Infra estrutura de Cabeamento Estruturado – Conceitos e … · 2019-07-05 · padronização de...

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLOGICAS – FATEC CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO FILIPE ARAUJO LUCAS MENDES PORTO COSTA Infra estrutura de Cabeamento Estruturado – Conceitos e Aplicações GOVERNADOR VALADARES 2011

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE

FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLOGICAS – FATEC

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

FILIPE ARAUJO

LUCAS MENDES PORTO COSTA

Infra estrutura de Cabeamento Estruturado –

Conceitos e Aplicações

GOVERNADOR VALADARES

2011

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FILIPE ARAUJO

LUCAS MENDES PORTO COSTA

Infra estrutura de Cabeamento Estruturado –

Conceitos e Aplicações

Monografia para obtenção do grau de bacharelado em Ciência da Computação, apresentada à Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Vale do Rio Doce.

Orientador: Rossana Cristina Ribeiro Morais

Co-Orientador: Anderson Cordeiro Cardoso

Governador Valadares

2011

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“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho

original.”

Albert Einstein

“Obrigado, amigo, pelos erros que me emprestastes,pois com eles pude

corrigir os meus.”

Silvestre C. Cabral

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À Deus, aos professores,

aos colegas de curso e aos nossos familiares,

dedicamos este trabalho.

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AGRADECIMENTOS

Inicialmente queremos agradecer a Deus, pelos dons recebidos. Aos nossos pais,

pelo amor incondicional e a oportunidade concedida. Aos nossos professores, pelos

conhecimentos adquiridos.E finalmente aos colegas de curso pela convivência e

trocas.

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Resumo

O principal objetivo do presente trabalho é desenvolver um projeto de cabeamento

estruturado para salas de informática da instituição. Um sistema de cabeamento

estruturado consiste de um conjunto de produtos de conectividade empregado de

acordo com regras específicas de engenharia. Esse sistema integra diversos meios

de transmissão (cabos metálicos, fibra óptica, rádio etc...) que suportam múltiplas

aplicações de telecomunicação. O conjunto de especificações garante uma

implantação modular com capacidade de expansão programada. Os produtos

utilizados asseguram conectividade máxima para os dispositivos existentes e

preparam a infra-estrutura para as tecnologias emergentes. A topologia empregada

facilita os diagnósticos e manutenções. Assim, um sistema de cabeamento

estruturado é uma concepção de engenharia fundamental na integração de

aplicações distintas tais como voz, dados, vídeo.

Palavras-Chave:

Cabeamento estruturado, infra-estrutura, telecomunicação

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Abstract

The main objective of this research project is to develop a structured cabling for

computer rooms of the institution. A structured cabling system consists of a set of

connectivity products used in accordance with specific rules of engineering. This

system integrates various modes of transmission (wires, fiber optic, radio etc ...) that

support multiple applications of telecommunication. The set of specifications

provides a modular implementation capacity of the planned expansion. The materials

used ensure maximum connectivity for existing devices and prepare the

infrastructure for emerging technologies. The topology used easier diagnosis and

maintenance. Thus, a structured cabling system is a key engineering design in the

integration of different applications such as voice, data, and video.

Keywords:

Structured cabling, infrastructure, telecommunications

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LISTA DE SIGLAS

ARPA - Advanced Research Projects Agency, (Agencia de Pesquisa e Projetos

Avançados).

ARPANET - Advanced Research Projects Agency Network .

AT&T – American Telephone and Telegraph - companhia americana de

telecomunicações.

CIT – Centro de Informação e Tecnologia

DEC – Digital Equipment Corporation

EIA/TIA - Electronic Industries Association/ Telecommunications Industry

Association.

EUA – Estados Unidos da America

IBM – International Business Machines

IES – Instituição de Ensino Superior.

ISO – (International Organization for Standardization)

ISO/IEC – International Organization for Standardization/International

Electrotechnical Commission

MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

TCP – Protocolo de Controle de Transmissão

URSS – União Soviética

UTP – Unshielded Twisted Pair

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LISTA DE IMAGENS

Figura 1 - Estrutura do Cabeamento ......................................................................... 17 Figura 2 - Cabo Par Trançado Categoria 5 ............................................................... 28 Figura 3 - Conector IEC 61076-3-104 ....................................................................... 29 Figura 4 - Cabo S/FTP .............................................................................................. 29 Figura 5 - Fibra Óptica Monomodo e Multimodo ....................................................... 31 Figura 6 - Cabo de Fibra Óptica ................................................................................ 32 Figura 7 - Cabo Coaxial............................................................................................. 32 Figura 8 - Conector RJ45 Macho .............................................................................. 33 Figura 9 - Conector RJ45 Fêmea .............................................................................. 33 Figura 10 - Conector RJ45 Macho para cabos CAT6 ................................................ 33 Figura 11 - Conector RJ45 Fêmea para CAT6 .......................................................... 34 Figura 12 - Pinagem / Polarização dos Conectores RJ45 ......................................... 35 Figura 13 - Conectores para Fibra Óptica ................................................................. 35 Figura 14 - Conectores Coaxiais BNC....................................................................... 36 Figura 15 - Tomada de Telecomunicação ................................................................. 36 Figura 16 - Cabo Montodo (Line Cord / Patch Cord) ................................................. 37 Figura 17 - Modelos de Patch Panel ......................................................................... 38 Figura 18 - Painel de Distribuição ............................................................................. 38 Figura 19 - Ring Run ................................................................................................. 39 Figura 21 - Rack Aberto ............................................................................................ 40 Figura 20 - Rack Fechado ......................................................................................... 40 Figura 22 - Laboratório 1 ........................................................................................... 43 Figura 23 - Laboratório 2 ........................................................................................... 44 Figura 24 - Laboratório 3 ........................................................................................... 45 Figura 25 - Iniciação Científica .................................................................................. 46 Figura 26 - Laboratório 1 Remodelado ...................................................................... 48 Figura 27 - Laboratório 2 Remodelado ...................................................................... 49 Figura 28 - Laboratório 3 Remodelado ...................................................................... 50 Figura 29 – Iniciação Científica Remodelado ............................................................ 51 Figura 30 - Estrutura Nova ........................................................................................ 52

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Normas do Cabeamento .......................................................................... 25 Tabela 2 - Categorias de Cabeamento...................................................................... 30 Tabela 3 - Sequencia de Crimpagem ........................................................................ 34

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11

1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 14

1.2 SISTEMAS NÃO ESTRUTURADOS VS. SISTEMAS ESTRUTURADOS ........... 14

1.3 OBJETIVO GERAL.............................................................................................. 15

1.4 OBJETIVOS ESPECIFICOS ............................................................................... 15

2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 16

2.1 CABEAMENTO ESTRUTURADO ....................................................................... 16

2.1.1 Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling)............................................... 18

2.1.2 Cabeamento Backbone (Backbone Distribution) ........................................ 20

2.1.3 Área de Trabalho (Work Area) ....................................................................... 21 2.1.4 Sala de Telecomunicações (Telecommunications Room) .......................... 21

2.1.5 Sala de equipamentos (Equipment Room) ................................................... 22

2.1.6 Entrada do edifício (Entrance Facility) ......................................................... 23

2.2 NORMAS E PADRÕES ..................................................................................... 24 3.3 NORMAS EIA / TIA ............................................................................................. 24 2.4 ESPECIFICAÇÕES DOS CABOS. ..................................................................... 26

