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Instituto Politécnico de Coimbra Escola Superior Agrária Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais 2009 João Pedro Costa Coimbra 04122009 Relatório de Estágio Análise da Rede Nacional de Postos de Vigia - Identificação dos seus elementos com maior interesse para a AFOCELCA

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Instituto Politécnico de Coimbra

Escola Superior Agrária

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2009 

João Pedro Costa 

Coimbra 

04‐12‐2009 

Relatório de EstágioAnálise da Rede Nacional de Postos de Vigia - Identificação dos seus elementos com

maior interesse para a AFOCELCA

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Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Orientador Externo: Engº. Orlando Ormazabal

Orientador Interno: Doutor Joaquim Sande Silva

Local de Estágio: Central de Operações - AFOCELCA 

 

 

 

 

   

2009 

João Pedro Costa 

Coimbra 

04‐12‐2009 

Relatório de EstágioAnálise da Rede Nacional de Postos de Vigia - Identificação dos seus elementos com

maior interesse para a AFOCELCA

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Dedicatória

Dedico o presente trabalho aos meus pais, pela infindável paciência e compreensão, que sempre revelaram ter, mas, acima de tudo, por confiarem nas minhas escolhas e me apoiarem incondicionalmente quando abracei a engenharia dos recursos florestais.

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Agradecimentos

Ao Engº. Orlando, meu orientador na AFOCELCA, por ter proporcionado este estágio, pelas orientações técnicas e pelo seu incrível espírito de liderança, que me motivou desde o inicio.

Ao professor Joaquim Sande Silva pelo grande profissionalismo que sempre me serviu de exemplo.

Ao João Bandeirinha pela amizade, dedicação e apoio logístico durante todo o trabalho.

Ao Bruno Freitas pelo apoio e amizade nos momentos de maior desespero.

Ao Filipe Santos, por toda a ajuda em SIG e pela incrível disponibilidade que sempre revelou.

Ao Engº. Filipe Catry pelo tempo que me dispensou bem como pelos conselhos e bibliografia disponibilizada.

Ao professor José Gaspar, pelos conselhos e dicas no manuseamento de informação geográfica, bem como pela disponibilidade que sempre revelou para me receber.

Ao Pedro Almeida (Peter) pela revisão do abstract.

Ao José Quaresma pelo apoio, incentivo e troca de impressões durante os longos dias de elaboração deste relatório.

À Joana, pelas revisões, criticas e sugestões mas também pelo seu amor, nem sempre compreendido mas totalmente correspondido.

À Ana, pela ajuda na recolha de dados e pelas exaustivas revisões, obrigado mana.

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Resumo

Os incêndios florestais constituem um grave problema económico, ecológico e social na realidade portuguesa de hoje em dia. Quando os mecanismos de prevenção falham é de extrema importância a existência de um bom sistema de detecção, capaz de desencadear em tempo útil a acção de combate necessária. Portugal possui mais de 240 postos de vigia, integrados num sistema único de detecção com o objectivo de alertar para a ocorrência de um incêndio e providenciar a sua localização.

A AFOCELCA, Agrupamento Complementar de Empresas do grupo Altri e grupo Portucel-Soporcel, para a protecção contra incêndios florestais, pretende informação que a ajude a definir quais os postos de vigia de maior interesse para o seu património. Neste seguimento, foram calculadas as bacias de visão para todos os postos de vigia da Rede Nacional Postos Vigia (RNPV) e analisada a sua cobertura das propriedades das empresas. Este trabalho teve início com a recolha de dados dos postos de vigia, e variáveis associadas ao risco de incêndio, tendo os cálculos sido executados com recurso a Sistemas de Informação Geográfica (SIG).

No final, foram apresentados os resultados relativos à visibilidade da RNPV bem como a sua cobertura do património AFOCELCA. Foram ainda incluídas algumas considerações sobre zonas de vigilância prioritária e sugestões para a selecção dos postos de vigia alvo.

Palavras-chave: Incêndios Florestais, Postos de Vigia, Bacias de Visão, AFOCELCA , Prioridades de Vigilância, Cartografia de Visibilidades.

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Abstract

Forest fires are a serious problem economically, ecologically and socially in Portugal nowadays. When prevention mechanisms fail, it is extremely important that there is a good detection system, capable of triggering the necessary combat action in apt time. Portugal has more than 240 lookout posts, integrated into a unique system of detection with the objective of alerting the presence of a fire and providing its location. AFOCELCA, additional group of companies of the Altri group and of the Portucel-Soporcel, for the protection against forest fires, want information that will help it to define which are the lookout posts of greater interest to its heritage. Due to this, calculations were made of the basins of vision for all lookout posts and its coverage of company property was analysed. This work started with the collection of data from the lookout posts and variables associated with the risk of fire, with the calculations being made via Geographic Information System.

In the end, results relative to the visibility of all the lookout posts as well as its coverage of AFOCELCA heritage were presented. There were yet some considerations included about priority surveillance zones and suggestions for the selection of target lookout posts.

Key-words: Forest Fires, Lookout Posts, Basins of Vision, AFOCELCA, Surveillance Priorities, Mapping of Visibility.

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Sumário

Dedicatória .................................................................................................................................... ii 

Agradecimentos ........................................................................................................................... iii 

Resumo ........................................................................................................................................ iv 

Abstract ........................................................................................................................................ v 

Lista de Figuras ............................................................................................................................ vii 

Lista de Tabelas............................................................................................................................ vii 

Lista de abreviaturas .................................................................................................................. viii 

1  Introdução ............................................................................................................................. 1 

2  Metodologia .......................................................................................................................... 2 

2.1  Cartografia de base ....................................................................................................... 2 

2.1.1  Limites Administrativos ......................................................................................... 3 

2.1.2  Cartografia AFOCELCA ........................................................................................... 3 

2.1.3  Altimetria ............................................................................................................... 4 

2.1.4  Postos de vigia ....................................................................................................... 6 

2.1.5  Ignições .................................................................................................................. 9 

2.1.6  Densidade Populacional ...................................................................................... 13 

2.1.7  Carta Risco de Incêndio Florestal ........................................................................ 15 

2.2  Prioridades de vigilância .............................................................................................. 17 

2.3  Cálculo das bacias de visão. ........................................................................................ 17 

2.3.1  Raios de visibilidade ............................................................................................ 18 

2.3.2  Carta de visibilidades ........................................................................................... 21 

2.4  Intersecção das bacias de visão. ................................................................................. 22 

3  Resultados e Discussão ....................................................................................................... 22 

3.1  Análise das prioridades de vigilância .......................................................................... 23 

3.2  Análise geral das visibilidades ..................................................................................... 25 

3.3  Análise individual de visibilidades ............................................................................... 28 

4  Conclusões .......................................................................................................................... 31 

4.1  Soluções possíveis ....................................................................................................... 31 

4.2  Apreciação crítica dos métodos. ................................................................................. 32 

4.2.1  Dados de base ..................................................................................................... 32 

4.2.2  Prioridades de vigilância ...................................................................................... 33 

4.2.3  Raios de visibilidade ............................................................................................ 33 

4.3  Considerações finais .................................................................................................... 33 

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5  Referências Bibliográficas ................................................................................................... 35 

6  ANEXOS ............................................................................................................................... 37 

 

Lista de Figuras

Figura 1: Modelo Digital de Terreno para a área em análise (Portugal mais buffer de 40 km). ... 5 Figura 2: Localização dos postos de vigia utilizados, sobrepostos com o modelo digital de terreno. ......................................................................................................................................... 8 Figura 3: Carta com o número médio de ignições (média anual considerando os últimos 8 anos) por concelho. ............................................................................................................................... 12 Figura 4: Densidade populacional média por concelho. ............................................................. 14 Figura 5: Carta de Risco de Incêndio Florestal (CRIF). ................................................................ 16 Figura 6: Carta com a classificação de continentalidade. ........................................................... 20 Figura 7: Extracto de modelo para o cálculo das bacias de visão em formato vectorial e raster. ..................................................................................................................................................... 22 Figura 8: Cartas das prioridades de vigilância. ............................................................................ 24 Figura 9: Carta de visibilidades ................................................................................................... 27 Figura 10: Gráfico que relaciona a percentagem de área coberta em função do número de postos, mostrando ainda os respectivos acréscimos. ................................................................. 30 

Lista de Tabelas

Tabela 1: Número de ignições em Portugal Continental. Comparação entre os dados das bases de dados obtidas no site da AFN e a publicação “Incêndios Florestais ‐ 5 Anos Após 2003” (Silva, Deus, & Saldanha, 2008). .................................................................................................... 9 Tabela 2: Comparação do número de ignições constantes das base de dados disponíveis no site da AFN, que se encontram georreferenciadas fora dos limites de Portugal. ............................. 10 Tabela 3: Reclassificação do número médio de incêndios por concelho e por ano, para uma escala de valor crescente com 5 classes. .................................................................................... 11 Tabela 4: Reclassificação da carta de densidade populacional média por concelho. ................ 13 Tabela 5: Classificação das Regiões Naturais de Portugal Continental quanto à sua Continentalidade. ........................................................................................................................ 18 Tabela 6: Raios máximos de visibilidade face à relação entre continentalidade e rugosidade.  21 Tabela 7: Percentagens de área visível e não visível pelos postos de vigia em função do território em análise. ................................................................................................................... 25 Tabela 8: Intervisibilidade em função território em análise. ...................................................... 26 Tabela 9: Áreas de cobertura individuais para os 196 postos de vigia que observam propriedades prioritárias. ........................................................................................................... 29 

 

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Lista de abreviaturas

AFN – Autoridade Florestal Nacional

ANPC – Autoridade Nacional de Protecção Civil

CAOP – Carta Administrativa Oficial de Portugal

CDOS – Comando Distrital de Operações de Socorro

CEABN – Centro de Ecologia Aplicada professor Baeta Neves

CRIF – Carta de Risco de Incêndio Florestal

DON – Directiva Operacional Nacional

EMEIF – Equipa de Monitorização e Exploração da Informação Florestal

GNR – Guarda Nacional Republicana

IGP – Instituto Geográfico Português

INESC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores

RNPV – Rede Nacional de Postos de Vigia

SIG – Sistema de Informação Geográfica

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1 Introdução Os incêndios florestais são uma realidade transversal a toda a bacia Mediterrânea,

à qual Portugal não é imune. Todos os anos milhões de euros são consumidos pelo fogo e outros tantos gastos na sua supressão ou recuperação dos danos causados, valores aos quais, infelizmente, quais por vezes se juntam vidas humanas.

O clima temperado do nosso país, em que a estação quente coincide com a seca (IM, 2008), cria condições para que sejamos o país da União Europeia com maior percentagem nacional de alta incidência de incêndio (Birot, 2009).

As consequências deste fenómeno com características sazonais manifestam-se na esfera económica, ambiental e social (Birot, 2009), constituindo um encargo considerável para o país, bem como um sério entrave à sua evolução.

Felizmente que, com o passar dos anos, a filosofia de que os incêndios se travam única e exclusivamente investido na supressão foi ficando esquecida, e hoje em dia Portugal estará, potencialmente, mais bem preparado do que há uns anos atrás para lidar com incêndios. O investimento na prevenção e pré-supressão que vem sido feito, promete dar frutos e atrai também o interesse de entidades privadas. É sobre uma entidade privada, e sobre um mecanismo de pré-supressão – a detecção – que recai este estudo.

A AFOCELCA é um agrupamento complementar de empresas do grupo Portucel-Soporcel e do grupo Altri que tem por missão apoiar o combate aos incêndios florestais nas propriedades das empresas agrupadas em estreita colaboração com a Autoridade Nacional de Protecção Civil – ANPC. (AFOCELCA, 2009)

Em termos de detecção, a AFOCELCA está dependente da RNPV, operada pelas Equipas de Monitorização e Exploração da Informação Florestal (EMEIF) nos Comandos Distritais de Operação de Socorro (CDOS).

Neste estudo pretende-se analisar a RNPV e seleccionar os postos de vigia com maior interesse na cobertura das propriedades AFOCELCA de valor acrescido e situadas em zonas de vigilância considerada prioritária. Os resultados obtidos poderão vir a ser utilizados na eleição dos postos de vigia a serem operados de forma directa pela AFOCELCA.

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2 Metodologia Este trabalho comporta uma elevada componente de SIG, como meio de cálculo

para os resultados pretendidos. Foi necessário obter e produzir cartografia de base, calcular prioridades de vigilância e bacias de visão e por fim intersectar as diferentes variáveis de forma a obter os resultados pretendidos.

