INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA DA AMAZÔNIA-INPA...
Transcript of INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA DA AMAZÔNIA-INPA...
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA DA AMAZÔNIA-INPA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA, CONSERVAÇÃO E
BIOLOGIA EVOLUTIVA
CLONAGEM E EXPRESSÃO DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO DE
COLOSSOMA MACROPOMUM EM ESCHERICHIA COLI
SUELEN DIAS DA SILVA
Manaus, Amazonas
Julho, 2012
ii
SUELEN DIAS DA SILVA
CLONAGEM E EXPRESSÃO DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO DE
COLOSSOMA MACROPOMUM EM ESCHERICHIA COLI
ORIENTADOR: DR. JORGE IVAN REBELO PORTO
COORIENTADOR: DR. SPARTACO ASTOLFI FILHO
Manaus, Amazonas
Julho, 2012
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em
Genética, Conservação e Biologia
Evolutiva do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia como parte
dos requisitos para obtenção do
título de Mestre em Genética,
Conservação e Biologia Evolutiva.
iii
FICHA CATALOGRÁFICA
Sinopse:
O tambaqui (Colossoma macropomum), um peixe de grande valor comercial para a região
amazônica, teve seu hormônio de crescimento (tGH) clonado e expresso de forma satisfatória
em Escherichia coli. O uso deste produto biotecnológico (tGH) pode tornar-se um grande
atrativo na piscicultura nacional considerando-se a aplicabilidade já constatada em outras
espécies de peixes exóticos.
Palavras-chave: hormônio de crescimento recombinante, tambaqui, expressão heteróloga.
S 355 Silva, Suelen Dias
Clonagem e expressão do hormônio de crescimento de Colossoma macropomum
em Escherichia coli.
Dissertação (mestrado)- INPA, Manaus, 2012
Orientador: Jorge Ivan Rebelo Porto
Co-orientadora: Spartaco Astolfi Filho
Área de concentração: Genética, Conservação e Biologia Evolutiva
1. Tambaqui. 2. GH. 3. Proteina heteróloga. 4. Biotecnologia. 5. Piscicultura. I. Título.
CDD.19.ed.597.580415
iv
Dedico este trabalho a Deus, pela sua imensurável
graça e força; Aos meus pais, irmãos e sobrinhos
pelo apoio e amor incondicional.
v
AGRADECIMENTOS
Ao grande Deus, por revigorar minha fé, reacender minha esperança, fazer-me vencer
todos os obstáculos.
Aos meus pais pelo amor, incentivo e por serem os pilares da minha vida.
Aos meus irmãos e cunhados pela união, carinho, apoio e companheirismo. E aos
meus sobrinhos, João Gabriel e Ana Hadassa, por serem a luz da minha vida e a força para
vencer a cada dia. Amo vocês.
A Conceição, por desempenhar o papel de mãe e amiga, para mim e meus irmãos.
Aos meus orientadores Prof. Jorge Porto e Prof. Spartaco Astolfi pela orientação,
estímulo, conhecimentos, amizade e carinho.
“Ser mestre não é apenas lecionar. Ensinar não é só transmitir a matéria. É também
transmitir seus conhecimentos e experiências profissionais e de vida, com dedicação e
carinho. É ser instrutor e amigo, guia e companheiro.” A você Prof. Edmar Andrade pela
orientação sempre sensata e precisa, pela paciência e pelas palavras de conforto nos
momentos de quase desespero.
Ao Edson do Carmo, excelente mestre, paciente, amigo e dedicado.
“Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração!” Eliane,
obrigada pela grande amizade e por sempre estar ao meu lado.
Ao Elson Sadala, amigo, companheiro de luta de laboratório, fins de semanas e
feriados e ainda de discussão de artigos sobre o GH.
“Verdadeiros amigos são aqueles que estão ao nosso lado quando coisas boas
acontecem. Eles torcem pela gente e se alegram com nossas vitórias.” A Mirna Myamoto,
Henriette Soares, Luciana Viana, e em especial a Anita Souza. Vocês são muito especiais, são
pessoas muito prestativas e não vacilam na hora de ajudar quem precisa, muito obrigada.
Ao grupo de biotecnologia da UFAM e ao pessoal do Laboratório de DNA e
Proteoma, que tornam o ambiente de trabalho mais agradável, pelo carinho, amizade,
preocupação e pela ótima convivência durante esse período: Erika Izumi, Bruna Lovizutto,
Paulo Henrique Saumiskat, Julio, Dina, Helber Astolfo, Vanessa, Elza, Patrícia Soares, Hugo
e Prof. Gustavo.
Ao professor Jorge Luiz Lopes Lozano e ao hospital tropical.
vi
Aos professores do PPG-GCVEv, pelos ensinamentos que contribuíram na minha
formação.
À Secretaria da Genética, em especial a Elci, Alessandra e as coordenadoras do
GCBEV, pelo apoio durante o curso.
Ao CNPq pela bolsa concedida e pelo financiamento ao projeto.
Aos amigos da turma do GCBEV.
A todos aqueles que de alguma forma me ajudaram e incentivaram.
vii
RESUMO
O hormônio do crescimento é um polipeptídio essencial para o crescimento e
desenvolvimento dos vertebrados. O tambaqui (Colossoma macropomum) é uma espécie de
peixe amplamente distribuída na bacia amazônica, considerada como promissora para a
piscicultura. Visando aplicações futuras na suplementação alimentar de peixes, este trabalho
clonou e expressou o hormônio de crescimento de tambaqui (tGH), utilizando a bactéria
Escherichia coli linhagem BL21 DE3 como hospedeira. Para expressão da proteína
heteróloga, o gene tgh sintético (611pb) foi inicialmente clonado no vetor pUC19 e
posteriormente inserido no vetor pGSM-1, construído especificamente para este trabalho,
dando origem ao plasmídeo pGSM-tGH. A indução do tGH foi obtida cultivando-se células
de E. coli/pGSM-tGH na presença do indutor IPTG (1 mM), sendo que o pico de expressão
foi observado após 4h de indução. Os clones recombinantes expressaram uma proteína de
aproximadamente 24 kDa, tamanho similar ao de outros trabalhos com GH de peixes. A
obtenção do tGH recombinante foi confirmada por eletroforese em gel de poliacrilamida
SDS-PAGE 15%. O tGH recombinante expresso em E. coli descrito nesse trabalho será
utilizado para estudos posteriores, possibilitando a sua melhor caracterização. Por fim, o tGH
recombinante deverá ser posteriormente avaliado como suplemento alimentar em ração de
peixes, com intuito de proporcionar maior valor econômico à piscicultura do tambaqui.
Palavras chave: Piscicultura, Tambaqui, Hormônio de crescimento, Escherichia coli,
proteína heteróloga.
viii
ABSTRACT
Growth hormone is a polypeptide essential for growth and development of vertebrates. The
tambaqui (Colossoma macropomum) is a widely distributed fish species in the Amazon basin,
considered as promising for farming. Aiming future applications in dietary supplementation
of fish, this work has cloned and expressed the growth hormone from tambaqui (tGH), using
the bacterium Escherichia coli strain BL21 DE3 as a host. For expression of heterologous
protein, the synthetic gene tGH (611pb) was initially cloned into pUC19 vector and
subsequently inserted into the vector PGSM-1, constructed specifically for this work, giving
rise to plasmid PGSM-TGH. Induction of HGT was obtained by cultivating cells of E. coli /
PGSM-GHT in the presence of the inducer IPTG (1 mM), where the peak of expression was
observed after 4h of induction. Recombinant clones expressed a protein of approximately 24
kDa, similar in size to other works with fish GH. The recombinant tGH was confirmed by
polyacrylamide gel electrophoresis SDS-PAGE 15%. The recombinant tGH coli described in
this work will be used in ongoing studies, allowing additional characterization. Finally, the
recombinant TGH should be further evaluated as a food supplement in the diet of fish, in
order to provide greater economic value to the fish farming of tambaqui.