2.4.1 Cabos UTP e STP ( Cabos par trançado ). ................................................... 26

2.4.2 Tipos de cabos UTP / STP ............................................................................. 27

2.4.3 Cabos de fibra óptica. .................................................................................... 30

2.4.4 Tipos de fibra óptica ...................................................................................... 31

2.4.5 Cabos coaxiais. .............................................................................................. 32

2.5 ESPECIFICAÇÃO DE CONECTORIZAÇÃO. ..................................................... 32

2.5.1 Opções para conectorização ......................................................................... 33

2.5.2 Padrões de conectorização RJ45.................................................................. 34

2.6 TOMADA DE TELECOMUNICAÇÕES ............................................................... 36

2.7 LINE CORDS E PATCH CABLES ...................................................................... 36

2.8 PAINÉIS DE DISTRIBUIÇÃO ( PATCH PANELS ) ............................................ 37

3. METODOLOGIA ................................................................................................... 40

3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................ 41

4. PROJETO ............................................................................................................. 42

5. CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS .......................................................... 53

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 54

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APÊNDICE(S) ........................................................................................................... 56

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1. INTRODUÇÃO

Antes do advento de computadores dotados com algum tipo de sistema

de telecomunicação, a comunicação entre máquinas calculadoras e computadores

antigos era realizada por usuários humanos através do carregamento de instruções

entre eles.

Em setembro de 1940, George Stibitz usou uma máquina de teletipo para

enviar instruções para um conjunto de problemas a partir de seu Model K

na Faculdade de Dartmouth em Nova Hampshire para a sua calculadora em Nova

Iorque e recebeu os resultados de volta pelo mesmo meio. Conectar sistemas de

saída como teletipos a computadores era um interesse na Advanced Research

Projects Agency (ARPA) quando, em 1962, J.C.R.Licklider foi contratado e

desenvolveu um grupo de trabalho o qual ele chamou de a "Rede Intergaláctica", um

precursor da ARPANET.

Em 1964, pesquisadores de Dartmouth desenvolveram o Sistema de

Compartilhamento de Tempo de Dartmouth para usuários distribuídos de grandes

sistemas de computadores. No mesmo ano, no MIT, um grupo de pesquisa apoiado

pela General Electric e Bell Labs usou um computador (DEC’s PDP-8) para rotear e

gerenciar conexões telefônicas.

Durante a década de 1960, Leonard Kleinrock, Paul Baran e Donald Davies,

de maneira independente, conceituaram e desenvolveram sistemas de redes os

quais usavam datagramas ou pacotes, que podiam ser usados em uma rede

de comutação de pacotes entre sistemas de computadores.

Em 1969, a Universidade da Califórnia em Los Angeles, SRI (em Stanford),

a Universidade da Califórnia em Santa Bárbara e a Universidade de Utah foram

conectadas com o início da rede ARPANET usando circuitos de 50 kbits/s.

A ARPANET funcionava através de um sistema conhecido como

chaveamento de pacotes, que é um esquema de transmissão de dados em rede de

computadores no qual as informações são divididas em pequenos "pacotes", que por

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sua vez contém trecho dos dados, o endereço do destinatário e informações que

permitiam a remontagem da mensagem original.

Redes de computadores e as tecnologias necessárias para conexão e

comunicação através e entre elas continuam a comandar as indústrias de hardware

de computador, software e periféricos. Essa expansão é espelhada pelo crescimento

nos números e tipos de usuários de redes, desde o pesquisador até o usuário

doméstico.

Atualmente, redes de computadores são o núcleo da comunicação moderna.

O escopo da comunicação cresceu significativamente na década de 1990 e essa

explosão nas comunicações não teria sido possível sem o avanço progressivo das

redes de computadores.

As redes de computadores surgiram e evoluíram com a crescente

necessidade de compartilhamento de recursos computacionais e de informações

nas empresas. As primeiras redes eram de pequeno porte, com poucos

computadores interligados.

Nessa perspectiva, o governo dos Estados Unidos temia um ataque às suas

bases militares pela URSS. Acontece que em caso de um ataque (deve-se levar em

consideração o clima de tensão que permeia a década de 60), informações

importantes e sigilosas poderiam ser perdidas não oferecendo aos EUA condições

de resistência e reação.

Então foi idealizado um modelo de troca e compartilhamento de informações

que permitisse a descentralização das mesmas. Assim se o Pentágono fosse

atingido, as informações armazenadas ali não estariam perdidas. Era preciso,

portanto, criar um rede, a ARPANET, criada pela ARPA. Vale lembrar que em 1962,

J.C.R LickLider do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) já falava em

termos da existência de uma "Rede-Galáctica".

O ataque inimigo nunca aconteceu, mas o que o Departamento de Defesa

dos Estados Unidos não sabia que tinha acabado de dar o pontapé inicial para o

maior fenômeno midiático do século. O único meio de comunicação que em apenas

4 anos conseguiria atingir cerca de 50 milhões de pessoas.

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Foram nos anos 60 que surgiram os primeiros estudos sobre comutação de

pacotes, com a intenção de criar uma forma de comunicação mais eficiente e

robusta do que a de circuitos. A década seguinte, 70, foi a responsável pelo

desenvolvimento do TCP, inicialmente especificado por Vint Cerf, em 1974. O

objetivo era obter um protocolo que transmitisse de forma eficiente e confiável

,pacotes em redes de longa distância.

Os anos 80 marcam a proliferação das redes conectadas à Internet e

finalmente, com a criação da Web , e dos browsers com interface gráfica. Na década

de 90, surgiu a inclusão do usuário doméstico na rede, e o início do fenômeno

comercial e cultural que se tornou a Internet. ( KUROSE, 2006).

O cabeamento estruturado remonta as tecnologias de redes dos anos 80

quando empresas de telecomunicações e computação como AT&T, Dec e IBM

criavam seus próprios sistemas de cabeamento proprietários. Nos anos 90, o

cabeamento estruturado teve um grande progresso com a introdução do cabo par

trançado. Nesse sentido, a criação das normas EIA/TIA e ISO, ajudaram na

padronização de cabos, conectores e procedimentos.

O conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado baseia-se na disposição

de uma rede de cabos, com integração de serviços de dados e voz, que facilmente

pode ser redirecionada por caminhos diferentes, no mesmo complexo de

Cabeamento, para prover um caminho de transmissão entre pontos da rede

distintos.

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1.1 JUSTIFICATIVA

As organizações enfrentam mudanças constantes, que exigem a

movimentação ou reorganização das pessoas, espaços de trabalho e os serviços

que elas executam. À medida que a tecnologia continua a evoluir, uma rede

corporativa deve suportar aplicações de voz, dados, vídeo e multimídia.

O rápido crescimento na capacidade de processamento, o aumento do porte

das redes e a introdução de métodos de acesso de maior velocidade, criaram uma

necessidade incontestável de sistemas de cabeamento confiáveis e gerenciáveis.

Para isto é sugerida a implantação do sistema de cabeamento estruturado que visa

facilitar e adequar a estrutura física da empresa com suas necessidades.

