Instalações Elétricas_Projeto industrial (Etapa 2)

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  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 1

    E.T.E. Joo Luiz do Nascimento

    Disciplina: Instalaes eltricas

    Professora: Delirose Ramos

    Etapa 2 Projeto Industrial

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    1 LUMINOTCNICA

    1.1 Apresentao

    A principal funo das lmpadas fornecer energia luminosa. Para

    tanto, elas contam com o auxlio das luminrias e, eventualmente, de outros

    componentes auxiliares. A funo das luminrias melhorar a distribuio

    luminosa, fornecer proteo contra intempries, alm de possibilitar a ligao

    da lmpada rede eltrica.

    Os ambientes (industriais, comerciais, escritrios, salas de aula, etc)

    devem ser suficientemente iluminados para se obter o melhor rendimento

    possvel nas tarefas a executar.

    Um bom projeto de iluminao requer a adoo dos seguintes pontos

    fundamentais:

    Nvel de iluminamento suficiente para cada atividade especfica;

    Distribuio espacial da luz sobre o ambiente;

    Escolha da cor da luz e seu respectivo rendimento;

    Escolha apropriada dos aparelhos de iluminao;

    Tipo de execuo das paredes e pisos;

    Iluminao de acesso.

    Para execuo de um projeto de iluminao, o eletrotcnico dever

    dispor de informaes tais como atividades a serem executadas no local, cores

    do piso, parede e teto, altura de trabalho, alm dos projetos existentes do local.

    1.2 Grandezas fundamentais

    FLUXO LUMINOSO () a potncia de radiao total emitida por

    uma fonte de luz, ou seja, a potncia de energia luminosa de uma

    fonte percebida pelo olho humano. Sua unidade de medida o

    lmen [lm]. Cada lmpada apresenta fluxo luminoso diverso.

    EFICINCIA LUMINOSA a relao entre o fluxo luminoso e a

    potncia eltrica de uma mesma lmpada. medido em

    lumens/Watt [lm/W].

    INTENSIDADE LUMINOSA (I) a potncia da radiao luminosa

    em uma dada direo. A intensidade luminosa a grandeza de base

    do Sistema Internacional (SI) para iluminao e a sua unidade de

    medida a candela (cd).

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    ILUMINNCIA OU ILUMINAMENTO (E) a relao entre o fluxo

    luminoso incidente em uma superfcie e a rea da superfcie sobre a

    qual este incide. Sua unidade o LUX.

    NDICE DE REPRODUO DE CORES (IRC) Representa o valor

    percentual mdio referente sensao de reproduo da cor,

    baseado em uma srie de cores padro. A partir desse conceito,

    considera-se razovel uma lmpada com IRC em torno de 60, 80

    pode ser considerado bom e 90 excelente. Porm, a utilizao ou

    descarte de uma opo de lmpada pelo seu IRC depender da

    aplicao de projeto da mesma.

    TEMPERATURA DE COR Existe uma correlao entre a

    temperatura de uma fonte luminosa e sua cor. Essa correlao

    obedece a Lei de Planck, conforme o grfico abaixo.

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    As cores quentes vo at 3.000K e realam os vermelhos e seus

    derivados, so empregadas quando se deseja uma atmosfera

    ntima, como em residncias, bares e restaurantes.

    As cores neutras situam-se entre 3.000K e 4.000K, ficam entre os

    tons vermelhos e azuis e so mais utilizadas em ambientes

    comerciais.

    As cores frias possuem temperatura acima de 4.000K e realam os

    azuis e seus derivados, so empregadas onde se deseja uma

    atmosfera formal, precisa e limpa, como em escritrios e fbricas.

    1.3 Tipos de lmpadas

    LMPADAS INCADESCENTES Consistem num filamento de

    tungstnio espiralado que levado incandescncia pela passagem

    da corrente (efeito joule), nesse filamento. A oxidao desse

    filamento evitada pela presena de gs inerte (Nquel ou Argnio)

    ou vcuo dentro do bulbo.

    As lmpadas incandescentes so sensveis variao de tenso.

    Quando submetidas sobretenso, sua eficincia, sua corrente

    eltrica e seu fluxo luminoso se elevam, ao passo que sua vida til

    cai drasticamente.

    - Efeitos da variao de tenso nas lmpadas incandescentes:

    sobretenses e subtenses podem ter efeitos drsticos em determinadas

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    caractersticas das lmpadas incandescentes, como por exemplo alterao

    da sua vida til ou do seu fluxo luminoso, esses valores podem ser

    calculados de acordo com as frmulas que se seguem:

    Onde,

    LMPADAS DICRICAS So lmpadas incandescentes com

    elementos halgenos como o Bromo e o Iodo adicionados ao seu

    bulbo, desta forma obtm-se um fluxo luminoso com maior

    temperatura de cor e maior eficincia luminosa, nesses casos, se faz

    necessria a utilizao de bulbo de quartzo, pois o mesmo suporta

    temperaturas mais elevadas. Possuem refletor com espelho

    multifacetado numa base bipino. So timas para fins decorativos.

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    LMPADAS FLUORESCENTES So lmpadas que utilizam a

    descarga eltrica atravs de um gs para produzir energia luminosa.

    Para as chamadas lmpadas de partida lenta so necessrios dois

    equipamentos auxiliares: reator e starter. As de partida rpida

    dispensam o starter.

    LMPADAS VAPOR DE MERCRIO - Constam de um tubo de descarga feito de quartzo para suportar elevadas temperaturas, tendo em cada extremidade um eletrodo principal, de tungstnio recoberto com material emissor de eltrons. Quando uma tenso aplicada lmpada cria-se um campo eltrico entre o eletrodo auxiliar e o principal. Forma-se um arco eltrico entre eles provocando o aquecimento dos xidos emissores, a ionizao do gs e a formao de vapor de mercrio. Depois que o meio interno tornou-se ionizado, a impedncia eltrica torna-se reduzida e, como a do circuito de partida elevada (devido ao resistor), este torna-se praticamente inativo, passando a descarga eltrica a ocorrer entre os eletrodos principais.