Ao trabalhar em SIG é fundamental começar por definir alguns parâmetros chave para o sucesso dos cálculos efectuados, entre os quais está o sistema de coordenadas a utilizar, a grelha base paras as cartas em formato raster e o tamanho do pixel a utilizar.

Por uma questão de comodidade utilizou-se o sistema de coordenadas projectadas Datum 73 Hayford-Gauss IGeoE visto ser comum a muitos dos dados obtidos. Parte dos dados AFOCELCA foram entregues com coordenadas projectadas WGS 84 UTM Zona 29 Norte, pelo que tiveram que ser projectadas.

Quando se trabalhou em formato raster, dentro dos limites de Portugal, utilizou-se uma grelha padrão cujas propriedades podem ser consultadas no ANEXO I. Como única excepção temos as propriedades AFOCELCA de valor acrescido, cujo recorte e dimensão levaram à redução do tamanho do pixel para um quarto do original.

2.1 Cartografia de base Na primeira fase deste trabalho, foi levado a cabo todo o processo de recolha,

edição de dados e produção da cartografia que será a base do estudo realizado. Trata-se de uma parte fulcral que irá facilitar a parte de cálculo, permitindo que esta decorra sem interrupções e optimizando assim o tempo de execução do trabalho.

Para tal, e tendo em conta os objectivos propostos, foram eleitos como necessários os seguintes dados:

- Limites Administrativos de Portugal Continental e dos seus Concelhos.

- Dados espaciais do património AFOCELCA, contemplando a sua área de interesse e as prioridades de protecção.

- Dados altimétricos de Portugal Continental e envolvente de 40km.

- Localização da RNPV acrescida do seu código de designação individual e altura de plataforma.

- Localização das ignições em Portugal Continental nos últimos anos.

- Densidade populacional por concelho.

- Carta de Risco de Incêndio Florestal.

De seguida são apresentados os dados obtidos, a sua fonte e edições a que foram sujeitos.

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2.1.1 Limites Administrativos Os limites administrativos usados foram fornecidos pela AFOCELCA. Estes

dados provêm da Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), e integram o SIG oficial da AFOCELCA. Correspondem aos limites de concelho e de país.

2.1.2 Cartografia AFOCELCA Foi entregue pela AFOCELCA, cartografia vectorial contendo:

- Área buffer AFOCELCA (área das propriedades acrescida de uma envolvente de 2 km)

- Propriedades AFOCELCA (área patrimonial efectiva)

- Propriedades AFOCELCA de Valor 1. (área patrimonial de maior valor)

Estes dados agregavam muita informação, para além de serem bastante volumosos

o que de alguma forma tornou demorado o processo de edição. Para que se tenha uma

ideia, estamos a falar de uma área superior a duzentos mil hectares de património,

distribuídos por cerca de duas mil e quinhentas propriedades individuais e provenientes

de mais do que uma entidade (Aliança Florestal, SilviCaima, Lazer & Floresta, etc…)

não sendo completamente uniforme a informação entregue por ambas.

Todos os atributos não necessários foram dissolvidos, ficando como produto final

apenas os limites de cada uma das três entidades supracitadas em formato vectorial e

raster.

A conversão para formato raster, com a resolução de 93 metros, levou a que se

verificassem perdas significativas na área das propriedades ( 0,15% para o total de

propriedades e 0,18 nas propriedades de valor 1). Tentou-se aumentar a resolução,

usando submúltiplos do tamanho inicial do pixel mas, por limitações de memória do

hardware usado, tal apenas foi possível para as áreas de valor 1. Este facto não é

considerado grave dado que o objectivo principal recai precisamente sobre estas áreas.

Para as propriedades de valor 1 a resolução final foi de 23,3509491675, um quarto da

inicial, proporcionando assim uma perda de apenas 0,01%, em relação à área original.

Por questões de confidencialidade não são divulgadas áreas ou cartas contendo

informação patrimonial das empresas, sendo os resultados apresentados sempre em

valor relativo.

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2.1.3 Altimetria A informação altimétrica foi obtida do programa STRM (Shuttle Radar

Topography Mission) da NASA (National Aeronautics and Space Administration) (CGIAR-CSI, 2009) sendo depois tratada pelo CGIAR-CSI (Consultative Group for International Agriculture Research - Consortium for Spatial Information). Os dados extraídos correspondem à sua quarta versão, que difere das anteriores nos algoritmos de tratamento e correcção dos valores NULL (zonas sem valor altimétrico), com o consequente acréscimo de qualidade e fiabilidade. (Jarvis, et al, 2008)

Estes dados foram extraídos através de um File Transfer Protocol (CGIAR-CSI, 2009) sob a forma de dois ficheiros (formato GeoTIFF), com sistema de coordenadas geográficas GCS WGS 1984, tendo uma resolução espacial de aproximadamente 93x93 metros.

A fonte de dados seleccionada foi também a utilizada no estudo “Análise da Rede Nacional de Postos de Vigia” desenvolvido em parceria pelo CEABN/ADISA-INESC INOVAÇÃO e promovido pela COTEC (Associação Empresarial para a Inovação). (Rego, et al., 2004)

Neste estudo foi também demonstrado que a resolução dos dados de base (93x93 metros) é suficiente para o objectivo pretendido, não sendo portanto necessário recorrer a resoluções mais altas, com todos os constrangimentos de cálculo dai subsequentes.

Os dois ficheiros com a informação altimétrica foram unidos num só e projectados para DATUM 73 IGeoE.

Sendo de seguida recortado apenas o limite de Portugal acrescido de um buffer de 40km, para evitar eventuais erros de sobrestimação da área visível em zonas onde a fronteira é muito recortada (Rego, et al., 2004). Esta redução de área vai diminuir o tempo de cálculos futuros.

Os dados altimétricos possuem valores negativos nas zonas litorais, principalmente em zonas alagadas (estuários e rias). Tal como já havia sido feito por Rego, et al. (2004) estes foram corrigidos, reclassificando para zero todos os valores negativos.

A carta resultante desta operação é apresentada na Figura 1.

Tendo em conta que após o cálculo das bacias de visão a análise de dados será feita a nível nacional, da carta supracitada, foi extraído apenas o limite de Portugal. Sendo assim também criado um modelo altimétrico para o território Português.

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Figura 1: Modelo Digital de Terreno para a área em análise (Portugal mais buffer de 40 km).

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2.1.4 Postos de vigia A aquisição dos dados correspondentes à RNPV designadamente, código de posto

de vigia, coordenadas posicionais e altura da plataforma, foi efectuada através de contactos com várias pessoas e entidades pertencentes, ou de alguma forma envolvidos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

Foi solicitado à Guarda Nacional Republicana (GNR), entidade que tutela o dispositivo de detecção de incêndios florestais desde 2006 (Silva, Deus, & Saldanha, 2008), informação relativa à identificação, posição e altura de plataforma de todos os postos de vigia. Esta informação foi facultada sob a forma de um ficheiro Excel contendo a informação pretendida para a grande maioria dos postos de vigia, apresentando no entanto algumas falhas.

Para colmatar essas falhas, o mesmo tipo de informação solicitada à GNR, foi extraída do Anexo I do estudo do CEABN/INESC (Rego, et al., 2004) e criada nova tabela para comparação.

O cruzamento da informação entre ambas as tabelas, revelou a existência de mais registos nos dados da GNR do que a do estudo do CEABN/INESC. Não extindo também uma total correspondência entre os códigos de chamada e coordenadas posicionais. Estes dados foram então adicionados ao ArcGIS, projectados no espaço e comparados entre si. Facilmente se percebeu que para um único posto de vigia poderiam existir dois códigos diferentes.

Em consulta à base de dados online da Direcção Geral das Florestas (IGP, 2004), actualmente designada por Autoridade Florestal Nacional (AFN), foi possível averiguar que grande parte das localizações constantes da tabela enviada pela GNR é anterior a 2004, altura em que o CEABN/INESC fez o primeiro levantamento sistemático da RNPV, recorrendo a medições feitas no terreno com recurso a equipamentos de GPS (Global Positioning System) em 86% dos casos de precisão potencial sub-métrica (Rego, et al., 2004). Nestes casos usaram-se as coordenadas mais recentes.

Ainda assim, e após este cruzamento de informação, existiam seis postos de vigia do sistema nacional em que eram desconhecidos os dados necessários. Para obter estes dados foram contactados directamente os respectivos Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) e Equipas de Monitorização e Exploração da Informação Florestal (EMEIF) da GNR.

Foram excluídas deste estudo dois postos de vigia, um no campo de tiro de Alcochete, propriedade do Exercito Português e o outro nas dunas de S. Jacinto, propriedade do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB). Estes dados foram obtidos junto dos CDOS de Santarém e Aveiro, respectivamente. O regime de propriedade e funcionamento destes postos ditaram a sua exclusão.

Por outro lado, foram acrescentadas dois postos de vigia próprios: Alcoentre e Pegões, através de dados fornecidos por Supervisores de Património e Prestadores de

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Serviços das Empresas Agrupadas que se disponibilizaram para efectuar a recolha no terreno.

Findo este processo de recolha e compilação de dados relativos aos postos de vigia, foi criada uma tabela única contendo, para além dos dados posicionais dos postos e da sua altura de plataforma, oito novos campos necessários como parâmetros do comando Viewshed de ArcGIS para o cálculo das bacias de visão, são eles:

OffsetA – Altura à qual é feita a observação. Foi usada a altura da plataforma de observação de cada posto (em metros) à qual foi somada a altura de observação (Rego, et al., 2004). A altura de observação foi fixada em 1,6 metros para todos os postos de vigia. Este valor contempla a altura média do observador cifrada em 1,7 metros à qual foi retirado 10 cm (diferença média entre altura total e altura de observação) (USDHHS, 2002).

OffsetB – Valor a ser adicionado à cota de cada ponto em análise aquando do seu cálculo de visibilidade. A este campo foi atribuído o valor de 10 metros. Este campo traduz a altura da coluna de fumo aceitável para efeitos de uma primeira detecção de um incêndio ainda sem grandes proporções. (Rego, et al., 2004)

Azimuth1 – Específica o limite inferior do ângulo horizontal de visão. Foi usado o seu valor por defeito que é 0º. (Rego, et al., 2004)

Azimuth2 – Específica o limite superior do ângulo horizontal de visão. Foi usado o seu valor por defeito que é 360º. (Rego, et al., 2004)

Vert1 – Limite superior do ângulo vertical de visão, acima do plano horizontal. O plano horizontal (0º) é definido pelo valor de Z do ponto de observação mais o valor de OffsetA. Neste caso utilizou-se o seu valor por defeito que é 90º. (Rego, et al., 2004)

Vert2 – Limite inferior do ângulo vertical de visão, abaixo do plano horizontal. Utilizou-se o seu valor por defeito que é -90º. (Rego, et al., 2004).

Radius1 – Limite inferior da distância a pesquisar, ou seja, o raio de distância para o qual se pretende fazer a análise de visibilidade, tendo como centro o ponto de observação, utilizou-se o seu valor por defeito que é 0 (Rego, et al., 2004). De facto, e na prática, este valor não será zero devido às dimensões físicas do posto de vigia mas para o efeito pretendido – detecção de incêndios – não terá inconvenientes.

Radius2 – Raio horizontal máximo, até onde é possível realizar detecções (Rego, et al., 2004).

Por fim, a tabela foi importada para ArcGIS e projectada espacialmente, o resultado está representado na Figura 2.

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Figura 2: Localização dos postos de vigia utilizados, sobrepostos com o modelo digital de terreno.

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2.1.5 Ignições A informação referente às ignições registadas em Portugal Continental

(georreferenciada) foi obtida no site da AFN sob a forma de duas bases de dados em formato .xls , uma referente ao período 2001 a 2006 e a outra de 2007 a 2008 (AFN, 2009).

Inicialmente ponderou-se usar dados relativos aos últimos dez anos mas infelizmente tal não foi possível, pois apenas existe georreferenciação disponível para as ignições dos últimos oito anos.

Estas bases de dados contêm uma vasta tipologia de informação sobre cada incêndio florestal, desde a sua informação posicional até aos tempos de actuação dos meios de combate. Para o estudo em causa será apenas necessária a informação posicional, pelo que toda a outra foi ignorada.