Um sistema de cabeamento estruturado é à base de uma rede de

informações moderna, mesmo com todas as alterações e desafios que fazem parte

de seus negócios, pois possui um ciclo de vida mais longo, reduz os gastos com

manutenção da rede, aumenta o desempenho da mesma, pode eliminar a

necessidade de interrupção do fluxo de trabalho e o tempo inativo da rede, que

estão associados à reestruturação de um escritório.

1.2 SISTEMAS NÃO ESTRUTURADOS VS. SISTEMAS ESTRUTURADOS

Os sistemas não estruturados são aqueles aos quais todos nós já estamos

acostumados, como as redes locais de computadores, redes de telefonia, circuitos

para distribuição de sinais de televisão, circuitos de segurança, de automação de

processos, e muitos outros. Tais sistemas tiveram origens diferentes e se

desenvolveram também de forma independente, fazendo com que seus métodos de

comunicação fossem exclusivos, dando origem a sistemas prioritários.

Ao utilizar sistemas independentes é necessário um maior número de dutos e

espaços para a passagem dos cabos e acomodação dos elementos, pois os

mesmos deverão ser exclusivos para cada sistema, gerando uma mão-de-obra

maior.

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Os sistemas estruturados surgiram com a finalidade de criar uma infra-

estrutura única de elementos passivos que pudesse servir aos mais variados

sistemas de comunicação de sinais de baixa tensão.

O cabeamento estruturado apesar de possuir vantagens em relação aos

sistemas convencionais como normatização, flexibilidade, fácil gerenciamento e

segurança entre outros, não vem tendo a aceitação esperada. Este fato se dá

principalmente a barreiras culturais de engenheiros projetistas e instaladores que

argumentam o fato de que o custo inicial do cabeamento estruturado é maior,

condenando assim seu uso.

1.3 OBJETIVO GERAL

Propor a implementação de um projeto de cabeamento estruturado nos

laboratórios de informática da IES a fim de proporcionar um ambiente de fácil

manutenção e com custo reduzido e ainda uma rede segura e confiável para o

compartilhamento de dados, voz, imagens e multimídia.

1.4 OBJETIVOS ESPECIFICOS

Adquirir o conhecimento na área de cabeamento estruturado.

Avaliação do ambiente físico, facilidade de cada espaço.

Avaliação do projeto de edificação, arquiteturas e espaços.

Avaliação dos meios a serem utilizados (cabos).

Estudar as melhorias que deverão ser feitas nos laboratórios da IES.

Verificar as necessidades atuais e futuras dos serviços de comunicação de

dados, vídeo e áudio.

Definição da topologia de distribuição do sistema de Redes Locais.

Gerar um ambiente de estudo mais estruturado e de menos custo em longo

prazo.

Melhorar a infra-estruturar dos laboratórios de informática IES.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CABEAMENTO ESTRUTURADO

No final dos anos 80, as companhias dos setores de telecomunicações e

informática estavam preocupadas com a falta de uma padronização para os

sistemas de fiação de telecomunicações em edifícios e campus.

Em 1991, a associação EIA/TIA propôs a primeira versão de uma norma de

padronização de fios e cabos para telecomunicações em prédios comerciais,

denominada de EIA/TIA-568 cujo objetivo básico era implementar um padrão

genérico de cabeamento de telecomunicações a ser seguido por fornecedores

diferentes, estruturar um sistema de cabeamento intra e inter predial, com produtos

de fornecedores distintos e estabelecer critérios técnicos de desempenho para

sistemas distintos de cabeamento.

Até então, o mercado não dispunha de padronização para cabeamento,

assim, os prédios possuíam cabeamento para voz, dados, sistemas de controle,

eletricidade, segurança, cada qual com uma padronização proprietária. Neste

cenário, alguns problemas surgiram para desestimular essa forma de cabeamento

não estruturada entre eles: mudança rápida de tecnologia, microcomputadores

(PCs) mais velozes, serviços integrados de voz e dados, redes locais de alta

velocidade, infra-estrutura de telefonia privada inadequada para novas tecnologias,

rápida saturação de dutos, canaletas e outros suportes de cabeamento,

inflexibilidade para mudanças, cabeamento não reaproveitável com novas

tecnologias, suporte técnico dependente de fabricantes, aumento de custo.

A partir de janeiro de 1994, a EIA/TIA deu inicio a publicação de normas para

padronização do cabeamento de forma que se tornasse regular sua utilização em

todas as estruturas em que foram instalados visando fornecer ao ambiente de

trabalho facilidades na instalação e remoção de equipamentos, assim como agilizar

os procedimentos de administração, manutenção e resolução de problemas de rede.

Instalações realizadas de acordo com as especificações das normas devem ter uma

vida útil de, no mínimo, 15 anos. (PORTNOI,2002)

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Além de melhorar a confiabilidade da rede, o cabeamento estruturado é uma

excelente infra-estrutura para soluções convergentes (ex. Voz sobre IP - VoIP, Vídeo

Vigilância sobre IP, Automação Residencial/Predial), garantindo confiabilidade e

agregando flexibilidade a essas tecnologias. A padronização do sistema permite a

utilização de materiais de fabricantes distintos, proporcionando ao projetista a

adequação do sistema dentro das limitações de tempo e orçamento do cliente.

Sistemas esse que são divididos em seis subsistemas, os quais, para um melhor

entendimento serão demonstrados a seguir:

Fonte: OLIVEIRA,2002

Figura 1 - Estrutura do Cabeamento

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1. Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling)

2. Cabeamento Backbone (Backbone Distribution)

3. Área de Trabalho (Work Area)

4. Sala de Telecomunicações (Telecommunications Room – TR)

5. Sala de Equipamentos (Equipment Room)

6. Entrada do Edifício (Entrance Facility)

2.1.1 Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling)

É o nome dado ao cabeamento responsável pela conexão dos painéis de

distribuição localizados nas salas de telecomunicações com os pontos de

telecomunicações distribuídos nas áreas de trabalho. De acordo com a norma

ANSI/TIA/EIA 568-B, são aceitas as seguintes mídias para o cabeamento horizontal:

Cabo UTP de 4 pares¹;

Cabo ScTP de 4 pares¹;

Cabo de fibra óptica multimodo de 2 fibras com diâmetro de 50/125 µm e 62,5/125

µm;

Abaixo estão citadas algumas considerações a serem observadas em relação

ao cabeamento horizontal:

O cabeamento horizontal é constituído de um ponto de telecomunicações, da

terminação mecânica e dos cabos de conexão;

Cada posição do painel de distribuição corresponde somente a um único conector

na área de trabalho;

________________

¹ Para o cabeamento horizontal, somente serão aceitos cabos com condutores sólidos devido a sua

menor perda em relação aos flexíveis

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Cabos de pares trançados devem ser instalados com uma folga de 3 metros na

sala de telecomunicações e 30 cm nas caixas de tomadas (outlets), e 7 metros e

1 metro, respectivamente, quando se usar cabos de fibras ópticas; A norma prevê

100 metros totais para o Cabeamento Horizontal: 90 metros entre o Armário de

Telecomunicações e as Tomadas de Telecomunicações (conectores de parede); 10

metros para cabos entre uma estação de trabalho e o conector de parede, (em geral, 3

metros) mais as conexões internas do Armário de Telecomunicações e entre este e os

equipamentos ativos (7 metros restantes);

É proibido o uso de emendas;

O comprimento do cabo jamais poderá exceder 90 metros;

Deve prover com um mínimo de duas tomadas no ponto de telecomunicações

onde pelo menos uma deve ser conectada a um cabo UTP 4 pares;

Os cabos devem ser terminados em painéis dentro da mesma categoria dos

cabos ou maior;

Os cabos não devem localizar-se próximos a fontes de EMI e RFI;

É indicado utilizar no mínimo dutos de 1 polegada;

Qualquer lançamento de eletrodutos não deve servir mais de três saídas;

Nenhum trecho de eletrodutos deverá ser maior que 30 metros ou conter mais de

2 ângulos de 90° sem caixas de passagem;

A taxa de ocupação durante a instalação deverá ser de 40%, garantindo um

espaço para futuras expansões;

Há uma solução, denominada cabeamento por zona (Zone Wire), que oferece

uma maior flexibilidade ao cabeamento horizontal.