Key words: Fish farming, tambaqui, growth hormone, Escherichia coli, heterologous protein
Sumário
1-Introdução Geral
1.1-Aquicultura e o potencial brasileiro................................................................ 10
1.2-Hormônio de crescimento (GH).......................................................................
1.3-Expressão heteróloga em Escherichia coli.......................................................
11
12
1-Introdução.............................................................................................................. 16
2-Material e métodos................................................................................................ 17
2.1- Linhagens celulares e síntese química do tGH.............................................. 17
2.2-Construção do plasmídeo para expressão....................................................... 18
2.3-Indução e expressão do tGH........................................................................... 18
2.4- Eletroforese em SDS-PAGE.......................................................................... 19
3-Resultados.............................................................................................................. 19
3.1- Construção do plasmídeo de expressão.......................................................... 19
3.2- Expressão do tGH recombinante em E. coli.................................................. 19
4-Discussão.............................................................................................................. 21
5-Agradecimentos..................................................................................................... 24
6-Referências Bibliográficas..................................................................................... 24
10
1-Introdução
1.1- Aquicultura e o potencial brasileiro
Aqüicultura brasileira deve se tornar cada vez mais competitiva nos mercados
internacionais, a produção continua a aumentar em escala industrial, acompanhado de uma
melhoria constante na qualidade do produto. De 2003 a 2009, a produção na atividade que era
de 278 mil toneladas, passou para 415 mil toneladas (MPA, 2012).
Existem mais de 64 espécies de organismos aquáticos cultivados no Brasil. As
espécies de peixes mais cultivadas no país variam entres as regiões, sendo que no norte do
país as espécies mais cultivadas são o tambaqui (Colossoma macropomum) e o pirarucu
(Arapaima gigas) (MPA, 2010). O tambaqui é a espécie com maior importância comercial na
pesca e na piscicultura da região amazônica e devido a isso é o peixe mais cultivado no
Estado do Amazonas, com produções oriundas de piscicultura de 3.000 e 3.500 toneladas
anuais (Santos et al., 2006). O potencial de produção do tambaqui foi estimado em 15.500
toneladas e sua produção concentra-se na Amazônia Central, que representa 91% do total
(Barthem e Goulding, 2007).
A piscicultura tem se tornado um dos mais economicamente importantes setores.
Aliado ao crescimento da piscicultura houve um desenvolvimento da Biotecnologia Aquática
com aplicações de técnicas experimentais para manipular o crescimento dos peixes, como
dietas enriquecidas com nutrientes protéicos específicos e administração de hormônios, como
o hormônio de crescimento (GH). Para acelerar a taxa de crescimento em peixes, o hormônio
do crescimento tem sido explorado pela indústria da aquicultura como um potencial agente de
aceleração do crescimento. O crescimento de peixes em menor tempo é o objetivo da indústria
da aquicultura. Numerosos estudos têm mostrado que a administração nativa ou por meio do
hormônio de crescimento recombinante de peixe tem acelerado a taxa de crescimento de
diversas espécies de peixes (Tsai et al., 1997; Venugopal e Pandian, 2002; Funkenstein et al.,
2005; Acosta et al., 2007; Funkenstein et al., 2005). Estes estudos indicam que a terapia de
hormônio de crescimento tem o potencial para ser utilizado como um agente acelerador de
crescimento em peixe.
11
1.2-Hormônio de crescimento (GH)
O hormônio do crescimento (GH) é um dos hormônios polipeptídicos secretados pela
glândula pituitária na porção anterior da hipófise dos vertebrados. É composto por 188
aminoácidos com 5 resíduos de cisteína. É liberado na corrente sanguínea, onde vai atuar a
partir da sua associação com receptores específicos (receptor do hormônio de crescimento-
GHR) presente na membrana celular de células alvo, sendo que mais de 400 ações são
iniciadas, e a maioria delas está envolvida com o crescimento (Waters et al., 2006).
O GH e seu mediador, o fator de crescimento insulínico (IGF-I), são os principais
promotores do crescimento pós-natal e têm um papel importante no metabolismo (Reginato e
Coutinho, 2001; Moriyama et al., 2006). É envolvido na regulação do crescimento somático,
desenvolvimento, apetite, osmorregulação, maturação, imunidade, manutenção de proteínas,
lipídeos, carboidratos e metabolismo mineral em peixes (Agellon et al., 1988; Zohar, 1989;
Tsai et al., 1993; Farmanfarmaian e Sun, 1999; Silverstein et al., 2000). O fígado é o principal
órgão produtor do IGF nos vertebrados e peixes (Reinecke et al., 2005).
A síntese do GH ocorre na glândula pituitária e em outros tecidos extra-pituitários,
sendo possível identificar o mRNA do GH de peixes em gônadas de truta e cérebro de
dourado (Biga et al., 2004; Li et al., 2005; Canosa et al., 2007).
Existem vários fatores envolvidos no controle da secreção de GH, dentre eles, o estado
nutricional do animal, as condições de estresse, a salinidade e a temperatura (Li et al., 2005).
O GH melhora a eficiência de conversão alimentar e estimula o transporte intestinal de
alimentos e aminoácidos, mecanismos estes que podem ser responsáveis pela melhora nos
valores de conversão alimentar (Cavari et al., 1993; Moriyama et al., 1993; Tsai et al., 1994;
Melamed et al., 2002). Vários fatores influenciam o número de receptores do GH, incluindo o
próprio hormônio, a condição nutricional e outros hormônios (Peter e Marchant, 1995).
A quantidade de GH natural é extremamente baixa e a sua disponibilidade é limitada,
por isso é difícil estabelecer alguns métodos úteis para investigar a fisiologia do crescimento
dos peixes. O GH recombinante (rGH) de peixes, tem sido demonstrado que têm a mesma
função do GH natural, e pode ser empregado em vez do GH natural para estudar a fisiologia
dos peixes (Li et al., 2003).
12
Quase todas as seqüências descritas de GH são para os peixes da Europa e dos países
ocidentais, mas pouca informação se tem para os peixes da região amazônica. No Brasil, as
espécies de characideos que tiveram o gene do GH clonado e sequenciado foram o Piaractus
mesopotamicus (Pinheiro et al., 2008) e o Colossoma macropomum (Sousa, 2009).
Eficientes métodos para produção de GHs em larga-escala têm sido desenvolvidos,
sendo a produção em sistemas de expressão heteróloga um caminho promissor. Os cDNAs
codificadores do GH de várias espécies de peixes foram clonados e expressos utilizando a
bactéria Escherichia coli (Ho et al., 1991; Tsai et al., 1993, 1995, 1997; Bai et al., 1999;
Ayson et al., 2000; Deane e Woo, 2006), as leveduras Saccharomyces cerevisiae (Jin et al.,
1999) e Pichia pastoris (Wang et al., 2003; Acosta et al., 2007; Wei et al., 2008), a
cianobactéria Agmellum quadruplicatum (Kawata et al., 1991), as células de insetos
/baculovírus TnNPV (Lin et al., 1997) e BMNPV (Ho et al., 1998) e algas (Chen et al., 2008;
Liu et al., 2008).