Analisando os dados constatou-se que havia uma série de registos replicados e indevidamente georreferenciados, ficando para além dos limites de Portugal. Foram também encontradas algumas diferenças entre o número de ignições por ano provenientes das bases de danos supracitadas e os dados constantes de outras publicações (Silva, Deus, & Saldanha, 2008). A Tabela 1 e Tabela 2 contêm um resumo dos dados iniciais e das incongruências encontradas.

Tabela 1: Número de ignições em Portugal Continental. Comparação entre os dados das bases de dados obtidas no site da AFN e a publicação “Incêndios Florestais - 5 Anos Após 2003” (Silva, Deus, & Saldanha, 2008).

nºinicial

nºreplicações

nºfinal (1)

diferença(1)-(2)

%diferença

2001 26944 2 26942 26942 0 0,02002 26498 0 26498 26492 6 0,02003 26196 1 26195 26195 0 0,02004 21867 332 21535 21970 -435 -2,02005 35699 0 35699 35698 1 0,02006 19929 7 19922 19921 1 0,02007 19074 76 18998 18732 266 1,42008 13718 36 13682 13832 -150 -1,1

Ano dados de ficheiros do site AFN dados de:

Incêndios Florestais5anos após 2003 (2)

comparativo

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Tabela 2: Comparação do número de ignições constantes das base de dados disponíveis no site da AFN, que se encontram georreferenciadas fora dos limites de Portugal.

A diferença do número de ignições entre as bases de dados da AFN e a referida publicação (que cita dados da AFN) não deixa de ser estranha embora, regra geral, seja pouco expressiva. Para efeitos de cálculo definiu-se o uso das bases de dados disponíveis no site da AFN.

Os erros de georreferenciação não constituem um grande entrave, visto não irem além dos 0,12%. A maior parte destes corresponde a pontos muito próximos da fronteira, tratando-se muito provavelmente de erros provocados pela utilização de uma escala pouco precisa a quando da digitalização.

Este problema também afectou a equipa do CEABN/INESC, sendo que nestes casos eles optaram por eliminar estes registos (informação obtida em reunião com o coordenador para o desenvolvimento do projecto). Seguiu-se o mesmo procedimento.

Cada tabela foi então importada para o ArcGIS, sendo unidas numa única entidade de pontos. De seguida foi feita a indexação das ignições ao concelho e o resultado foi dividido por oito de forma a reflectir a média dos últimos oito anos. Convém referir que a base de dados inicial da AFN já indexava cada ignição a um concelho mas como nem sempre estava correcta, optou-se pela determinação deste parâmetro.

Para permitir o uso desta carta com o número médio de ignições, no cálculo das áreas de vigilância prioritária criou-se um raster a partir desta informação vectorial.

Partindo do principio que, quanto maior o número de ignições numa zona, maior será a necessidade de reforçar o seu sistema de detecção, é preciso enquadrar estes valores numa escala comparável com outras variáveis (como a densidade populacional e o risco estrutural de incêndio).

muito distante

nafronteira TOTAL (2)

% ignições fora

2001 26942 1 12 13 0,05 269292002 26498 5 11 16 0,06 264822003 26195 0 7 7 0,03 261882004 21535 6 9 15 0,07 215202005 35699 2 14 16 0,04 356832006 19922 0 21 21 0,11 199012007 18998 3 19 22 0,12 189762008 13682 0 14 14 0,10 13668

nº ocorrencias para

o estudo (1)-(2)Ano

ignições fora do limite de Portugalnºignições (1)

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Como não foram encontrados estudos sobre este tipo de classificações, foi elaborada uma classificação própria tendo em conta os aspectos referidos na Tabela 3.

Tabela 3: Reclassificação do número médio de incêndios por concelho e por ano, para uma escala de valor crescente com 5 classes.

A divisão em 5 classes irá facilitar a relação que vai ser posteriormente estabelecida com a CRIF.

Como produto final deste conjunto de operações, obteve-se a carta com o número médio de ignições, classificado de acordo com a Tabela 3, que pode ser consultado na Figura 3.

Concelhos com: Nº incêndios por ano: Valoraté 1 incêndio por trimestre menor que 4 1até 1 incêndio por mês menor que 12 2até 1 incêndio por semana menor que 52 3até 1 incêndio por dia menor que 365 4mais de 1 incêndio por dia maior ou igual que 365 5

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Figura 3: Carta com o número médio de ignições (média anual considerando os últimos 8 anos) por concelho.

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2.1.6 Densidade Populacional Sendo a densidade populacional factor de risco de ignição (IGP, 2008; Chuvieco,

2005), é também verdade que é a população a fonte de detecção mais expressiva. (Silva, Deus, & Saldanha, 2008). Assim, zonas com menor densidade populacional apresentam maiores carências em termos de detecção, sendo nestas zonas que a eficácia da RNPV é maior. No estudo do CEABN/INESC é apresentada cartografia que compara esta relação, entre a densidade populacional e a eficácia dos postos de vigia (ANEXO II).

A informação sobre densidade populacional média, por concelho, foi obtida directamente do site do Instituto Nacional de Estatística (INE, 2008), em formato .xls . Esta tabela foi importada para ArcGIS e relacionada com os limites de concelho, criando assim uma entidade vectorial com a densidade populacional para cada concelho que foi de seguida convertida em formato raster.

A carta obtida apresenta valores entre os 5,4 e os 7237,2 habitantes/km2, sendo necessário, à semelhança do que ocorreu com a média de ignições, reclassificá-la numa escala de cinco valores. A classificação escolhida teve por base a apresentada por Rego, et al (2004) sendo atribuído o valor 5 à menor densidade populacional (zona mais sensível) e o valor 1 à maior (zona menos sensível). A Tabela 4 mostra esta reclassificação.

Tabela 4: Reclassificação da carta de densidade populacional média por concelho.

Embora esta classificação seja usada no estudo do CEABN/INESC para representar a média por distrito, foi adoptada para representar os valores por concelho. Isto deve-se ao facto de não ter sido encontrada mais nenhuma classificação que se enquadrasse propósitos deste trabalho, sendo portanto esta a que mais se aproximava do que era pretendido.

Deste modo obteve-se a carta com a densidade populacional média por concelho que está representada na Figura 4.

Valor0 - 32,999 5

33 - 78,999 479 - 152,999 3

153 - 306,999 2307 - 7237,200 1

Densidade Populacional

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Figura 4: Densidade populacional média por concelho.

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2.1.7 Carta Risco de Incêndio Florestal A Carta de Risco de Incêndio Florestal (CRIF) será usada na criação da carta de

prioridades de vigilância. Esta é produzida pelo Instituto Geográfico Português (IGP), em parceria com a ANPC e a AFN sendo disponibilizada gratuitamente na internet. (IGP, 2009)

É baseada num modelo de risco estrutural, incorporando variáveis como a ocupação do solo, a demografia, factores meteorológicos entre outros. (IGP, 2008)

Legalmente em Portugal, toda a Cartografia de Risco de Incêndio Florestal é da responsabilidade da AFN, tal como consta da DON nº2/2009 (Directiva Operacional Nacional); CNOS, 2009. Não tendo sido possível obter esta informação a tempo de ser incluída no presente trabalho, foi usada a CRIF do IGP.

Esta carta já se encontra classificada em 5 classes de risco, pelo que se manteve essa classificação, reclassificando apenas os valores 6 e 7, tecido urbano e hidrografia respectivamente, para valor 1, o valor mais baixo de risco. O resultado desta reclassificação está ilustrado na Figura 5.

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Figura 5: Carta de Risco de Incêndio Florestal (CRIF).

 

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2.2 Prioridades de vigilância As prioridades de vigilância são calculadas em vários trabalhos (Catry, 2002;

Catry, Almeida, & Rego, 2004; Rego, et al., 2004) mas nunca com métodos adaptados aos interesses das empresas como as que integram a AFOCELCA. Atente-se que as prioridades de vigilância, criadas em estudos anteriores, integram no seu cálculo cartas de visibilidade. Neste caso de estudo, esta variável serve para avaliar se ou zona precisa de vigilância ou se simplesmente esta pode ser dispensada independentemente da sua cobertura actual.

Neste estudo a carta de prioridades de vigilância serve para tentar reduzir o número de postos a utilizar, optando-se assim por excluir do seu cálculo a carta de visibilidades.

Para a criação desta nova variável utilizou-se o seguinte raciocínio: Constituem prioridades para a vigilância os locais em que existam ignições, combustível que suporte a propagação do incêndio e défice de fontes de detecção. Partindo deste princípio, usou-se a carta de ignições para determinar as zonas onde se iniciam mais incêndios, a CRIF para representar o combustível e outros riscos estruturais à progressão do fogo e, por fim, a carta de densidade populacional como indicador da presença de fontes de detecção, recorde-se que a população em geral é a maior fonte de detecção de incêndios (Silva, Deus, & Saldanha, 2008). A soma destas três variáveis devolverá uma carta cujos valores definem, espacialmente, a maior ou menor necessidade de vigilância.

Inicialmente ponderou-se usar pesos iguais para cada variável mas, após discussão deste ponto com a AFOCELCA, reorientaram-se os pesos, atribuindo 40% ao factor ignição, e 30% a cada um dos restantes. O critério é bastante simples, não havendo ignição não há incêndio, logo a variável que retrata as ignições é a que tem mais peso. Esta atribuição é bastante subjectiva, no entanto, o facto de não terem sido encontradas referências a uma classificação alternativa levou à sua adopção.

Foram consideradas zonas de prioridade de vigilância, todas aquelas com valor igual ou superior a 3,5 na carta das prioridades recém calculada.

Da intersecção desta carta com as propriedades AFOCELCA de Valor 1, obteve-se uma carta contendo apenas as propriedades de valor 1 situadas em zonas de maior prioridade de vigilância. Estas zonas foram designadas como propriedades prioritárias, e é sobre elas que irá recair a análise de visibilidades. (consultar o capitulo 3.1 para mais informação)

2.3 Cálculo das bacias de visão. Para o cálculo das bacias de visão é necessário conhecer alguns parâmetros que

caracterizam os postos de vigia. Estes parâmetros, indicados no ponto 2.1.4, estão quase todos determinados, faltando apenas definir o Radius2, para que se possa dar inicio ao cálculo.

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2.3.1 Raios de visibilidade Os raios de visibilidade de cada posto de vigia constituem um elemento

fundamental para o cálculo das bacias de visão, pois é a distância até onde é possível o observador detectar um incêndio. Este parâmetro é identificado no ArcGIS por Radius2.

A atribuição do valor deste parâmetro não é consensual, mas todos os autores defendem a sua variação em função de uma série de factores como a hora do dia, transparência da atmosfera, densidade populacional, acuidade visual do observador, etc… (Rego, et al., 2004 ; Julio, 1974 ; Chandler, et al., 1983 ; Catry, 2002 ).

Para a determinação do parâmetro Radius2 foi seguida a metodologia desenvolvida por Catry (2002), que estudou a relação de nove parâmetros (irregularidade topográfica, continentalidade, humidade relativa, altitude, temperatura, precipitação, evapotranspiração, insolação e radiação solar) com o número de detecções por km2 em função da distância. Neste estudo concluiu-se que os mais influentes são a rugosidade (ou irregularidade topográfica) e a continentalidade (distância em relação ao mar).

Embora o trabalho de Catry (2002) tenha alguns parâmetros que possam ser considerados subjectivos, ele foi aceite por Rego et al (2004), que o incluiu no estudo realizado sobre a RNPV e, por isso, foi também adoptado na execução deste trabalho.

Continetalidade Para determinar a continentalidade seguiu-se o método usado por Catry (2002),

usando as regiões naturais de Portugal, disponíveis no Atlas do Ambiente (APA, 1985), e dividindo-as em duas classes de acordo com a Tabela 5. Na Figura 6 está a sua representação espacial.

Tabela 5: Classificação das Regiões Naturais de Portugal Continental quanto à sua Continentalidade.

Região ContinentalidadeAlentejo InteriorAlgarve LitoralAlto Portugal InteriorBeira Alta InteriorBeira Baixa InteriorBeira Douro InteriorBeira Litoral LitoralBeira Serra InteriorEstremadura LitoralNordeste Transmontano InteriorNoroeste Cismontano LitoralSado e Ribatejo Litoral

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Estes dados foram obtidos a uma escala original de 1:1.000.000. Sendo a escala original de baixa precisão, a linha de fronteira é pouco detalhada, o que faz com que um dos postos de vigia, situado muito próximo da linha fronteiriça entre Portugal e Espanha, fique fora do limite de Portugal. Neste caso a carta foi ligeiramente alterada de forma a incluir o dito posto. É importante referir que, trabalhando à escala nacional e com este tipo de dados, falhas como esta não são significativas para o resultado final; caso o fossem deveriam ser utilizados dados mais precisos.

