INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA

5
INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA “E puseram a arca de Deus em um carro novo e a levaram da casa de Abinadabe, que está em Ceba; e Uzá e Aio, filhos deAbinadabe, guiavam o carro novo” (2 Sm 6.3). O mundo pós-moderno é pleno de inovações. Mas a Igreja de Cristo não precisa de novidades, e sim, de constante renovação no Espírito Santo. Estetema é algo que estamos vivenciando, de maneira tímida em alguns lugares e de forma mais ousada em outros, não obstante, é necessário abordá-lo com embasamento bíblico. A igreja não pode viver de inovações e modismos, mas precisa ser alimentada pela verdadeira Palavra de Deus. Os modismos - como o próprio nome indica - vêm e passam, mas a Palavra do Senhor dura para sempre (Lc 21.33; Jo 6.68; 17.77; Fp 2.16). Modismo: Aquilo que é transitório e está em moda, tendo, portanto, caráter passageiro. Os modismos e desvios doutrinários constituem grandes desafios para a igreja destes últimos dias, por contrariarem os princípios doutrinários esposados nas Sagradas Escrituras. É dever de todo crente sincero e temente a Deus, preservar a sã doutrina. INOVAÇÕES E MODISMOS MINISTERIAIS 1

Transcript of INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA

Page 1: INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA

INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA

INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA

 “E puseram a arca de Deus em um carro novo e a levaram da casa de Abinadabe, que está em Ceba; e Uzá e Aio, filhos deAbinadabe, guiavam o carro novo” (2 Sm 6.3).

 O mundo pós-moderno é pleno de inovações. Mas a Igreja de Cristo não precisa de novidades, e sim, de constante renovação no Espírito Santo.Estetema é algo que estamos vivenciando, de maneira tímida em alguns lugares e de forma mais ousada em outros, não obstante, é necessário abordá-lo com embasamento bíblico. A igreja não pode viver de inovações e modismos, mas precisa ser alimentada pela verdadeira Palavra de Deus. Os modismos - como o próprio nome indica - vêm e passam, mas a Palavra do Senhor dura para sempre (Lc 21.33; Jo 6.68; 17.77; Fp 2.16). Modismo: Aquilo que é transitório e está em moda, tendo, portanto, caráter passageiro. Os modismos e desvios doutrinários constituem grandes desafios para a igreja destes últimos dias, por contrariarem os princípios doutrinários esposados nas Sagradas Escrituras. É dever de todo crente sincero e temente a Deus, preservar a sã doutrina.

INOVAÇÕES E MODISMOS MINISTERIAIS 1. A síndrome do “carro novo” (2 Sm 6.1-3). Ao trazer a Arca do Senhor para Jerusalém, Davi não atentou para um detalhe importante: nada poderia ser modificado ou inovado em relação ao modo de lidar com aquele objeto sagrado. A despeito disso, a Arca foi colocada sobre um carro de bois em vez de ser conduzida nos ombros dos sacerdotes. Por que essa atitude, aparentemente normal, não teve a aprovação de Deus? a) A Arca fora conduzida por pessoas não autorizadas. Os que transportavam a Arca do Senhor não eram divinamente chamados para esse ofício (Números 1.47-52; 4.1-49). Eleazar, filho de Abinadabe, é que havia sido separado para esse ministério (1 Samuel 7.1b). b) A Arca fora conduzida de forma errada. De acordo com a orientação divina, a Arca deveria ser transportada pelos levitas (Êxodo 25.14; Deuteronômio 31.25; Josué 3.3), e

1

Page 2: INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA

INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA

não por meio de carros puxados por bois. Aquele carro de bois não deveria fazer parte do cortejo sagrado (2 Samuel 6.6,7). 2. O ministério modernizado. Hoje, em muitos lugares, há aqueles que pregam o evangelho, utilizando-se de “carros de bois”, inserindo inovações e modismos contrários aos ensinos da Palavra de Deus. Tais pessoas têm até boas intenções. Todavia, o que elas realmente desejam é adequar o evangelho à cultura secular. Às vezes, não percebem que estão misturando o sagrado com o profano. E quando acontece essa mistura os resultados são trágicos (Ezequiel 22.26; Levítico 10.10). Devemos obedecer aos mandamentos das Escrituras de modo irrestrito, sem as muletas da inovação e dos modismos modernos. O episódio da transferência da Arca apresenta-nos duas advertências: o perigo de querer fazer as coisas sagradas conforme os modismos e o perigo da modernização ministerial. INOVAÇÕES LITÚRGICAS

