Intalaçao_Indústria_de_Sabão.doc
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 04
2. OBJETIVOS..................................................................................................06
2.1 Objetivo Geral............................................................................................06
2.2 Objetivos Específicos...............................................................................06
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................07
3.1 Raízes Históricas.......................................................................................07
3.2 Sabões........................................................................................................08
3.3 Fabricação de Sabão................................................................................08
3.4 Matérias-Primas.........................................................................................10
3.5 Tipos de Sabão..........................................................................................13
3.6 Ação............................................................................................................14
3.7 Processo de Fabricação...........................................................................14
3.8 Produção Comercial..................................................................................15
3.9 Detergentes................................................................................................16
3.10 Fabricação de Detergentes...................................................................................17
3.11 Biodegradabilidade dos Detergentes....................................................................19
3.12 Alquibenzenos de Cadeia Normal........................................................................20
3.13 Ácidos Graxos e Alcoóis Graxos para a Fabricação de Detergentes e Sabões.21
3.14 Fabricação de Ácido Graxos.................................................................................21
3.15 Fabricação de Alcoóis Graxos..............................................................................22
3.16 Comparação entre Sabões e Detergentes.............................................................23
3.17 Mercado..................................................................................................................25
4. APRESENTAÇÃO DO PROJETO.........................................................................26
4.1 Ficha Técnica...........................................................................................................26
4.2 Requisitos para a Produção....................................................................................27
4.3 Processo Produtivo..................................................................................................27
4.4 Controle de Qualidade............................................................................................29
4.5 Qualidade e Preço....................................................................................................29
4.6 Fornecedores............................................................................................................29
4.7 Estoque.....................................................................................................................30
4.8 Fórmulas...................................................................................................................30
4.9 Plano de Investimento.............................................................................................31
2
4.10 Legislação Específica.............................................................................................33
4.11 Layout.....................................................................................................................34
5. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.........................................................................37
5.1 Reator.......................................................................................................................38
5.2 Caixas para Resfriamento.......................................................................................39
5.3 Cortadores................................................................................................................40
5.4 Embaladora..............................................................................................................40
6. PROJETO ELÉTRICO............................................................................................42
6.1 Descrição do Projeto................................................................................................43
6.2 Levantamento da Carga de Iluminação................................................................43
6.2.1 Iluminação.............................................................................................................44
6.2.2 A Importância da Cor Associada à Iluminação...................................................45
6.2.3 Características das Lâmpadas...............................................................................47
6.2.4 Refletância e Fatores de Reflexão........................................................................48
6.2.5 Fatores de Reflexão...............................................................................................48
6.2.6 Escolhas das Lâmpadas.........................................................................................48
6.3 Levantamento da Carga de Tomadas....................................................................51
6.3.1 Tipos de Tomadas, Plugs Industriais, Caixas e Disjuntores................................51
6.4 Potência e Corrente do Circuito de Distribuição..................................................52
6.5 Eletrodutos...............................................................................................................54
6.6 Disjuntores.............................................................................................................................55
7. CONCLUSÃO............................................................................................................57
8. BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................58
3
1. INTRODUÇÃO
Os detergentes são substâncias tensoativas, isto é, diminuem a tensão superficial
– a capacidade que as moléculas de água têm de ser manter unidas fortemente. Com as
ligações, entre suas moléculas, enfraquecidas, a água umedece mais facilmente o objeto
a ser levado.
O sabão foi seguramente o primeiro detergente utilizado pelo homem. Sua
origem perde-se na história. É um produto obtido a partir da reação química de um
álcali e uma matéria graxa, usualmente chamada de reação de saponificação. O seu
grupo polar é representado pelo grupamento COONa e a parte não polar pelo radical R,
que é usualmente uma cadeia de carbono linear com quantidade variável de átomos de
carbono. O grupo polar tem características semelhantes em todos os sabões, de modo
que o radical R é o responsável pelas diferentes propriedades dos mesmos. Os melhores
sabões são aqueles que apresentam de 12 a 18 átomos de carbono no radical R, sendo
suas características tensoativas aproveitadas quando ele está em solução aquosa e
temperatura elevada.
A temperatura elevada diminui ainda mais tensão superficial, por isso lava-se
melhor com água quente.
Os sabões têm um uso amplo e tradicional em medicina e farmácia, como
produto de limpeza e como veículo para substâncias ativas. Dentre as características
favoráveis para sua utilização estão: a grande facilidade de limpeza na utilização, uma
vez que podem ser completamente removidos mediante lavagem com água; facilidade
de remoção completa com álcool, quando o uso de água não for possível ou
aconselhável; economia na utilização, existência de ação desinfectante própria, tempo
de atuação mais curto do que o das pomadas e cremes em geral e como estimulante da
ação fisiológia da pele.
O sabão sólido ou hidratado constitui-se em um sólido cristalino polimórfico,
isto é, sua estrutura cristalina pode apresentar-se sob diversas formas, com cristais que
têm ponto de fusão perfeitamente definidos.
Dentre os grupos de substâncias presentes nos sabões pode-se citar as
substâncias saponificáveis (óleos e gorduras vegetais e animais), as substâncias
saponificantes (hidróxidos de sódio e potássio, aminas e amônia), substâncias de
4
enchimento (talco, caulim, bentonita) e outras substâncias aditivas que aumentam a
detergência ou dão características específicas ao sabão.
5
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Apresentar os princípios básicos necessários à implantação de uma pequena
fábrica de sabão.
