivo à pratica de ações sustentáveis.

Conversando com os moradores, é de unanimidade o quão positiva foi a criação do Vila Flores. Todos concordam que trouxe mais tranquilidade para caminhar nas ruas,

pessoas diferentes visitando o bairro e um grande número de atividades que a cada dia cativa mais os moradores.

Os comerciantes também têm sido beneficiados. É o que disse Seu Darci de 52 anos, atendente do Bar e Lan-cheria Gaúcho, localizado na Rua São Carlos: “Melhorou bastante o movimento, eles fazem atividades para vários públicos ai conseguem trazer pessoas de fora pra cá. Até o lucro aumenta quando essas atividades acontecem.”

A criação do Vila Flores tem revitalizado uma região que havia sido esquecida, inclusive pelos próprios moradores, em função da marginalização que tomou conta do bairro.

Para 2016, o Vila Flores pretende viabilizar o seu projeto global, fazendo a revitalização das suas partes externas e internas, preservando e fazendo o restau-ro da arquitetura original, sem deixar de considerar e adaptar os traços característicos à modernidade e con-temporaneidade.

Para manter-se financeiramente a as-sociação Vila Flores conta com um amplo plano de sustentabilidade. Atualmente, os principais mantenedores da associação são as doações, o auxílio de grupos par-ceiros que contribuem com programações culturais, os valores arrecadados com bi-lheteria de eventos e a ajuda dos voluntá-rios. Entenda mais sobre como funciona:

Leilões do acervoA associação planeja mon-tar um acervo de obras de arte para realizar leilões no futuro e, dessa forma, am-pliar ainda mais seu leque de sustento.

Financiamento coletivo Segundo Aline Bueno, Ges-tora Cultural da associação, existe a ideia de tentar arre-cadar verba para a reforma do galpão, pátio e miolo da associação através de pla-taformas de crowdfunding.

Financiamento recorrente Diferente do financiamen-to coletivo em que se rece-be verba para um projeto específico, na modalidade recorrente a organização envolvida conta com arre-cadação contínua.

Mensalidade dos membros da associaçãoestá sendo desenvolvido um Programa de Benefí-cios para que interessados possam se associar ao Vila Flores.

Projeto revitaliza região do bairro Floresta

Conheça os projetos de sustentabilidade financeiraIDEIAS PARA O FUTURO

HIAGO MACHADO RAMOS

BIANCA FERRÃO DE OLIVEIRA

Além dos investimen-tos dos proprietá-rios, os prédios são mantidos através dos aluguéis pagos pelos residentes e pessoas de fora da associação que alugam os espaços.

São parceiros os grupos que contribuem com doações ou desenvolvendo atividades na associação, como a ONG Mulher em Construção que qualifica mulheres para trabalhar na cons-trução civil e ao mesmo tempo reforma os espaços do Vila.

A associação conta com voluntários nas mais diferentes áreas. Qualquer pessoa pode auxiliar conforme seus conhecimentos.

São pessoas que ocupam de forma fixa e colaborativa os espa-ços do Vila Flores. Em contrapartida, contri-buem com atividades culturais, por exemplo.

Copos personaliza-dos com o logotipo da associação são vendidos nos even-tos que a mesma realiza para arreca-dação de fundos.

ALUGUÉIS PARCERIAS

VOLUNTARIADO

RESIDENTESEVENTOS

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IVO

JOSEPH

ELLIS

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EXPEDIENTE: INFORMATIVO ASSOCIAÇÃO CULTURAL VILA FLORES é uma publicação experimental produzida por alunos da Turma 2015/2 da disciplina de Redação em Relações Públicas IV do Curso de Relações Públicas da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos). Coordenação do curso: Erica Hiwatashi. Professora: Cíntia Carvalho. TEX-TOS – Bianca Ferrão, Francielly Coelho, Hiago Ramos, Maria Luiza Nichele, Natalia Zuanazzi, Patricia Martins e Renan Barão. ARTE – Agência Experimental de Comunicação da Unisinos (Agexcom). Projeto gráfico e diagramação: Gabriele Menezes. Supervisão: Marcelo Garcia. AGRADECIMENTO – Aline Bueno.

Compre sua tigela, tome sua sopa e ainda contribua para instituições que distribuem alimentos para moradores de rua. Iniciativa conhecida como “Empty Bowls” (tigelas vazias) e que ocorreu no dia 28 de agosto no Espaço Cultural Vila Flo-res em Porto Alegre. Esse projeto iniciou em 1990, na cidade de Michigan nos EUA e, desde então, segue sendo replicado em diversas cidades do mundo. As artistas visuais Camila Pio-vesan, Marcia Braga e Lara Espinosa reuniram um grupo de 80 ceramistas que produziram cerca de 150 tigelas durante dois meses, para serem adquiridas por R$25,00 cada, e ven-didas durante o encontro no Vila Flores. Os colaboradores recebem sua tigela com uma sopa deliciosa, preparada pela cozinheira Fabi Sasi.

As arrecadações do Empty Bowls beneficiou o projeto “Ron-da da Fraternidade”, com a compra de agasalhos, cobertores, colchonetes e recursos alimentícios. Trata-se de um projeto independente, formado por um grupo de amigos que lutam

pela inclusão da população de rua. “Queremos exercer nos-sa capacidade de amar sem julgamentos”, afirma Letícia Fontoura, idealizadora e co-ordenadora do projeto. Essa parceria com a Ronda da Fra-ternidade foi um exemplo de várias ações sociais que são realizadas no espaço Vila Flo-res em prol dos interesses da comunidade artística e criati-va de Porto Alegre, que aca-bam por beneficiar a popu-lação carente da metrópole.

Arte envolvida em projetos sociais

RENAN DA ROCHA BARÃO

NATÁLIA ZUANAZZI

A Associação tem uma agenda repleta de atividades, even-tos, programações, cursos e oficinas. Alguns desses eventos ocorrem anualmente e garantem um espaço fixo na agenda, ganhando assim uma atenção especial na programação.

Um dos eventos de maior proporção e que exige uma preparação anual, é o Arraial Vila Flores, que se trata da fes-ta junina da Associação que ocorre todos os anos. É uma típica festa junina, que conta com brincadeiras para crianças e adultos, fogueira, dança de quadrilha, casamento na roça e shows com artistas convidados.

O Projeto Simultaneidade, outra atividade des-taque da Associação, que ocorre a cada dois anos, é um evento multiartístico que reúne diversos ar-tistas e coletivos, promovendo uma grande expe-riência colaborativa e afetiva. O Projeto Simulta-neidade surgiu do desejo comum de entusiastas, artistas e coletivos em valorizar espaços que guar-dam as memórias da cidade, transformando-os em núcleos de convívio, de trocas de experiência e de simultaneidades afetivas e criativas.

O evento traz propostas que envolvem artes vi-suais, música, artes cênicas, gastronomia, fotogra-fia, sustentabilidade, além de oferecer palestras e oficinas. As atividades são oferecidas de forma gratuita e aberta ao público em geral. Em 2013 o evento foi um sucesso e contou com a participa-ção e colaboração de mais de quarenta artistas, na

edição de 2015, a pretensão é ultrapassar este número. As oficinas rotineiras ocorrem em diferentes dias e ho-

rários da semana e final de semana. A agenda completa de programação pode ser acompanhada através do site vilaflores.wordpress.com, onde todo mês é postada a pro-gramação atualizada.

Eventos em destaque

HIA

GO

MAC

HAD

O R

AMO

S

LUIZA ANTONIONI