INSTRUMENTOS DA POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS

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INSTRUMENTOS DA POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS Yvonilde Medeiros UFBA

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INSTRUMENTOS DA POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS. Yvonilde Medeiros UFBA. Aspectos Fundamentais da Gestão das Águas. - PowerPoint PPT Presentation

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INSTRUMENTOS DA POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS

INSTRUMENTOS DA POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS

Yvonilde MedeirosUFBA

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Aspectos Fundamentais da Gestão das Águas

Aspectos Fundamentais da Gestão das Águas

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A gestão das águas é uma atividade voltada à formulação de princípios e diretrizes, para o preparo de documentos orientadores e normativos, estruturação de sistemas gerenciais e tomada de decisões que têm por objetivo promover o inventário, uso, controle e proteção dos recursos hídricos.

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Fazem parte das atividades de gestão de água:

1. Política de Águas: conjunto de princípios doutrinários que conformam as aspirações sociais e/ou governamentais no que concerne à regulamentação ou modificação nos usos, controle e proteção das águas.

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2. Plano de Uso, Controle ou Proteção das Águas: estudo prospectivo que busca, na sua essência, adequar o uso, o controle e o grau de proteção dos recursos hídricos às aspirações sociais e/ou governamentais expressas na Política das Águas, através da coordenação, articulação e/ou projetos de intervenção.

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3. Gerenciamento das Águas: conjunto de ações governamentais destinadas a regular o uso, o controle e a proteção das águas, e a avaliar a conformidade da situação corrente com os princípios doutrinários estabelecidos pela Política das Águas.

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4. Modelo de Gerenciamento de Águas: configuração administrativa adotada na organização do Estado para gerir as águas. No modelo amplamente utilizado, adota-se a bacia hidrográfica como unidade administrativa.

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5. Sistema de Gerenciamento de Águas: conjunto de organismos, agências e instalações governamentais e privadas, estabelecidos com o objetivo de executar a Política das Águas através do modelo de gerenciamento adotado e que tem por instrumento o planejamento do uso, controle e proteção das águas.

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Uma Uma gestão de águasgestão de águas eficiente deve ser eficiente deve ser constituída por uma constituída por uma políticapolítica, que estabeleça , que estabeleça as diretrizes gerais, um as diretrizes gerais, um modelo de modelo de gerenciamentogerenciamento, que estabeleça a , que estabeleça a organização legal e institucional e um organização legal e institucional e um sistema de gerenciamentosistema de gerenciamento, que reúna os , que reúna os instrumentos para o preparo e execução do instrumentos para o preparo e execução do planejamentoplanejamento do uso, controle e proteção do uso, controle e proteção das águas. das águas.

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Princípios da Gestão

Reconhecimento da água como um bem público, finito e vulnerável, dotado de valor econômico;

Prioridade do uso dos recursos hídricos em situações de escassez: consumo humano e dessedentação de animais;

Adoção da bacia hidrográfica como unidade territorial de planejamento e gestão das águas;

Participação dos diferentes níveis do poder público, dos usuários e da sociedade civil no processo de tomada de decisão.

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Instrumentos da Gestão

Definidos pela Lei 9433/97, no art. 5º

Planos de Recursos Hídricos ou Planos de Bacia Hidrográfica;

Enquadramento de Corpos de Água em classes, segundo usos preponderantes da água;

Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;

Cobrança pelo uso de recursos hídricos; Sistema de Informações sobre Recursos

Hídricos.

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Instrumentos de Gestão de Bacia

Instrumento Objetivo

Planos de BaciaPlanos de Bacia Fundamentar e orientar a gestão de recursos hídricos na bacia

EnquadramentoEnquadramento Assegurar às águas qualidade compatível com os usos da água e diminuir os custos de combate à poluição das águas mediante ações preventivas permanentes

OutorgaOutorga Garantir o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água

CobrançaCobrança Incentivar a racionalização do uso da água e obter recursos financeiros para o financiamento dos programas de intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos

Sistema de Sistema de InformaçõesInformações

Armazenar dados e informações sobre a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos para caracterizar a situação da bacia

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Interdependência e Complementaridade dos Instrumentos de Gestão

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Organização Institucional

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Aspectos Gerais do Planejamento dos Recursos

Hídricos

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O processo de planejamento concretiza-se por meio da materialização de ações que passam por diversas fases, na medida que se passam dos valores sociais aos programas de intervenção.