2.2 Objetivos Específicos
Apresentar uma fundamentação teórica sobre a indústria de sabão;
Listar as principais matérias primas utilizadas;
Descrever as principais etapas do processo de produção;
Descrever os equipamentos a serem utilizados;
Apresentar o projeto elétrico simplificado da fábrica.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Raízes Históricas
A indústria de artigos de lavanderias, usualmente conhecida como a indústria de
sabões, tem raízes no passado, há mais de 2000 anos atrás; uma manufatura de sabão
foi encontrada nas escavações de Pompéia. No entanto, entre as diversas indústrias
químicas, nenhuma teve modificação fundamental de matérias-primas tão grande
quanto a indústria da saboaria.
O sabão, na verdade, nunca foi “descoberto”, mas surgiu gradualmente de
misturas brutas de materiais alcalinos e matérias graxas. Plínio, o Velho, descreve a
fabricação do sabão duro e do sabão mole, no século I, mais foi somente a partir do
século XIII que o sabão passou a ser produzido em quantidades suficientes para ser
considerado uma indústria. Até o princípio do século XIX, pensava-se que o sabão
fosse uma mistura mecânica de gordura e álcali; um químico francês, Chevreul,
mostrou que a formação do sabão era na realidade uma reação química. Nesta época,
Domeier completou estas pesquisas, recuperando a glicerina das misturas da
saponificação. Até a importante descoberta de Leblanc, com a produção da barrilha a
custo baixo, a partir do cloreto de sódio, o álcali necessário à saponificação era obtido
pela lixiviação bruta de cinzas de madeira, ou pela evaporação de águas alcalinas
naturais, por exemplo do Rio Nilo.
Durante 2000 anos, os processos básicos de fabricação de sabões permaneceram
praticamente imutáveis. Envolviam a saponificação descontínua dos óleos e gorduras,
mediante um álcali, seguida pela salga, para separar o sabão. As modificações maiores
ocorreram no pré-tratamento das gorduras e dos óleos, no processo de fabricação e no
acabamento do sabão; por exemplo, na secagem a atomização. Conseguiram-se novas
e melhores matérias-primas mediante a hidrólise, a hidrogenação, a extração em fase
líquida e a cristalização a solvente das diversas gorduras e óleos. Os processos
contínuos datam de 1937, quando Procter & Gamble instalaram um processo contínuo
de neutralização e hidrólise a alta pressão, em Quincy, Massachusetts. O passo
seguinte foi o processo de saponificação contínua, desenvolvido, em conjunto, por
Sharples e pelos irmãos Lever e instalado na usina dos últimos, em Baltimore, em
7
1945. Desde então foram erguidas instalações de ambos os tipos. Estes processos
contínuos de fabricação de sabão, embora sendo desenvolvimentos tecnológicos de
extrema importância, foram parcialmente superados pela introdução dos detergentes
sintéticos.
3.2 Sabões
Os sabões compreendem os sais de sódio ou de potássio dos diversos ácidos
graxos, mas principalmente do oléico, do esteárico, do palmítico, do láurico e do
mirístico. Durante várias gerações, seu uso aumentou, até que sua fabricação se tornou
uma indústria essencial ao conforto e a saúde dos homens civilizados. É bastante
apropriado avaliar o avanço da civilização moderna pelo consumo per capita de sabões
e detergentes.
3.3 Fabricação de Sabão
A fabricação de sabão está representada na figura 29.8. O antigo processo a
caldeira é usado principalmente pelas fábricas menores ou para produção especial e
limitada. À medida que a tecnologia do sabão foi se modificando, introduziu-se a
saponificação alcalina contínua. Nos dias de hoje, o controle automático a computador
permite que uma usina automatizada para saponificação contínua a NaOH de óleos e
gorduras produza em 2h a mesma quantidade de sabões (mais de 300 ton/dia) que a
obtida em 2 a 5 dias pelos métodos descontínuos tradicionais.
O procedimento moderno envolve a hidrólise contínua, conforme está
esquematizado na tabela 1 abaixo e detalhado na figura 29.8. Depois da separação da
glicerina, os ácidos graxos são neutralizados a sabão.
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Tabela 1. Diferenças Gerais de Composição e de Fabricação Contínua entre Sabões e
Detergentes.
Para fabricar detergentes sintéticos (processo contínuo):
Sebo + Metanólise →
Sebo metil-esterificado + hidrogenação e pressão alta →
Álcool graxo do sebo + sulfatação → Detergentes
Álcool graxo do sebo sulfatado + NaOH
→
Sal de sódio do sebo sulfatado + álcool + reforçadores etc. →.
Para fazer sabão (processo contínuo)
Sebo + hidrólise (das gorduras) → Sabões
Ácido graxo do sebo + NaOH →
Sal do ácido graxo + carga etc. →.
A reação química fundamental na fabricação do sabão pode ser expressa como
saponificação.
O procedimento consiste em hidrolisar a gordura e, depois da separação da
valiosa glicerina, em neutralizar os ácidos graxos com a solução de soda cáustica.
3.4 Matérias-Primas
9
As matérias graxas empregada na fabricação de sabões são: os óleos ou azeites,
as gorduras animais e o ácido oléico.
- Óleos ou Azeites
Os óleos ou azeites podem ser de procedência vegetal ou animal.
Óleo de linhaça. Procede das sementes de linho. Obtido por processo frio,
apresenta cor amarela escura ou verde pálida, quando é obtido por processo
quente, apresenta cor amarela escura. É empregado especialmente para a
fabricação de sabões de pouca consistência.
Óleo de rícino. Obtido das sementes dessa planta, que contém cerca de 60 a 90%
de azeite. O óleo de rícino, junto com o óleo de coco, pode saponificar com
facilidade através do processo a frio. É assim que obtêm-se excelentes sabões
duros e transparentes, o único inconveniente é que não espumam com tanta
abundância como aqueles feitos com óleo de coco. Devido a este fato esta
matéria-prima nunca é empregada isolada, é misturada com breu ou óleo de
coco.