Intersectando as regiões naturais com os postos de vigia, obteve-se a classificação de cada posto de vigia.

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Figura 6: Carta com a classificação de continentalidade.

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Rugosidade A rugosidade foi avaliada tendo em conta o índice proposto por Jenness (Jenness,

2009) e usado por Catry (2002) e Catry et al (2004), sendo expressa pelo quociente entre a área de superfície e a área planimétrica (cálculo efectuado para um raio de 30 km em redor de cada posto de vigia).

Enquanto a área planimétrica é dada pela fórmula da área de uma circunferência (π*raio2), a área de superfície não é tão fácil de obter, existindo várias formas e métodos para o fazer. No desenvolvimento deste trabalho foram testados alguns métodos diferentes, usando comandos próprios do ArcGIS e extensões de download gratuito na internet. No entanto, apenas usando o comando de ArcGIS TIN Polygon Volume, se obtiveram valores de rugosidade semelhantes aos obtidos por Catry (2002), sendo portanto este o método escolhido. Este processo de cálculo pode ser consultado no ANEXO III.

Os valores do índice de rugosidade oscilaram entre os 1,0002 (litoral Alentejano) e os 1,0407 (Serra da Estrela), valores aceitáveis tomando por referência os resultados obtidos por Catry (2002) tendo em conta que foram utilizados dados altimétricos diferentes. Estes valores podem ser consultados no ANEXO IV.

Conjugação Rugosidade/Continentalidade A relação entre a rugosidade e a continentalidade foi executada através de uma

tabela de dupla entrada (Tabela 6), a fim de obter o raio de visibilidade. (Catry, 2002)

Tabela 6: Raios máximos de visibilidade face à relação entre continentalidade e rugosidade.

O valor do Radius2 foi assim definido para cada posto de vigia, sendo registado na tabela da feature class dos postos de vigia, em metros e com sinal negativo, para que o ArcGIS o assumisse como distância planimétrica (ESRI, 2007).

2.3.2 Carta de visibilidades Optou-se por calcular as bacias de visão para cada posto de vigia de forma

independente, o que permite uma maior flexibilidade de análise no futuro.

Para a sua execução recorreu-se a um modelo que realiza este processo de forma automática e com a vantagem de permitir o recalculo sempre que tal for necessário. Este será útil, por exemplo, se se quiser repetir o cálculo com novos dados altimétricos acrescidos, por exemplo, da altura do coberto vegetal.

elevada média ligeiralitoral 22 km 24 km 28 km

interior 25 km 29 km 35 km

ContinentalidadeRugosidade

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A tabela dos postos de vigia que deu origem ao cálculo está representada no ANEXO V.

A título ilustrativo, a Figura 7 representa o funcionamento base do modelo. Em traços gerais, o modelo selecciona um posto de vigia, cria a sua bacia de visão em formato raster e converte-o em vectorial. Cada posto de vigia e a sua bacia de visibilidade passa a ser identificada por um código numérico que varia de 1 a 237.

Figura 7: Extracto de modelo para o cálculo das bacias de visão em formato vectorial e raster.

De seguida as bacias de visão foram unidas num único ficheiro para serem usadas nos próximos cálculos.

2.4 Intersecção das bacias de visão. As bacias de visão foram intersectadas com a todos os níveis de interesse

AFOCELCA, desde a área buffer até as propriedades prioritárias. Estas operações permitiram analisar a quantidade de área visível por cada posto de vigia (formato vectorial) e a somas das intervisibilidades (formato raster).

3 Resultados e Discussão A análise das visibilidades assume o papel principal neste estudo, no entanto será

também importante a análise de informação intermédia que foi sendo criada como é o caso da carta de prioridades de vigilância.

É também de referir que deste trabalho se obtiveram alguns modelos de cálculo para ArcGIS, sendo o mais importante o que calcula as bacias de visão individualmente em formato raster e vectorial, podendo vir a ser útil em estudos futuros. Estes modelos, constam do DVD em anexo, juntamente com um breve tutorial para o seu correcto uso. Embora funcionem correctamente, a sua construção poderia ter sido mais cuidada, deixando, por exemplo, variáveis parametrizáveis pelo utilizador. A inexperiência na construção de modelos contribuiu para estas falhas que, por questões de tempo, não foram corrigidas.

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3.1 Análise das prioridades de vigilância Um dos resultados obtidos foi a carta de prioridades de vigilância, elaborada com

o intuito de identificar as zonas em que a detecção é mais importante. Não sendo um resultado final é um produto intermédio que pode ser usado em trabalhos futuros, . (Figura 8)

De acordo com os resultados obtidos, e os critérios definidos, 45 % de Portugal está em situação de prioridade de vigilância, ou seja em 45% do território existem muitos incêndios, risco de propagação elevado ou muito elevado e há um défice de fontes de detecção. Analisando numa outra perspectiva, 75% das propriedades AFOCELCA de valor 1, estão na mesma situação, necessitando portanto de ser estudada a sua percentagem de cobertura pelos postos de vigia em análise. Estas propriedades passam a ser designadas por propriedades prioritárias.

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Figura 8: Carta das prioridades de vigilância.

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3.2 Análise geral das visibilidades Numa primeira análise foram avaliadas as visibilidades (Tabela 7) e

intervisibilidades para os diferentes níveis territoriais (Tabela 8).

Salienta-se o facto de os valores serem semelhantes aos obtidos por Rego et al (2004) e Catry (2002) para o território nacional, e que é um bom indicador para a fiabilidade do cálculo executado.

É ainda relevante constatar que a percentagem de área visível vai aumentando à medida que vamos reduzindo a área em análise, ou seja as propriedades prioritárias estão mais protegidas, do que, por exemplo, a área buffer. (80 contra 74%). Embora este facto já fosse esperado não deixa de ser importante a sua real constatação.

Interessante é também a variação do número de postos de vigia consoante a área territorial em análise. Se repararmos bem as propriedades prioritárias, que têm apenas 1,8% da dimensão da área buffer, necessitam de 196 postos de vigia face aos 228 da área buffer. Ou seja, reduzindo a área em 98,2 %, apenas existe um decréscimo de 14% no número de postos. Esta constatação é justificada pela grande dispersão das propriedades a nível nacional (as propriedades prioritárias estão distribuídas por 141 dos 278 concelhos nacionais).

Tabela 7: Percentagens de área visível e não visível pelos postos de vigia em função do território em análise.

 

As intervisibilidades são importantes para a correcta localização do foco de incêndio. Quando dois ou mais postos de vigia observam uma coluna de fumo é possível obter o local exacto do incêndio mediante a intersecção das visadas (Rego, et al., 2004), o que optimiza o tempo de chegada para uma primeira intervenção. Neste trabalho apenas se pretendia avaliar a existência ou não de cobertura, bastando para isso existir visibilidade de um único posto de vigia.

Ainda assim, é interessante referir que 58% das propriedades prioritárias são vistas por mais de dois postos de vigia, o que confere uma protecção acrescida.

Território em AnáliseÁrea não

visivel (% )Área

visivel (% )Nº de Torres

com visibilidadePortugal Continental 30,2 69,8 237 Área buffer AFOCELCA 25,6 74,4 228 Propriedades AFOCELCA 22,2 77,8 222 Propriedades AFOCELCA de valor 1 19,8 80,2 198 Propriedades AFOCELCA prioritárias 20,0 80,0 196

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Tabela 8: Intervisibilidade em função território em análise.

Espacialmente, e de uma forma geral, as zonas com maior intervisibilidade localizam-se no Centro Interior, enquanto que as zonas mais desprotegidas estão no Interior Sul. Zonas de grande concentração de património AFOCELCA como o vale do Tejo e a zona de Castelo Branco apresentam também uma cobertura bastante razoável como se pode ver na Figura 9.

1 PV 2 PV 3 PV 4 PV ≥ 5 PV TOTALPortugal Continental 30,2 18,2 9,7 5,6 6,0 69,8 Área buffer AFOCELCA 26,9 19,5 12,1 7,4 8,5 74,4 Propriedades AFOCELCA 26,6 18,6 13,4 9,1 10,1 77,8 Propriedades AFOCELCA de valor 1 24,1 20,5 13,7 9,7 12,2 80,2 Propriedades AFOCELCA prioritárias 21,6 20,1 14,6 9,6 13,8 79,6

Território em AnáliseIntervisibilidades (% área visivel)

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Figura 9: Carta de visibilidades.

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3.3 Análise individual de visibilidades A avaliação do interesse de cada posto de vigia foi efectuada analisando a sua

cobertura individual das propriedades prioritárias. A Tabela 9 apresenta estes resultados, ordenados por ordem decrescente.

O objectivo final deste trabalho é a identificação de, quantos e quais, os postos de vigia que a AFOCELCA poderia operar a fim de proteger as suas propriedades prioritárias. Já se concluiu que é impossível a protecção da totalidade dessas propriedades (no máximo 80%) pelo que agora será necessário definir qual a razão número de posto de vigia / área protegia que se pretende. Para tal, analisou-se a percentagem de cobertura em função do número de postos de vigia, construindo um gráfico (Figura 10) que mostra o aumento de visibilidade e ganho relativo sempre que aumentamos o número de postos de vigia.

O primeiro intervalo corresponde à visibilidade total dos 10 postos de vigia com mais visibilidade, o segundo dos vinte, o terceiro dos trinta, a por aí adiante até chegar aos 196 postos de vigia que observam propriedades prioritárias.

Usando apenas os 10 primeiros postos de vigia (os 10 com mais cobertura individual) é possível cobrir 36% da área em análise, ocorrendo um aumento constante dos acréscimos de visibilidade até aos 40 postos de vigia, onde é alcançado os 61% de cobertura. Analisando a série que traduz os acréscimos de visibilidade, constata-se que esta cresce continuamente entre os 20 e os 40 postos de vigia, inflectindo a sua tendência neste ponto e passando a ser decrescente. A partir dos 40 postos de vigia, os acréscimos por classe decaem para os 5% e são tendencialmente decrescentes. Por exemplo, ao fazer variar o número de postos de 100 para 196 passa-se dos 77% de área coberta para os 80%, um acréscimo de apenas 3%.

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Tabela 9: Áreas de cobertura individuais para os 196 postos de vigia que observam propriedades prioritárias.

# PostoVigia

Área(ha)

# PostoVigia

Área(ha)

# PostoVigia

Área(ha)

# PostoVigia

Área(ha)

# PostoVigia

Área(ha)

1 79 3.160 41 223 774 81 126 340 121 131 126 161 30 31 2 188 2.570 42 94 773 82 219 288 122 56 123 162 169 28 3 190 2.423 43 114 760 83 209 284 123 96 118 163 163 26 4 185 2.241 44 123 759 84 164 283 124 65 115 164 91 25 5 183 2.183 45 92 726 85 155 283 125 61 114 165 35 24 6 182 2.148 46 78 716 86 232 274 126 60 106 166 90 24 7 197 2.102 47 202 709 87 66 271 127 62 102 167 38 24 8 111 2.074 48 168 686 88 127 267 128 50 100 168 8 22 9 201 2.051 49 210 683 89 217 248 129 20 93 169 6 21

10 207 1.888 50 95 682 90 45 239 130 69 90 170 141 20 11 100 1.829 51 211 676 91 89 238 131 228 90 171 58 19 12 187 1.764 52 120 662 92 237 236 132 161 88 172 81 19 13 174 1.675 53 206 658 93 125 231 133 133 87 173 54 19 14 101 1.647 54 99 655 94 44 226 134 224 77 174 57 19 15 75 1.643 55 152 627 95 43 225 135 23 76 175 102 17 16 204 1.617 56 49 619 96 46 220 136 22 75 176 218 15 17 112 1.596 57 84 604 97 147 214 137 159 71 177 55 13 18 107 1.565 58 117 604 98 160 211 138 98 71 178 165 13 19 108 1.505 59 121 601 99 189 208 139 88 71 179 229 13 20 76 1.477 60 203 595 100 124 194 140 59 68 180 40 12 21 191 1.328 61 116 590 101 192 188 141 71 64 181 85 11 22 196 1.270 62 113 582 102 51 186 142 149 59 182 39 11 23 109 1.266 63 129 530 103 42 183 143 87 59 183 29 10 24 74 1.227 64 145 528 104 233 181 144 234 58 184 53 9 25 236 1.210 65 93 519 105 67 180 145 41 55 185 142 8 26 172 1.208 66 157 499 106 21 168 146 213 53 186 138 7 27 235 1.185 67 130 496 107 128 168 147 103 53 187 139 7 28 199 1.138 68 214 473 108 143 167 148 171 51 188 167 7 29 200 1.091 69 48 468 109 80 166 149 11 51 189 140 7 30 175 1.077 70 144 439 110 63 164 150 2 45 190 104 6 31 216 1.052 71 184 427 111 72 159 151 82 45 191 105 6 32 173 1.033 72 122 417 112 208 158 152 28 45 192 135 6 33 110 1.000 73 97 414 113 73 150 153 132 44 193 1 5 34 115 966 74 154 408 114 68 147 154 146 41 194 156 1 35 86 935 75 153 394 115 178 144 155 186 40 195 230 0 36 222 925 76 151 391 116 119 139 156 225 40 196 52 0 37 198 907 77 158 371 117 70 136 157 37 38 38 181 821 78 118 368 118 64 135 158 215 37 39 231 805 79 77 363 119 47 132 159 162 32 40 170 795 80 150 344 120 148 131 160 9 31

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Figura 10: Gráfico que relaciona a percentagem de área coberta em função do número de postos de vigia, mostrando ainda os respectivos acréscimos.