Nos modismos temos vislumbrado os artistas de palco, com suas piadas engraçadas, seus pulos, gestos e gritos que mais parecem palhaços do que pregadores do evangelho. As cantoras e cantores com suas músicas e trajes sensuais passaram a ter papel primordial em nossos púlpitos e assim ao invés de ouvirmos DEUS falando conosco, assistimos verdadeiros shows, e nada baratos de se pagar, pois a sacola e o envelope correm insistentemente pelos corredores, quase sempre lotados, dos templos 2. O evangelho do entretenimento. O evangelho de Cristo não é entretenimento carnal, mas o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Romanos 1.16). O “evangelho do entretenimento” exalta o homem e não a Deus. Prega-se o evangelho, mas sem as suas exigências; ensina a graça, mas sem a cruz de Cristo (Salmo 93.5). Prega-se para agradar aos homens. Observe o que Paulo disse:

“Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.”(Galatas 1.10)

“Mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações.

Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha;

E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados;”

(1 Tessalonicenses 2:4-6)

SE ESTIVESSE AINDA AGRADANDO AOS HOMENS. Ninguém pode ser um autêntico ministro do evangelho e, ao mesmo tempo, procurar agradar aos outros transigindo nas verdades do evangelho (cf. 1 Coríntios 4.3-6). Paulo considerava que era seu dever falar

2

Page 3: INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA

INOVAÇÕES E MODISMOS DENTRO DA IGREJA

"não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração" (1 Tessalonicenses 2.4). Todos os crentes no evangelho de Cristo devem ter como alvo, assim como Paulo o tinha, agradar a Deus, mesmo que isso importe em desagradar a alguém (cf. Atos 5.29; Efésios 6.6; Colossenses 3.22). 2. A liturgia no culto a Deus. Através dos salmos de adoração a Deus aprendemos que a liturgia deve ser reverente e santa. Assevera-nos o salmista: "Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra" (Sl 96.9; 1Cônicas 16.29; Salmo 29.2). O culto deve ser oferecido a Deus de modo santo, reverente e consciente. Não é para o entretenimento do homem, mas para adorar ao Senhor. CONCLUINDO É necessário discernir em que direção estamos caminhando. A Bíblia fala de dois caminhos, o da bênção e o da maldição (Dt 11.26), e de duas portas, a estreita e a larga (Mt 7.13). Cuidado com as inovações, pois o que a Igreja de Cristo realmente necessita é de uma constante renovação no poder do Espírito Santo. “Vento de Doutrinas. Muitas doutrinas e práticas, em nossos dias, têm surgido depois de ‘divinas’ visões e revelações, supostos arrebatamentos ao céu ou ao inferno - individuais ou em grupo -, ‘quedas de poder’, contatos com anjos ou espíritos, além de outras experiências no mínimo estranhas. Há crentes hoje sendo ‘levados em roda por todo vento de doutrina’, porque não aprenderam a guardar a Palavra de Deus acima de tudo (Ef 4.14). Em Marcos 16.17, está escrito: ‘E estes sinais seguirão aos que crerem’. Porém, muitos têm agido como se Jesus tivesse dito: ‘E estes que crerem seguirão aos sinais’. Mas Paulo ensinou, em suas epístolas, que não devemos ir além do que está escrito (1 Coríntios 4.6)”.(ZIBORDI, C. S. Evangelhos que Paulo jamais pregaria. RJ: CPAD, 2006. p.25.) O ser humano tem a propensão de aceitar toda e qualquer inovação. Tudo que foge a normalidade - uma vez que não nos tire de nossa zona de conforto parece exercer atração irrestrita. Infelizmente, até mesmo a Palavra de Deus é vilipendiada pela comunidade cristã que, ávida por mudanças, acaba reproduzindo a dinâmica da sociedade consumista, anticristã e ateísta. Sejamos, porém, como os crentes de Beréia, recebendo a Palavra de Deus de boa vontade, mas sem deixar de ser criteriosos (Atos 17.11). Pois, alguns sem conhecimento e outros de forma premeditada a torcem, reservando para si a perdição (2 Pedro 3.16). 

3