INSTITUTO NACIONAL DE MATEMÁTICA PURA E APLICADA · PAULA, Leonardo Pereira. Análise crítica das...
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INSTITUTO NACIONAL DE MATEMÁTICA PURA E APLICADA
Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT)
ANÁLISE CRÍTICA DAS PROVAS DE MATEMÁTICA DE 2010 A 2013 DO ENEM
Leonardo Pereira Paula
Orientador: Mestre Eduardo Wagner
RIO DE JANEIRO
2014
INSTITUTO NACIONAL DE MATEMÁTICA PURA E APLICADA
Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT)
ANÁLISE CRÍTICA DAS PROVAS DE MATEMÁTICA DE 2010 A 2013 DO ENEM
Leonardo Pereira Paula
Orientador: Mestre Eduardo Wagner
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto
Nacional de Matemática Pura e Aplicada, para obtenção do
título de Mestre pelo Programa de Mestrado Profissional
em Matemática em Rede Nacional - PROFMAT.
RIO DE JANEIRO
2014
3
Agradecimentos...
Aos meus pais que sempre me deram o suporte para que prosseguisse de forma
satisfatória nos estudos.
À minha esposa Nivia e à minha filha Juliana que sempre me incentivaram e
compreenderam os momentos que precisei me dedicar ao curso.
Aos meus professores do Instituto de Matemática da UFRJ com os quais muito aprendi
e que sempre me inspiraram na minha carreira.
Ao professor Élcio (in memoriam) que com suas aulas, após minha formação na
graduação, muito contribuiu para que eu iniciasse minha carreira como professor.
Ao professor Demetrius que muito contribuiu em duas fases de minha vida profissional.
Aos meus professores do IMPA que nesses dois anos fizeram com que eu me tornasse
um profissional muito mais preparado.
Ao meu orientador Mestre Eduardo Wagner pela confiança e por toda ajuda prestada ao
longo da realização desse trabalho
4
Resumo
PAULA, Leonardo Pereira. Análise crítica das provas de 2010 a 2013 do ENEM.
Trabalho de fim de curso para obtenção do título de Mestre; orientador: Mestre Eduardo
Wagner. PROFMAT, IMPA, 2014.
Este trabalho faz uma análise crítica das provas de 2010 (1ª aplicação), 2011, 2012 e
2013 do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
PALAVRAS- CHAVE: ENEM, MATRIZ DE REFERÊNCIA, OBJETOS DE CONHECIMENTO.
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Sumário
1 Introdução ...................................................................................................................... 6
2 Análise das provas ....................................................................................................... 11
2.1 Prova de 2010 ........................................................................................................................... 17
2.2 Prova de 2011 ........................................................................................................................... 27
2.3 Prova de 2012 ........................................................................................................................... 36
2.4 Prova de 2013 ........................................................................................................................... 47
3 Conclusão .................................................................................................................................... 59
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1 Introdução
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi criado em 1998 e seu objetivo inicial
era avaliar os conhecimentos dos alunos ao final do Ensino Médio. Em 2009 esse exame foi
reestruturado, conforme consta do texto abaixo retirado do portal do MEC:
O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos
processos seletivos das universidades públicas federais.
A proposta tem como principais objetivos democratizar as oportunidades de acesso às
vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a
reestruturação dos currículos do ensino médio.
As universidades possuem autonomia e poderão optar entre quatro possibilidades de
utilização do novo exame como processo seletivo:
Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line;
Como primeira fase;
Combinado com o vestibular da instituição;
Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.
Nesse formato, a Matemática, que apresenta uma forma diferente de abordagem em
relação aos vestibulares tradicionais, representa 25% do exame objetivo.
O objetivo deste trabalho é fazer uma análise crítica das últimas quatro provas do ENEM,
verificando os objetivos cobrados, nível de aprofundamento do assunto e se os assuntos
cobrados estão em sintonia com que o aluno estuda no Ensino Médio.
A ideia é examinar como o tópico abordado é ensinado nas escolas, como é abordado
pelos livros, se a questão estava suficientemente clara, se era de interpretação dúbia, se
envolvia conceitos que não eram propriamente de matemática ou se a questão era muito longa.
Com uma análise inicial, verifica-se que alguns assuntos da Matemática não são cobrados,
pelo fato de não se encaixarem na matriz de referência onde constam as habilidades e
competências da área de Matemática, como por exemplo, números complexos, polinômios,
algumas funções, conceitos de geometria analítica e outros conceitos que aparecem nas
provas, mas com pouco aprofundamento. Assim, os professores têm um grande desafio na
forma de ministrarem os conteúdos.
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Deve-se adequar os conteúdos à forma cobrada pelo ENEM? Não se deve esquecer que o
ENEM não é a única forma de ingresso às universidades.