Óleo de amendoim. As sementes de amêndoas contêm de 42 a 51 % de óleo
extraído por meio de pressão.
Óleo de coco. Provem dos frutos do coqueiro, é muito empregado para a
fabricação de sabões duros, sabões líquidos e, sobretudo, para a fabricação de
sabões a frio.
Óleo de soja. Na saponificação se empregam lixívias fracas.
- Sebo
Podem ser de dois tipos:
Sebo vegetal. Usa-se na fabricação de sabões junto com o sebo animal.
Sebo animal. A maior parte se emprega na fabricação de sabão.
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- Ácido Oléico
Ácido oléico é um resíduo da fabricação de velas de cera. Este ácido é
empregado (mesclada ou isoladamente) com óleo de palma ou de sebo. Tratado com
soda,é empregado na fabricação de sabões.
- Resina ou Breu
A resina é o produto da destilação da essência da terebintina. É dura e frágil,
apresenta cor amarelada. Com o emprego da resina se corrigem defeitos de certas graxas
que são empregadas na fabricação de sabões e, ao mesmo tempo, transmitem ao sabão
qualidade detergentes, como por exemplo, a de formar grande quantidade de espuma.
- Potassa e Soda Cáustica
A potassa e a soda desempenham papel de primeira ordem na fabricação de
sabões. O que no comércio se conhece com o nome de soda, é o carbonato de sódio. A
soda e a potassa que se encontram no comércio são o carbonato de sódio e o carbonato
de potássio. Podem ser:
Potassa Natural. Procede da calcificação de certos vegetais, os restos obtidos se
tratam com água do que se obtém lixívia, evapora-se esta e calcina-se, obtendo-
se assim potassa em bruto.
Potassa Artificial. Obtida através de processos semelhantes aos da soda
artificial. Pode-se, também, obter mediante a lavagem de lã de carneiro, bem
como da lavagem dos resíduos da beterraba.
Soda Natural. É constituída pelos restos de certos vegetais marinhos depositados
na praia pelas ondas. Estas plantas são postas a secar e em seguida são
queimadas. A soda obtida desta forma é denominada soda bruta.
Soda Artificial. É obtida quimicamente por dois processos. O primeiro consiste
em transformar o sal marinho (cloreto de sódio) em sulfato de sódio, pela ação
do ácido sulfúrico e o sulfato de carbono pela ação do carbonato de sódio. O
segundo consiste em tratar o mesmo sal marinho com bicarbonato de amônio,
obtendo-se bicarbonato de sódio precipitado que se calcina, para transformá-lo
em bicarbonato de sódio.
- Glicerina
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A glicerina é um álcool muito forte que, unido aos ácidos graxos, proporciona os
ésteres graxos ou glicéreos. No estado puro é um líquido incolor azeitoso, inodoro e de
sabor açucarado. Em contato com o ar absorve a umidade, dissolve energicamente
grande número de matérias, como por exemplo a cal.
- Água
Elemento de grande importância na saponaria. Serve para dar vapor, para
esquentar as caldeiras com serpentinas, para preparar as soluções de álcalis e cloreto de
sódio, além de ser agente da lavagem. A água, durante o empasto, produz a emulsão das
graxas e facilita assim a combinação destas com álcalis, indispensáveis, como
componentes na indústria de sabões. Nem todas as águas são boas para a fabricação de
sabões. As águas que contêm ácido sulfúrico, carbono e sal, em sua maioria, não são
adequadas à fabricação de sabões. No entanto, pequenas quantidades dessas matérias,
não prejudicam tanto o produto final. Para os sabões brancos e puros, bem como para os
de toucador, é conveniente que se evite águas ferruginosas, que colorem os sabões, em
virtude dos sais que trazem consigo.
- Cal
A cal que serve para a caustificação da lixívia, deve ser de 90 a 100% pura. A
cal empregada na fabricação de sabões é a chamada cal apagada ou hidratada, obtida a
partir do tratamento da água cal viva ou óxido de cálcio. A cal usada em saponaria
distingue-se das demais por sua maior leveza e ausência de ácido carbônico, o que se
comprova por mais simples ensaio com ácido clorídrico, sem provocar efervescência.
- Sal
O cloreto de sódio (sal de cozinha comum) serve para separar o sabão da lixívia
depois de verificado o empaste. O cloreto de sódio separa a cal dos ácidos graxos de
suas soluções em água, água lixivial e glicerina.
Tratando uma solução de sabão com outra de sal comum, os dois líquidos não se
misturam a não ser que consistam em soluções muito diluídas. Estando bastante
concentradas, mantém-se separadas em duas camadas superpostas.
- Álcalis
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Os álcalis combinados com ácidos graxos dão como resultado um sal conhecido
pela denominação de sabão.
- Lixívias com Soda Cáustica em Pedra
Coloca-se a soda cáustica num depósito de chapa de ferro perfurado que, em
seguida é encaixado em outro de maior capacidade, onde se põe água fria na proporção
de aproximadamente 200% do peso total da soda cáustica, para facilitar a dissolução,
deve se ir agitando sempre. A água aquece devido à reação que se produz a partir da
dissolução - mais ou menos rápida - da soda, cuja a densidade correlativa dos graus de
concentração (observada no areômetro de Beaumé), até que uma prova tenha 30º Be.
Prepara-se depois num outro recipiente a lixívia aos graus que se necessita, por simples
adição de água. A lixívia não deve entrar em contato com a mão, pois produz
queimaduras fortes.