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2.1.2 Cabeamento Backbone (Backbone Distribution)

O backbone tem a função de providenciar a interligação entre as salas de

telecomunicações, salas de equipamentos e entrada do edifício. Também é utilizado

para prédios em ambientes externos (campus backbone). Algumas considerações

devem ser feitas em relação ao backbone:

Está limitado a no máximo duas hierarquias (dois níveis). Não deverá existir mais

do que duas conexões cruzadas além da principal;

Distância máxima de 90 metros quando utilizados cabos metálicos;

Evitar a instalação próxima a fontes de EMI e RFI (Radio Frequence Interference);

Evitar a utilização de cabos multipares (devido a diafonia);

Não devem localizar-se na coluna dos elevadores;

Deverá se dispor de um duto de 4" para cada 5.000 metros quadrados de área

útil, mais dois dutos adicionais para crecimento ou reserva;

Devem estar devidamente equipados com bloqueios contra fogo;

Ao projetar um backbone, deveremos tomar o cuidado de fazer uma análise

rigorosa das necessidades futuras para que não incorramos ao erro de especificar

um backbone que não suporte aplicações a longo prazo. Uma solução é a utilização

de fibras ópticas, pelo fato delas possuírem uma largura de banda superior aos

cabos metálicos, fazendo com que a aceitação a futuras expansões e atualizações

tecnológicas seja maior.

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2.1.3 Área de Trabalho (Work Area)

É na área de trabalho que se encontra instalado o usuário do sistema de

cabeamento estruturado. Ali estão instalados equipamentos como:

Microcomputadores;

Telefones;

Câmeras ou monitores de vídeo (CFTV);

Sensores (de invasão, incêndio ou outros); etc

Os cabos utilizados para conectar os equipamentos acima aos pontos de

telecomunicações também fazem parte da área de trabalho. Esta área engloba

também adaptadores, baluns ou outros elementos, que deverão rigorosamente ser

instalados externamente aos conectores dos pontos de telecomunicações. A área de

trabalho é o único elemento de um sistema de cabeamento estruturado no qual o

usuário pode interagir realizando alterações.

2.1.4 Sala de Telecomunicações (Telecommunications Room)

As salas de telecomunicações (a ANSI/TIA/EIA 568-A dá a denominação de

armários de telecomunicações) têm a função de abrigar as conexões cruzadas

horizontais bem como os elementos ativos (se utilizada a arquitetura distribuída).

Algumas características a serem tomadas quanto ao projeto de uma sala de

telecomunicações:

As conexões cruzadas ou interconexões devem ficar dentro destas salas;

Deverá existir uma sala de telecomunicações para atender cada pavimento;

Deve localizar-se o mais próximo possível do centro da área a ser atendida;

Deve-se prever espaços para expansões;

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Deverá possuir um barramento de aterramento (TGB);

Deve possuir controle de temperatura se houverem equipamentos ativos;

Deverão existir pontos de energia elétrica em circuito próprio (quando utilizados

equipamentos ativos);

Deve atender no máximo 1000 m² de área;

Se um lance horizontal ultrapassar 90 metros deverá ser providenciada uma sala

adicional;

A sala de telecomunicações é dimensionada de acordo com a área atendida,

ou seja, de acordo com o número de pontos de telecomunicações. Dessa forma,

para pequenas instalações, é comum a montagem em racks ou em pequenos

armários. Uma conexão cruzada é a ligação entre os painéis que concentram o

cabeamento proveniente das áreas de trabalho e do backbone.

Uma interconexão é a ligação entre os painéis concentradores do cabeamento

horizontal e os elementos ativos. Nesse caso, os elementos ativos são conectados

diretamente ao backbone. É importante salientar que, na prática, é aconselhável a

utilização de conexões cruzadas devido ao fato de que os painéis possuem uma

resistência maior as operações de inserção dos conectores.

2.1.5 Sala de equipamentos (Equipment Room)

É na sala de equipamentos que ficam instalados os principais equipamentos

de telecomunicações do edifício, como centrais, PABX, switches, roteadores, etc.

Também fica localizada nesta a conexão cruzada principal (MCC – Main Cross-

Connect) do cabeamento estruturado, que serve como partida para o primeiro nível

de backbone. Quanto ao projeto de uma sala de equipamentos, é necessário ter em

mente alguns critérios:

Fácil acesso e localização (proporcionando as menores distâncias);

Cuidados com temperatura, umidade, alimentação elétrica, fontes de EMI

(Electromagnetic Interference) e aterramento;

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23

Uso restrito a equipamentos destinados ao sistema de telecomunicações do

edifício;

2.1.6 Entrada do edifício (Entrance Facility)

A entrada do edifício é o ponto de transição entre os serviços externos

(concessionária de telefonia, provedora de serviços de dados, etc.) e o sistema

interno. Esse subsistema comporta os cabos de entrada, hardware de conexão,

equipamentos de proteção e outros elementos necessários para ligar sistemas

externos ao sistema interno estruturado. A entrada dos cabos no edifício pode ser:

Subterrânea: Através de dutos instalados sob o piso.

Características:

Devem ser bem seladas para evitar a entrada de água, roedores e outros

inconvenientes;

Geralmente possuem tempo de instalação maior quando houver a necessidade

de montagem de infra-estrutura;

Preservam a estética do prédio.

Enterrada: Nesse caso os cabos são diretamente enterrados em valas abertas por processo manual ou mecânico e logo depois recobertos.

Características:

Dificilmente possuem uma rota bem definida pois podem alterá-la com facilidade;

São mais susceptíveis a esforços mecânicos bem como acidentes;

Possuem pouca facilidade de expansão;

Preservam a estética do prédio;

Aérea: O cabo vem de um poste próximo ao edifício e é preso à fachada através de ancoramento.

Características:

Possuem fácil manutenção;

Possuem normalmente um tempo de instalação menor;

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24

Não preservam a estética do prédio;

Não permitem a entrada de outro sistema no mesmo ponto;

É importante esclarecer que no projeto, ao considerar a entrada de um

serviço, deverão ser obedecidos os padrões e critérios impostos pela companhia

local responsável pelo fornecimento do serviço.

2.2 NORMAS E PADRÕES

Devido à falta de padronização, empresas das áreas de telecomunicações e

informática reuniram-se, em meados da década de 80, com o proposto de criar um

sistema que fosse “não-proprietário”, ou seja, garantisse que um cliente pudesse

comprar a infra-estrutura de um fabricante e equipamentos de outro, interagindo

todos entre si, já que até o momento nada garantia que isso pudesse ocorrer.