A preocupação que deve existir é a forma de abordagem do assunto, estimular o raciocínio
lógico, o raciocínio geométrico, estimular a abstração e não simplesmente apresentar fórmulas
aos alunos, mecanizando o processo ensino-aprendizagem. Deve-se mostrar a importância do
conteúdo, torná-lo, na medida do possível, mais intuitivo e fazer com que utilizem fórmulas
quando realmente houver necessidade.
Podemos citar, como exemplos, os assuntos progressões aritmética e geométrica. Não é
interessante apresentar a fórmula do termo geral, sem mostrar sua dedução, mostrando que se
pode escrever qualquer termo de uma sequência em função de outro e da razão, fazer com
que os alunos verifiquem o comportamento dessas sequências.
Em análise combinatória, não ficar utilizando fórmulas completamente desnecessárias,
sendo que com um conceito extremamente simples do princípio multiplicativo, o aluno
consegue resolver os diversos problemas de contagem.
Não se pode falar em função afim, sem citar a importância do coeficiente da variável. Não
só o tratando como coeficiente angular, mas citar a sua função mais importante, que é a taxa
de variação da função.
Deve-se estimular os alunos a aplicarem os conceitos adquiridos em sala de aula no seu
cotidiano. Essa mudança de atitude por parte dos professores, já é uma forma para a
adaptação do conteúdo ao cobrado no ENEM.
Segue abaixo a matriz referência com os eixos cognitivos comuns e as habilidades e
competências da área de conhecimento da matemática.
Os eixos comuns a todas as áreas ressaltam a importância da leitura e interpretação de
texto que, sem esse domínio, compromete o entendimento das questões da prova de
matemática.
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Pode-se perceber a importância dessas habilidades para uma boa resolução da prova
de matemática.
Pela experiência com alunos do ensino médio, é verificado que muitos desistem de
resolver certas questões pelo fato do enunciado ser muito grande, com muitas informações.
Com isso, deixa por muitas vezes de resolver uma questão relativamente simples, onde
somente alguns trechos do texto servem de subsídios para a resolução.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS (MT)
Matriz de Referência
A) Competências Competência de área 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais. H1 – Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações: naturais, inteiros, racionais ou reais. H2 – Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem. H3 – Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
9
H4 – Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas. H5 – Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos. Competência de área 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela. H6 – Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional. H7 – Identificar características de figuras planas ou espaciais. H8 – Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma. H9 – Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano. Competência de área 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano. H10 – Identificar relações entre grandezas e unidades de medida. H11 – Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano. H12 – Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas. H13 – Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente. H14 – Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas. Competência de área 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano. H15 – Identificar a relação de dependência entre grandezas. H16 – Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais. H17 – Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação. H18 – Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas. Competência de área 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas. H19 – Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas. H20 – Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas. H21 – Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos. H22 – Utilizar conhecimentos algébrico-geométricos como recurso para a construção de argumentação. H23 – Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
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Competência de área 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extrapolação, interpolação e interpretação. H24 – Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências. H25 – Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos. H26 – Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos. Competência de área 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística. H27 – Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados (não em classes) ou em gráficos. H28 – Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade. H29 – Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação. H30 – Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
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2 Análise das Provas
Utilizei o seguinte critério para a quantificação das questões: dividi em 8 objetos de
conhecimento, onde em cada uma deles há uma certa quantidade de assuntos, levando em
consideração a matriz de referência.
B) Objetos de conhecimento
1) Conhecimentos numéricos.
O1 – Conjuntos numéricos e operações. O2 – Fatoração, divisibilidade, razões e proporções. O3 – Porcentagem, juros, unidades de medidas e relações de dependência entre grandezas. O4 – Sequências e progressões. O5 – Princípios de contagem. 2) Álgebra do ensino fundamental O6 – Equações e inequações e problemas. O7 – Sistemas lineares. 3) Geometria plana e espacial O8 – Polígonos. O9 – Circunferência. O10 – Proporcionalidade, isometrias e semelhança. O11 – Triângulo retângulo e trigonometria do ângulo agudo. O12 – Áreas. O13 – Prisma e pirâmide. O14 – Cilindro, cone e esfera. 4) Análise de gráficos e tabelas (que não envolvam conhecimentos de estatística) O15 – Representação e análise de dados. 5) Conhecimentos de estatística e probabilidade O16 – Medidas de tendência central (média, moda e mediana). O17 – Desvios e variância. O18 – Probabilidade. 6) Funções. O19 – Funções e gráficos. O20 – Função afim. O21 – Função quadrática. O22 – Função exponencial. O23 – Função logarítmica.
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7) Trigonometria O24 – Relações trigonométricas. O25 – Funções trigonométricas. 8) Geometria Analítica O26 – Coordenadas, distância entre dois pontos. O27 – Equação da reta. O28 – Retas paralelas e perpendiculares. O29 – Circunferência e elipse. O30 – Interseções.