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Metas são os diferentes resultados (cenários) que se pretende alcançar, relacionando os valores sociais ao recurso natural, como crescimento econômico, segurança nacional, eqüidade social e proteção ambiental Objetivos são os diferentes segmentos a serem empreendidos, dentro das metas estabelecidas. Padrões (ou indicadores) são os valores quantitativos adotados para a mensuração das grandezas envolvidas no processo. Programas de intervenção são resultados, a curto prazo, dos planos, estabelecidos de acordo com o cronograma traçado.

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São objetivos da política dos recursos hídricos: I. assegurar à atual e às futuras gerações a

necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

II. utilização racional e integrada dos recursos hídricos com vistas ao desenvolvimento sustentável.

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A lei 9.433/97 demarca a sustentabilidade dos recursos hídricos em três aspectos:

1. disponibilidade de água de boa qualidade, isto é, não poluída, para as gerações presentes e futuras;

2. utilização racional constata nos atos de outorga dos direitos de uso e nos planos de recursos hídricos

3. utilização integrada será reiterada no sistema de gestão constante das diretrizes de ação

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Os Planos de Recursos Hídricos são planos diretores que visam fundamentar e orientar a implementação da Política de Recursos Hídricos e o gerenciamento desses recursos.

Esse importante instrumento de gestão constitui documento de planejamento, orientado estrategicamente para harmonizar os diversos interesses setoriais no campo dos recursos hídricos.

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Objetivo do Plano de Recursos Hídricos

Apresentar orientações, diretrizes, ações e atividades de curto, médio e longo prazos, buscando o fortalecimento da gestão dos recursos hídricos e o esclarecimento das normas e regras de uso da água, de tal forma que se estabeleça o equilíbrio entre a disponibilidade de água e a satisfação das necessidades.

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Os Planos de Recursos Hídricos terão o seguinte conteúdo mínimo:

I. Diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos;

II. Análise de alternativas de crescimento demográfico, de evolução de atividades produtivas e de modificações dos padrões de ocupação do solo;

III. Balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos, em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais;

IV. Prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos;

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Conteúdo Mínimo

IV. Metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis;

V. Medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados, para o atendimento das metas previstas;

VI. Diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos;

VII. Propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à proteção dos recursos hídricos.

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Plano de Bacia Hidrográfica

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Descrição de Procedimentos

Descrever em linhas gerais os procedimentos adotados para a execução do Plano:

tempo de execução, número e especialidade dos técnicos envolvidos, número e localização das vistorias de campo, materiais consultados e métodos utilizados

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Diagnóstico da Bacia Hidrográfica

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O Plano de Bacia Hidrográfica deverá apresentar de forma clara e sucinta uma descrição geral da área, podendo incluir:

dados históricos da Bacia;

sua importância no contexto regional, estadual ou nacional;

a importância do Plano numa visão presente e futura;

os objetivos do Plano e da execução das medidas propostas.

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Localização Geográfica Situar a Bacia em estudo no contexto regional e local, citando:

o(s) município(s) inseridos na Bacia; coordenadas geográficas; vias de acesso, distância do(s) centro(s) urbano(s) mais próximo(s)

Devem ser incluídos mapas representando a Bacia em relação ao Estado e em relação ao(s) município(s) envolvido(s).

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Caracterização da Bacia

Descrever a bacia hidrográfica:

Identificação da rede a que pertence, no nível geral, regional e local;

Padrão de drenagem ou caracterização da distribuição espacial dos canais e sua hierarquia; classificação geométrica, densidade; padrões de canais e seus gradientes;

Perímetro e área de abrangência dos limites topográficos da bacia, comprimento e forma;

Morfologia dos vales ( encostas ), interflúvios, (divisores) e fundos de vale (leito maior) dos rios principais;

Características gerais da geologia regional e de clima.

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Aspectos Físicos

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Geomorfologia

Os estudos e levantamentos visam a compreensão da distribuição das unidades geoambientais e sua dinâmica, no que diz respeito à sua base física.

Para o levantamento serão utilizadas como base cartas topográficas, mapas geológicos e de cobertura vegetal atual, incluindo o uso da terra, e outras eventuais informações complementares.