GHs recombinantes produzidos em grandes quantidades em E.coli têm sido aplicados
para promover o crescimento em peixes, aumentando a eficiência de conversão alimentar sem
alterar a quantidade de consumo de alimentos (Farmanfarmaian e Sun, 1999). O rGH expresso
em E. coli tem desempenhado um importante papel na pesquisa básica da fisiologia dos
peixes e suas aplicações na aqüicultura. Tsai (1995) obteve um alto nível de expressão do
cDNA do GH de Acanthopagrus latus, representado 44% a 47% das proteínas totais expressas
por este microorganismo. Promdonkoy (2004) com o GH de Pangasianodon gigas alcançou
uma expressão de 20% das proteínas totais.
1.4- Expressão heteróloga em Escherichia coli
Um dos mais comumente sistemas utilizados para produção heteróloga de proteína é a
E. coli, uma bactéria gram-negativa que tem sido extensivamente caracterizada ao longo de
várias décadas. Essa bactéria tem atraído interesse, devido a habilidade de crescer
rapidamente, atingir altas concentrações celulares, permitir o uso de substratos baratos e
possuir várias cepas com genótipo conhecido (Choi et al., 2006).
E. coli é capaz produzir proteínas em níveis tão alto chegando a representar até 50%
da proteína celular total (Buchner e Kiefhaber, 2005). O uso da E. coli para obtenção de
proteínas em quantidade suficiente para o estudo da estrutura e função da mesma ou para
13
diversas aplicações clínicas ou industriais é hoje difundido constituindo um marco na história
do conhecimento de proteínas (Nascimento et al., 2003).
Diversas pesquisas utilizam primeiramente a expressão de proteínas heteróloga em E.
coli, sendo que sistemas alternativos podem vir a serem usados quando o produto expresso
não possuir atividade biológica devido a falta de modificações pós-traducionais essenciais
para o enovelamento correto da proteína, ou quando o rendimento da proteína nativa é muito
baixo (Jonasson et al., 2002). Outras limitações que a E. coli tem em seu sistema de expressão
inclui a ausência de um sistema de secreção para uma eficiente liberação da proteína
recombinante para o meio de cultura e limitada capacidade de produzir proteínas complexas
(Duílio et al., 2004). No entanto proteínas como os interferons, interleucina, hormônio de
crescimento, estão entre as proteínas recombinantes produzidas com sucesso neste sistema
(Lee, 1996)
Modificações nos vetores e linhagens de E. coli são frequentemente feitas no sentido
de aumentar a eficiência e versatilidade do sistema original. Atualmente existem diversas
linhagens de E. coli com capacidade de expressão em altos níveis. Uma boa hospedeira para
expressão deve possuir como características principais ser deficiente na expressão de
proteases, manter a estabilidade do plasmídeo e do mRNA e conferir elementos genéticos
relevantes para o sistema de expressão (Sorensen et al., 2005). Umas das linhagens mais
comumente utilizadas é a BL21 que é uma linhagem forte, capaz de crescer vigorosamente em
meio mínimo, é deficiente em ompT e lon que são proteases interferentes da expressão.
Um promotor para expressão em E. coli deve ter três características principais para
obtenção de altos níveis de uma proteína, deve ser forte, exibir uma expressão basal mínima, e
ser induzível de uma maneira simples e de baixo custo (Makrides, 1996). A E. coli tem sido
utilizado com sucesso como hospedeira para expressar genes heterólogos sob o controle do
forte T7 ou promotor lac, numerosos hormônios de crescimentos recombinantes de peixes
foram expressos em E. coli. A expressão das proteínas são normalmente induzidas pela adição
do tiogalactopiranosídeo de isopropila (IPTG). Embora a maioria dos hormônios de
crescimento formem corpos de inclusão insolúveis quando expresso, reagentes tais como
uréia e cloridrato de guanidina podem ser usados para solubilizar as proteínas e, em seguida
redobrar-las de volta às suas formas nativas (Singh e Panda, 2005).
14
A purificação é o ultimo passo a ser realizado após a expressão e atualmente as
construções dos sistemas de expressão são feitas com o intuito de facilitar esse processo.
Entre o grande numero de sistemas existentes o mais utilizado são os que expressam a
proteínas de fusão, onde o gene da proteína alvo esta ligado a um gene de uma outra proteína
que ficara retida na fase estacionaria de uma coluna cromatográfica. Uma vantagem adicional
desses sistemas e que a fusão pode proteger a proteína de interesse do ataque de proteases
(Neiva, 2005).
As proteínas inseridas em E. coli podem ser facilmente purificadas se possuírem cauda
de histidina (His-Tag) em fusão. Isso porque existe uma grande afinidade entre a cauda e
alguns íons metálicos, como o Ni2+,
Cu2+
e Co2+,
permitindo que o produto em fusão seja
rapidamente separado de outras proteínas existentes no meio, pureza de 95% (Hengen, 1995).
Neste trabalho, o tambaqui (Colossoma macropomum), um peixe de grande valor
comercial para a região amazônica, teve seu hormônio de crescimento (tGH) clonado e
expresso de forma satisfatória em Escherichia coli. O uso deste produto biotecnológico (tGH)
pode torna-se um grande atrativo na piscicultura nacional considerando-se a aplicabilidade já
constatada em outras de espécies de peixes exóticos como demonstrado no capitulo a seguir.
15
Clonagem e expressão do hormônio de crescimento de Colossoma macropomum em
Escherichia coli *.
Silva, S.D1; Carmo, E.J.
2, Souza, A.L.
2; Pinto, E. S.
3; Andrade, E.V.
2; Astolfi-Filho, A.
2;
Porto, J.I.R4.
1 Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Programa de Pós-graduação em Genética
Conservação e Biologia Evolutiva, Manaus-AM, Brasil
2 Universidade Federal do Amazonas, Centro de Apoio Multidisciplinar, Manaus-AM, Brasil
3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, Coari-AM, Brasil
4 Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Coordenação de Biodiversidade, Manaus-AM,
Brasil
* Trabalho a ser submetido ao periódico Brazilian Journal of Medical and Biological
Research
16
1-Introdução
Atualmente o Brasil produz aproximadamente 1,25 milhões de toneladas de pescado,
sendo 38% cultivados. A atividade gera um PIB pesqueiro de R$ 5 bilhões, mobiliza 800 mil
profissionais entre pescadores e aquicultores e proporciona 3,5 milhões de empregos diretos e
indiretos. O potencial brasileiro é enorme e o país pode se tornar um dos maiores produtores
mundiais de pescado, estando a aqüicultura brasileira cada vez mais competitiva no mercado
internacional. A produção tem aumentado em escala industrial, acompanhado de uma
melhoria constante na qualidade do produto (MPA, 2012).
As espécies de peixes mais cultivadas no país variam entres as regiões, sendo que no
Norte do país a espécie mais cultivada é o tambaqui (Colossoma macropomum). O potencial
de produção do tambaqui foi estimado em 15.500 toneladas e sua produção concentra-se na
Amazônia Central, que representa 91% do total (Barthem e Goulding, 2007).