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    Com o aquecimento do meio interno a presso dos vapores cresce com o conseqente aumento do fluxo luminoso. O perodo de partida leva alguns segundos, e a lmpada s entra em regime aproximadamente 6 minutos aps ligada a chave. Se a lmpada apagada, o mercrio no pode ser reionizado at que a temperatura do arco seja diminuda suficientemente, isto leva de 3 a 10 minutos, dependendo das condies externas e da potncia da lmpada.

    LMPADAS VAPOR DE SDIO Produzem uma luz

    monocromtica amarela, sem ofuscamento, e so apresentadas

    como a melhor soluo para iluminao em locais onde existe

    nvoa ou bruma. As lmpadas a vapor de sdio a alta presso

    tm um tubo de descarga de xido de alumnio sinterizado,

    encapsulado por um bulbo oval de vidro. O tubo de descarga

    preenchido por uma amlgama de sdio-mercrio, alm de uma

    mistura gasosa de nenio e argnio, utilizada para a partida. As

    lmpadas de sdio so produzidas para substituir as lmpadas

    vapor de mercrio diretamente nas potncias equivalentes,

    devendo-se observar que as luminrias no devem causar um

    excessivo aumento da tenso de arco.

    LMPADAS VAPOR METLICO So lmpadas de vapor de

    mercrio nas quais se introduzem outros elementos (iodetos,

    brometos) em seu tubo de descarga, de forma que o arco eltrico se

    realize numa atmosfera de vrios vapores misturados. Obtm-se

    assim maiores eficincias luminosas, at 90 lm/W e melhor

    composio espectral. So especialmente recomendadas quando se

    quer tima qualidade na reproduo de cores como em lojas,

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    shoppings, estdios, pistas de corrida, principalmente quando se

    pretende televisionamento em cores. Todas as lmpadas a vapor

    metlico requerem um reator e um ignitor, os quais influenciam sua

    performance, ademais a tenso no deve flutuar mais que 5% da

    tenso do reator.

    LMPADAS DE LUZ MISTA Constam de um tubo de arco de vapor

    de mercrio em srie com um filamento incandescente de tungstnio

    que, alm de produzir fluxo luminoso, funciona como elemento de

    estabilizao da lmpada. Rene caractersticas das lmpadas

    incandescentes, fluorescentes e vapor de mercrio, pois:

    - A luz do filamento emite luz incandescente;

    - A luz do tubo de descarga a vapor de mercrio emite intensa luz

    azulada

    - A radiao invisvel (ultravioleta), em contato com a camada

    fluorescente do tubo, transforma-se em luz avermelhada.

    LMPADAS DE LUZ NEGRA So similares s lmpadas vapor de

    mercrio, a nica diferena o vidro utilizado na confeco da

    ampola externa. O bulbo de vidro com xido de nquel (vidro de

    Wood), que sendo transparente ao ultra-violeta, absorve grande

    parte do fluxo emitido. Estas lmpadas so utilizadas em setores de

    qualidade, para melhor anlise de erros de fabricao, em institutos

    de criminalstica para verificao de impresses digitais, etc.

    1.4 Tipos de luminrias

    Luminrias so aparelhos destinados a proteger as lmpadas,

    orientar ou concentrar o facho luminoso, difundir a luz, reduzir o

    ofuscamento, e proporcionar um bom efeito decorativo.

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    ILUMINAO RESIDENCIAL Neste tipo de iluminao as

    luminrias para lmpadas incandescentes e fluorescentes compactas

    possuem larga utilizao, porm estas ltimas, por sua notria

    eficincia energtica tem ganhado muito espao nesse tipo de

    iluminao. Tambm as fluorescentes tubulares so utilizadas, mas,

    por causa de sua complexidade, em escala bem menor.

    ILUMINAO INDUSTRIAL Na indstria, a aplicao das

    luminrias distinta de acordo com o tipo de indstria, o tipo de rea

    interna, a atividade a ser exercida, a atmosfera de trabalho, dentre

    outras. De um modo geral, para galpes com alto p direito tm sido

    bastante utilizados os refletores com lmpadas vapor de mercrio ou

    vapor metlico. Para indstrias com p direito mais baixo, as

    luminrias fluorescentes tm sido mais utilizadas. Em reas externas

    utiliza-se com grande freqncia projetores com lmpadas vapor de

    sdio, metlico ou mercrio.

    ILUMINAO COMERCIAL Os escritrios, lojas e shoppings, em

    sua maioria, utilizam luminrias para lmpadas fluorescentes. uma

    soluo simples, de baixo custo e eficincia razovel.

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    ILUMINAO PARA ESTDIOS E VIAS PBLICAS Para essas

    aplicaes so utilizadas luminrias prprias, sendo o mais indicado

    para estdios a utilizao de conjuntos de projetores, que podem ser

    instalados em um nico prtico ou distribudos, e para iluminao

    pblica luminrias prprias para poste.

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    ILUMINAO DECORATIVA De forma geral so utilizadas

    luminrias para lmpadas dicricas com fachos direcionados para

    enfatizar determinado objeto.

    1.4.A ILUMINAO DE FACHADAS So utilizados projetores mais baixos

    que os prdios, com vidros em cores, para realar a edificao.

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    1.5 Clculo luminotcnico

    MTODO DOS LMENS OU MTODO DO FLUXO LUMINOSO

    o mtodo mais utilizado para calcular e consiste em determinar a

    quantidade de fluxo luminoso para determinado ambiente, levando

    em considerao a atividade a ser desenvolvida no ambiente, cores

    de piso e teto, altura, etc. A utilizao deste mtodo realizada

    conforme os passos a seguir:

    1 Passo: Verificao do fluxo luminoso necessrio:

    ILUMINNCIA: Depende do tipo de atividade a ser executada no

    local, a tabela abaixo sugere alguns valores, porm, a mesma pode

    variar de uma norma para outra.

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    FATOR OU COEFICIENTE DE DEPRECIAO: a relao entre o

    fluxo luminoso emitido por uma luminria no fim do perodo

    considerado para iniciar o processo de manuteno e o fluxo emitido

    no incio de sua operao. As tabelas abaixo trazem exemplos de

    como pode ser verificado o coeficiente de depreciao, no entanto, a

    metodologia varia entre autores e fabricantes.

