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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DO SUL DE MINAS GERAIS – CAMPUS MACHADO
Verônica Gleice de Oliveira
Misturas dos herbicidas haloxyfop e dicamba para o controle de
buva e capim-amargoso
MACHADO – MG
2019
Verônica Gleice de Oliveira
Mistura dos herbicidas haloxyfop e dicamba para o controle de
buva e capim-amargoso
Monografia apresentada ao IFSULDEMINAS,
como parte das exigências do Curso de
Agronomia para obtenção do título de Bacharel
em Agronomia.
Orientador: Saul Jorge Pinto de Carvalho
MACHADO – MG
2019
O52m Oliveira, Verônica Gleice de.
Mistura dos herbicidas haloxyfop e dicamba para o controle de buva e
capim-amargoso / Verônica Gleice de Oliveira. -- Machado: [s.n.],
2019.
37 p. : il.
Orientador: Prof. Saul Jorge Pinto de Carvalho .
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Campus
Machado.
Inclui bibliografia
1. Ervas daninhas - Controle. 2. Herbicidas. 3. Capim-amargoso.
4. Buva. I. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Sul de Minas Gerais - Campus Machado. II. Título.
CDD: 632.58
Verônica Gleice de Oliveira
Misturas dos herbicidas haloxyfop e dicamba para o controle de
buva e capim-amargoso
Aprovado no dia 10 de junho de 2019
Orientador:
Saul Jorge Pinto de Carvalho
Membros:
Dalilla Carvalho Rezende
Ivan Franco Caixeta
MACHADO – MG
2019
Monografia apresentada ao IFSULDEMINAS, como
parte das exigências do Curso de Agronomia para
obtenção do título de Bacharel em Agronomia.
DEDICATÓRIA
Aos meus pais e a minha avó pelo apoio.
AGRADECIMENTOS
A Deus por guiar o meu caminho.
Ao meu orientador Prof. Saul Jorge Pinto de Carvalho pela orientação, compreensão e
oportunidade de realizar este trabalho e por estar presente no desenvolvimento deste.
A todos que se dispuseram em me ajudar.
Aos integrantes do GAPE Matologia do IFSULDEMINAS – Campus Machado por todo
auxílio.
Aos professores do IFSULDEMINAS – Campus Machado pelos ensinamentos e contribuição
para a minha formação pessoal e profissional.
A disponibilização dos herbicidas para a realização deste trabalho.
RESUMO
Dentre os fatores que causam interferência na produção agrícola ocasionando prejuízos e
diminuindo a produtividade, encontram-se as plantas daninhas que competem com a cultura por
água, luz e nutrientes. Uma das formas de controle para as mesmas é o controle químico, com
destaque para o uso do glyphosate, entretanto a sua aplicação contínua durante muitos anos
ocasionou a seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes tal como capim-amargoso e
buva. Uma alternativa para manejo destas espécies é o uso da soja tolerante ao herbicida
dicamba. Aliado a isto, normalmente, ocorrem plantas daninhas de folhas estreitas e largas em
uma mesma área agrícola simultaneamente o que acarreta na prática da associação de herbicidas
em uma mesma aplicação para o controle de ambas as espécies. Entretanto, na literatura, há
relatos de que tal associação pode resultar em efeito antagônico. Assim sendo, este trabalho foi
realizado em casa-de-vegetação no IFSULDEMINAS, Campus Machado - MG, com o objetivo
de avaliar a eficácia e interação do herbicida haloxyfop em mistura com o herbicida dicamba
para o controle de uma espécie de planta daninha de folha estreita e outra espécie de folha larga,
no caso o capim-amargoso e a buva, respectivamente. Para tanto, foi realizado o experimento
em delineamento de blocos ao acaso, com cinco repetições por espécie sendo utilizado o
esquema fatorial 4x4, em que foram utilizadas quatro doses do herbicida dicamba (0, 120, 240,
480 g i.a. ha-1) e também quatro doses do herbicida haloxyfop (0, 15, 30, 60 g i.a. ha-1). Avaliou-
se o controle percentual aos 7, 14 e 28 DAA e matéria seca aos 28 DAA. A aplicação da mistura
de dicamba e haloxyfop sobre as plantas de capim-amargoso foi considerada aditiva para a
maioria dos tratamentos, entretanto foi constatado efeito antagônico em duas combinações de
dicamba e haloxyfop (120 + 15; e 480 + 15 g ha-1) aos 28 DAA. A mesma mistura aplicada
sobre as plantas de buva foi considerada aditiva na maioria das doses utilizadas, contudo
constatou-se sinergismo para os tratamentos com as maiores doses de dicamba (120, 240, 480
g ha-1) associada à menor dose de haloxyfop (15 g ha-1) e efeito antagônico para as maiores
doses de dicamba e haloxyfop (480 + 60 g ha-1), aos 28 DAA. Em uma área agrícola com a
presença das plantas daninhas buva e capim-amargoso, o uso dessa mistura pode ser uma
alternativa para o controle das mesmas.
Palavras-chave: capim-amargoso; buva; plantas daninhas; graminicida; auxínicos.
ABSTRACT
Weeds are among the factors that promote interferences on agricultural production, causing
damages and decreasing productivity. These plants may compete with crops by water, light and
nutrients. One of the ways of controlling weeds is chemical control, with emphasis on the use
of glyphosate, however its continuous application for several years has led to the selection of
resistant biotypes such as glyphosate-resistant sourgrass and hairy fleabane. An alternative for
management of these species is the use of soybean tolerant to dicamba herbicide. In addition to
this, weeds of broad and narrow leaves usually occur simultaneously in the same agricultural
area, which leads to the agricultural practice of herbicide mixtures for the same application to
control both species. However, in the literature, there are reports that such association may
result in antagonistic effects. Therefore, this work was carried out in a greenhouse at
IFSULDEMINAS, Machado Campus - MG, with the objective of evaluating the efficacy and
interaction of the herbicide haloxyfop in mixture with the herbicide dicamba, aiming to control
of a narrow leaf weed species and a broad leaf species, in this case sourgrass and hairy fleabane,
respectively. The experiment was carried out in a randomized complete block design, with five
replications per species using a 4x4 factorial scheme, in which four were the doses of the
herbicide dicamba (0, 120, 240, 480 g a.i. ha-1) and also four were the doses of the herbicide
haloxyfop (0, 15, 30, 60 g a.i. ha-1). Percentage control was evaluated at 7, 14 and 28 DAA and
dry matter at 28 DAA. The application of dicamba and haloxyfop mixtures on sourgrass plants
was considered additive for most treatments. However, antagonistic effects were observed in
two combinations of dicamba and the haloxyfop (120 + 15 and 480 + 15 g ha-1) at 28 DAA.