O crescimento de peixes em menor tempo é o objetivo da indústria da aquicultura. O
hormônio do crescimento tem sido explorado pela indústria da aquicultura como um potencial
agente de aceleração do crescimento. Numerosos estudos têm mostrado que a administração
nativa ou por meio do hormônio de crescimento recombinante de peixe tem acelerado a taxa
de crescimento de diversas espécies de peixes (Funkenstein et al., 2005).
O hormônio do crescimento (GH) é um dos hormônios polipeptídicos secretados pela
glândula pituitária na porção anterior da hipófise dos vertebrados. Possui a massa molecular
de aproximadamente 22 kDa, em torno de 200 resíduos de aminoácidos e a presença de
resíduos de cisteína envolvidos na formação de duas pontes dissulfídicas no interior da
molécula. É liberado na corrente sanguínea, onde vai atuar a partir da sua associação com
receptores específicos (receptor do hormônio de crescimento-GHR) presentes na membrana
celular de células alvo, sendo que mais de 400 ações são iniciadas, e a maioria delas está
envolvida com o crescimento (Waters et al., 2006). O GH e seu mediador, o fator de
crescimento insulínico (IGF-I), são os principais promotores do crescimento pós-natal e têm
um papel importante no metabolismo dos vertebrados (Reginato e Coutinho, 2001; Moriyama
et al., 2006).
O GH está envolvido na regulação do crescimento somático, desenvolvimento, apetite,
osmorregulação, maturação, imunidade, manutenção de proteínas, lipídeos, carboidratos e
17
metabolismo mineral em peixes (Donaldson et al., 1979, Gill et al., 1985; Agellon et al.,
1988; Zohar, 1989; Tsai et al., 1993; Farmanfarmaian e Sun, 1999; Silverstein et al., 2000).
A importância do GH como um agente potencial de crescimento tem sido reconhecido
e a administração de GH tem mostrado acelerar a taxa de crescimento em um número de
animais, principalmente peixes (Barat et al., 1981; Agellon e Chen, 1986; Yamano et al.,
1988; Koren et al., 1989; Chiou et al., 1990; Funkenstein et al., 1991; Chang et al., 1992;
Cavari et al., 1993; McLean et al., 1993; Tang et al., 1993; Lemaire et al., 1994; Tsai et al.,
1994; Venugopal et al., 1998; Ayson et al., 2000; Anathy et al., 2001; Li et al., 2003). Assim
a clonagem, caracterização e expressão de GH de peixes tem sido objeto de muita pesquisa
durante a última década (Anathy et al., 2001; Wang et al., 2001; Venugopal et al., 2002; Chan
et al., 2003; Wang et al., 2003; Funkenstein et al., 2005; Deanne e Woo, 2006; Sciara et al.,
2006; Liu et al., 2008; Pinheiro et al., 2008; Wei et al., 2008).
GHs recombinantes (rGH) produzidos em grandes quantidades em Escherichia coli
têm sido aplicados para promover o crescimento em peixes, aumentando a eficiência de
conversão alimentar sem alterar a quantidade de consumo de alimentos (Farmanfarmaian e
Sun, 1999). O rGH expresso em E. coli tem desempenhado um importante papel na pesquisa
básica da fisiologia dos peixes e suas aplicações na aqüicultura.
Desta forma este trabalho teve como objetivo clonar e expressar o hormônio de
crescimento recombinante de tambaqui (tGHr) em E. coli com intuito de apresentar um
produto biotecnológico à piscicultura regional.
2- Material e Métodos
2.1- Linhagens celulares e síntese química do tGH
As linhagens celulares utilizadas nesse trabalho foram E.coli DH10b para
procedimentos de manipulação de genes e E. coli BL21 DE3 (Novagen) para expressão de
tGHr. O gene tgh foi otimizado para expressão em E. coli com base na seqüência de Souza
(2009) e sintetizado pela empresa GenOne. Foi construído por síntese química, de forma a
conter os códons mais utilizados pela E. coli. O gene sintetizado contém na extremidade 5’
sítios das endonucleases NdeI e EcoRI, seguido de uma região codificadora para seis resíduos
consecutivos de histidina para facilitar a purificação e detecção do tGHr, uma região
18
codificadora para uma região alvo reconhecida pela enzima enterokinase. Na extremidade 3’
possui sítios das endonucleases de restrição BamHI e NotI. O gene tgh sintético foi inserido
no vetor pUC19, a partir do qual foram realizados os procedimentos de manipulação gênica.
2.2- Construção do plasmídeo para expressão
Para que o gene tgh fosse inserido no plasmideo de expressão pGS-21a, necessitou-se
primeiramente inserir um polylinke contendo a seguinte sequência: 5’-
TATGACCATGGAATTCGGATCCAAGCTTGC-3’. O vetor pGS-21a passou a ser
chamado de pGSM-1 (Figura 1). Posteriormente, foi realizado uma digestão dupla tanto do
vetor pGSM-1, quanto do gene tgh com as enzimas de restrição EcoRI e NotI para promover a
ligação do gene ao vetor. Depois de ligado, o vetor passou a ser chamado de pGSM-tGH.
2.3- Indução e expressão do hormônio de crescimento do tambaqui recombinante
(tGHr)
E. coli BL21 DE3 contendo o plasmídeo recombinante pGSM-tGH foi cultivada a
37°C sob agitação em meio LB líquido suplementado com o agente de seleção ampicilina
(100 mg/mL) até atingir densidade ótica de 0,5 a 600nm (DO600 0,5). Em seguida, foi
adicionado 1mM de IPTG (Isopropil β -D-1-Tiogalactopiranosídeo) e a cultura mantida nas
mesmas condições descritas por 20h. O crescimento bacteriano (Abs600nm) e a taxa de indução
foram monitorados nos intervalos de 0h, 1h, 2h, 3h, 4h, 5h, 6h e 20h de indução. As células
Figura 1: Mapa do Vetor pGSM-1, indicando os sítios de restrição EcoRI e NotI, utilizado para
expressão do tGH.
19
bacterianas foram coletadas por centrifugação a 15000 g por 3 minuto, homogeneizadas e
ressuspensas em tampão de amostra 2x (200mM Tris pH 6,8; 0,1% (p/v) azul de bromofenol;
4% (v/v) SDS; 5% β-mercaptoetanol; 20%(v/v) glicerol), e então utilizados para análise em
gel de poliacrilamida do tipo SDS-PAGE a 15% (Laemmli, 1970).
2.4- Eletroforese em SDS-PAGE
Para confirmar a expressão do tGHr, 5uL de extrato protéico foi utilizado para ser
analisado em SDS-PAGE 15%. Em seguida, seguiu-se as especificações do fabricante do kit
InVision™ His-tag In-gel Stain (Invitrogen®) para detectar a proteína recombinante contendo
a cauda de histidina N-terminal. O gel de poliacrilamida foi colocado em uma solução
fixadora por 1 hora, depois lavado com água ultrapura por 20 minutos, corado com a solução
corante InVision™ His-tag por 1 hora, lavado com tampão fosfato 20 mM, pH 7,8 por 10
minutos e procedido a visualização imediata do gel. A aquisição de imagem foi realizada com
o auxílio do Thyphoon (9400) Variable Mode Image Trio.
3- Resultados
3.1- Construção do plasmídeo de expressão pGSM-tGH
O novo plasmídeo pGSM-tGH foi construído com sucesso e validado por intermédio
de cortes com as enzimas de restrição EcoRI e NotI, liberando um fragmento de 611pb
correspondente ao fragmento gênico do hormônio de crescimento do tambaqui (Figura 2).