3.5 Tipos de Sabões
As principais classes dos sabões são os sabonetes e os sabões industriais. Estes
diferentes sabões podem ser freqüentemente feitos por um ou mais dos processos
descritos. Os detergentes substituíram mais de 80% de todos os sabões. Exceto nos
casos dos sabonetes, aduzem-se aos sabões diversas substâncias, como cargas ou
reforçadores, para aperfeiçoar economicamente as qualidades globais de limpeza.
Praticamente, todo sabão comercializado contém de 10 a cerca de 30% de água. Quase
todos os sabões contêm perfume, mesmo não aparentando, o qual serve apenas para
encobrir seu odor original.
Os sabões são sais sódicos ou potássicos. Suas propriedades variam
consideravelmente, sendo os potássicos mais solúveis em água e álcool que os sódicos.
Apresentam, igualmente, diferenças quanto à solubilidade. Os sabões formados com
ácidos graxos saturados são menos solúveis que os feitos com ácidos graxos não
saturados.
3.6 Ação
13
O sabão limpa porque as suas moléculas se ligam tanto a moléculas não-polares
(como gordura ou óleo) quanto polares (como água). Embora a gordura geralmente
adira à pele ou à roupa, as moléculas de sabão ligam-se à gordura e tornam-na mais fácil
de ser enxaguada em água. Quando aplicada a uma superfície suja, a água com sabão
mantém as partículas de sujeira em suspensão, para que o conjunto possa ser enxaguado
com água limpa.
O hidrocarboneto dissolve sujeira e óleos, enquanto que a porção ionizada torna
o sabão solúvel em água. Assim, permite que a água remova matéria normalmente
insolúvel em água, por meio da emulsificação
3.7 Processo de Fabricação
O processo de produção é contínuo e a capacidade produtiva variável, passando
pelas seguintes etapas:
1. Empastagem. Consiste em emulsionar as gorduras com a lixívia, pala ação do calor e
do álcali sobra a matéria graxa. Esta é uma operação muito importante, pois dela
depende uma saponificação;
2. Clarificação. Emprega-se lixívias muito concentradas, visando saponificar
completamente as matérias gordas que possam estar ainda não saponificadas
inteiramente, realiza-se através da ebulição;
3. Salga. Transforma ao mesmo tempo o sabão mole de potassa em sabão duro de soda,
tem como objetivo de separar do sabão as lixívias fracas e a glicerina que ele possa
conter;
4. Purificação. Da melhor rendimento ao sabão já produzido, eliminando a alcalinidade
e impureza;
5. Sangria. É a extração ou separação das lixívias fracas que ainda estão no sabão;
6. Corte. O sabão é cortado que poderá ser de 1Kg, subdivididos em pedaços de 200
gramas;
7. Cunhagem. Está é a operação realizada na prensa, usando-se matriz ou forma
escolhida;
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8. Secagem. Depois de cortado e cunhado, o sabão é levado ao secador, onde é extraído
a umidade excessiva;
9 Empacotamento. Após o secagem, serão depositados em caixas de papelão com
capacidade de 24 unidades de 1Kg, ou seja, 120 barras de sabão de 200 gramas.
A fabricação de sabões a frio, não são absolutamente fabricados a frio, mas à
temperatura de fusão das gorduras, geralmente uns 40ºC, produzindo-se, assim, mesmo,
desprendimento de calor durante o processo. Apresentam uma textura compacta
característica, conservam sua forma por largo tempo ( mais do que os fervidos) e são de
fabricação simples.
3.8 Produção Comercial
Até o advento da Revolução Industrial, a produção de sabão mantinha-se em
pequena escala e o produto era grosseiro. Andrew Pears iniciou a produção de sabão
transparente e de alta qualidade em 1789, em Londres. Com seu neto, Francis Pears,
abriu uma fábrica em Isleworth em 1862. William Gossage produzia sabão de boa
qualidade e preço baixo a partir dos anos 1850. Robert Spear Hudson passou a produzir
um tipo de sabão em pó em 1837, socando o sabão com pilão. William Hesketh Lever e
seu irmão James compraram uma pequena fábrica de sabão em Warrington (Inglaterra),
em 1885, fundando o que ainda é hoje um dos maiores negócios de sabão do mundo, a
Unilever. Estes produtores foram os primeiros a empregar campanhas publicitárias em
larga escala
3.9 Detergentes
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O termo “detergente”, cientificamente, cobre os sabões e os detergentes
sintéticos, mas o uso geral aplica-o a compostos sintéticos para limpeza diferentes do
sabão.
Os detergentes são misturas muito complicadas de várias substâncias, cada qual
escolhida para uma ação particular durante a limpeza. Têm excepcional capacidade de
remoção de sujeira, havendo detergentes para serviços leves e outros para serviços
pesados.
As matérias-primas para a fabricação dos detergentes incluem principalmente
surfactantes, reguladores de espuma e reforçadores, além de aditivos como inibidores
de corrosão, inibidores de manchas, abrilhantadores de tecido, agentes
antimicrobianos, perfumes e corantes.
Sabões e detergentes devem suas propriedades à presença de substâncias
denominadas surfactantes. Este conceito abarca “qualquer composto que modifica
(usualmente que reduz) a tensão superficial, quando dissolvido em água ou em
soluções aquosas, e que altera, de maneira análoga, a tensão interfacial entre dois
líquidos”.
Estas substâncias efetuam na lavagem a ação de limpeza primária e de
espumejamento mediante o mesmo mecanismo de redução da tensão superficial. O
processo de limpeza consiste em: (1) molhagem completa da sujeira e da superfície do
material que está sendo lavado pela solução de sabão ou de detergente; (2) remoção da
sujeira da superfície e (3) manutenção da sujeira em uma suspensão ou solução estável
(detergentes).