The same mixture applied on hairy fleabane plants was considered additive in the majority of
the doses, however synergism was observed for the treatments with the highest doses of
dicamba (120, 240, 480 g ha-1) associated to the lowest dose of haloxyfop (15 g ha-1). Also,
antagonistic effect was observed for combination of the highest doses of dicamba and haloxyfop
(480 + 60 g ha-1), at 28 (DAA). In agricultural areas with the presence of hairy fleabane and
sourgrass weeds, the use of this mixture may be an alternative of control.
Keywords: sourgrass; hairy fleabane; weeds; graminicides; auxinics.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 8
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 10
2.1 Problemática das plantas daninhas ..................................................................................... 10
2.1.1 Capim-amargoso .............................................................................................................. 10
2.1.2 Buva ................................................................................................................................. 11
2.1.3 Utilização de misturas de herbicidas ............................................................................... 13
2.1.4 Sinergismo, antagonismo e aditividade ........................................................................... 13
2.2 Os herbicidas ...................................................................................................................... 15
2.2.1 Haloxyfop-methyl ............................................................................................................ 15
2.2.2 Dicamba ........................................................................................................................... 15
3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 16
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 20
5. CONCLUSÕES .................................................................................................................... 30
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 31
8
1. INTRODUÇÃO
Os investimentos tecnológicos permitiram o rápido crescimento da agricultura,
contribuindo para a obtenção de altos índices de produtividade. Entretanto, vários fatores ainda
interferem de forma negativa na produtividade, sendo um destes, as plantas daninhas, que são
uma das preocupações na agricultura moderna (VASCONCELOS, SILVA e LIMA, 2012).
A ocorrência de um grande número de plantas daninhas ocasiona redução qualitativa e
quantitativa na produção agrícola. Estas podem causar interferência na cultura competindo por
recursos como nutrientes, luz e água, o que compromete o desenvolvimento e a produtividade
das culturas (GANDOLFO, 2014). Algumas espécies como capim-amargoso (Digitaria
insularis) e buva (Conyza spp.) possuem grande importância na agricultura devido a seleção de
biótipos resistentes ao principal herbicida recomendado, o glyphosate (HEAP, 2019).
Uma estratégia para o manejo de plantas daninhas encontra-se na introdução de culturas
com tolerância a herbicidas, com destaque para o uso da soja tolerante ao dicamba, com
lançamento previsto para os próximos anos. Desta forma, esse herbicida torna-se uma
alternativa para o manejo de plantas daninhas de folhas largas, como a buva, em lavouras de
soja. Considerando-se os muitos casos de buva resistente ao glyphosate, consequentemente o
uso deste herbicida terá grande utilidade na agricultura, sendo uma alternativa para o manejo.
Outra problemática nas áreas de produção agrícola, é o fato de que ocorrem espécies de
plantas daninhas de folhas estreitas e folhas largas simultaneamente. Desta forma o problema
para o controle destas espécies aumenta quando há presença de capim-amargoso juntamente
com plantas de folhas largas resistentes ou tolerantes ao glyphosate, tal como buva, caruru e
trapoeraba em uma mesma área agrícola (PINHO et al., 2019).
Sabe-se que para controlar espécies diferentes é necessária a aplicação de um
graminicida e um latifolicida, sendo a mistura de herbicidas em tanque a prática agrícola mais
adotada. A utilização de misturas de herbicidas é a principal alternativa para minimizar os
problemas de plantas daninhas resistentes aos herbicidas, entretanto as moléculas devem ser
eficazes no controle dessas espécies. Ainda, o uso de tal prática pode auxiliar na melhoria da
eficácia bem como amplo controle (PETERSON, 1999).
O uso da mistura de herbicidas em tanque ou uso de herbicidas com diferentes
mecanismos de ação aplicados isolados, auxilia em diminuir a pressão de seleção do surgimento
9
de biótipos resistentes, desta forma é uma importante ferramenta para manejar as plantas
daninhas na agricultura (ALONSO et al., 2013).
Quando é realizada uma mistura de herbicidas, pode-se resultar em três efeitos
possíveis. Se o valor da associação dos herbicidas for superior ao valor da soma das aplicações
isoladas, tem-se uma mistura sinérgica; se o valor de controle oriundo da mistura for menor do
que o valor esperado da soma das aplicações isoladas, tem-se uma mistura antagônica; e quando
não houver diferença, tem-se uma mistura aditiva (COLBY, 1967).
Relata-se que muitas vezes o uso de misturas não proporciona efeito satisfatório devido
a esse antagonismo das moléculas, com isso são importantes estudos sobre a possível
combinação de herbicidas a fim de que se proponham novas alternativas para o controle de
espécies prejudiciais à produção agrícola.
Desta forma, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a eficácia e a interação
de misturas dos herbicidas haloxyfop e dicamba para controle de buva e capim-amargoso.
10
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Problemática das plantas daninhas
As plantas daninhas são denominadas como plantas que crescem espontaneamente em
áreas onde há atividade humana, sendo que estas acarretam em prejuízo à atividade agrícola
(CARVALHO, 2013).
As plantas daninhas presentes em áreas cultivadas são um dos fatores que influenciam
no processo de produção, as mesmas competem por recursos como água, luz e nutrientes, além
de serem hospedeiras de pragas e doenças, e proporcionarem interferência na colheita
(CONSTANTIN et al., 2011). Todavia, a problemática com plantas daninhas vai além da
competição, pois ocorrem biótipos resistentes em áreas agrícolas o que aumenta os custos de
controle (ADEGAS et al., 2017).
Nas áreas cultivadas, a presença de plantas daninhas implica em adoção de controle e o
mais utilizado é o controle químico com herbicidas (CAMPOS et al., 2012). Esse método se
destaca pela facilidade e rapidez, entretanto, o controle satisfatório por meio da aplicação de
herbicidas depende da identificação das espécies a serem controladas, bem como da época
adequada de aplicação (DUARTE, SILVA e DEUBER, 2007).
2.1.1 Capim-amargoso
O capim-amargoso (Digitaria insularis (L.) Fedde) é uma planta daninha nativa de
regiões tropicais e subtropicais da América, sendo que o mesmo é mais encontrado nas
pastagens, lavouras de café e também na beira de estradas e terrenos baldios (MACHADO et
al., 2008). Ainda este é conhecido popularmente no Brasil como: capim-açú, capim-pororó,
capim-flecha e milheto-gigante (GEMELLI et al., 2012).
É uma planta daninha perene de porte herbáceo e ereto, com colmos estriados entre 0,5
e 1,00 m de altura; outra característica desta espécie está no fato de que a mesma forma touceiras
proveniente de curtos rizomas (CORREIA, LEITE e GARCIA, 2010).