36   

43   

51   

61   

66   71   

73    74    76    77    78    79    79    80    80    80    80    80    80    80   36,4   

6,5   7,6   

9,9   

5,4    4,7   2,6   

0,9    1,4    1,3    1,1    0,7    0,5    0,5    0,2    0,1    0,1    0,1    0,0    0,0   ‐

5,0   

10,0   

15,0   

20,0   

25,0   

30,0   

35,0   

40,0   

10   

20   

30   

40   

50   

60   

70   

80   

90   

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

110

120

130

140

150

160

170

180

190

196

Acr

ésci

mo

de co

bertu

ra (%

)

Áre

a cob

erta

(%)

Número de postos de vigia

Percentagem de cobertura em função do número de postos de vigia

% área coberta

% acrescimo

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4 Conclusões Neste capítulo é apresentado o resultado final do trabalho (traduzido no número

de postos de vigia que a AFOCELCA poderia operar), uma análise crítica aos métodos usados e por fim as considerações finais do autor.

4.1 Soluções possíveis Neste estudo pretendia-se obter informação, que permitisse a selecção dos postos

de vigia com maior interesse AFOCELCA, tendo por base o critério área visível de propriedades prioritárias. Os resultados obtidos poderão vir a ser utilizados na eleição dos postos de vigia a serem operados de forma directa pela AFOCELCA

Embora o factor económico não seja estudado, logicamente que quanto maior o número de postos usado, maior os custos resultantes, por outro lado, a contratação de postos de vigia, espalhados um pouco por todo o país, suscita problemas burocráticos e logísticos nem sempre de fácil resolução. Aspectos como estes, embora se situem para além do âmbito deste trabalho, devem ser igualmente considerados na selecção dos postos a incorporar.

A escolha do número de postos de vigia a operar caberá sempre à AFOCELCA, no entanto após a análise dos resultados são avançadas, como sugestão, quatro hipóteses distintas, mediante critérios de selecção diferentes.

Hipótese 1

Utilizar os dez postos de vigia com maior visibilidade, o que representa uma cobertura de 36% das propriedades de protecção (45 % da área máxima possível).

De acordo com o gráfico da Figura 10, nenhum acréscimo, de apenas dez postos de vigia, tem um aumento de visibilidade tão grande, sendo portanto este o ponto de maior eficiência.

Hipótese 2

Utilizar os quarenta postos de vigia com maior visibilidade, o que representa uma cobertura de 61% das propriedades de protecção e 75% da área passível de cobertura.

A percentagem de área visível aumenta cada vez mais, até ao uso dos quarenta melhores postos de vigia (após o caso inicial) com acréscimos relativos de 6,5%, 7,6% e 9,9%. A partir daqui a eficácia passa a ser mais reduzida e tendencialmente decrescente (ponto de inflexão bem visível).

Hipótese 3

Utilizar os sessenta/setenta postos de vigia com maior visibilidade. Esta opção garante cerca de 90% da cobertura total possível.

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Constatando-se graficamente (Figura 10) que a partir deste número a quebra de eficácia é mais acentuada. Não sendo uma opção tão clara como as anteriores, poderá ser uma solução intermédia com uma percentagem de cobertura bastante aceitável para o número de postos de vigia usados.

Hipótese 4

Utilizar os cento e trinta postos de vigia com maior visibilidade, Garantindo assim 99% de cobertura possível

Esta opção apenas é recomendada se o critério de selecção que vier a ser escolhido der mais peso à percentagem de propriedade coberta e não tanto aos custos associados, visto necessitar de um elevado número de postos de vigia.

4.2 Apreciação crítica dos métodos. Ao longo de todo o trabalho procurou-se sustentar o mais possível o método

utilizado nas diversas tarefas realizadas, no entanto tal nem sempre foi possível pelos mais variados factores. Neste ponto referem-se alguns dos constrangimentos encontrados, como foram contornados e a sua implicação no resultado final.

4.2.1 Dados de base A escolha do sistema de coordenadas Datum 73 Lisboa Hayford-Gauss IGeoE,

actualmente obsoleto, deveu-se ao facto de grande parte dos dados de base já virem neste sistema e também porque o software SIG utilizado (ArcGIS 9.2) não permitir a projecção para ETRS 89 Portugal TM06, o sistema de coordenadas oficial de Portugal. No entanto, em termos de cálculos e resultados, este parâmetro não tem influência.

O uso de uma resolução espacial de 93 metros, imposto pelo modelo altimétrico obtido de forma gratuita, acaba por degradar a precisão dos dados de maior pormenor (como por exemplo as propriedades das empresas) o que, se por um lado reduz a precisão do cálculo, por outro torna-o mais célere e reduz a quantidade de recursos necessários ao seu processamento e armazenamento. Se o trabalho tivesse sido realizado a uma escala mais local, e não a nível nacional, a precisão poderia e deveria aumentar em prol de melhores resultados.

Dada a disponibilidade de dados relativos a ignições, obtidos da AFN, seria possível e até desejável, um estudo mais pormenorizado da ocorrência de ignições (recorde-se que apenas foi tido em conta a sua localização). A referência temporal, seja ela em ciclos sazonais ou diários, poderia ter sido explorada (à imagem do que foi feito por Rego et al, 2004) de forma a obter padrões de ocorrência e eficácia dos postos de vigia na detecção dos incêndios em função das componentes data e hora.

Um dado extremamente relevante para o cálculo das visibilidades como é o coberto vegetal, (que dificulta e impossibilita a visibilidade de muitos postos de vigia) não foi tido em conta, por falta de informação actualizada e de qualidade sobre ele. Esta dificuldade também foi enfrentada no estudo CEABN/INESC, e foi igualmente

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ignorada (Rego, et al., 2004). No futuro, e caso haja informação actual disponível, ela deve ser usada para recalcular as bacias de visão.

A existência de obstáculos físicos à visibilidade (naturais ou artificiais) escapa também ao processo de cálculo. Um moroso processo empírico, de recolha e registo deste tipo de dados poderia ajudar a contornar este constrangimento.

4.2.2 Prioridades de vigilância Delimitar as áreas onde a vigilância é prioritária é um passo fundamental a

qualquer sistema de vigilância (Davis, Byram, & Krumm, 1959). Sendo economicamente sustentável proteger todo o território de igual forma, torna-se imperativo reduzir ao máximo a área de intervenção sem que a perda a nível de protecção seja significativa.

As três variáveis usadas na elaboração da carta de prioridades são referidas em várias bibliografias como factores de risco de incêndio (IGP, 2008; Chuvieco, 2005) mas sempre ligadas à probabilidade de ignição ou propagação de um incêndio. Para a detecção não existem tantos estudos como para os dois factores referidos, Catry (2002) e Rego et al (2004), foram dois raros exemplos desta abordagem embora com um objectivo diferente do que nos propomos. Tendo em conta o âmbito das empresas, para as quais foi desenvolvido este estudo, as variáveis escolhidas são comparáveis às que foram usadas por Rego et al (2004) para o território nacional.

A fórmula de cálculo usado é no mínimo subjectiva, carecendo de estudos de demonstração. Neste campo também poderia ser executado um prolongamento deste trabalho, dedicado exclusivamente a análise de risco e produção de cartografia prioritária, cuja inclusão posterior ditaria um maior rigor dos resultados finais.

4.2.3 Raios de visibilidade Embora a definição dos raios máximos de visibilidade tenha sido sustentada em

bibliografia credenciada (Rego, et al., 2004; Catry, 2002; Catry, Almeida, & Rego, 2004), também se constatou que não existe unanimidade quanto ao seu valor (Chandler, Cheney, & Thomas, 1983; Julio, 1974). Possivelmente os valores usados estão sobrestimados e correspondem a situações óptimas de visibilidade que não se verificam na maior parte do tempo. Um maior aprofundamento deste tema poderia trazer novas conclusões e resultados do produto final.

4.3 Considerações finais Um dos grandes constrangimentos à execução deste trabalho, residiu na

morosidade da recolha, tratamento e processamento de dados o que, entre outros factos, encurtou o tempo disponível para uma pesquisa bibliográfica mais completa e impossibilitou ainda, a aplicação de métodos analíticos mais exactos e menos subjectivos. O facto de se trabalhar a nível nacional, conduziu também a que o volume de dados fosse sempre muito elevado, não permitindo um aumento no detalhe dos produtos finais. A simples representação das cartas obtidas é também condicionada por este âmbito nacional, sendo para a sua correcta visualização necessário recorrer a uma

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escala de 1:2.500.000, ocupando assim cada imagem uma página inteira e forçando a existência de grandes espaços em branco no corpo do relatório.

Um estudo como este justifica que a selecção dos postos de vigia seja baseada num modelo matemático de optimização, padronizável e não subjectivo. A optimização dos resultados obtidos poderá vir a ser feita numa fase posterior, dado que as restrições de tempo impossibilitaram a sua execução imediata. No ANEXO VI está descrito um processo de modelação de dados que permite incluir os resultados obtidos num processo de optimização. Desta forma o resultado final teria um cariz mais objectivo e rigoroso.

Mesmo usando a totalidade dos postos de vigia, apenas é possível cobrir 80% das chamadas propriedades prioritárias. Calcular pontos estratégicos para a instalação de novos postos de vigia que garantissem uma cobertura de 100%, poderia ser um complemento interessante para este trabalho.

Inicialmente também tinha sido pensado a inclusão dos meios de combate, visto executarem também um trabalho de detecção efectiva, calculando também para estes as suas bacias de visão. Esta ideia foi abandonada por diversas razões, primeiro trata-se de meios móveis cuja localização de stand by nunca é exactamente a mesma e isso altera em muito o cálculo da bacia de visão, segundo, e por sugestão da AFOCELCA, por não ser viável misturar sistema de detecção e combate, trata-se de elementos distintos com funções distintas. Assim os meios de combate, enquanto fontes de detecção, foram excluídos deste estudo.

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IM. (2008). Clima de Portugal Continental. Obtido em 14 de Outubro de 2009, de Instituto de Meteorologia: http://www.meteo.pt/pt/areaeducativa/otempo.eoclima/clima.pt/index.html 

INE. (2008). Informação Estatistica sobre População. Obtido em 14 de Outubro de 2009, de Instituto Nacional de Estatistica: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0000611&contexto=pi&selTab=tab0 

Jarvis, A., Reuter, H. I., Nelson, A., & Guevara, E. (2008). SRTM Data Processing Methodology. Obtido em 16 de Outubro de 2009, de Consultative Group for International Agriculture Research ‐ Consortium for Spatial Information: http://srtm.csi.cgiar.org/SRTMdataProcessingMethodology.asp 

Jenness, J. (2009). Surface Area and Ratio for ArcGIS (surface_area.exe). Obtido em 20 de Outubro de 2009, de Jenness Enterprises: http://www.jennessent.com/arcgis/surface_area.htm 

Julio, G. (1974). Fundamentos del control de los incêndios florestales. Chile: Instituto Florestal ‐ Corporation Nacional Florestal. p 70 

Rego, F. C., Catry, F. X., Maia, M. J., Santos, T. A., Moreira, F. O., Pinto, P. R., et al. (2004). Análise da Rede Nacional de Postos de Vigia.  