3.2- Expressão do hormônio de crescimento do tambaqui recombinante (tGHr) em E.
coli
O tGHr foi expresso em E. coli BL21 DE3 após 2 horas de indução com o IPTG,
sendo que a expressão máxima foi obtida à partir de 4h de indução (Figura 3, poço 4). A
corrida eletroforética em gel desnaturante de poliacrilamida revelou uma banda
correspondente a uma proteína expressa com aproximadamente 24 kDa. Esta banda esteve
ausente no extrato protéico que continha apenas a célula hospedeira com o vetor pGSM-1
(Figura 3). O tamanho previsto para a proteína recombinante é de 24 kDa, sendo que a porção
de GH compreende aproximadamente 20 kDa e os 4 kDas restantes referem-se a cauda de
histidina (6x his tag) mais a sequência de aminoácidos correspondente ao sítio de
reconhecimento da enzima enterokinase. A expressão da proteína recombinante foi
20
confirmada após a imunodetecção das caudas de histidinas presentes no N terminal da
proteína expressada (Figura 4).
Figura 2: Digestão dupla do plasmídeo pGSM-tGH com as endonucleases EcoRI e NotI: (M) marcador
de peso molecular 1kb (Promega), (1) fragmento correspondente ao hormônio de crescimento de
tambaqui. Gel de agarose 0,8%, corado com brometo de etídeo.
Figura 3: Análise da expressão do tGH recombinante em E.coli linhagem BL21 DE3/ pGSM-tGH em SDS-
PAGE 15% corado com Comassie Blue. 1- BL21 DE3 (C-), 20h de indução; 2-BL21 DE3/pGSM1 (C-), 20h de
indução; 3- BL21 DE3/pGSM-1, 0h de indução; 4 a 9- BL21 DE3/pGSM-tGH 0h, 2h, 4h 6h, 8h e 20h de
indução, respectivamente; 10- C: controle, GH humano, 22 kDa.
tgh(611pb)
4 C 1 8 9 7 6 5 2 3
tGH
recombinante
~24kDa
21
4- Discussão
Neste trabalho, o tambaqui (Colossoma macropomum), um peixe de grande valor
comercial para a região amazônica, teve seu hormônio de crescimento (tGH) clonado e
expressado de forma satisfatória em Escherichia coli. A utilização do vetor pGSM-1 para
Figura 4: tGH recombinante em SDS-PAGE 15% evidenciado com A) Comassie blue e B) InVision™ His-
tag. M: marcador de proteína BenchMark™ His-tag; 1- BL21 DE3/pGSM-tGH 0 h de indução; 2 a 5 BL21
DE3/pGSM-tGH 2 h, 4 h, 6 h e 20 h de indução, respectivamente.
M 1 2 3 4 5
A
M 1 2 3 4 5 B
22
expressão do hormônio em E.coli BL21 DE3, após indução com o IPTG, mostrou-se
plenamente factível.
Desde a década de 80 que os cDNAs codificadores do GH de várias espécies de peixes
vem sendo clonados e expressos utilizando a bactéria Escherichia coli (Sekine et al., 1985).
GHs de peixes que foram expressos com êxito em E. coli incluem a truta arco-íris
(Oncorhynchus mykiss), enguia japonesa (Anguilla japonica), pargo negro (Acanthopagrus
schlegeli), carpa comum (Cyprinus carpio), carpa capim (Ctenopharyngodon idella),
“rabbitfish” (Siganus guttatus), “goldfish” (Carassius auratus auratus) , “indian major carp”
(Catla catla), “rohu” (Labeo rohita), “gilthead sea bream” (Sparus aurata), “dolphin fish”
(Coryphaena hippurus), “flounder” (Paralichtys olivaceus), “yellow porgy” (Acanthopagrus
latus), “striped bass” (Morone saxatilis) e salmão (Sekine et al., 1985; Agellon e Chen, 1986;
Saito et al., 1988; Ho et al., 1991; Tsai et al., 1993, 1995, 1997; Cheng et al., 1995; Jeh et al.,
1998; Mahmooud et al., 1998; Bai et al., 1999; Ben-Atia et al., 1999; Paduel et al., 1999;
Ayson et al., 2000, Chan et al., 2003; Venugopal et al., 2002; Funkenstein et al., 2005; Deane
e Woo, 2006).
Em se tratando de pesquisas brasileiras, a clonagem de hormônio de crescimento em
peixes vem sendo realizado há mais de 10 anos podendo ser destacado a clonagem do GH da
carpa prateada (Pedraça, 2000; Monteiro, 2011), pacu do pantanal (Pinheiro, 2008) e
tambaqui (Sousa, 2009).
Tradicionalmente, o método de escolha para a produção de proteínas simples como o
GH tem sido a expressão em células bacterianas, pois não necessita de modificações pós-
traducionais, é fácil, barato e rápido, já que as bactérias são cultivadas por apenas um dia e o
rendimento é elevado (Funkestein et al., 2005). Exceto para poucos casos em que a proteína
foi produzida em sistema de expressão eucariótico (Jin et al., 1999; Wang et al., 2003; Acosta
et al., 2007; Chen et al., 2008; Liu et al., 2008; Wei et al., 2008), a maioria dos GHs
recombinantes de peixes foram expressos em células bacterianas.
Como observado na Figura 3, a expressão de tGH em E. coli BL21 DE3 alcançou altos
níveis de concentração na indução realizada. Resultados similares foram encontrados em
outros trabalhos de expressão de GH de peixes por E. coli quando induzida com o IPTG. (Tsai
et al., 1995 e 1997; Anathy et al., 2001; Chan et al., 2003; Prondokoy et al., 2004; Sciara et
al., 2006). É importante ressaltar que o tGH foi obtido com a formação de corpos de inclusão
23
durante a expressão em E. coli. De acordo com estudos de outros GHs recombinantes de
peixes expressos em E. coli, o hormônio foi produzido na forma insolúvel, com corpos de
inclusão, como por exemplo: GH de tilápia (Rentier-Dulue et al., 1989), GH de atum (Sato et
al., 1989) e GH de “yellowfin porgy” (Tsai et al.,1995).
Os resultados obtidos claramente demonstram que a clonagem e a expressão do
hormônio de crescimento recombinante de tambaqui (tGH) foi obtida com sucesso em E. coli.
Tais resultados atinam a possibilidade de produção do GHs recombinantes de peixes
amazônicos de valor comercial, como é o caso do tambaqui, em sistemas de expressão
heterólogos. O tambaqui, por sua importância econômica, foi até o momento o primeiro peixe
amazônico cujo GH foi expresso.
Apesar de que neste trabalho não tenha sido possível purificar o tGH, esta etapa será
primordial para validação de nossos resultados pois a administração do GH em peixes
aumenta sensivelmente o crescimento, o peso e a conversão alimentar (Ishioka et al., 1992;
Cavari et al., 1993; Moriyama et al., 1993; Tsai et al., 1994; Melamed et al., 2002).
Dentre as várias maneiras pela qual o GH recombinante pode ser administrado ao
peixe, a administração oral por meio de rações parece ser a mais promissora na piscicultura,
com base no fato de que as células epiteliais do trato intestinal dos peixes absorvem o GH e o
mesmo logo é detectado no plasma sanguíneo (Moriyama et al., 1993). Além disso, a
administração oral evita o manuseio intensivo do peixe poupando de estressá-lo (Le Bail,
1989; Melamed et al., 2002). Outras formas de se administrar o GH recombinante para
promover o crescimento peixes são a imersão em água contendo este hormônio (Agellon et
al., 1988; Moriyama e Kawauchi, 1990; Acosta et al., 2007), ou através de injeção
intramuscular do GH .