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Geomorfologia

Envolve o mapeamento dos diversos aspectos geomorfológicos interdisciplinares do ambiente, tais como:

Morfologia Níveis de erosão e/ou sedimentação Declividade Cobertura e uso atual da terra Potencial de uso das unidades geoambientais

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Solos

O processo de avaliação de terras deve ser entendido como uma análise da capacidade de suporte e da oportunidade de uso de um ambiente particular com atividades agrícolas.

Deverá contemplar as relações entre as características sócio-econômicas dos usuários das terras e o recurso natural que estes ocupam.

Neste sentido, está intimamente ligado com as demais análises que auxiliam a tomada de decisão objetivando um plano de gestão e manejo de bacias hidrográficas.

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Levantamento do meio físico

Com base nos produtos originados na análise geomorfológica, para a identificação das unidades de terras, a partir da leitura dos mapas de solos e geologia disponíveis para a região, serão realizadas observações em campo a respeito de:

erosão atual (presença, tipos e intensidade);

aspectos físicos dos solos (profundidade efetiva, textura, pedregosidade e rochosidade, permeabilidade e drenagem e substrato geológico };

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Levantamento do meio físico

aspectos da paisagem (declividade, exposição ao sol, forma e comprimento das encostas);

riscos de inundação e de excesso de água no solo, clima (ocorrência de secas, geadas e ventos adversos};

uso atual (tipo de uso, nível de manejo, práticas de conservação da paisagem) e produtividade aparente.

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Aspectos dos Recursos Hídricos

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Os rios que formam a bacia

Traça um perfil descritivo da bacia com base nas observações em campo ou em documentação existente, referenciando-se nos itens contidos na caracterização da bacia

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Vazão dos Rios

As vazões dos rios são pesquisadas juntos aos órgãos afins (ANA, órgãos gestores estaduais):

série de vazões contínuas - disponibilidade hídrica;

mínima vazão de estiagem - máxima vazão que poderá ser explorada (Q90, Q7,10);

vazões máximas de enchentes - áreas que serão alagadas e sua proteção

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Quando não existir nenhuma das possibilidades anteriores para investigar as vazões mínimas e máximas, devem-se procurar medidas diretas:

1. levantar topograficamente o perfil e a declividade do leito do curso d'água

2. levantar topograficamente as mínimas e máximas lâminas de água;

3. levantar topograficamente a seção do rio;4. calcular as prováveis máximas e mínimas vazões,

através de fórmulas hidráulicas;

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Qualidade da Água

A qualidade dos corpos d’água deve ser pesquisada em termos de coliformes e todos os elementos físicos da água superficial subterrânea

Outros índices, como DQO, agrotóxicos, metais pesados, deverão ser investigados através de novas análises a partir de coletas de material enviado a laboratórios especializados (visando o enquadramento dos corpos d’água, de acordo com os usos preponderantes).

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Usos da Água

É preciso verificar o uso atual e potencial para diferentes finalidades:

captação para consumo humano e dessedentação animal, derivação para irrigação, indústria ou piscicultura, lançamento efluentes domésticos e industriais manutenção dos ecossistemas, lazer e recreação, extração (transposição de bacia)

Também é necessário verificar a existência de concessão de uso e outorga (cadastro de usuários).

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Cálculo da Demanda

A demanda de água pela comunidade pode ser decomposta em:

demanda humana e animal industrial irrigação ecológica outras (demanda externa, por exemplo)

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Demanda de água para consumo humano

Inclui consumo residencial, de estabelecimentos comerciais e de órgãos públicos, representados pelo parâmetro "per capita" (l/hab. dia).

O cálculo da demanda em m3/dia para o dia de maior consumo será:

Dd = K1 .C.P onde,

K1 = 1,2 é um ajuste para o dia de maior consumo

C = consumo per capita, em m3 /hab. dia P = população abastecida (hab)

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Demanda de água para Indústria

A demanda industrial está embutida no "per capita" de abastecimento humano, quando se trata de indústrias de pouco consumo e distribuídas no meio urbano.

Devem ser pesquisadas todas as indústrias de porte, as quais fornecerão a demandas solicitadas.

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Demanda de água para Irrigação

A demanda para irrigação deve ser pesquisada nas instituições onde estão cadastradas as atividades agronômicas exercidas na bacia.