Após o advento do sistema de plantio direto, o capim-amargoso ganhou grande
importância dentro do cenário agrícola brasileiro, principalmente por suas características de
11
agressividade (GEMELLI, 2013). No Brasil, o capim-amargoso tornou-se umas das plantas
daninhas mais prejudiciais na cultura do milho e da soja, tanto na primeira quanto na segunda
safra (ZOBIOLE et al., 2016). Em lavouras de soja, esta é uma das espécies de planta daninha
que possui grande importância pelo fato da dificuldade de controle químico, hábito de
crescimento, adaptação edafo-climática, bem como na facilidade de dispersão de sementes
(ADEGAS et al., 2010).
O fato dessa espécie formar rizomas que possuem amido, que é uma fonte de reserva,
permite a rebrota e dificulta a translocação do herbicida (MACHADO et al., 2008). Nas áreas
em que se faz o uso seguido ou contínuo de glyphosate, constata-se que plantas oriundas de
sementes são mais facilmente controladas do que quando ocorre a formação de rizomas, os
quais dificultam o seu controle (MACHADO et al., 2006). Para o controle de capim-amargoso
há poucas opções de herbicidas, no caso, a utilização de herbicidas de contato não possui
adequada eficácia devido à formação de touceiras, assim o herbicida não atinge as raízes, o que
viabiliza a rebrota (BARROSO et al., 2014).
Os casos de aumento de plantas daninhas resistentes a herbicidas são problemas que
crescem em diversos países, dentre algumas destas ressaltam-se os biótipos de capim-amargoso
resistentes ao glyphosate (LICORINI et al., 2015). O primeiro caso de capim-amargoso
resistente ao herbicida glyphosate foi relatado no ano de 2005 no Paraguai em lavouras de
milho, algodão, soja e girassol. Posteriormente, no Brasil, em 2008 e 2016, foram relatados
biótipos com resistência ao glyphosate e aos herbicidas inibidores da ACCase (fenoxaprop e
haloxyfop), respectivamente (HEAP, 2019).
Baseado nisso, com a ocorrência de biótipos resistentes ao glyphosate, o manejo para o
capim-amargoso nas áreas agrícolas fundamenta-se na aplicação dos herbicidas inibidores da
ACCase, como por exemplo o clethodim e o haloxyfop (SILVA, 2017).
2.1.2 Buva
É uma planta daninha que pertence ao gênero Conyza, dentre as espécies que têm maior
importância para agricultura brasileira destacam-se Conyza bonariensis (L.) Cronquist, Conyza
canadensis (L.) Cronquist e Conyza sumatrensis (L) Cronquist. Caracterizam-se por serem
plantas anuais, que produzem grande quantidade de sementes. Necessitam de luz para germinar,
12
sendo assim, em áreas de pousio há melhores condições para germinação e desenvolvimento
(GAZZIERO et al., 2015).
As sementes dessas espécies são transportadas pelo vento com facilidade, por
consistirem de uma pluma muito leve, e ainda possuem grande capacidade produtiva (OSIPE
et al., 2010). Todas as espécies de buva produzem um grande número de sementes que podem
chegar até 200.000 por planta (SANSOM et al., 2013).
No Brasil, é considerada umas das principais plantas daninhas na cultura da soja em
razão da adaptabilidade em sistemas conservacionistas do solo, bem como a grande produção
de sementes que são dispersas pela água e vento com facilidade (LEAL, 2018).
As espécies de Conyza tem causado graves prejuízos nas culturas agrícolas, devido à
importância ocasionada pela seleção de biótipos resistentes a múltiplos modos de ação (BRAZ
et al., 2017). Sendo a ocorrência de eventos de resistência a herbicidas ocasionada devido às
práticas culturais inadequadas, como por exemplo a incompatibilidade entre o período da
aplicação e o estádio fenológico da cultura, aplicação sob condições meteorológicas que não
são viáveis o que leva a diminuição da eficácia dos produtos (KARAM et al., 2010).
No Brasil, no ano de 2005, teve-se o primeiro relato de resistência da espécie C.
bonariensis ao herbicida glyphosate em áreas com milho, soja e trigo. Já para espécie C.
canadensis foi detectada resistência em pomares e lavouras de soja (HEAP, 2019).
As aplicações contínuas de glyphosate em áreas produtoras de citros contribuíram para
seleção de biótipos com resistência. Moreira et al. (2007) detectaram biótipos de C. canadensis
e C. bonariensis oriundos de áreas produtoras de laranja no estado de São Paulo, com suspeita
de resistência, a qual foi comprovada para o herbicida glyphosate.
Desta forma, em razão das dificuldades de controle químico e da seleção de biótipos
resistentes a herbicidas, o manejo para a espécie baseia-se em diversas práticas tais como,
aumento da intensidade de manejo do solo e rotação de culturas, uso de herbicidas de diferentes
mecanismos de ação que colaboram para evitar a seleção de novos biótipos com resistência para
outros mecanismos, bem como o uso de misturas de herbicidas (LAZAROTO, FLECK e
VIDAL, 2008).
13
2.1.3 Utilização de misturas de herbicidas
Normalmente, no sistema de plantio direto, ocorre o uso de dois ou mais tipos de produtos,
popularmente conhecidas como misturas, com o principal intuito de reduzir o número de
pulverizações, sendo feitas aplicações de herbicidas de ação total e residuais de uma só vez
(VIDAL et al., 2003).
O uso de um herbicida graminicida de forma isolada é ideal para áreas em que apenas
ocorre infestação de plantas daninhas gramíneas, o que dificilmente ocorre nas áreas agrícolas.
Desse modo, uma das estratégias é a associação de herbicidas graminicidas juntamente a outros,
tal como o glyphosate (MELO et al., 2017).
A mistura de herbicidas em tanque é uma prática bastante utilizada em razão de diversas
vantagens como, o aumento de espécies de plantas daninhas controladas, redução do custo para
pulverização, alternativa da redução da dose recomendada, sendo que a mesma permite a
diminuição de resíduos no solo bem como a toxicidade à cultura (MACHADO et al., 2006). A
mistura de dois ou mais herbicidas colabora para um sistema de produção eficiente quando em
comparação com aplicação sequencial de herbicidas (SCHERDER, TALBERT e LOVELACE,
2005).
A prática da mistura em tanque pode resultar em efeito sinérgico, antagônico ou aditivo
quando comparado ao efeito do produto fitossanitário aplicado de forma isolada (GAZZIERO,
2015). Ainda, o mesmo autor, ressalta que são escassas informações sobre a forma como os
agrotóxicos são misturados, o que pode proporcionar vantagens e desvantagens em
pulverizações agrícolas.