A realização deste trabalho representa um passo inicial para a produção de GHs de
outras espécies importantes para aquicultura. Os posteriores ensaios biológicos do tGH com
vista a aceleração do crescimento do tambaqui, sem dúvida representarão um avanço e
inovação nas tecnologias de cultivos de peixes.
24
5- Agradecimentos
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo
financiamento do projeto e concessão de bolsa de mestrado à S.D. Silva. Ao Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia e à Universidade Federal do Amazonas que
proporcionaram a infraestrutura necessária para a execução deste projeto.
6- Referências Bibliográficas
Acosta, J.; Morales, R.; Morales, A.; Alonso, M.; Estrada, M.P. 2007. Pichia pastoris
expressing recombinant tilapia growth hormone accelerates the growth of tilapia.
Biotechnol. Lett, 29: 1671–1676.
Agellon, L.B.; Chen, T. T. 1986. Rainbow trout growth hormone: molecular cloning of cDNA
and expression in Escherichia coli. DNA, 5: 463–467.
Agellon, L.B.; Davies, S.L.; Chen, T.T.; Powers, D.A. 1988. Structure of a fish (raibow trout)
growth hormone gene and its evolutionary implications. Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 85:
5136-5140.
Anathy, V.; Venugopal, T.; Koteeswaran, R.; Pandian, T.J.; Mathavan, S. 2001. Cloning,
sequencing and expression of cDNA encoding growth hormone from Indian catfish
(Heteropneustes fossilis). J. Biosci., 26(3): 315–324.
Ayson, F. G.; De Jesus, E.G.; Amemiya, Y.; Moriyama, S.; Hirano, T.; Kawakauchi, H. 2000.
Isolation, cDNA cloning, and growth promoting activity of rabbitfish (Singanus guttatus)
growth hormone. Gen. Comp. Endocrinol., 117: 251–259.
Bai, J.J., Ma, J., Jian, Q., Li, X.H., Luo, J.R. 1999. Clone of cDNA for common carp GH and
its expression in prokaryocyte. Chin. J. Biochem. Mol. Biol., 15: 409–412
Barthem, R.; Goulding, M. 2007. Um ecossistema inesperado. A Amazônia revelada pela
pesca. Peru: Amazon Conservation Association, ACA, Civil Society Mamirauá. 241pp.
Barat, A.; Richerds, R.I.; Baxter, J.D.; Shine, J. 1981. Primary structure and evolution of rat
growth hormone gene. Proc. Natl. Acad. Sci., 78: 4867–4871.
25
Ben-Atia I.; Fine, M.; Tandler, A.; Funkenstein, B.; Maurice, S.; Cavari, E.; Gertler, A. 1999.
Preparation of recombinant gilthead seabream (Sparus aurata) growth hormone and its use
for stimulation of larvae growth by oral administration. Gen. Comp. Endocrinol., 113:
155–164.
Biga, P.R.; Cain, K.D.; Hardy, R.W.; Schelling, G.T.; Overturf, K.; Roberts, S.B.; Goetz,
F.W; Ott, T.L. 2004. Growth hormone differentially regulates myostatin-I and –II and
increases circulating cortisol in rainbow trout (Oncorhynchus mykiss). Gen Comp
Endocrinol. 138(1):32-41.
Buchner, J.T.; Kiefhaber. 2005. The Catalysis of Disulfide Bond Formation in Prokaryotes in
Protein Folding Handbook , Part II. ed. Hoboken, pp. 358-376.
Canosa, L.F.; Chang, J.P.; Peter, R.E. 2007. Neuroendocrine control of growth hormone in
fish. Gen Comp Endocrinol., 151:1–26.
Cavari, B.; Funkenstein, B.; Chen, T.T.; Gonzalez-Villasenor, L.I.; Schart, M. 1993. Effect of
growth hormone on the growth rate of the gilthead seabrem (Sparus aurata), and use of
different construct for the production of transgenic fish. Aquaculture, 111: 189-197.
Chan, Y.N.; Chen, C.H.; Chan, K.M. 2003. Recombinant goldfish growth hormone (gfGH-I
and -II) in Escherichia coli have similar biological activities. Comp. Biochem Physiol Mol.
Integr. Physiol, 135(4): 24-613.
Chang, Y.S.; Liu. C.S; Huang, F.L.; Lo, T.B. 1992. The primary structures of growth
hormones of three cyprinoids species: Bighead carp, Silver carp and Grass carp. Gen.
Comp. Endocrinol. 87: 385–393.
Chen, H.L.; Li, S.S,; Huang, R.; Tsai, H.J. 2008. Conditional production of a functional fish
growth hormone in the transgenic line of Nannochloropsis oculata (Eustigmatophyceae).
J. Phycol., 44: 768–776.
Cheng, C.; Clara, M.; Chenga, C.M.; Lina, M.; Shamblotta, L.I.; Gonzalez-Villasenocc, D.A.;
Powersd, C.; Woodse, T.T. 1995. Production of a biologically active recombinant
teleostean growth hormone in E. coli cells. Molecular and Cellular Endocrinology, 108
(2): 75-85
26
Chiou, C.S.; Chen, H.T.; Chang, W.C. 1990. The complete nucleotide sequence of the
growth-hormone gene from the common carp (Cyprinus carpio). Biochimica et Biophysica
Acta, 1087: 91-94.
Choi, J.H.; Keum, K.C.; Lee, S.Y. 2006. Production of recombinant proteins by high cell
density culture of Escherichia coli. Chem Eng Sci, 61:876--885
Deane, E.E.; Woo, N.Y. 2006. Molecular cloning of growth hormone from silver sea bream:
effects of abiotic and biotic stress on transcriptional and translational expression. Biochem.
Biophys. Res. Commun., 342 (4): 82-1077.
Donaldson, E.M.; Fagerlund, U.H.; Higgs, D.A.; McBride, J.R. 1979. Hormonal enhancement
of growth. Fish Physiol., 8: 455-597.
Duilio, A.; Tutino, M.L.; Marino, G. 2004. Recombinant protein production in Antarctic
Gram-negative bacteria. Methods Mol. Biol., 267: 225-237.
Farmanfarmaian, A.; Sun, L.Z. 1999. Growth hormone effects on essential amino acid
absortion, muscle amino acid profile, N-retention and nutritional requirement of stripe
bass hybrids. Genet. Anal. Biomol. Eng. 15:107–113.
Funkenstein, B.; Chen, T.T.; Powers, D.A.; Cavari, B. 1991. Cloning and sequencing of
gilthead seabream (Sparus aurata) growth hormone encoding cDNA. Gene, 103: 243–247.
Funkenstein, B.; Dyman, A.; Lapidot, Z.; Jesus-Ayson, E.G.; Gertler, A.; Ayson, F.G. 2005.
Expression and purification of a biologically active recombinant rabbitfish (Siganus
guttatus) growth hormone. Aquaculture, 250: 504–515
Gill, J.A., Sumter, E.M., Donaldson, H.M., Dye, H.M., Souza, L.M., Berg, T., Wypych, J.,
Langley, K. 1985. Recombinant chicken and bovine growth hormone accelerate growth in
aquacultured juvenile Pacific Salmon (Oncorhynchus kisutch). Biotechnology, 3: 643–646.
