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INOVAÇÃO, APRENDIZAGEM E COOPERAÇÃO EM SERVIÇOS: O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE TURISMO EM FLORIANÓPOLIS Equipe de pesquisa Coordenação Renato Ramos Campos (coordenador) Jeanine Batschauer (coordenação, pesquisa e redação) Equipe técnica Shandi Cardoso (pesquisadora) Nathan Gunther (apoio técnico) Michelle Mattos (tabulação) Florianópolis Novembro de 2006

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INOVAÇÃO, APRENDIZAGEM E COOPERAÇÃO EM SERVIÇOS: O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE TURISMO EM FLORIANÓPOLIS

Equipe de pesquisa

Coordenação Renato Ramos Campos (coordenador)

Jeanine Batschauer (coordenação, pesquisa e redação)

Equipe técnica

Shandi Cardoso (pesquisadora) Nathan Gunther (apoio técnico)

Michelle Mattos (tabulação)

Florianópolis Novembro de 2006

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LISTA DE FIGURAS E QUADROS Figura 01: APL de Turismo em Florianópolis .......................................................... 16 Quadro 01: Agentes de infra-estrutura física do APL de Turismo de Florianópolis

– 2006 ........................................................................................................................

20

Quadro 02: Estrutura institucional do APL de Turismo de Florianópolis/SC -2006 24

Quadro 03: Estrutura de conhecimento do APL de Turismo de Florianópolis/SC. –

2006 ...........................................................................................................................

32

Quadro 04: Inovações realizadas pelos agentes econômicos do arranjo.................... 46

Quadro 05: Objetivo da atividade de cooperação declarada pelas empresas

segundo o agente com as quais cooperou .................................................................

51

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Movimento estimado de turistas em Florianópolis/SC 1986-2006 ......... 10

Tabela 2: Total de postos formais de trabalho (PFT) no setor de serviços e nas

atividades relacionadas aos serviços turísticos no município de Florianópolis -

1995-2004 ...............................................................................................................

12

Tabela 3: Caracterização da demanda turística de Florianópolis 1993 – 1999 ....... 13

Tabela 4: Caracterização da demanda turística de Florianópolis 2000 – 2006 ....... 14

Tabela 5: Meios de hospedagem utilizados pelos turistas, nacionais e

estrangeiros, em Florianópolis 1990-2006 ..............................................................

15

Tabela 6: Número de hotéis e pousadas por região em Florianópolis/SC .............. 18

Tabela 7: Número de restaurantes especializados em frutos do mar por região em

Florianópolis/SC .....................................................................................................

18

Tabela 8: Número de agências de viagem e turismo por categoria em

Florianópolis/SC .....................................................................................................

19

Tabela 9: Meios de transporte utilizados em Florianópolis/SC – 2006 ................. 20

Tabela 10: Amostra segundo o tipo e o tamanho de estabelecimentos em

Florianópolis/SC -2006 ...........................................................................................

35

Tabela 11: Ano de fundação dos estabelecimentos prestadores de serviços

turísticos em Florianópolis/SC -2006 .....................................................................

36

Tabela 12: Tipo de atividade (natureza) dos estabelecimentos em

Florianópolis/SC – 2006 .........................................................................................

37

Tabela 13: Características das instalações/equipamentos dos meios de

hospedagem em Florianópolis/SC -2006 ................................................................

38

Tabela 14: Número de hotéis com nível para a realização de eventos em

Florianópolis/SC .....................................................................................................

38

Tabela 15: Características das instalações/equipamentos dos restaurantes em

Florianópolis/SC .....................................................................................................

39

Tabela 16: Principais serviços oferecidos pelas agências de turismo e de viagem

em Florianópolis/SC – 2006 ..................................................................................

40

Tabela 17: Relações comerciais freqüentes e rotineiras dos meios de hospedagem

em Florianópolis/SC -2006 .....................................................................................

41

Tabela 18: Relações comerciais freqüentes e rotineiras dos restaurantes em

Florianópolis/SC .....................................................................................................

42

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Tabela 19: Relações comerciais freqüentes e rotineiras das agências de turismo e

de viagem em Florianópolis/SC – 2006 ..................................................................

43

Tabela 20: Introdução de inovações em serviços, processos e organizacionais por

segmento da atividade no APL de Turismo em Florianópolis/SC -2006 ...............

45

Tabela 21: Tipo de atividade inovativa realizada rotineiramente pelos

empreendimentos turísticos de Florianópolis/SC no ano de 2005 ..........................

47

Tabela 22: Índice de importância atribuído às fontes de informações para a

inovação pelos prestadores de serviços turísticos de Florianópolis/SC -2006 ........

48

Tabela 23: Numero de empresas do APL de Turismo em Florianópolis que

realizaram atividades de cooperação, segundo o grau de freqüência da atividade

declarada pela empresa, durante os três últimos anos, 2003 a 2005 .......................

50

Tabela 24: Avaliação pelas empresas dos resultados obtidos com atividades de

cooperação com agentes locais em Florianópolis/SC-2006 ....................................

52

Tabela 25: Índice de importância atribuído pelos agentes econômicos quanto à

contribuição das instituições locais - Arranjo de turismo de Florianópolis/SC

2006..........................................................................................................................

55

Tabela 26: Participação das empresas em programas públicos realizados pelas

instituições no local..................................................................................................

56

Tabela 27: Índice de importância atribuído pelas empresas às vantagens de

localização no APL de turismo em Florianópolis....................................................

60

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 7 2. O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM FLORIANÓPOLIS .......... 8 2.1 Características da demanda turística em Florianópolis ..................................... 16 3. A CONFIGURAÇÃO DO APL DE TURISMO EM FLORIANÓPOLIS ... 17 3.1 Os agentes econômicos ..................................................................................... 17 3.1.1 Serviços de hospedagem ............................................................................. 17 3.1.2 Serviços de alimentação ............................................................................... 18 3.1.3 Serviços complementares: as agências prestadoras de serviços turísticos .................................................................................................................

19

3.2 Infra-estrutura de acesso e comunicações ......................................................... 19 3.3 Os atrativos turísticos e os equipamentos ......................................................... 21 3.4 Estrutura institucional local .............................................................................. 24 3.4.1 Agentes de preservação e regulação ........................................................... 25 3.4.2 Agentes de planejamento e promoção ........................................................ 26 3.4.3 Agentes de representação e associativos .................................................... 28 3.5 Estrutura de conhecimento ................................................................................ 31 3.6 Uma visão geral do arranjo de turismo de Florianópolis .................................. 33 4. A DINÂMICA ECONÔMICA DA ATIVIDADE TURÍSTICA: ESPECIALIZAÇÃO E COMPLEMENTARIDADE NO APL ........................ 34

4.1 Especialização do arranjo e diversificação dos serviços de turismo .............. 36 4.2 Complementaridade dos serviços no arranjo .................................................... 41 5. INOVAÇÃO E APRENDIZAGEM ................................................................ 43 6. AS RELAÇÕES DE COOPERAÇÃO NO LOCAL ..................................... 49 6.1 As relações de cooperação entre as empresas.................................................... 49 6.2 As relações de cooperação entre as empresas e as instituições.......................... 53 6.3 As características da coordenação local............................................................. 57 7. VANTAGENS DE LOCALIZAÇÃO E A COMPETITIVIDADE: POTENCIALIDADES E RESTRIÇÕES À ATIVIDADE TURÍSTICA ........

59

7.1 As vantagens da localização das empresas no APL de turismo em Florianópolis e as características sistêmicas de competitividade............................

59

7.2 A qualificação da demanda, os esforços para promover o turismo de eventos e a possibilidade de desenvolvimento de outros tipos de turismo.....................................................................................................................

63

7.2.1 Regulação e preservação dos recursos naturais e culturais...................... 64 7.2.2 A integração das ações de planejamento turístico..................................... 66 7.2.3. O sistema de ensino local e a qualificação dos recursos humanos.......... 66 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 68 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 70 ANEXOS ................................................................................................................ 75 ANEXO A - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA DEFINIÇAO DA AMOSTRA ..............................................................................

76

ANEXO B – QUESTIONÁRIO PARA AGÊNCIAS DE VIAGEM ................ 82

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ANEXO C – QUESTIONÁRIO PARA MEIOS DE HOSPEDAGEM ............ 97 ANEXO D – QUESTIONÁRIO PARA RESTAURANTES ............................. 111 ANEXO E - ROTEIRO DE ENTREVISTA – ASSOCIAÇÕES ...................... 124 ANEXO F- ROTEIRO DE ENTREVISTA – INSTITUIÇÕES DE ENSINO 125 ANEXO G - ROTEIRO DE ENTREVISTA – INSTITUIÇÕES PÚBLICAS MUNICIPAIS, ESTADUAIS, FEDERAIS DE TURISMO...............................

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho analisa a atividade turística no município de Florianópolis sob o

enfoque de arranjos e sistemas produtivos e inovativos locais, buscando a compreensão das

interações entre os diversos agentes localizados em um mesmo território para a construção e

desenvolvimento de suas capacitações e os impactos sobre as condições locais de

competitividade.

Destacam-se, portanto, as características locais das estruturas produtivas, de

conhecimento e de coordenação e as interações que ocorrem no interior destas estruturas. Tais

estruturas são delimitadas geograficamente criando espaços nos quais a proximidade entre os

agentes e o ambiente de normas e valores comuns facilita a circulação de informações

gerando capacitações que se enraízam no território dando-lhe especificidade.

As atividades econômicas envolvidas no turismo são, principalmente, a prestação de

serviços como alimentação, hospedagem, lazer, transportes. Estes serviços, quando

demandados para fins turísticos, o são em um período de tempo relativamente curto e

dependem não apenas das características e qualidades dos ativos físicos necessários à

prestação do serviço, mas, sobretudo, dos atrativos turísticos próprios do local, como as

características naturais, de lazer, culturais, entre outras. É o conjunto de atrativos que

“unifica” ou “articula” as prestações dos diversos serviços em torno de uma finalidade e que

cria o que pode ser denominado de roteiro turístico. Estes atrativos, na maioria das vezes, são

um “bem público”, o que faz com que os agentes procuram intensificar o seu uso sem arcar

com o custo de sua manutenção, exigindo para sua preservação uma ação coordenada de

natureza pública e privada.

Estas especificidades da atividade econômica para fins turísticos têm implicações

para a análise da sua competitividade. Os padrões de concorrência específicos de cada uma

das atividades, e a complementaridade na prestação dos serviços, tornam-se elementos

importantes de competitividade. A competitividade vai depender também das características

do atrativo turístico, tornando o local capaz de competir com outros espaços que também

possuem atrativos. A natureza de bem público do atrativo torna importante para a

competitividade as relações entre as dimensões privada e pública para sua manutenção.

Por conseguinte, a importância do território no qual estão enraizados os atrativos, a

complementaridade na oferta dos serviços, a natureza de bem público dos atrativos sugerem

que a proximidade entre os agentes e sua articulação com os consumidores e a presença de

formas locais de coordenação são elementos essenciais aos processos competitivos. Nestas

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condições, a oferta de serviços para fins turísticos caracteriza um sistema fortemente

integrado aos recursos do território que depende em grande parte da capacidade local de

coordenação. O presente estudo procura compreender tais condições e está estruturado nas

seguintes seções: a seção na seqüência descreve o surgimento da atividade em Florianópolis.

A terceira seção apresenta a configuração do arranjo, caracterizando seus principais agentes

econômicos, institucionais, e de ensino, a infra-estrutura de acesso e os atrativos e

equipamentos turísticos. A seção quatro analisa a dinâmica econômica da atividade turística, a

especialização dessa atividade no local e as relações de complementaridade na oferta de

serviços. Na seção cinco, analisam-se as características da inovação e dos processos de

aprendizagem. Na sexta seção, destacam-se as relações de cooperação no âmbito do arranjo, a

ação das instituições e as características da coordenação local. A sétima seção discute as

vantagens locais e as possibilidades de desenvolvimento do arranjo. Na oitava seção,

apresentam-se as considerações finais do estudo.

2. O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM FLORIANÓPOLIS

O desenvolvimento do turismo em Florianópolis é a evolução de uma atividade

inicialmente de lazer que gradativamente transforma-se em atividade econômica com

significado para a economia local. A criação de uma malha rodoviária desde a década de 40

permitiu o acesso aos espaços mais distantes do centro urbano que se caracterizavam como

rurais e de pesca e se transformaram nas atuais áreas balneárias. A infra-estrutura hoteleira era

restrita ao centro urbano e refletia o desenvolvimento das atividades econômicas como o

comércio e, em especial, a função de capital do estado.

Estas características se alteraram em meados da década de 70 e durante toda a década

de 80. O crescimento em poucos anos do fluxo de turistas, ao lado do crescimento das

atividades de administração pública, quer pela instalação de novos órgãos como a Eletrosul,

quer pelo avanço significativo de empreendimentos públicos iniciados em décadas anteriores,

como a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, e as melhorias nas condições de

acesso rodoviárias modificaram significativamente a atividade turística local. Esse movimento

foi acompanhado por uma intensa valorização imobiliária, a ocupação desordenada das áreas

balneárias, principalmente no Norte da Ilha, o crescimento da importância da atividade como

complementação de renda das famílias residentes nessas regiões, sobretudo por meio do

aluguel de acomodações, e o crescimento dos investimentos em hotéis e restaurantes

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inicialmente na zona central da cidade e posteriormente difundindo-se para as áreas

balneárias.

O desenvolvimento do turismo em Florianópolis se confunde, portanto, com o rápido

crescimento urbano, relativamente desordenado, com os problemas daí decorrentes para o

meio ambiente e para os diversos serviços públicos como educação e saúde, abastecimento de

água, energia elétrica e infra-estrutura rodoviária. Deve-se ressaltar que em Florianópolis esse

crescimento urbano foi liderado principalmente pela ampliação das atividades da

administração pública, pelo comércio e pela construção civil.

A forma de crescimento da atividade no local em resposta ao grande aumento do

fluxo de turistas foi caracterizada por: a) um comportamento empresarial no qual o lucro

obtido no período de alta temporada era suficientemente satisfatório para absorver os custos

fixos ao longo do ano, b) a crescente “informalidade”, dada a possibilidade de

complementação de renda e as reduzidas barreiras à entrada nestes serviços, c) a ausência de

mecanismos reguladores da atividade turística local e urbana.

Logo, é no decorrer das décadas de 70 e 80 que o município de Florianópolis se

afirma como uma área de atração turística, tornando-se conhecido no Brasil e no exterior pelo

realce não só de suas belezas naturais, mas também pelo bom nível de qualidade de vida e

condições de segurança, em comparação com outros centros turísticos.

O êxito na divulgação dos atrativos manteve o fluxo de demanda no decorrer da

década de 90 com modificações na origem dos turistas. Observando este movimento desde

1986, é crescente o número de turistas nacionais até 1991, a partir deste ano, o fluxo inicia

uma queda, que só é revertida seis anos depois. O ano de 1997 marca um novo ciclo de

crescimento no número de turistas nacionais que se mantém até 2001. O fluxo de turistas

estrangeiros tem um movimento inverso, uma queda até 1991, e a partir de 1992, cresce por

um período curto de tempo (Tabela 1).

De 1994 em diante, é marcado por uma grande irregularidade. Três aspectos devem

ser considerados nesse movimento: o primeiro é que nos anos 90 a quantidade de turistas

atinge um patamar muito mais alto do que nas décadas anteriores, e o segundo é que tanto a

mudança no perfil dos turistas em relação a sua origem, quanto às taxas anuais de

crescimento, adquirem grande irregularidade.

O terceiro aspecto é a queda da receita média por turista. Esses aspectos se refletem

numa situação de acentuada flutuação na taxa de crescimento anual da receita, que, ao longo

da década de 90 até os dias de hoje, apresenta períodos de instabilidade, intercalando

momentos de crescimento (1993/108% e 1997/78%) e recessão (1991/-39%, 1998/-36%,

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2002/-48% e 2003/-34%). Esta grande irregularidade na taxa de crescimento anual da receita

foi acompanhada pela redução recente do gasto médio por turista desde 1998, mais

acentuadamente nos anos de 2002 a 2004.

Tabela 1: Movimento estimado de turistas em Florianópolis/SC 1986-2006

Ano Nº de

turistas nacionais

Nº de turistas

estrangeiros

Nº de turistas estrangeiros e

nacionais

Tx de crescimento

anual turístico

Receita Estimada em

US$

Taxa de crescimento da receita

Receita por

turista

1986 131.790 67.710 199.500 - 35.578.516,09 - 178,34 1987 126.811 82.034 208.845 5% 129.962.213,00 265% 622,29 1988 180.786 39.015 219.801 5% 46.089.083,10 -65% 209,69 1989 * * 0 - 152.051.181,19 230% - 1990 243.820 58.837 302.657 - 138.715.090,77 -9% 458,32 1991 269.133 61.456 330.589 9% 84.920.325,01 -39% 256,88 1992 201.901 149.797 351.698 6% 84.462.434,18 -1% 240,16 1993 238.282 178.332 416.614 18% 176.091.054,78 108% 422,67 1994 170.679 186.196 356.875 -14% 164.771.909,66 -6% 461,71 1995 172.623 83.105 255.728 -28% 109.863.451,84 -33% 429,61 1996 215.835 84.815 300.650 18% 120.961.916,81 10% 402,33 1997 270.189 154.591 424.780 41% 215.508.608,92 78% 507,34 1998 277.166 87.143 364.309 -14% 138.901.218,73 -36% 381,27 1999 287.859 147.631 435.490 20% 129.520.526,02 -7% 297,41 2000 335.132 171.109 506.241 16% 144.917.799,97 12% 286,26 2001 319.901 232.987 552.888 9% 163.149.590,98 13% 295,09 2002 295.464 75.163 370.627 -33% 84.634.776,20 -48% 228,36 2003 233.425 74.769 308.194 -17% 56.000.054,43 -34% 181,70 2004 492.114 89.328 581.442 89% 113.323.983,55 102% 194,90 2005 453.516 120.582 574.098 -1% 169.090.856,43 49% 294,53 2006 487.960 100.799 588.759 3% 167.860.967,32 -1% 285,11

Fonte: Elaboração própria com base nos dados da Santur (1986-2006)

Em tais condições, multiplicaram-se os pequenos empreendimentos frente às

reduzidas barreiras à entrada nesta atividade, intensificando a concorrência no local, o uso

intensivo de mão-de-obra temporária, a multiplicação de empreendimentos operando apenas

no período de alta temporada e a ausência de investimentos em segmentos da atividade

turística como os de agências receptivas.

Mas a manutenção do fluxo dos turistas estimulou também outros empreendimentos

que caracterizam uma forte diferenciação em relação às atividades antes mencionadas. Trata-

se dos investimentos do segmento hoteleiro no centro da cidade, com destaque para a

instalação de importantes redes nacionais e internacionais de hotéis como Othon, Blue Tree

Tours, Intercity, Costa Empreendimentos e Sagre’s hotéis entre outros. Quanto ao capital

internacional, ressalta-se a presença da francesa Accor que, em Florianópolis, possui três

hotéis.

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Outro conjunto importante de investimentos está associado à instalação de grandes

hotéis localizados nas praias da Ilha. Alguns do quais voltados também para o segmento de

eventos e não apenas o de lazer. Entre os hotéis estabelecidos nas praias, cabe salientar dois

de grande porte que contam com uma grande área física e de infra-estrutura: o Costão do

Santinho Resort e o Jurerê Beach Village. Nesse contexto, situam-se também

empreendimentos como o de Jurerê Internacional, condomínio de lazer, que mesmo existente

desde 1978, amplia e se consolida no decorrer das décadas de 80 e 90.

Em comparação com os demais roteiros turísticos de Santa Catarina que envolvem o

turismo de lazer no litoral, Florianópolis destacou-se como principal destino no Sul do país

em função da sua diversidade de atrativos naturais e da infra-estrutura de hospedagem,

gastronomia, centros de eventos e shoppings existentes. Além dessas características, a

localização estratégica do município em relação ao Mercosul e aos grandes mercados

emissores nacionais (RS, PR, SP), e a proximidade com os municípios de Balneário

Camboriú, Itapema, Porto Belo e Bombinhas, integrantes da chamada Rota do Sol, foram

fatores determinantes na atração de turistas para o local.

Em resumo, o turismo em Florianópolis desenvolveu-se como atividade econômica,

no decorrer das décadas de 70 e 80, adquirindo nos anos 90 a sua configuração atual. A

segunda metade da década de 90 marca o início de um processo, ainda em desenvolvimento,

de diversificação do turismo de lazer para o turismo de eventos. A Tabela 2 mostra a

consolidação do turismo como atividade econômica no município de Florianópolis, através do

significado do emprego nas atividades turísticas em relação ao emprego total e ao emprego no

setor de serviços.

Tomando-se por base as informações da RAIS/MTe que registra apenas os postos de

trabalho formais, e considerando um conjunto de atividades econômicas voltadas para o

atendimento da demanda turística, mesmo que não o sejam exclusivamente dirigidas para o

turismo, obtém-se uma razoável aproximação da representatividade do turismo para o

Município, sob o ponto de vista do emprego.

Quanto ao total dos postos formais de trabalho do município, a participação dos

postos formais relacionados aos serviços turísticos é crescente desde 1995, ao mesmo tempo

em que amplia a sua participação dentro do setor de serviços. Se, por um lado, estes dados

não incluem o trabalho informal podendo, portanto, estar subestimados, por outro lado, nem

todas as atividades consideradas nos serviços turísticos referem-se exclusivamente ao

atendimento da demanda turística.

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Tabela 2: Total de postos formais de trabalho (PFT) no setor de serviços e nas atividades relacionadas aos serviços turísticos no município de Florianópolis - 1995-2004

Ano (1) Total de PFT

(2) Total de PFT no setor de serviços

(3) Total de PFT nos serviços

turísticos1

(4) PFT no setor de serviço em relação ao total dos PFT

(2/1) %

(5) PFT nos serviços turísticos

sem relação ao PFT no setor de serviços

(3/2) %

(6) PFT nos serviços turísticos em relação ao total

dos PFT (3/1) %

1995 156.918 51.555 11.058 33 21 7

1996 155.396 46.574 11.615 30 25 7

1997 156.325 50.745 12.392 32 24 8

1998 157.889 50.385 12.670 32 25 8

1999 164.534 55.823 14.416 34 26 9

2000 167.647 57.999 15.283 35 26 9

2001 171.380 59.634 16.359 35 27 10

2002 179.146 62.232 17.490 35 28 10

2003 182.630 65.978 18.675 36 28 10

2004 196.583 71.517 19.449 36 27 10 Fonte: Elaboração própria com base nos dados da RAIS/MTE (1995-2004)

O censo realizado em 2004 pelo Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares

de Florianópolis mostrou a existência de 5.222 trabalhadores permanentes nos meios de

hospedagem e 9.206 nos serviços de alimentação (5.230 nos restaurantes, 3.387 em bares e

lanchonetes, 376 em casas noturnas, 48 em drive-in e 165 em sorveterias e cafeterias). Nos

meios de hospedagem, os empregados temporários somavam 4.500 e nos serviços de

alimentação, 2.500. Nestes dois segmentos, quais sejam, meios de hospedagem e alimentação,

o total de trabalhadores permanentes e temporários foi de 21.428.

2.1 Características da demanda turística em Florianópolis.

As Tabelas 3 e 4 foram construídas com base nos dados divulgados pela

Santur/Gerência de Planejamento, cuja pesquisa realizada anualmente nos meses de janeiro e

fevereiro com turistas nacionais e estrangeiros, tem por finalidade identificar o 1 As atividades consideradas como de serviços relacionados ao turismo com base na Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE, segundo as classes de atividades do CNAE foram as seguintes: 55115 - Estabelecimentos hoteleiros, com restaurante; 55123 - Estabelecimentos hoteleiros, sem restaurante; 55131 - Estabelecimentos hoteleiros; 55190 - Outros tipos de alojamento; 55212 - Restaurantes e estabelecimentos de bebidas, com serviço; 55220 - Lanchonetes e similares; 55239 - Cantinas (serviços de alimentação privativos); 55247 - Fornecimento de comida preparada; 55298 - Outros serviços de alimentação; 60232 - Transporte rodoviário de passageiros, regular, urbano; 60240 - Transporte rodoviário de passageiros, regular, não urbano; 60259 - Transporte rodoviário de passageiros, não regular; 61212 - Transporte por navegação interior de passageiros; 62103 - Transporte aéreo, regular; 62200 - Transporte aéreo, não regular; 63304 - Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem; 70203 - Aluguel de imóveis; 70319 - Corretagem e avaliação de imóveis; 70327 - Administração de imóveis por conta de terceiros; 71102-Aluguel de automóveis; 74403 – Publicidade; 74500 - Seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra; 92118 - Produção de filmes cinematográficos e fitas de vídeo; 92126 - Distribuição de filmes e de vídeos; 92134 - Projeção de filmes e de vídeos; 92215 - Atividades de rádio; 92223 - Atividades de televisão; 92312 - Atividades de teatro, música e outras atividades artísticas e literatura; 92320 - Gestão de salas de espetáculos; 92398 - Outras atividades de espetáculos, não especificadas anteriormente; 92401 - Atividades de agências de notícias; 92614 - Atividades desportivas; 92622 - Outras atividades relacionadas ao lazer.

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13

comportamento dos turistas nacionais e estrangeiros, desde a década de 90 até hoje, em

especial quanto aos seus gastos e motivação para viajar, e a sua permanência nos meios de

hospedagem de Florianópolis.

Tabela 3: Caracterização da demanda turística de Florianópolis 1993 – 1999 Demanda turística 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

Taxa de ocupação da rede hoteleira (%)

74,55 66,79 59,98 59,16 71,82 69,22 78

9,24 10,12 10,53 9,53 10,41 10,22 11,11

15,94 14,75 12,81 12,54 12,96 13,26 12,48

12,59 12,43 11,27 10,37 11,34 10,95 11,57

Permanência média em hotéis (dias) 4,49 5,97 8,39 7,09 5,28 7,37 7

RS 31,53 34,49 57,03 44,27 43,04 25,89 43,34

SP 18,15 20,86 10,66 17,6 7,28 13,06 20,27

PR 15,29 16,84 8,24 14,08 14,81 15,68 11,98

SC 11,15 13,1 18,09 12,61 20,31 26,6 7,05

RJ 8,6 6,68 3,23 3,81 7,41 5,94 4,7

Argentina 93,62 92,16 84,23 84,32 84,6 77,47 83,04

Uruguai 3,83 3,19 5,63 6,72 6,7 9,09 4,78

Paraguai 1,96 3,02 3,73 2,46 7,11 4,78

Chile 2,13 0,49 4,7 1,49 3,13 1,98 2,17

94,47 94,09 92,58 88,2 93,66 93,78 95,47

5,53 7,42 7,42 11,8 6,34 6,22 4,53

70,77 78,59 83,82 83,33 86,77 69,59 78,57

25,44 16,38 4,41 3,56 4,14 4,25 3,61

2,03 1,28 1,79 0,67 1,3 0,9 0,49

0,54 1,07 0,74 1,33 1,14 2,96 1,32

1,22 2,68 9,24 11,11 6,66 22,3 16,02

Motivo da viagem (%)Turismo

Negócios

Principais atrativos turisticos (%)

Atrativos naturais

Atrativos históricos culturais

Manifestações populares

Eventos

Outros

Principais mercados emissores (%)

nacionais

estrangeiros

Turistas

Permanência média em todos os meios de hospedagem (dias)

nacionais

estrangeiros

MÉDIA

Fonte: Elaboração própria com base nos dados da Santur (1993-1999) -(dados coletados nos meses de janeiro e fevereiro)

Quanto aos turistas que procuram Florianópolis, os dados da Tabela 3 indicam que,

nos anos 90, os principais pólos emissores foram os estados do Rio Grande do Sul, São Paulo

e Paraná. Com respeito aos turistas estrangeiros, pode-se observar que os argentinos

formavam o maior contingente de visitantes, permanecendo na cidade cerca de doze a treze

dias, caracterizando um tempo médio de permanência relativamente alto em comparação com

os turistas nacionais, que ficavam em torno de dez dias.

Em 2002, pode-se notar, de acordo com a Tabela 4, uma significativa redução dos

turistas provenientes da Argentina em decorrência da crise econômica ocorrida naquele

período, mas a partir de 2004 há sinais de recuperação que ficam evidentes a partir de 2005

com o aumento do fluxo de turistas para o Brasil, em particular para Florianópolis. Ao longo

dos anos de 2000 a 2006, pode-se verificar uma intensificação do fluxo de turistas nacionais

principalmente dos estados vizinhos, Rio Grande do Sul e Paraná.

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Tabela 4: Caracterização da demanda turística de Florianópolis 2000 – 2006 Demanda turística 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Taxa de ocupação da rede hoteleira (%)

88,20 80,40 53,53 52,28 73,81 72,46 66,75

9,72 9,24 10,35 11,18 8,98 11,06 9,13

11,60 11,81 13,43 13,10 11,53 12,99 12,76

10,35 10,32 10,97 11,64 9,37 11,45 9,75

Permanência média em hotéis (dias) 7,00 7,00 6,82 7,45 6,47 7,34 5,59

RS 37,08 35,37 38,86 40,96 34,97 42,71 37,72

SP 21,03 20,05 20,79 19,31 24,45 14,82 14,24

PR 17,83 18,78 16,51 13,17 18,44 11,76 12,99

SC 9,27 12,56 11,09 7,70 4,51 13,76 22,69

RJ 4,63 3,46 4,28 5,92 5,31 5,88 4,54

Argentina 86,34 87,38 68,60 70,38 72,12 76,99 63,64

Uruguai 7,01 6,78 19,45 8,71 6,06 7,96 8,33

Paraguai 0,88 4,26 6,83 8,01 5,45 3,54 6,06

Chile 2,80 1,37 1,37 4,88 4,85 3,10 15,91

94,27 97,87 96,28 91,25 94,27 92,37 83,58

5,76 2,13 3,72 8,75 5,73 7,66 16,42

81,91 85,12 75,83 71,60 73,96 73,52 70,17

3,62 3,25 2,18 6,14 3,87 5,39 2,81

0,23 0,13 0,38 0,22 0,37 0,91 0,87

1,13 0,38 0,90 3,03 2,23 2,58 5,13

13,11 11,18 20,71 19,01 19,57 17,60 18,02

Manifestações populares

Eventos

Outros

Turismo

Negócios

Atrativos naturais

Atrativos históricos culturais

MÉDIA

nacionais

estrangeiros

Turistas

nacionais

estrangeirosPermanência média em todos os

meios de hospedagem (dias)

Principais mercados emissores (%)

Motivo da viagem (%)

Principais atrativos turisticos (%)

Fonte: Elaboração própria com base nos dados da Santur (2000-2006) -(dados coletados nos meses de janeiro e fevereiro)

Os dados mostram uma relativa estabilidade na taxa de ocupação da rede hoteleira, no

decorrer da década de 90 girava em torno de 68,5% para 69,6% nos anos 2000. A média de

permanência em hotéis, em número de dias, também não apresentou grandes variações, tanto

nos anos 90 quanto em 2000, os turistas ficavam em média uma semana no local.