Na água de lavagem, os sabões e detergentes aumentam a molhabilidade da
água de modo que ela pode penetrar mais facilmente em superfícies, como nos tecidos,
e atingir a sujeira. Cada molécula da solução de limpeza pode ser considerada uma
comprida cadeia. Uma extremidade da cadeia é hidrofílica e a outra é hidrofóbica (e
solúvel em gorduras). As extremidades de algumas destas moléculas são atraídas por
uma partícula de sugeria que a envolve. Ao mesmo tempo, as extremidades hidrofílicas
puxam as moléculas e as partículas de sujeira, presas à superfície, e lançam-nas na água
de lavagem.
Esta é a ação que, combinada com a agitação mecânica (da máquina de lavar,
por exemplo), faz com que um sabão ou um detergente removam a sujeira, suspenda-a
na água e impeça que se deposite de novo nas roupas.
16
3.10 Fabricação dos Detergentes
O detergente mais usado e que se destina a serviço pesado e é granulado, tem a
fabricação apresentada na Figura 1.
Figura 1 - Fluxograma simplificado da produção de grânulos de detergente.
As reações são as seguintes:
- Sulfonação linear de um alquilbenzeno
1. Reação principal
17
R + H2SO4.SO3 → R SO3H + H2SO4
Alquilbenzeno Óleum Alquilbenzenosulfonato Ácido sulfúrico
2. Reações Secundárias
R SO3H + H2SO4.SO3 → R SO3H + H2SO4
SO3H
Alquilbenze- Óleum Dissulfonato Ácido sulfúrico
nosulfonato
R SO3H + R1 → R SO2 R1 + H2O
Alquilbenze- Alquilbenzeno Sulfona água
nosulfonato
- Sulfonação de ácido graxo
1. Reação principal
R CH2OH + SO3.H2O R´OSO3H + H2O
2. Reações secundárias
R CH2OH + R´ CH2 OSO3H → R CH2 O CH2 R´ + H2SO4
R´ CH2 CH2OH + SO3 → R´ CH CH2 + H2SO4
O Fluxograma contínuo da Figura 1 pode ser subdividido na seguinte seqüência
de etapas coordenadas:
- Sulfonação-sulfatação
O alquilbenzeno (AB) é introduzido continuamente no sulfonador, com a
quantidade necessária de óleum, usando-se o mecanismo do banho dominante,
conforme está na Figura 2, para controlar o calor de conversão da sulfonação e manter
a temperatura a cerca de 54°C.
Figura 2: Seqüência contínua de sulfonação-sulfatação, terminando na neutralização,
com o controle do calor realizado pela circulação, de acordo com o mecanismo do
banho dominante.
Na mistura sulfonada, são injetados o álcool graxo do talol e outra alíquota de
óleum. O conjunto é bombeado para o sulfatador, que também opera no mecanismo do
18
banho dominante, para que a temperatura seja mantida entre 49 e 54°C; assim é otida
uma mistura de agentes tensoativos.
- Neutralização
O produto sulfonado e sulfatado é neutralizado por uma solução de NaOH em
condições controladas de temperatura, para manter-se a fluidez da polpa de
surfactantes. A polpa de surfactantes é dirigida para o depósito.
A polpa de surfactantes, o tripolifosfato de sódio e a maior parte dos diversos
aditivos são introduzidos na máquina misturadora. Remove-se considerável quantidade
de água e a pasta é espessada pela solução pela reação de hidratação do tripolifosfato:
Na5P3O10 + 6H2O → Na5P3O10.6H2O
A mistura é bombeada para um piso superior, onde é atomizada sob alta
pressão, numa torre com 24 m de altura, em contracorrente com o ar quente
proveniente de uma fornalha. Assim constituem-se os grânulos secos, com a forma e as
dimensões aceitáveis e com a densidade apropriada. Os grânulos secos retornam ao
piso superior, mediante transporte pneumático que os resfria de 116°C e os estabiliza.
Os grânulos são separados num ciclone, peneirados, perfumados e embalados.
3.11 Biodegradabilidade dos Detergentes
Em virtude da atenção focalizada sobre o controle e a diminuição da poluição
das águas, os químicos e engenheiros químicos de desenvolvimento, nos anos mais
recentes, foram levados a conclusão de que os detergentes para uso doméstico e
industrial, que são despejados nos esgotos, devem ser, tão facilmente quanto possível
decompostos pela ação microbiana (1) no tratamento dos esgotos e (2) nas correntes de
superfície, como os constituintes ordinários dos despejos domésticos.
Este novo parâmetro foi acrescentado aos outros – desempenho, eficiência e
fatores de custo – que a indústria de detergente deve considerar ao desenvolver um
novo produto. Alguns surfactantes, como o alquilbenzenossulfonato derivado do
tetrapropileno, degradam-se lentamente, deixando um resíduo permanente. Outros são
19
decompostos com mais rapidez pelos microrganismos e não deixam praticamente
resíduos permanentes. A facilidade com que um agente tensoativo é decomposto pela
ação microbiana é definida como a sua biodegradabilidade. Estão sendo desenvolvidos
ensaios e padrões para estabelecer medidas de biodegradabilidade. Para que tenham
ampla aplicação, estes padrões devem levar em conta a amplitude das variações das
condições ambientes. Os materiais que são apenas parcialmente degradados num
processo de tratamento ineficiente, podem ser de todo decompostos em sistemas de
tratamento biológico mais complicados. Os ensaios que medem o desaparecimento nas
águas dos rios, ou que simulam os processos biológicos empregados nas estações de
tratamento de esgotos, representam apenas parte dos amplos ensaios usados na medição
da biodegradabilidade.