Silva, J. S., Deus, E. d., & Saldanha, L. (Edits.). (2008). Incêndios Florestais ‐ 5 anos após 2003. LPN ; AFN. 

USDHHS. (2002). FastStats ‐ Body Measurements. Obtido em 10 de Outubro de 2009, de United States Department of Health and Human Services: http://www.cdc.gov/nchs/fastats/bodymeas.htm 

 

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37  

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

6 ANEXOS

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ANEXO I

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

ANEXO I

Propriedades raster: 

Horizontal coordinate system 

Projected coordinate system name: Datum_73_Hayford_Gauss_IGeoE 

Geographic coordinate system name: GCS_Datum_73 

Map Projection Name: Transverse Mercator 

Scale Factor at Central Meridian: 1.000000 Longitude of Central Meridian: ‐8.131906 Latitude of Projection Origin: 39.666667 False Easting: 200180.598000 False Northing: 299913.010000 

Planar Coordinate Information 

Planar Distance Units: meters 

Coordinate Encoding Method: row and column 

Coordinate Representation 

Abscissa Resolution: 93,403797 

Ordinate Resolution: 93,403797 

Geodetic Model 

Horizontal Datum Name: D_Datum_73 

Ellipsoid Name: International_1924 

Semi‐major Axis: 6378388.000000 

Denominator of Flattening Ratio: 297.000000 

Bounding coordinates 

Horizontal 

In decimal degrees 

West: ‐9.575922 

East: ‐6.174143 

North: 42.153436 

South: 36.947321 

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ANEXO I

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

In projected or local coordinates 

Left: 80806.839400 

Right: 362045.671166 

Top: 576082.292332 

Bottom: ‐405.940700 

Spatial data description 

Raster dataset information 

SDTS raster type: Pixel 

Number of raster bands: 1 

Raster properties  

Origin location: Upper Left 

Has pyramids: TRUE 

Has colormap: FALSE 

Data compression type: Run‐Length Encoding (ESRI) 

Display type: pixel codes 

Cell information  

Number of cells on x‐axis: 3011 

Number of cells on y‐axis: 6172 

Number of cells on z‐axis: 1 

Number of bits per cell: 8 

Cell Size 

X distance: 93,403797 

Y distance: 93,403797

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ANEXO II

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

ANEXO II

 

Figura 1:Comparação visual entre a eficácia de detecção da Rede e a densidade populacional, ao nível distrital. No mapa à esquerda, apresentam-se as percentagens de detecção pela RNPV em relação ao total (média de três anos: 2001-2003), e no mapa da direita a densidade populacional em habitantes/km2. (Rego, et al., 2004)

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ANEXO III

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

ANEXO III

Cálculo da Área de Superfície

O método usado consiste na “sobreposição” de uma feature de polígonos a um TIN (Triangular Irregular Network), sendo calculada e registada na tabela de base de dados da feature o valor da área de superfície para cada polígono.

Para por em prática este cálculo é necessário transformar o MDT (formato raster) num TIN, com razoável precisão, não sendo o ArcGIS capaz de executar a transformação para todo o Portugal Continental, assumindo que cada pixel se transformaria num ponto da rede de triângulos.

Assim, para não perder qualidade e trabalhar com o máximo de pontos possível, dividiu-se a conversão, raster para TIN, em 13 partes. Foi assumida uma tolerância de 5 metros (Z tolerance) para acelerar o processo de cálculo, considerou-se que abaixo dos 10 metros seria um valor admissível (as cartas vectoriais 1:25000 têm uma equidistância de 10m nos valores de Z).

A Figura 1 representa um extracto do modelo usado para o calculo das areas de superfície.

Figura 1: Extracto do modelo usado para cálculo das áreas de superfície.

Para onze postos de vigia, localizados em zonas planas e costeiras, o valor da área de superfície calculado ficou abaixo do esperado (no limite seria igual à área planimétrica) pelo que foram individualmente calculados os valores utilizando, desta feita, o comando Surface Volume. Esta forma de cálculo é mais morosa do que a utilizada anteriormente, e os valores não são tão próximos do trabalho de Catry (2002) como os obtidos pelo TIN Polygon Volume, ainda assim, o valor obtido pareceu correcto sendo fácil de o comprovar a nível visual.

Após estas operações, os 13 ficheiros resultantes foram unidos num único (comando Merge) .

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ANEXO IV

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

ANEXO IV

 

 

Posto Vigia

Continentalidade Área Planimétrica

Área Superficie

Índice Rugosidade

Classificação Rugosidade

63.01 litoral 200.180 200.214 1,0002 reduzida43.01 litoral 150.719 150.776 1,0004 reduzida61.01 interior 282.743 282.941 1,0007 reduzida54.01 litoral 109.432 109.532 1,0009 reduzida70.04 litoral 276.241 276.516 1,0010 reduzida68.01 interior 282.743 283.048 1,0011 reduzida54.04 litoral 226.915 227.176 1,0012 reduzida64.02 interior 282.743 283.087 1,0012 reduzida66.01 interior 282.743 283.095 1,0012 reduzida41.08 interior 282.743 283.095 1,0012 reduzida61.02 interior 282.743 283.120 1,0013 reduzidaPegoes litoral 272.817 273.255 1,0016 reduzida43.04 litoral 151.332 151.587 1,0017 reduzida53.02 litoral 282.738 283.225 1,0017 reduzida53.03 litoral 282.743 283.247 1,0018 reduzida53.04 litoral 259.415 259.907 1,0019 reduzida64.03 litoral 282.743 283.298 1,0020 reduzida53.01 litoral 282.743 283.353 1,0022 reduzida63.02 litoral 193.589 194.007 1,0022 reduzida43.06 litoral 160.121 160.470 1,0022 reduzida70.01 litoral 274.930 275.555 1,0023 reduzida66.02 interior 281.624 282.265 1,0023 reduzida70.03 litoral 161.000 161.382 1,0024 reduzida70.02 litoral 218.912 219.433 1,0024 reduzida43.03 litoral 192.423 192.885 1,0024 reduzida65.02 interior 282.743 283.427 1,0024 reduzida44.01 litoral 154.989 155.377 1,0025 reduzida67.01 interior 282.743 283.485 1,0026 reduzida51.02 litoral 128.811 129.153 1,0027 reduzida65.03 interior 282.743 283.594 1,0030 reduzida44.06 litoral 170.213 170.751 1,0032 reduzida44.02 litoral 151.619 152.103 1,0032 reduzida57.01 litoral 166.316 166.889 1,0034 reduzida54.06 litoral 105.675 106.044 1,0035 reduzida54.03 litoral 124.518 125.053 1,0043 reduzida64.01 litoral 282.743 283.972 1,0043 reduzidaP3 litoral 94.551 94.962 1,0043 reduzida44.03 litoral 149.664 150.335 1,0045 reduzida62.01 interior 282.743 284.011 1,0045 reduzida44.04 litoral 162.934 163.703 1,0047 reduzida56.07 litoral 282.743 284.084 1,0047 reduzida51.01 litoral 171.605 172.421 1,0048 reduzida63.06 litoral 202.304 203.290 1,0049 reduzida52.04 litoral 198.077 199.050 1,0049 reduzida55.03 litoral 282.743 284.135 1,0049 reduzida

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ANEXO IV

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

 

Posto Vigia Continentalidade

Área Planimétrica

Área Superficie

Índice Rugosidade

Classificação Rugosidade

37.05 interior 282.743 286.187 1,0122 reduzida56.02 litoral 282.743 286.239 1,0124 reduzida45.04 interior 282.743 286.291 1,0125 reduzida44.07 litoral 282.743 286.306 1,0126 reduzida56.08 litoral 282.743 286.339 1,0127 reduzidaP2 litoral 147.137 149.014 1,0128 reduzida83.02 litoral 274.700 278.278 1,0130 reduzida82.03 litoral 150.618 152.584 1,0131 reduzida32.06 interior 282.743 286.470 1,0132 reduzida39.01 interior 282.743 286.757 1,0142 reduzidaP1 litoral 161.856 164.156 1,0142 reduzida35.06 interior 282.743 286.780 1,0143 reduzida33.05 interior 282.743 286.836 1,0145 reduzida42.07 interior 282.743 286.883 1,0146 reduzida69.01 interior 282.743 286.958 1,0149 reduzida39.06 interior 282.743 287.017 1,0151 média16.02 interior 282.743 287.046 1,0152 média47.06 interior 282.743 287.057 1,0153 média37.03 interior 282.743 287.077 1,0153 média21.05 litoral 272.587 276.774 1,0154 médiaP4 litoral 191.307 194.254 1,0154 média82.01 litoral 238.758 242.452 1,0155 média45.03 interior 282.743 287.250 1,0159 média47.05 interior 282.674 287.190 1,0160 média56.06 interior 282.743 287.275 1,0160 média82.02 litoral 260.534 264.806 1,0164 média21.06 litoral 282.743 287.739 1,0177 média33.04 interior 282.743 287.746 1,0177 média46.05 interior 282.743 287.785 1,0178 média29.04 litoral 282.743 287.787 1,0178 média13.02 interior 282.743 287.793 1,0179 média46.09 interior 282.743 287.842 1,0180 média63.08 litoral 275.042 280.017 1,0181 média63.05 litoral 240.206 244.589 1,0182 média45.01 interior 282.743 287.907 1,0183 média46.06 interior 282.743 287.992 1,0186 média45.02 interior 282.743 288.011 1,0186 média47.02 interior 280.210 285.435 1,0186 média28 litoral 223.288 227.468 1,0187 média47.04 interior 282.582 287.881 1,0188 média25.06 litoral 197.872 201.596 1,0188 média28.01 litoral 252.381 257.178 1,0190 média11.02 interior 282.743 288.129 1,0190 média46.04 interior 282.743 288.197 1,0193 média25.05 litoral 217.263 221.559 1,0198 média

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ANEXO IV

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

 

Posto Vigia Continentalidade

Área Planimétrica

Área Superficie

Índice Rugosidade

Classificação Rugosidade

36.08 interior 282.743 288.456 1,0202 média37.02 interior 282.743 288.489 1,0203 média13.04 interior 282.743 288.553 1,0205 média13.03 interior 282.743 288.553 1,0205 média22.04 litoral 250.859 256.092 1,0209 média46.01 interior 282.743 288.669 1,0210 média36.05 interior 282.743 288.715 1,0211 média42.06 interior 282.743 288.723 1,0211 média13.01 interior 282.743 288.868 1,0217 média18.03 interior 282.743 288.914 1,0218 média45.05 interior 282.743 288.955 1,0220 média32.02 interior 282.743 289.002 1,0221 média12.05 interior 282.743 289.108 1,0225 média15.01 interior 282.743 289.153 1,0227 média32.05 interior 282.743 289.216 1,0229 média41.10 interior 282.743 289.311 1,0232 média16.01 interior 282.743 289.323 1,0233 média36.07 interior 282.743 289.393 1,0235 média47.01 interior 279.715 286.302 1,0235 média35.01 interior 282.743 289.489 1,0239 média12.01 interior 282.743 289.526 1,0240 média18.01 interior 282.743 289.536 1,0240 média21.04 litoral 276.370 283.085 1,0243 média42.03 interior 282.743 289.618 1,0243 média12.03 interior 282.743 289.687 1,0246 média18.05 interior 282.743 289.721 1,0247 média46.02 interior 282.570 289.545 1,0247 média25.01 litoral 276.713 283.623 1,0250 média32.01 interior 282.743 289.809 1,0250 média26.03 litoral 282.743 289.815 1,0250 média21.07 interior 275.020 282.093 1,0257 média12.04 interior 282.743 290.030 1,0258 média46.03 interior 282.743 290.049 1,0258 média42.05 interior 282.743 290.121 1,0261 média35.02 interior 282.743 290.140 1,0262 média36.06 interior 282.743 290.175 1,0263 média11.03 interior 282.743 290.202 1,0264 média14.04 interior 282.743 290.225 1,0265 média46.07 interior 282.743 290.249 1,0265 média35.05 interior 282.743 290.541 1,0276 média11.05 interior 282.743 290.546 1,0276 média25.04 litoral 282.361 290.246 1,0279 média21.01 litoral 282.743 290.717 1,0282 média42.02 interior 282.743 290.769 1,0284 média26.02 litoral 282.743 290.789 1,0285 média