A elevada permanência média em todos os meios de hospedagem, em dias, nesse

período indica que houve uma maior procura por alternativas de hospedagem, como casas ou

apartamentos para alugar, pousadas e principalmente casa de amigos e parentes (Tabela 5).

Em Florianópolis, a intensa procura por imóveis localizados próximos as praias, na

alta temporada, estimula a realização de investimentos na área de hospedagem como a

construção de segundas residências que funcionam temporariamente como alojamentos

turísticos. O aluguel de imóveis particulares representa uma importante fonte complementar

de renda à população, e hoje, esse tipo de alternativa de hospedagem compete com a rede

hoteleira local.

Como os dados das tabelas refletem o comportamento dos turistas nos meses de alta

temporada, verifica-se que, apesar das novas opções turísticas existentes em Florianópolis, a

principal razão de visitação são as praias distribuídas por todas as regiões da Ilha e a sua

diversidade de recursos naturais. Os dados da Santur não medem as novas possibilidades de

lazer que o local pode oferecer integrado à natureza, como trilhas ecológicas, esportes

radicais, dentre outros.

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Tabela 5: Meios de hospedagem utilizados pelos turistas, nacionais e estrangeiros, em Florianópolis 1990-2006

Meios de hospedagem utilizados (%)

Demanda turística Hotel Pousada / Hospedaria/ Pensão

/ Albergues Casa própria

Casa de amigos

e parentes

Casa ou apto

de aluguel

Camping

1990 33,80 2,10 5,10 27,20 11,40 20,30 1991 34,30 2,60 8,30 23,80 26,90 4,10 1992 36,20 1,50 3,40 22,70 29,40 6,70 1993 28,10 4,00 5,50 19,70 36,40 6,20 1994 23,80 2,60 4,90 13,90 50,50 4,90 1995 17,00 9,00 3,80 28,10 37,20 3,80 1996 20,50 9,60 5,50 30,50 30,90 3,00 1997 24,40 10,30 3,30 23,80 35,90 2,30 1998 21,80 6,60 4,10 29,30 35,60 2,50 1999 21,50 9,20 6,70 23,30 36,10 3,20 Pousada Hosp/

Pensão Albergues

2000 21,07 6,91 0,65 1,65 5,14 26,86 34,83 2,89 2001 17,68 7,36 0,33 0,60 6,76 21,75 42,91 2,61 2002 18,14 8,75 0,91 0,77 8,33 31,31 29,27 2,52 2003 24,26 12,38 0,68 0,93 7,12 26,80 27,24 0,59 2004 18,03 11,93 1,20 0,86 7,81 29,79 27,55 2,83 2005 15,89 12,03 2,33 1,17 7,90 34,20 24,33 2,15 2006 22,21 11,94 2,18 1,16 10,91 30,42 19,00 2,18 Fonte: Elaboração própria com base nos dados da Santur (1990-2006) -(dados coletados nos meses de janeiro e fevereiro)

Durante a alta temporada, são poucos os turistas que viajam a negócios porque, em

geral, são os meses que coincidem com o período de férias. Quanto ao turismo cultural,

destaca-se que a má conservação dos museus, a escassez de bons espetáculos associada à falta

de divulgação e preservação dos fortes e fortalezas são fatores que podem prejudicar a

visitação aos atrativos histórico-culturais existentes no local.

Atualmente, o que se pode observar é que a atividade turística de lazer no local

começa a ceder espaço para o turismo de negócios e eventos. Com a ampliação de

equipamentos turísticos no local, como abertura de dois novos centros de convenções e a

crescente expansão da rede hoteleira, Florianópolis vem, cada vez mais, tornando-se uma

opção para a realização de eventos no Sul do país, pois é um dos poucos roteiros com

capacidade de integrar o turismo de lazer com o de negócios.

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3. A CONFIGURAÇÃO DO APL DE TURISMO EM FLORIANÓPOLIS

Sob o enfoque de Arranjos Produtivos Locais, a análise da dinâmica econômica e

social local implica a identificação dos agentes e de suas interações em determinado território.

Considerando a atividade econômica de prestação de serviços turísticos com as características

antes observadas, é possível agrupar os diversos agentes segundo suas funções no arranjo,

compondo subsistemas no âmbito do sistema produtivo local. O desenho abaixo procura

esquematizar estes grupos de agentes e suas principais relações.

Figura 01: APL de Turismo em Florianópolis Fonte: Elaboração Própria.

Com base nestas funções e relações, identificam-se os principais componentes do

arranjo local de turismo em Florianópolis.

ATIVIDADE ECONÔMICA - SERVIÇOS DE TURISMO:

Alimentação, hospedagem, transportes, serviços complementares, fornecedores.

(A)

INFRA-ESTRUTURA FISICA, e (B)

EQUIPAMENTOS.

REGULAÇÃO e PROMOÇAO (C)

ATRATIVOS NATURAIS, CULTURAIS, HISTÓRICOS. (E)

ATIVIDADES TURÍSTICAS:

PACOTES, ROTEIROS. (E)

REPRESENTAÇÃO

E ASSOCIATIVISMO

(C)

PESQUISA, ENSINO E TREINAMENTO.

(D)

Demanda, Origem,

Permanência.

“Tipos” de Turismo

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3.1 Os agentes econômicos

Consideraram-se neste grupo os agentes econômicos que exploram a atividade

turística segundo o tipo de serviço oferecido: a) Alimentação: restaurantes, bares e

lanchonetes; b) Hospedagem: hotéis, pousadas, campings, resorts, albergues; c) Transporte:

aéreo, marítimo e rodoviário; d) Serviços complementares: Agências de viagem, imobiliárias,

agências promotoras de eventos, locação de veículos, passeios marítimos; e e) Fornecedores

dos agentes prestadores de serviços turísticos.

A análise da dinâmica econômica nesta pesquisa privilegiou um conjunto de agentes

considerados centrais no funcionamento do APL, de maneira a incluir os principais em cada

um dos segmentos mencionados. No de hospedagem, foram pesquisados os hotéis e as

pousadas, no caso da alimentação, foram os restaurantes de frutos do mar, no caso dos

serviços complementares, as agências de viagem.

A amplitude dos serviços rodoviários, que possuem uma dinâmica própria bastante

independente da atividade turística, não foi objeto específico de pesquisa, bem como os

fornecedores dos agentes prestadores de serviços turísticos, frente ao seu tamanho e

diversidade, aliados à dificuldade de sua identificação.

3.1.1 Serviços de hospedagem

Com base em Censo realizado em 2004 pelo Sindicato de Hotéis, Restaurantes,

Bares e Similares de Florianópolis, foram encontrados: 174 hotéis, 225 pousadas, 13

campings, 46 albergues e 6 motéis oferecendo 10.4000 UHS e 28.500 leitos. A Tabela 6 a

seguir especifica os hotéis e pousadas por sua localização. No caso dos hotéis, a lista

fornecida relacionava 168 hotéis e 200 pousadas.

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Tabela 6: Número de hotéis e pousadas por região em Florianópolis/SC Total de Hotéis Total de Pousadas

Estabelecimentos Unid. Habitacionais Estabelecimentos2 REGIÃO

Nº % Nº % Nº %

1. CENTRO 27 16,07 2.470 29,19 N.D. N.D. 2. NORTE 109 64,09 4.728 55,87 109 54,5

Canasvieiras 43 25,60 1.267 14,97 Ponta das Canas3 23 13,69 1.158 13,68

Ingleses4 35 20,83 1.916 22,64 Jurerê 8 4,76 387 4,57 3. SUL 5 2,98 190 2,25 65 32,5

4. LESTE 14 8,33 454 5,37 24 12 5. CONTINENTE 13 7,74 620 7,33 ND. N.D. Outras localidades 2 1

TOTAL 168 100,00 8.462 100,00 200 100,00 Não identificados 6 25

TOTAL 174 225 Fonte: SHRBS (2006). 3.1.2 Serviços de alimentação

O censo realizado pelo SHRBS para os serviços de alimentação indicava os seguintes

números: 523 restaurantes, 1.129 bares/lanchonetes, 47 casas noturnas, 24 drive-in e 55

cafeterias/sorveterias.. A tabela 7 especifica os restaurantes por sua localização levando em

conta apenas 208 que estavam localizados em área turística e que foram identificados como

especializados em frutos do mar e, portanto, relacionados à atividade gastronômica típica do

turismo do APL.

Tabela 7: Número de restaurantes especializados em frutos do mar por região em Florianópolis/SC

LOCALIZAÇÃO Nº de restaurantes (%)

Centro 19 9,14

Norte 90 43,27

Sul 22 10,57

Leste 70 33,65

Outras Localidades 7 3,36

TOTAL 208 100,00

Não identificados 315

TOTAL 523 Fonte: Elaboração própria com base em cadastros da SHRBS (2006). 2 Dentro da categoria pousada não se encontrou o número de unidades habitacionais, contudo, sabe-se que este tipo de estabelecimento detém de 0 a 40 unidades habitacionais. 3 Ponta das Canas engloba mais duas praias: Cachoeira do Bom Jesus e Praia Brava. 4 Dentro de Ingleses também estão incluídas as praias do Santinho e Rio Vermelho.

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3.1.3 Serviços complementares: as agências prestadoras de serviços turísticos

Neste segmento foram considerados os agentes prestadores de importantes serviços

para a atividade turística, ou seja, que exercem funções de oferta do produto turístico, como

os pacotes, o agenciamento de passagem, ou ainda serviços receptivos que viabilizam ao

turista o acesso ao atrativo como operadoras de mergulho e de roteiros de aventura ou de

ecoturismo. Com base nos cadastros da Embratur com 171 estabelecimentos, foi possível

localizar um total de 77 agências divididas em categorias conforme a tabela que segue:

Tabela 8: Número de agências de viagem e turismo por categoria em Florianópolis/SC

CATEGORIA Nº DE AGÊNCIAS (%)

Geral 64 37,43 Aventura 2 1,17 Educativo 1 0,58

Ecoturismo 2 1,17 Intercâmbio 4 2,34

Operadoras de Mergulho 4 2,34

Outras Categorias 94 54,97

TOTAL 171 100,00 Fonte: Elaboração própria com base em cadastros da EMBRATUR (2006).

Portanto, excluindo-se os serviços de transportes, e os fornecedores da cadeia de

prestação de serviços turísticos, a pesquisa procurou concentrar-se no núcleo principal e nos

segmentos de empreendimentos mais formalizados dos serviços de hospedagem e

alimentação. No caso dos agentes que prestam serviços turísticos, a pesquisa incluiu as

agências de viagens e operadores de serviços turísticos receptivos no arranjo.

3.2 Infra-estrutura de acesso e comunicações

Foram considerados neste grupo os agentes responsáveis pela infra-estrutura física

que viabiliza ou potencializa a atividade turística, como os agentes que atuam como

implantadores e mantenedores de equipamentos que, sem serem necessariamente específicos

para esta atividade, tornam possível sua utilização, ou que potencializam a demanda por

serviços turísticos. Podem ser ordenados em dois grupos, segundo o tipo do equipamento: a)

gerenciadores da infra-estrutura viária: a malha viária urbana, rodovias de acesso, aeroportos,

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portos, rodoviárias, marinas, e b) gerenciadores de infra-estrutura urbana, saneamento, energia

e comunicações.

INFRA-ESTRUTURA AGENTES Rodoviária Departamento de Estradas e Rodagens (SC 401, SC

402, SC 403, SC 404, SC 405 e SC 406) Departamento Nacional de Infra-Estrutura de

Transportes (BR 101) Secretaria Municipal dos Transportes e Terminais

(Transporte Coletivo) Aérea Aeroporto Hercílio Luz

Urbana, Saneamento e Energia IPUF – Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis

CASAN – Companhia Catarinense de Águas e Saneamento de Santa Catarina

CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina SCGÁS – Companhia de Gás de Santa Catarina

Quadro 01: Agentes de Infra-Estrutura Física do APL de Florianópolis - 2006 Fonte: Adaptado de PMF (2006)

Com relação à infra-estrutura rodoviária, destaca-se a duplicação do eixo norte e sul

da BR 101 que favoreceu uma maior integração da Ilha de Santa Catarina aos principais pólos

emissores de turistas (Rio Grande do Sul, Paraná, Argentina, dentre outros). Os dados revelam

a importância do investimento na malha rodoviária, pois mostram que o automóvel é ainda o

meio de transporte mais utilizado.

Tabela 9: Meios de transporte utilizados em Florianópolis/SC - 2006

MEIOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS (%) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Avião 23,71 20,40 11,08 17,37 11,99 11,89 16,46 Ônibus 20,40 16,67 21,68 15,51 19,35 16,31 22,97

Automóveis 55,82 62,86 67,10 67,12 68,66 71,80 60,44 Outros 0,07 0,07 0,14 0,13

Fonte: SANTUR (2006)

O crescente investimento público-privado no setor se reflete também nas obras de

ampliação e internacionalização do Aeroporto Hercílio Luz, importante canal de acesso de

turistas estrangeiros na Ilha. Além disso, a grande intervenção do estado, por meio de

investimentos no setor de turismo, vem contribuindo para mudança de parte do desenho

organizacional da atividade turística em Florianópolis. Nessa esfera pública, tem-se a

melhoria das estruturas de transporte coletivo urbano, obras de pavimentação das rodovias

SC-401, SC-402 e SC-403, permitindo um melhor acesso aos balneários de Canasvieiras,

Jurerê, Ingleses, e a SC-404, ligando a SC-401 à Lagoa da Conceição; conclusão das obras

das rodovias SC-405 efetuando a ligação entre Aeroporto – Ribeirão da Ilha – Pântano do Sul

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e a SC-406 e fazendo a interligação entre os balneários de Ingleses, Rio vermelho e Lagoa da

Conceição; conclusão das obras da via expressa sul que liga o centro à região Sul da Ilha.

Ademais, o IPUF, órgão responsável pelo planejamento dos espaços urbanos, de

trânsito e das áreas públicas de conveniência, vem desenvolvendo diversas ações para

melhoria, a saber: coordenação da implantação e manutenção da sinalização viária e os

estacionamentos rotativos, valorização e renovação de espaços como parques e praças como

os projetos Largo da Alfândega, Largo da Catedral e Passarela do Samba; a colocação de

placas indicativas de praias e parques e de identificação do patrimônio histórico distribuídas

pela cidade.

As melhorias nas áreas de saneamento e energia, por parte dos órgãos competentes,

podem ser observadas mediante ações de implantação de rede de saneamento básico nos

balneários e construção de sub-estações da rede de energia elétrica. Também a continuidade

da expansão da rede de distribuição de gás natural, em construção desde 2000, vem se

constituindo num componente importante da infra-estrutura de energia.

No que tange à infra-estrutura de comunicação, a cidade dispõe ainda de vários

meios. São três jornais, quatro emissoras de televisão, sete emissoras de rádio AM e sete

emissoras de rádio FM. Com relação à telefonia fixa, Florianópolis possui uma elevada

densidade de 0,57 terminais por habitante. Além disso, existem cinco empresas de telefonia

móvel que operam na cidade.

3.3 Os atrativos turísticos e os equipamentos

A diversidade étnica e natural, sua privilegiada localização geográfica e condições de

acesso aéreo e rodoviário vêm abrindo espaço para o desenvolvimento em Florianópolis de

diversas atividades econômicas ligadas ao turismo. O sistema turístico sustenta-se pela

presença no local de recursos naturais, culturais ou históricos, e nestas condições, se articula

em torno das características dos atrativos existentes no local e da forma como tais atrativos

são explorados economicamente. Por isso, o crescimento de investimentos em equipamentos

voltados especificamente para o setor turístico que contribuem para a minimização da

sazonalidade no local. O APL de turismo em Florianópolis distingue-se de forma resumida

considerando as seguintes características:

a) Atrativos naturais: destacam-se as inúmeras praias e a diversidade de paisagens

que viabilizam os eventos esportivos ligados à natureza como os esportes radicais (trilhas

ecológicas, trekking, mergulho e surf) e náuticos (vela, esportes a motor).

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As praias de Florianópolis podem ser consideradas como um dos seus principais

atrativos devido a diversidade de formações, da fauna e flora. O destaque vai para as praias de

mar aberto como Joaquina e Campeche; praias de mar calmo como Canasvieiras, Jurerê

Internacional e Ingleses; praias de baia como Cacupé, Sambaqui; praias agrestes como

Solidão, Naufragados, Lagoinha; e praias que se destacam por sua gastronomia e cultura

açoriana como Ribeirão da Ilha, Santo Antônio de Lisboa e Lagoa da Conceição.

No município existem inúmeros locais de observação onde é possível ter uma vista

panorâmica de diversos pontos da cidade. O Morro da Cruz, localizado na parte central da

Ilha, apresenta uma vista de toda a região central da cidade e parte do continente. O lado leste

da cidade apresenta dois pontos de observação, um no morro da Lagoa da Conceição, onde é

possível avistar quase toda a Lagoa, as dunas da Joaquina, e o outro da Praia Mole, onde se

tem a melhor vista da Lagoa da Conceição. Além disso, o sul da Ilha conta com o mirante do

Morro das Pedras, localizado entre as praias de Armação e Pântano do Sul, e de onde se

observa todo o panorama da costa leste da Ilha de Santa Catarina e da Lagoa do Peri.

Existem quase 30 unidades de conservação no município – aproximadamente 42%

do território. Algumas delas possuem infra-estrutura turística e são abertas à visitação como o

Parque da Lagoa do Peri e o Horto Florestal próximo à UFSC. Além dessas, destaca-se a

Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, Parque Florestal do Rio Vermelho, Estação

Ecológica dos Carijós, Parques Municipais da Galheta e da Lagoinha do Leste, dentre outros.

Florianópolis possui também uma variação de dunas, algumas com pouca vegetação

que propiciam a prática de esportes como o Sand-Board (surf na areia). As principais dunas

da Ilha estão localizadas nas praias da Joaquina (leste), Lagoa da Conceição (leste) e

Campeche (leste), Pântano do Sul (sul), Lagoinha do leste (sul), Rio Vermelho (leste),

Ingleses (norte) e Jurerê (norte). Ademais a Ilha tem aproximadamente 30 trilhas em meio à

mata, algumas cachoeiras e locais onde é possível cavalgar nas dunas, praticar mergulho e

passeio de barcos nas pequenas ilhas da costa. Estes recursos naturais propiciam a prática do

Ecoturismo, que vem crescendo de forma acelerada.

b) Atrativos culturais e históricos: destaca-se, pela herança deixada pela colonização

açoriana, um patrimônio formado pelos fortes, fortalezas, museus, sítios arqueológicos,

igrejas, artesanato, gastronomia portuguesa e açoriana, além das edificações mais recentes que

constituem um importante espaço para a realização de feiras, exposições e shows.

No município estão localizadas cinco fortalezas construídas no século XVIII, e os

museus que contam a história da Ilha e são importantes pontos de visitação. Entre as praias de

Jurerê e Pontal, localiza-se o Forte São José da Ponta Grossa; na área central, sob a Ponte

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Hercílio Luz, está o Forte Santana; no norte da Ilha, as Fortalezas de Santa Cruz, na Ilha de

Anhatomirim e de Santo Antônio, na Ilha de Ratones Grande; e, no sul na Ilha de Araçatuba,

defronte a Praia de Naufragados, a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição. Na parte central

da cidade, encontram-se os museus de maior destaque: Palácio Cruz e Souza, Museu de Arte

de Santa Catarina, Museu do Homem de Sambaqui, Museu Major Lara Ribas, Museu Victor

Meireles, além do Museu de Antropologia da UFSC e do Museu Etnológico do Ribeirão da

Ilha. Florianópolis apresenta ainda diversos locais com sítios pré-históricos (sambaquis,

dolmens, monolitos). Os principais são as inscrições rupestres na Ilha do Campeche e no

Costão do Santinho.

Em toda a Ilha pode-se encontrar manifestações folclóricas que se destacam através

de festas como a do Divino Espírito Santo e a cantoria dos Ternos-de-Reis, que são religiosas,

a do boi-de-mamão e pau-de-fita, que são danças de confraternização. Os incentivos à criação

e as formas de divulgação destas manifestações são feitos por meio da Fundação Franklin

Cascaes, órgão municipal de cultura do município.

As regiões leste e sul da Ilha destacam-se como os principais pontos do artesanato

açoriano, como as rendas de bilro, as peças de utensílios domésticos e os oleiros. A culinária

local deixa evidente a influência açoriana no cardápio, dando ênfase aos pratos à base de

peixes, ostras, lagostas, camarões e frutos do mar em geral. Florianópolis destaca-se ainda

pelo título de Capital Nacional da Ostra, promovendo, desde 1999, a Fenaostra - Festival

Nacional da Ostra e da Cultura Açoriana.

c) Equipamentos para eventos e comércio: A cidade possui vários equipamentos para

a realização de eventos culturais, técnico-científicos, desportivos, congressos e feiras. Tem-se

o Centro de Convenções de Florianópolis – Centrosul construído em 1998, o recém-

inaugurado Centro de Eventos da UFSC em 2004, o Centro Integrado de Cultura, onde

também se localiza o Teatro Ademir Rosa, e o Teatro Álvaro de Carvalho. Além disso, o

governo, junto com a iniciativa privada vem investindo tanto na oferta de equipamentos

turísticos artificiais como construção, ampliação e infra-estrutura dos meios de hospedagem,

gastronomia, shoppings centers, como também na revitalização de parques ecológicos e

construção de parques como o Sapiens Parque5 no norte da Ilha.

5 “O Sapiens é um Parque de Inovação pensado para promover e fortalecer os setores econômicos que já são a vocação de Florianópolis como o turístico, serviços e tecnologia, sem deixar de lado as questões prioritárias como o meio ambiente e o bem-estar da sociedade. A primeira ação desenvolvida na etapa inicial é a restauração do Casarão da Antiga Colônia Penal do norte da Ilha, edificação histórica e emblemática da região, para sediar o empreendimento.” Localizado em Canasvieiras, no norte da Ilha de Santa Catarina, vem sendo desenvolvido, desde 2002, pela fundação CERTI em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Santa Catarina – CODESC. (CERTI, 2003)

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3.4 Estrutura institucional local

A estrutura institucional do APL de turismo de Florianópolis é formada por

associações de classe, sindicatos, universidades, escolas técnicas e centros de treinamento e

formação profissional. No Quadro 02, pode-se constatar os principais agentes públicos-

privados que configuram a estrutura institucional do arranjo. Tais agentes desenvolvem

funções de regulação e promoção, representação e associativo, e de ensino e treinamento de

recursos humanos.

Agentes Função Instituição

Alimentação

Associação Brasileira de Restaurantes e Estabelecimentos de Entretenimento Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis.

Agentes de viagens Associação Brasileira dos Agentes de Viagens e Turismo

Hospedagem

Representação e associativos Associação Brasileira da Indústria de Hotéis/SC

Federação dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santa Catarina. Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis. Florianópolis Convention & Visitours Bureau

Fomento Planejamento e promoção

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado de Organização do Lazer (SOL)/ Santa Catarina Turismo S/A (Santur). Secretaria Municipal de Turismo

Preservação Ambiental

Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis FLORAM - Fundação Municipal do Meio Ambiente IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis FATMA – Fundação do Meio Ambiente

Preservação do Patrimônio Histórico e

Artístico Nacional

Preservação e

regulação Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Fundação Franklin Cascaes

Faculdades Integradas Associação de Ensino de Santa Catarina Universidade do Sul de Santa Catarina Universidade do Vale do Itajaí Faculdade Estácio de Sá Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis Faculdade Decisão Escola Superior de Hotelaria

Conhecimento Ensino e treinamento

Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Santa Catarina

Quadro 02: Estrutura Institucional do APL de Turismo de Florianópolis/SC -2006 Fonte: Elaboração Própria.

Os agentes que cumprem a função de regulação de atividades afetam as condições de

utilização dos atrativos turísticos como controle e preservação do meio ambiente; de

promoção e coordenação pública da atividade, como órgãos dos governos federais, estaduais e

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municipais específicos de turismo, definem políticas para a atividade; e de representação e

associativos dos diversos agentes integrantes da atividade turística. Tais funções são

diferenciadas entre si caracterizando grupos de agentes em um subsistema que engloba as

funções de mediação entre os atrativos turísticos e sua exploração econômica. Estas funções

são de natureza pública, mas nem sempre exercidas por agentes de governos. Há ainda o

grupo de agentes que exercem funções que afetam as condições de conhecimento para a

capacitação como os de pesquisa, ensino e treinamento dos recursos humanos.

3.4.1 Agentes de preservação e regulação

O município de Florianópolis tem parte de seu território localizado na Ilha de Santa

Catarina, situa-se em um espaço territorial que, além da diversidade natural, conta ainda com

um patrimônio histórico-cultural, herança de seus colonizadores açorianos.

No âmbito municipal, o processo da preservação do acervo patrimonial teve início

em 1974 com o SEPHAN6 (Serviço do patrimônio histórico, artístico e natural do município),

e a partir de 1979 transferiu-se para o IPUF (Instituto de Planejamento Urbano de

Florianópolis), onde a preservação passou a ser integrante do planejamento urbano municipal.

A trajetória de preservação associada ao planejamento urbano é marcada por dois momentos:

o primeiro em 1985, com a consolidação da legislação urbana realizada por meio do “Plano

Diretor dos Balneários7” preservando os núcleos do interior da Ilha, notadamente Ribeirão da

Ilha, Santo Antônio de Lisboa e Lagoa da Conceição; e o segundo, em 1997, com a

promulgação do “Plano Diretor do Distrito Sede” quando se consolidou a legislação urbana

do município e as áreas de preservação atingiram a região central.

As ações municipais vão além da proteção do patrimônio histórico e se estendem ao

meio ambiente, desde 1995, o município conta com a Fundação Municipal de Meio Ambiente

(Floram), órgão criado para fiscalizar, preservar e promover a efetiva aplicação da legislação

ambiental no local. Além dessas ações, a Floram vem desenvolvendo programas de educação

ambiental junto aos proprietários dos meios de hospedagem, restaurantes, resistentes e

visitantes de modo a criar uma conscientização de preservação ambiental e vem atuando ainda

na reestruturação dos parques municipais para visitação. Outras ações de preservação

direcionadas aos acervos histórico-culturais de maior expressão tiveram investimentos 6 Com a promulgação da Lei Municipal nº 1.202, que dispõe sobre a proteção de seu patrimônio instituindo o tombamento. 7 Nesta legislação, o acervo natural e paisagístico foi protegido através de Áreas de Preservação Permanente (APP) e áreas de transição, chamadas de Áreas de Preservação com Uso Limitado (APL), que ao todo significam a proteção de mais de sessenta por cento da área municipal.

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públicos efetuados pela União, estado e município. Exemplo disso foi a restauração das

fortalezas Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Raton

Grande, dando um novo impulso à inclusão de Florianópolis no circuito turístico cultural. O

resgate do patrimônio público se estendeu ainda à área central de Florianópolis com a

revitalização do Mercado Público, Palácio Cruz e Souza, Praça XV de Novembro e do Teatro

Álvaro de Carvalho. Tais ações públicas de preservação e revitalização dos atrativos naturais

e histórico-culturais foram capitaneadas pela prefeitura municipal, por meio do órgão

competente IPUF, em parceria com os demais agentes públicos e privados do local.

Hoje, a ação municipal está voltada à revisão do Plano Diretor de Florianópolis (de

1997) e do Plano Diretor dos Balneários por distritos (de 1985) cujo objetivo está centrado na

definição de regras e padrões de ocupação urbana e no estabelecimento de normas de

preservação ambiental e do patrimônio histórico-cultural articulado ao planejamento urbano

local. Esforços estão sendo realizados por parte dos técnicos do IPUF, representantes da

Secretaria Municipal de Obras e da Floram na articulação de parceria com as universidades,

iniciativa privada e entidades de classe na sistematização de estratégias para desenvolver

projetos nas áreas de meio ambiente, infra-estrutura física, equipamentos urbanos e turísticos,

e na revitalização do patrimônio histórico-cultural.

3.4.2 Agentes de planejamento e promoção

O planejamento do turismo no estado de Santa Catarina é de responsabilidade da

Secretaria da Organização do Lazer (SOL), que, além da Santa Catarina Turismo S/A

(Santur), tem outras duas instituições vinculadas, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e

a Fundação Catarinense do Desporto (Fesporte). No âmbito estadual, o destino Florianópolis

constitui-se numa área prioritária dentro do “Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo

Sustentável (PDITS) 8” cujo objetivo é o desenvolvimento sustentável do turismo no Litoral

Catarinense, com vistas ao Programa de Desenvolvimento do Turismo no Sul do Brasil

(Prodetur-Sul9). Este programa contempla a implantação de inúmeras obras e ações em todo o

8 É um instrumento do processo de planejamento e gestão do desenvolvimento do turismo apresentando propostas em consonância com as diretrizes de planejamento adotadas pelo Ministério do Turismo (MTur), Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 9 No início da década de 90, a Organização dos Estados Americanos (OEA), em cooperação com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), além do Instituto Brasileiro de Turismo, deram início à implantação do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Sul do Brasil. O PRODETUR-SUL tem como premissa básica a integração dos estados beneficiários pelo Programa – Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa

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território catarinense e, de modo particular, investimentos significativos para Florianópolis.