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    COEFICIENTE DE UTILIZAO: Representa a relao entre o fluxo

    luminoso que chega ao plano de trabalho e o fluxo luminoso total

    emitido pelas lmpadas. Depende das dimenses do ambiente, do

    tipo de luminria e da pintura das paredes. So utilizados os

    seguintes parmetros:

    a) Teto:

    Branco = 70%

    Claro = 50%

    Escuro = 30%

    b) Paredes:

    Claro = 50%

    Escuro = 30%

    c) Piso:

    Escuro = 10%

    Feito isso, calcula-se o fator K, que o chamado ndice do recinto, a

    partir das dimenses do mesmo.

    Onde:

    K ndice do recinto

    A Comprimento do recinto (em metros)

    B Largura do recinto (em metros)

    H altura da fonte de luz ao plano de trabalho (em metros).

    Encontrados os valores de reflexo do teto, parede e piso, e com o

    ndice do recinto calculado, basta procurar na tabela abaixo o valor

    de fator de utilizao a ser utilizado.

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    OBS: Na tabela constam valores mdios de luminrias fluorescentes,

    porm, para cada tipo especfico de luminria a um conjunto de

    valores a ela agregados.

    2 Passo: Clculo da quantidade de luminrias:

    3 Passo: Distribuio das luminrias:

    A distribuio das luminrias deve ser uniforme, de modo que no

    haja no ambiente pontos escuros. Essa distribuio faz-se, via de

    regra, respeitando-se as dimenses conforme figura a seguir:

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    MTODO PONTO POR PONTO

    Este mtodo permite o clculo da iluminncia em qualquer ponto da

    superfcie, especificamente, para cada projetor cujo facho atinja o ponto

    considerado. O somatrio de todas as contribuies individuais ir compor

    a iluminncia total.

    ILUMINAMENTO HORIZONTAL: a soma das contribuies do

    fluxo luminoso de todas as luminrias num ponto do plano horizontal.

    Pode ser calculado conforme equao abaixo:

    I Intensidade do fluxo luminoso (em candelas)

    ngulo entre uma dada direo do fluxo luminoso e a vertical que

    atravessa o centro da lmpada.

    H Altura vertical da luminria ao plano de trabalho (em metros)

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    O iluminamento total ser o somatrio do iluminamento

    correspondente a cada luminria cujo fluxo luminoso incida sobre o

    plano.

    ILUMINAMENTO VERTICAL: a soma das contribuies do fluxo

    luminoso de todas as luminrias num ponto do plano vertical. Pode

    ser calculado conforme equao abaixo:

    I Intensidade do fluxo luminoso (em candelas)

    ngulo entre uma dada direo do fluxo luminoso e a vertical que

    atravessa o centro da lmpada.

    D Distncia entre a luminria e o ponto localizado na vertical (em

    metros)

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    2 ATERRAMENTO INDUSTRIAL

    2.1 Apresentao

    Um sistema de aterramento visa :

    Segurana de atuao da proteo;

    Proteo das instalaes contra descargas atmosfricas;

    Proteo do indivduo contra contatos com partes metlicas da

    instalao energizadas acidentalmente;

    Uniformizao do potencial em toda rea do projeto, prevenindo

    contra leses perigosas que possam surgir durante ma falta fase-

    terra.

    Os problemas gerados pelo mau aterramento em uma instalao so

    inmeros, podem ser citados alguns, conforme abaixo:

    Falhas no sistema de comunicao entre mquinas,

    principalmente se o protocolo de comunicao for RS-232;

    Excesso de interferncias eletromagnticas;

    Aquecimento anormal de equipamentos como conversores e

    inversores;

    Funcionamento irregular de computadores, constantes

    travamentos;

    Queima de Circuitos Integrados e placas eletrnicas sem razo

    aparente;

    Possveis interferncias nas imagens de monitores de vdeo.

    2.2 Conceitos

    Tenso de contato: a tenso que pode aparecer acidentalmente,

    quando da falha de isolao entre duas partes simultaneamente acessveis.

    Tenso de toque: ocorre quando h um contato entre uma pessoa e um

    equipamento sujeito a uma tenso de contato.

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    Tenso de passo: quando uma corrente eltrica descarregada para o

    solo, ocorre uma elevao do potencial em torno do eletrodo de aterramento,

    formando-se uma distribuio de queda de tenso, mais intensa prximo ao

    eletrodo e de menor intensidade a medida em que se afasta deste. Nessas

    condies, uma pessoa que esteja nesta rea e afaste as pernas para

    caminhar poder ter um p exposto a um nvel de tenso e o outro, em outro

    nvel de tenso, a esta ocorrncia dado o nome de tenso de passo.

    Massas: so partes metlicas do sistema, mas que no so

    intencionalmente energizadas.

    2.3 Choque Eltrico

    Choque eltrico uma perturbao de natureza e efeitos diversos que

    se manifesta no corpo humano, quando por ele circula uma corrente eltrica.

    Os efeitos dependem de diversos fatores, tais como:

    Percurso da corrente eltrica pelo corpo humano: mais perigoso

    quando passa pelo corao.

    Intensidade da corrente eltrica: quanto maior a intensidade maior

    ser a possibilidade de causar contrao muscular.

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    Tempo de durao do choque eltrico: quanto maior for o tempo

    que uma pessoa for submetida ao choque eltrico, piores sero

    os efeitos.

    rea de contato do choque eltrico: quanto maior a rea, maior a

    corrente eltrica.

    Presso de contato: quanto maior a presso, menor a

    resistncia do contato.

    Frequncia da corrente eltrica: As frequncias situadas entre 20

    e 100Hz so especialmente perigosas para o corpo humano, uma

    vez que estas se situam na faixa em que a probabilidade de

    ocorrncia de fibrilao ventricular maior.

    Tenso eltrica: quanto maior a tenso, maior a corrente e piores

    os efeitos.

    Espraiamento da corrente de choque pelo corpo humano: quais

    so os rgos do indivduo atingidos pela corrente eltrica?