3.3 NORMAS EIA / TIA

A tabela abaixo mostra uma visão geral das normas adotadas no Cabeamento

Estruturado.

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25

Tabela 1 - Normas do Cabeamento

Norma Assunto

EIA/TIA 568 Especificação geral sobre cabeamento estruturado em

instalações comerciais.

EIA/TIA 569 Especificações gerais para encaminhamento de cabos Infra

estrutura , canaletas, bandejas, eletrodutos, calhas.

EIA/TIA 606 Administração da documentação.

EIA/TIA 607 Especificação de aterramento.

EIA/TIA 570 Especificação geral sobre cabeamento estruturado em

instalações residenciais.

Através dessas normas, a EIA (Electric Industries Association) reuniu-se coma

a TIA (Telecommunication Industry Association) para criar em 1991, nos Estados

Unidos, a primeira versão da norma ANSI/EIA/TIA 568-A. Desde então surgiram

atualizações chamadas de TSBs (Technicals Systems Bulletin) com finalidade de

acompanhar as evoluções da indústria. Em julho de 2001 foi publicada a

ANSI/EIA/TIA 568-B em substituição à antiga norma.

Também é importante citar outras três normas norte-americanas utilizadas em

sistemas de cabeamento estruturado que são a ANSI/EIA/TIA 569-A que trata da

infra-estrutura, a ANSI/EIA/TIA 606 que aborda a identificação e administração e a

ANSI/EIA/TIA 607 sobre aterramento.

Outra norma bastante utilizada é a ISO/IEC 11801 intitulada Generic Cabling

for Customer Premises (Cabeamento Genérico para Instalações do Cliente), norma

internacional elaborada por um sub-comitê criado pela ISO (International

Standardization for Organization) e a IEC (International Electrothecnical Comission),

que possui poucas diferenças em relação à norma americana, defendendo também

um sistema de cabeamento genérico. (ALVARO ANDRÉ,2007)

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26

No Brasil, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que é o órgão

responsável pela normalização técnica no país, lançou em julho de 2001 a norma

NBR 14565 – Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de

telecomunicações para rede interna estruturada – apresentando os parâmetros

necessários para a elaboração de projetos de cabeamento estruturado. Antes disto,

a norma para cabeamento de edifícios comerciais válida para o Brasil era a ISO/IEC

11801. (ALVARO ANDRÉ,2007)

2.4 ESPECIFICAÇÕES DOS CABOS.

A norma EIA/TIA 568 classifica o sistema de cabeação em categorias levando

em consideração aspectos de desempenho, largura de banda, comprimento,

atenuação e outros fatores de influência neste tipo de tecnologia. A seguir, serão

apresentadas as categorias de cabeação com tecnologia de par trançado UTP e

STP e de fibra óptica. (ALVARO ANDRÉ,2007)

2.4.1 Cabos UTP e STP ( Cabos par trançado ).

Os cabos UTPs são compostos de pares de fios trançados não blindados de

100 Ohms. Este tipo de cabo, nos dias de hoje, são projetados para alto

desempenho na transmissão de dados ou voz.Os cabos de pares trançados

blindados STPs, combinam as técnicas de blindagem. Os STP projetados para

redes têm dois tipos. O STP mais simples é chamado "blindado de 100 ohms", pois,

a exemplo do UTP, tem uma impedância de 100 ohms e contém uma blindagem

formada por uma folha de cobre ao redor de todos os seus fios. No entanto, o

formato mais comum de STP, lançado pela IBM e associado à arquitetura de rede

token-ring IEEE 802.5, é conhecido como STP de 150 ohms devido a sua

impedância de 150 ohms. (ALVARO ANDRÉ,2007)

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27

2.4.2 Tipos de cabos UTP / STP

Categoria 1

Normalmente, um cabo da Categoria 1 é um fio não-trançado AWG 22 ou 24, com

grandes variações de valores de impedância e atenuação. A Categoria 1 não é

recomendada para dados e velocidades de sinalização superiores a 1 megabit por

segundo. (ALVARO ANDRÉ,2007)

Categoria 2

Esse cabo utiliza fios de pares trançados A WG 22 ou 24. Pode ser utilizado com

uma largura de banda máxima de 1 MHz, mas é testado em relação à paradiafonia.

Você pode utilizar esse cabo para conexões de computador IBM 3270 e AS/400 e

com o Apple LocalTalk. (ALVARO ANDRÉ,2007)

Categoria 3

Essa categoria utiliza fios de pares trançados sólidos A WG24. Esse fio apresenta

uma impedância típica de 100 ohms e é testado para atenuação e para diafonia a 16

megabits por segundo, esse fio é o padrão mais baixo que você poderá usar para

instalações 10Base-T e é suficiente para redes Token-Ring de 4 megabits.

(ALVARO ANDRÉ,2007)

Categoria 4

Esse cabo tem uma impedância de 100 ohms, e é testado para uma largura de

banda de 20 MHz. Os cabos dessa categoria são formalmente classificados para

uma velocidade de sinalização de 20 MHz. Portanto, eles representam uma boa

opção caso você pretenda utilizar um esquema Token-Ring de 16 megabits por

segundo em fios de pares trançados sem blindagem. O cabo da Categoria 4 também

funciona bem com instalações 10Base-T. (ALVARO ANDRÉ,2007)

Categoria 5

Trata-se de um cabo de fios de pares trançados sem blindagem AWG 22 ou 24 com

uma impedância de 100 ohms. Testado para uma largura de banda de 100 MHz,

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28

esse cabo é capaz de transportar uma sinalização de dados a 100 megabits por

segundo sob determinadas condições. (ALVARO ANDRÉ,2007)

Figura 2 - Cabo Par Trançado Categoria 5

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

Categoria 5e

O Cat5e suporta até 1gbps de transmissão de dados, cada um de seus pares

trançados podem trabalhar no máximo em transmissão e recepção de até 250mbps,

caso trabalhem na condição de Tx/Rx e seus receptores suportem a mesma

condição. O Cat5e trabalha geralmente na taxa de 100mbps. Uma de suas melhores

características é a maleabilidade que este cabo possui, facilitando a instalação, é um

bom cabo em relação custo x benefício devido ao seu custo ser relativamente baixo.

Categoria 6

Trabalha com a taxa de 1gbps onde dois de seus pares trabalham como receptores

(Rx) e outros dois pares trabalham com transmissores (Tx), cada par trançado do

Cat6 tem capacidade de taxa de 500mbps, ou seja, 500mbps x 2 para recepção e

500mbps x 2 para transmissão. O Cat6 requer eletrônica simples para cada receptor

em cada extremidade, ele possui um conduíte interno o que tira um pouco sua

maleabilidade, é um cabo com maior diâmetro assim dificultando instalações quando

muitos cabos são utilizados.

Categoria 7

É uma nova categoria ou classe de desempenho que apresenta uma largura de

banda de 600Mhz e que usa um tipo de conector diferente do RJ-45 tradicional. No

caso do conector, foi padronizada pelo IEC uma interface do tipo não-RJ designada

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por IEC 61076-3-104, padrão destinado aos sistemas de cabeamento estruturado de

Categoria 7/Classe F.