3.12 Alquilbenzenos de Cadeia Normal
Na tentativa de melhorar a biodegradabilidade dos detergentes, os esforços da
química e da engenharia tornaram possível substituir mais de meio bilhão de libras dos
diversos alquilbenzenos com cadeia ramificada por produtos com a cadeia alquílica
normal. Estes compostos são sulfonados, depois de serem transformados em
alquilbenzenos normais, ou de cadeia linear. As α-olefinas (preferivelmente em C12)
são feitas:
1. Pela polimerização do eteno a α-olefinas, mediante polimerizações do tipo
Ziegler e outras, por exemplo, o processo Alfol, que leva a produtos de elevada
pureza, mas caros.
2. Pela peneiras moleculares ou outros processos de extração de parafinas de
cadeia retilínea do querosene (barato).
3. Pelo craqueamento de parafinas, como a cera (α-olefinas baratas).
4. Pela obtenção de alcoóis graxos mediante a melhoria da hidrogenação das
gorduras naturais, por exemplo, a partir dos ésteres metílicos dos ácidos
graxos.
As α-olefinas, ou os halogenetos de parafinas, podem ser usadas para alquilar o
benzeno mediante reações de Friedel-Crafts, empregando-se o ácido fluorídrico ou o
20
fluoreto de alumínio como catalisador. Os alcoóis graxos podem ser sulfatados para
uso em detergentes.
3.13 Ácidos Graxos e Alcoóis Graxos para a Fabricação de Detergentes e Sabões
Os álcoois graxos e os ácidos graxos são consumidos principalmente na
fabricação dos detergentes e dos sabões. Os ácidos graxos, não só os saturados (por
exemplo, o ácido esteárico) mas também os insaturados (por exemplo, o oléico), são
usados há muito em várias indústrias, como ácidos livres e, mais freqüentemente, como
sais. Entre os exemplos citam-se:
Estereatos de zinco e de magnésio para pós faciais;
Sabões de cálcio ou de alumínio (insolúveis) empregados como repelentes de
água em tecidos e paredes impermeabilizantes;
Oleato de tritanolamina para limpeza a seco e cosméticos;
Sabão de resina, usado como encorpante de papel.
3.14 Fabricação de Ácidos Graxos
As matérias-primas consumidas há muito tempo, como os óleos e as gorduras,
foram amplamente suplementadas, desde 1955, por melhorias no processamento
químico e pelos sintéticos petroquímicos. Na tabela abaixo, são apresentados três
processos, há muito usados para decompor as gorduras.
A figura (29.8) ilustra a hidrólise a pressão alta, usada de preferência na
indústria de sabões, catalisada pelo óxido de zinco. Os ácidos graxos são drenados do
vaso receptor do destilado, para venda ou para conversão em sais (de cálcio, magnésio,
de zinco etc.). Entre os métodos de separação mais antigos e menos usados para a
purificação dos ácidos graxos citam-se a fusão e a prensagem, a destilação fracionada e
a cristalização por solvente.
21
Figura 2 - Processo Contínuo de Produção de Ácidos Graxos e Sabões. (Procter &
Gamble Co.).
3.15 Fabricação de Alcoóis Graxos
Processo catalítico Ziegler de conversão de α-olefinas a álcoois graxos.
O processo Ziegler é um processo importante para a fabricação de α-olefinas de
C12 a C18 e de álcoois com cadeias normais e números par de átomos de carbono,
destinados a detergentes. As reações de Ziegler, em resumo, são:
Preparação do alumínio trietila:
Reação de formação (distribuição aleatória de Poisson dos comprimentos da cadeia):
22
A reação é exotérmica, liberando cerca de 1.000 Btu/lb (556 kcal/kg) de eteno que
reage. O símbolo “1H” é o terminal alquila (C2H5) da cadeia.
Reação de Oxidação:
A reação é exotérmica, liberando cerca de 1100 Btu/lb (612 kcal/kg) de alquila oxidada.
A conversão é cerca de 98% a 90ºF (32ºC), em cerca de 2h.
Acidólise (hidrólise):
Neutralização de ligeiro excesso de ácido sulfúrico:
Estas reações fornecem um substituto para as cadeias com C12 até C14 e para os ácidos
graxos do óleo de coco ou da copra importados.
Álcoois graxos de ésteres metílicos.
23
As gorduras têm sido, há muito, as matérias-primas para os sabões e detergentes.
Estas gorduras podem ser disponíveis como ésteres de glicerilo dos ácidos graxos (C12 a
C16) e são hidrolisadas aos ácidos, para a fabricação de sabões, e reduzidas aos álcoois,
por hidrogenação catalítica, para obtenção dos detergentes.
Os ésteres metílicos dos ácidos graxos são também aos álcoois graxos. Estes
ésteres são preparados pela reação do metanol com o triglicerídeo do óleo de coco ou do
talol, catalisada por pequenas de sódio.
A hidrogenação dos ésteres metílicos é catalisada por um catalisador do tipo
Atkins (feito de nitrato de cobre, óxido crômico e amônia, com uma calcinação final),
sendo realizada a aproximadamente 3000 psig (204 atm), entre 500 e 600ºF (260 e
316ºC).
3. 16 Comparação entre Sabões e Detergentes
O Quadro n mostra que existem diferenças significativas nos processos
utilizados para fabricar os detergentes e os sabões, e também diferenças de composição
química, que provocam diferenças de atuação.