    Condies da pele do indivduo: quanto mais mida estiver a pele,

    menor a resistncia.

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    Constituio fsica do indivduo: indivduos de menor peso

    possuem menor resistncia, consequentemente, mais corrente

    passar por ele.

    Estado de sade do indivduo: quanto mais saudvel, menores os

    danos causados.

    As manifestaes em decorrncia de um choque eltrico so:

    Asfixia: quando ocorre o choque eltrico, o diafragma da

    respirao se contrai tetanicamente, cessando assim a

    respirao.

    Fibrilao ventricular: a atividade eltrica do corao fica

    desordenada, as fibras musculares tremulam ao invs de

    pulsarem ordenadamente e o sangue acaba no sendo

    bombeado adequadamente, o que pode resultar em parada

    cardaca.

    Queimaduras profundas (necrose): com a passagem da corrente

    ocorre o efeito joule, que produz queimaduras no corpo humano.

    A resistncia do corpo humano normalmente varia de uma pessoa para

    outra e cada parte do corpo possui um valor distinto, a figura a seguir traz

    valores tpicos de resistncia do corpo humano considerando um adulto mdio.

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    A pele mida possui resistncia praticamente nula, o que agrava ainda

    mais os efeitos do choque eltrico, uma vez que quanto menor for a

    resistncia, maior ser a corrente eltrica a qual o indivduo ser submetido.

    O choque eltrico pode acontecer de duas formas: por contato direto ou

    por contato indireto.

    Contato direto: o indivduo entra em contato com uma parte do sistema

    que deveria estar energizadas, como por exemplo, barramentos, cabos

    eltricos, etc.

    Contato indireto: o indivduo entra em contato com uma parte do sistema

    que naturalmente no deveria estar energizada, como por exemplo, portas de

    geladeira, tubulaes metlicas, quadros eltricos metlicos, etc.

    A figura a seguir mostra graficamente os efeitos dos nveis de corrente x

    tempo no corpo humano.

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    2.4 Materiais utilizados em aterramento industrial

    Para construo do sistema de aterramento so necessrios alguns

    componentes, os principais so:

    Eletrodo de terra (ou eletrodos verticais): podem ser de ao galvanizado

    ou ao cobreado. O de ao galvanizado tem seu uso restrito, devido ao

    fato do mesmo sofrer corroso. O de ao cobreado possui elevada

    resistncia corroso e mais utilizado.

    Condutor de aterramento: so utilizados condutores de cobre nu, cujas

    bitolas mnimas so definidas de acordo com o solo. Para solos cidos

    a seo no deve ser inferior a 16mm, para solos de natureza alcalina

    ou em subestaes a seo mnima deve ser de 25mm.

    Caixa de inspeo: as caixas de inspeo so necessrias, como o

    prprio nome j diz, para futuras inspees do sistema de aterramento.

    Devem possuir tampa removvel.

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    Conexes: so elementos metlicos utilizados para conectar os

    condutores nas emendas ou derivaes. Os tipos mais utilizados so os

    conectores aparafusados e as conexes exotrmicas.

    Os conectores aparafusados, mostrados na figura a seguir, so peas

    metlicas utilizadas na emenda de condutores, sempre que possvel deve

    ser evitado o seu uso em condutores de aterramento.

    Conexes exotrmicas so um processo de conexo a quente onde se

    verifica uma fuso entre o elemento metlico de conexo e o condutor. A

    figura a seguir mostra alguns modelos de conexo exotrmica.

    Condutor de proteo: o condutor utilizado para a ligao das massas

    aos terminais de aterramento parcial e principal.

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    2.5 Projeto de aterramento industrial

    Devido incerteza e dificuldade na obteno dos dados, suficiente

    que o dimensionamento do aterramento fornea, no mnimo, as seguintes

    indicaes:

    Os materiais a utilizar

    A geometria do eletrodo

    A locao no terreno

    Na prtica, utiliza-se um eletrodo em anel, ao redor da edificao, que

    pode ser constitudo por condutores horizontais e hastes interligadas entre si,

    diretamente enterrados no solo e/ou pelas prprias ferragens das fundaes da

    edificao

    A geometria das hastes de terra normalmente realizada conforme a

    figura a seguir.

    J a malha de terra composta pela combinao de hastes e condutores

    que tem tambm a funo de equalizar os potenciais na superfcie do terreno,

    controlando as tenses de passo e de contato em nveis suportveis ao corpo

    humano.

    A resistncia de aterramento no deve ser superior a 10 ohms a qualquer

    poca do ano, e no caso de atmosferas explosivas, essa resistncia no deve

    ser superior a 1ohm a qualquer poca do ano.

    A figura a seguir mostra as dimenses mnimas de eletrodos de

    aterramento de acordo com a NBR-5410.

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    2.6 Procedimentos para medio do aterramento

    A resistncia eltrica de um sistema de aterramento depende de dois

    fatores:

    A resistividade aparente do solo para aquela malha de terra

    especfica;

    A geometria e a forma que foram adotadas no projeto da malha

    de terra.

    Resistividade aparente do solo a resistividade vista por um particular

    sistema de aterramento.

    O solo composto por diversas camadas horizontais com formao

    geolgica diferente, e, naturalmente, resistividades distintas.

    Embora existam diversas camadas, para efeitos de modelagem,

    considera-se o solo estratificado em duas camadas, a partir da superfcie. A

    medio deve ser realizada aps a terraplanagem e depois de decorrido algum

    tempo para a estabilizao fsico-qumica do solo.

    A medio de terra realizada atravs do equipamento chamado

    terrmetro, utilizando hastes de aterramento auxiliares. Consiste em aplicar

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    uma tenso entre o sistema a ser medido e um terra auxiliar e medir a

    resistncia de terra at o ponto desejado. A figura a seguir esquematiza uma

    medio de aterramento utilizando o terrmetro.

    Caso o eletrotcnico no possua um terrmetro, ele ainda pode ter uma

    noo da qualidade do aterramento ligando uma lmpada a uma fase e haste

    de aterramento. Quanto maior a luminosidade apresentada pela lmpada,

    melhor ser a qualidade do aterramento. Essa montagem pode ser verificada

    na figura a seguir.