Observação: não está clara na matriz de referência a abordagem de matrizes e determinantes,
porém na prova de 2012 foi cobrado um item sobre multiplicação de matrizes. No caso não
classifiquei esse item em análise de gráficos e tabelas, mas sim como uma habilidade que
envolva conhecimento algébrico, pois o aluno precisaria saber multiplicação de matrizes.
Seguem as informações sobre as provas de 2010 a 2013
Quanto ao nível de dificuldade, a classificação como fácil, média e difícil atendeu aos
seguintes critérios:
Além do meu julgamento, considerei também as experiências que obtive, resolvendo as
provas com meus alunos tanto do 3º ano do Ensino Médio e com alunos de pré-vestibular.
Questão fácil: a maioria dos alunos bem preparados é capaz de resolver;
Questão média: cerca de metade desses alunos são capazes de resolver;
Questão difícil: mesmo bem preparados, esses alunos teriam dificuldade de resolver as
questões.
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Quantidade de itens por objeto de conhecimento
Nível de dificuldade
0
5
10
15
20
25
2010 2011 2012 2013
Álgebra
Graf e Tab
Estat/prob
Função
G. Analit
Geometria
Trigono
Conhec Num
0 5 10 15 20 25 30
2013
2012
2011
2010
Difícil
Médio
Fácil
14
Nível de dificuldade com separação dos itens do Ensino médio e
Ensino Fundamental das provas de 2010 a 2013
Pode-se observar tanto nas questões de Ensino Médio quanto nas do Ensino
Fundamental que há o predomínio dos itens de nível de dificuldade fácil.
28 29 30 31 32 33 34 35
2013
2012
2011
2010
Questões de nível fundamental
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Ens Fundamental
Ens Medio
Difícil
Média
Fácil
71,1%
68,9%
75,6%
66,7%
6,3%
38,6%
55,1%
15,1%
37,7%
47,2%
15
Identificação das questões por objetos de conhecimento
Prova Azul
Exercícios de conteúdos do Ensino Fundamental estão destacados na cor AMARELA.
Exercícios de conteúdos do Ensino Médio estão destacados na cor VERMELHA.
Assunto 2010 2011 2012 2013
01 158, 159 141, 145, 148,
164
142, 150, 157,
161, 168, 172,
177
147, 153
02 143, 146, 153,
161, 166
136, 145, 164,
167, 173
143, 145, 148,
155, 174
03 136, 137, 144,
154, 171, 172,
177
136, 138, 149,
157, 160, 175,
177, 178
140, 143, 147,
170, 171, 180
139, 154, 158,
163, 170
04 179 162 173
05 173 168, 174, 176 144 138, 149, 165,
169
06 149, 155, 169,
176
159, 180 138, 166 159, 171, 172
07
08 151, 172
09 163,164 165 137, 152 141, 178
10 161 164, 179, 180
11 160 155 136
12 150, 162 140 141, 159, 160 156, 167
13 139, 146, 178 144 149, 158, 165
14 138, 151, 153,
157,168
147, 167 149, 153 157, 176
15 140, 141, 145,
148, 156, 180
139, 150, 169,
173
148, 151, 154,
155, 162, 163,
175
140, 142, 144,
160, 177
16
16 143, 167, 175 142, 154 174, 179 137, 162
17 170 176
18 147, 174 163, 170, 171 139, 146, 178 146, 150, 168
19 142 161
20 166 152, 156, 179 156
21 165 152 151, 152
22
23 137 166
24
25 152
26 150 175
27
28
29 151
Observação: alguns itens abordaram mais de um objeto de conhecimento.
17
2.1 Prova de 2010
Pode-se perceber a predominância dos assuntos geometria plana e espacial e
conhecimentos numéricos.
Há de se destacar que o assunto porcentagem consta em outros assuntos como
geometria e análise de gráficos, além de ter sido quantificado em conhecimentos numéricos.
Todas as competências e quase todas as habilidades foram abordadas.
32 questões são do Ensino Fundamental, sendo então possível de serem resolvidas por
um aluno do 9° ano.
Seguem abaixo algumas questões dessa prova que chamaram mais atenção, no que
diz respeito aos índices de dificuldade, enunciados e o fato citado acima, os itens em que
apareceu o assunto porcentagem aplicado a outro conteúdo.
18
Comentários: o enunciado é bem claro e objetivo. É um tipo de questão comum nos livros
didáticos e bem interessante, pois estabelece a relação entre frações e porcentagem. É muito
comum na TV, nos jornais e em outros veículos de comunicação aparecerem informações
dessas duas formas: 2/5 de alguma coisa ou 40% dessa coisa.
Habilidade: H1 (reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representação dos
números e operações: naturais, inteiros, racionais ou reais).
Objeto de conhecimento: 03 (porcentagem, juros e relações de dependência entre
grandezas).
Nível de dificuldade: fácil.
Comentários: é uma questão de análise de tabela, onde basta seguir as orientações que a
questão fornece. Contextualização bem interessante e com um pouco de atenção, o aluno
consegue resolver tranquilamente.
Habilidade: H25 (resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos).