Os sabões dão precipitados e, por isso, não são eficientes com águas duras ou
ácidas, ao contrário dos detergentes. Além disso, embora as composições químicas dos
sabões ordinários sejam um tanto variáveis, em essência são apenas sais de sódio ou de
potássio de diversos ácidos graxos. Por outro lado, os detergentes são misturas
complicadas de várias substâncias, cada qual escolhida para efetuar uma ação particular
durante a limpeza.
3. 17 Mercado
A produção de sabão é bem aceita no mercado. A concorrência é bastante
acirrada, apresentando uma gama variada de empresas fabricantes deste tipo de
24
produto. O que irá diferenciar um concorrente do outro é o fator preço aliado à
qualidade.
Segundo a ACNielsen, o mercado de detergentes líquidos movimentou R$
330,47 milhões, em 2001. No ano passado, o faturamento do setor cresceu 15% e
atingiu R$ 381, 31 milhões. Nesse mercado, a rentabilidade vem por meio do volume,
por causa do baixo valor agregado dos detergentes. Num esforço de aumentar o lucro,
as empresas agregam benefícios, como a exterminação de germes, mas o resultado
ainda não apareceu.
O incremento em valor entre 2001 e 2002 foi acompanhado pelo crescimento do
volume comercializado no país. No ano passado, o mercado fechou em 301.737 mil
litros, o que representa crescimento de 1,3%, em relação ao ano anterior. As principais
marcas do segmento, Ypê da Química Amparo, Limpol e Odd Pronto da Bombril, Font
da Indústrias Fontana e Gel Care da K&M, têm que disputar mercado com produtos de
baixo preço, os chamados talebans.
Em algumas classes sociais o sabão em barra é o produto escolhido para limpar
as louças. No entanto, as líderes de mercado dizem que não há com o que se preocupar,
pois os sabões não influenciam o negócio de detergentes líquidos.
O detergente em pó representa 30% do mercado de produtos de limpeza e está
presente em 99,4% dos lares brasileiros, segundo pesquisas. Em 2007, as vendas do
produto registaram alta de 3% em relação ao ano passado, com produção de
aproximadamente 650 mil toneladas.
25
4. APRESENTAÇÃO DO PROJETO
O sabão é vendido em barras de um quilo, embalado em caixas de papelão, com
capacidade para 10 barras para facilitar a sua comercialização, inclusive nas vendas
diretas ao consumidor. É obtido pela saponificação de gorduras naturais (matérias
graxas) e pela ação de substâncias alcalinas (soda cáustica). A pigmentação é dada pelo
uso de óxido de ferro na fórmula. Na localização da empresa deve-se observar a
disponibilidade das matérias-primas básicas (gordura de origem animal e/ou vegetal), de
água, de mercado local para o produto e os aspectos relacionados à disposição dos
rejeitos, por ser a indústria considerada poluente. Um bom sabão depende da qualidade
das matérias-primas utilizadas, do adequado balanceamento de seus componentes
químicos e preservação das condições ideais de produção, como temperatura, agitação
da massa, secagem, etc. A mão-de-obra requerida é facilmente treinável, com exceção
do encarregado de produção, que deverá ser capacitado e possuir experiência anterior.
Exige-se algum conhecimento químico, domínio das fórmulas e informações técnicas.
O “layout” deverá, preferencialmente, ser disposto em dois pisos, utilizando-se o
escoamento por gravidade, desde a fusão das matérias gordas até a fase de embalagem e
expedição. Deverá ser reservado espaço para expansão, especialmente a construção de
um novo tacho e ampliação da área de secagem. A produção pode ser diversificada
através da produção de outros tipos de sabão em pó, em pasta, sabonete, etc.; e outros
produtos da linha de limpeza. Além do registro normal da empresa na Junta Comercial,
o empresário do setor de produtos de limpeza deve preocupar-se com o registro da
marca no INPI e o registro do produto junto à Divisão de Produtos Domissanitários do
Ministério da Saúde (DIPROD).
4.1 Ficha Técnica
Setor da Economia: Secundário
Ramo de Atividade: Indústria
Tipo de Negócio: Fabricação de Sabão
Produtos Ofertados/Produzidos: Sabão
26
4.2 Requisitos para a Produção
• Capacidade anual (efetiva): 240 t
• Escala de produção: 8 horas/dia em 20 dias/mês
• Terreno (720 m)
• Galpão (210 m2)
• Matérias-primas principais (consumo anual):
sebo bovino (72.000 kg),
óleo de babaçu (48.000 kg),
soda cáustica (36.000 kg),
barrilha (12.000 kg),
silicato de sódio (12.000 kg),
óxido de ferro (12 kg).
• Material de embalagem (consumo anual):
caixas de papelão (24.000 unidades).
• lnsumos (consumo anual):
água (180 m3),
lenha (120 m3) para sistema de aquecimento de fogo direto,
energia elétrica (iluminação).
• Mão-de-obra:
direta: qualificada (1)
não-qualificada (3)
indireta: gerente/proprietário
4.3 Processo Produtivo
O processo de fabricação do sabão tipo português compreende as seguintes
operações fundamentais:
1. Preparação da massa-base (sebo animal + óleo de babaçu).
2. Saponificação da massa-base (adição de soda cáustica).
27
3. Lavagem da massa-base (água).
4. Aumento do volume da massa saponificada, através da adição de matérias-primas de
enchimento (barrilha leve + silicato de sódio).
5. Escoamento da massa aquecida para os tanques de secagem.
6. Seção de corte.
7. Produto final (sabão em barra ou tabletes).
8. Embalagem.
A fabricação de sabão, embora à primeira vista pareça muito simples, requer
bastante prática, uma vez que exige certos conhecimentos técnicos. Em geral, progridem
nessa atividade aqueles que através dos anos vêm se inteirando de tudo quanto a ela se
refere. Ao fabricante que se inicia no ramo recomenda-se aprender a teoria, realizar
contatos com empresários do setor e contar com a colaboração de alguém que conheça
bem o aspecto produtivo.