Na Ilha de Santa Catarina, as ações estruturais previstas para o desenvolvimento sustentado da

atividade turística prevêem investimentos para a ampliação das instalações e do acesso ao

Aeroporto Hercílio Luz; o acesso à Praia do Santinho; a construção de trapiches municipais:

nas baías norte, sul, Ribeirão da Ilha e Santo Antônio de Lisboa; alargamento da faixa de

areia: Baía Norte, Balneário de Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus, Ponta das Canas e

Ingleses; sistema de esgoto sanitário da Praia de Ponta das Canas; Sistema de abastecimento

de Água Costa Norte; Construção de Marina Central de recreio na Beira Mar Norte;

Valorização do Patrimônio Cultural do Núcleo Urbano Central, Ribeirão da Ilha e Santo

Antônio de Lisboa e a implantação de estrutura no Parque do Manguezal do Itacorubi

(Prodetur-SUL, 2000).

A Santa Catarina Turismo S/A (Santur) é o órgão responsável pela promoção,

divulgação e comercialização dos produtos turísticos catarinenses atuando na elaboração de

circuitos turísticos integrados, de acordo com a política estadual do lazer, definida pela

Secretaria de Estado da Organização do Lazer10. O Plano de Desenvolvimento Integrado do

Lazer (PDIL) tem por objetivo integrar as áreas de cultura, esporte e turismo às do lazer. O

foco principal da Santur é a divulgação dos atrativos e serviços turísticos disponíveis no

destino Santa Catarina e a sistematização de estratégias para a prospecção de equipamentos

turísticos e captação de eventos coletivos. A Santur tem realizado esforços no sentido de

ampliar a parceria com as instituições de ensino do local que atuam na área de turismo e

também junto à iniciativa privada buscando melhorar a qualidade dos serviços turísticos no

Estado. A Santur desenvolve estratégias de marketing e comercialização em parceria com o

Florianópolis Convention & Visitors Bureau auxiliando na captação de grandes eventos,

nacional e internacionalmente. As políticas voltadas a aumentar as vantagens competitivas são

elaboradas pela Santur por meio da promoção, divulgação e exploração das especificidades

que cada destino oferece, como: localização, atrativos naturais, etnias, cultura e gastronomia.

No âmbito da promoção e divulgação, de Florianópolis como destino turístico, o

poder público municipal transformou, no início dos anos 80, a Diretoria de Turismo em

Secretaria (Setur). Atualmente, a Setur está trabalhando na estruturação do setor de turismo e

na preparação do destino Florianópolis. Para tanto, as ações foram estruturadas em três áreas

Catarina e Rio Grande do Sul – por meio do estabelecimento de corredores regionais, que irão nortear a formatação de roteiros turísticos integrados. 10 Conforme a estratégia de descentralização administrativa do Governo do Estado, os 293 municípios catarinenses estão divididos em 29 Secretarias de Desenvolvimento Regional, que possuem, em suas estruturas, gerências representantes das Secretarias Estaduais.

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prioritárias: infra-estrutura, capacitação e treinamento e divulgação. Na parte de infra-

estrutura, a Setur, articulada com o IPUF, Secretaria de Obras, Floram, vem desenvolvendo

ações direcionadas à melhoria dos acessos e revitalização dos balneários (Canasvieiras,

Ingleses, Joaquina, Lagoa da Conceição e Barra da Lagoa), saneamento e sinalização turística.

Com relação à capacitação dos agentes de turismo, a Setur criou um fórum de discussão que

conta com a participação das principais instituições de ensino e treinamento do local

promovendo ações referentes à profissionalização e qualificação dos serviços turísticos.

Quanto à promoção e divulgação do arranjo de turismo local, a Secretaria Municipal

vem fazendo um levantamento dos principais atrativos turísticos e o cadastramento dos vários

agentes que atuam na prestação de serviços turísticos no local. Estas ações têm por objetivo

definir estratégias de aproveitamento das potencialidades que o destino Florianópolis pode

oferecer o ano todo, dentre os quais podem-se citar as festas populares (Fenaostra) e os

eventos esportivos (náutico, automobilístico, aventura, ecoturismo, etc).

No que tange à promoção de destinos turísticos catarinenses, o Sebrae-SC, unidade

de Florianópolis, em parceria com o Convention & Visitours Bureau do município vem

promovendo a divulgação de dezoito roteiros turísticos que integram a região da Grande

Florianópolis. Dentre esses roteiros, destaca-se Florianópolis por seus atrativos naturais e

histórico-culturais, gastronomia e pelas diversas opções de ambientes propícios aos esportes

de aventura. A parceria entre o Sebrae-SC e o Florianópolis C&VB se estende ao conjunto de

prestadores de serviços existente no local, ao setor hoteleiro, aos agentes de viagem, à

associação de bares e restaurantes e às operadoras de turismo, todos com a fianlidade de

promover o destino Florianópolis na baixa temporada. As ações do Sebrae-SC voltadas à

estruturação dos roteiros turísticos visaram realizar o levantamento do patrimônio histórico-

cultural, a unificação do calendário de festas, integração entre os municípios e, sobretudo, a

capacitação profissional dos agentes prestadores de serviços turísticos.

3.4.3 Agentes de representação e associativos

A concentração de agentes de turismo representando os mais diversos segmentos da

atividade econômica foi particularmente importante no desenvolvimento da estrutura de

representação local, o qual abrange um conjunto de organizações, de natureza privada sem

fins lucrativos, tendo em vista o apoio e promoção dos agentes de turismo.

A trajetória de formação dessa estrutura institucional pode ser dividida em dois

momentos: o primeiro nos anos 60 e 70 com o surgimento das instituições na área de

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hospedagem: a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-SC, 1965) e o Sindicato

de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Florianópolis (SHRBS, 1978); e o segundo no

final dos anos 90, período no qual a função de representação apresentará uma maior

especificidade em relação ao setor de turismo com a criação de instituições voltadas à área de

eventos, a Associação Brasileira de Empresa de Eventos (ABEOC-SC, 1998) e Florianópolis

Convention & Visitours Bureau (C&VB, 1999).

Destaca-se, na década de 90, o surgimento de uma instituição específica ao setor de

gastronomia, a Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento

(ABRASEL) que, apesar de existir no âmbito nacional desde meados da década de 80, em

Florianópolis iniciou as atividades somente no ano de 1995. A ABRASEL conta com cerca de

150 associados na Grande Florianópolis atuando na representação do setor gastronômico e de

entretenimento. Dentre as diversas ações direcionadas à promoção do setor gastronômico,

tem-se o “Guia Gastronômico” com a divulgação de seus associados e os eventos de

gastronomia realizados no local. Este guia indica ao turista a localização, a capacidade de

atendimento e o tipo de serviço oferecido pelos associados. Disponibiliza cursos de

aperfeiçoamento regulares voltados à área de gastronomia, como segurança alimentar, preparo

de cardápios, conhecimento dos vinhos, dentre outros. Atua como importante fonte de

informação para o setor gastronômico por meio da divulgação da “Revista de Bares e

Restaurantes”, colocando seus associados em contato com os principais fornecedores desse

setor. Desenvolve ações em parceria com os demais agentes que atuam nos segmentos do

setor de turismo local visando promover e divulgar Florianópolis como importante destino

turístico no âmbito regional, nacional e internacional.

Dentre os agentes associativos responsáveis por representar o segmento de

hospedagem, dsalienta-se a ABIH-SC com aproximadamente 300 associados em todo o

Estado e em Florianópolis são cerca de 80 entre hotéis e pousadas. Atua na representatividade

do setor hoteleiro junto aos órgãos federais, estaduais e municipais. Promove eventos

direcionados ao aperfeiçoamento técnico profissional para o segmento de hospedagem como o

Encontro Catarinense de Hoteleiros. Dentre os eventos realizados, tem-se a iniciativa da

ABIH-SC e da ABAV-SC em promover o Encontro Catarinense de Turismo em parceria com

os agentes organizadores, o Florianópolis C&VB e a ABEOC-SC, e a participação da

SANTUR no apoio à promoção do evento. Esse encontro de turismo conta ainda com três

eventos paralelos, mostra gastronômica, feira de produtos para hotel (Exprotel) e feira de

turismo direcionada aos agentes de viagens da região. Promove ações de integração, troca de

experiências e divulgações de trabalhos científicos na área de hotelaria por meio da realização

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de um seminário de turismo e hotelaria que ocorre de forma integrada ao Encontro

Catarinense de Hoteleiros. A ABIH-SC, em parceria com os outros agentes de turismo que

compõem o trade turístico local, ABAV-SC, ABRASEL-SC, SHRBS-SC, ABEOC-SC,

Florianópolis C&VB, Sebrae-SC, vem realizando fóruns de discussão voltados ao

planejamento turístico buscando alternativas de exploração dos recursos disponíveis no local

de modo a ampliar o fluxo de turistas o ano todo. Todas as ações estão focadas no

desenvolvimento do turismo sustentável em Florianópolis, buscando estratégias de integrar o

turismo de lazer com o turismo de eventos e negócios. A ABAV-SC é uma entidade nacional

que tem como intuito defender os interesses dos agentes de viagens e fomentar a atividade

turística no território.

Com respeito aos agentes que atuam na representação e defesa dos pleitos dos setores

de hospedagem e gastronomia junto a instâncias federais, estaduais e municipais, destaca-se o

Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Florianópolis (SHRBS), filiado à

Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Santa Catarina e à

Confederação Nacional de Turismo, tendo como objetivos básicos tratar dos interesses

patronais. Tanto a ABIH-SC quanto a ABRASEL-SC são associações civis, somente o

SHRBS pode representá-las perante o governo, desse modo, interage freqüentemente com

esses agentes. Hoje, o sindicato tem em torno de 1.200 associados, com sede em

Florianópolis, sua atuação é extensiva aos municípios de Águas Mornas, Biguaçu, Garopaba,

Governador Celso Ramos, Palhoça, Paulo Lopes, Santo Amaro da Imperatriz e São José.

Contudo, o sindicato, visando superar as deficiências de mão-de-obra especializada no setor,

vem realizando diversos programas de qualificação profissional, alguns em parceria com o

SENAC, ofertando cursos na área de alimentos e bebidas. O SHRBS atua na divulgação do

destino Florianópolis mediante a elaboração de um guia dos serviços turísticos locais.

Em Florianópolis, a estrutura para eventos é relativamente recente, se desenvolveu, a

partir dos anos 90, para organizar e estruturar os agentes que atuam no segmento de turismo

de eventos e negócios. A ABEOC-SC, entidade civil, sem fins lucrativos, que representa os

interesses dos organizadores, promotores e prestadores de serviços para eventos, tem hoje

cerca de 24 associados, e seu objetivo é capacitar o setor e integrá-lo ao setor de turismo local.

A ABEOC-SC atua principalmente na captação de eventos, inclusive internacionais, para o

local. A área de abrangência da ABEOC-SC não se restringe a Florianópolis, tem associados

em Blumenau, Joinville e Balneário Camboriú, municípios esses que concentram um maior

número de eventos. Em sua grande maioria, os associados são empresas de pequeno porte,

com no máximo oito funcionários, e para atender os eventos, essas empresas atuam em

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parceria de forma a integrar as competências, som, imagem, tradução simultânea, divulgação

e marketing, etc. As ações da ABEOC-SC estão voltadas à capacitação dos agentes de turismo

para qualificar a oferta de serviços e, sobretudo, melhorar as formas de divulgação da história,

cultura, artesanato e gastronomia do local. Quanto à divulgação de Florianópolis no circuito

de turismo nacional e até mesmo internacional, a ABEOC-SC, junto às demais associações e

agentes de turismo, vem atuando na promoção da imagem do destino explorando as

especificidades do local (hospitalidade, segurança, atrativos histórico-culturais) e associando

o turismo de negócios com o lazer, onde os visitantes podem interagir com o local. Há uma

interação entre a associação, o setor empresarial e os órgãos de governo para planejar o

desenvolvimento turístico do local no longo prazo.

Na área de captação de eventos, outra entidade que se destaca é o Florianópolis

C&VB, uma associação privada sem fins lucrativos, representando um conjunto de empresas

dos mais diversos segmentos que compõem o setor turístico local. Além da captação de

eventos, atua na promoção do destino, hoje conta com cerca de 73 associados pertencentes

aos mais diversos segmentos, organizadores de eventos, empresas de consultoria, hotéis,

agências de viagens. Promove constante intercâmbio com empresários e associações de

classe, atua como um aglutinador dos agentes e, a partir do momento em que ele consegue

captar um evento, repassa aos seus associados que vão atuar na prestação de serviços no local.

O Florianópolis C&VB é um dos principais parceiros do Sebrae-SC na divulgação do destino

“Grande Florianópolis” e na promoção de roteiros integrados de turismo. O Florianópolis

C&VB representa o setor turístico catarinense em parceria com a SANTUR divulgando os

roteiros turísticos, nos vários eventos do calendário do trade turístico regional, nacional e

internacional.

3.5 Estrutura de conhecimento

A atividade econômica ligada ao turismo, em ascensão nos últimos tempos, vem

provocando importantes transformações na estrutura de conhecimento local. Tal estrutura tem

ampliado, especialmente a partir dos anos 90, a oferta de cursos de nível superior no local,

não só para aqueles de base de conhecimento comum, mas para outros específicos às áreas de

turismo. A exigência da oferta de serviços qualificados no setor de turismo tem levado os

empreendimentos locais a demandarem uma força de trabalho especializada nas mais diversas

atividades de turismo e hospitalidade. Esse crescimento do setor de turismo tem aberto novas

oportunidades no mercado de trabalho local, aquecendo a demanda por cursos de nível

superior ou de treinamento nessas áreas.

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32

INSTITUIÇÃO SIGLA NOME

CURSO HABILITAÇÃO TITULAÇÃO LOCALIDADE

Administração Gestão de Eventos Bacharel Florianópolis

Administração Gestão Hoteleira Bacharel Florianópolis ESH/CESETH Escola Superior de Hotelaria

Tecnologia em Hotelaria Tecnólogo Florianópolis

FADEC Faculdade Decisão Administração Gestão de Emp. Turísticos Bacharel Florianópolis

Administração Gestão Hoteleira Hospitalar Bacharel Florianópolis

Tecnologia em Gastronomia Tecnólogo Florianópolis

Turismo Bacharel Florianópolis Hotelaria Bacharel Florianópolis

FASSESC

Faculdades Integradas

Associação de Ensino de Santa

Catarina

Gastronomia

Bacharel Florianópolis Tecnologia em Gastronomia Tecnólogo Florianópolis

Gastronomia Bacharel Florianópolis Gestão do Turismo Bacharel Florianópolis

UNISUL Universidade do

Sul de Santa Catarina Turismo

Hotelaria Bacharel Florianópolis

Guia de Turismo Técnico Florianópolis

Hotelaria Técnico Florianópolis Org. de Eventos Técnico Florianópolis

Camareira/ Governança

Capacitação/ Treinamento Florianópolis

Controladoria Hoteleira

Capacitação/ Treinamento Florianópolis

Hosstes Recepcionista de

Restaurantes

Capacitação/ Treinamento Florianópolis

Informações Turísticas

Capacitação/ Treinamento Florianópolis

Gastronomia Capacitação/ Treinamento Florianópolis

SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem

Comercial

Turismo e Hospitalidade

Planejamento p/ Roteiros

Turísticos

Capacitação/ Treinamento Florianópolis

Administração Gestão Hoteleira Bacharel São José Tecnologia de

Eventos Tecnólogo São José

Tecnologia em Turismo

Receptivo Tecnólogo São José

IESGF Instituto de Ensino Superior da Grande

Florianópolis

Turismo Bacharel São José

FESSC Faculdade Estácio

de Sá de Santa Catarina

Turismo Bacharel São José

UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí

Turismo e Hotelaria Bacharel São José

Quadro 03: Estrutura de conhecimento do APL de turismo de Florianópolis/SC – 2006 Fonte: Pesquisa de Campo, 2006.

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33

A estrutura de conhecimento local é formada por um conjunto de instituições de

ensino, público e privado, com escolas de 1º e 2º graus, universidades e escolas técnicas

profissionalizantes. A rede de ensino superior em Florianópolis é formada por quatro

instituições que oferecem dez cursos de graduação e três de tecnólogo, tanto na área de

administração com habilitação em hotelaria, eventos, gestão de empreendimentos turísticos,

quanto na área específica de turismo, hotelaria e gastronomia. Esse número de cursos

superiores aumenta se forem consideradas as três instituições localizadas em São José,

município integrante do núcleo Grande Florianópolis, são mais quatro cursos de graduação e

dois de tecnólogo. O Quadro 03 apresenta as principais instituições que compõem a estrutura

de conhecimento do arranjo produtivo local.

No tocante aos agentes que atuam na capacitação e treinamento nas áreas de turismo

e hospitalidade, destaca-se, desde os anos 80, o SENAC-SC unidade de Florianópolis, o qual

vem ofertando cursos profissionalizantes nas mais variadas áreas do turismo, desde os mais

operacionais como garçons, camareiras, culinária, informações turísticas, até outros mais

recentemente direcionados ao gerenciamento dos empreendimentos, planejamento de roteiros

turísticos e organização de eventos. O SHBRS-SC, atuando em parceira com o SENAC-SC,

também oferece cursos de curta duração para as funções de garçom, manipulação de

alimentos, drinks e coquetéis, recepção, dentre outros.

A importância dessa estrutura educacional local na capacitação dos recursos

humanos vem se refletindo por meio da ampliação da oferta de estágios com finalidade

educacional e do crescimento e diversificação dos cursos de treinamento e aperfeiçoamento

da força de trabalho oferecidos nos centros técnicos/profissionalizantes do arranjo local.

A estrutura de ensino e treinamento existente no local tem sido procurada atualmente

principalmente por outras instituições ligadas ao turismo para a troca de informações e do uso

das fontes de conhecimento. Essa tentativa em potencializar as interações com os agentes de

turismo no local vem no sentido de planejar o aproveitamento da capacidade turística ociosa

de Florianópolis na baixa temporada buscando alternativas para atrair visitantes o ano todo.

3.6 Uma visão geral do arranjo de turismo de Florianópolis

A estrutura de serviços turísticos locais que se desenvolveu desde os anos 70 com o

surgimento dos estabelecimentos hoteleiros e restaurantes nas áreas urbanas centrais cresce a

partir anos 80 com o aquecimento da demanda associada ao fluxo dos turistas nacionais e

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internacionais. É o desenvolvimento dessa infra-estrutura de serviços que vai firmando o

turismo como uma importante atividade econômica local.

Na década de 90, essa estrutura se expande com a entrada das grandes cadeias

hoteleiras internacionais (accor e mercure), com a construção e operação do Centro de

Eventos e Convenções de Florianópolis e, mais recentemente, com o Centro de Convenções

da Universidade Federal de Santa Catarina e ainda com o desenvolvimento do segmento de

agências de viagens e de turismo e de inúmeros serviços turísticos.

A estrutura institucional se consolidou a partir das décadas de 60 e 70 no local com a

implantação dos órgãos municipais de preservação e regulação ambiental e histórico-cultural

e com as entidades representativas pertencentes ao segmento de hospedagem. Na segunda

metade da década de 80, estruturam-se os órgãos estaduais e municipais de promoção do

turismo catarinense e os centros de treinamento.

Nos anos 90, surgem as primeiras universidades ofertando cursos direcionados às

áreas de turismo, hotelaria e gastronomia ampliando a função de ensino e treinamento local.

Tal estrutura no final dos anos 90 é ampliada na função de representação com a criação das

entidades responsáveis pela captação de eventos no âmbito regional, nacional e internacional,

como a Associação Brasileira de Empresa de Eventos (ABEOC-SC) e o Florianópolis

Convention & Visitors Bureau (C&VB).

4. A DINÂMICA ECONÔMICA DA ATIVIDADE TURÍSTICA: ESPECIALIZAÇÃO

E COMPLEMENTARIDADE NO APL

Considerando a configuração do APL de turismo em Florianópolis identificada na

seção anterior, o objetivo desta seção é analisar a ação dos agentes no interior dos arranjos.

Para os agentes econômicos, procurou-se observar as principais características do

empreendimento, como tamanho, ativos e serviços oferecidos, e as relações comerciais que

estabelecem no âmbito do arranjo. A amostra definida segundo os critérios apresentados no

anexo A considerou os seguintes agentes econômicos:

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35

Tabela 10: Amostra segundo o tipo e o tamanho de estabelecimentos em Florianópolis/SC -2006

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Fonte: Pesquisa de Campo, 2006

O critério para identificar o tamanho dos estabelecimentos é diferente conforme os

grupos de agentes. Para as agências de viagens e turismo, e para os restaurantes, o critério é o

número de empregados segundo a classificação do Sebrae.11 Em ambos os casos predominam

os micro e pequenos estabelecimentos. Quanto aos meios de hospedagem, o critério é a

unidade habitacional (UH) que representa o número de quartos. Neste caso, não há uma

segmentação de tamanho entre micro e pequeno estabelecimento, ambos são considerados

como pequenos se disporem de até 40 UH. Nos meios de hospedagem estão também incluídas

as pousadas e todas são de pequeno porte12.

A estrutura produtiva com sua configuração atual é relativamente recente. A Tabela

11 mostra que a maioria dos empreendimentos foi fundada na década de 90. O segmento de

hotéis e restaurantes é o que tem empreendimentos mais antigos. Mais da metade dos

restaurantes foi fundada até a década de 80, e somente 40% dos hotéis e pousadas são

anteriores a 1990. As agências de viagens e turismo representam o segmento mais recente,

pois 77% foram fundadas na década de 90.

É, portanto, a década de 90 que caracteriza a expansão e consolidação da densidade

atual da estrutura de serviços do arranjo local. A forma de expansão da rede hoteleira

significou também a entrada de capital externo e principalmente de capitais de outros estados

da federação. Esse fenômeno não se repete para os outros segmentos do arranjo.

Considerando os 9 hotéis da amostra que fazem parte de grupos econômicos, 6 deles foram

fundados a partir de 1991, quais sejam: um hotel da Blue Tree Hotels and Resorts do Brasil

(São Paulo), um hotel da Jurerê Beach Village ( Rio Grande do Sul), um hotel da Intercity

Solução em Hotelaria (São Paulo), e um hotel do grupo Costa Empreendimentos Hotelaria e

11 SEBRAE (2000) Até 09 empregados – micro, de 10 a 49 empregados – pequeno, de 50 a 99 empregados – médio, e acima de 99- grande. Quanto aos hotéis, a classificação é de DUARTE (1996): de 1 a 40 UH – pequeno, de 41 a 200 – médio, acima de 200 – grande. 12 Considerando a atividade em análise, optou-se por destacar a localização dos empreendimentos, mais que seu porte, pois é a localização que vai identificar as suas principais características, principalmente no caso dos hotéis e restaurantes.

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Lazer – Mabu hotéis & resort (Paraná). Dentre esses hotéis, fundados nos anos 90, destaca-se

a rede francesa Accor que detêm, hoje, três hotéis na cidade, sendo dois localizados no centro

(Íbis e Mercure antiga rede Parthenon) e um nas proximidades da SC 404, rodovia que liga o

centro à Lagoa da Conceição (Mercure).

Entre os hotéis estabelecidos nas praias, a partir dos anos 90, tem-se dois hotéis de

grande porte que contam com uma grande área física e de infra-estrutura turística. O primeiro

e mais antigo fundado, em 1991, o Costão do Santinho Resort, possui uma estrutura formada

por seis restaurantes de diferentes especialidades e três bares, além de piscinas, campo de

golf, quadras de tênis, salas para eventos, pista de patinação no gelo, lojas, entre outros. O

segundo mais recente, inaugurado somente no ano 2000, o Jurerê Beach Village, que também

apresenta uma grande área física e de infra-estrutura com dois restaurantes e dois bares, além

de lojas, piscinas, centro de eventos, entre outros.

Tabela 11: Ano de fundação dos estabelecimentos prestadores de serviços turísticos em Florianópolis/SC -2006

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� % � �& 13 100,00 35 100,00 14 100,00 Fonte: Pesquisa de Campo, 2006

Essa forma de expansão do segmento hoteleiro estimulou o desenvolvimento de

outros serviços de turismo no arranjo. Outra clara indicação da ampliação da

complementaridade das atividades econômicas no arranjo foi a grande expansão do segmento

de agência de viagem na década de 90. Tomando como referencia os três segmentos das

atividades econômicas pesquisadas, pode-se observar uma trajetória em direção à

complementaridade da estrutura econômica voltada para os serviços turísticos.

4.1 Especialização do arranjo e diversificação dos serviços de turismo

A Tabela 12 indica a especialização do arranjo no turismo de lazer, dado sobretudo

pela presença de estabelecimentos hoteleiros e pousadas concentradas em atender essa forma

de turismo. Também conforme apresentado na Tabela 6 (seção 3), aproximadamente 77% dos

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hotéis estão localizados nas praias, da mesma forma que a maioria das pousadas. A presença

de agências operadoras e as de turismo receptivas e mistas, conforme observado nas

entrevistas, também aponta a presença de uma infra-estrutura de captação e operação no

interior do arranjo voltada para esse tipo de turismo.

Tabela 12: Tipo de atividade (natureza) dos estabelecimentos em Florianópolis/SC - 2006

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Fonte: Pesquisa de Campo, 2006

Mas ao lado dessa especialização no turismo de lazer, pode-se perceber claramente o

desenvolvimento de serviços que são direcionados para o turismo de eventos. As

características das instalações e dos equipamentos dos meios de hospedagem indicam que

esse segmento não só é capaz de atender o turismo de lazer, assim como está apto a atender o

turismo de eventos. Como se observa na Tabela 13 a maioria dos meios de hospedagem

possuem equipamentos e as instalações permitem essa diversificação de serviços. Os hotéis de

maior porte localizados nas praias também dispõem de equipamentos para a realização de

eventos.

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Tabela 13: Características das instalações/equipamentos dos meios de hospedagem em Florianópolis/SC -2006

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Fonte: Pesquisa de Campo, 2006

O censo do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares identificou 68

hotéis com infra-estrutura para a realização de eventos, 72% dos quais localizados nas praias,

corroborando essa constatação, conforme mostra a Tabela 14.

Tabela 14: Número de hotéis com nível para a realização de eventos em Florianópolis/SC

Hotéis com nível p/ turismo de eventos

Estabelecimentos Unid. Habitacionais REGIÃO

Nº % Nº %

1. CENTRO 19 27,94 2.104 34,61

2. NORTE 39 57,35 3.249 53,44

Canasvieiras 10 14,71 551 9,06

Ponta das Canas13 13 19,12 875 14,39

Ingleses14 14 20,59 1.538 25,30

Jurerê 2 2,94 285 4,69

3. SUL 2 2,94 124 2,04 4. LESTE 4 5,88 248 4,08

5. CONTINENTE 4 5,88 355 5,83

TOTAL 68 100,00 6.080 100,00

Fonte: Censo/SHRBS-SC, 2005

Portanto, a forma de diversificação das atividades no interior do arranjo está

ocorrendo tanto através de uma diversificação realizada pelos estabelecimentos hoteleiros já

13 Ponta das Canas engloba mais duas praias: Cachoeira do Bom Jesus e Praia Brava. 14 Dentro de Ingleses também estão incluídas as praias do Santinho e Rio Vermelho.

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instalados, quanto pelos novos investimentos. Estes últimos principalmente localizados no

centro da cidade.

Esse movimento em direção ao desenvolvimento de outras especializações no

turismo do arranjo também pode ser verificado pelas características das instalações e

equipamentos dos restaurantes, pois 57% deles dispõem de área destinadas a eventos, como

pode ser visto na Tabela 15.

Tabela 15: Características das instalações/equipamentos dos restaurantes em Florianópolis/SC

Tipo de equipamento e serviços

Sim % Não % Não responderam % TOTAL %

Área destinada a eventos 8 57,14 5 35,71 1 7,14 14 100,00 Bar, Hall de recepção 12 85,71 1 7,14 1 7,14 14 100,00 Estacionamento 12 85,71 2 14,29 0 0,00 14 100,00 Sistemas de informatização 10 71,43 4 28,57 0 0,00 14 100,00 Outros (Citar) 0 0,00 0 0,00 14 100,00 14 100,00

Fonte: Pesquisa de Campo, 2006

Os serviços oferecidos pelas agências de viagens e de turismo auxiliam na

compreensão da forma como se realiza este processo de criação de novas especializações no

turismo do arranjo, embora este segmento ainda tenha contribuído pouco para isso. Apenas

uma das agências entrevistadas declarou que oferece regularmente o serviço de organização

de eventos e 3 delas o fazem ocasionalmente, de acordo com a Tabela 16. O papel das

agências de viagens parece ser muito mais o de oferecer serviços complementares aos agentes

voltados para a organização de eventos, visto que 6 delas (4 ocasionalmente e 2

freqüentemente) vendem pacotes para eventos organizados por outras operadoras. Sua ação

principal se direciona para a venda de pacotes turísticos locais, ou locais e estaduais operados

pela própria agência. Apesar de várias delas não serem exclusivamente agências receptivas,

das 13 empresas pesquisadas, 6 oferecem freqüentemente pacotes turísticos locais, 4 pacotes

turísticos locais e estaduais. Portanto, a ênfase da ação das agências de turismo ainda parece

ser o turismo de lazer, oferecendo, entretanto, serviços que são complementares ao turismo de

eventos.

A atuação das agências de viagens e turismo tem um importante efeito interno

estimulando outros serviços no arranjo, uma vez que 8 delas oferecem ocasionalmente ou

freqüentemente serviços de reservas e vendas de alojamentos em meios de hospedagem local,

e no que se refere a serviços turísticos complementares, destacam-se os serviços de guia e de

intermediação na locação de imóveis. Outros serviços oferecidos com algum destaque são os

serviços de intérprete e de reserva e venda de ingressos para atrativos históricos.