Objeto de conhecimento: 15 (representação e análise de dados).
Nível de dificuldade: fácil.
19
Comentários: enunciado que pode causar dificuldade ao aluno, com conceitos de física, mas
que na realidade não influenciam na resolução da questão. Infelizmente, o assunto grandezas
proporcionais, que é importantíssimo, só aparece no ensino fundamental, normalmente no 7º
ano, mas deveria ser abordado também no Ensino Médio, já que os alunos se deparam tanto
na Matemática quanto em outras ciências com relações entre grandezas e que, muitas vezes,
são passadas para os alunos, sem comentar a situação de proporcionalidade.
Habilidade: H16 (resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas direta e
inversamente proporcionais).
Objeto de conhecimento: 03 (porcentagem, juros e relações de dependências entre
grandezas).
Nível de dificuldade: médio.
20
Comentários: é uma questão que envolve probabilidade. Não é uma questão de resolução
direta.
Resolução: a probabilidade de não pegar engarrafamento seguindo as vias das alternativas
são:
E1E3 = (1 – 0,8) . (1 – 0,5) = 0,1.
E1E4 = (1 – 0,8) . (1 – 0,3) = 0,14.
Não é possível pegar o caminho E2E4.
E2E5 = (1 – 0,7) . (1 – 0,4) = 0,18
E2E6 = (1 – 0,7) . (1 – 0,6) = 0,12.
Logo o de menor probabilidade de engarrafamento é o caminho E2E5.
21
Habilidade: H30 (avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conceitos de
estatística e probabilidade).
Objeto de conhecimento: 18 (probabilidade).
Nível de dificuldade: difícil.
Comentários: é uma questão fácil de interpretação de gráfico e porcentagem, onde o aluno
pode ganhar tempo no item, pois é possível resolver sem ter que chegar ao resultado final, pois
no cálculo vai aparecer o produto 149 x 56. O produto de um número que termina em 9 por um
número que termina em 6 sempre termina em 4 e nas alternativas somente a letra d aparece
um número terminado em 4. Existe também a possibilidade e arredondar o valor para 15000,
que tornará o cálculo mais simples.
22
Habilidade: H25 (resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos).
Objeto de conhecimento: 15 (representação e análise de dados).
Nível de dificuldade: fácil.
Comentários: nessa questão e em quase todas de geometria espacial dessa prova, foram
cobrados conceitos diretos de cálculos de volumes e áreas com aplicação no nosso cotidiano.
Com um pouco de cuidado no que está pedindo e com o conhecimento de cálculo do volume
do cilindro é uma questão fácil.
Habilidade: H8 (resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de
espaço e forma).
Objeto de conhecimento: 14 (cilindro, cone e esfera).
Nível de dificuldade: fácil.
23
Comentário: questão que aborda o conceito de variação dos valores do cosseno. O candidato
deverá perceber que o menor valor do t06,0cos é -1 e o maior é 1. Não é uma relação tão direta
de se perceber, pois na grande maioria dos livros didáticos não aparecem questões sobre esse
conceito de forma contextualizada.
Resolução:
O valor máximo que irá atingir será quando o 106,0cos t , com isso o valor da expressão será
690085,0
5865 e o valor mínimo será 5100
15,1
5865 . A soma desses valores será 12000.
Habilidade: H14 (avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos
geométricos relacionados a grandezas e medidas).
Objeto de conhecimento: 25 (funções trigonométricas).
Nível de dificuldade: difícil.
24
Comentários: é uma questão clássica dos livros didáticos. Calculando a tangente de 60° no
triângulo, temos que 8,1
60h
tg , temos que 1,3h km aproximadamente. Há um detalhe nessa
questão que não deve ter sido percebido na montagem. Se calcularmos a distância do balão ao
ponto A, chegamos a 3,6 km, pois será o dobro da posição vertical do balão ao ponto A, porém
o triângulo formado pelo vértice que contém o balão, o vértice A e o vértice B é isósceles e com
isso essa distância deveria ser de 3,7 km e não 3,6 km.
Habilidade: H9 (utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de
argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano).
Objeto de conhecimento: 11 (triângulo retângulo e trigonometria no triângulo retângulo).
Nível de dificuldade: médio.
25
Comentários: enunciado claro e objetivo. É um item em que o aluno pode ganhar tempo na
resolução. É muito menos trabalhoso calcular 10% de algo do que 9,8%. 10% de 250 000 são
25000, como 9,8% é um valor um pouco menor que 25 000, a única alternativa que é possível
é a letra a.
Habilidade: H25 (resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos).
Objeto de conhecimento: 03 (porcentagem, juros e relações de dependência entre
grandezas).
Nível de dificuldade: Fácil.
26
Comentários: questão bem elaborada, difícil, pois não é tão claro para o aluno perceber que ,
enquanto o rolo dá uma volta sobre o solo, o bloco irá correr sobre o rolo a mesma distância da
volta, logo R4 .