Hengen, P. 1995. Purification of His-Tag fusion proteins from Escherichia coli. Trends in
Biochemical Sciences, 20 (7): 285–6.
Ho, W.K.; Wong, M.W.; Chan, A.P. 1991. Cloning and sequencing of the grass carp
(Ctenopharyngodon idellus) growth hormone gene. Biochim. Biophys. Acta, 1090: 245–
248.
27
Ho, W.K.; Meng, Z.Q.; Lin, H.R.; Poon, C.T.; Leung, Y.K.; Yan, K.T.; Dias, N.; Che, A.P.;
Liu, .; Zheng, W.M.; Sun,Y.;Wong, A.O. 1998. Expression of grass carp growth hormone
by baculovirus in silkworm larvae. Biochim Biophys Acta, 1381(3) 9-331.
Ishioka, H.; Kosugi, R.; Ouchi, K.; Hara, A.; Nagamatsu, T. Mihara, S.; Ogai, H. 1992. Effect
of recombinant red sea bream growth hormone on growth of young red sea bream. Nippon
Suisan Gakkaishi, 58(12): 2335-2340.
Jeh, H.S.; Kim, C.H.; Lee, H.K.; Han, K. 1998. Recombinant flounder growth hormone from
Escherichia coli: over expression, efficient recovery, and growth-promoting effect on
juvenile flounder by oral administration. J. Biotechnol., 60: 183-193.
Jin, M.; Junjie, B.; Xinhui, L.; Jianren, L.; Qing, J.; Hongjun, Z.; 1999. Expression of rainbow
trout growth hormone cDNA in Saccharomyces cerevisiae. Chin. J. Biotechnol, 15(4) 24-
219.
Jonasson, P.; Liljeqvist, S.; Nygren, P.A.; Stahl, S. 2002. Genetic design for facilitated
production and recovery of recombinant proteins in Escherichia coli. Biotechnol. Appl.
Biochem. 35(2): 91–105.
Kawata, Y.; Yamano, N.; Kojima, H.; Itoh, S. 1991. Expression of salmon growth hormone
in the cyanobacterium Agmenellum quadruplicatum. Biotechnology Letters, 13(12): 851-
856.
Koren, Y.; Sarid, S.; Ber, R.; Daniel, V. 1989. Carp growth hormone: molecular cloning and
sequencing of cDNA. Gene, 77: 309-315.
Laemmli, U.K. 1970. Cleavage of structural proteins during the assembly of head of
bacteriophage T4. Nature, 2227: 680-685.
Le Bail, P.Y.; Sire, M.F.; Vernier, J.M. 1989. Intestinal transfer of growth hormone into the
circulation system of rainbow trout, Salmon gaidneri: interference by granule cells. J. Exp.
Zool., 251: 101-110.
Lee, S.Y. 1996. High cell density cultivation of Escherichia coli. Trends Biotechnol, 14: 98–
105.
28
Lemaire, C.; Writ, S.; Panyin, S. 1994. Giant catfish Pangasianodon gigas growth hormone-
encoding cDNA cloning and sequencing by one sided polymerase chain reaction. Gene,
49: 271-276.
Li, Y.; Bai, J.; Jian, Q.; Ye, X.; Lao, H.; Li, X.; Luo, J.; Liang, X. 2003. Expression of
common carp growth hormone in the yeast Pichia pastoris and growth stimulation of
juvenile tilapia (Oreochromis niloticus). Aquaculture, 216: 329–341.
Li, W.S.; Chen, D.; Wong, A.O.L.; Lin, H.R. 2005. Molecular cloning, tissue distribution, and
ontogeny of mRNA expression of growth hormone in orange-spotted grouper
(Epinephelus coioides). General and Comparative Endocrinology, 144: 78–89.
Lin, G.; Wang, X.; Long, Q.; Pang, T.; Wong, A.O.; Yu, K. 1997. Production of recombinant
goldfish growth hormone in a baculovirus expression system. Chin J Biotechnol, 13(2):
91-7.
Liu, S.; Zhang, X.; Zang, X.; Liu, B.; Arunakumara, K.K.I.U; Xu, D.; Zhang, X. 2008.
Growth, feed efficiency, body muscle composition, and histology of flounder
(Paralichthys olivaceus) fed GH transgenic Synechocystis. Aquaculture, 277: 78–82.
Makrides, S.C. 1996. Strategies for achieving high-level expression of genes in Escherichia
coli. Microbiol Rev, 60:512–538.
McLean, E.; Donaldson, E.M. 1993. The role of growth hormone in the growth of
poikilotherms, p. 43-71. In: Schreibman, M.P.; Scanes, C.G.; Pang, P.K.T. (Eds.). The
Endocrinology of Growth, Development, and Metabolism in Vertebrates. Academic Press,
New York.
Melamed, P.; Gong, Z.; Fletcher; Hew, C.L. 2002. The potencial impact of modern
biotechnology on fish aquaculture. Aquaculture, 204: 255-369.
Monteiro, A.R.S. 2011. Expressão de hormônio de crescimento da carpa Hypophthalmichthys
molitrix em leveduras. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, São Paulo, São
Paulo.124pp.
Moriyama, S.; Kawauchi, H., 1990. Growth stimulation of juvenile salmonids by immersion
in recombinant salmon growth hormone. Nippon Suisan Gakkaishi, 56: 31–34.
29
Moriyama, S.; Yamamoto, H.; Sugimoto, S.; Abe, T.; Tetsuya, H.; Kawauchi, H. 1993. Oral
administration of salmon recombinant growth hormone to rainbow trout, Oncorhyinchus
mykiss. Aquaculture, 112: 99-106.
Moriyama, S.; Oda, M.; Takahashi, A.; Sower, S.A.; Kawauchi, H.2006. Genomic structure
of the sea lamprey growth hormone-encoding gene. General and Comparative
Endocrinology, n.148, p. 33-40.
MPA. Ministério da Pesca e Agricultura. 2010. Participação da aqüicultura no setor pesqueiro
nacional. Disponível em: http://www.mpa.gov.br/_[2011 01 15].
MPA. Ministério da Pesca e Aquicultura. 2012. Boletim estatístico da pesca e aquicultura do
ano de 2010. Disponível em:
http://www.mpa.gov.br/images/Docs/Informacoes_e_Estatisticas/Boletim%20Estat%C3%
ADstico%20MPA%202010.pdf. Acessado em: 19 julho 2012.
Nascimento, A.C.; Espreafico, E.M.; Larson, M.L.P.; Monesi, N.; Rossi, N.M.M.; Rodrigues,
V. 2003. Tecnologia do DNA Recombinante. Universidade de São Paulo, Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto.
Neiva, M. 2005. Expressão em Escherichia coli de Quitinase (E.C. 3.2.1.14) de
Chromobacterium violaceum. Dissertação de Mestrado, Instituto Nacional de Pesquisa da
Amazônia, Manaus, AM. 97p.
Paduel, A.; Chapnik-Cohenb, N.; Gertlerb, A.; Elizura, A.; 1999. Preparation and
characterization of recombinant Dolphin Fish (Coryphaena hippurus) growth hormone.
Protein Expression and Purification, 16 (3) 417–423.