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Tabela 16: Principais serviços oferecidos pelas agências de turismo e viagem em Florianópolis/SC - 2006

Tipos de Serviço Nº de empresas que oferecem o serviço

ocasionalmente

Nº de empresas que oferecem o serviço

freqüentemente

Serviços de emissão e recepção turística Recepção e Traslado 1 9 Venda de pacotes turísticos operados pelo próprio empreendimento Roteiro apenas Local 3 6 Roteiro Local e Estadual 3 4 Roteiro Nacional 2 2 Roteiro Internacional 2 2

Venda de pacotes turísticos fornecidos por outras operadoras / agências Roteiro apenas Local 3 1 Roteiro Local e Estadual 4 0 Roteiro Nacional 2 3 Roteiro Internacional 3 2 Reserva e vendas de alojamento em meios de hospedagem Local 3 5 Estadual 3 3 Nacional / Internacional 3 3 Prestação de serviços complementares Guia 5 6 Intérprete 5 3 Locação de veículos 3 2 Tramitação de documentos (passaporte, visto) 3 3 Locação de imóveis 2 7 Operações de Câmbio 4 4

Reserva e venda de ingressos para atrativos históricos/culturais (entrada teatro, museu, shows, parques temáticos) 3 4

Eventos Serviço completo de organização de eventos no local 3 1 Venda de pacotes para eventos organizados por outras operadoras / agências especializadas Roteiro apenas Local 4 2 Roteiro Local e Estadual 4 2 Roteiro Nacional 4 0 Roteiro Internacional 0 1 Outros serviços 3 1

Fonte: Pesquisa de Campo, 2006

Assim, esse movimento de diversificação para outros tipos de turismo parece ser um

elemento importante na trajetória recente do arranjo, provocando uma maior densidade da

estrutura produtiva e ampliando a complementaridade de serviços no interior do arranjo. A

diversificação é em direção ao turismo de eventos com possibilidade de se expandir do centro,

onde o impacto atual é maior, para hotéis localizados nas praias. As agências de viagens ainda

têm um papel mais reduzido neste processo e o efeito da sua atividade econômica é maior no

processo de criar as condições de demanda local para serviços complementares.

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Cabe salientar que tal trajetória não substituiu a especialização principal do arranjo,

que é o turismo de lazer, mas sugere importante impacto sobre a complementaridade dos

serviços turísticos locais, conforme se analisa a seguir.

4.2 Complementaridade dos serviços no arranjo

Observando a complementaridade pela freqüência das relações que se estabelecem

no interior do arranjo a partir dos 3 segmentos de serviços apresentados, pode-se inferir o

importante impacto sobre a economia local. Uma primeira observação relevante é que a

maioria dos fornecedores está localizada no arranjo. Isso é mais evidente nos fornecedores de

insumos para a operação corrente dos hotéis e restaurantes. A maioria dos hotéis e

restaurantes declarou que se relaciona freqüentemente com seus fornecedores de insumos

localizados no arranjo. Por outro lado, é maior o número de hotéis do que de restaurantes que

se relaciona freqüentemente com seus fornecedores locais de equipamento (ver Tabelas 17 e

18).

Tabela 17: Relações comerciais freqüentes e rotineiras dos meios de hospedagem em Florianópolis/SC -2006

Local Estadual Nacional Internacional Fornecedor Nº de

empresas % Nº de empresas % Nº de

empresas % Nº de empresas %

Fornecedores de equipamentos e insumos Máquinas e equipamentos 3 8,57 1 2,86 2 5,71 0 0,00 Utensílios domésticos, cama, mesa e banho 3 8,57 4 11,43 2 5,71 0 0,00 Alimentos in natura 28 80,00 1 2,86 0 0,00 0 0,00 Alimentos pré-elaborados 22 62,86 3 8,57 2 5,71 0 0,00 Alimentos – outros insumos 21 60,00 2 5,71 1 2,86 0 0,00 Bebidas 23 65,71 1 2,86 1 2,86 0 0,00 Mobiliário e decoração 2 5,71 2 5,71 1 2,86 0 0,00 Fornecedores de serviços turísticos

Empresas fornecedoras de passagens aéreas 5 14,29 1 2,86 2 5,71 0 0,00

Empresas de passeios marítimos 15 42,86 1 2,86 0 0,00 0 0,00

Empresas de transportes rodoviários de passageiros 4 11,43 1 2,86 0 0,00 0 0,00

Empresas de transporte para traslados no município 23 65,71 0 0,00 0 0,00 0 0,00

Hotéis e pousadas 10 28,57 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Operadoras de turismo 15 42,86 4 11,43 9 25,71 6 17,14 Organizadoras de eventos 11 31,43 4 11,43 6 17,14 2 5,71 Locadoras de veículos 19 54,29 0 0,00 1 2,86 1 2,86 Imobiliárias 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Guias e intérpretes 1 2,86 0 0,00 0 0,00 0 0,00

Fonte: Pesquisa de Campo, 2006

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Sob o ponto de vista das relações com os fornecedores de serviços turísticos, que

revelam os impactos das ações destes estabelecimentos mais estritamente sobre as atividades

do arranjo, a intensidade das relações dos hotéis com os fornecedores locais deste serviço é

bem maior que a dos restaurantes. No caso dos hotéis, 65% declararam que mantêm relações

freqüentes e rotineiras com empresas de traslado no município e 52% deles com locadoras de

veículos localizadas no município. Isso sugere um forte impacto sobre os serviços de

transporte local. Também 43% dos hotéis mantêm relações com operadoras de turismo e

empresas de passeios marítimos, e 31% deles mantêm relações com as organizadoras de

eventos. No caso dos restaurantes, somente 29% declararam manter relações freqüentes e

rotineiras com operadoras de turismo e os hotéis e pousadas (ver Tabelas 18 e 19).

Tabela 18: Relações comerciais freqüentes e rotineiras dos restaurantes em Florianópolis/SC & � ��� $ ���� �� � ���� ��� +��������� ���

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� � ��" �� ��� �� ���� �� " � �� ����� �� ����� �� ����� �� �����Fonte: Pesquisa de Campo, 2006.

Esse padrão de relações é semelhante para o segmento de agentes de viagens e de

turismo, pois 61% disseram manter relações freqüentes com empresas de passeios marítimos,

69% com locadoras de veículos, 61% com guias e intérpretes, 53% com empresas de traslado,

hotéis e pousadas. Foi menor o número de agências que destacaram manter relações com

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43

operadoras de turismo e organizadoras de eventos, apenas 23% em relação a esta última (ver

Tabela 19).

Tabela 19: Relações comerciais freqüentes e rotineiras das agências de turismo e viagem em Florianópolis/SC - 2006

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� � ��" �� �=� �� ���� �� " � �� ����� � ������ �� ��� �� ���Fonte: Pesquisa de Campo, 2006.

Em resumo, a estrutura econômica de serviços turísticos é relativamente completa, e

os agentes econômicos estabelecem relações de natureza comercial com diversos outros

agentes produtivos locais, sugerindo a importância da atividade para a economia local como

um todo. Esta pesquisa não analisou as características e os tamanhos destes mercados

específicos dentro do arranjo, apenas sugere que eles têm uma forte dimensão local, dada a

densidade e amplitude da atividade de serviços turísticos.

5. INOVAÇÃO E APRENDIZAGEM

Para compreender os atuais desafios para o desenvolvimento do turismo em

Florianópolis, é necessário identificar as mudanças recentes nas condições de

competitividade, impostas pelas novas tecnologias de informação e comunicação. Além dos

efeitos destas novas tecnologias sobre as condições de organização das empresas, do processo

de trabalho, e das relações entre as empresas e demais organizações, os mercados turísticos

foram também alterados.

O turismo tradicional caracterizava-se por haver pouca interferência dos

consumidores na elaboração de roteiros e/ou pacotes e as empresas competiam principalmente

via preço e qualidade. A difusão das TICs permitiu novas condições de oferta possibilitando

às empresas ampliarem a autonomia na decisão do consumidor em relação à composição do

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44

tipo de viagem que querem realizar e também quanto aos serviços oferecidos. No turismo, a

adoção de novas tecnologias levou a uma nova forma de comercialização (e-turismo) pelo uso

da Internet, que permite não só a divulgação (vitrine eletrônica), mas a interação em tempo

real com os consumidores (DECELLE, 2004; MILES, 2001; WEIEMAIR, 2004). Nestas

novas condições, as empresas competem também por preço, mas em especial pela

originalidade dos atrativos e serviços oferecidos. Também nos serviços turísticos a

customização e diferenciação de serviços tornaram-se importantes nas condições de

competitividade. Estas novas condições combinam a busca de novas atrações dadas pelas

condições naturais e culturais do território, como, por exemplo, o ecoturismo, trilhas, rios,

cavernas, festas, culinária, com as possibilidades de customização dos serviços oferecidos

pelas agências de turismo.

As tecnologias de informação e comunicação se difundiram amplamente e

provocaram mudanças significativas nos diversos setores da economia, tanto nos produtos

quanto na própria forma de organização dos processos produtivos e dos mercados. Nesse

novo contexto, o domínio destas tecnologias, no que se refere às aplicações específicas às

atividades de serviços, tem sido decisivo nos processos competitivos. A posse dos

equipamentos, o acesso à rede WEB e as competências para o uso desses instrumentos nos

processos de comercialização, como o e-commerce, são considerados as inovações recentes

neste tipo de atividade. (OCDE, 2006; COLLADO, 2005).

Considera-se neste trabalho a inovação no seu sentido amplo, ou seja, aquelas

mudanças de natureza incremental em produtos, processos e técnicas organizacionais que são

novas para a empresa que as introduz, mesmo que não sejam novas para o mercado em que a

empresa atua. As criações de capacitações para a introdução de inovações podem decorrer da

obtenção de informações de fontes externas ou internas às empresas. As relações com as

fontes externas e sua capacidade interna para a absorção dessas informações e para a criação

de competências caracterizam processos de aprendizagem nas empresas (ROSEMBERG,

1982; LUNDVALL, 2001; MALERBA, 1992). A análise das condições de competitividade

no APL implica, portanto, a compreensão das capacidades dos agentes introduzirem

inovações, identificando os seus tipos, as fontes de informações utilizadas para a introdução

de inovações e as formas de criação das competências para inovar, que caracterizam os

processos de aprendizagem, segundo as características específicas da atividade produtiva em

que atuam.

Conforme se observou na pesquisa de campo, grande parte das inovações se referem

ao domínio das tecnologias de informação e comunicação, que adquire diferente intensidade

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45

em cada uma das atividades analisadas. A Tabela 20 mostra o número de empresas que

introduziram inovações no período entre 2003 e 2005. As agências de viagens e turismo

apresentam as mais altas taxas de inovação, seguidas pelos meios de hospedagem e pelos

restaurantes. Essa hierarquia na introdução de inovações é a mesma observada por outras

pesquisas como a realizada no setor de turismo na Espanha.15

No que diz respeito ao serviço, as inovações introduzidas envolveram, no caso das

agências de viagens, a capacidade de combinar as características dos atrativos locais

oferecendo novos roteiros e também a oferta de serviços novos como o check-in antecipado.

Nos hotéis, incluiu-se o oferecimento de novos serviços, voltados para atingir nichos

específicos de mercado, como a terceira idade, o público feminino, ou a venda combinada de

reservas de acomodação com locação de carro (pacote-drive). Alguns deles ampliaram a

oferta de serviços para a organização de eventos, ou criaram espaços para esportes e para

tratamentos estéticos e de saúde. Inclusive nas pousadas, que são estabelecimentos de menor

porte, a introdução de novos produtos foi observada pela criação de suítes temáticas, por

exemplo. Entre os restaurantes, ainda que alguns deles declarem ter efetuado variações no

cardápio, tais mudanças não foram consideradas como inovação incremental.

Tabela 20: Introdução de inovações em serviços, processos e organizacionais por segmento da atividade no APL de Turismo em Florianópolis/SC -2006

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A ênfase do esforço inovativo dos restaurantes foi de natureza organizacional e

reflete os resultados da realização pelo Sebrae-SC do “Plano de Alimentação Segura” que

estimulou a implantação de métodos e treinamento para manipulação adequada de alimentos.

Este esforço está também relacionado à qualificação de alguns restaurantes pela Associação

Brasileira de Restaurantes e Estabelecimentos de Entretenimento (ABRASEL) e pelo Guia 4

15 Pesquisa da CEET (COLLADO, 2005) mostrou a seguinte proporção de firmas que introduziram inovação no último ano: 44, 3% dos restaurantes, 51,8% dos hotéis e 61,6% das agências de viagens.

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46

Rodas, que lhes conferiu um selo de qualidade. As inovações em processo se referem

principalmente às melhorias nos equipamentos.

Para este trabalho, foram consideradas como inovações em processos aquelas

mudanças que afetam a forma de realizar a atividade para prestar os serviços. Estes casos

envolvem de alguma maneira a relação com o cliente ou um melhoramento nos ativos e

equipamentos para processar o serviço. Diferente das inovações organizacionais que

modificam os controles sobre os diversos processos e normas da empresa.

As inovações organizacionais pelas agências de viagens e turismo foram, em todos

os casos, a introdução de software de controles administrativos. Os hotéis além da introdução

de software, realizaram também reestruturações organizacionais (Quadro 04).

A introdução de software e sites que permitem a interatividade com os clientes foi a

principal inovação de processos na maioria dos casos pesquisados entre as agências de

viagens e os hotéis. Além disso, os hotéis introduziram também programas de fidelização de

clientes.

INOVAÇÕES AGÊNCIAS DE VIAGENS MEIOS DE HOSPEDAGEM RESTAURANTES

Produto � Novos roteiros

� Check in antecipado � Novo curso de mergulho

� Novos serviços para nichos de mercado

(terceira idade, público feminino)

� Pacote drive � Introdução de

organização de eventos � Novos espaços para

atividades de lazer e saúde

Processo (mudanças na

forma de realizar atividade)

� Softwares e sites para interatividade com

clientes

� Softwares e sites para interatividade com

clientes � Programa de

fidelização

� Novas formas de pagamento com

cartão � Novos equipamentos

Organizacional (altera os controles

administrativos)

� Software para controle administrativo

� Software para controle administrativo

� Reestruturação organizacional

� Certificação (Iso 9001/14001)

� Manipulação de alimentos (PAS)

� Selo 4 Rodas/ABRASEL

Quadro 04: .Inovações realizadas pelos agentes econômicos do arranjo. Fonte: Pesquisa de Campo, 2006.

A Tabela 21 mostra a forma como as empresas pesquisadas realizam suas atividades

de inovação. A forma mais freqüente, como é característico deste setor de atividade, é pela

absorção de tecnologias desenvolvidas em outros setores. Nas empresas do arranjo, além da

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47

aquisição de novos equipamentos, a compra de novos softwares também é uma atividade

considerada rotineira como forma de inovação, principalmente entre as empresas dos

segmentos de meios de hospedagem e os restaurantes. A segunda forma de realização desta

atividade é a introdução de novos processos pela implantação de programas de gestão de

qualidade ou de programas específicos para treinamento. Esses processos de aprendizagem

sobretudo pela interação com fornecedores de equipamentos fazem das fontes externas às

empresas a principal fonte de informação para os processos de aprendizagem. Os restaurantes

e as empresas dos meios de hospedagem atribuíram maior importância para fontes como

clientes, concorrentes e outros empreendimentos do setor e fornecedores de equipamento, ou

seja, aquelas com as quais as interações são motivadas pela rotina de operação das empresas,

confirmando, portanto, o padrão de learning by interacting como importante forma local de

criação de competências.

Tabela 21: Tipo de atividade inovativa realizada rotineiramente pelos empreendimentos turísticos de Florianópolis/SC no ano de 2005

Agência de turismo e viagem Meios de Hospedagem Restaurante

Descrição Rotineiramente % Rotineiramente % Rotineiramente %

Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na sua empresa 0 0 0

Aquisição externa de P&D ND ND ND

Aquisição de máquinas e equipamentos que implicaram em significativas melhorias tecnológicas de produtos/processos ou que estão associados aos novos produtos/processos

3 23,08 16 45,71 5 35,71

Aquisição de outras tecnologias (softwares, licenças ou acordos de transferência de tecnologias tais como patentes, marcas, segredos industriais)

2 15,38 9 25,71 4 28,57

Realização de programas de capacitação para introduzir inovações 0 0,00 5 14,29 7 50,00

Implantação de programas de gestão da qualidade ou de modernização organizacional, tais como: qualidade total, reengenharia de processos administrativos, desverticalização do processo produtivo, métodos de just in time.

1 7,69 4 11,43 6 42,86

Realização de pesquisas de mercado ou esforço de desenvolvimento de novas formas de comercialização para introdução de produtos ou serviços novos ou significativamente melhorados

ND ND ND

Fonte: Pesquisa de Campo, 2006

Um segundo conjunto de fontes externas consideradas importantes são as feiras de

negócios, os cursos seminários e conferências, a pesquisa na rede WEB e as associações

empresariais locais. São as empresas dos meios de hospedagem as que atribuem importância

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a fontes externas não relacionadas diretamente à produção como os institutos de pesquisa. Por

conseguinte, tanto a identificação das fontes de informação quanto as formas de realização de

atividades inovativas são características de processos de aprendizagem por interação. No caso

dos restaurantes e agências de viagens as fontes de informação são locais. São os meios de

hospedagem os que se relacionam mais com fontes localizadas externamente ao arranjo para

as atividades inovativas.

Tabela 22: Índice de importância atribuído as fontes de informações para a inovação pelos prestadores de serviços turístico de Florianópolis/SC -2006

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Fonte: Pesquisa de Campo, 2006 (1) Índice = (0*Nº Nulas + 0,3*Nº Baixas + 0,6*Nº Médias + Nº Altas) / (Nº Total de Empresas)

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6. AS RELAÇÕES DE COOPERAÇÃO, A AÇÃO DAS INSTITUIÇÕES E AS

CARACTERÍSTICAS DA COORDENAÇÃO LOCAL

Nessa seção, procura-se investigar, a partir das características da organização

territorial da produção, a natureza e a intensidade das relações que se estabelecem entre os

agentes no interior dessa estrutura. Busca-se ainda analisar qual a competência das

instituições em articular os agentes públicos-privados em torno de ações de natureza coletiva

e se há alguma coordenação extra-mercado das interações que se estabelecem no âmbito do

arranjo. Tais questões serão investigadas a partir das relações que se estabelecem e da atuação

institucional no local, considerando os seguintes aspectos: a) a presença de relações de

cooperação entre as empresas; b) a relação das empresas com as instituições; e c) as

características da governança local.

6.1 As relações de cooperação entre as empresas

A Tabela 23 mostra o número de empresas que declararam ter realizado alguma

atividade de cooperação. Considerando os graus médio e alto de freqüência com que tais

atividades são realizadas pelas empresas entrevistadas, observa-se que ocorrem

principalmente com os agentes da estrutura produtiva local. O número de empresas e a

freqüência com que se relacionaram cooperativamente com as universidades e agentes de

capacitação são bem reduzidos. Um pouco mais alto é o número de empresas que declararam

realizar atividades de cooperação com os órgãos de imprensa, com associações e sindicatos,

com os órgãos governamentais dos três níveis de governo e com o Sebrae.

Esses resultados sugerem, ainda que de forma restrita, a presença de relações entre os

agentes que se apóiam em alguma forma de colaboração entre eles e que podem servir de base

para estímulos que ampliem no local os laços de cooperação. A pesquisa investigou os

objetivos destas atividades de cooperação.

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Tabela 23: Número de empresas do APL de Turismo em Florianópolis que realizaram atividades de cooperação, segundo o grau de freqüência da atividade declarada pela empresa, durante os três últimos anos, 2003 a 2005

Número de empresas que cooperaram e o grau de freqüência atribuído pela empresa

Empresas que não cooperaram ou não

responderam

Total de empresas Descrição

Baixa % Média % Alta % Nº % Nº % Agentes Produtivos Clientes 1 1,61 9 14,52 32 51,61 20 32,26 62 100,00 Empreendimentos locais do mesmo ramo de atuação 13 20,97 15 24,19 14 22,58 20 32,26 62 100,00

Fornecedores 3 4,84 11 17,74 14 22,58 34 54,84 62 100,00 Empresas de consultoria 4 6,45 9 14,52 1 1,61 48 77,42 62 100,00 Instituições de pesquisa e capacitação de RH Centros de capacitação profissional (Senai /Senac) 6 9,68 7 11,29 5 8,06 44 70,97 62 100,00

Instituição de Pesquisa 3 4,84 3 4,84 0 0,00 56 90,32 62 100,00 Faculdades, universidades 3 4,84 6 9,68 5 8,06 48 77,42 62 100,00 Outros Agentes Entidades culturais e de meio ambiente 5 8,06 4 6,45 5 8,06 48 77,42 62 100,00

Org. (ONGs) ligadas ao atrativo turístico/cultural 2 3,23 2 3,23 5 8,06 53 85,48 62 100,00

Entidades sindicais, (Assoc.o ou sindic. de trab. e patronal)

4 6,45 12 19,35 8 12,90 38 61,29 62 100,00

Órgãos de comunicação (TV, Rádio, jornal) 5 8,06 7 11,29 10 16,13 40 64,52 62 100,00

Órgãos de apoio e promoção (Sebrae) 5 8,06 7 11,29 4 6,45 46 74,19 62 100,00

Prefeitura Municipal (Setur, Floram) 7 11,29 6 9,68 4 6,45 45 72,58 62 100,00

Governo Estadual (Santur, Fatma) 6 9,68 9 14,52 3 4,84 44 70,97 62 100,00

Governo Federal (Embratur, Ibama) 4 6,45 9 14,52 3 4,84 46 74,19 62 100,00

Outras entidades ligadas ao poder público 2 3,23 1 1,61 3 4,84 56 90,32 62 100,00

Fonte: Pesquisa de Campo, 2006

Com as informações obtidas nas entrevistas, o Quadro 05 apresenta os principais

objetivos das atividades de cooperação declarados pelas empresas, segundo o agente com o

qual a empresa cooperou.

No APL, as relações de cooperação das empresas entrevistadas com outros agentes

da estrutura produtiva ocorrem com relativa freqüência sobretudo com “clientes” e

“fornecedores” e têm por finalidade o desenvolvimento de novos produtos, processos e

serviços.

No caso dos empreendimentos de pequeno porte como as pousadas e restaurantes

típicos, criam-se espaços para a manutenção de vínculos interpessoais com clientes e

fornecedores. Esse tipo de relacionamento é favorecido pela proximidade entre eles,

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51

estimulando a difusão de informações e a troca de experiências ao longo do tempo,

especialmente em ações que têm por finalidade a diversificação e a melhoria da qualidade dos

produtos/serviços turísticos.

Agentes Finalidade das atividades cooperativas declaradas pelas empresas

� Das empresas com os demais agentes produtivos Clientes � Desenvolvimento de produtos, processos e serviços

Empreendimentos locais do mesmo ramo de atuação

� Venda conjunta de produtos e serviços � Reivindicações conjuntas � Participação conjunta em feiras, eventos, etc.

Fornecedores � Compra de insumos e equipamentos � Desenvolvimento de produtos, processos e serviços

Empresas de consultoria � Desenvolvimento de produtos, processos e serviços � Capacitação de recursos humanos

� Das empresas com as instituições de pesquisa e capacitação de RH

Centros de capacitação profissional � Desenvolvimento de produtos, processos e serviços � Capacitação de recursos humanos � Ampliar e/ou manter as vantagens locais

Faculdades, universidades � Capacitação de recursos humanos � Das empresas com outros agentes institucionais Entidades de meio ambiente e culturais � Reivindicações conjuntas

Entidades sindicais/associativas

� Capacitação de recursos humanos � Reivindicações conjuntas � Ampliar e/ou manter as vantagens locais � Participação conjunta em feiras, eventos, etc

Órgãos de apoio e promoção � Capacitação de recursos humanos

Prefeitura municipal � Reivindicações conjuntas � Ampliar e/ou manter as vantagens locais � Participação conjunta em feiras, eventos, etc

Governo estadual � Reivindicações conjuntas � Participação conjunta em feiras, eventos, etc

Governo federal � Ampliar e/ou manter as vantagens locais � Participação conjunta em feiras, eventos, etc

Quadro 05: Objetivo da atividade de cooperação declarada pelas empresas segundo o agente com as quais cooperou Fonte: Pesquisa de Campo, 2006

Estas relações de cooperação com fornecedores e clientes parecem ser uma extensão

das relações comerciais que acontecem no arranjo devido à densidade da estrutura produtiva,

e sugerem que, em alguns casos, tais relações, além de meramente comerciais, se constituem

em canais de fluxos de informações para os processos de aprendizagem das empresas.

Já as relações de cooperação entre as empresas entrevistadas e seus concorrentes têm

por objetivo principal, conforme declarado, a realização conjunta de “venda de produtos e

serviços”. Além desse objetivo, outros como “reivindicações conjuntas” e “participação

conjunta em feiras e eventos” também foram observados. Essas ações coletivas realizadas

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entre empreendimentos do mesmo ramo de atuação revelam um certo grau de associativismo

entre os agentes no interior do arranjo local.

A Tabela 24 mostra a avaliação que as empresas entrevistadas fazem do resultado

obtido com as relações de cooperação. É o segmento dos restaurantes que faz a avaliação mais

positiva. Para estes, as ações cooperativas tiveram maior impacto no âmbito interno às

empresas expressas na melhor capacitação de recursos humanos e melhorias nos processos

produtivos. Isso se explica pela crescente oferta no local dos cursos de treinamento na área de

gastronomia e pela ação do Sebrae no âmbito do seu Programa de Segurança Alimentar -

PAS. Destacam-se ainda como resultado das ações cooperativas pelas empresas de

alimentação a melhoria da relação com os fornecedores de serviços turísticos e as condições

de marketing e comercialização. Neste último caso, a inclusão dos restaurantes no Guia da

Abrasel e Guia 4 Rodas, ou seja, relações de cooperação no âmbito de associações, tem

importantes efeitos de marketing.

Tabela 24: Avaliação pelas empresas dos resultados obtidos com atividades de cooperação com agentes locais em Florianópolis/SC-2006

ÍNDICES (1) Descrição Agências de

Viagens e Turismo Meios de

Hospedagem Restaurantes

Melhoria na qualidade dos produtos/serviços 0,79 0,55 0,61 Desenvolvimento de novos produtos/serviços 0,79 0,40 0,50 Melhoria nos processos produtivos 0,76 0,52 0,69 Melhoria nas condições de marketing/ Comercialização 0,68 0,52 0,66

Melhor capacitação de recursos humanos 0,42 0,38 0,71 Melhoria na relação com fornecedores de serviços turísticos 0,30 0,47 0,66

Introdução de inovações organizacionais 0,22 0,32 0,57 Novas oportunidades de negócios 0,49 0,48 0,52 Promoção de nome/marca do empreendimento no mercado nacional 0,39 0,56 0,64

Maior inserção do empreendimento no mercado externo 0,17 0,32 0,42 Outras 0,00 0,00 0,00

Fonte: Pesquisa de Campo, 2006 (1) Índice = (0*Nº Nulas + 0,3*Nº Baixas + 0,6*Nº Médias + Nº Altas) / (Nº Total de Empresas)

De acordo com os agentes produtivos que atuam no segmento de agências de

viagens, as ações cooperativas tiveram maior impacto tanto no aprimoramento e

desenvolvimento de produtos/serviços, na melhoria dos processos produtivos e nas condições

de comercialização, quanto na capacitação de recursos humanos. Para os agentes produtivos

do segmento de hospedagem, as ações cooperativas realizadas entre empresas proporcionaram

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a divulgação da empresa, a melhoria de produtos, processos produtivos e das condições de

marketing e comercialização.

Nesse contexto, verifica-se no APL ainda que de forma incipiente, a presença de

relações de natureza cooperativa entre os agentes da estrutura produtiva. Tanto a densidade da

estrutura caracterizada pela presença de fornecedores no local, quanto a existência de agentes

institucionais como o C&VB, que articula parte das atividades de eventos, são fatores que

estimulam essas relações de cooperação. E os objetivos de tais relações sugerem que, ao lado

da busca de benefícios individuais como a melhoria dos serviços, existe também um embrião

de ações coletivas na medida em que as reivindicações comuns e outras ações conjuntas entre

os agentes expressam um esforço cooperativo.

6.2 As relações de cooperação entre as empresas e as instituições

A estrutura institucional do APL de turismo de Florianópolis é bastante

diversificada, e formada por um conjunto de organizações público-privadas que realizam as

funções de representação e associativas; planejamento e promoção; e de preservação e

regulação do uso dos atrativos locais. Como analisado na seção anterior, conforme a Tabela

23, as relações de cooperação das empresas com as instituições não são freqüentes. Nesta

seção procura-se avançar na análise das relações das empresas com as instituições locais

Mesmo ocorrendo com pouca freqüência, as relações de cooperação entre os agentes

produtivos e os “outros agentes” da estrutura institucional refletem de forma geral a

efetividade no interior do arranjo das funções dessas instituições. Três objetivos têm motivado

a existência dessas relações de cooperação: reivindicação conjunta, ampliar e/ou manter as

vantagens locais e as participações conjuntas em feiras e eventos (ver Quadro 5).

A reivindicação conjunta é um objetivo que se expressa nas várias funções da

estrutura institucional, desde as voltadas para as questões do meio ambiente junto aos órgãos

públicos, como também as relativas à defesa dos diversos interesses através das associações e

sindicatos. Este objetivo revela-se mais fortemente nas relações de cooperação das empresas

entrevistadas com as entidades sindicais, associativas, prefeitura municipal e governo federal.

O objetivo de ampliar ou manter as vantagens competitivas locais também perpassa as

relações de cooperação dessas empresas com todo o tecido institucional. Em ambos os

objetivos está expressa a noção de que a ação coletiva tem sido uma forma de buscar

vantagens competitivas de natureza sistêmica, isto é, aquelas vantagens que não dependem

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apenas do esforço individual de cada empresa. Essas relações revelam um certo grau de

capacidade associativa no âmbito do arranjo, já observado nesta análise pela densidade da

própria estrutura institucional local.