Habilidade: H22 (utilizar conhecimentos algébrico-geométricos como recurso para a
construção de argumentação).
Objeto de conhecimento: 09 (circunferência).
Nível de dificuldade: difícil.
27
2.2 Prova de 2011
Há uma predominância de conhecimentos numéricos.
Há de se destacar que o assunto porcentagem consta em outros assuntos como
geometria e análise de gráficos, além de ter sido quantificado em conhecimentos numéricos.
31 questões são do Ensino Fundamental, sendo então possível de serem resolvidas por
um aluno do 9° ano do Ensino Fundamental.
Todas as competências e quase todas as habilidades foram abordadas.
Comentários: enunciado é claro e objetivo. Não é uma contextualização tão interessante.
Habilidade: H10 (identificar relações entre grandezas e unidades de medidas).
Objeto de conhecimento: 03 (porcentagem, juros e relações de dependência entre
grandezas).
Nível de dificuldade: fácil.
28
Comentários: é uma questão bem fácil. Somente com uma falta de atenção muito grande, um
aluno do Ensino Médio pode errar. Basta observar os ponteiros dos relógios. Já é uma
contextualização interessante, pois muitos relógios no nosso país ainda são desse tipo. A
questão mostra uma situação que faz parte do nosso cotidiano.
Habilidade: H24 (utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências).
Objeto de conhecimento: 15 (representação e análise de dados).
Nível de dificuldade: fácil.
29
Comentários: o enunciado é grande, mas de fácil compreensão. É uma questão que envolve a
aplicação de logaritmos, que é interessante, pois mostra a importância do assunto em
fenômenos da natureza. O assunto logaritmo não é tão frequente nas provas do ENEM.
Habilidade: H21 (resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos
algébricos).
Objeto de conhecimento: 23 (função logarítmica).
Nível de dificuldade: médio.
30
Comentários: questão fácil de reconhecimento de uma figura espacial. Apesar de ser uma
questão sobre geometria espacial, o reconhecimento de figuras espaciais é visto no Ensino
Fundamental, o que leva um aluno do 2° segmento do Ensino Fundamental a resolvê-la
tranquilamente.
Habilidade: H7 (identificar características de figuras planas e espaciais).
Objeto de conhecimento: 14 (cilindro, cone e esfera).
Nível de dificuldade: fácil.
31
Comentários: a grande maioria dos alunos tem dificuldade de enxergar esses cortes nas
figuras que resultam outros sólidos. É uma contextualização interessante.
Resolução: podemos fazer os dois primeiros cortes a partir de O para as arestas AB e CD e
após fazer os outros dois cortes para as arestas AD e BC. Podemos perceber que os sólidos
descartados serão iguais dois a dois, conforme mostra as figuras abaixo.
Habilidade: H9 (utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de
argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano).
Objeto de conhecimento: 13 (prisma e pirâmide).
Nível de dificuldade: difícil.
32
Comentários: é uma questão de resolução simples, mas de visualização não tão direta, o que
torna a questão difícil.
Resolução: o que o aluno deve observar é que o polígono que dá origem à calçada é um
hexágono regular, onde seu ângulo interno vale 120°. Assim esses polígonos são dispostos por
rotações de 120°.
Habilidade: H7 (identificar características de figuras planas ou espaciais).
Objeto de conhecimento: 08 (polígonos).
Nível de dificuldade: difícil.
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Comentários: é uma questão fácil, de enunciado claro e objetivo. Contextualização muito
interessante, pois trata da pessoa se decidir pela melhor aplicação do seu dinheiro.
Habilidade: H5 (avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos
numéricos).
Objeto de conhecimento: 03 (porcentagem, juros e relações de dependências entre
grandezas).
Nível de dificuldade: fácil.
34
Comentários: questão de enunciado não tão claro. Nele consta que os atletas partem de um
mesmo ponto, o que é impossível, pois cada uma estará em uma raia. E claramente o atleta da
raia número 1 levará vantagem, pois está mais próximo do centro.
Habilidade: H9 (utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de
argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano).
Objeto de conhecimento: 09 (circunferência).
Nível de dificuldade: médio.
.
35
Comentários: o enunciado é claro e objetivo. A resolução é um pouco trabalhosa, mas é um
tipo de questão que aparece com frequência nos livros didáticos do ensino médio.
Habilidade: H2 (identificar padrões numéricos ou princípios de contagem).
Objeto de conhecimento: 05 (princípios de contagem).
Nível de dificuldade: médio.
Comentários: o enunciado é claro, onde o aluno dever ter cuidado no que está sendo pedido,
fazendo a diferença entre o que foi faturado e o custo do produto.
Habilidade: H19 (identificar representações algébricas que expressem a relação entre
grandezas).
Objeto de conhecimento: 06 (equações, inequações e problemas).
Nível de dificuldade: fácil.