2.1.4 Sinergismo, antagonismo e aditividade
A interação dos herbicidas e também de outros químicos pode acontecer tanto fora
quanto no interior da planta, seja antes ou depois da aplicação, visto que os herbicidas podem
interagir com outros químicos aplicados ou ainda com moléculas residuais presentes no
momento da aplicação (FIGUEIREDO, 2015).
As interações de herbicidas são geralmente classificadas como aditiva, antagônica e
sinérgica. A mistura aditiva é o efeito de dois herbicidas aplicados em combinação, e a resposta
14
da planta é proporcional quando se utiliza apenas um herbicida; se a resposta da planta é menor
do que quando se aplica o herbicida isolado, trata-se de uma mistura antagônica; enquanto que
o sinergismo é o efeito combinado de dois herbicidas aplicados que resulta em maior controle
do que o obtido com o uso do herbicida isolado (KALAICHELVI, SWAMINATHAN e
RAMAMOORTHY, 2009).
O efeito aditivo é verificado com a adição do herbicida 2,4-D ao glyphosate para o
controle de corda-de-viola com aproximadamente 4 a 6 folhas (TAKANO et al., 2013).
Já a interação sinérgica é relatada por meio do uso da mistura dos herbicidas
carfentrazone associado ao glyphosate visando o controle de trapoeraba (Commelina
benghalensis) visto que o uso desses herbicidas aplicados de forma isolada acarretou em menor
controle para a espécie (MARTINS et al., 2012).
Nas áreas agrícolas, normalmente observa-se a presença de plantas daninhas de folhas
largas e gramíneas simultaneamente, sendo assim os agricultores utilizam de herbicidas
inibidores da enzima acetil-CoA carboxilase (ACCase) em mistura com os herbicidas
latifolicidas, tal como os mimetizadores das auxinas (PEREIRA, ZOBIOLE e ROSSI, 2018).
Geralmente, associações de graminicidas com latifolicidas resultam em antagonismo,
como é o caso de efeito antagônico do 2,4-D quando em mistura com herbicidas inibidores da
ACCase. Ainda, há relatos sobre o antagonismo de graminicidas aplicados em pós-emergência
com outros herbicidas latifolicidas (como sethoxydim ou fluazifop com bentazon ou
acifluorfen) ocasionando redução de controle percentual sobre plantas daninhas gramíneas
(OLIVEIRA JUNIOR, 2011).
Trezzi et al. (2007) constataram que o uso da mistura do graminicida clodinafop-
propargyl (40 e 50 g ha-1) com o latifolicida metsulfuron-methyl reduziu o nível de controle de
azevém, causando redução da eficácia em comparação às aplicações isoladas de clodinafop-
propargyl.
15
2.2 Os herbicidas
2.2.1 Haloxyfop-methyl
O haloxyfop-methyl é um herbicida graminicida, inibidor da ACCase, empregado em
pós-emergência nas culturas de soja, algodão e feijão, entretanto com limitação em não usar em
mistura em tanque com produtos à base de 2,4-D, pois há relatos de antagonismo. Este é
absorvido pela planta através das folhas e raízes, sendo translocado pelo simplasto, com
acumulação do herbicida nos tecidos meristemáticos (RODRIGUES e ALMEIDA, 2011).
Os herbicidas inibidores da ACCase são divididos em dois grupos, os
ariloxifenoxipropionatos (FOPs e PROPs) e ciclohexanodionas (DIMs), ambos inibem a síntese
de ácidos graxos, desta maneira não ocorre a formação de lipídios. Quando os herbicidas são
absorvidos pela folha ocorre a sua translocação para os pontos de crescimento através do
floema, assim o crescimento dos meristemas da parte aérea e radicular é interrompido. Desta
forma, surgem pontos cloróticos nas folhas que posteriormente levarão à necrose total da planta
(ROMAN et al., 2007).
2.2.2 Dicamba
O dicamba é um herbicida do grupo químico ácido benzóico, da classe dos reguladores
de crescimento, auxinas sintéticas ou ainda denominado também de herbicida mimetizador de
auxina. Quando este é aplicado, o primeiro sintoma observado nas plantas de folhas largas é a
epinastia de folhas e pecíolos. Com o decorrer do tempo outras funções metabólicas são
afetadas, desta forma há o aparecimento de outros sintomas tais como, deformações nas
nervuras e também no limbo foliar, paralisação do crescimento bem como o engrossamento de
raízes, sendo que a morte das plantas suscetíveis acontece de forma lenta, normalmente entre 3
a 5 semanas após a aplicação (OLIVEIRA JUNIOR, 2011).
O dicamba é um produto que tem ganhado importância devido ser uma alternativa no
controle de certas plantas daninhas resistentes ao glyphosate como, por exemplo, a Conyza spp.,
no controle de outras plantas problemáticas ao agroecossistema e por possuir poucos casos de
plantas resistentes ao seu mecanismo de ação (SANTOS, 2017).
16
3. MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho foi desenvolvido em casa-de-vegetação no Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, campus Machado MG (21° 40’ S; 45° 55’ W;
850 m de altitude). Dois experimentos foram desenvolvidos entre setembro e dezembro de
2018, utilizando uma planta daninha de folha estreita e outra de folha larga, capim-amargoso
(Digitaria insularis) e buva (Conyza spp.), respectivamente. As sementes destas foram
coletadas em área do próprio campus e armazenadas em saco de papel, em local seco à
temperatura ambiente, até a instalação dos experimentos.
No laboratório de Grandes Culturas, no dia 12 de setembro de 2018, as sementes foram
distribuídas em bandejas plásticas preenchidas com substrato comercial, e posteriormente
levadas para casa-de-vegetação a fim de aguardar a germinação. Após a emergência das
plântulas, em estádio fenológico de uma folha plenamente expandida para o capim amargoso
(monocotiledônea) e presença das folhas cotiledonares para a buva (dicotiledônea), as mesmas
foram transplantadas para os vasos de 1L onde permaneceram até o final do experimento com
aproximadamente cinco plantas por vaso. Os vasos foram preenchidos com a mistura de
substrato comercial, terra argilosa peneirada, esterco e vermiculita na proporção de 4:2:1:1,
devidamente fertilizados, em seguida, foram alocados em casa-de-vegetação até o final do
experimento (Figuras 1 e 2).