Deve-se enfatizar que, conforme observado nas entrevistas, as relações de

cooperação entre as empresas entrevistadas e os organismos de turismo municipais, estaduais

e federais são mais freqüentes as ações direcionadas à promoção do destino Florianópolis e à

divulgação das opções de turismo que o local pode oferecer. Por esse motivo, o objetivo

“participação conjunta em feiras e eventos” foi um dos mais destacados nas relações de

cooperação das empresas entrevistadas não só com os “outros agentes” da estrutura

institucional (os sindicais, os associativos, e os órgãos do governo federais, estaduais e

municipais) mas também com as outras empresas de serviços turísticos. E por meio da ação

conjunta em feiras e eventos que se realiza a promoção do destino Florianópolis, revelando,

com isto, uma importante forma de relação cooperativa.

Da lista de ações apresentadas às empresas para a avaliação da importância da

contribuição das instituições, os índices mais elevados de importância foram atribuídos a dois

conjuntos de ações (Tabela 25). O primeiro conjunto engloba ações que expressam por parte

das empresas o reconhecimento do papel de liderança das instituições no nível local, e

também as ações institucionais que refletem o esforço de planejamento para o arranjo, quais

sejam: o “auxílio na definição de objetivos comuns”, a “ação para ampliar as vantagens

locais” e o “estímulo à percepção de visão de futuro”.

O segundo conjunto refere-se às ações que expressam a competência das instituições

em representar os interesses do APL de turismo, como as de “apresentação de reivindicações

comuns” e “criação de fóruns e ambientes para discussão”. Também foram avaliadas, neste

mesmo nível de importância, as ações institucionais que criam condições internas para a

circulação de informações necessárias às atividades das empresas, como a “disponibilização

de informações sobre matérias-primas, equipamento”, “organização de eventos técnicos e

comerciais” e “criação de fóruns e ambientes para discussão.”

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Tabela 25: Índice de importância atribuído pelos agentes econômicos quanto à contribuição das instituições locais - Arranjo de turismo de Florianópolis/SC 2006

ÍNDICES (1) Tipo de contribuição Agências de

Viagens e Turismo Meios de

Hospedagem Restaurantes

Auxílio na definição de objetivos comuns para o arranjo produtivo 0,39 0,47 0,53

Estímulo na percepção de visões de futuro para ação estratégica 0,38 0,47 0,49

Ação para ampliar as vantagens locais 0,34 0,47 0,59 Disponibilização de informações sobre matérias-primas, equipamento, assistência técnica, consultoria 0,24 0,49 0,49

Identificação de fontes e formas de financiamento 0,25 0,34 0,44

Promoção de ações cooperativas 0,25 0,30 0,44 Apresentação de reivindicações comuns 0,29 0,35 0,49 Criação de fóruns e ambientes para discussão 0,32 0,37 0,42 Promoção de ações dirigidas à capacitação tecnológica de empresas 0,29 0,33 0,42

Estímulo ao desenvolvimento do sistema de ensino e pesquisa local 0,25 0,30 0,35

Organização de eventos técnicos e comerciais 0,22 0,44 0,45 (1) Índice = (0*Nº Nulas + 0,3*Nº Baixas + 0,6*Nº Médias + Nº Altas) / (Nº Total de Empresas)

E a avaliação positiva deste último campo de ação é coerente com o observado nas

entrevistas com as associações de classe na medida em que suas ações são efetivas na

realização de eventos técnicos, sobretudo na área de gastronomia e hotelaria, como a mostra

gastronômica da Abrasel-SC e a feria de produtos para hotéis da ABIH-SC que integram o

Encontro Catarinense de Turismo.

Um terceiro conjunto de ações institucionais cuja contribuição é avaliada como de

menor importância para as empresas diz respeito a ações com objetivos mais específicos para

as empresas como “capacitação tecnológica”, “identificação de fontes de financiamento”,

“estímulos ao sistema de ensino e pesquisa” e “promoção de ações cooperativas”.

A pesquisa procurou também avaliar qual a participação das empresas em programas

governamentais.Quanto à participação das empresas em programas institucionais, os dados da

Tabela 26 indicam que, no segmento de agências de viagens e de meios de hospedagem, a

maior parte das empresas tem conhecimento, mas não participa de nenhum programa

institucional. Localmente, as ações de maior destaque são dos governos municipal e federal e

do Sebrae-SC unidade de Florianópolis.

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Tabela 26: Participação das empresas em programas públicos realizados pelas instituições no local .

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Fonte: Pesquisa de Campo, 2006 A avaliação por parte dos agentes econômicos que atuam nos segmentos de

alimentação revela que 57,14% dos empresários locais têm conhecimento e participam das

ações desenvolvidas pelo Sebrae-SC. Um exemplo é o Programa de Alimentação Segura

(PAS) realizado em parceria com o Senai-SC, voltado ao treinamento dos agentes que

trabalham com a manipulação de alimentos. No caso dos agentes que atuam no segmento de

meios de hospedagem e agentes de viagens e turismo, somente 25,71% e 15,38% dos

empresários, respectivamente, têm conhecimento e participam das ações desenvolvidas pelo

Sebrae-SC. As informações declaradas pelas empresas do setor de agências de viagens e

turismo indicaram que 23,08% das empresas conhecem e participam de programas

institucionais de âmbito local promovidos pela Secretaria Municipal de Turismo. No caso do

segmento de meios de hospedagem, 31,43% e 25,71%, respectivamente, das empresas

entrevistadas disseram conhecer e participar de programas de caráter federal e estadual na

área de turismo.

Portanto, pode-se constatar, segundo as informações declaradas pelas empresas, que

é bastante reduzida a participação delas em programas ou ações de natureza institucional.

Ações desse tipo são mais expressivas para os segmentos de meios de hospedagem e

alimentação no que se refere aos programas de capacitação, qualificação e certificação dos

serviços na área de turismo realizados pelo governo federal, estadual e pelo Sebrae-SC.

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6.3 As características da coordenação local

A noção de governança torna-se relevante para a compreensão dos mecanismos de

coordenação e negociação entre os agentes locais. A governança refere-se às diversas formas

pelas quais os indivíduos ou organizações gerenciam seus problemas possibilitando a

realização de ações cooperativas (CASSIOLATO e LASTRES, 2003). Para Humprey e

Schmitz (2000), a noção de governança tange à coordenação das atividades econômicas

através das relações não-mercado. Os autores sugerem três tipos de atividades de coordenação

extra-mercado, em adição às relações de mercado: redes, hierarquia e quase-hierarquia. As

redes são formadas entre firmas cujas relações de poder que ocorrem no seu interior são mais

ou menos iguais. A categoria hierarquia concerne às relações entre firmas em que uma está

claramente subordinada a outra, como no caso das relações de subcontratação. Ressaltam que

a governança das atividades econômicas pode ser tanto pública quanto privada e aindaocorrer

no nível local e global. A governança no nível local através de redes de instituições do setor

público e privado, além de abranger as agências governamentais, inclui também as

associações de empresas, centros de tecnologia e grupos de empresas líderes. Essa forma

híbrida de governança pública-privada que decorre de ações coletivas visa ao

desenvolvimento do conjunto de empresas locais, exercendo um papel importante na

competitividade local.

No âmbito do APL de turismo em Florianópolis, os resultados obtidos na pesquisa não

indicam a presença de uma coordenação local do tipo hierárquica. Os maiores

estabelecimentos do APL são os hotéis pertencentes a redes, localizados no centro da cidade,

os hotéis de porte médio localizados no centro e também nas praias do litoral norte, e o resort.

Estes agentes têm forte influência na dinâmica econômica turística do local devido às suas

relações com fornecedores de insumos, de equipamentos e de serviços turísticos. No entanto,

não exercem uma coordenação do tipo hierárquica no interior do arranjo no sentido de

articularem as atividades turísticas no âmbito local, ainda que possam coordenar suas próprias

redes de fornecedores. Neste segmento, a presença de um grande número de estabelecimentos

de menor porte, como as pousadas, e também de restaurantes cria fortes demandas para os

fornecedores de insumos de uso corrente, o que parece estimular muito mais as relações de

mercados do que a presença de redes de subcontratação para fornecimentos exclusivos. As

intensas e freqüentes relações com fornecedores, conforme a pesquisa apontou, parece

decorrer principalmente da natureza perecível dos insumos de uso corrente, como alimentos e

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bebidas, por exemplo. A conseqüência destas relações são muito mais os laços de confiança e

de cooperação que daí resultam do que a existência de formas de coordenação hierárquica.

Diferente é o papel das agências de viagens no interior de arranjo quanto às

possibilidades de coordenação. Suas fortes interações com os agentes prestadores de serviços

turísticos e seus estímulos internos ao arranjo derivados das suas possibilidades de vender o

arranjo com destino turístico sugerem para este segmento um maior potencial de coordenação

local. Todavia, a reduzida presença de agências de viagens especializadas em turismo

receptivo local não indica, no caso do arranjo de Florianópolis, que estes agentes realizam

essa coordenação.

Neste segmento, um agente, como o C&VB local que exerce uma função associativa e

está voltado para a venda do destino turístico e atrações de eventos, realiza, ainda que

parcialmente, alguma forma de coordenação. Suas ações articulam diversos agentes

prestadores de serviço e têm importantes impactos sobre o fluxo de turistas para o local,

sugerindo a presença de uma coordenação em rede especifica.

Logo, as características territoriais da produção observada no APL de turismo em

Florianópolis não evidenciam a presença de uma coordenação hierárquica das atividades

turísticas, mas sugerem a formação de diversas redes decorrentes de relações verticais entre os

agentes no âmbito de relações de mercados, e a presença de um agente associativo com um

papel articulador de parte da atividade turística.

Considerando as ações de natureza coletiva, a presença de relações de cooperação

horizontal entre os agentes econômicos, ainda que relativamente fracas, relacionadas a

reivindicações conjuntas demonstram algum grau de associativismo. Este fato, aliado à

presença de agentes associativos na estrutura institucional do arranjo, sugere que os sindicatos

e associações exercem algum grau de coordenação, mas restrita ao âmbito dos diversos

segmentos da atividade turística. Também a avaliação relativamente mais positiva das

empresas quanto aos agentes institucionais referiu-se às ações institucionais como o auxílio na

definição de objetivos comuns, a ampliação das vantagens locais e os estímulos à percepção

de visões de futuro, sugerindo também algum grau de concordância quanto à liderança desses

agentes. O que pode estar refletindo a ação de coordenação destes agentes institucionais no

nível das atividades econômicas especificas.

Portanto, no interior do arranjo verificou-se que as relações de mercado, no contexto

de uma estrutura econômica que inclui inúmeros segmentos da atividade turística, permitem a

presença de redes de fornecedores, notadamente as lideradas pelos estabelecimentos

hoteleiros de maior porte e pelas agências de viagens. O estudo identificou a intensidade

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dessas relações verticais, sem ter por objetivo especifico a delimitação das possíveis redes que

daí podem decorrer.

A estrutura institucional do arranjo também é bastante densa, com a presença de

instituições exercendo as diversas funções de representação, associação, preservação e

regulação. Iniciativas dessas instituições como a de reivindicação, estímulos à participação

dos agentes econômicos em feiras, e capacitação de recursos humanos, auxiliaram nas

condições de capacitação dos agentes econômicos. Algumas ações visaram explicitamente à

coordenação dos agentes econômicos como as de atração de eventos para o local, e também a

realização de fóruns que criaram espaços para a articulação entre os agentes. No entanto, são

relativamente fracas as relações de cooperação entre os agentes econômicos e as instituições.

O que se pode observar, no âmbito institucional local, é a existência de uma

coordenação segmentada nas suas diversas funções, com dificuldades de potencializar as

relações interempresariais que ficam restritas à estrutura produtiva, não estimulando, de forma

significativa, interações extra-mercados que poderiam resultar em ações com finalidades

cooperativas no interior do arranjo, ampliando o aproveitamento das externalidades oferecidas

pelo local.

7. VANTAGENS DE LOCALIZAÇÃO E A COMPETITIVIDADE:

POTENCIALIDADES E RESTRIÇÕES À ATIVIDADE TURÍSTICA

O objetivo desta última seção é analisar as condições de competitividade local de

forma a identificar as potencialidades e fragilidades de desenvolvimento da atividade

econômica do turismo. Além de analisar as vantagens de localização destacadas pelos agentes

econômicos entrevistados na pesquisa de campo, considera-se também o conjunto de

informações obtidas nas entrevistas com as instituições.

7.1 As vantagens da localização das empresas no APL de turismo em Florianópolis e as

características sistêmicas de competitividade.

A pesquisa procurou identificar, para cada um dos segmentos econômicos, a

importância que as empresas atribuem às vantagens de sua localização no arranjo de turismo.

Considerando os fatores mais importantes, cujo índice variou de 0,59 até 0,77, a ordem de

importância por segmento foi a seguinte (Tabela 27).

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Para o segmento de agência de viagem, a principal vantagem de localização no arranjo

é a “realização de eventos” no local, o segundo fator mais importante é a “preservação dos

atrativos turísticos pelos órgãos públicos”, o terceiro e quarto fatores mais relevantes são a

“qualidade da infra-estrutura física” e a “presença local de fornecedores de serviços

turísticos”. Quanto aos meios de hospedagem, o primeiro fator local é a “receptividade ao

turista pela população”, seguida pela “realização de eventos”, pela “presença local de

fornecedores de serviços turísticos” e “preservação dos atrativos”. Com relação aos

restaurantes, a ordem de importância atribuída é a seguinte: “realização de eventos”,

“preservação dos atrativos”, “receptividade ao turista”, junto com a “ação das associações

representativas” e a “proximidade com universidades” e, por último, a “presença no local de

fornecedores de serviços turísticos”.

Tabela 27: Índice de importância atribuído pelas empresas às vantagens de localização no APL de turismo em Florianópolis

ÍNDICES (1)

Vantagens Locais AGÊNCIAS DE VIAGENS E TURISMO

MEIOS DE HOSPEDAGEM RESTAURANTES

Disponibilidade de mão-de-obra qualificada na prestação de serviços turísticos

0,35 0,46 0,41

Nível educacional e adequada formação da mão-de-obra local

0,28 0,40 0,46

O baixo custo da mão-de-obra local 0,36 0,39 0,37 A presença no local de fornecedores de serviços turísticos

0,60 0,60 0,59

A adequada infra-estrutura hoteleira 0,59 0,61 0,54

Disponibilidade de serviços técnicos especializados para a administração do empreendimento (software, etc.)

0,47 0,37 0,17

A qualidade da infra-estrutura física (energia, transporte, comunicações)

0,62 0,50 0,56

A preservação dos atrativos turísticos pelos órgãos públicos 0,68 0,59 0,65

A receptividade ao turista pela população local 0,54 0,70 0,61

Existência de programas públicos de apoio e promoção ao turismo

0,27 0,42 0,49

A ação adequada das associações representativas 0,47 0,45 0,61

Proximidade com universidades e centros de pesquisa dedicados à área do turismo

0,48 0,51 0,61

A realização de eventos 0,71 0,68 0,77 A realização de ações públicas para atenuar a sazonalidade da atividade turística local

0,37 0,32 0,45

Outra 0,00 0,06 0,02 Pesquisa de campo, 2006

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Destas respostas, pode-se perceber que as vantagens de localização no arranjo

correspondem, ainda que com uma hierarquia diferente entre eles, a um mesmo conjunto para

os diversos segmentos da atividade turística, indicando:

a) A importância das atividades de “realização de eventos”, que tem sido estimulada tanto

pelos órgãos públicos, como pelos associativos, é destacada por todos os segmentos, com

mais ênfase pelas agências e restaurantes, e demonstra que tal ação está tendo reflexos

importantes sobre o APL turismo de Florianópolis.

b) A densidade da estrutura produtiva local, que proporciona importantes complementaridades

locais, é amplamente reconhecida como vantagem local do APL de turismo em Florianópolis,

por todos os segmentos.

c) O destaque à preservação dos atrativos turísticos sugere a importância da ação pública na

conservação dos mesmos e na manutenção das condições de acesso, entre outros aspectos.

Mas deve-se salientar que a atribuição de importância a estes quesitos pode também estar

indicando que as dificuldades quanto ao meio ambiente destacadas em diversos estudos já

realizados ainda não estão afetando as empresas.

d) O segmento de alimentação destacou também como vantagem de localização no arranjo a

ação adequada das associações representativas e a proximidade com universidades, sugerindo

maior eficácia das associações neste segmento e também uma utilização mais intensiva pelos

restaurantes da estrutura de treinamento existente no local.

e) Para todos os segmentos, com diferentes níveis, as características da mão-de-obra, quais

sejam, disponibilidade, formação e custo, não foram considerados aspectos que evidenciassem

importantes vantagens de localização para as empresas no arranjo, o que contrasta fortemente

com o aparato de ensino e treinamento existente no APL.

Estes aspectos apontam que há diversas vantagens de localização que estimulam as

condições de competitividade dos agentes. Diversas informações qualitativas e quantitativas

coletadas nesta pesquisa podem auxiliar na avaliação das condições de competitividade da

atividade turística local. Considera-se, para esta avaliação, que a competitividade é um

atributo da empresa que se expressa na sua capacidade de “formular e implementar estratégias

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concorrenciais, que lhes permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição

sustentável de mercado” (pg.3), segundo FERRAZ et al 1995.

Nesse referencial analítico, junto aos fatores competitivos empresariais, ou seja,

aqueles que resultam das condições internas e decisões das empresas, também se consideram

os fatores denominados estruturais ou setoriais e que são os definidos pelo padrão específico

da dinâmica econômica do setor em análise. Além destes fatores, incluem-se os fatores

sistêmicos de competitividade, definidos como “aqueles que constituem externalidades strictu

sensu para a empresa produtiva, sobre os quais a empresa detém escassa ou nenhuma

possibilidade de intervir, constituindo parâmetros do processo decisório” (pg.12).

Considera-se, assim, que a concorrência é um processo de rivalidade entre agentes

econômicos e que combina fatores empresariais, setoriais e sistêmicos, portanto, um atributo

das empresas e não do APL. O que se procura analisar é como as condições do APL afetam as

possibilidades competitivas dos agentes econômicos nele inseridos e esta analise esta voltada

para a observação dos fatores sistêmicos locais.

Para esta análise, é importante enfatizar que a atividade econômica do turismo é

resultado da complementaridade entre diversos serviços, como serviços de transportes, de

hospedagem, de alimentação e inúmeros outros serviços turísticos. Cada um destes serviços

tem características setoriais específicas de competitividade. Um exemplo é o domínio das

tecnologias de informação que, para os segmentos das agências de viagens e de meios de

hospedagem, é um fator competitivo mais importante do que para os serviços de alimentação.

Também para os meios de hospedagem, em segmentos nos quais as estratégias competitivas

estão voltadas para uma oferta de um mix maior de serviços, como atendimento a eventos

combinados à atração de hóspedes em viagens de negócios, são maiores as barreiras à entrada

dado o porte do investimento e a escala para o funcionamento do empreendimento.

Por outro lado, os serviços de hospedagem, de alimentação e mesmo as agências de

viagens nem sempre estão exclusivamente direcionados para a atividade turística. Logo, as

estratégias competitivas das empresas nem sempre são orientadas para o atendimento

exclusivo deste mercado e mesmo podem não objetivar unicamente o mercado local definido

no âmbito do APL. Disto resulta que a rivalidade nos processos competitivos pode ter

diferentes graus de intensidade. Por exemplo, os restaurantes localizados no arranjo tendem a

disputar com mais intensidade os mercados locais, já as agências de viagens receptivas podem

rivalizar com outras agências de viagens localizadas fora do arranjo. Da mesma forma os

estabelecimentos das grandes redes hoteleiras rivalizam não apenas com os demais meios de

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hospedagem localizados no arranjo, mas também com os outros hotéis de grande porte

localizados fora do arranjo.

Ressalvadas essas diferenças entre os diversos setores quanto às características da

competitividade, procura-se observar especificamente as condições sistêmicas que o local

proporciona para a sustentação da competitividade dos agentes econômicos, partindo das

vantagens de localização antes mencionadas.

7.2 A qualificação da demanda, os esforços para promover o turismo de eventos e a

possibilidade de desenvolvimento de outros tipos de turismo.

Um aspecto relevante da demanda turística está relacionado as suas características

como o nível de renda do turista, o tempo de permanência do mesmo no destino turístico, o

interesse e objetivo da viagem. As políticas de estímulo ao turismo procuram agir sobre essas

características de forma a estimular aquelas que proporcionam maiores benefícios econômicos

ao local, como a ampliação do tempo de permanência e do nível de gasto do turista, e

procuram atenuar os efeitos da sazonalidade do turismo de lazer.

Como destacado pelos agentes econômicos, a promoção de eventos (que exige uma

articulação entre as entidades que divulgam o destino Florianópolis e as entidades associativas

que procuram articular os agentes para a oferta destes serviços) tem demonstrado impactos

importantes em todos os segmentos de empresas pesquisados. Seus efeitos atingem os agentes

de viagem, os restaurantes e principalmente os maiores estabelecimentos hoteleiros, pois esses

empreendimentos, além de terem equipamentos específicos para tal, estão localizados no

centro urbano e, portanto, próximos aos centros de eventos e de uma infra-estrutura de outros

serviços turísticos mais completa.

Este esforço, considerando as externalidades positivas já existentes no local, como,

por exemplo, a densidade da estrutura produtiva e institucional, pode ser ampliado para além

do estimulo ao turismo de eventos. Neste sentido, além da definição de roteiros que

estimulam a venda do destino local, tais roteiros podem estar articulados a conjuntos

específicos de agentes que podem oferecê-los. Essa articulação pode proporcionar a formação

de redes de oferta de serviços turísticos, ampliando a articulação entre os agentes e formas

colaborativas de ação.

Uma ação institucional deste tipo vai de encontro a busca de qualificação da demanda

turística de forma mais específica, e a integração no interior do APL de diferentes tipos de

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turismo como o de lazer com o de eventos, o cultural e o esportivo, por exemplo. Essa ação

pode combinar roteiros voltados para demanda específica com o conjunto de agentes

econômicos capaz de ofertá-los em rede, e implicaria um zoneamento turístico local. Trata-se,

por conseguinte, não apenas de definir roteiros, mas sim de articular os diversos agentes em

torno de certas áreas, atividades e roteiros específicos, desenvolvendo o associativismo, como,

por exemplo, pousadas e restaurantes do sul da Ilha em roteiros de sol e praia. Outra

possibilidade é o associativismo estimulado em torno de eventos especializados em hotéis de

praia e sua articulação com atrações de lazer naqueles locais.

Neste contexto, o estímulo ao desenvolvimento de agências de viagens receptivas e

especializadas devido aos seus efeitos sobre os demais agentes da cadeia torna-se

fundamental.

7.2.1 Regulação e preservação dos recursos naturais e culturais

Como reconhecido por todos os agentes, esta função institucional é a mais lembrada

por eles. Ao mesmo tempo em que é a que exige uma maior articulação e colaboração entre os

mesmos e os agentes da estrutura institucional, é também a mais conflituosa. Os diversos

estudos sobre o tema têm mostrado as dificuldades.

A expansão e solidificação do turismo no município, associadas à ausência de um

planejamento de longo prazo específico para o turismo, vem acarretando diversos problemas

no âmbito local, como a aceleração da urbanização e expansão de atividades especulativas

imobiliárias. O intenso crescimento do fluxo de turistas, ao longo das últimas temporadas, tem

comprometido fortemente a preservação do atrativo natural e o desenvolvimento de uma

atividade turística sustentável no local. Apesar da existência de instrumentos legais de

preservação, o que se verifica no local é o descumprimento da legislação ambiental sobretudo

pela deficiente fiscalização.

A Ilha de Santa Catarina já vem apontando diversas situações problemáticas na

questão ambiental. A grande concentração populacional e o descaso no saneamento básico,

em especial no tocante à distribuição de água potável em determinados pontos da cidade, o

crescimento imobiliário desordenado que afeta diretamente a infra-estrutura da cidade, vêm

provocando uma baixa qualidade ambiental. Tais questões são agravadas com o

desenvolvimento da atividade turística pelo fato de inúmeras vezes não respeitar a

complexidade e diversidade ambiental, não avaliar a capacidade de carga, a localização da

infra-estrutura e do equipamento turístico, sobrecarregando, dessa forma, o meio ambiente da

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cidade e podendo comprometer, no longo prazo, a viabilidade econômica e financeira de

Florianópolis como um pólo turístico.

O comprometimento da balneabilidade em algumas praias causado pela deficiência

no saneamento básico, principalmente pelos esgotos clandestinos das residências e muitas

vezes pelos empreendimentos hoteleiros e de alimentação que apresentam tratamento de

esgotos ultrapassados ou não implantados, é ponto crítico e de discussão. Assim como, as

dificuldades do sistema viário, que está saturado, pois a falta de infra-estrutura turística que

não deixa o veranista se fixar em um só local faz com que este tenha de se deslocar para

outros pontos da Ilha, aumentando os problemas de tráfego no já precário sistema viário.

Conforme o relatório Urbal (2004), em vista da ineficiência da estrutura formal de

decisão no Executivo e da falta de controle da estrutura não formal ( referindo-se aos agentes

legislativos, entidades comunitárias e profissionais), o Ministério Público Estadual e o Federal

têm tido uma atuação crescente contra os três níveis do Executivo, instaurando uma média de

duas a três ações mensais e tornando-se uma importante instância de controle.

O que se observa atualmente no local é uma sobreposição no âmbito de atuação das

instituições, o que vem dificultando a coordenação das ações entre os órgãos de preservação

ambiental no que se refere ao planejamento, ordenamento, fiscalização e liberação de obras.

Essa atuação ambiental problemática, além de favorecer a ocupação desordenada de áreas

consideradas de preservação permanente, ainda compromete a efetivação de uma série de

investimentos na ampliação da oferta de equipamentos turísticos no APL.

Além de medidas voltadas para a articulação da ação pública, a visão dos agentes

econômicos a respeito da questão ambiental (como expresso na pesquisa pela consideração da

importância deste quesito como vantagem local) sugere a necessidade de medidas que alertem

e busquem a colaboração destes no esforço de preservação ambiental.

O escopo da pesquisa não possibilitou maior detalhamento da questão ambiental, no

entanto, sob o ponto de vista das condições sistêmicas de competitividade, esta parece ser um

dos principais desafios a serem enfrentados para o crescimento sustentável do arranjo. Este

problema se articula com a capacidade de planejamento no âmbito do arranjo, como se

explicita a seguir.

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7.2.2 A integração das ações de planejamento turístico

As ações que vêm sendo adotadas no âmbito institucional local seguem o programa

estadual em consonância com a diretriz do plano nacional de turismo (Mtur) de

“regionalização do turismo - roteiros do Brasil” e descentralização do planejamento turístico.

A inclusão do município nesse programa de roteirização turística vem demandando esforços

das instituições locais na articulação de parcerias com os agentes prestadores de serviços

turísticos por meio de ações voltadas à estruturação da imagem do destino Florianópolis.

O que vem se buscando na esfera do planejamento são meios para melhor aproveitar

as potencialidades do local, sua diversidade de recursos naturais e ampla infra-estrutura

turística que fica ociosa ao longo do ano. Para tanto, as ações são elaboradas em torno da

divulgação da imagem de Florianópolis de modo a integrar a sua vocação natural ao lazer, de

sol e praia, às novas opções de turismo que o destino pode oferecer, tais como, infra-estrutura

para a realização de eventos e de entretenimento na área de gastronomia, cultura e esportes.

Este esforço tem proporcionado resultados positivos quanto ao aumento e

diversificação da demanda turística, como já demonstrado nesta pesquisa, o que exige uma

forte articulação destas metas com a preservação e conservação dos recursos turísticos locais,

que tem efeitos sobre as condições de oferta dos serviços turísticos. Ainda que não se tenha

avaliado especificamente estas relações, a pesquisa sugere que elas têm sido uma fonte de

conflito, mais do que de ampliação do esforço de cooperação no âmbito do planejamento.

A resposta positiva da estrutura econômica em relação ao aumento e diversificação

da demanda turística tem exigido também esforços voltados para investimentos em infra-

estrutura rodoviária e de abastecimento de água, entre outros a serem considerados no

planejamento integrado. O que exigirá considerável esforço de interação com a questão do

planejamento urbano municipal no âmbito dos conselhos já existentes para o desenvolvimento

do turismo.

7.2.3 O sistema de ensino local e a qualificação dos recursos humanos.

Como já foram observadas, as relações de cooperação entre os agentes produtivos e

as instituições de ensino são menos freqüentes e estão voltadas para a capacitação de recursos

humanos, sendo a absorção de estagiários a forma mais freqüente. Quanto aos centros de

capacitação profissional, além da formação de mão-de-obra técnica, as empresas respondentes

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consideram também, no contexto das relações de cooperação, o objetivo de melhoria nos

serviços, o que sugere uma maior amplitude nas ações daqueles centros.

No APL existem ainda instituições como o Sebrae e o SHRBS de Florianópolis que,

em parceria com o Senac, vêm interagindo com relativa freqüência com os agentes da

estrutura produtiva através da oferta de cursos de curta duração direcionados ao treinamento

nas mais variadas áreas do turismo, como garçons, camareiras, alimentação, dentre outros.

Este parece ser o principal efeito da estrutura de conhecimento no local, ou seja, a

formação de mão-de-obra. Verificou-se que os agentes econômicos realizaram um

considerável esforço de absorção de novas tecnologias, com poucas interações com os agentes

da estrutura de conhecimento. Também se observou a menor importância atribuída pelas

empresas às vantagens locais relacionadas à mão-de-obra.

Por um lado, a sazonalidade na atividade turística acarreta diversos problemas, ao

longo do ano, quanto à geração e manutenção de postos de trabalho no local. A concentração

do turismo no verão, ao criar estímulos à contratação de mão-de-obra temporária, inibe a

realização de atividades de treinamento em instituições de ensino do local, ficando restritas à

área de produção das empresas.

Por outro lado, cada vez mais esse tipo de atividade depende da qualidade e

diversificação dos serviços. Nos últimos anos, pode-se notar um crescimento no número de

cursos em nível superior e de especialização nas áreas de turismo, hotelaria e gastronomia

motivado pelo reduzido investimento neles e pelo grande apelo na atração de alunos no local,

como estudos em nível nacional já constataram. O que se percebeu no nível local é o

esgotamento desse processo, que está se expressando, por exemplo, no não oferecimento de

cursos criados anteriormente, em função da demanda insuficiente e da dificuldade de absorção

de formandos pelas empresas do local.