O cálculo da demanda em m3/dia será:

Dd = K.ET.A onde,

K = coeficiente de eficiência do sistema de irrigação

ET = evapotranspiração (uso consuntivo), m/dia

P = área cultivada, m2

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Balanço entre disponibilidades e demandas hídricas

O balanço entre a disponibilidade e a demanda hídrica atual consiste na analise das tendências de evolução da demanda, no espaço e no tempo, e sua comparação com as disponibilidade e potencialidade.

Essa avaliação permite a identificação dos conflitos entre oferta e demanda hídrica e a análise e a justificativa de ações e intervenções a serem projetadas em cenários alternativos, visando à otimização da disponibilidade quali-quantitativa.

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Aspectos Bióticos

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Cobertura Vegetal

A avaliação deve ser realizada com o objetivo de obter informações sobre as características:

grau de alteração uso do solo tipo de formações vegetais ocorrentes

Os mapas devem ser correlacionados com o mapeamento geomorfológico e de solos, para uma definição da relação entre as formações vegetais e o meio físico

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Cobertura Vegetal

Devem ser definidas em mapas as seguintes formações vegetais:

Vegetação primária: incluindo formações campestres, arbustivas e arbórea, e seus ecótonos; Vegetação secundária: estágios inicial, médio, avançado; Agricultura, pastagem e reflorestamentos.

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Fauna

Deve relatar os aspectos de diversidade, endemismos, espécies mais notáveis, ocupação do ambiente, relacionando a fauna aos tipos florestais definidos e ambientes específicos, além do status com especial referência a espécies raras e/ou ameaçadas de extinção.

A caracterização da fauna da área deve estar voltada ao estudo de um grupo:

de vertebrados terrestres (aves ou mamíferos) e outro ambiente aquático (anfíbios ou répteis).

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Levantamento das Unidades de Conservação

Para identificar e localizar as Unidades de Conservação existentes na área da bacia, as consultas devem ser dirigidas a fontes municipais e estaduais.

Os descritivos de limites das áreas podem ser transportados para um mapa da região, para desenhar o quadro das áreas protegidas que poderá subsidiar propostas relacionadas com a manutenção, recuperação ou ampliação.

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Levantamento da Área de Preservação Permanente e de Reserva Legal

A caracterização ambiental das áreas de preservação permanente e as condições em que se encontram fornecem indicações importantes sobre o estado de conservação da bacia. Deverá ser feita a delimitação cartográfica das áreas de preservação obrigatória:

faixa de proteção de reservatórios d'água

mata ciliar

fundos de vale

declividades (taludes)

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Aspectos Socioeconômicos

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Para analisar os efeitos do uso e da ocupação no território de uma bacia, deve ser elaborado um quadro de possíveis situações críticas decorrentes da relação do homem com o meio.

O levantamento dos aspectos relacionados ao uso e ocupação da bacia é o que oferece maior oportunidade de uma ação interativa com a população, em diversos níveis.

As informações disponíveis em diferentes grupos da população devem ser resgatadas e organizadas.

Os levantamentos de campo, sempre que possível, devem ser feitos em estreita colaboração com equipes locais.

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Caracterização:Delimitação da bacia

A área da bacia geralmente é formada por mais de um município e em alguns casos de mais de um estado (dominialidade estadual e federal).

Essa abrangência exigirá ações compartilhadas entre as diferentes unidades administrativas que terão de ser observadas em todos os níveis de levantamento, de análise e intervenção.

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Caracterização:Os municípios na dinâmica demográfica estadual

Identificar a forma com que o(s) município(s) se insere(m) na dinâmica demográfica estadual e as tendências de crescimento da população rural e urbana.

Fontes: Censo Demográfico do lBGE, Estudos Demográficos e Indicadores Analíticos, Secretarias de Planejamento, Legislações Federal e Estaduais.

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Caracterização:Atividades Potencialmente Poluidoras

Para melhor conhecimento e caracterização das atividades potencialmente poluidoras (industriais, agro-industriais, agro-pecuárias extrativistas), o Plano da Bacia deve atualizar ou organizar o cadastro com informações sobre a localização de cada atividade, natureza da atividade, insumos utilizados, natureza de efluentes e resíduos, tratamento e destino final dos mesmos.