Figura 3 - Conector IEC 61076-3-104

Fonte: PINHEIRO,2004

A infra-estrutura para atender a Categoria 7 utiliza cabeamento S/FTP

(Screened Foil Twisted Pair). São cabos com dupla blindagem, onde cada par

individual recebe uma blindagem do tipo "folha metálica" (foirl) e todos recebem uma

blindagem geral tipo malha de blindagem (screened). Os sistemas dessa Categoria

somente podem ser implementados utilizando os cabos S/FTP, não existindo

nenhum cabo UTP e ScTP Classe F/ Categoria 7.

Figura 4 - Cabo S/FTP

Fonte: PINHEIRO,2004

A Categoria 7 foi desenvolvida para ser um sistema aberto, capaz de suportar

algum padrão de rede Gigabit Ethernet, ou mesmo para ser utilizada em alguma

arquitetura de rede ainda mais rápida. Dessa forma, os cabos da Categoria 7 se

enquadram em um novo padrão de cabeamento de rede em par trançado, que

utilizam os 4 pares de fios blindados e hardware de conexão também blindado,

sendo capazes de trabalhar com freqüências de 600MHz.

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Tabela 2 - Categorias de Cabeamento

ISO EIA/TIA Utilização

Cat 1 Serviços telefônicos e dados de baixa velocidade

Cat 2 RDSI e circuitos T1/E1 - 1,536 Mbps/2,048 Mbps

Classe C Cat 3 Dados até 16 MHz, incluindo 10Base-T e 100Base-T

Classe B Cat 4 Dados até 20 MHz, incluindo Token-Ring e 100B-T (extinto)

Classe D Cat 5 Dados até 100 MHz, incluindo 100Base-T4 e 100Base-TX

(extinto)

Cat 5e Dados até 100 MHz, incluindo 1000Base-T e 1000Base-TX

Classe E Cat 6 Dados até 200/250 MHz, incluindo 1000Base-T e 1000Base-TX

Classe F Cat 7 Dados até 500/600 MHz

2.4.3 Cabos de fibra óptica.

Enquanto os cabos de cobre transportam corrente elétrica, os cabos de fibra

óptica transportam luz, divido a isso apresentam imunidade a interferências

eletromagnéticas e de rádio freqüência . A isenção de ruídos internos possibilita um

maior alcance do sinal com integridade.Também pelo fato de não transportarem

sinais elétricos, são ideais para interligação entre prédios e até em Backbones de

cabeamento vertical entre andares de um mesmo prédio. (ALVARO ANDRÉ,2007)

Um cabo de fibra óptica possui dois condutores ( TX e RX ), com dois

conectores separados em cada extremidade. Cabos com várias fibras também são

muito comuns, assim como cabos para ambientes úmidos, cabos auto-sustentáveis (

para lances em posteamento ), etc. (ALVARO ANDRÉ,2007)

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2.4.4 Tipos de fibra óptica

A fibra óptica pode ser utilizada tanto para a Cabeação Horizontal como para a

Vertical. A fibra para Cabeação Horizontal é do tipo multimodo de 62,5/125m m com

um mínimo de duas fibras. A Cabeação Vertical ou Backbone utiliza fibras dos tipos

multimodo de 62,5/125m m e monomodo formados em grupos de 6 ou 12 fibras.

(ALVARO ANDRÉ,2007)

Figura 5 - Fibra Óptica Monomodo e Multimodo

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

Fibra Multimodo

Possui largura de banda reduzida.

Baixas velocidades.

Pequenas distâncias.

Cabeamento vertical e horizontal.

Fibra Monomodo

Maior largura de banda.

Velocidades entre 2Mbps e 1Gbps.

Maiores distâncias.

Cabeamento vertical ( Backbone ).

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Figura 6 - Cabo de Fibra Óptica

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

2.4.5 Cabos coaxiais.

O cabo coaxial é composto de um condutor interno circundado por um material

isolante ( dielétrico ) e este por uma malha de blindagem. Foi até pouco tempo atrás,

o meio de transmissão mais difundido para ligações em redes locais. (ALVARO

ANDRÉ,2007)

Tipos de cabos coaxiais

Cabo coaxial grosso ( Yellow Cable )

Cabo coaxial fino

Figura 7 - Cabo Coaxial

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

2.5 ESPECIFICAÇÃO DE CONECTORIZAÇÃO.

Temos várias possibilidades para o cabeamento de uma rede como : coaxial,

par trançado e fibra óptica. Para os diversos tipos de cabos utilizados em redes,

existem diversos tipos de conectores, que são elementos mecânicos utilizados para

acoplar as placas de comunicação a estes cabos. (ALVARO ANDRÉ,2007)

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2.5.1 Opções para conectorização

Conector RJ45 ( Par trançado )

Quando se tem uma rede de topologia em estrela, onde o cabo utilizado é o

par trançado, geralmente se usa o conector RJ45 nas pontas dos cabos e nas

placas de comunicação. Nas placas de comunicação e tomadas os conectores

são do tipo “fêmea” enquanto nas extremidades dos cabos, são do tipo “macho”.

Figura 8 - Conector RJ45 Macho

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

Figura 9 - Conector RJ45 Fêmea

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

Figura 10 - Conector RJ45 Macho para cabos CAT6

Fonte: Google, 2011

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Figura 11 - Conector RJ45 Fêmea para CAT6

Fonte: Google, 2011

2.5.2 Padrões de conectorização RJ45

Visando padronizar o cabeamento, a norma prevê duas possibilidades de

conectorização, no que se refere à disposição dos pares nos conectores padrão RJ-

45. Estes padrões, denominados 568A e 568B, podem ser utilizados indistintamente,

observando-se apenas que, ao optar por uma configuração, a conectorização em

todos os dispositivos (Patch Panel, RJ-45 macho e fêmea) deverão ser feitas da

mesma forma. (ALVARO ANDRÉ,2007)

Tabela 3 - Sequencia de Crimpagem

PINAGEM 568A PINAGEM 568B

1 Branco/Verde 1 Branco / Laranja 2 Verde 2 Laranja 3 Branco / Laranja 3 Branco / Verde 4 Azul 4 Azul 5 Branco / Azul 5 Branco / Azul 6 Laranja 6 Verde 7 Branco / Marron 7 Branco / Marron 8 Marron 8 Marron

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Figura 12 - Pinagem / Polarização dos Conectores RJ45

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

Conectores ópticos

Quando se usa cabo de fibra óptica para instalação de uma rede, é

necessário a utilização de conectores ópticos. Os principais conectores são do

tipo SMA, ST, MIC e SC.Os conectores do tipo ST são os mais atuais usado em

redes Ethernet de 10Mbits e os SC em redes Ethernet de 100Mbits e o MIC em

redes FDDI.

Figura 13 - Conectores para Fibra Óptica

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

Conectores coaxias

Geralmente utilizado com cabos coaxiais, nas redes de topologia em barra.

Em cada ponta do cabo coaxial existirá um conector do tipo BNC. As placas

padrão Ethernet possuem conectores BNC tipo fêmea que receberão os

conectores tipo macho do cabo coaxial.