Pedraça, E.B. 2000. Clonagem e expressão do cDNA do hormônio de crescimento da carpa
(Hypophthalmichthys mulitrix) em Escherichia coli. Dissertação de Mestrado,
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP. 73p.
Peter, R.E.; Marchant, T.A. 1995. The endocrinology of growth hormone in carp related
species. Aquaculture, 129: 299-321.
Pinheiro, J.S.; Wolf, J.L.C.; Araújo, R.C.; Hilsdorf, A.W.S. 2008. Molecular cloning and
sequence analysis of growth hormone cDNA of neotropical freshwater fish pacu
(Piaractus mesopotamicus). Genetics and Molecular Biology, 31: 381-384.
30
Promdonkoy, B.; Warit, S.; Panyim, S. 2004. Production of a biologically active growth
hormone from giant catfish (Pangasianodon gigas) in Escherichia coli. Biotechnology
Letters, 26: 649–653.
Reinecke, M.; Björnsson, B.T.; Dickhoff, W.W.; McCormick, S.D.; Navarro, I.; Power,
D.M.; Gutiérrez, J. 2005. Growth hormone and insulin-like growth factors in fish: where
we are and where to go. Gen Comp Endocrinol., 142: 20–24.
Reginato, L.C.A; Coutinho, L.L. 2001. Biologia Molecular Aplicada à produção animal.
Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas. 215p.
Rentier-Delue, F.; Swennen, D.; Philippart, J. C.; L’hoir, C.; Lion, M. L; Benrubi, O.; Martial,
J.A. 1989. Tilapia growth hormone: molecular cloning of cDNA and expression in
Escherichia coli. DNA, 8:271–278.
Revol, A.; M.D.L.G. Rodriguez; V.H. Montenegro; C. Anguilera; H.B. Saldana; R. Mendoza.
2005. Cloning of the growth hormone cDNA of alligator gar Atractosteus spatula and its
expression through larval development. Comp. Biochem. Physiol. A., 140: 423-429.
Santos, G.M.; Ferreira, E.J.G.; Zuanon, J. 2006. Peixes comerciais do Médio Amazonas -
Região de Santarém, PA. Imprensa Oficial, Brasília. 211 pp.
Sato, N.; Kawazoe, I.; Tamai, T.; Inoue, T.; Murata, K.; Kimura, S.; Nonaka, M.; Kimura, A.
1989. Purification and characterization of recombinat tuna growth hormone produced in
Escherichia coli. J. Ferment. Bioeng., 68 (2): 79-83.
Saito, A., Sekine, S., Komatsu, Y., Sato, M., Hirano, T., Itoh, S. 1988. Molecular cloning of
eel growth hormone cDNA and its expression in Escherichia coli. Gene, 73: 545- 551.
Sciara, A.A.; Rubiolo, J.A.; Somoza, G.M.; Arranz, S.E. 2006. Molecular cloning, expression
and immunological characterization of pejerrey (Odontesthes bonariensis) growth
hormone. Comp. Biochem. Physiol. C. Toxicol. Pharmacol., 142(3-4): 92-284.
Sekine, S.T.; Mizukami, T.; Nishi, Y.; Kuwana, A.; Saito, M.; Sata, S.; Kawauchi, H. 1985.
Cloning and expression of cDNA for salmon growth hormone in Escherichia coli. Proc.
Natl. Acad. Sci., 82: 4306-4310.
31
Silverstein, J.T.; Wolters, W.R.; Shimizu, M.; Dickhoff, W.W. 2000. Bovine growth hormone
treatment of channel catfish: strain and temperature effects on growth, plasma IGF-I
levels, feed intake and efficiency, and body composition. Aquaculture, 190: 7–88.
Singh, S.M.; Panda, A.K. 2005. Solublization and refolding of bacterial inclusion body
proteins. J. Biosci. Bioeng., 99: 303-310.
Sorensen, H.P; Mortensen, K.K. 2005. Advanced genetic strategies for recombinant protein
expression in Escherichia coli. Journal of Biotechnology, 115:113-128.
Sousa, A.R.B. 2009. Análise do transcritoma de etiquetas de sequências expressas da
hipófise e parte do cérebro do tambaqui (Colossoma macropomum) e expressão do cDNA
do hormônio de crescimento em Pichia pastoris. Tese de Doutorado. Instituto Nacional de
Pesquisa da Amazônia, Manaus, Amazonas. 65pp.
Tang, Y.; Lim, C.M.; Chen T.T.; Kawauchi, H.; Dunham, R.A.; Powers, D.A. 1993. Structure
of the channel catfish (Ictalurus punctatus) growth hormone gene and its evolutionary
implications. Mol. Mar. Biol. Biotechnol. 4: 198–206.
Tsai, H.J.; Wei, K.C.; Ching, C.C. 1993. Enhancement of tilapia growth by dietary
administration of recombinant yeast lysates as a supplement. J. Fish. Soc. Taiwan, 20:
339-345.
Tsai, H.J.; Kuo, J.C.; Lou, S.W.; Chen, T.T. 1994. Growth enhancement of juvenile striped
mullet by feeding recombinant yeasts containing fish growth hormone. Prog. Fish-Cult.,
56: 7-12.
Tsai, H.J.; Lin, K.L.; Kuo, J.C.; Chen, S.W. 1995. Highly efficient expression of fish growth
hormone by Escherichia coli cells. Appl. Environ. Microbiol., 61: 4116-41 19.
Tsai, H.-J.; Hsih, M.-H.; Kuo, J.-C. 1997. Escherichia coli-produced fish growth hormone as
a feed additive to enhance the growth of juvenile black seabream (Acanthopagrus
schlegeli). J. Appl. Ichthyol., 13: 79-82.
Venugopal, T.; Pandian, T.J.; Mathavan, S. 1998. Growth hormone precursor mRNA
complete coding sequence of Labeo rohita. Genbank submission AF134200.
32
Venugopal, T.; Mathavan, S.; Pandian, T.J. 2002. Molecular cloning of growth hormone
encoding cDNA of Indian major carps by a modified rapid amplification of cDNA ends
strategy. J. Biosci. 27(3) 261–272.
Wang W.; Wang Y.P.; Zhu Z.Y. 2001. Prokaryotic expression of recombinant grass carp
growth hormone. Yi Chuan Xue Bao. 28(4): 306-12.
Wang, W.; Sun, Y.H.; Wang, Y.P.; Zhu, Z.Y. 2003. Expression of grass carp growth hormone
in the yeast Pichia pastoris. Yi Chuan Xue Bao, 30: 301–306.
Waters, M.J.; Hoang, H.N.; Fairlie, D.P.; Pelekanos, R.A.; Brown, R.J. 2006. New insights
into growth hormone action. J. Mol. Endrocrinol., 36:1-7.
Wei, C.; Zhou, X.; Zhang, Y. 2008. Improving intracellular production of recombinant
protein in Pichia pastoris using an optimized preinduction glycerol-feeding scheme. Appl
Microbiol Biotechnol, 78(2):257-64.
Yamano, Y.; Oyabayashi, K.; Okuno, M.; Jato, M.; Kioka, N.; Manabe, E.; Hashi, H.; Sakai,
H.; Komano, T.; Utsumi, K.; Iritani, A. 1988. Cloning and sequencing of cDNA that
encodes goat growth hormone. FEBS Lett. 228: 301–304.
Zohar, Y. 1989. Endocrinology and fish farming: aspects in reproduction, growth and
smoltification. Fish Physiol. Biochem. 7: 395–405.