36
2.3 Prova de 2012
Apareceram mais questões sobre conhecimentos numéricos e geometria plana e
espacial.
34 questões são do ensino fundamental, sendo possível de serem resolvidas por alunos
do 9° ano do ensino fundamental.
Todas as competências e quase todas as habilidades foram abordadas.
Comentários: enunciado claro e objetivo. Contextualização interessante, onde o aluno deve
saber trabalhar com as escalas e encontrar o tamanho real da árvore.
Habilidade: 11 (utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do
cotidiano)
Objeto de conhecimento: 02 (Fatoração, divisibilidade, razões e proporções).
Nível de dificuldade: fácil.
37
Comentários: questão que requer muita concentração. Difícil, pois são várias etapas a serem
observardas.
Resolução: o número de bolas na urna 2, após passar a bola da urna 1 para a urna 2 será:
Amarela: 0 ou 1.
Azul: 1 ou 2.
Branca: 2 ou 3.
Verde: 3 ou 4
Vermelha: 4.
Pode-se perceber que as que têm mais chances são as cores verde e vermelha.
A probabilidade de se retirar uma bola verde é 110
31
11
3.
10
9
11
4.
10
1 .
A probabilidade de se retirar uma bola vermelha é 110
40
11
4.
10
10 . Logo a bola escolhida deve ser
a vermelha.
38
Habilidade: H30 (avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de
estatística e probabilidade).
Objeto de conhecimento: 18 (Probabilidade).
Nível de dificuldade: Difícil
Comentários: enunciado claro e objetivo. Basta o aluno observar os sólidos que serão
formados.
Habilidade: H7 (identificar características de figuras planas ou espaciais).
Objeto de conhecimento: 13 (prisma e pirâmide) e 14 (cilindro, cone e esfera).
Nível de dificuldade: fácil.
39
Comentários: questão difícil, de enunciado confuso, pois não deixa claro o tempo de duração
da viagem. A viagem dura algumas horas? Um, dois, três dias?
Resolução:
De 1° de janeiro a 31 de maio, temos 151 dias. Admitindo que a viagem dure 4 dias e que o
maquinista não pode retornar no período de férias, ela não pode então viajar no dia 29 de
maio. Dividindo 151 por 4, esse fará 37 viagens. De 11 de junho a 31 de dezembro, temos 204
dias. A primeira viagem sendo no dia 11 de junho, a última será no 201° dia, fará então 51
viagens. No total o número de viagens será 88.
Caso a viagem dure menos de 4 dias, ele então poderia viajar no dia 29 de maio, logo seriam
89 viagens.
Habilidade: H5 (avaliar propostas de intervenção na realidade, utilizando conhecimentos
numéricos).
Objeto de conhecimento: 01 (conjuntos numéricos e operações).
Nível de dificuldade: difícil.
40
Comentários: questão que envolve conhecimentos de volume do paralelepípedo. O enunciado
é bem claro. Com atenção e organização nos cálculos o aluno chega ao resultado.
Habilidade: H13 (avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento
consistente).
Objeto de conhecimento: 13 (prisma e pirâmide).
Nível de dificuldade: médio.
41
Comentários: o enunciado é claro. Questão bem contextualizada, onde há uma situação que
envolve investimento de uma quantia que o aluno dispõe. É aplicação no cotidiano. O nível de
dificuldade é médio devido à quantidade de cálculos que o aluno deverá fazer.
Habilidade: H5 (avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos
numéricos).
Objeto de conhecimento: 03 (porcentagem, juros e relações entre grandezas).
Nível de dificuldade: médio.
42
Comentários: o enunciado não diz que se trata de uma pirâmide regular de base
quadrangular, mas por outro lado, como sabemos que existe uma única resposta correta, não
43
vejo como poderia ser uma coisa diferente da letra e. É uma questão difícil, pois, normalmente,
o aluno do ensino médio não consegue visualizar a situação descrita.
Habilidade: H6 (interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço
tridimensional e sua representação no espaço bidimensional).
Objeto de conhecimento: 13 (prisma e pirâmide).
Nível de dificuldade: difícil.
Comentários: questão difícil. Exige interpretação. O aluno tem que perceber que o diâmetro
do círculo deve ser maior ou igual à diagonal do quadrado.
Resolução: como o diâmetro deve ser maior que a diagonal do quadrado, temos que 22 LR ,
2
2LR , logo
2
LR .
Habilidade: H9 (utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de
argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano).
Objeto de conhecimento: 09 (circunferência)
Nível de dificuldade: difícil
44
45
Comentários: questão difícil. A visualização da situação descrita não é tão direta para o aluno.
Resolução: o plano da circunferência do motoqueiro intersecta o plano do chão numa reta. A
imagem do trajeto estará sempre nessa reta. Logo a imagem é um segmento de reta.
Habilidade: H6 (interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço
tridimensional e sua representação no espaço bidimensional).