Avaliaram-se a eficácia e interação da mistura de herbicidas haloxyfop e dicamba, para
tanto foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso com cinco repetições, em
esquema fatorial (4 x 4), em que cada vaso foi uma parcela. Foram utilizadas quatro doses do
herbicida haloxyfop, (0, 15, 30, 60 g i.a. ha-1), e quatro doses do herbicida dicamba (0, 120,
240, 480 g i.a. ha-1) com a adição do adjuvante Assist, desta forma por meio do esquema fatorial,
obtiveram-se 16 tratamentos herbicidas (Figura 3) e 80 parcelas, para cada espécie de planta
daninha.
Aos 30 dias após o transplante, foram realizadas as pulverizações dos tratamentos
herbicidas com as diferentes doses dos herbicidas dicamba e haloxyfop, sobre as plantas em
estádio de perfilhamento para a espécie capim-amargoso e com aproximadamente seis folhas
para a buva. Para realizar as aplicações, foi utilizado um pulverizador costal de precisão,
pressurizado por CO2, acoplado a barra com duas pontas do tipo 110.02 TTI, com um consumo
relativo de calda de 200 L ha-1, o qual foi posicionado a 0,50 m das plantas (Figura 4). Um dos
herbicidas utilizados foi o dicamba, em razão disso foi colocada uma proteção para que o
17
mesmo não viesse a causar danos sobre outras plantas próximas a casa-de-vegetação devido a
sua volatilidade.
Figura 1. Vasos com plantas de buva (Conyza spp.). Machado – MG, 2018.
Figura 2. Vasos com plantas de capim-amargoso (Digitaria insularis). Machado – MG, 2018.
18
Figura 3. Misturas dos tratamentos herbicidas. Machado - MG, 2018.
Figura 4. Aplicação realizada com pulverizador costal de precisão em plantas de buva (Conyza
spp.) e capim-amargoso (Digitaria insularis). Machado - MG, 2018.
19
Foram realizadas avaliações de controle percentual aos 7, 14 e 28 dias após a aplicação
(DAA). Para as avaliações de controle, foi utilizado o método proposto pela Sociedade
Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD, 1995) que sugere escala percentual em
que foi atribuído 0% quando houve ausência de sintomas, ou seja, nenhum efeito de dano do
herbicida sobre as plantas e 100% para o controle total, ou seja, a morte das plantas.
Após a última avaliação, aos 28 DAA, foi colhida a massa vegetal da parte aérea das
plantas, proveniente do material vegetal remanescente, sendo as mesmas acondicionadas em
embalagem de papel. Posteriormente, foram levadas para secagem em estufa a 70°C por 72
horas no laboratório de Grandes Culturas e, posteriormente, pesadas para avaliação de massa
seca vegetal.
Os dados coletados foram submetidos a análise de variância por meio da aplicação do
teste F, seguido do teste de Scott-Knott, com 5% de significância. Para a detecção do efeito e
interação das misturas de dicamba e haloxyfop aos 7, 14 e 28 dias após a pulverização, foi
realizada a análise de antagonismo e sinergia baseada no modelo proposto por Colby (1967).
Foram calculados os dados esperados, seguido da comparação dos valores observados e
esperados por meio da DMS do teste ‘t’, com 5% de significância.
𝐸 = 100 − (100 − 𝑋) ∗ (100 − 𝑌)
100
Em que: X, Y referem-se a porcentagem de controle ou redução do crescimento ocasionado
pela aplicação dos herbicidas de forma isolada; e E refere-se ao controle ou redução de
crescimento esperado pela mistura dos herbicidas (BARROSO et al., 2014). Se o valor de
controle oriundo da mistura for menor do que o valor esperado da soma das aplicações isoladas,
tem-se uma mistura antagônica; se o valor da associação dos herbicidas for superior ao valor
da soma das aplicações isoladas, tem-se uma mistura sinérgica; quando não houver diferença,
tem-se uma mistura aditiva.
20
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Considerando a espécie capim-amargoso, na Tabela 1 estão apresentados os resultados
das avaliações de controle percentual aos 7, 14 e 28 DAA. A análise da variância foi
significativa para a interação fatorial das misturas aos 7 DAA. O controle de capim-amargoso
aos 7 DAA variou entre 29 e 52%, sendo constatada a interação fatorial das misturas de dicamba
e haloxyfop (Tabela 1), o que não é observado para as demais avaliações de controle percentual
aos 14 e 28 DAA, em que não houve interação fatorial para a mistura.
Na avaliação de controle percentual aos 7 DAA, houve diferenças de controle para o
capim-amargoso sendo que a adição de haloxyfop com doses a partir de 30 g ha-1 aumentou o
controle da espécie. O herbicida haloxyfop é um herbicida usado para o controle de plantas
daninhas de folhas estreitas na pós-emergência, assim sendo observa-se que o uso de doses a
partir de 30 g ha-1 (Tabela 1) resultou em maior controle aos 7 DAA.
Na avaliação aos 14 DAA, não se constata interação, evidencia-se apenas o efeito de
diferentes doses do herbicida dicamba e haloxyfop, no qual há melhor controle para a espécie
com doses a partir de 120 g ha-1 de dicamba e com o uso da maior dose do graminicida (Tabela
1). Na avaliação aos 28 DAA, também não foi identificada interação da mistura. Neste caso,
tem-se a estabilização dos resultados e somente efeito das diferentes doses do herbicida
haloxyfop, em que o uso de haloxyfop garantiu o controle da espécie (Tabela 1).
Ainda, em todas as avaliações de controle, denota-se que o uso do herbicida dicamba
aplicado isolado sobre as plantas de capim-amargoso não ocasionou controle, em nenhuma das
doses utilizadas, assim sendo evidencia-se que este produto não controla a espécie, já que o
mesmo é destinado para o controle de plantas daninhas de folhas largas. Segundo Oliveira
Junior (2011), a tolerância das gramíneas aos herbicidas desse mecanismo de ação se dá por
limitação da translocação pelo floema devido à presença de estruturas anatômicas como nós e
meristema intercalar.
Na avaliação de massa seca aos 28 DAA, não foi observada interação da mistura, o que
evidencia então somente o efeito da utilização do herbicida haloxyfop. Sendo que o uso de
haloxyfop é que ocasiona o controle para a espécie em qualquer dose utilizada.
21
Tabela 1. Controle percentual1 do capim-amargoso (Digitaria insularis) após pulverização de
diferentes doses dos herbicidas dicamba e haloxyfop, isolados ou em mistura, avaliado aos 7,
14 e 28 dias após aplicação (DAA). Machado - MG, 2018.