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    3 SPDA INDUSTRIAL

    3.1 Introduo e conceitos

    O SPDA (Sistema de Proteo contra Descarga Atmosfricas) um

    sistema completo destinado a proteger uma estrutura contra os efeitos das

    descargas atmosfricas. composto de um sistema externo e de um sistema

    interno de proteo.

    Sistema externo de proteo: consiste em subsistema de

    captores, subsistema de condutores de descida e subsistema de

    aterramento.

    Sistema interno de proteo: conjunto de dispositivos que

    reduzem os efeitos eltricos e magnticos da corrente de

    descarga atmosfrico dentro do volume a proteger (DPS

    Dispositivo de Proteo contra Surtos).

    O SPDA possui duas funes principais:

    Oferecer descarga atmosfrica um caminho preferencial terra,

    reduzindo os riscos de sua incidncias sobre as estruturas;

    Diminuir o crescimento da distribuio de potencial eltrico entre o

    solo e as nuvens, por meio do permanente escoamento de cargas

    do meio ambiente para a terra.

    Descarga atmosfrica: descarga eltrica de origem atmosfrica entre

    uma nuvem e a terra ou entre nuvens, consistindo em um ou mais impulsos de

    vrios kA.

    Raio: um dos impulsos eltricos de uma descarga atmosfrica para a

    terra.

    Relmpago: luz gerada pelo arco eltrico do raio.

    Trovo: rudo produzido pelo deslocamento do ar devido ao sbito

    aquecimento causado pela descarga do raio.

    Poder das pontas: refere-se propriedade das pontas metlicas de

    propiciar o escoamento das cargas eltricas para a atmosfera.

    3.2 Formao das descargas atmosfricas

    Pensando a nuvem como um imenso bipolo, em que as cargas positivas

    se situam na parte superior e as cargas negativas na parte inferior, a nuvem

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 29

    carregada induz no solo cargas positivas, que ocupam uma rea

    correspondente ao tamanho da nuvem. Como a nuvem arrastada pelo vento,

    a regio de cargas positivas no solo acompanha o deslocamento dela,

    formando uma forma de sombra de cargas positivas que seguem a nuvem.

    O bipolo possui uma altura de 10 a 15 quilmetros. A diferena de

    temperatura entre a base e o teto da nuvem provoca a formao de correntes

    ascendentes no centro da nuvem e descendentes nas bordas. Essas correntes

    de ar deslocando as partculas provocaria o atrito e consequente

    carregamento, formando o bipolo.

    Ocorre um raio quando a diferena de potencial entre a nuvem e a

    superfcie da terra ou entre duas nuvens suficiente para ionizar o ar. Os

    tomos do ar perdem alguns de seus eltrons, dando incio a uma corrente

    eltrica (descarga).

    3.3 Tipos de SPDA

    Edificaes em geral e linhas de transmisso devem ser protegidas

    contra a incidncia direta de raios. Os requisitos bsicos para a instalao de

    um SPDA depende do tipo de estrutura que se quer proteger.

    As estruturas consideradas comuns so as edificaes residenciais,

    comerciais e industriais com exceo de chamins. Os principais elementos

    utilizados num SPDA so:

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 30

    Captor: podem ser do tipo natural ou no natural. Captores

    naturais so aqueles elementos condutores potencialmente

    expostos a uma descarga atmosfrica, podemos citar como

    exemplo as estruturas metlicas constitudas por tanques e tubos

    com espessura mnima da parede de 0,5mm de ao galvanizado.

    Os captores no naturais so constitudos de elementos metlicos

    como uma haste condutora.

    Mastro ou haste: o suporte do captor do tipo Franklin, sendo

    constitudo de um tubo de cobre de comprimento entre 3 e 5

    metros e 55 milmetros de dimetro.

    Isolador: a base de fixao o mastro ou haste. Normalmente

    utilizado um isolador de porcelana vitrificada ou vidro temperado,

    para 10kV.

    Condutor de descida: o condutor metlico que faz a ligao

    entre o mastro ou captor e o eletrodo de terra.

    Aterramento: conjunto de eletrodos e cabos conectados que

    compem o sistema de ligao terra.

    A norma brasileira admite 3 modelos de proteo contra descargas

    atmosfricas: Mtodo de Franklin, Mtodo de Faraday e Modelo

    Eletrogeomtrico,

    Mtodo de Franklin: consiste em se determinar o volume de

    proteo propiciado por um cone, cujo ngulo da geratriz com a

    vertical varia segundo o nvel de proteo desejado e para uma

    determinada altura da construo. A tabela a seguir fornece o

    ngulo mximo de proteo para uma altura da construo no

    superior a 20 metros.

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 31

    (A) Aplicam-se somente os mtodos eletrogeomtrico, malha ou gaiola

    de Faraday.

    (B) - Aplica-se somente o mtodo da gaiola de Faraday.

    O Mtodo de Franklin indicado para aplicao em estruturas muito

    elevadas e de pouca rea horizontal, onde se podem utilizar uma pequena

    quantidade de captores, o que torna o projeto economicamente interessante.

    O clculo para instalao de pra-raios pelo Mtodo de Franklin comea

    com a verificao da zona de proteo. A proteo dada por um cone cujo

    vrtice corresponde extremidade superior do captor e cuja geratriz faz um

    ngulo com a vertical, propiciando um raio de base do cone de valor dado

    pela equao a seguir.

    Onde:

    Rp Raio da base do cone de proteo, em metros;

    Hc Altura da extremidade do captor, em metros;

    ngulo de proteo com a vertical, de acordo com a tabela de altura

    do captor. Se houver mais de um captor, pode-se acrescer 10 graus ao ngulo

    .

    O nmero de condutores de descida dado em funo do nvel de

    proteo desejado e do afastamento entre os condutores de descida.

    Onde:

    Ncd Nmero de condutores de descida;

    Pco Permetro da construo, em metros;

    Dcd Distncia entre os condutores de descida, conforme tabela a

    seguir.

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 32

    Mtodo de Faraday: consiste em envolver a parte superior da

    construo com uma mala captora de condutores eltricos nus,

    cuja distncia entre eles funo do nvel de proteo desejado.