Estas dificuldades mostram que dois aspectos devem ser observados com mais

precisão. Um primeiro diz respeito a uma criteriosa avaliação do mercado de trabalho local

quanto às atividades ligadas ao turismo e às especializações exigidas. Um segundo aspecto

refere-se ao desenvolvimento de atividades de pesquisa articuladas ao esforço tecnológico já

realizado pelos agentes, ampliando as condições locais de capacitação e de circulação de

informações .

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O turismo em Florianópolis desenvolveu-se como atividade econômica, no decorrer

das décadas de 70 e 80, adquirindo nos anos 90 a sua configuração atual. No decorrer desse

período, essa atividade esteve ligada, primeiro, ao turismo de lazer de classe média, e,

segundo, ao boom dos argentinos. Ao longo dos anos 80, com a crise no seu principal

mercado emissor e a drástica redução da demanda, reduziu-se a possibilidade de sustentar

esse tipo de turismo associado ao lazer, levando a se buscar formas alternativas para

desenvolver a atividade turística local. Atualmente, o que se pode verificar é uma

diversificação desse tipo de atividade ligada ao lazer para o turismo de eventos.

Essa tentativa de desenvolver o turismo de eventos e negócios surge como alternativa

para resolver também o problema da sazonalidade, característica do local, e com isso vem

modificando a forma de exploração do turismo no local. Esse movimento de diversificação

para outros tipos de turismo parece ser um elemento importante na trajetória recente de

desenvolvimento do arranjo.

É, portanto, a década de 90 que caracteriza a consolidação da densidade atual da

estrutura de serviços do arranjo local a partir da expansão da rede hoteleira que significou

também a entrada de capital externo e principalmente de capitais de outros estados da

federação no APL. Essa expansão do segmento hoteleiro estimulou o desenvolvimento de

outros serviços de turismo no arranjo. A ampliação da complementaridade das atividades

econômicas no arranjo é resultado da expansão do segmento de agência de viagem nos anos

90. Considerando os três segmentos das atividades econômicas pesquisadas, pode-se observar

uma trajetória em direção à complementaridade da estrutura econômica voltada para os

serviços turísticos.

Nessa trajetória de desenvolvimento do APL, é a partir dos anos 60 e 70 que se

consolida um importante aparato institucional no local estruturado nas funções de preservação

e regulação; associativos e de representação; promoção e divulgação, ensino e treinamento.

Estas duas últimas funções são ampliadas a partir dos anos 80 e, sobretudo nos anos 90, com a

estruturação dos órgãos municipal e estadual de promoção do turismo catarinense; com a

criação das entidades responsáveis pela captação de eventos e também com o surgimento dos

primeiros cursos de nível superior na área de turismo, hotelaria e gastronomia.

A densidade da atual estrutura produtiva e a complementaridade de serviços são

elementos que contribuem para as intensas relações interempresariais no interior do arranjo, o

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qual é um importante mercado para a maior parte das empresas, especialmente micro e

pequenas empresas locais.

É nesse contexto da atual organização territorial da produção, isto é, de

intensificação da concorrência no local (novos investimentos) e da diversificação do tipo de

turismo no local, que surgem os estímulos para os agentes desenvolverem capacitações para

inovar. No APL, as altas taxas de inovação são semelhantes aos resultados observados em

países como a Espanha: 44,3% dos restaurantes, 51,8% dos hotéis e 61,6% das agências de

viagens e turismo (OCDE,2006). Isso demonstra que localmente há uma importante

capacidade de absorção de tecnologias de informação aplicadas ao setor, de realização de

investimentos e de capacidade para imitar novos serviços. As formas de inovação mais

rotineiras no interior do APL se dão principalmente pela interação com fornecedores de

equipamentos, clientes e outros empreendimentos do setor, que fazem das fontes externas às

empresas o principal canal de informação característico de processos interativos de

aprendizagem.

Essas interações entre os agentes no interior do arranjo criam espaços maiores às

relações de cooperação vertical, refletindo muito mais os esforços realizados no âmbito

interno das empresas. Apesar das interações entre as empresas serem mais intensas na

estrutura produtiva, não indicam a existência de uma hierarquia na coordenação dessas

relações interempresariais. No APL, a fraca interação entre as empresas e as entidades

institucionais de representação e associativas reflete a dificuldade de se estabelecer relações

de natureza horizontal e de haver uma coordenação extra-mercado efetiva que possibilitasse a

realização de ações coletivas voltadas a desenvolver as potencialidades da atividade turística

local.

A partir dessas considerações e com base nas entrevistas realizadas nas empresas

pertencentes aos segmentos de meios de hospedagem, alimentação, agências de viagens e

turismo e com as instituições representativas e órgãos de turismo municipais e estaduais pode-

se levantar os principais problemas e os atuais desafios ao desenvolvimento da atividade

turística local.

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ANEXOS

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ANEXO A - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA DEFINIÇAO DA AMOSTRA

a) População

Inicialmente, a pesquisa para a identificação do número de estabelecimentos de meios

de hospedagem e alimentação foi realizada com base no Censo de 2004 do SHBRS -

Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares para a região da Grande Florianópolis

que compreende, além de Florianópolis oitos municípios: Águas Mornas, Biguaçu, Garopaba,

Governador Celso Ramos, Palhoça, Paulo Lopes, Santo Amaro da Imperatriz e São José.

A partir dessa relação oficial do SHBRS, buscou-se, num primeiro momento,

identificar somente os estabelecimentos de meios de hospedagem e alimentação de

Florianópolis e, segundo, obter outras fontes complementares junto aos diversos órgãos de

representação e associativos do município, tais como: ABIH – Associação Brasileira da

Indústria de Hotéis; SETUR – Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte de

Florianópolis; ABRASEL - Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de

Entretenimento/SC. Todos esses cadastros forneciam o nome e o endereço de cada

estabelecimento, mas apresentavam divergências principalmente quanto ao número total.

Dessa forma e com base nas informações registradas, os dados do SHBRS foram ajustados de

modo a se identificar as populações exatas, procurando atender o aspecto de

representatividade que deve ter o cálculo da amostra.

Em relação aos meios de hospedagem, foram considerados somente os hotéis

excluindo-se os segmentos de apart-hotéis e flats, dos 168 estabelecimentos identificados pelo

Censo do SHBRS, foram localizados somente 91 hotéis. Quanto às pousadas, muitos

estabelecimentos foram excluídos do cadastro após se verificar que esses foram cadastrados

várias vezes em decorrência da alteração da Razão Social, e em outros casos eliminaram-se os

estabelecimentos que só funcionam na alta temporada (meses de novembro a março) e que ao

longo do ano funcionam como residências para aluguel, totalizando 92 estabelecimentos dos

200 fornecidos pelo Censo do SHBRS.

Na identificação dos estabelecimentos de alimentação, foram considerados somente os

restaurantes. A listagem do SHBRS apresentava um número de 208 estabelecimentos, destes,

foi possível localizar 87 que foram considerados como população. Além disso, a população

dos estabelecimentos de meios de hospedagem e alimentação foi delimitada levando em conta

a localização geográfica e a segmentação por regiões dentro do arranjo.

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A área da pesquisa foi dividida em cinco regiões: Centro; Praias Norte (Canasvieiras,

Ponta das Canas, Cachoeira do Bom Jesus, Praia Brava, Ingleses, Santinho, Jurerê, Jurerê

Internacional, Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa); Praias Sul (Morro das Pedras, Campeche,

Armação, Pântano do Sul, Ribeirão da Ilha); Praias Leste (Barra da Lagoa, Praia Mole,

Joaquina e Lagoa da Conceição); outras localidades. Os quadros a seguir representam a

população levantada para cada agente considerando o tipo de serviço oferecido.

TAMANHO DO ESTABELECIMENTO REGIÃO TOTAL DE ESTABELECIMENTOS PEQUENO

01 – 40 UHs MÉDIO

41-200 UHs GRANDE

201 OU MAIS UHs 1. CENTRO 22 4 17 1 2. NORTE 48

Canasvieiras 15 4 11 Ponta das Canas 9 2 7

Cachoeira do Bom Jesus 3 2 1 Praia Brava 1 1

Ingleses 15 6 8 1 Jurerê e Jurerê Internacional 5 3 1 1

3. SUL 2 Morro das Pedras 1 1

Campeche 1 1 4. LESTE 6

Barra da Lagoa 2 2 Joaquina 1 1

Lagoa da Conceição 3 2 1 5. OUTRAS LOCALIDADES 13 6 7

TOTAL 91 29 59 3 Quadro 1: População de Hotéis em Florianópolis Fonte: Elaboração própria.

TAMANHO DO ESTABELECIMENTO REGIÃO TOTAL DE ESTABELECIMENTOS PEQUENO

01 – 40 UHs MÉDIO

41-200 UHs GRANDE

201 OU MAIS UHs 1. CENTRO 2. NORTE 47 47

Canasvieiras 20 20 Ponta das Canas 6 6

Cachoeira do Bom Jesus 2 2 Praia Brava 1 1

Santinho 2 2 Ingleses 7 7

Jurerê e Jurerê Internacional 9 9 3. SUL 14 14

Campeche 3 3 Armação 3 3

Pântano do Sul 5 5 Ribeirão da Ilha 3 3

4. LESTE 24 24 Barra da Lagoa 12 12

Joaquina 2 2 Lagoa da Conceição 10 10

5. OUTRAS LOCALIDADES 7 7 TOTAL 92 92

Quadro 2: População de Pousadas em Florianópolis Fonte: Elaboração própria.

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REGIÃO TOTAL DE ESTABELECIMENTOS

1. CENTRO 14 2. NORTE 33

Canasvieiras 7 Ponta das Canas 4

Santinho 2 Praia Brava 3

Ingleses 8 Jurerê e Jurerê Internacional 3

Samabaqui e Cacupé 6 3. SUL 9

Pântano do Sul 4 Ribeirão da Ilha 5

4. LESTE 30 Barra da Lagoa 6

Joaquina 2 Lagoa da Conceição 23

TOTAL 87 Quadro 3: População de Restaurantes de Florianópolis Fonte: Elaboração própria.

Para a identificação do número de estabelecimentos referente às agências de viagens e

turismo, utilizou-se como base a relação dos estabelecimentos cadastrados no Ministério do

Turismo – EMBRATUR que totalizavam 171, e a partir dessas informações, foram

considerados os 24 agentes filiados à Associação Brasileira dos Agentes de Viagens e

Turismo - ABAV; e que também estão cadastrados na Secretaria Municipal de Turismo –

SETUR, que mantinha um cadastro de 88 estabelecimentos. As agências de viagens e turismo

foram divididas em duas categorias, excluindo aquelas voltadas somente à prestação de

serviços de transportes: (i) geral (inclui aquelas que prestam vários tipos de serviços

turísticos, tanto emissivos quanto receptivos); e (ii) especializadas por segmento turístico

(aventura, educativo, ecoturismo, intercâmbio e as operadoras de mergulho), do total de 171

agências, foram localizados 77 estabelecimentos considerados como população para efeitos de

cálculo de amostra, como destaca o quadro a seguir.

CATEGORIA POPULAÇÃO Geral 64

Aventura 2 Educativo 1

Ecoturismo 2 Intercâmbio 4

Operadoras de Mergulho 4 TOTAL 77

Quadro 4: População de agências de viagens e turismo de Florianópolis Fonte: Elaboração própria.

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b) Amostra

A amostra foi estruturada de forma intencional utilizando, além da localização

geográfica, outros critérios para cada agente segundo o tipo de serviço oferecido, porte ou

especialização do estabelecimento. No caso de meios de hospedagem, hotéis e pousadas, a

amostra foi estratificada por tamanho de estabelecimentos utilizando-se o critério de número

de unidades habitacionais – UHs, definidas, conforme Duarte (1996), como o espaço

destinado à utilização do hóspede.

Porte da Empresa Faturamento Bruto Anual (UFIR) Número de Apartamentos (UH’s) Pequeno Até 96000 1 a 40 Médio De 96000 a 9600000 41 a 200 Grande Acima de 9600000 Acima de 200

Quadro 5: Classificação das empresas hoteleiras Fonte: Duarte (1996)

Para os hotéis localizados no centro, foram adotados os seguintes critérios: todos que

pertencem a redes; todos acima de 100 UHs; todos de grande porte (acima de 201 UHs). Para

os hotéis localizados nas regiões de praias, consideraram-se: todos que pertencem a grupos; os

especializados em segmento turístico (ecológico, evento, etc) e todos aqueles de grande porte.

Quanto às pousadas, o principal critério foi a localização. Considerou-se a região sul da Ilha

de maior importância porque se verificou o predomínio de estabelecimentos desse tipo, dentre

os quais, existem alguns especializadas por segmento turístico (aventura, terceira idade), e

outros próximos a grandes empreendimentos turísticos, caso das praias de Jurerê e Jurerê

Internacional.

Para os estabelecimentos de alimentação, valeu-se do critério de tipologia de

restaurantes, e com base na demanda turística por pratos típicos da gastronomia açoriana,

optou-se por delimitar a amostra nos restaurantes especializados em frutos do mar. A amostra

foi estratificada considerando-se a localização dos estabelecimentos.

Com relação às agências de viagem e turismo, na categoria Geral, foram selecionadas

empresas utilizando o critério de atuação há mais tempo no mercado turístico de Florianópolis

e que trabalham com receptivo local. Já as especializadas foram selecionadas de forma

aleatória, uma empresa para cada segmento do turismo. A distribuição da amostra pode ser

vista no quadro que segue.

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MEIOS DE HOSPEDAGEM RESTAURANTES AGÊNCIAS DE VIAGEM E TURISMO LOCALIZAÇÃO

POPULAÇAO AMOSTRA POPULAÇAO AMOSTRA POPULAÇAO AMOSTRA

TOTAL DA POPULAÇAO POR REGIÃO

TOTAL DA AMOSTRA

POR REGIÃO CENTRO 22 8 15 1 36 10 73 19 NORTE 95 13 32 5

Canasvieiras 35 3 7 Ponta das Canas 15 3 4 Cachoeira B J 5 1 Praia Brava 2 3

Ingleses 22 3 8 1 Santinho 2 1 2

Jurerê / Jurerê Int. 14 2 2 1 Sambaqui/Sto Ant. 6 3

13 1 140 19

SUL 16 7 9 3 Morro das Pedras 1

Campeche 4 3 Armação 3 1

Pântano do Sul 5 2 4 1 Ribeirão da Ilha 3 1 5 2

7 1 32 11

LESTE 30 7 31 5 Barra da Lagoa 14 3 6 1

Lagoa 13 3 23 4 Joaquina 3 1 2

5 1 66 13

OUTRAS LOCALIDADES 20 16 36

TOTAL POPULAÇÃO 183 87 77 347

TOTAL AMOSTRA 35 14 13 62

Quadro 6: População e amostra dos estabelecimentos turísticos Fonte: Elaboração própria.

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No caso dos agentes institucionais, procurou-se abranger o universo segundo as diversas funções

das respectivas organizações. A aplicação de entrevistas com roteiros estruturados indicou subsídios para

a análise dos dados coletados juntos ao setor e demais agentes. Esse grupo de instituições do setor

turístico foi dividido em categorias: (i) representação e associativos (associações, sindicatos, secretarias,

associações de moradores); (ii) promoção; (iii) regulação; e (iv) ensino e treinamento (técnico e superior).

O quadro abaixo mostra as oito organizações entrevistadas no arranjo local.

CATEGORIA INSTITUIÇÃO ENTREVISTADOS ABRASEL – Associação Brasileira de Bares

e Restaurantes Sr. Ezio Librizzi - Presidente

ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis

Sr. Tarcisio João Moritz– Presidente Sr. Luiz Gonzaga da Fonseca - Gerente de Planejamento

ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos Srª Anita Pires - Presidente

SHRBS – Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis Sr. Tarcisio Schimitd – Presidente

Representação e Associativos

CVB- Florianópolis Convention & Visitors Bureau

Srª Cecília Miranda - Coordenadora do Pólo de Turismo da Grande Florianópolis

SANTUR – Santa Catarina Turismo S/A Sr. Valdir Rubens Walendowsky - Diretor de Marketing Promoção SETUR – Secretaria Municipal de Turismo Sr. Luciano Schoreder - Secretário Adjunto

Ensino e Treinamento

FASSESC – Faculdades Integradas Associação de ensino de Santa Catarina

Profª Cristine Fabris – Coordenadora dos Cursos de Turismo e de Hotelaria

Quadro 7: Instituições do Arranjo de Turismo em Florianópolis Fonte: Elaboração própria.

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ANEXO B – QUESTIONÁRIO PARA AGÊNCIAS DE VIAGEM

REDESIST - QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO EM EMPREENDIMENTOS DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL

AGÊNCIAS DE VIAGEM E TURISMO

Número do questionário: ________________ Entrevistador: ___________________________________ Nome do respondente: _________________________________________________________________ Cargo na empresa: _____________________________________________________________________ I - IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS COMPETITIVAS 1. Razão Social: _____________________________________Ano de fundação: ________________ 2. Endereço_______________________________________________________________________ 3. Município de localização: ______________________ Bairro: _____________________________ 4. Tamanho. 1.( ) micro (até 09 func.) 2.( ) Pequena (de10 a 49 func.) 3.( ) Média (50 a 99 func.) 4. ( ) Grande (Acima de 99 func.) 5. Natureza do estabelecimento: ( ) Operadora ( ) Agência de Turismo Receptivo ( ) Agência de Turismo Emissivo ( )Agência Mista 6. Tipo de Turismo - Especialização: ( ) Geral (...)Ecoturismo ( )Educativo ( )Negócios ( ) Congressos / Eventos ( ) Aventura ( ) Ecológico ( ) Operadora de Mergulho ( ) Outros 7. Se o empreendimento é parte de um grupo empresarial identifique a origem do capital controlador do empreendimento e sua posição no grupo: Origem Localização Posição no grupo ( ) 1 Local ( ) 2 Nacional ( ) 3 Estrangeiro ( ) 4 Nacional e Estrangeiro

Estado:_________ País:___________

( ) 1. Controladora ( ) 2 Controlada ( )3. Coligada

8. Número de sócios: ______________ 9. Caso não pertença a grupo econômico, identifique o perfil do principal sócio:

Perfil Dados Idade quando criou a empresa Sexo ( ) 1. Masculino ( ) 2.Feminino Escolaridade quando criou a empresa* 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) Seus pais eram empresários ( ) 1. Sim ( ) 2. Não Principal atividade anterior ** 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) • * 1. Analfabeto; 2. Ensino Fundamental Incompleto; 3. Ensino Fundamental Completo; 4. Ensino Médio Incompleto; 5. Ensino Médio

Completo; 6. Superior Incompleto; 7. Superior Completo; 8. Pós Graduação. • ** 1. Estudante universitário 2. Estudante de escola técnica 3. Empregado de micro ou pequeno empreendimento local 4. Empregado

de médio ou grande empreendimento local 5. Empregado de empreendimento de fora do arranjo 6. Funcionário de instituição pública 7. Empresário 8. Outra, citar

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10. Caso não pertença a grupo econômico, identifique a origem do capital para iniciar o empreendimento.

Estrutura do capital da empresa Participação percentual (%)

Dos sócios Empréstimos de parentes e amigos Empréstimos de instituições financeiras gerais

Empréstimos de instituições de apoio as MPEs

Adiantamento de materiais por fornecedores Adiantamento de recursos por clientes Outras. Citar: Total 100% 11. Identifique os principais momentos de evolução do capital da empresa, como inclusão ou exclusão de sócios, aquisição ou venda de empreendimentos: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 12. Evolução da empresa

Anos Pessoal ocupado

Faturamento Preços correntes

(R$) 1990 1995 2000 2005

13.Estime a participação relativa média anual do tipo e a localização do cliente de seu empreendimento

Origem do cliente Tipo de cliente Local Estadual Nacional Internacional Total

Pessoa Física 100% Empresas 100% Outras Agências 100% 14. Características das instalações do empreendimento

Tipo de equipamento e serviços Sim Não Quantidade Pontos de vendas (filiais) Web site Central de telemarketing Intranet Sistemas de Informatização Frota de veículos (vans, automóveis, microônibus, ônibus) Outros (Citar)

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15. Principais serviços oferecidos pelo empreendimento Indique o grau de constância com que oferece os serviços assinalando (0) se não oferece o serviço, (1) se oferece ocasionalmente, e (2) se oferece rotineira e freqüentemente.

Tipos de Serviço Grau de Constância

Indique as relações de parceria com outras empresas para a oferta do serviço e a localização das empresas parceiras

1. Serviços de emissão e recepção turística

Recepção e Traslado ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

Venda de pacotes turísticos operados pelo próprio empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Roteiro apenas Local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceiriza parte das vendas para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local l

Roteiro Local e Estadual ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceiriza parte das vendas para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

Roteiro Nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira parte das vendas para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

Roteiro Internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira parte das vendas para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

Venda de pacotes turísticos fornecidos por outras operadoras / agências

( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Roteiro apenas Local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local

Roteiro Local e Estadual ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local

Roteiro Nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local

Roteiro Internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local

Reserva e vendas de alojamento em meios de hospedagem ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Estadual ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Nacional / Internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

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Tipos de Serviço Grau de Constância Indique as relações de parceria com outras empresas para a oferta do serviço e a localização das empresas parceiras

2. Prestação de serviços complementares

Guia ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

Interprete ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

Locação de veículos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

Tramitação de documentos (passaporte, visto) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

Locação de imóveis ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

Operações de Câmbio ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

Reserva e venda de ingressos para atrativos históricos/culturais (entrada teatro, museu, shows, parques temáticos)

( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

3. Eventos

Serviço completo de organização de eventos no local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local

Venda de pacotes para eventos organizados por outras operadoras / agência especializadas

( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Roteiro apenas Local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local

Roteiro Local e Estadual ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local

Roteiro Nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local

Roteiro Internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local

4. Outros serviços ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Citar:

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16. Informe o número de pessoas que trabalham no empreendimento, segundo características das relações de trabalho:

Tipo de relação de trabalho Número de pessoal ocupado Sócio proprietário Contratos formais Estagiário Serviço temporário Terceirizados Familiares sem contrato formal

Total atual Total de pessoas no início do

empreendimento

17. Escolaridade do pessoal ocupado (situação atual):

Ensino Número do pessoal ocupado Analfabeto Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Superior incompleto Superior completo Pós-Graduação Total 18. Relações comerciais com os principais fornecedores Indique o grau de freqüência com que mantêm as relações com os seus fornecedores assinalando (0) caso não mantenha relação, (1) se a relação ocorre de forma ocasional, e (2) se a relação é rotineira e freqüente.

Localização e freqüências das relações comerciais mantidas com fornecedores Fornecedor

Local Estadual Nacional Internacional Empresas fornecedoras de passagens Aéreas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)

Empresas de passeios marítimos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Empresas de transportes rodoviários de passageiros (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)

Empresas de transporte para traslados no município (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)

Hotéis e Pousadas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Operadoras de turismo (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Organizadoras de eventos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Locadora de veículos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Imobiliárias (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Guias e Interpretes (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)

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19. Sua empresa mantém relações de subcontratação com outras empresas?

Seu empreendimento é: Sim Não Para que atividade?

Subcontratada de empreendimento local Subcontratada de empreendimentos localizados fora do arranjo

Subcontratante de empreendimento local Subcontratante de empreendimento de fora do arranjo 20. Quais fatores são determinantes para manter a capacidade competitiva do empreendimento? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Fatores Grau de importância 1. As características dos serviços ofertados Originalidade e criatividade dos roteiros. ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A diversidade de serviços oferecidos (pacotes,eventos serviços complementares, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 2. A qualidade do serviço A qualidade na operação do pacote (conforto, atendimento, horários, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A qualidade dos parceiros contratados/fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 3. As formas de comercialização Quantidade de pontos de vendas (lojas) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Qualidade do atendimento nas lojas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Utilização da Internet (qualidade do site, interatividade com cliente, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A forma de financiamento das vendas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de promoções ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As formas de divulgação e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Outros fatores que afetam o conjunto do empreendimento: Qualidade da mão de obra contratada ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Custo da mão de obra contratada ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Localização do empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Nível tecnológico dos equipamentos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade de introdução de novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A marca já obtida pelo empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As relações de parceria com agentes de viagens e operadores ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A participação em programas públicos de apoio e promoção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras (citar): ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

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II – INOVAÇÃO, COOPERAÇÃO E APRENDIZADO BOX 1

Um novo produto (bem ou serviço) é aquele que é novo para o seu empreendimento ou para o mercado e cujas características tecnológicas ou uso previsto diferem significativamente de todos os produtos/serviços que seu empreendimento já produziu. Uma significativa melhoria tecnológica de produto (bem ou serviço) refere-se a um produto/serviço previamente existente cuja performance foi substancialmente aumentada. Um produto complexo que consiste de um número de componentes ou subsistemas integrados pode ser aperfeiçoado via mudanças parciais de um dos componentes ou subsistemas. Mudanças que são puramente estéticas ou de estilo não devem ser consideradas. Novos processos de produção são aqueles que são novos para a sua empreendimento ou para o setor. Eles envolvem a introdução de novos métodos, procedimentos, sistemas, máquinas ou equipamentos que diferem substancialmente daqueles previamente utilizados por sua firma. Significativas melhorias dos processos de produção envolvem importantes mudanças tecnológicas parciais em processos previamente adotados. Pequenas ou rotineiras mudanças nos processos existentes não devem ser considerada. 1. A empreendimento tem a prática de inovar em seus produtos ou serviços? Qual a ação do seu empreendimento no período entre 2003 e 2005, quanto à introdução de inovações? Informe as principais características conforme listado abaixo. (observe no Box 1 os conceitos de produtos/processos novos ou produtos/processos significativamente melhorados de forma a auxilia-lo na identificação do tipo de inovação introduzida)

Esforço de inovação Descrição 1.

Sim 2.

Não Próprio Conjunto

Inovações de produto/serviço Produto novo para a sua empresa, mas já existente no mercado? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado nacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado internacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

Inovações de processo Processos tecnológicos novos para a sua empresa, mas já existentes no setor? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Processos tecnológicos novos para o setor de atuação? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

Outros tipos de inovação Criação ou melhoria substancial, do ponto de vista tecnológico, do modo de acondicionamento de produtos (embalagem)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

Inovações no desenho de produtos? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Realização de mudanças organizacionais (inovações organizacionais) Implementação de técnicas avançadas de gestão ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de significativas mudanças na estrutura organizacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de marketing ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de comercialização ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de novos métodos e gerenciamento, visando a atender normas de certificação (ISO 9000, ISO 14000, etc.)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

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BOX 2 Atividades inovativas são todas as etapas necessárias para o desenvolvimento de produtos ou processos novos ou melhorados, podendo incluir: pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e processos; desenho e engenharia; aquisição de tecnologia incorporadas ao capital (máquinas e equipamentos) e não incorporadas ao capital (patentes, licenças, know how, marcas de fábrica, serviços computacionais ou técnico-científicos) relacionadas à implementação de inovações; modernização organizacional (orientadas para reduzir o tempo de produção, modificações no desenho da linha de produção e melhora na sua organização física, desverticalização, just in time, círculos de qualidade, qualidade total, etc); comercialização (atividades relacionadas ao lançamento de produtos novos ou melhorados, incluindo a pesquisa de mercado, gastos em publicidade, métodos de entrega, etc); capacitação, que se refere ao treinamento de mão-de-obra relacionado com as atividades inovativas da empresa.

Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) - compreende o trabalho criativo que aumenta o estoque de conhecimento, o uso do conhecimento objetivando novas aplicações, inclui a construção, desenho e teste de protótipos. Projeto industrial e desenho - planos gráficos orientados para definir procedimentos, especificações técnicas e características operacionais necessárias para a introdução de inovações e modificações de produto ou processos necessárias para o início da produção.

2. Que tipo de atividade inovativa seu empreendimento desenvolveu no ano de 2005? Indique o grau de constância dedicado à atividade assinalando (0) se não desenvolveu, (1) se desenvolveu rotineiramente, e (2) se desenvolveu ocasionalmente. (observe no Box 2 a descrição do tipo de atividade)

Descrição Grau de Constância

Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na sua empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição externa de P&D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição de máquinas e equipamentos que implicaram em significativas melhorias tecnológicas de produtos/processos ou que estão associados aos novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Aquisição de outras tecnologias (softwares, licenças ou acordos de transferência de tecnologias tais como patentes, marcas, segredos industriais) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Realização de programas de capacitação para introduzir inovações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Implantação de Programas de gestão da qualidade ou de modernização organizacional, tais como: qualidade total, reengenharia de processos administrativos, desverticalização do processo produtivo, métodos de “just in time”, etc

( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Realização de pesquisas de mercado ou esforço de desenvolvimento de novas formas de comercialização para introdução de produtos ou serviços novos ou significativamente melhorados

( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

3. Informe os gastos despendidos para desenvolver as atividades de inovação: Gastos com atividades inovativas sobre faturamento em 2005.....................( %) Que tipos de gastos? ________________________________ Fontes de financiamento para as atividades inovativas (em %) Próprias ( %) De Terceiros ( %) Privados ( %) Público (FINEP,BNDES, SEBRAE, BB, etc.) ( %)

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BOX 3 Na literatura econômica, o conceito de aprendizado está associado a um processo cumulativo através do qual as firmas ampliam seus conhecimentos, aperfeiçoam seus procedimentos de busca e refinam suas habilidades em desenvolver, produzir e comercializar bens e serviços. As várias formas de aprendizado se dão: - a partir de fontes internas à empresa, incluindo: aprendizado com experiência própria, no processo

de produção, comercialização e uso; na busca de novas soluções técnicas nas unidades de pesquisa e desenvolvimento; e

- a partir de fontes externas, incluindo: a interação com fornecedores, concorrentes, clientes, usuários, consultores, sócios, universidades, institutos de pesquisa, prestadores de serviços tecnológicos, agências e laboratórios governamentais, organismos de apoio, entre outros.