Dicamba
(g ha-1)
Haloxyfop1 (g ha-1)
0 15 30 60 Média
Avaliação de controle realizada aos 7 dias após aplicação
0 0,0 A b 30,0 B a 29,0 B a 33,0 C a 23,0
120 0,0 A c 31,0 B b 45,0 A a 42,0 B a 29,5
240 0,0 A b 39,0 A a 42,0 A a 46,0 B a 31,8
480 0,0 A c 38,0 A b 46,0 A a 52,0 A a 34,0
Média 0,0 34,5 40,5 43,3 ---
CV = 15,98 Fint = 4,247* Fdic = 20,182* Fhlf = 360,126*
Avaliação de controle realizada aos 14 dias após aplicação
0 0,0 46,0 47,0 69,0 40,5 B
120 0,0 48,6 69,0 72,0 47,4 A
240 0,0 53,0 69,0 79,0 50,3 A
480 0,0 52,6 74,0 83,0 52,4 A
Média 0,0 d 50,1 c 64,8 b 75,8 a ---
CV = 18,53 Fint = 1,935ns Fdic = 6,892* Fhlf = 287,481*
Avaliação de controle realizada aos 28 dias após aplicação
0 0,0 96,2 98,6 99,8 73,7
120 0,0 89,0 100,0 99,8 72,2
240 0,0 94,4 99,6 100,0 73,5
480 0,0 91,4 100,0 99,8 72,8
Média 0,0 b 92,8 a 99,9 a 99,9 a ---
CV = 5,19 Fint = 1,023ns Fdic = 0,625ns Fhlf = 3.313,376*
Avaliação de Massa Seca2 realizada aos 28 dias após aplicação
0 6,78 1,43 1,83 1,33 2,85
120 5,24 1,54 1,25 1,00 2,26
240 5,87 1,52 1,46 1,45 2,58
480 6,13 1,32 1,01 1,11 2,39
Média 6,01 b 1,45 a 1,39 a 1,22 a ---
CV = 15,19 Fint = 0,346ns Fdic = 1,087ns Fhlf = 75,773*
1Médias seguidas por letras iguais, maiúsculas nas colunas e minúsculas nas linhas, não diferem entre si segundo
teste de Scott-Knott, com 5% de significância; 2Dados originais apresentados, porém previamente transformados
por √𝑥 + 1; *Significativo ao teste F, com 1% de significância; nsTeste F não significativo.
22
Aos 7 DAA houve efeito sinérgico da mistura, exceto para o tratamento dicamba +
haloxyfop (120 + 15 g ha-1) no qual constatou-se efeito aditivo.
Aos 14 (DAA), houve menor ocorrência de efeito sinérgico da mistura, sendo
constatado para os tratamentos que envolveram a dose média de haloxyfop (30 g ha-1) e também
para o tratamento dicamba + haloxyfop (480 + 60 g ha-1), para os demais tratamentos constatou-
se o efeito aditivo. Ao analisar o efeito da mistura aos 28 DAA, dentre as nove combinações
estudadas, sete foram avaliadas como aditivas e apenas duas como antagônicas, ambas
envolvendo a menor dose de haloxyfop (15 g ha-1).
Tabela 2. Análise da interação das misturas de dicamba e haloxyfop aos 7, 14 e 28 dias após
pulverização sobre o capim-amargoso (Digitaria insularis). Machado - MG, 2018
Dicamba
(g ha-1)
Haloxyfop (g ha-1)
15 30 60
Obs.1 Esp.2 Int.3 Obs.1 Esp.2 Int.3 Obs.1 Esp.2 Int.3
Análise das misturas aos 7 dias após aplicação - DMSt = 5,97
120 31,0 30,0 = 45,0 29,0 + 42,0 33,0 +
240 39,0 30,0 + 42,0 29,0 + 46,0 33,0 +
480 38,0 30,0 + 46,0 29,0 + 52,0 33,0 +
Análise das misturas aos 14 dias após aplicação - DMSt = 11,16
120 48,6 46,0 = 69,0 47,0 + 72,0 69,0 =
240 53,0 46,0 = 69,0 47,0 + 79,0 69,0 =
480 52,6 46,0 = 74,0 47,0 + 83,0 69,0 +
Análise das misturas aos 28 dias após aplicação - DMSt = 4,79
120 89,0 96,2 - 100,0 98,6 = 99,8 99,8 =
240 94,4 96,2 = 99,6 98,6 = 100,0 99,8 =
480 91,4 96,2 - 100,0 98,6 = 99,8 99,8 =
1Valores observados; 2Valores esperados; 3Análise da interação, considerando-se teste 't' aplicado com 5% de
significância, em que (+) diz respeito à mistura sinérgica, (=) diz respeito à mistura aditiva e (-) diz respeito à
mistura antagônica.
23
Resultados com interação negativa de um graminicida associado ao latifolicida são
comuns na literatura. Pereira, Zobiole e Rossi (2018) comentam que o uso da associação de
haloxyfop + glyphosate com os herbicidas auxínicos 2,4-D e dicamba ocasionou redução do
controle de capim-amargoso, quando comparado aos tratamentos haloxyfop + glyphosate,
haloxyfop + glyphosate + halauxifen + diclosulam, haloxyfop + glyphosate + halauxifen;
haloxyfop + glyphosate + diclosulam que não tinham esses dois herbicidas auxínicos na
mistura.
Osipe (2015) estudando a mistura de herbicidas inibidores da ACCase com os herbicidas
auxínicos em área agrícola com a presença de buva e capim-amargoso, também relatou
antagonismo em avaliação de controle aos 35 DAA para alguns tratamentos, tal como verificado
para a mistura dicamba + quizalofop, 2,4-D + clethodim e 2,4-D + quizalofop, para o controle
de capim-amargoso.
Aos 28 DAA é possível inferir que com o aumento da dose do haloxyfop não foi
verificado o antagonismo, neste caso pode ser observado o efeito aditivo da mistura, tal como
verificado para os tratamentos com doses a partir de 30 g ha-1 de haloxyfop (Tabela 2).
Em trabalho realizado por Underwood et al. (2016) com a combinação do dicamba aos
herbicidas quizalofop e clethodim para o controle de milho voluntário, o uso da mistura de
dicamba (300 g ha-1) com quizalofop-p-etil (24 g ha-1) teve efeito de antagonismo, contudo com
o aumento da dose de quizalofop-p-etil (36 g ha-1) não ocorreu efeito antagônico, assim o
aumento da dose do graminicida contribui para a diminuição do efeito negativo na mistura.
Desta forma, na avaliação inicial para capim-amargoso foi observado para alguns
tratamentos efeito sinérgico da mistura, posteriormente para esta espécie em avaliação mais
avançada houve diminuição da ocorrência desse efeito, culminado na avaliação final em efeito
antagônico para dois tratamentos em que foi utilizada a menor dose do haloxyfop, ou seja,
quando mistura-se herbicida auxínico ao graminicida, pode ocorrer o antagonismo para
algumas misturas nas menores doses (Tabela 2).