    O comprimento do mdulo deve ser menor ou igual ao fator de

    multiplicao (normalmente 1,5) multiplicado pela largura do

    mdulo, que dada pela tabela a seguir, de acordo com o nvel

    de proteo.

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 33

    indicado para edificaes com altura relativamente baixa, porm

    com grande rea horizontal, no entanto, para edificaes com

    altura superior a 60 metros, obrigatrio o emprego do Mtodo de

    Faraday.

    Recomenda-se a instalao de captores de 50cm com distncia

    no superior a 8 metros entre captores. A figura a seguir mostra

    um exemplo de instalao completa do Mtodo de Faraday.

    Modelo Eletrogeomtrico: baseado na delimitao do volume de

    proteo dos captores de um Sistema de Proteo contra

    Descargas Atmosfricas, podendo ser utilizadas hastes, cabos ou

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 34

    mesmo uma combinao de ambos. empregado especialmente

    em estruturas de grande altura e/ou formas arquitetnicas

    complexas. Tambm conhecido como mtodo das esferas

    rolantes. Ao rolar a esfera fictcia sobre o solo e sobre o sistema

    de proteo se delimita a regio em que ela no toque, formando

    assim a zona protegida. O raio da esfera pode ser determinado a

    partir da equao a seguir.

    Onde:

    Re Raio da esfera (em metros)

    Imax Valor mximo da corrente de crista do primeiro raio

    negativo (em kA)

    Os valores do raio so limitados em funo do nvel de proteo

    desejado, conforme tabela a seguir.

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    Delirose Ramos Pgina 35

    4 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDSTRIA

    4.1 Tomadas eltricas

    Alm das tomadas universais 2P+T utilizadas tanto nos sistemas

    prediais quanto industriais, na indstria so muito utilizadas as tomadas com IP

    (grau de proteo) elevado, no apenas monofsicas, mas tambm trifsicas.

    4.2 Eletrodutos

    Os eletrodutos mais utilizados na rea industrial so os de PVC, os do

    tipo kanalex e os em ferro galvanizado.

    Eletroduto em PVC

    rgido

    Mais utilizados em

    instalaes aparentes

    ou subterrneas, em

    reas pouco

    propcias a choques

    mecnicos

    Kanalex Mais utilizados

    enterrados no cho,

    com ou sem

    envelopamento.

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 36

    Eletroduto em ferro

    galvanizado

    Utilizados de forma

    aparente,

    especialmente em

    instalaes

    industriais.

    Os eletrodutos rgidos so montados com o auxlio das caixas de

    ligao, que podem ser adquiridas de acordo com o tipo, dependendo da

    necessidade do projeto, conforme pode ser verificado a seguir.

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 37

    4.3 Leitos, eletrocalhas e perfilados

    Nos trechos em que passam grandes quantidades de cabos, uma

    soluo prtica e econmica a utilizao dos leitos e eletrocalhas. Podem

    ser utilizadas nas reas internas e externas, tanto em ambientes comerciais

    quanto industriais. Normalmente so galvanizadas a fogo, mas eventualmente

    podem ser em PVC.

    A NBR-5410 determina que a instalao s seja utilizada em

    estabelecimentos industriais ou comerciais em que a manuteno seja

    sistemtica e executada por pessoas advertidas ou qualificadas. Os cabos a

    serem colocados em prateleiras so isolados e com cobertura. Deve haver,

    acima do leito ou prateleira, espao suficiente para que sejam feitas a

    instalao e a manuteno dos cabos.

    Eletrocalha: via de regra, suportam menor peso do que os leitos

    para cabos, podem ser no formato U ou C, a figura a seguir

    mostra uma eletrocalha do tipo U.

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 38

    Leito: so utilizados quando necessrio que grande peso seja

    suportado. A figura a seguir mostra um leito para cabos.

    Acessrios: Para conexo de leitos e eletrocalhas, existem peas

    pr-fabricadas que auxiliam no processo. As figuras a seguir

    mostram algumas das peas utilizadas.

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 39

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 40

    4.4 Canaletas PVC

    Servem para organizar os cabos dentro dos quadros eltricos,

    disponveis em diversos tamanhos de largura e altura.

    4.5 Disjuntores

    Servem para proteo contra curto-circuito e sobrecarga.

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    Delirose Ramos Pgina 41

    4.6 Quadros de Distribuio

    Abrigam os alimentadores e demais componentes eltricos fora e

    comando.

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 42

    EXERCCIOS

    1) Assinale a opo correspondente a tipo ou material que no aceitvel

    como eletrodo de aterramento.

    a) Fita de cobre zincada

    b) Canalizao metlica de gua

    c) Haste de seo circular de ao zincada a quente ou inoxidvel

    d) Haste de seo circular de ao revestida de cobre p

    eletrodeposio

    e) Tubo de cobre nu

    2) Os dados nominais referentes potncia e fluxo luminoso de cinco

    lmpadas so mostrados na tabela a seguir.

    As duas lmpadas que apresentam as maiores eficincias luminosas,

    em lm/W, so

    a) I e IV

    b) I e V

    c) II e III

    d) II e IV

    e) III e V

    3) O fusvel tipo NH possui elevada capacidade de interrupo, sendo

    projetado para algumas faixas de corrente e apropriados para uso

    industrial. Para substituir esse fusvel com maior agilidade e segurana,

    apropriado utilizar:

    a) Chave de fenda

    b) Alicate de bico curvo

    c) Punho saca-fusvel

    d) Luva para extrao de fusvel

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 43

    e) Tarraxa universal

    4) Em relao aos disjuntores, analise as afirmativas abaixo:

    I Os disjuntores termomagnticos tm atuao pelo efeito trmico,

    caso o tipo de falha seja por curto-circuito;

    II Os disjuntores termomagnticos tm vantagens sobre os fusveis, na

    proteo contra curto-circuito, por no serem destrudos quando de uma

    atuao.

    III Os disparadores eletromagnticos dos disjuntores podem ser do

    tipo instantneo ou temporizado.