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Figura 14 - Conectores Coaxiais BNC

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

2.6 TOMADA DE TELECOMUNICAÇÕES

A norma EIA/TIA 568 prevê a utilização das tomadas de telecomunicações

para interligação dos equipamentos de rede ao cabeamento horizontal. (ALVARO

ANDRÉ,2007)

Figura 15 - Tomada de Telecomunicação

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

2.7 LINE CORDS E PATCH CABLES

Os line Cords e Patch Cables são cabos utilizados para interligação dos

equipamentos de redes a tomada de telecomunicação e dos hubs aos Patch panels

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respectivamente.Os cabos devem ser adquiridos diretamente do fabricante ou

montados pelos instaladores, utilizando-se cabo par trançado de 4 pares com

condutores flexíveis e não sólidos. O conector RJ45 deverá ser o apropriado para

cabos par trançado flexíveis, que é diferente do utilizado normalmente.Para os line

cords deverá ter um comprimento máximo de 3 metros e no máximo 6 metros para

os patch cables. (ALVARO ANDRÉ,2007)

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

2.8 PAINÉIS DE DISTRIBUIÇÃO ( PATCH PANELS )

Possui a função de fazer a conexão entre o cabeamento que sai do Rack e

chaga as tomadas de telecomunicação e permitir que uma mudança, como por

exemplo, de um determinado usuário de um segmento para outro seja feita

fisicamente no próprio Rack.

Os Patch Panels são dimensionados pelo número de portas, geralmente, 24,

48 e 96 portas RJ45. A quantidade de Patch Panels assim como o número de portas

dependem do número de pontos de rede. (ALVARO ANDRÉ,2007)

Os Patch Panels podem ainda ser modulares, onde podemos instalar

conectores extras como conectores RJ45, BNC e conectores para fibra óptica.Na

norma EIA/TIA 568 o patch panel deve ficar instalado no Telecommunications

Closets ( TC ).Os componentes de cabeamento estruturado para montagem em

Figura 16 - Cabo Montodo (Line Cord / Patch Cord)

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Rack, devem seguir a largura de 19” e altura variando em Us ( 1 U = 44mm ).

(ALVARO ANDRÉ,2007)

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

2.9 PAINÉIS DE CONEXÃO ( CROSS CONECTIONS )

Os painéis de conexão tem a função semelhante a do patch panel, porém não

possuem conectores RJ45. Estes dispositivos possuem uma base onde são

montados os conectores IDC ( Insulation Displacement Contact ). A utilidade se dá

no caso de necessidade de emendas ou distribuições em andares. (ALVARO

ANDRÉ,2007)

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

2.10 RING RUN

Figura 17 - Modelos de Patch Panel

Figura 18 - Painel de Distribuição

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São dispositivos utilizados para guiar os patch cables dentro do Rack para

melhor organização dos mesmos e evitar que o peso dos cabos não interfira nos

contatos tanto nos Hubs como nos patch panels.

Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

2.11 RACKS

O Rack também chamado de bastidor ou armário, tem a função de acomodar

os Hubs, Patch Panels e Ring Runs. Suas dimensões são : Altura variável em Us ( 1

U = 44mm ) e largura de 19”.Quanto a utilização de um Rack aberto ou fechado

dependerá do nível de segurança onde o mesmo será instalado. Se for em um CPD,

onde só entram pessoas autorizadas, é aconselhável utilizar-se de Rack aberto, pois

como ele é composto de hastes laterais, a manutenção fica facilitada. (ALVARO

ANDRÉ,2007)

Em instalações onde existe a necessidade de Racks distribuídos (em

andares, por exemplo), aconselha-se o uso de Racks fechados que possuam porta

frontal em acrílico, para visualização dos equipamentos, e que esta porta tenha

chave.

Figura 19 - Ring Run

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Fonte: ALVARO ANDRÉ,2010

3. METODOLOGIA

Desenvolvimento de um projeto para possibilitar melhorias nos laboratórios de

informática de uma Instituição de Ensino Superior, atravez da utilização das normas

de cabeamento estruturado.

Figura 21 - Rack Fechado Figura 20 - Rack Aberto

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41

3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Foi utilizado a pesquisa exploratória que têm como objetivo proporcionar

maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a

constituir hipóteses. Pode-ser dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal

o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é,

portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais

variados aspectos relativos ao fato estudado.

Na maioria dos casos, essas pesquisas envolver:levantamento bibliográfico,

entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema

pesquisado, análise de exemplos que “estimulam a compreensão”. Embora o

planejamento da pesquisa exploratória seja bastante flexível, na maioria dos casos

assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso. De acordo com

(Gil,1994) entende-se pesquisas exploratórias como sendo aquelas cujos objetivos

se concentram em conhecer melhor o objeto a ser investigado. Segundo o autor,

“pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de

idéias ou a descoberta de intuições”.

Bem como a pesquisa exploratória, também foi utilizada a entrevista

estruturada que desenvolve-se a partir de uma relação fixa de perguntas, cuja ordem

e redação permanecem invariável para todos os entrevistados, que geralmente são

em grande número. Por possibilitar o tratamento quantitativo dos dados, este tipo de

entrevista torna-se o mais adequado para o desenvolvimento de levantamentos

sociais.(GIL,1999)

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4. PROJETO

Analisando os laboratórios de uma IES percebeu-se uma deficiência em suas

instalações de rede física. Visando a melhoria da estrutura existente, propõem-se,

um projeto de estruturação da rede atual, buscando adequá-la as normas de

cabeamento estruturado atendendo as necessidades da instituição de ensino.

A IES possui 9 laboratórios de informática que são utilizados tanto para as

aulas quanto para atividades extra classe dos alunos. Além dos laboratórios,

também existe uma sala de iniciação científica que é utilizada no desenvolvimento

de pesquisas dos alunos dos cursos da área da computação. Esses ambientes são

coordenados pelo Núcleo de Laboratório de Informática (NLI) que faz todo o controle

lógico e físico dos ambientes.

Para o desenvolvimento do referido trabalho, foram escolhidos 3 laboratórios

para serem reestruturado dentro do escopo proposto. Esses 3 laboratórios foram

escolhidos por necessitarem de um maior desempenho da rede pois são

específicos para os cursos de Ciência da Computação e Sistema de Informação,

que trabalham com o desenvolvimento de sistemas necessitando de um auto

desempenho da rede.

Cada laboratório possui 21 máquinas interligadas a um switch instalado em

cada ambiente. Esses switches estão interligados a estrutura de rede do NLI, que

possibilita os computadores de cada sala acesso aos servidores e à internet, já a

sala de iniciação científica possui uma inalação diferenciada contendo não 21

computadores mas somente 5 que são ligados a um ativo que se conecta ao NLI

para obter conexão com a internet e acesso aos servidores.

A central de rede possui 4 servidores principais e outros 2 secundários que

ficam responsáveis pelas autenticações dos usuários bem como o armazenamento

das informações dispostas pelos professores e documentos salvos pelos usuários,

ficam responsáveis também pela proteção da rede e controle de trafego da mesma.

As estruturas atuais dos laboratórios deixam suas vulnerabilidades muito

expostas de forma que o ambiente possa interferir no funcionamento da rede, um

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43

exemplo disso é a localização dos ativos dentro de cada sala sem a utilização de um

rack fechado possibilitando que qualquer pessoa possa alterar a seqüência dos

cabos que foram colocadas pelos funcionários, bem como danificar o equipamento,

outra vulnerabilidade presente na atual estrutura e a falta de documentação do

cabeamento que dificulta o gerenciamento da rede por parte de seus responsáveis.