Objeto de conhecimento: 14 (cilindro, cone e esfera).
Nível de dificuldade: difícil.
Comentários: o enunciado é claro, porém não achei uma contextualização tão interessante. O
aluno não precisa utilizar multiplicação de matrizes para calcular média aritmética. Não está
clara na matriz de referência a cobrança de matrizes.
46
Habilidade: a que mais se aproxima é H21 (Resolver situação-problema cuja modelagem
envolva conhecimentos algébricos).
Objeto de conhecimento: matrizes
Nível de dificuldade: médio.
Comentários: questão difícil. Enunciado muito complexo para o aluno.
Resolução: as cores primárias e aquelas que serão formadas pela justaposição de duas cores
primárias terão 3 tonalidades, como por exemplo o azul pode ser o normal, o claro e o escuro.
Teremos as seguintes cores então:
Azul, Amarelo e Vermelho.
Justaposição de azul e amarelo.
Justaposição de azul e vermelho.
Justaposição de amarelo e vermelho.
Cada uma dessas cores terá 3 tonalidades, logo 18 cores somadas com o branco e o preto,
teremos 20 cores diferentes.
Habilidade: H3 (resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos).
Objeto de conhecimento: 01 (conjuntos numéricos e operações).
Nível de dificuldade: difícil.
47
2.4 Prova de 2013
Predominância de geometria plana e conhecimentos numéricos.
30 questões são do ensino fundamental, sendo perfeitamente possível de serem
resolvidas por um aluno do 9º ano do Ensino Fundamental.
Todas as competências e quase todas as habilidades foram abordadas.
Comentários: o enunciado é claro. A dificuldade na questão é o fato da parábola ter sido
rotacionada, mas com conceitos sobre função quadrática o aluno consegue resolver a questão.
Habilidade: H21 (resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos
algébricos).
Objeto de conhecimento: 21 (função quadrática).
Nível de dificuldade: médio.
48
Comentários: enunciado é claro. O aluno deve saber proporcionalidade e propriedades de
potenciação e radiciação.
Habilidade: H3 (resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos).
Objeto de conhecimento: 01 (conjuntos numéricos e operações).
Nível de dificuldade: médio.
49
50
Comentários: enunciado claro. Questão muito interessante, onde o aluno deve perceber que a
força é inversamente proporcional ao quadrado da distância.
Habilidade: H16 (resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou
inversamente proporcionais).
Objeto de conhecimento: 03 (porcentagem, juros e relações de dependência entre
grandezas).
Nível de dificuldade: médio.
51
Comentários: enunciado é claro. Questão muito fácil. Basta fazer a diferença entre o maior e
menor valor percentual. O problema que percebo é no gráfico, pois Guarulhos está dentro do
estado de São Paulo, que está dentro do Brasil. Não prejudica a resolução da questão, mas
poderia ter sido melhor elaborada.
Habilidade: H25 (resolver problema com dados apresentados em tabelas e gráficos).
Objeto de conhecimento: 15 (representação e análise de dados).
Nível de dificuldade: fácil.
52
Comentários: enunciado é claro e objetivo. Questão de probabilidade de resolução simples.
Habilidade: H28 (resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e
probabilidade).
Objeto de conhecimento: 18 (probabilidade).
Nível de dificuldade: fácil.
53
Comentários: questão bem contextualizada, difícil, que trabalha diferença de volumes do
cilindro. Como o aluno tem a visão de cima da piscina, não fica tão claro observar os cilindros
que ele terá que calcular os volumes.
Resolução: Seja V1 o volume da piscina antiga. V2 o volume da piscina nova. Dado no
problema, V1 = 12.
O volume da ilha é 22 1. rr
54
Temos que V2 = V1 – Volume da ilha,
4312 2 r ,
83 2 r ,
3
8r , como r > 0, r é aproximadamente 1,6.
Habilidade: H9 (utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de
argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano).
Objeto de conhecimento: 14 (cilindro, cone e esfera).
Nível de dificuldade: difícil.
Comentários: questão fácil de resolução de equação do 1º grau. Com um pouco de atenção, o
aluno não terá problemas para resolver.
Habilidade: H21 (resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos
algébricos).
Objeto de conhecimento: 06 (equações, inequações e problemas).
Nível de dificuldade: fácil.
55
Comentários: questão bem contextualizada onde a figura é representada por um prisma
obliquo, mas a resolução se dá por trigonometria no triângulo retângulo.
Habilidade: H8 (resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de
espaço e forma).
Objeto de conhecimento: 11 (triângulo retângulo e trigonometria do ângulo agudo).
Nível de dificuldade: médio.
56
57
Comentários: é um problema que normalmente causa dificuldade para o aluno. A grande
maioria não está acostumada a trabalhar com isometrias. .