    IV Os disjuntores DR garantem a proteo contra choque eltrico,

    alm da proteo contra corrente de sobrecarga e de curto-circuito.

    Assinale,

    a) Se apenas as afirmativas II e IV esto corretas.

    b) Se apenas as afirmativas II, III e IV.

    c) Se apenas afirmativas I, II e III esto corretas.

    d) Se apenas as afirmativas III e IV esto corretas

    e) Se todas as afirmativas esto corretas.

    5) Para que o aterramento desempenhe satisfatoriamente a sua finalidade,

    necessrio que sua resistncia seja a menor possvel. No caso da

    resistncia desse aterramento apresentar valor elevado, preciso

    melhorar o aterramento baixando esse valor. Em relao aos processos

    utilizados para essa melhora, analise as afirmativas a seguir:

    I Aprofundamento da haste de aterramento

    II Tratamento do solo

    III Aumento da quantidade de hastes em paralelo

    IV Aumento da rea prpria das hastes de aterramento

    Assinale:

    a) Se apenas as afirmativas II e IV esto corretas

    b) Se apenas as afirmativas II, III e IV esto corretas

    c) Se apenas as afirmativas I, II e III esto corretas

    d) Se apenas as afirmativas III e IV esto corretas

    e) Se todas as afirmativas esto corretas

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    Delirose Ramos Pgina 44

    6) De acordo com a norma NBR-5410 Instalaes Eltricas em Baixa

    Tenso, assinale a alternativa que apresenta o tipo de aterramento que

    a figura a seguir ilustra:

    a) Esquema de aterramento TN-S

    b) Esquema de aterramento TN-C

    c) Esquema de aterramento TN-C-S

    d) Esquema de aterramento IT

    e) Esquema de aterramento TR

    7) O diagrama unifilar de acionamento de uma lmpada, ilustrado na figura

    a seguir, representa um:

    a) Acionamento via dois interruptores intermedirios e um paralelo

    b) Acionamento via dois interruptores paralelos e um intermedirio

    c) Acionamento via dois interruptores paralelos e um rel

    d) Acionamento por trs interruptores simples

    e) Acionamento por dois interruptores simples e um paralelo

    8) Existe um conceito de luminotcnica que exprime a relao entre a

    intensidade luminosa com a qual irradia, em uma direo determinada,

    uma superfcie elementar contendo um ponto dado e a rea aparente

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 45

    desta superfcia para uma direo considerada, quando esta rea tende

    para zero, sendo sua unidade expressa em candela por metro quadrado.

    Assinale a alternativa que apresenta corretamente o nome desse

    conceito:

    a) Luminncia

    b) Emitncia

    c) Fluxo Luminoso

    d) Eficincia Luminosa

    e) Intensidade Luminosa

    9) Qual o nvel de iluminamento mdio, segundo a NBR 5413, indicado

    para salas de aulas?

    a) 150 lux

    b) 200 lux

    c) 300 lux

    d) 350 lux

    e) 500 lux

    10)Um escritrio comercial apresenta os seguintes dados:

    - Comprimento do ambiente = 8 metros;

    - Largura do ambiente = 5 metros;

    - P direito do ambiente = 2,8 metros

    - Altura de suspenso da luminria = 0 metros;

    - Plano de trabalho visual = 0,8 metros;

    - Fluxo luminoso da lmpada fluorescente = 2.700 lm;

    - Fator de utilizao da luminria = 0,62;

    - Fator de perdas luminosas = 0,8.

    O nmero de luminrias para duas lmpadas fluorescentes necessrias

    para iluminar corretamente este ambiente :

    a) 4

    b) 6

    c) 8

    d) 10

    e) 12

    11)A norma tcnica brasileira que cuida da especificao dos sistemas de

    proteo contra descargas atmosfricas (SPDA) a:

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 46

    a) NBR-5413

    b) NBR-5410

    c) NBR-5415

    d) NBR-5419

    e) NBR-5440

    12)Com relao a sistemas de iluminao, assinale a alternativa correta:

    a) A lmpada multivapor metlica usada principalmente em

    iluminao de vias pblicas, possui um pssimo ndice de

    reproduo de cor

    b) A lmpada vapor de sdio de alta presso possui uma reproduo

    de cor melhor do que a lmpada vapor de mercrio

    c) A lmpada vapor de sdio de alta presso possui uma eficincia

    energtica melhor do que a lmpada vapor de mercrio

    d) A lmpada vapor de mercrio possui uma reproduo de cor

    melhor do que a lmpada multivapor metlica

    e) A lmpada mista a que apresenta a melhor eficincia energtica

    para iluminao de reas externas

    13)A norma brasileira fixa quantos nveis de proteo para os sistemas de

    proteo contra descargas atmosfricas (SPDA)?

    a) 1

    b) 2

    c) 3

    d) 4

    e) 5

    14)Qual o espaamento mdio para os condutores de descida no naturais

    para os sistemas de proteo contra descargas atmosfricas (SPDA),

    recomendado pela norma brasileira?

    a) 30

    b) 25

    c) 20

    d) 15

    e) 10

    15)Qual o tipo de lmpada mais adequada e eficiente para ser usada em

    projetos de iluminao de reas externas que exijam uma boa

    reproduo de cor?

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 47

    a) Vapor de sdio de alta presso

    b) Vapor de sdio de baixa presso

    c) Vapor multimetlica de alta presso

    d) Vapor multimetlica de baixa presso

    e) Fluorescentes eletrnicas

    16)Segundo a norma NBR-5410, a infraestrutura de aterramento em

    instalaes de baixa tenso admite o uso de eletrodos do tipo

    a) Hastes de seo circular de grafite com resistncia mecnica

    adequada

    b) Canalizaes metlicas de distribuio de gua

    c) Canalizaes metlicas de distribuio de GLP

    d) Armaduras metlicas embutidas no concreto das fundaes

    (armaduras de ao das estacas, dos blocos de fundao e vigas

    baldrames)

    e) Tubo de PVC, preenchido por soluo salina de alta densidade.