A ocorrência de antagonismo em misturas de herbicidas, ocorre com maior frequência
com o uso de herbicidas que são de diferentes grupos químicos. Esses herbicidas têm estrutura
química diferente, mecanismo de ação diferente, agindo em diferentes rotas metabólicas. A
interação antagônica de herbicidas graminicidas e latifolicidas possivelmente é devido as
diferenças morfológicas e fisiológicas entre plantas daninhas gramíneas e de folhas largas
(DAMALAS, 2004).
A mudança de interação de sinergismo em avaliação inicial para diminuição de
ocorrência desse efeito foi observada em trabalho realizado por Barroso et al. (2014), com a
24
mistura de glyphosate em associação com graminicida sethoxydim para o controle de capim-
amargoso, em que houve efeito sinérgico em estádio inicial, e posteriormente foi detectado
efeito antagônico para o controle da espécie.
Desta forma, dentre as 27 combinações avaliadas, incluindo-se 7, 14 e 28 DAA (Figura
5), foram constatadas 12 misturas sinérgicas, 13 misturas aditivas e somente 2 antagônicas, com
destaque para o efeito sinérgico no início das avaliações (7 DAA), que foi desaparecendo ao
longo do experimento. Em geral, a combinação de dicamba e haloxyfop alcançou adequado
controle do capim-amargoso sem prejuízo à eficácia, sobretudo nas doses comerciais (mais
altas) (Tabela 2).
Quando ocorre o efeito sinérgico em uma mistura de herbicidas, os fundamentos para
essa ocorrência são devido a alguns fatores como: o aumento da penetração foliar dos herbicidas
aplicados em pós-emergência, aumento da translocação, interações dos mecanismos de ação
(SILVA et al., 2007).
Geralmente, o efeito sinérgico é resultante de quando realiza a mistura de dois
herbicidas, sendo no caso com diferentes mecanismos de ação, em que ocorre uma
complementação de ambos os herbicidas, desta forma um herbicida facilita a ação física ou
bioquímica do outro (AGOSTINETO et al., 2016; MATTHEWS, 1994).
Figura 5. Combinações avaliadas para o controle percentual de capim-amargoso (Digitaria
insularis) aos 28 (DAA). Machado - MG, 2018.
25
Considerando a espécie buva, na Tabela 3 estão apresentados os resultados das
avaliações de controle percentual aos 7, 14 e 28 DAA. Na avaliação aos 7 e 14 DAA não houve
interação da mistura de herbicidas, neste caso tem-se apenas o efeito das diferentes doses do
herbicida dicamba, em que o uso da maior dose 480 g ha-1 ocasionou maior controle.
Ao considerar a avaliação de controle percentual aos 28 DAA, houve interação da
mistura, com diferença significativa entre os tratamentos, sendo que o controle da planta
daninha variou de 52 a 98,4%. Houve um aumento de controle para a espécie quando aumentou
a dose do latifolicida combinado a baixa dose do graminicida, em contrapartida, o tratamento
dicamba + haloxyfop (480 + 60 g ha-1) resultou em redução de controle para a espécie, o que
evidencia ocorrência de antagonismo para este tratamento, sendo assim o aumento da dose do
graminicida diminuiu o controle.
Ainda pôde-se constatar que o uso de diferentes doses do haloxyfop, isolado em todas
as avaliações de controle, não ocasionou nenhum tipo de controle sobre as plantas de buva, pois
conforme Oliveira Junior (2011), espécies de plantas daninhas que não são gramíneas, são
bastante tolerantes a herbicidas do mecanismo de ação ACCase, o mecanismo de seletividade
ocorre devido a insensibilidade da enzima.
De acordo com Leal (2018), utilizando a mistura de haloxyfop com o herbicida auxínico
2,4-D para controle de buva no estádio fenológico de 12-15 folhas, também foi constatado que
os tratamentos em que apenas foi utilizado o herbicida haloxyfop não ocasionaram controle
sobre a buva em avaliação de controle percentual aos 35 DAA.
Na avaliação de massa seca aos 28 DAA, houve interação da mistura para a massa seca
(Tabela 3), com diferença significativa entre os tratamentos, o que não foi constatado quando
realizada a avaliação de massa seca para o capim-amargoso. O uso isolado de haloxyfop
correspondeu aos maiores valores de massa seca, o que indica o menor controle para as plantas
de buva, sendo evidenciado para o tratamento com o uso de 30 g ha-1 de haloxyfop isolado.
26
Tabela 3. Controle percentual1 da buva (Conyza spp.) após pulverização de diferentes doses
dos herbicidas dicamba e haloxyfop, isolados ou em mistura, avaliados aos 7, 14 e 28 dias após
aplicação (DAA). Machado - MG, 2018.
Dicamba
(g ha-1)
Haloxyfop (g ha-1)
0 15 30 60 Média
Avaliação de controle realizada aos 7 dias após aplicação
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 D
120 42,0 46,0 44,0 42,0 43,5 C
240 45,0 46,0 50,0 49,0 47,5 B
480 56,0 51,0 54,0 59,0 55,0 A
Média 35,75 35,75 37,0 37,5 ---
CV = 16,66 Fint = 0,789ns Fdic = 332,530* Fhlf = 0,428ns
Avaliação de controle realizada aos 14 dias após aplicação
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 D
120 41,0 44,4 43,4 44,0 43,2 C
240 47,0 58,0 51,4 50,0 51,6 B
480 58,0 60,0 62,6 57,0 59,4 A
Média 36,5 40,6 39,35 37,75 ---
CV = 17,26 Fint = 0,644ns Fdic = 318,305* Fhlf = 1,459ns
Avaliação de controle realizada aos 28 dias após aplicação
0 0,0 D a 0,0 D a 0,0 D a 0,0 B a 0,0
120 52,0 C b 64,0 C a 52,0 C b 62,0 A a 57,5
240 67,0 B b 83,0 B a 74,0 B b 71,0 A b 73,8
480 85,8 A b 98,4 A a 95,4 A a 66,0 A c 86,4
Média 51,2 61,35 55,35 49,75 ---
CV = 15,21 Fint = 4,698* Fdic = 425,205* Fhlf = 7,893*
Avaliação de Massa Seca2 realizada aos 28 dias após aplicação
0 5,14 D a 4,60 B a 6,38 C b 5,30 B a 5,36
120 1,77 C a 0,98 A a 1,30 B a 1,42 A a 1,37
240 1,13 B a 0,83 A a 0,86 A a 0,94 A a 0,94
480 0,59 A a 0,51 A a 0,49 A a 1,12 A b 0,68
Média 2,16 1,73 2,26 2,20 ----
CV = 7,40 Fint = 3,213* Fdic = 412,838* Fhlf = 4,955*
1Médias seguidas por letras iguais, maiúsculas nas colunas e minúsculas nas linhas, não diferem entre si segundo
teste de Scott-Knott, com 5% de significância; 2Dados originais apresentados, porém previamente transformados
por √𝑥 + 1; *Significativo ao teste F, com 1% de significância; nsTeste F não significativo.