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Atividades de competência do governo

Alguns problemas que deverão ser avaliados:

ausência de coleta e tratamento de esgotos da bacia;

ausência e/ou deficiência na coleta de lixo;

inexistência de programas de estímulo fiscal para a consecução da lei de zoneamento e objetivos de conservação;

inexistência de programas de educação ambiental;

deficiência nas ações de fiscalização federal, estadual ou municipal.

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Água e Esgoto

Aspectos importantes a serem observados:

abrangência da rede de esgotos e seu tratamento, o que pode propiciar uma maior ou menor rigidez no uso do parcelamento do solo;

concordância entre o serviço de água e a coleta e tratamento de esgotos;

O parâmetro a ser buscado para esses serviços é o índice de 100%, para a oferta d’água, coleta de esgoto e tratamento.

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Coleta, Tratamento e Disposição Final do Lixo

Deve-se avaliar a abrangência (100% da área da bacia) e freqüência (minimamente 3 vezes por semana) do serviço, verificando a existência de áreas críticas.

Cabe ainda verificar se o município dispõe de aterro sanitário em área geologicamente adequada, fora da bacia e com o necessário manejo.

Situações como a existência de lixões devem ser inseridas em programas emergenciais.

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Relações Interinstitucionais

Avaliar a atuação da administração pública, em todos os seus níveis e instâncias, no enfrentamento dos problemas da bacia, considerando as dificuldades no trato das questões ambientais, que exigem da estrutura grande flexibilidade e integração multisetorial.

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Estruturas organizadas da sociedade

Levantamento das organizações, conselhos e comissões presentes na bacia no sentido de identificar o tipo de interesse que os tem mobilizado, bem como sua potencialidade, tendo em vista a necessidade se contar com esses grupos como parceiros para encaminhar negociações e ações, colaboradores, interlocutores, fonte e agentes difusores de informação.

Fontes: Prefeituras, Câmaras municipais, Associações profissionais e de moradores, organizações não governamentais, grupos religiosos, sindicatos.

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CENÁRIO GERAL

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Cenário atual

O cenário atual é o resultado da avaliação conjunta dos quadros sínteses setoriais. As áreas críticas e situações de risco identificadas ao longo do trabalho deverão ser listadas e acompanhadas de avaliações que respondam a duas perguntas chaves:

causas da situação atual

tendências da situação atual

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Cenário futuro

O cenário futuro será construído a partir das discussões multidisciplinares, em torno das tendências e soluções, e deverá abordar as seguintes situações:

tendências da situação atual sem intervenções conservacionistas

tendências da situação atual com intervenções

conservacionistas

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Recomendações

As recomendações destinadas à proteção efetiva da bacia devem ter como objetivo a garantia de uso da água, respeitadas as condições ambientais.

Propostas de manejo - destinadas ao ordenamento da bacia e estabelecimento de normas de uso e ocupação;

Propostas para recuperação do ambiente.

Propostas para gestão - destinadas a criar as condições necessárias para a implantação efetiva do Plano da Bacia;

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Propostas de Manejo

Criação da Zona Especial de Conservação, abrangendo todo o território da bacia do manancial;

Criação de programas especiais de proteção às áreas de preservação permanente;

Criação de Unidades de Conservação e estímulo à criação de reservas particulares de patrimônio natural.

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Propostas de Recuperação

As propostas de recuperação deverão estar voltadas para a execução de ações destinadas a reverter situações de risco ou a modificar o quadro em áreas críticas, variando em cada situação analisada

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Propostas de GestãoDeverá prever o seguinte conteúdo:

elaboração de um Programa Estratégico de Ação para Gestão da Bacia Hidrográfica;

definição dos limites, critérios e prioridades para outorga de uso da água;

indicação das metas de qualidade de água (classificação dos corpos d’água), de acordo com os usos preponderantes;

o período de implantação de cada ação ou programa e custos envolvidos;

indicação das fontes de financiamento das ações e instituições responsáveis (inclusive o potencial de arrecadação com a cobrança pelo uso da água na Bacia)

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CONTATO:CONTATO:

Yvonilde MedeirosYvonilde MedeirosEscola Politécnica – Depto. Engenharia AmbientalEscola Politécnica – Depto. Engenharia Ambiental

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