    17)De acordo com a NBR 5410, no que diz respeito a eletrodutos, a mesma

    veda o uso de produtos que sejam caracterizados por seus fabricantes

    como:

    a) Eletrodutos rgidos

    b) Eletrodutos flexveis

    c) Eletrocalhas

    d) Mangueiras

    18)Para programao de CLPs da atual gerao foram utilizados

    programas que contemplam escalonamento de tarefas e tratamento de

    interrupes, contudo, podemos afirmar que os programas mantm a

    caracterstica da linguagem de diagrama de:

    a) Sequncia

    b) Sensores

    c) Rels

    d) Transdutores

    19)Com relao a aspectos de automao eltrica correto afirmar que os

    CLPs:

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 48

    a) So dispositivos que, por meio da aplicao de programas

    dedicados, possibilitam alteraes rpidas na forma de operao

    das mquinas e equipamentos

    b) No substituem contactores e chaves comutadoras num processo

    de comando de mquinas

    c) So alimentados somente com tenso de corrente alternada

    d) Trabalham somente com memrias RAM, PROM e ROM

    20)De acordo com a NBR 5419, a menor seco para um condutor de cobre

    que faa parte de um sistema de aterramento de um SPDA deve ter a

    seguinte bitola:

    a) 25mm

    b) 35mm

    c) 50mm

    d) 70mm

    21)Conforme a norma NBR 5410/2004, as dimenses internas dos

    eletrodutos e respectivos acessrios de ligao devem permitir instalar e

    retirar facilmente os condutores, ou cabos, aps a instalao dos

    eletrodutos e acessrios. Para isso, necessrio que no haja trechos

    contnuos (sem interposio de caixas ou equipamentos), retilneos, de

    tubulao maiores que:

    a) 5m

    b) 10m

    c) 15m

    d) 20m

    22)De acordo com a norma NBR 5410:2004, a proteo contra

    sobretenses transitrias em linhas de energia deve ser feita pelos:

    a) dispositivos de proteo contra surtos (DPSs)

    b) fusveis

    c) disjuntores termomagnticos

    d) disjuntores diferenciais residuais (DRs)

    23)De acordo com a NBR 5419 Em relao Proteo de Estruturas

    Contra Descargas Atmosfricas correto afirmar:

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 49

    1- O sistema externo de proteo contra descargas atmosfricas composto pelos subsistemas: Captores, Condutores de descida e Aterramento. 2- Os captores podem ser formados pela combinao de hastes e cabos esticados. 3- Os pilares metlicos da estrutura podem ser utilizados como condutores de descida naturais. 4- Sistemas de aterramento distintos no devero ser interligados. O correto est em:

    a) 1, 2 e 3, apenas

    b) 2, 3 e 4, apenas

    c) 1 e 4, apenas

    d) 1, 2, 3 e 4

    24)De acordo com a NBR 5410:2004 os dispositivos capazes de prover,

    simultaneamente, proteo contra correntes de sobrecarga e correntes

    de curto-circuito so:

    a) Rels e Disjuntores

    b) Rels e Fusveis

    c) Chaves e Disjuntores

    d) Disjuntores e Fusveis

    25)Em relao ao dimensionamento da bitola dos condutores e o dispositivo

    de proteo de um circuito, sabemos que:

    IB Corrente de projeto do circuito. IZ Capacidade de conduo de corrente dos condutores. IN Corrente nominal do dispositivo de proteo. A fim de que se tenha a coordenao entre condutores e dispositivo de proteo correto afirmar:

    a) IN IB IZ

    b) IZ IB IN

    c) IB IN IZ

    d) IZ IN IB

    26)O mtodo de Wenner para leitura de resistividade do solo utiliza um

    terrmetro, no qual so conectados em seus terminais:

    a) 3 hastes de medio, sendo duas de corrente e uma de potencial

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 50

    b) 3 hastes de medio, sendo uma de corrente e duas de potencial

    c) 4 hastes de medio, sendo duas de corrente e duas de potencial

    d) 2 hastes de medio, sendo uma de corrente e uma de potencial

    27)Em relao a NBR 5410:2004, no que diz respeito ao condutor neutro,

    verdadeiro afirmar que o (a):

    a) condutor neutro pode ser comum at trs circuitos

    b) condutor neutro de um circuito monofsico deve ter a mesma

    seo do condutor fase

    c) seo do condutor neutro em circuitos trifsicos ser sempre

    metade da seo do condutor fase

    d) taxa de terceira harmnica e seus mltiplos no influenciam no

    dimensionamento do condutor neutro

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 51

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ABNT. NBR-5410: instalaes eltricas de baixa tenso. 2005.

    ABNT. NBR-5419: proteo de estruturas contra descargas

    atmosfricas. 2005.

    CAPELLI, Alexandre. Aterramento eltrico. Revista Saber Eletrnica, n

    329. 2000.

    COTRIM, Ademaro A. M. B. Instalaes eltricas. Editora Pearson:

    2003. 4 edio.

    CREDER, Hlio. Instalaes eltricas. Editora LTC: 2012. 15 edio

    ELEKTRO e PIRELLI. Instalaes eltricas residenciais. 2003

    KINDERMANN, Geraldo. CAMPAGNOLO, Jorge M. Aterramento

    eltrico. Clube dos Editores: 1995. 3 edio.

    LEGRAND. Catlogo de produtos e sistemas.

    LIMA Filho, Domingos Leite. Projetos de instalaes eltricas prediais.

    Editora rica: 2007. 11 edio.

    MAMEDE Filho, Joo. Instalaes eltricas industriais. Editora LTC:

    2007. 7 edio.

    MAMEDE Filho, Joo. Manual de equipamentos eltricos. Editora LTC:

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    MOPA. Catlogo de canais para fios e cabos.

    MORENO, Hilton. COSTA, Paulo F. Aterramento eltrico. PROCOBRE

    Instituto Brasileiro do Cobre.

    NISKIER, Julio. Manual de instalaes eltricas. Editora LTC: 2010.

    WETZEL. Catlogo de produtos.

    Fotos: acervo prprio.

  • APOSTILA DE INSTALAES ELTRICAS

    Delirose Ramos Pgina 52

    Questes: provas de concurso pblico para as reas de eletrotcnica e

    engenharia eltrica.