Nos APLs, o aprendizado interativo constitui fonte fundamental para a transmissão de conhecimentos e a ampliação da capacitação produtiva e inovativa das firmas e instituições. 4. Quais dos seguintes itens desempenharam um papel importante como fonte de informação para o aprendizado, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto à localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior. (Observe no Box 3 os conceitos sobre formas de aprendizado). Grau de Importância Formalização Localização Fontes Internas Departamento de P & D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Área de operação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Áreas de vendas e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Serviços internos de atendimento ao cliente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Outros (especifique) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Fontes Externas

Outros empreendimentos dentro do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empreendimentos associadas (joint venture) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Fornecedores de insumos, equipamentos, materiais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Fornecedores de serviços turísticos Clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Concorrentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outros empreendimentos do Setor ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empresas de consultoria ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Universidades e Outros Institutos de Pesquisa Universidades ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Institutos de Pesquisa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Centros de capacitação profissional, de assistência técnica e de manutenção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Instituições de testes, ensaios e certificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outras fontes de informação Licenças, patentes e “know-how” ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Conferências, Seminários, Cursos e Publicações Especializadas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Feiras, Exibições e Lojas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Encontros de Lazer (Clubes, Restaurantes, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Associações empresariais locais (inclusive consórcios de exportações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Informações de rede baseadas na internet ou computador ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

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5. Seu empreendimento efetuou atividades de treinamento e capacitação de recursos humanos durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Treinamento no empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos realizados no arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empresas fornecedoras ou clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empreendimentos do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Contratação de técnicos de outros empreendimentos do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Contratação de técnicos de empreendimentos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Absorção de formandos dos cursos universitários localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Absorção de formandos dos cursos técnicos localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

6. Avalie a importância do impacto resultante da introdução de inovações durante os últimos três anos, 2003 a 2005, na sua empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Aumento da produtividade da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ampliação da gama de produtos ou serviços ofertados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento da qualidade dos produtos ou serviços ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu que o empreendimento mantivesse a sua participação nos mercados de atuação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Aumento na participação de clientes de origem nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento na participação de clientes de origem internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Permitiu que o empreendimento abrisse novos mercados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução de custos do trabalho ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução de custos de insumos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução do consumo de energia ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu o enquadramento em regulações e normas ditadas por:

- Órgãos internacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) - Órgãos Nacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu reduzir o impacto sobre o meio ambiente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 7. Como resultado dos processos de treinamento e aprendizagem, formais e informais, acima discutidos, como melhoraram as capacitações da empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhor utilização de técnicas produtivas, equipamentos, insumos e componentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior capacitação para realização de modificações e melhorias em produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação para desenvolver novos produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior conhecimento sobre as características dos mercados de atuação da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação administrativa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

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8. Quais são as principais vantagens que o empreendimento tem por estar localizada no arranjo? Coloque 0 se a vantagem não é usufruída pelo seu empreendimento, caso contrário indique o grau de importância na utilização da vantagem proporcionada pelo local segundo a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância.

Externalidades Grau de importância Disponibilidade de mão-de-obra qualificada na prestação de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Nível educacional e adequada formação da mão de obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) O baixo custo da mão-de-obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A presença no local de fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A adequada infra-estrutura hoteleira ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disponibilidade de serviços técnicos especializados para a administração do empreendimento (software, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

A qualidade da Infra-estrutura física (energia, transporte, comunicações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A preservação dos atrativos turísticos pelos órgãos públicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A receptividade ao turista pela população local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Existência de programas públicos de apoio e promoção ao turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A ação adequada das associações representativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Proximidade com universidades e centros de pesquisa dedicados à área do turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de eventos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de ações públicas para atenuar a sazonalidade da atividade turística local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outra. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

BOX 4 O significado genérico de cooperação é o de trabalhar em comum, envolvendo relações de confiança mútua e coordenação, em níveis diferenciados, entre os agentes. Em arranjos produtivos locais, identificam-se diferentes tipos de cooperação, incluindo a cooperação produtiva visando a obtenção de economias de escala e de escopo, bem como a melhoria dos índices de qualidade e produtividade; e a cooperação inovativa, que resulta na diminuição de riscos, custos, tempo e, principalmente, no aprendizado interativo, dinamizando o potencial inovativo do arranjo produtivo local. A cooperação pode ocorrer por meio de: • intercâmbio sistemático de informações produtivas, tecnológicas e mercadológicas (com clientes, fornecedores,

concorrentes e outros) • interação de vários tipos, envolvendo empresas e outras instituições, por meio de programas comuns de

treinamento, realização de eventos/feiras, cursos e seminários, entre outros • integração de competências, por meio da realização de projetos conjuntos, incluindo desde melhoria de

produtos e processos até pesquisa e desenvolvimento propriamente dita, entre empresas e destas com outras instituições

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9. Quais dos seguintes agentes desempenharam papel importante como parceiros, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto a localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior.

OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA

COOPERA

FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a

quantidade e a intensidade da cooperação

desenvolvidas nos últimos 24 meses com cada

organização)

Compra de

insumos e equip.

Venda conjunt

a de produto

s e serviço

s

Desenv. de

produtos, processo

s e serviços

Desenv. e Acesso a redes ou

sistemas de informatizaçã

o

Capacitação de RH

Obtenção de financiamento ou crédito

Reivindicações conjuntas

Ampliar e/ou

manter as vantagens locais

Participação conjuntas,

feiras,eventos, etc

Outras especific

ar

IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO

(mede a importância das ações cooperativas desenvolvidas

com cada organização para o desempenho e competitividade

da empresa)

AGENTES

sim não baixa média alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta Agentes Produtivos Clientes Empreendimentos locais do mesmo ramo de atuação

Fornecedores Empresas de consultoria

Instituições de pesquisa e capacitação de RH Centros de capacitação profissional, ou técnica (Senai / Senac)

Instituição de Pesquisa

Faculdades, universidades

Outros Agentes Entidades culturais e de meio ambiente

Organizações (ONGs) ligadas ao atrativo turístico/cultural local

Entidades sindicais, (Associação ou sindicato de trabalhadores e patronal)

Órgãos de comunicação (TV,

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Rádio, jornal)

OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA

COOPERA

FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a quantidade e a intensidade da

cooperação desenvolvidas nos

últimos 24 meses com cada organização)

Compra de

insumos e equip.

Venda conjunta de produtos e serviços

Desenv. de

produtos,

processos e

serviços

Desenv. e Acesso a redes ou

sistemas de informatizaç

ão

Capacitação de RH

Obtenção de

financiamento ou

crédito

Reivindicações conjuntas

Ampliar e/ou

manter as vantagens

locais

Participação conjuntas,

feiras,eventos, etc

Outras especificar

IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO

(mede a importância das ações cooperativas

desenvolvidas com cada organização para o

desempenho e competitividade da

empresa)

AGENTES

sim não baixa média alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta Outros Agentes Órgãos de apoio e promoção (Sebrae)

Prefeitura Municipal (Setur, Floram)

Governo Estadual (Santur, Fatma)

Governo Federal (Embratur, Ibama)

Outras entidades ligadas ao poder público

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10. Caso o empreendimento já tenha participado de alguma forma de cooperação com agentes locais, como avalia os resultados das ações conjuntas já realizadas. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhoria na qualidade dos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Desenvolvimento de novos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nos processos produtivos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nas condições de marketing/comercialização ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação de recursos humanos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria na relação com fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Introdução de inovações organizacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Novas oportunidades de negócios ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de nome/marca do empreendimento no mercado nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior inserção do empreendimento no mercado externo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras: especificar ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) III – ESTRUTURA, GOVERNANÇA E VANTAGENS ASSOCIADAS AO AMBIENTE LOCAL 1. Qual a importância para o seu empreendimento das seguintes características da mão-de-obra local? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Características Grau de importância Escolaridade formal de 1º e 2º graus ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Escolaridade em nível superior e técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Conhecimento prático e/ou técnico na produção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disciplina ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Flexibilidade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criatividade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade para aprender novas qualificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outros. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

2. Como o seu empreendimento avalia a contribuição de sindicatos, associações, cooperativas, locais no tocante às seguintes atividades: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Tipo de contribuição Grau de importância

Auxílio na definição de objetivos comuns para o arranjo produtivo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo na percepção de visões de futuro para ação estratégica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ação para ampliar as vantagens locais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disponibilização de informações sobre matérias-primas, equipamento, assistência técnica, consultoria, etc. ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Identificação de fontes e formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações cooperativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Apresentação de reivindicações comuns ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criação de fóruns e ambientes para discussão ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações dirigidas a capacitação tecnológica de empresas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo ao desenvolvimento do sistema de ensino e pesquisa local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Organização de eventos técnicos e comerciais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

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IV – POLÍTICAS PÚBLICAS E FORMAS DE FINANCIAMENTO 1. O empreendimento participa ou tem conhecimento sobre algum tipo de programa ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Não tem

conhecimento 2. Conhece, mas não

participa 3. Conhece e

participa Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

2. Qual a sua avaliação dos programas ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Avaliação positiva 2. Avaliação

negativa 3. Sem elementos

para avaliação Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

3. Quais políticas públicas poderiam contribuir para o aumento da eficiência competitiva dos empreendimentos do arranjo? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Ações de Política Grau de importância Programas de capacitação profissional e treinamento técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhorias na educação básica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de apoio a consultoria técnica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulos à oferta de serviços tecnológicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de acesso à informação (produção, tecnologia, mercados, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Linhas de crédito e outras formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Incentivos fiscais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Políticas de fundo de aval ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de estímulo ao investimento (venture capital) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras (especifique): ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Indique os principais obstáculos que limitam o acesso do empreendimento as fontes externas de financiamento: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Limitações Grau de importância Inexistência de linhas de crédito adequadas às necessidades da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Dificuldades ou entraves burocráticos para se utilizar as fontes de financiamento existentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Exigência de aval/garantias por parte das instituições de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Entraves fiscais que impedem o acesso às fontes oficiais de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras. Especifique ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

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ANEXO C – QUESTIONÁRIO PARA MEIOS DE HOSPEDAGEM

REDESIST - QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO EM EMPREENDIMENTOS DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL

MEIOS DE HOSPEDAGEM

Número do questionário: ________________ Entrevistador: ____________________________________ Nome do respondente: __________________________________________________________________ Cargo na empresa: _____________________________________________________________________ I - IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS COMPETITIVAS 6. Razão Social: _____________________________________Ano de fundação:________________ 7. Endereço_______________________________________________________________________ 8. Município de localização: ______________________ Bairro: _____________________________ 9. Tamanho. 1. ( ) micro 2.( ) Pequena (de 1 a 40 UHs) 3.( ) Média (de 41 a 200UHs) 4. ( ) Grande (acima de 200UHs) 10. Natureza do estabelecimento: a) Hotel: ( ) Padrão ( ) Lazer/praia ( ) Fazenda/Ecológico ( ) Residência ( ) Time Share ( ) Resort ( ) outros __________________ b) Pousada: ( ) Especialidade do segmento de turismo atendido: ______________________________

11. Se o empreendimento é parte de um grupo empresarial identifique a origem do capital controlador do empreendimento e sua posição no grupo:

Origem Localização Posição no grupo

( ) 1 Local

( ) 2 Nacional

( ) 3 Estrangeiro

( ) 4 Nacional e Estrangeiro

Estado:_________ País:___________

( ) 1. Controladora ( ) 2 Controlada ( )3. Coligada

7. Número de sócios: ______________ 8. Caso não pertença a grupo econômico, identifique o perfil do principal sócio:

Perfil Dados Idade quando criou a empresa Sexo ( ) 1. Masculino ( ) 2.Feminino Escolaridade quando criou a empresa* 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) Seus pais eram empresários ( ) 1. Sim ( ) 2. Não Principal atividade anterior ** 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) • * 1. Analfabeto; 2. Ensino Fundamental Incompleto; 3. Ensino Fundamental Completo; 4. Ensino Médio Incompleto; 5. Ensino Médio

Completo; 6. Superior Incompleto; 7. Superior Completo; 8. Pós Graduação. • ** 1. Estudante universitário 2. Estudante de escola técnica 3. Empregado de micro ou pequeno empreendimento local 4. Empregado

de médio ou grande empreendimento local 5. Empregado de empreendimento de fora do arranjo 6. Funcionário de instituição pública 7. Empresário 8. Outra, citar

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9. Caso não pertença a grupo econômico , identifique a origem do capital para iniciar o empreendimento.

Estrutura do capital da empresa Participação percentual (%)

Dos sócios Empréstimos de parentes e amigos Empréstimos de instituições financeiras gerais

Empréstimos de instituições de apoio as MPEs

Adiantamento de materiais por fornecedores Adiantamento de recursos por clientes Outras: Citar: Total 100% 10. Identifique os principais momentos de evolução do capital da empresa, como inclusão ou exclusão de sócios, aquisição ou venda de empreendimentos: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 11. Evolução da empresa

Anos Pessoal ocupado

Faturamento Preços correntes

(R$) 1990 1995 2000 2005

12:Estime a presença dos hóspedes segunda sua origem e período da temporada (2005/2006)

Indique o percentual de participação dos hóspedes segundo a origem dos mesmos por período da temporada Período Meses do ano Internacional Nacional Estado de SC Residentes no local

Alta temporada Baixa temporada 13. Estime a ocupação do empreendimento segundo os períodos da temporada

% de ocupação estimado Período Meses do ano Média de

2000 a 2004 Em

2005/2006 Alta temporada

Baixa temporada

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14. Características das instalações do empreendimento: Tipo de equipamento Sim Não Quantidade Nº UHs (quartos) Restaurante Bar Piscina Sauna Salão de Eventos Estacionamento Lavanderia Área de lazer (recreação e esporte) Área com equipamentos de SPA Sistema de informatização (dos serviços) Equipamento de informática para uso dos hóspedes Área de comércio e serviço financeiro Microônibus/vans Outros (Citar) 15. Principais serviços oferecidos pelo empreendimento Tipo de serviço Sim Não Terceirizado Localização da sede da

empresa terceirizada* Refeição (restaurante, café da manhã, serviço de quarto) Lavanderia Estacionamento Informática Lazer (bar, piscina, sauna, esportes e recreação) Roteiros turísticos Transportes/traslados Outros (citar) * 1. local, 2. Nacional/Estado, 3. Internacional 16. Informe o número de pessoas que trabalham no empreendimento, segundo características das relações de trabalho:

Tipo de relação de trabalho Número de pessoal ocupado Sócio proprietário Contratos formais Estagiário Serviço temporário Terceirizados Familiares sem contrato formal

Total atual Total de pessoas no início do empreendimento

17. Escolaridade do pessoal ocupado (situação atual):

Ensino Número do pessoal ocupado Analfabeto Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Superior incompleto Superior completo Pós-Graduação Total

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18. Relações comerciais com os principais fornecedores Indique o grau de freqüência com que mantêm as relações comerciais com os seus fornecedores assinalando (0) caso não mantenha relação, (1) se a relação ocorre de forma ocasional, e (2) se a relação é rotineira e freqüente.

localização e freqüências das relações comerciais mantidas com fornecedores Fornecedor

Local Estadual Nacional Internacional 1. Fornecedores de equipamentos e insumos Máquinas e equipamentos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Utensílios domésticos, cama, mesa e banho (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos In natura (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos pré-elaborados (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos – outros insumos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Bebidas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Mobiliário e decoração (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) 2. Fornecedores de serviços turísticos Empresas fornecedoras de passagens Aéreas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Empresas de passeios marítimos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Empresas de transportes rodoviários de passageiros (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)

Empresas de transporte para traslados no município (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)

Hotéis e Pousadas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Operadoras de turismo (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Organizadoras de eventos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Locadoras de veículos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Imobiliárias (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Guias e interpretes (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) 19. Sua empresa mantém relações de subcontratação com outras empresas?

Seu empreendimento é: Sim Não Para que atividade?

Subcontratada de empreendimento local Subcontratada de empreendimentos localizados fora do arranjo Subcontratante de empreendimento local Subcontratante de empreendimento de fora do arranjo

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20. Quais fatores são determinantes para manter a capacidade competitiva do empreendimento? Coloque 0 se não usufrui o fator como vantagem competitiva, caso contrário indique o grau de importância que é dado ao fator para manter a capacidade competitiva do empreendimento, utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância

Fatores Grau de importância 1. Características dos serviços oferecidos: A diversidade de serviços oferecidos (estacionamento, lavanderia salão de eventos, traslados, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

A oferta de serviços especializados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 2. Qualidade dos serviços: Qualidade dos insumos e materiais para hospedagem e alimentação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A qualidade dos parceiros contratados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Agilidade no atendimento e conforto oferecido ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 3. Formas de comercialização: Forma de divulgação e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Utilização da Internet (qualidade do site, interatividade com o cliente) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Facilidade nas formas de pagamento (parcelamento, utilização de cartões de crédito, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Realização de promoções ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Outros fatores que afetam o conjunto do estabelecimento: Localização do empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Qualidade da mão de obra ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Custo da mão-de-obra ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Nível tecnológico dos equipamentos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade de introdução de novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A marca já obtida pelo empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As relações de parceria com fornecedores ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As relações de parceria com agentes de viagens ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A participação em programas públicos de apoio e promoção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras: (citar) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

II – INOVAÇÃO, COOPERAÇÃO E APRENDIZADO BOX 1

Um novo produto (bem ou serviço) é aquele que é novo para o seu empreendimento ou para o mercado e cujas características tecnológicas ou uso previsto diferem significativamente de todos os produtos/serviços que seu empreendimento já produziu. Uma significativa melhoria tecnológica de produto (bem ou serviço) refere-se a um produto/serviço previamente existente cuja performance foi substancialmente aumentada. Um produto complexo que consiste de um número de componentes ou subsistemas integrados pode ser aperfeiçoado via mudanças parciais de um dos componentes ou subsistemas. Mudanças que são puramente estéticas ou de estilo não devem ser consideradas. Novos processos de produção são aqueles que são novos para a sua empreendimento ou para o setor. Eles envolvem a introdução de novos métodos, procedimentos, sistemas, máquinas ou equipamentos que diferem substancialmente daqueles previamente utilizados por sua firma. Significativas melhorias dos processos de produção envolvem importantes mudanças tecnológicas parciais em processos previamente adotados. Pequenas ou rotineiras mudanças nos processos existentes não devem ser considerada.

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102

1. A empreendimento tem a prática de inovar em seus produtos ou serviços? Qual a ação do seu empreendimento no período entre 2003 e 2005, quanto à introdução de inovações? Informe as principais características conforme listado abaixo. (observe no Box 1 os conceitos de produtos/processos novos ou produtos/processos significativamente melhorados de forma a auxilia-lo na identificação do tipo de inovação introduzida)

Esforço de inovação

Descrição 1. Sim

2. Não Próprio Conjunto

Inovações de produto/serviço Produto novo para a sua empresa, mas já existente no mercado? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado nacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado internacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

Inovações de processo Processos tecnológicos novos para a sua empresa, mas já existentes no setor? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Processos tecnológicos novos para o setor de atuação? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

Outros tipos de inovação Criação ou melhoria substancial, do ponto de vista tecnológico, do modo de acondicionamento de produtos (embalagem)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

Inovações no desenho de produtos? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

Realização de mudanças organizacionais (inovações organizacionais) Implementação de técnicas avançadas de gestão ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de significativas mudanças na estrutura organizacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de marketing ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de comercialização ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de novos métodos e gerenciamento, visando a atender normas de certificação (ISO 9000, ISO 14000, etc.)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

BOX 2

Atividades inovativas são todas as etapas necessárias para o desenvolvimento de produtos ou processos novos ou melhorados, podendo incluir: pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e processos; desenho e engenharia; aquisição de tecnologia incorporadas ao capital (máquinas e equipamentos) e não incorporadas ao capital (patentes, licenças, know how, marcas de fábrica, serviços computacionais ou técnico-científicos) relacionadas à implementação de inovações; modernização organizacional (orientadas para reduzir o tempo de produção, modificações no desenho da linha de produção e melhora na sua organização física, desverticalização, just in time, círculos de qualidade, qualidade total, etc); comercialização (atividades relacionadas ao lançamento de produtos novos ou melhorados, incluindo a pesquisa de mercado, gastos em publicidade, métodos de entrega, etc); capacitação, que se refere ao treinamento de mão-de-obra relacionado com as atividades inovativas da empresa.

Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) - compreende o trabalho criativo que aumenta o estoque de conhecimento, o uso do conhecimento objetivando novas aplicações, inclui a construção, desenho e teste de protótipos.

Projeto industrial e desenho - planos gráficos orientados para definir procedimentos, especificações técnicas e características operacionais necessárias para a introdução de inovações e modificações de produto ou processos necessárias para o início da produção.

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2. Que tipo de atividade inovativa seu empreendimento desenvolveu no ano de 2005? Indique o grau de constância dedicado à atividade assinalando (0) se não desenvolveu, (1) se desenvolveu rotineiramente, e (2) se desenvolveu ocasionalmente. (observe no Box 2 a descrição do tipo de atividade)

Descrição Grau de Constância

Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na sua empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição externa de P&D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição de máquinas e equipamentos que implicaram em significativas melhorias tecnológicas de produtos/processos ou que estão associados aos novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Aquisição de outras tecnologias (softwares, licenças ou acordos de transferência de tecnologias tais como patentes, marcas, segredos industriais) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Realização de programas de capacitação para introduzir inovações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Implantação de Programas de gestão da qualidade ou de modernização organizacional, tais como: qualidade total, reengenharia de processos administrativos, desverticalização do processo produtivo, métodos de “just in time”, etc

( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Realização de pesquisas de mercado ou esforço de desenvolvimento de novas formas de comercialização para introdução de produtos ou serviços novos ou significativamente melhorados

( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

3. Informe os gastos despendidos para desenvolver as atividades de inovação: Gastos com atividades inovativas sobre faturamento em 2005.....................( %) Que tipos de gastos? ________________________________ Fontes de financiamento para as atividades inovativas (em %) Próprias ( %) De Terceiros ( %) Privados ( %) Público (FINEP,BNDES, SEBRAE, BB, etc.) ( %)

BOX 3 Na literatura econômica, o conceito de aprendizado está associado a um processo cumulativo através do qual as firmas ampliam seus conhecimentos, aperfeiçoam seus procedimentos de busca e refinam suas habilidades em desenvolver, produzir e comercializar bens e serviços. As várias formas de aprendizado se dão: - a partir de fontes internas à empresa, incluindo: aprendizado com experiência própria, no processo de

produção, comercialização e uso; na busca de novas soluções técnicas nas unidades de pesquisa e desenvolvimento; e

- a partir de fontes externas, incluindo: a interação com fornecedores, concorrentes, clientes, usuários, consultores, sócios, universidades, institutos de pesquisa, prestadores de serviços tecnológicos, agências e laboratórios governamentais, organismos de apoio, entre outros.

Nos APLs, o aprendizado interativo constitui fonte fundamental para a transmissão de conhecimentos e a ampliação da capacitação produtiva e inovativa das firmas e instituições.

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104

4. Quais dos seguintes itens desempenharam um papel importante como fonte de informação para o aprendizado, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto à localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior. (Observe no Box 3 os conceitos sobre formas de aprendizado). Grau de Importância Formalização Localização Fontes Internas Departamento de P & D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Área de operação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Áreas de vendas e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Serviços internos de atendimento ao cliente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Outros (especifique) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Fontes Externas

Outros empreendimentos dentro do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empreendimentos associadas (joint venture) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Fornecedores de insumos, equipamentos, materiais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Fornecedores de serviços turísticos Clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Concorrentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outros empreendimentos do Setor ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empresas de consultoria ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Universidades e Outros Institutos de Pesquisa Universidades ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Institutos de Pesquisa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Centros de capacitação profissional, de assistência técnica e de manutenção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Instituições de testes, ensaios e certificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outras fontes de informação Licenças, patentes e “know-how” ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Conferências, Seminários, Cursos e Publicações Especializadas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Feiras, Exibições e Lojas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Encontros de Lazer (Clubes, Restaurantes, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Associações empresariais locais (inclusive consórcios de exportações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Informações de rede baseadas na internet ou computador ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

5. Seu empreendimento efetuou atividades de treinamento e capacitação de recursos humanos durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Treinamento no empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos realizados no arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empresas fornecedoras ou clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empreendimentos do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Contratação de técnicos de outros empreendimentos do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Contratação de técnicos de empreendimentos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Absorção de formandos dos cursos universitários localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Absorção de formandos dos cursos técnicos localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

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6. Avalie a importância do impacto resultante da introdução de inovações durante os últimos três anos, 2003 a 2005, na sua empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Aumento da produtividade da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ampliação da gama de produtos ou serviços ofertados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento da qualidade dos produtos ou serviços ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu que o empreendimento mantivesse a sua participação nos mercados de atuação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Aumento na participação de clientes de origem nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento na participação de clientes de origem internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu que o empreendimento abrisse novos mercados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução de custos do trabalho ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Permitiu a redução de custos de insumos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Permitiu a redução do consumo de energia ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu o enquadramento em regulações e normas ditadas por: - Órgãos internacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) - Órgãos Nacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu reduzir o impacto sobre o meio ambiente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 7. Como resultado dos processos de treinamento e aprendizagem, formais e informais, acima discutidos, como melhoraram as capacitações da empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhor utilização de técnicas produtivas, equipamentos, insumos e componentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior capacitação para realização de modificações e melhorias em produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação para desenvolver novos produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior conhecimento sobre as características dos mercados de atuação da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação administrativa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 8. Quais são as principais vantagens que o empreendimento tem por estar localizada no arranjo? Coloque 0 se a vantagem não é usufruída pelo seu empreendimento, caso contrário indique o grau de importância na utilização da vantagem proporcionada pelo local segundo a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância.

Externalidades Grau de importância

Disponibilidade de mão-de-obra qualificada na prestação de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Nível educacional e adequada formação da mão de obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

O baixo custo da mão-de-obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

A presença no local de fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

A adequada infra-estrutura hoteleira ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Disponibilidade de serviços técnicos especializados para a administração do empreendimento (software, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

A qualidade da Infra-estrutura física (energia, transporte, comunicações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

A preservação dos atrativos turísticos pelos órgãos públicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

A receptividade ao turista pela população local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Existência de programas públicos de apoio e promoção ao turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

A ação adequada das associações representativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Proximidade com universidades e centros de pesquisa dedicados à área do turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

A realização de eventos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

A realização de ações públicas para atenuar a sazonalidade da atividade turística local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Outra. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

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106

BOX 4 O significado genérico de cooperação é o de trabalhar em comum, envolvendo relações de confiança mútua e coordenação, em níveis diferenciados, entre os agentes. Em arranjos produtivos locais, identificam-se diferentes tipos de cooperação, incluindo a cooperação produtiva visando a obtenção de economias de escala e de escopo, bem como a melhoria dos índices de qualidade e produtividade; e a cooperação inovativa, que resulta na diminuição de riscos, custos, tempo e, principalmente, no aprendizado interativo, dinamizando o potencial inovativo do arranjo produtivo local. A cooperação pode ocorrer por meio de: • intercâmbio sistemático de informações produtivas, tecnológicas e mercadológicas (com clientes, fornecedores,

concorrentes e outros) • interação de vários tipos, envolvendo empresas e outras instituições, por meio de programas comuns de

treinamento, realização de eventos/feiras, cursos e seminários, entre outros • integração de competências, por meio da realização de projetos conjuntos, incluindo desde melhoria de

produtos e processos até pesquisa e desenvolvimento propriamente dita, entre empresas e destas com outras instituições

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107

9. Quais dos seguintes agentes desempenharam papel importante como parceiros, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto a localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior.

OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA

COOPERA

FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a

quantidade e a intensidade da cooperação

desenvolvidas nos últimos 24 meses com cada

organização)

Compra de

insumos e equip.

Venda conjunta

de produtos e serviços

Desenv. de produtos,

processos e serviços

Desenv. e Acesso a redes ou sistemas de informatização

Capacitação de RH

Obtenção de financiamento

ou crédito

Reivindicações conjuntas

Ampliar e/ou

manter as vantagens

locais

Participação conjuntas,

feiras,eventos, etc

Outras especificar

IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO (mede a

importância das ações cooperativas desenvolvidas com

cada organização para o desempenho e competitividade da

empresa)

AGENTES

sim não baixa média alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta Agentes Produtivos Clientes Empreendimentos locais do mesmo ramo de atuação

Fornecedores Empresas de consultoria

Instituições de pesquisa e capacitação de RH Centros de capacitação profissional, ou técnica (Senai / Senac)

Instituição de Pesquisa

Faculdades, universidades

Outros Agentes Entidades culturais e de meio ambiente

Organizações (ONGs) ligadas ao atrativo turístico/cultural local

Entidades sindicais, (Associação ou sindicato de trabalhadores e patronal)

Órgãos de comunicação (TV,

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Rádio, jornal)

OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA

COOPERA

FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a quantidade e a intensidade da

cooperação desenvolvidas nos

últimos 24 meses com cada organização)

Compra de

insumos e equip.