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ANEXO IV

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

 

Posto Vigia Continentalidade

Área Planimétrica

Área Superficie

Índice Rugosidade

Classificação Rugosidade

28.02 litoral 282.743 290.867 1,0287 média27.04 interior 282.743 290.964 1,0291 média11.04 interior 282.743 290.991 1,0292 média25.03 interior 282.743 291.006 1,0292 média14.03 interior 282.743 291.030 1,0293 média41.09 interior 282.743 291.135 1,0297 média46.08 interior 282.743 291.145 1,0297 média22.02 interior 282.737 291.152 1,0298 média42.04 interior 282.743 291.233 1,0300 média22.01 interior 282.743 291.424 1,0307 média27.01 interior 282.743 291.550 1,0311 média32.03 interior 282.743 291.568 1,0312 média36.02 interior 282.743 291.629 1,0314 média0.93 interior 282.743 291.678 1,0316 média11.01 interior 282.743 291.680 1,0316 média17.02 interior 282.743 291.732 1,0318 média29.02 litoral 282.743 291.741 1,0318 média18.04 interior 282.743 291.766 1,0319 média27.03 litoral 282.743 291.775 1,0319 média17.01 interior 282.743 291.824 1,0321 média27.02 interior 282.743 291.844 1,0322 média19.05 interior 282.743 291.865 1,0323 média21 interior 282.743 291.887 1,0323 média14.01 interior 282.743 291.920 1,0325 média41.07 interior 282.743 291.974 1,0326 média26.01 litoral 282.743 291.992 1,0327 média36.01 interior 282.743 292.079 1,0330 média18.02 interior 282.743 292.107 1,0331 média36.04 interior 282.743 292.156 1,0333 média42.08 interior 282.743 292.157 1,0333 média22.03 interior 282.743 292.158 1,0333 média25.02 interior 282.743 292.188 1,0334 média19.04 interior 282.743 292.239 1,0336 média33.02 interior 282.743 292.328 1,0339 média11.06 interior 282.743 292.345 1,0340 média0.82 litoral 282.743 292.409 1,0342 média21.03 litoral 282.743 292.447 1,0343 média42.01 interior 282.743 292.470 1,0344 média41.02 interior 282.743 292.489 1,0345 média36.03 interior 282.743 292.696 1,0352 média19.03 interior 282.743 292.801 1,0356 média29.01 interior 282.743 292.972 1,0362 média14.02 interior 282.743 293.001 1,0363 média21.02 interior 282.743 293.117 1,0367 elevada0.92 interior 282.743 293.119 1,0367 elevada

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ANEXO IV

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

 

Posto Vigia Continentalidade

Área Planimétrica

Área Superficie

Índice Rugosidade

Classificação Rugosidade

19.02 interior 282.743 293.228 1,0371 elevada41.06 interior 282.743 293.318 1,0374 elevada19.01 interior 282.743 293.351 1,0375 elevada33.03 interior 282.743 293.408 1,0377 elevada28.03 interior 282.743 293.436 1,0378 elevada0.84 interior 282.743 293.617 1,0385 elevada41.05 interior 282.743 293.706 1,0388 elevada0.71 interior 282.743 293.818 1,0392 elevada41.03 interior 282.743 293.935 1,0396 elevada41.01 interior 282.743 294.125 1,0403 elevada41.04 interior 282.743 294.131 1,0403 elevada32.04 interior 282.743 294.250 1,0407 elevada

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ANEXO V

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

ANEXO V

ID PV X Y OffsetA OffsetB Azimuth1 Azimuth2 Vert1 Vert2 Radius1 Radius21 0.71 194807 538256 8,4 10 0 360 90 -90 0 -250002 0.82 196502 519424 9,1 10 0 360 90 -90 0 -240003 0.84 199316 536845 9,6 10 0 360 90 -90 0 -250004 0.92 209895 527084 9,6 10 0 360 90 -90 0 -250005 0.93 217583 539629 9,6 10 0 360 90 -90 0 -290006 11.01 223704 524983 6,6 10 0 360 90 -90 0 -290007 11.02 240430 529373 6,6 10 0 360 90 -90 0 -290008 11.03 231570 519636 7,6 10 0 360 90 -90 0 -290009 11.04 226921 514872 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2900010 11.05 226054 536194 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2900011 11.06 217931 517206 9,6 10 0 360 90 -90 0 -2900012 12.01 314131 551938 6,9 10 0 360 90 -90 0 -2900013 12.03 305382 531539 7,2 10 0 360 90 -90 0 -2900014 12.04 293684 550096 6,3 10 0 360 90 -90 0 -2900015 12.05 286339 533601 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2900016 13.01 269298 541899 7,9 10 0 360 90 -90 0 -2900017 13.02 257875 525587 9,1 10 0 360 90 -90 0 -2900018 13.03 266852 500491 6,6 10 0 360 90 -90 0 -2900019 13.04 268171 523879 8,3 10 0 360 90 -90 0 -2900020 14.01 227490 448905 8,1 10 0 360 90 -90 0 -2900021 14.02 222680 459083 5,6 10 0 360 90 -90 0 -2900022 14.03 237974 452910 8,6 10 0 360 90 -90 0 -2900023 14.04 258897 452257 10,1 10 0 360 90 -90 0 -2900024 15.01 299097 500953 7,3 10 0 360 90 -90 0 -2900025 16.01 317405 484140 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2900026 16.02 334509 513428 8,9 10 0 360 90 -90 0 -2900027 16.03 356538 519877 5,6 10 0 360 90 -90 0 -3500028 17.01 269129 477010 5,6 10 0 360 90 -90 0 -2900029 17.02 293575 467010 5,9 10 0 360 90 -90 0 -2900030 18.01 237073 508972 7,1 10 0 360 90 -90 0 -2900031 18.02 240677 494968 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2900032 18.03 250643 506474 10,5 10 0 360 90 -90 0 -2900033 18.04 247779 492367 8,2 10 0 360 90 -90 0 -2900034 18.05 256606 496028 6,6 10 0 360 90 -90 0 -2900035 19.01 238594 474034 5,6 10 0 360 90 -90 0 -2500036 19.02 237104 489578 5,6 10 0 360 90 -90 0 -2500037 19.03 244682 470815 9,6 10 0 360 90 -90 0 -2900038 19.04 219866 477639 9,6 10 0 360 90 -90 0 -2900039 19.05 258853 481958 5,6 10 0 360 90 -90 0 -2900040 20.05 169739 483488 9,6 10 0 360 90 -90 0 -2800041 21 214888 477080 8,1 10 0 360 90 -90 0 -2900042 21.01 199670 476653 9,6 10 0 360 90 -90 0 -2400043 21.02 212599 456017 9,6 10 0 360 90 -90 0 -2500044 21.03 199652 460818 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2400045 21.04 182461 455517 7,6 10 0 360 90 -90 0 -24000

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ANEXO V

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

ID PV X Y OffsetA OffsetB Azimuth1 Azimuth2 Vert1 Vert2 Radius1 Radius246 21.05 178379 470133 8,6 10 0 360 90 -90 0 -2400047 21.06 186332 482269 12,4 10 0 360 90 -90 0 -2400048 21.07 182096 450722 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2900049 22.01 189752 435140 8,3 10 0 360 90 -90 0 -2900050 22.02 187815 430533 8,1 10 0 360 90 -90 0 -2900051 22.03 201349 443964 8,1 10 0 360 90 -90 0 -2900052 22.04 174654 435356 9,6 10 0 360 90 -90 0 -2400053 25.01 164829 557089 4,6 10 0 360 90 -90 0 -2400054 25.02 185925 559597 8 10 0 360 90 -90 0 -2900055 25.03 193001 566347 6,6 10 0 360 90 -90 0 -2900056 25.04 168028 544292 8,4 10 0 360 90 -90 0 -2400057 25.05 151764 550412 8,6 10 0 360 90 -90 0 -2400058 25.06 148857 540360 11,1 10 0 360 90 -90 0 -2400059 26.01 209035 502318 5,6 10 0 360 90 -90 0 -2400060 26.02 205866 489036 9,6 10 0 360 90 -90 0 -2400061 26.03 192367 503769 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2400062 27.01 222732 502901 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2900063 27.02 218637 494397 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2900064 27.03 216683 485581 6,6 10 0 360 90 -90 0 -2400065 27.04 227480 509942 7,1 10 0 360 90 -90 0 -2900066 28 153892 536891 15,6 10 0 360 90 -90 0 -2400067 28.01 161264 527247 8,6 10 0 360 90 -90 0 -2400068 28.02 172858 528872 8,4 10 0 360 90 -90 0 -2400069 28.03 184139 543974 8,2 10 0 360 90 -90 0 -2500070 29.01 207463 518842 9,1 10 0 360 90 -90 0 -2900071 29.02 190561 517625 2,1 10 0 360 90 -90 0 -2400072 29.03 154718 513160 6,6 10 0 360 90 -90 0 -2800073 29.04 178164 505029 9,6 10 0 360 90 -90 0 -2400074 32.01 259725 376384 8,6 10 0 360 90 -90 0 -2900075 32.02 253862 348770 8,1 10 0 360 90 -90 0 -2900076 32.03 250740 369310 8,6 10 0 360 90 -90 0 -2900077 32.04 230552 353107 9,6 10 0 360 90 -90 0 -2500078 32.05 265826 375023 5,6 10 0 360 90 -90 0 -2900079 32.06 276035 360009 11,6 10 0 360 90 -90 0 -3500080 33.02 234939 374265 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2900081 33.03 236988 366304 5,6 10 0 360 90 -90 0 -2500082 33.04 240236 403116 7,6 10 0 360 90 -90 0 -2900083 33.05 252112 408868 7,6 10 0 360 90 -90 0 -3500084 35.01 257533 384897 8,4 10 0 360 90 -90 0 -2900085 35.02 252724 382560 9,8 10 0 360 90 -90 0 -2900086 35.03 294503 369743 8,2 10 0 360 90 -90 0 -3500087 35.04 303667 373712 5,6 10 0 360 90 -90 0 -3500088 35.05 247758 382104 9,2 10 0 360 90 -90 0 -2900089 35.06 270919 394230 7,6 10 0 360 90 -90 0 -3500090 35.07 284708 402791 5,8 10 0 360 90 -90 0 -35000

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ANEXO V

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

ID PV X Y OffsetA OffsetB Azimuth1 Azimuth2 Vert1 Vert2 Radius1 Radius291 35.08 297058 403495 5,9 10 0 360 90 -90 0 -3500092 36.01 236035 340004 5,6 10 0 360 90 -90 0 -2900093 36.02 225842 330970 5,6 10 0 360 90 -90 0 -2900094 36.03 215785 330555 6,6 10 0 360 90 -90 0 -2900095 36.04 207394 326730 6,6 10 0 360 90 -90 0 -2900096 36.05 191965 314540 10,1 10 0 360 90 -90 0 -2900097 36.06 217393 319711 6,8 10 0 360 90 -90 0 -2900098 36.07 211659 309135 6,8 10 0 360 90 -90 0 -2900099 36.08 230685 311792 6,4 10 0 360 90 -90 0 -29000100 36.09 213612 293977 10,8 10 0 360 90 -90 0 -28000101 36.10 226395 289174 5,9 10 0 360 90 -90 0 -35000102 37.01 259910 422829 7,9 10 0 360 90 -90 0 -35000103 37.02 273044 447470 5,8 10 0 360 90 -90 0 -29000104 37.03 296243 433406 6,9 10 0 360 90 -90 0 -29000105 37.04 290175 423160 16,6 10 0 360 90 -90 0 -35000106 37.05 271278 419640 7,6 10 0 360 90 -90 0 -35000107 39.01 247321 311233 11,6 10 0 360 90 -90 0 -35000108 39.02 275502 329754 6,6 10 0 360 90 -90 0 -35000109 39.03 299011 340429 6,6 10 0 360 90 -90 0 -35000110 39.04 272468 306952 5,7 10 0 360 90 -90 0 -35000111 39.05 290157 347142 7,1 10 0 360 90 -90 0 -35000112 39.06 237108 301187 4,4 10 0 360 90 -90 0 -29000113 41.01 211181 349553 8,3 10 0 360 90 -90 0 -25000114 41.02 214689 359570 8,6 10 0 360 90 -90 0 -29000115 41.03 214071 339013 8 10 0 360 90 -90 0 -25000116 41.04 226810 360819 6,1 10 0 360 90 -90 0 -25000117 41.05 205987 355412 7,6 10 0 360 90 -90 0 -25000118 41.06 219487 365062 7,6 10 0 360 90 -90 0 -25000119 41.07 224411 375099 19,1 10 0 360 90 -90 0 -29000120 41.08 185345 370589 7,6 10 0 360 90 -90 0 -35000121 41.09 194080 362438 5,6 10 0 360 90 -90 0 -29000122 41.10 185092 361750 13,6 10 0 360 90 -90 0 -29000123 42.01 197502 345410 8,1 10 0 360 90 -90 0 -29000124 42.02 187973 342223 9,6 10 0 360 90 -90 0 -29000125 42.03 187588 326805 9,6 10 0 360 90 -90 0 -29000126 42.04 191213 337360 5,6 10 0 360 90 -90 0 -29000127 42.05 185963 337661 5,6 10 0 360 90 -90 0 -29000128 42.06 181600 355320 14,6 10 0 360 90 -90 0 -29000129 42.07 176220 317866 8,1 10 0 360 90 -90 0 -35000130 42.08 197440 336357 9,6 10 0 360 90 -90 0 -29000131 43.01 138591 358825 9,6 10 0 360 90 -90 0 -28000132 43.02 163262 345947 7,6 10 0 360 90 -90 0 -28000133 43.03 145098 355437 6,6 10 0 360 90 -90 0 -28000134 43.04 146840 393089 8,6 10 0 360 90 -90 0 -28000135 43.05 158399 371258 21,6 10 0 360 90 -90 0 -28000