Resolução: para que uma figura seja simétrica à outra em relação a um ponto O, a distância
de todos os pontos de uma ao ponto O deve ser a mesma dos pontos simétricos da outra em
relação a esse ponto O. Se for traçado um eixo vertical e um horizontal passando pelo ponto O
e pelos lados da figura, percebe-se que a original se encontra no segundo quadrante.
Sendo assim a figura simétrica deve estar no quarto, com todos os pontos equidistantes
aos pontos originais da figura.
Habilidade: H7 (identificar características de figuras planas ou espaciais).
Objeto de conhecimento: 10 (proporcionalidade, isometrias e semelhança).
Nível de dificuldade: difícil.
Comentários: questão bem interessante. A solução exige que o aluno trace segmentos para
depois sim aplicar seus conhecimentos geométricos.
Resolução: unindo os centros das três circunferências menores forma-se um triângulo, cujo
centro coincide com o centro da circunferência maior (baricentro), cujo raio R é igual aos 10 cm
58
da distância entre os canos de raios menores e com o de raio maior, somada com os 30 cm do
raio do cano menor mais a distância do centro da circunferência maior ao da menor (d).
Essa distância (d) é igual a dois terços da altura do triângulo equilátero.
Como o lado do triângulo é 60 cm, temos que 342
360.
3
2d .
Logo R = 40 + 34 = 74.
Habilidade: H7 (identificar características de figuras planas ou espaciais).
Objeto de conhecimento: 09 (circunferência).
Nível de dificuldade: difícil.
59
3 Conclusão
Após as análises das provas de 2010 a 2014 do ENEM, há alguns pontos em comuns
nessas avaliações:
As habilidades e competências que constam da matriz de referência aparecem na sua
quase totalidade.
No mínimo 2/3 das questões são de nível fundamental.
A matriz de referência não deixa clara a cobrança de alguns assuntos como, por
exemplo, matrizes e determinantes.
A competência número 1 deixa claro que o assunto números complexos não é cobrado.
A grande maioria dos itens é de nível de dificuldade fácil, onde com um mínimo de
conhecimento do assunto é possível resolver o item de forma bem direta, sem perder tanto
tempo.
A grande dificuldade da avaliação é o tempo, já que em média são 3 minutos por item.
Mesmo que algumas questões sejam bem diretas, onde o candidato não precisa dos 3
minutos, sendo possível destinar esse tempo para outras questões, é uma avaliação muito
cansativa. 45 questões é um número considerável, porém é uma forma de tentar abordar todas
as competências e habilidades da matriz de referência.
Apesar de ser o Exame Nacional do Ensino Médio, foi verificado que no máximo 1/3 dos
itens é sobre conteúdos do Ensino Médio.
Foi observado que as questões, com pouquíssimas exceções, foram bem elaboradas.
Houve contextualizações bem interessantes, onde o aluno poderia aplicar os conhecimentos
adquiridos em sala de aula no seu cotidiano.
Mesmo que certos conteúdos do Ensino Médio não constam dessa avaliação, não
acredito que tenha que haver uma mudança radical nos conteúdos do Ensino Médio, mas sim a
forma de abordagem, até por que, não podemos estabelecer somente como meta preparar o
aluno para fazer o ENEM e outros vestibulares. A Matemática tem uma missão muita mais
nobre na formação dos alunos.
Já que os assuntos sobre conhecimentos numéricos são os mais cobrados, é
importante fazê-los aparecerem em assuntos do Ensino Médio. É fácil cobrar em exercícios do
Ensino Médio os assuntos porcentagem, grandezas proporcionais, medidas de grandezas em
diversas situações.
Quanto à distribuição dos assuntos, acredito que conteúdos do Ensino Médio poderiam
aparecer em maior quantidade. É claro que determinados assuntos como Matrizes, sistemas,
determinantes e algumas funções, normalmente são assuntos muito trabalhosos e de difícil
contextualização, mas a Geometria Analítica poderia ser melhor explorada. Questões, por
exemplo, onde a solução por geometria analítica fosse mais interessante do que por geometria
sintética.
60
Espero que esse trabalho sirva de fonte de consulta para professores e alunos, já que
esses precisam estar atualizados com o modelo de prova proposto pelo ENEM, verificando as
características principais que são a interdisciplinaridade e contextualização de conteúdos.
61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRÉ, Marli. (Org.). O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores.
Campinas: Papirus, 2001, 92-93 p.
Site do INEP: www.inep.gov.br .
DA SILVA, Josimar José. Uma análise crítica das provas da primeira fase da OBMEP – Nível 3.
LIMA, Elon Lages; MORGADO. A. C., WAGNER, Eduardo, CARVALHO, Paulo Cesar P..
Temas e Problemas. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
LIMA, Elon Lages; MORGADO. A. C., WAGNER, Eduardo, CARVALHO, Paulo Cesar P.. A
Matemática do Ensino Médio. Rio de Janeiro: SBM, 2006
DANTE, Luiz Roberto. Matemática contexto e aplicações. São Paulo: Ática, 2011.