Venda conjunta de produtos e serviços

Desenv. de

produtos,

processos e

serviços

Desenv. e Acesso a redes ou

sistemas de informatizaç

ão

Capacitação de RH

Obtenção de

financiamento ou crédito

Reivindicações

conjuntas

Ampliar e/ou manter as vantagens

locais

Participação

conjuntas, feiras,eventos, etc

Outras especifi

car

IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO

(mede a importância das ações cooperativas desenvolvidas

com cada organização para o desempenho e

competitividade da empresa)

AGENTES

sim não baixa média

alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta

Outros Agentes Órgãos de apoio e promoção (Sebrae)

Prefeitura Municipal (Setur, Floram)

Governo Estadual (Santur, Fatma)

Governo Federal (Embratur, Ibama)

Outras entidades ligadas ao poder público

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10. Caso o empreendimento já tenha participado de alguma forma de cooperação com agentes locais, como avalia os resultados das ações conjuntas já realizadas. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhoria na qualidade dos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Desenvolvimento de novos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nos processos produtivos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nas condições de marketing/comercialização ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação de recursos humanos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria na relação com fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Introdução de inovações organizacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Novas oportunidades de negócios ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de nome/marca do empreendimento no mercado nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior inserção do empreendimento no mercado externo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras: especificar ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) III – ESTRUTURA, GOVERNANÇA E VANTAGENS ASSOCIADAS AO AMBIENTE LOCAL 1. Qual a importância para o seu empreendimento das seguintes características da mão-de-obra local? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Características Grau de importância Escolaridade formal de 1º e 2º graus ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Escolaridade em nível superior e técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Conhecimento prático e/ou técnico na produção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disciplina ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Flexibilidade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criatividade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade para aprender novas qualificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outros. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

2. Como o seu empreendimento avalia a contribuição de sindicatos, associações, cooperativas, locais no tocante às seguintes atividades: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Tipo de contribuição Grau de importância

Auxílio na definição de objetivos comuns para o arranjo produtivo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo na percepção de visões de futuro para ação estratégica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ação para ampliar as vantagens locais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disponibilização de informações sobre matérias-primas, equipamento, assistência técnica, consultoria, etc. ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Identificação de fontes e formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações cooperativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Apresentação de reivindicações comuns ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criação de fóruns e ambientes para discussão ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações dirigidas a capacitação tecnológica de empresas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo ao desenvolvimento do sistema de ensino e pesquisa local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Organização de eventos técnicos e comerciais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

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IV – POLÍTICAS PÚBLICAS E FORMAS DE FINANCIAMENTO

1. O empreendimento participa ou tem conhecimento sobre algum tipo de programa ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Não tem conhecimento 2. Conhece, mas não

participa 3. Conhece e

participa Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

2. Qual a sua avaliação dos programas ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Avaliação positiva 2. Avaliação negativa 3. Sem elementos para

avaliação Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

3. Quais políticas públicas poderiam contribuir para o aumento da eficiência competitiva dos empreendimentos do arranjo? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Ações de Política Grau de importância Programas de capacitação profissional e treinamento técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhorias na educação básica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de apoio a consultoria técnica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulos à oferta de serviços tecnológicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de acesso à informação (produção, tecnologia, mercados, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Linhas de crédito e outras formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Incentivos fiscais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Políticas de fundo de aval ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de estímulo ao investimento (venture capital) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras (especifique): ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Indique os principais obstáculos que limitam o acesso do empreendimento as fontes externas de financiamento: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Limitações Grau de importância Inexistência de linhas de crédito adequadas às necessidades da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Dificuldades ou entraves burocráticos para se utilizar as fontes de financiamento existentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Exigência de aval/garantias por parte das instituições de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Entraves fiscais que impedem o acesso às fontes oficiais de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras. Especifique ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

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ANEXO D – QUESTIONÁRIO PARA RESTAURANTES

REDESIST - QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO EM EMPREENDIMENTOS DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL

RESTAURANTES

Número do questionário: ________________ Entrevistador: ___________________________________ Nome do respondente: __________________________________________________________________ Cargo na empresa: _____________________________________________________________________ I - IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS COMPETITIVAS

12. Razão Social: _____________________________________Ano de fundação: ________________ 13. Endereço_______________________________________________________________________ 14. Município de localização: ______________________ Bairro: _____________________________ 15. Tamanho. 1.( ) micro (até 09 func.) 2.( ) Pequena (de10 a 49 func.) 3.( ) Média (50 a 99 func.) 4. ( ) Grande (Acima de 99 func.) 16. Natureza do estabelecimento: ( ) Tradicional / A la carte ( ) Self service / buffet ( ) Misto ( )Outros: citar_____________________ 6. Tipo de Restaurante (cozinha) - Especialização: ( ) Variada ( ) Frutos do mar ( ) Churrascarias ( ) Pizzas e lanches ( ) Internacional: Citar ___________________

7. Se o empreendimento é parte de um grupo empresarial identifique a origem do capital controlador do empreendimento e sua posição no grupo:

Origem Localização Posição no grupo ( ) 1 Local ( ) 2 Nacional ( ) 3 Estrangeiro ( ) 4 Nacional e Estrangeiro

Estado:_________ País:___________

( ) 1. Controladora ( ) 2 Controlada ( )3. Coligada

8. Número de sócios: ______________ 9. Caso não pertença a grupo econômico, identifique o perfil do principal sócio:

Perfil Dados Idade quando criou a empresa Sexo ( ) 1. Masculino ( ) 2.Feminino Escolaridade quando criou a empresa* 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) Seus pais eram empresários ( ) 1. Sim ( ) 2. Não Principal atividade anterior ** 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) • * 1. Analfabeto; 2. Ensino Fundamental Incompleto; 3. Ensino Fundamental Completo; 4. Ensino Médio Incompleto; 5. Ensino Médio

Completo; 6. Superior Incompleto; 7. Superior Completo; 8. Pós Graduação. • ** 1. Estudante universitário 2. Estudante de escola técnica 3. Empregado de micro ou pequeno empreendimento local 4. Empregado

de médio ou grande empreendimento local 5. Empregado de empreendimento de fora do arranjo 6. Funcionário de instituição pública 7. Empresário 8. Outra, citar

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10. Caso não pertença a grupo econômico, identifique a origem do capital para iniciar o empreendimento.

Estrutura do capital da empresa Participação percentual (%)

Dos sócios Empréstimos de parentes e amigos Empréstimos de instituições financeiras gerais

Empréstimos de instituições de apoio as MPEs

Adiantamento de materiais por fornecedores Adiantamento de recursos por clientes Outras. Citar: Total 100% 11. Identifique os principais momentos de evolução do capital da empresa, como inclusão ou exclusão de sócios, aquisição ou venda de empreendimentos: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 12. Evolução da empresa

Anos Pessoal ocupado

Faturamento Preços correntes

(R$) 1990 1995 2000 2005

13.Indique sua estimativa sobre o perfil dos clientes e freqüência segundo os períodos do ano

Perfil e freqüência dos clientes % Período Meses do ano Turistas Residentes Grupos de excursão

Alta temporada Baixa temporada

14. Características das instalações/equipamentos e serviços oferecidos pelo empreendimento

Tipo de equipamento e serviços Sim Não Quantidade Mesas e cadeiras Área destinada a eventos (Percentual no faturamento anual ______________% Bar, Hall de recepção Estacionamento Sistemas de informatização Outros (Citar)

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15. Informe o número de pessoas que trabalham no empreendimento, segundo características das relações de trabalho:

Tipo de relação de trabalho Número de pessoal ocupado Sócio proprietário Contratos formais Estagiário Serviço temporário Terceirizados Familiares sem contrato formal

Total atual Total de pessoas no início do empreendimento 16. Escolaridade do pessoal ocupado (situação atual):

Ensino Número do pessoal ocupado Analfabeto Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Superior incompleto Superior completo Pós-Graduação Total 17. Relações comerciais com os principais fornecedores Indique o grau de freqüência com que mantêm as relações com os seus fornecedores assinalando (0) caso não mantenha relação, (1) se a relação ocorre de forma ocasional, e (2) se a relação é rotineira e freqüente.

Localização e freqüências das relações comerciais mantidas com fornecedores Fornecedor

Local Estadual Nacional Internacional 1. Fornecedores de equipamentos e insumos Máquinas e equipamentos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Utensílios domésticos, cama, mesa e banho (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos In natura (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos pré-elaborados (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos – outros insumos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Bebidas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Mobiliário e decoração (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Softwares (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) 2. Fornecedores de serviços turísticos Empresas fornecedoras de passagens Aéreas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Empresas de passeios marítimos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Empresas de transportes rodoviários de passageiros (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)

Empresas de transporte para traslados no município (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)

Hotéis e Pousadas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Operadoras de turismo (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Organizadoras de eventos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Locadoras de veículos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Imobiliárias (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Guias e interpretes (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)

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18. Sua empresa mantém relações de subcontratação com outras empresas?

Seu empreendimento é: Sim Não Para que atividade?

Subcontratada de empreendimento local Subcontratada de empreendimentos localizados fora do arranjo

Subcontratante de empreendimento local Subcontratante de empreendimento de fora do arranjo 19. Quais fatores são determinantes para manter a capacidade competitiva do empreendimento? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Fatores Grau de importância 1. As características dos serviços ofertados Originalidade do cardápio ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Especialização do cardápio ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Diversificação do cardápio ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Diversidade dos serviços oferecidos (som ao vivo, recreação, música ambiente, recepção, tv) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

2. A qualidade do serviço Agilidade no atendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Qualidade dos insumos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ambiente físico (iluminação, ventilação, decoração, ruído, limpeza) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 3. As formas de comercialização Formas de pagamento (cheque, cartão de débito, credito) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Utilização da Internet (qualidade do site, interatividade com cliente, cardápio reservas, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de promoções ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As formas de divulgação e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Outros fatores que afetam o conjunto do empreendimento: Qualidade da mão de obra contratada ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Custo da mão de obra contratada ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Localização do empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Nível tecnológico dos equipamentos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade de introdução de novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A marca já obtida pelo empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As relações de parceria com agentes de viagens e operadores ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A participação em programas públicos de apoio e promoção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras (citar): ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

,

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II – INOVAÇÃO, COOPERAÇÃO E APRENDIZADO BOX 1

Um novo produto (bem ou serviço) é aquele que é novo para o seu empreendimento ou para o mercado e cujas características tecnológicas ou uso previsto diferem significativamente de todos os produtos/serviços que seu empreendimento já produziu. Uma significativa melhoria tecnológica de produto (bem ou serviço) refere-se a um produto/serviço previamente existente cuja performance foi substancialmente aumentada. Um produto complexo que consiste de um número de componentes ou subsistemas integrados pode ser aperfeiçoado via mudanças parciais de um dos componentes ou subsistemas. Mudanças que são puramente estéticas ou de estilo não devem ser consideradas. Novos processos de produção são aqueles que são novos para a sua empreendimento ou para o setor. Eles envolvem a introdução de novos métodos, procedimentos, sistemas, máquinas ou equipamentos que diferem substancialmente daqueles previamente utilizados por sua firma. Significativas melhorias dos processos de produção envolvem importantes mudanças tecnológicas parciais em processos previamente adotados. Pequenas ou rotineiras mudanças nos processos existentes não devem ser considerada. 1. A empreendimento tem a prática de inovar em seus produtos ou serviços? Qual a ação do seu empreendimento no período entre 2003 e 2005, quanto à introdução de inovações? Informe as principais características conforme listado abaixo. (observe no Box 1 os conceitos de produtos/processos novos ou produtos/processos significativamente melhorados de forma a auxilia-lo na identificação do tipo de inovação introduzida)

Esforço de inovação Descrição 1.

Sim 2.

Não Próprio Conjunto

Inovações de produto/serviço Produto novo para a sua empresa, mas já existente no mercado? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado nacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado internacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

Inovações de processo Processos tecnológicos novos para a sua empresa, mas já existentes no setor? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Processos tecnológicos novos para o setor de atuação? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

Outros tipos de inovação Criação ou melhoria substancial, do ponto de vista tecnológico, do modo de acondicionamento de produtos (embalagem)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

Inovações no desenho de produtos? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Realização de mudanças organizacionais (inovações organizacionais) Implementação de técnicas avançadas de gestão ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de significativas mudanças na estrutura organizacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de marketing ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de comercialização ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de novos métodos e gerenciamento, visando a atender normas de certificação (ISO 9000, ISO 14000, etc.)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )

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BOX 2 Atividades inovativas são todas as etapas necessárias para o desenvolvimento de produtos ou processos novos ou melhorados, podendo incluir: pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e processos; desenho e engenharia; aquisição de tecnologia incorporadas ao capital (máquinas e equipamentos) e não incorporadas ao capital (patentes, licenças, know how, marcas de fábrica, serviços computacionais ou técnico-científicos) relacionadas à implementação de inovações; modernização organizacional (orientadas para reduzir o tempo de produção, modificações no desenho da linha de produção e melhora na sua organização física, desverticalização, just in time, círculos de qualidade, qualidade total, etc); comercialização (atividades relacionadas ao lançamento de produtos novos ou melhorados, incluindo a pesquisa de mercado, gastos em publicidade, métodos de entrega, etc); capacitação, que se refere ao treinamento de mão-de-obra relacionado com as atividades inovativas da empresa.

Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) - compreende o trabalho criativo que aumenta o estoque de conhecimento, o uso do conhecimento objetivando novas aplicações, inclui a construção, desenho e teste de protótipos. Projeto industrial e desenho - planos gráficos orientados para definir procedimentos, especificações técnicas e características operacionais necessárias para a introdução de inovações e modificações de produto ou processos necessárias para o início da produção.

2. Que tipo de atividade inovativa seu empreendimento desenvolveu no ano de 2005? Indique o grau de constância dedicado à atividade assinalando (0) se não desenvolveu, (1) se desenvolveu rotineiramente, e (2) se desenvolveu ocasionalmente. (observe no Box 2 a descrição do tipo de atividade)

Descrição Grau de Constância

Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na sua empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição externa de P&D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição de máquinas e equipamentos que implicaram em significativas melhorias tecnológicas de produtos/processos ou que estão associados aos novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Aquisição de outras tecnologias (softwares, licenças ou acordos de transferência de tecnologias tais como patentes, marcas, segredos industriais) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Realização de programas de capacitação para introduzir inovações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Implantação de Programas de gestão da qualidade ou de modernização organizacional, tais como: qualidade total, reengenharia de processos administrativos, desverticalização do processo produtivo, métodos de “just in time”, etc

( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Realização de pesquisas de mercado ou esforço de desenvolvimento de novas formas de comercialização para introdução de produtos ou serviços novos ou significativamente melhorados

( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

3. Informe os gastos despendidos para desenvolver as atividades de inovação: Gastos com atividades inovativas sobre faturamento em 2005.....................( %) Que tipos de gastos? ________________________________ Fontes de financiamento para as atividades inovativas (em %) Próprias ( %) De Terceiros ( %) Privados ( %) Público (FINEP,BNDES, SEBRAE, BB, etc.) ( %)

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BOX 3 Na literatura econômica, o conceito de aprendizado está associado a um processo cumulativo através do qual as firmas ampliam seus conhecimentos, aperfeiçoam seus procedimentos de busca e refinam suas habilidades em desenvolver, produzir e comercializar bens e serviços. As várias formas de aprendizado se dão: - a partir de fontes internas à empresa, incluindo: aprendizado com experiência própria, no processo de

produção, comercialização e uso; na busca de novas soluções técnicas nas unidades de pesquisa e desenvolvimento; e

- a partir de fontes externas, incluindo: a interação com fornecedores, concorrentes, clientes, usuários, consultores, sócios, universidades, institutos de pesquisa, prestadores de serviços tecnológicos, agências e laboratórios governamentais, organismos de apoio, entre outros.

Nos APLs, o aprendizado interativo constitui fonte fundamental para a transmissão de conhecimentos e a ampliação da capacitação produtiva e inovativa das firmas e instituições. 4. Quais dos seguintes itens desempenharam um papel importante como fonte de informação para o aprendizado, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto à localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior. (Observe no Box 3 os conceitos sobre formas de aprendizado). Grau de Importância Formalização Localização Fontes Internas Departamento de P & D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Área de operação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Áreas de vendas e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Serviços internos de atendimento ao cliente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Outros (especifique) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Fontes Externas

Outros empreendimentos dentro do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empreendimentos associadas (joint venture) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Fornecedores de insumos, equipamentos, materiais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Fornecedores de serviços turísticos Clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Concorrentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outros empreendimentos do Setor ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empresas de consultoria ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Universidades e Outros Institutos de Pesquisa Universidades ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Institutos de Pesquisa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Centros de capacitação profissional, de assistência técnica e de manutenção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Instituições de testes, ensaios e certificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outras fontes de informação Licenças, patentes e “know-how” ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Conferências, Seminários, Cursos e Publicações Especializadas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Feiras, Exibições e Lojas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Encontros de Lazer (Clubes, Restaurantes, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Associações empresariais locais (inclusive consórcios de exportações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

Informações de rede baseadas na internet ou computador ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )

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5. Seu empreendimento efetuou atividades de treinamento e capacitação de recursos humanos durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Treinamento no empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos realizados no arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empresas fornecedoras ou clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empreendimentos do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Contratação de técnicos de outros empreendimentos do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Contratação de técnicos de empreendimentos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Absorção de formandos dos cursos universitários localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Absorção de formandos dos cursos técnicos localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

6. Avalie a importância do impacto resultante da introdução de inovações durante os últimos três anos, 2003 a 2005, na sua empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Aumento da produtividade da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ampliação da gama de produtos ou serviços ofertados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento da qualidade dos produtos ou serviços ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu que o empreendimento mantivesse a sua participação nos mercados de atuação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Aumento na participação de clientes de origem nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento na participação de clientes de origem internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Permitiu que o empreendimento abrisse novos mercados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução de custos do trabalho ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução de custos de insumos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução do consumo de energia ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu o enquadramento em regulações e normas ditadas por:

- Órgãos internacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) - Órgãos Nacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu reduzir o impacto sobre o meio ambiente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 7. Como resultado dos processos de treinamento e aprendizagem, formais e informais, acima discutidos, como melhoraram as capacitações da empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhor utilização de técnicas produtivas, equipamentos, insumos e componentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior capacitação para realização de modificações e melhorias em produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação para desenvolver novos produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior conhecimento sobre as características dos mercados de atuação da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação administrativa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

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8. Quais são as principais vantagens que o empreendimento tem por estar localizada no arranjo? Coloque 0 se a vantagem não é usufruída pelo seu empreendimento, caso contrário indique o grau de importância na utilização da vantagem proporcionada pelo local segundo a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância.

Externalidades Grau de importância Disponibilidade de mão-de-obra qualificada na prestação de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Nível educacional e adequada formação da mão de obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) O baixo custo da mão-de-obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A presença no local de fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A adequada infra-estrutura hoteleira ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disponibilidade de serviços técnicos especializados para a administração do empreendimento (software, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

A qualidade da Infra-estrutura física (energia, transporte, comunicações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A preservação dos atrativos turísticos pelos órgãos públicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A receptividade ao turista pela população local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Existência de programas públicos de apoio e promoção ao turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A ação adequada das associações representativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Proximidade com universidades e centros de pesquisa dedicados à área do turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de eventos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de ações públicas para atenuar a sazonalidade da atividade turística local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outra. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

BOX 4 O significado genérico de cooperação é o de trabalhar em comum, envolvendo relações de confiança mútua e coordenação, em níveis diferenciados, entre os agentes. Em arranjos produtivos locais, identificam-se diferentes tipos de cooperação, incluindo a cooperação produtiva visando a obtenção de economias de escala e de escopo, bem como a melhoria dos índices de qualidade e produtividade; e a cooperação inovativa, que resulta na diminuição de riscos, custos, tempo e, principalmente, no aprendizado interativo, dinamizando o potencial inovativo do arranjo produtivo local. A cooperação pode ocorrer por meio de: • intercâmbio sistemático de informações produtivas, tecnológicas e mercadológicas (com clientes, fornecedores,

concorrentes e outros) • interação de vários tipos, envolvendo empresas e outras instituições, por meio de programas comuns de

treinamento, realização de eventos/feiras, cursos e seminários, entre outros • integração de competências, por meio da realização de projetos conjuntos, incluindo desde melhoria de

produtos e processos até pesquisa e desenvolvimento propriamente dita, entre empresas e destas com outras instituições

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9. Quais dos seguintes agentes desempenharam papel importante como parceiros, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto a localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior.

OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA

COOPERA

FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a

quantidade e a intensidade da cooperação

desenvolvidas nos últimos 24 meses com cada

organização)

Compra de

insumos e equip.

Venda conjunt

a de produto

s e serviço

s

Desenv. de

produtos, processo

s e serviços

Desenv. e Acesso a redes ou

sistemas de informatizaçã

o

Capacitação de RH

Obtenção de financiamento ou crédito

Reivindicações conjuntas

Ampliar e/ou

manter as vantagens locais

Participação conjuntas,

feiras,eventos, etc

Outras especific

ar

IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO

(mede a importância das ações cooperativas desenvolvidas

com cada organização para o desempenho e competitividade

da empresa)

AGENTES

sim não baixa média alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta Agentes Produtivos Clientes Empreendimentos locais do mesmo ramo de atuação

Fornecedores Empresas de consultoria

Instituições de pesquisa e capacitação de RH Centros de capacitação profissional, ou técnica (Senai / Senac)

Instituição de Pesquisa

Faculdades, universidades

Outros Agentes Entidades culturais e de meio ambiente

Organizações (ONGs) ligadas ao atrativo turístico/cultural local

Entidades sindicais, (Associação ou sindicato de trabalhadores e patronal)

Órgãos de comunicação (TV,

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Rádio, jornal)

OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA

COOPERA

FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a quantidade e a intensidade da

cooperação desenvolvidas nos

últimos 24 meses com cada organização)

Compra de

insumos e equip.

Venda conjunta de produtos e serviços

Desenv. de

produtos,

processos e

serviços

Desenv. e Acesso a redes ou

sistemas de informatizaç

ão

Capacitação de RH

Obtenção de

financiamento ou

crédito

Reivindicações conjuntas

Ampliar e/ou

manter as vantagens

locais

Participação conjuntas,

feiras,eventos, etc

Outras especificar

IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO

(mede a importância das ações cooperativas

desenvolvidas com cada organização para o

desempenho e competitividade da

empresa)

AGENTES

sim não baixa média alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta Outros Agentes Órgãos de apoio e promoção (Sebrae)

Prefeitura Municipal (Setur, Floram)

Governo Estadual (Santur, Fatma)

Governo Federal (Embratur, Ibama)

Outras entidades ligadas ao poder público

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10. Caso o empreendimento já tenha participado de alguma forma de cooperação com agentes locais, como avalia os resultados das ações conjuntas já realizadas. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhoria na qualidade dos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Desenvolvimento de novos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nos processos produtivos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nas condições de marketing/comercialização ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação de recursos humanos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria na relação com fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Introdução de inovações organizacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Novas oportunidades de negócios ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de nome/marca do empreendimento no mercado nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior inserção do empreendimento no mercado externo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras: especificar ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) III – ESTRUTURA, GOVERNANÇA E VANTAGENS ASSOCIADAS AO AMBIENTE LOCAL 1. Qual a importância para o seu empreendimento das seguintes características da mão-de-obra local? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Características Grau de importância Escolaridade formal de 1º e 2º graus ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Escolaridade em nível superior e técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Conhecimento prático e/ou técnico na produção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disciplina ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Flexibilidade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criatividade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade para aprender novas qualificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outros. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

2. Como o seu empreendimento avalia a contribuição de sindicatos, associações, cooperativas, locais no tocante às seguintes atividades: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Tipo de contribuição Grau de importância

Auxílio na definição de objetivos comuns para o arranjo produtivo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo na percepção de visões de futuro para ação estratégica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ação para ampliar as vantagens locais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disponibilização de informações sobre matérias-primas, equipamento, assistência técnica, consultoria, etc. ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Identificação de fontes e formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações cooperativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Apresentação de reivindicações comuns ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criação de fóruns e ambientes para discussão ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações dirigidas a capacitação tecnológica de empresas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo ao desenvolvimento do sistema de ensino e pesquisa local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Organização de eventos técnicos e comerciais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

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IV – POLÍTICAS PÚBLICAS E FORMAS DE FINANCIAMENTO 1. O empreendimento participa ou tem conhecimento sobre algum tipo de programa ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Não tem

conhecimento 2. Conhece, mas não

participa 3. Conhece e

participa Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

2. Qual a sua avaliação dos programas ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Avaliação positiva 2. Avaliação

negativa 3. Sem elementos

para avaliação Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

3. Quais políticas públicas poderiam contribuir para o aumento da eficiência competitiva dos empreendimentos do arranjo? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Ações de Política Grau de importância Programas de capacitação profissional e treinamento técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhorias na educação básica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de apoio a consultoria técnica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulos à oferta de serviços tecnológicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de acesso à informação (produção, tecnologia, mercados, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Linhas de crédito e outras formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Incentivos fiscais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Políticas de fundo de aval ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de estímulo ao investimento (venture capital) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras (especifique): ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Indique os principais obstáculos que limitam o acesso do empreendimento as fontes externas de financiamento: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.

Limitações Grau de importância

Inexistência de linhas de crédito adequadas às necessidades da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Dificuldades ou entraves burocráticos para se utilizar as fontes de financiamento existentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

Exigência de aval/garantias por parte das instituições de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Entraves fiscais que impedem o acesso às fontes oficiais de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras. Especifique ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )

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ANEXO E - ROTEIRO DE ENTREVISTA – ASSOCIAÇÕES 1. Identificação da instituição e do entrevistado 2. Funções e objetivos da instituição 3. Formação e desenvolvimento da instituição 4. Número e principais associados 5. Como as instituições avaliam o crescimento de atividades que são sub-produto do turismo nos meses de alta temporada, caso do mercado imobiliário? 6. Quais as ações direcionadas à atração de novos turistas de modo a garantir a sua fidelização ao local? 7. Quais as estratégias de marketing turístico para divulgação, comercialização e aumento da demanda turística para o local? 8. Como as instituições estimulam as especificidades do turismo local (cidade como produto turístico) para fazer frente à concorrência com outros destinos turísticos? A divulgação da imagem da cidade associada não só ao turismo tradicional (sol e mar), mas como um importante destino turístico de negócios e eventos minimiza os efeitos da sazonalidade no local? 9. Como se dá à interação com instituições de ensino e capacitação de recursos humanos, para qualificação da oferta de mão de obra, direcionadas as atividades de turismo no local? 10. O que vem sendo realizado pelas instituições para minimizar o problema da informalidade da mão-de-obra local? 11. Interações com os órgãos governamentais para o desenvolvimento da atividade turística local? 12. A instituição realiza projetos em parceria com outros agentes público-privado para o desenvolvimento do potencial turístico local? 13. Principais carências identificadas pela instituição para desenvolvimento do arranjo turístico local? 14. Sugestões da instituição para políticas de aumento da capacidade competitiva do arranjo turístico local?

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ANEXO F- ROTEIRO DE ENTREVISTA – INSTITUIÇÕES DE ENSINO

Instituição: Ano de Fundação: Entrevistado: Função:

1. Nível de qualificação e número de funcionários (Docentes e técnicos) Qualificação Número do pessoal ocupado

Doutorado Mestrado nível superior Graduação

nível médio Total

2. Indique a origem dos docentes e funcionários técnicos Origem % Escolas técnicas locais Escolas técnicas de SC Escolas técnicas nacionais Universidades locais Universidades de SC Universidades nacionais Outros Total

3. A instituição oferece laboratório experimental (restaurantes, hotel – escola), etc)? Qual a importância para qualificação dos alunos? 4. Número médio de formandos empregados em empresas locais. _________ (média anual ou %) 5. Número de estágios oferecidos por empresas locais. _________ (média anual ou %) 6. Qual o motivo para a oferta de cursos voltados ao setor turístico nessa região? 7.Identificar e caracterizar os cursos ofertados (duração, número de vagas, número de alunos) e perfil dos alunos. 8. A instituição interage com empresas do setor turístico? Indique o grau de freqüência com que mantêm as relações com os seus parceiros assinalando (0) caso não mantenha relação, (1) se a relação ocorre de forma ocasional, e (2) se a relação é rotineira e freqüente.

Freqüência Objetivos da atividade cooperativa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )

Indique o(s) parceiro(s) na atividade cooperativa

Convênio para estágio Projetos de pesquisa Prestação de serviços (consultorias, pesquisa de mercado)

Programas de capacitação profissional e treinamento técnico

Promoção de eventos Convênio para utilização de Infra-estrutura (laboratórios)

Outros. Citar:

9. Quais as ações que a instituição realiza para minimizar o problema da informalidade da mão-de-obra local? 10. Na sua avaliação qual a importância da Universidade/ Escola Técnica desenvolver parcerias com outras instituições de educação superior ou de pesquisa, com instituições públicas ou privadas ou com o setor empresarial para ampliar a capacidade competitiva do arranjo turístico local? 11. Na sua avaliação qual a principal contribuição da Universidade/ Escola Técnica para o desenvolvimento do potencial turístico local?

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ANEXO G - ROTEIRO DE ENTREVISTA – INSTITUIÇÕES PÚBLICAS MUNICIPAL, ESTADUAL, FEDERAL DE TURISMO

1. Identificação da instituição e do entrevistado 2. Funções e objetivos da instituição 3. Formação e desenvolvimento da instituição 4. Quais as ações de fomento e planejamento para o desenvolvimento turístico do local? 5. Quais as políticas implementadas para consolidar a cidade no roteiro turístico nacional? 6. Como são as ações de parceria com agentes público / privado para ampliação da oferta turística do local? 7. Quais ações direcionadas á melhoria da infra-estrutura básica (coleta de lixo, rede de esgoto, segurança pública, transporte urbano, etc) que qualificam o produto turístico local? 8. Como se dá à interação com instituições de ensino e capacitação de recursos humanos, para qualificação da oferta de mão de obra, direcionadas as atividades de turismo no local? 9. O que vem sendo realizado pelas instituições para minimizar o problema da informalidade da mão-de-obra local? 10. Como se dá a interação com as instituições de preservação voltadas a valorização do patrimônio ambiental / histórico / cultural como elemento de atração turística local? 11. Quais as ações para captar investimentos direcionados a expansão da oferta de equipamentos e serviços de natureza turística? 12. Quais as estratégias de marketing turístico para divulgação, comercialização e aumento da demanda turística para o local? 13. Como as instituições estimulam as especificidades do turismo local (cidade como produto turístico) para fazer frente à concorrência com outros destinos turísticos? A divulgação da imagem da cidade associada não só ao turismo tradicional (sol e mar), mas como um importante destino turístico de negócios e eventos minimiza os efeitos da sazonalidade no local? 14. Como as instituições avaliam o crescimento de atividades que são sub-produto do turismo nos meses de alta temporada, caso do mercado imobiliário? 15. A instituição realiza projetos em parceria com outros agentes público-privado para o desenvolvimento do potencial turístico local? 16. Principais carências identificadas pela instituição para desenvolvimento do arranjo turístico local? 17 Sugestões da instituição para políticas de aumento da capacidade competitiva do arranjo turístico local?