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ANEXO V

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

ID PV X Y OffsetA OffsetB Azimuth1 Azimuth2 Vert1 Vert2 Radius1 Radius2136 43.06 144174 377756 8,6 10 0 360 90 -90 0 -28000137 44.01 131708 327391 14,6 10 0 360 90 -90 0 -28000138 44.02 128274 318429 14,6 10 0 360 90 -90 0 -28000139 44.03 125397 311172 14,6 10 0 360 90 -90 0 -28000140 44.04 125579 305579 14,6 10 0 360 90 -90 0 -28000141 44.05 146369 300622 9,6 10 0 360 90 -90 0 -28000142 44.06 135617 332481 11,6 10 0 360 90 -90 0 -28000143 44.07 164859 328356 5,6 10 0 360 90 -90 0 -28000144 45.01 217931 414402 21,6 10 0 360 90 -90 0 -29000145 45.02 224839 426201 8,6 10 0 360 90 -90 0 -29000146 45.03 229670 425605 8,6 10 0 360 90 -90 0 -29000147 45.04 235076 421157 17,6 10 0 360 90 -90 0 -35000148 45.05 215456 387515 22,6 10 0 360 90 -90 0 -29000149 45.06 245676 428692 8,6 10 0 360 90 -90 0 -35000150 46.01 190666 405384 8,6 10 0 360 90 -90 0 -29000151 46.02 186914 414811 8,6 10 0 360 90 -90 0 -29000152 46.03 200809 413464 8,6 10 0 360 90 -90 0 -29000153 46.04 196355 401319 7,6 10 0 360 90 -90 0 -29000154 46.05 195068 386256 13,6 10 0 360 90 -90 0 -29000155 46.06 204281 390371 17,6 10 0 360 90 -90 0 -29000156 46.07 194421 414160 8,6 10 0 360 90 -90 0 -29000157 46.08 206107 434062 8,6 10 0 360 90 -90 0 -29000158 46.09 190793 393377 13,6 10 0 360 90 -90 0 -29000159 47.01 181981 423125 16,6 10 0 360 90 -90 0 -29000160 47.02 181437 410980 7,6 10 0 360 90 -90 0 -29000161 47.03 171345 416515 7,6 10 0 360 90 -90 0 -28000162 47.04 184624 404463 11,6 10 0 360 90 -90 0 -29000163 47.05 182795 399657 7,6 10 0 360 90 -90 0 -29000164 47.06 183559 391345 9,6 10 0 360 90 -90 0 -29000165 51.01 121053 292046 10,2 10 0 360 90 -90 0 -28000166 51.02 100330 268191 11,6 10 0 360 90 -90 0 -28000167 51.03 120893 278591 9,7 10 0 360 90 -90 0 -28000168 52.01 120405 247127 8,6 10 0 360 90 -90 0 -28000169 52.02 109010 238509 7,8 10 0 360 90 -90 0 -28000170 52.03 125098 238194 7,4 10 0 360 90 -90 0 -28000171 52.04 99292 220561 5,6 10 0 360 90 -90 0 -28000172 53.01 167307 228170 32,6 10 0 360 90 -90 0 -28000173 53.02 155283 222456 11,7 10 0 360 90 -90 0 -28000174 53.03 166506 208188 12 10 0 360 90 -90 0 -28000175 53.04 142101 206371 11,8 10 0 360 90 -90 0 -28000176 54.01 89791 197249 8,4 10 0 360 90 -90 0 -28000177 54.03 88386 206211 9,2 10 0 360 90 -90 0 -28000178 54.04 107974 215059 11,8 10 0 360 90 -90 0 -28000179 54.05 102151 203981 5,7 10 0 360 90 -90 0 -28000180 54.06 86708 200431 9,4 10 0 360 90 -90 0 -28000

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ANEXO V

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

ID PV X Y OffsetA OffsetB Azimuth1 Azimuth2 Vert1 Vert2 Radius1 Radius2181 55.01 128965 267570 7,6 10 0 360 90 -90 0 -28000182 55.02 160789 241680 13,6 10 0 360 90 -90 0 -28000183 55.03 175467 263133 11,6 10 0 360 90 -90 0 -28000184 56.01 166586 297412 15,6 10 0 360 90 -90 0 -28000185 56.02 200205 287636 10,6 10 0 360 90 -90 0 -28000186 56.03 157132 307502 13,6 10 0 360 90 -90 0 -28000187 56.04 179077 281811 13,6 10 0 360 90 -90 0 -28000188 56.05 186239 284739 13,6 10 0 360 90 -90 0 -28000189 56.06 190352 303621 9,6 10 0 360 90 -90 0 -29000190 56.07 192362 263752 11,6 10 0 360 90 -90 0 -28000191 56.08 185606 292423 21,6 10 0 360 90 -90 0 -28000192 57.01 129736 174358 5 10 0 360 90 -90 0 -28000193 61.01 230576 142171 9,7 10 0 360 90 -90 0 -35000194 61.02 232740 81610 5,9 10 0 360 90 -90 0 -35000195 62.01 280767 138106 8,7 10 0 360 90 -90 0 -35000196 63.01 150552 112845 9,8 10 0 360 90 -90 0 -28000197 63.02 148951 91659 9,7 10 0 360 90 -90 0 -28000198 63.03 174270 85655 5,7 10 0 360 90 -90 0 -28000199 63.04 162606 74432 9,4 10 0 360 90 -90 0 -28000200 63.05 156542 53537 9,6 10 0 360 90 -90 0 -24000201 63.06 151348 82423 7 10 0 360 90 -90 0 -28000202 63.07 177640 72129 9,2 10 0 360 90 -90 0 -28000203 63.08 165368 46442 6,8 10 0 360 90 -90 0 -24000204 64.01 210496 266563 11,6 10 0 360 90 -90 0 -28000205 64.02 217289 234378 5,6 10 0 360 90 -90 0 -35000206 64.03 195324 234378 12,6 10 0 360 90 -90 0 -28000207 65.01 243204 289816 9,6 10 0 360 90 -90 0 -35000208 65.02 266656 260894 9,6 10 0 360 90 -90 0 -35000209 65.03 244118 246900 5,6 10 0 360 90 -90 0 -35000210 66.01 187490 204826 9,6 10 0 360 90 -90 0 -35000211 66.02 194629 159641 11,6 10 0 360 90 -90 0 -35000212 67.01 238599 150999 11,6 10 0 360 90 -90 0 -35000213 68.01 247730 197013 9,8 10 0 360 90 -90 0 -35000214 69.01 187749 51837 5,5 10 0 360 90 -90 0 -35000215 69.02 204691 44960 7,6 10 0 360 90 -90 0 -28000216 70.01 171204 151853 8 10 0 360 90 -90 0 -28000217 70.02 155090 133718 9,7 10 0 360 90 -90 0 -28000218 70.03 146169 144395 8,6 10 0 360 90 -90 0 -28000219 70.04 168183 126626 6,8 10 0 360 90 -90 0 -28000220 81.01 234961 30935 5,6 10 0 360 90 -90 0 -28000221 81.03 238830 43359 7,6 10 0 360 90 -90 0 -28000222 82.01 157407 38173 5,6 10 0 360 90 -90 0 -24000223 82.02 164643 38038 7,6 10 0 360 90 -90 0 -24000224 82.03 142746 27699 7,6 10 0 360 90 -90 0 -28000225 83.01 202590 38026 7,6 10 0 360 90 -90 0 -28000

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ANEXO V

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

ID PV X Y OffsetA OffsetB Azimuth1 Azimuth2 Vert1 Vert2 Radius1 Radius2226 83.02 213374 33821 5,6 10 0 360 90 -90 0 -28000227 83.03 219580 27369 7,6 10 0 360 90 -90 0 -28000228 Alcoentre 126972 249433 7,6 10 0 360 90 -90 0 -28000229 P01 138302 289360 5,6 10 0 360 90 -90 0 -28000230 P02 135073 278181 5,6 10 0 360 90 -90 0 -28000231 P03 156610 285376 5,6 10 0 360 90 -90 0 -28000232 P1 139990 40321 7,6 10 0 360 90 -90 0 -28000233 P2 139023 33069 13,6 10 0 360 90 -90 0 -28000234 P3 133715 19437 11,6 10 0 360 90 -90 0 -28000235 P4 147961 60170 9,6 10 0 360 90 -90 0 -24000236 Pegoes 158458 190255 22,8 10 0 360 90 -90 0 -28000237 Valongo-2 169739 467000 7,1 10 0 360 90 -90 0 -28000

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ANEXO VI

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais Relatório de Estágio 

 

ANEXO VI

Método alternativo, para optimização da escolha dos postos de vigia.

Reclassificar os rasters das bacias de visão de cada posto, atribuindo a cada um deles um valor da serie 2x

Somar os rasters após reclassificação.

Analisar valores obtidos das somas, identificando os valores pertencentes à serie inicial (2x) e os que são soma de dois ou mais elementos desta.

Decompor as somas nos elementos originais, e interpretar em função do código do posto de vigia.

Desta feita resultaria algo semelhante ao exemplo feita para três postos de vigia da zona de Penamacor:

Tabela 1: Áreas visíveis por posto de vigia e sua intervisibilidade.

 

Organizando os dados desta forma é possível correr um algoritmo de optimização (usando inclusive software de optimização como o LINGO ou o LINDO), maximizando área visível em função das restrições que se queiram impor.

Tomando este exemplo vamos supor que pretendíamos apenas seleccionar dois dos tês postos de vigia apresentados. O mais lógico é escolhermos os postos de vigia 2 e 8 que são as que mais área vêm.

No entanto se o objectivo fosse escolher os dois postos de vigia que oferecessem a maior intervisibilidade possível (maior área visível por mais do que um posto), a escolha recairia sobre a 4 e a 8.

Uma abordagem neste sentido permitiria uma eficácia na escola dos postos, mas necessita de muito tempo de execução, para além de que, a análise teria que ser feita por partes (agregando postos de vigia que partilhassem zonas de visibilidade, usando por exemplo uma tabela de dupla entrada para a sua avaliação) para que se não viesse a trabalhar com números astronómicos como, por exemplo, 2237.

VALUE * COUNT AREA VISIVEL LEGENDA0 14165226 ‐                   não visivel2 131255 114.501         visivel pela torre 24 13809 12.046           visivel pela torre 46 9468 8.259             visivel pela torre 2 e pela torre 48 86857 75.770           visivel pela torre 810 370 323                 visivel pela torre 2 e pela torre 812 47415 41.363           visivel pela torre 4 e pela torre 814 2776 2.422             visivel pela torre 2 e pela torre 4 e pela torre 8