27
Para a buva, na análise da interação da mistura aos 7 DAA não foram constatados efeitos
de antagonismo ou sinergismo para a mistura (Tabela 4), sendo considerada neste caso mistura
aditiva aos 7 DAA em que os resultados observados não diferiram daqueles esperados.
Na avaliação de controle aos 14 DAA, apenas o tratamento dicamba + haloxyfop (240
+ 15 g ha-1) ocasionou efeito sinérgico, para os demais tratamentos foram observados efeitos
aditivos para a mistura. Soares et al. (2012), em trabalho com a mistura de dicamba com o
glyphosate para controle de buva Conyza bonariensis resistente ao glyphosate, afirmam que a
adição desta molécula é uma alternativa para o controle da espécie, sendo ainda observado
efeito aditivo com a adição do mesmo.
Tabela 4. Análise da interação das misturas de dicamba e haloxyfop aos 7, 14 e 28 dias após
pulverização sobre a buva (Conyza spp.). Machado – MG, 2018
Dicamba
(g ha-1)
Haloxyfop (g ha-1)
15 30 60
Obs.1 Esp.2 Int.3 Obs.1 Esp.2 Int.3 Obs.1 Esp.2 Int.3
Análise das misturas aos 7 dias após aplicação - DMSt = 7,69
120 46,0 42,0 = 44,0 42,0 = 42,0 42,0 =
240 46,0 45,0 = 50,0 45,0 = 49,0 45,0 =
480 51,0 56,0 = 54,0 56,0 = 59,0 56,0 =
Análise das misturas aos 14 dias após aplicação - DMSt = 8,41
120 44,0 41,0 = 43,4 41,0 = 44,0 41,0 =
240 58,0 47,0 + 51,4 47,0 = 50,0 47,0 =
480 60,0 58,0 = 62,6 58,0 = 57,0 58,0 =
Análise das misturas aos 28 dias após aplicação - DMSt = 10,47
120 64,0 52,0 + 52,0 52,0 = 62,0 52,0 =
240 83,0 67,0 + 74,0 67,0 = 71,0 67,0 =
480 98,4 85,8 + 95,4 85,8 = 66,0 85,8 -
1Valores observados; 2Valores esperados; 3Análise da interação, considerando-se teste ‘t’ aplicado com 5% de
significância, em que (+) diz respeito à mistura sinérgica, (=) diz respeito à mistura aditiva e (-) diz respeito a
mistura antagônica.
28
Aos 28 DAA, evidencia-se o aumento da ocorrência de sinergismo para misturas com
baixa dose de haloxyfop, porém, observou-se antagonismo quando da associação das maiores
doses dos herbicidas. Ou seja, o aumento das doses do graminicida pode prejudicar a eficácia
do latifolicida. No trabalho realizado por Takano et al. (2013) com a mistura do herbicida 2,4-
D e glyphosate para o controle de buva (Conyza spp.) suscetível ao glyphosate, relatam que a
mistura de glyphosate e 2,4-D resultou em efeito sinérgico para a buva no estádio de
desenvolvimento com mais de 15 cm de altura.
Ainda, em outro trabalho utilizando plantas de buva, no caso a espécie (Conyza
bonariensis) com resistência ao glyphosate, em que foi utilizada a associação de glyphosate e
saflufenacil, os autores afirmam que o uso do herbicida saflufenacil juntamente com o
glyphosate, colaborou no controle da buva, em que os resultados evidenciam efeito sinérgico
da mistura para controle de plantas de buva (DALAZEN et al., 2015). De acordo com Silva et
al. (2018), também destacam que o uso de glyphosate com saflufenacil é uma alternativa
altamente eficaz para o controle da espécie Conyza canadensis. O saflufenacil é um herbicida
inibidor da enzima protoporfirinogênio oxidase, sendo que o mesmo é um herbicida de contato
utilizado para o controle de plantas daninhas de folhas largas (QUEIROZ et al., 2014).
Também na avaliação de controle aos 28 (DAA), constata-se que com o uso da maior
dose do graminicida foi observado efeito antagônico, para o tratamento dicamba e haloxyfop
(480 + 60 g ha-1) como verificado na (Tabela 4). Exceto para a combinação da maior dose de
dicamba e haloxyfop, que resultou em antagonismo, os demais tratamentos resultaram em efeito
sinérgico e aditivo para a mistura.
Diante do exposto, das 27 combinações avaliadas para o controle da planta daninha
buva, aos 7, 14 e 28 DAA (Figura 6), foram constatadas 4 misturas sinérgicas, 22 misturas
aditivas e 1 mistura antagônica, destacando a interação aditiva para esta mistura aos 7 e 14
(DAA), detecção de efeito sinérgico para alguns tratamentos e efeito antagônico para apenas
um tratamento em que foi utilizada a maior dose de ambos os herbicidas (Tabela 4).
29
Figura 6. Combinações avaliadas para o controle percentual de buva (Conyza spp.) aos 28
(DAA). Machado - MG, 2018.
30
5. CONCLUSÕES
A aplicação da mistura sobre as plantas de capim-amargoso foi considerada aditiva para
a maioria dos tratamentos, entretanto foi constatado efeito antagônico para dois tratamentos
com dicamba e haloxyfop (120 + 15; e 480 + 15 g ha-1) aos 28 (DAA).
A mesma mistura aplicada sobre as plantas de buva foi considerada aditiva na maioria
das doses utilizadas, contudo se constatou sinergismo para os tratamentos com as doses de
dicamba (120, 240, 480 g ha-1) associada à menor dose de haloxyfop (15 g ha-1) e efeito
antagônico para a maior dose de dicamba e haloxyfop (480 + 60 g ha-1), aos 28 (DAA).
Em uma área agrícola com a presença das plantas daninhas buva e capim-amargoso, o
uso dessa mistura pode ser uma alternativa para o controle das mesmas, tal como o uso do
herbicida dicamba associado a baixa dose do graminicida haloxyfop e o dicamba associado a
doses a partir de 30 g ha-1 de haloxyfop para o controle de capim-amargoso.
31
6. REFERÊNCIAS
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de Digitaria insularis resistente ao herbicida glyphosate. In: CONGRESSO BRASILEIRO DA
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(Circular Técnica, 132).
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