Será demonstrado a seguir as imagens contendo a estrutura dos cabeamento

atual dos laboratórios:

Estrutura do laboratório 1:

Figura 22 - Laboratório 1

Fonte: NLI,2011

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44

Estrutura do laboratório 2:

Figura 23 - Laboratório 2

Fonte: NLI,2011

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Estrutura do laboratório 3:

Figura 24 - Laboratório 3

Fonte: NLI,2011

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Estrutura da Iniciação Científica:

Figura 25 Iniciação Científica

Fonte: NLI,2011

Depois de levantada todas as informações iniciou-se um trabalho de analises

de referenciais teóricos para embasar a construção de uma solução tendo como

ponto principal as normas de cabeamento estruturado, este estudo culminou-se na

escrita de um artigo que foi apresentado no 9º Simpósio de Pesquisa e Iniciação

Cientifica da Universidade Vale Do Rio Doce – UNIVALE. Após o termino das

pesquisas e entrevistas realizadas, deu-se inicio ao projeto de reformulação do

cabeamento nos laboratórios da IES.

A construção do projeto teve inicio com o levantamento do tipo de

cabeamento utilizado, informações sobre a categoria de cabo implementada, suas

tomadas de telecomunicação e sua documentação até então inexistente, para

construir esse levantamento realizamos uma entrevista com o coordenador do

laboratório onde o mesmo apresentou problemas que podem ser relacionados à

estrutura física e apontou procedimentos que não condizem com as normas de

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cabeamento dificultando tanto o desempenho da rede como seu gerenciamento, não

esquecendo de mencionar o tempo que a presente estrutura está instalada sem a

utilização do cabeamento.

Depois de uma entrevista e algumas conversas com o coordenador dos

laboratórios da IES foram detectados alguns problemas provenientes da não

utilização das normas, também pode ser registrado de forma alarmante a idade do

cabeamento implementado que já excede a expectativa de vida de uma estrutura

construída sem a utilização de normas.

Diante de tais fatos apurados durante as pesquisas de campo foi construída a

proposta da implementação das normas de cabeamento estruturado nos laboratórios

em questão, e claro que por se tratar de construções de difícil modificação física

nem todas as normas poderão ser implementadas e visando também a utilização de

pouco capital financeiro pra essa reestruturação.

Após levantadas as características do ambiente atual iniciou-se a construção

de uma proposta de melhoria na estrutura apresentada buscando minimizar os

impactos de mudanças físicas e de investimentos para a implantação de um novo

projeto de cabeamento. O projeto apresentado tomou por base os quesitos de

segurança de documentação e de melhoria na transmissão de dados, propondo-se a

troca de todo cabeamento que se apresenta hoje em categoria 5e pela categoria 6

visando trazer um aumento de performance no fluxo de dados, concentrou-se todos

os ativos dentro do núcleo de informática com o intuito de melhorar e facilitar o

gerenciamento dessa estrutura bem como garantir a segurança dos ativos que não

mais estariam instalados nos laboratórios permitindo o manuseio por pessoas

indevidas.

O novo projeto foi proposto em cima das estruturas apresentadas nas figuras

22, 23, 24 e 25 que por meio da utilização de algumas normas foram estruturadas e

serão demonstradas a seguir:

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Estrutura do laboratório 1:

Figura 26 - Laboratório 1 Remodelado

Fonte: Elaborado pelos autores,2011

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Estrutura do laboratório 2:

Figura 27 - Laboratório 2 Remodelado

Fonte: Elaborado pelos autores,2011

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Estrutura do laboratório 3:

Figura 28 - Laboratório 3 Remodelado

Fonte: Elaborado pelos autores,2011

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Estrutura da Iniciação Científica:

Figura 29 – Iniciação Científica Remodelado

Fonte: Elaborado pelos autores,2011

O novo projeto tem como objetivo a mudança dos ativos para dentro da

central de rede de forma a aumentar a segurança com os equipamentos e facilitar a

manutenção dos mesmos, não podemos deixar de mencionar também que através

dessa reestruturação a categoria de cabeamento utilizada nos laboratórios que

atualmente corresponde CAT5 seria substituída pela categoria 6 visando uma maior

velocidade na comunicação entre os computadores, dessa forma essa

reestruturação possibilitaria a construção de uma documentação de identificação e

trajetos do cabeamento inexistente na estrutura atual. Criando dessa forma uma

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nova estrutura protegida e eficiente com o uso do cabeamento estruturado e suas

normas.

Estrutura utilizando as normas e o estudo aprendidos nesse trabalho:

Figura 30 - Estrutura Nova

Fonte: Elaborado pelos autores,2011

E importante mencionar que o projeto acima está fazendo uma adequação da

estrutura existente que foi levada em consideração a implementação do mesmo

visando a utilização de menos recursos e menos transtornos técnicos e de

construção civil pois o objetivo é remodelar a rede de forma que ela possa utilizar as

normas do cabeamento estruturado para uma melhoria de seu gerenciamento e de

seu desempenho.

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5. Conclusão e Trabalhos Futuros

O uso do cabeamento estruturado tem se mostrado uma forma eficiente e

alternativa ao aprendizado, principalmente, bem como outras aplicabilidades

descritas anteriormente. Sua representação na forma de normas, propostas pelo

EIA/TIA mostra-se uma solução elegante para o problema de cabeamento não

estruturado ou do inconveniente de fornecer manutenção em um emaranhado de

cabos.

A falta de organização que melhorasse o processo de manutenção e

administração de uma rede que tenha um enorme fluxo de dados foi a motivação

deste trabalho, que além de um desafio, já que as tecnologias e metodologias são

novidades, sendo uma contribuição representativa para as pessoas, empresas e

alunos que utilizam desses recursos.

A continuação do desenvolvimento do projeto para a rede wireless fará parte

dos trabalhos futuros, onde procuraremos melhorar funcionalidades e realizar testes

de usabilidade e comunicabilidade com possíveis usuários para que possa atender

totalmente as necessidades da IES.

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6. Referências Bibliográficas

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Arquivo acessado em 25/10/2011

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internet via URL: http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_cabeamento

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Arquivo acessado em 25/10/2011

APÊNDICE(S)

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APÊNDICE A - Entrevista realizada no dia 18 de agosto:

1) A estrutura atual atende?

Pode melhorar.

2) Desempenho, a estrutura prejudica?

Quando tem uma maior quantidade de maquinas ligada a rede, ela reduz seu

desempenho.

3) Quanto tempo o cabeamento esta sendo utilizado?

10 anos sendo utilizado.

4) A manutenção na estrutura atual e fácil?

Facilidade apenas nos conectores já no cabeamento possui muitos

problemas.

5) A rede esta perfeitamente identificada?

Apenas nas pontas, não possui identificação nem mapeamento dos cabos.

6) Tem necessidade de um Ativo (swich) dentro de cada sala de aula?

Pode ser alterada para analisar a melhor situação sobre uma possível

alteração

7) Qual a categoria atualmente utilizada no cabeamento?

Cat 5, fibra ótica apenas na conexão com o CIT

8) Seguem as normas? De caneletas ou só de conectorização?

Não, Apenas a conectorização utilizando 568A.