O processo é simultâneo e consiste basicamente na adição de todas as gorduras e
metade dos demais ingredientes de uma só vez no tacho (temperatura de cerca de 100º
C) e depois, gradativamente, do restante dos produtos durante o período de queima (oito
horas). O silicato de sódio é o último ingrediente a ser acrescentado. Recomenda-se a
utilização do processo de aquecimento da água a ser usada na redução através do
sistema de serpentina, instalada de modo a aproveitar o calor da fornalha. A etapa de
fusão do produto é a mais importante, pois define a qualidade do mesmo, determinando
o ponto ideal da mistura e queima da massa saponificada. Geralmente calcula-se para a
saponificação de sete partes de substância graxa (gordura) uma parte de soda cáustica.
As gorduras ou óleos introduzidos no tacho flutuam por cima da lixívia (soda cáustica).
Aquece-se até a ebulição moderada e mistura-se os dois componentes por meio de rodo
ou agitação mecânica. Disto resulta uma emulsão, que é predecessora da massa
saponificada. A adição gradativa de soda cáustica é o processo mais correto, pois caso
haja excesso haverá atraso na formação de sabão. Após agitação prolongada tem-se a
formação da massa empastada. Uma característica da formação do sabão é a espuma e o
crescimento da massa empastada. Quando o processo de formação do sabão aproxima-
se do fim, desaparece a espuma e resulta uma massa fervente e uniforme. Pronto o
sabão, faz-se o recheio com silicato de sódio e barrilha, que concedem maior dureza e
poder de lavagem ao produto, regulam a porcentagem de ácidos gordurosos nele
contidos e propiciam maior lucratividade. A etapa seguinte corresponde ao escoamento
28
da massa aquecida para os tanques de secagem, através de uma calha de madeira. Esta
deve ser iniciada no segundo dia do processo produtivo, depois do sabão descansar
durante, aproximadamente, 12 horas. Colocado no tanque, o produto deve permanecer
em processo de secagem durante quatro dias, sendo retirado posteriormente para o envio
aos setores de corte e embalagem. O sabão obtido por este processo tem o inconveniente
de encerrar todas as impurezas das matérias-primas, razão porque aconselha-se que
estas sejam de boa qualidade, e não recuperar a glicerina, que torna-se parte integrante
da massa.
4.4 Controle de Qualidade
As peças de sabão defeituosas e que não tenham uma boa aparência devem
retornar ao tacho.
4.5 Qualidade e Preço
A qualidade e o preço acessível tornam o produto do pequeno investidor
competitivo, criando assim uma tradição e formando um clientela fiel para a
distribuição do produto através do comércio varejista ou atacadista ou ainda por vendas
diretas ao consumidor.
4.6 Fornecedores
O fornecimento de sebo não encontra grades problemas, a não ser de variação de
preço com a demanda do abate bovino. Quanto ao fornecimento de soda cáustica, ocorre
presença de intermediário que faz aumentar o valor em 30 a 100%, pois os fabricantes
vendem apenas em grandes quantidades.
29
4.7 Estoque
Em função dessa característica do sebo, recomenda-se manter um estoque com
giro rápido (com ciclo médio de 25 dias por produção).
4.8 Fórmulas
A seguir têm-se algumas fórmulas para a fabricação do sabão. Lembrando que as
formulações fornecidas são a título indicativo, sem qualquer garantia implícita ou
declarada, nem qualquer responsabilidade assumida por quem as forneceu. Por
conseqüência, todas as sugestões todas as fórmulas ou valores indicados, devem ser
considerados como indicação orientadora sujeita a sucessivas elaborações e a
desenvolvimentos ditados pela experiência de quem os utiliza.
- Fórmula A: 3 litros de óleo (sebo), 2 litros de água morna, 500 ml de pinho sol e 1 kg
soda cáustica.
- Fórmula B: 75 kg de sebo, 25 kg de óleo de coco, 75 kg de soda cáustica a 35º Be e
125 kg de silicato de sódio.
- Fórmula C: 250 kg de sebo, 375 kg de óleo de palma, 312 kg de soda cáustica a
38ºBe, 37 kg de carbonato de potássio a 20º Be e 25 kg de solução de sal comum a 20º
Be.
- Fórmula D: 100 kg de óleo de coco, 100 kg de óleo de palma, 250 kg de soda cáustica
a 32º Be, 50 kg de silicato de sódio a 36º Be e 1 kg de álcool a 96º Be.
- Fórmula E: 3,5 partes (peso) lixívia de soda cáustica a 19ºBe, 2,5 partes (peso)
gordura de coco, 0,25 partes (peso) óleo de rícino, 2,75 partes (peso) salmoura a 17ºBe
e 1 parte (peso) silicato de sódio a 28-30ºBe.
- Fórmula F: 5 partes (peso) de gordura de coco e 3 partes (peso) de lixívia de soda a
30ºBe.
30
4.9 Plano de Investimento
Estão relacionados a seguir os itens a serem considerados no levantamento de
recursos necessários para investimento e projeção anual de receitas, custos e lucros.
1. Investimento fixo (necessário para a operação da empresa):
terreno;
galpão;
máquinas e equipamentos;
móveis e utensílios;
veículos;
eventuais (10% do valor do investimento fixo).
2. Capital de giro (recursos necessários para a empresa iniciar e manter sua atividade
operacional):
caixa mínimo (recursos para despesas rotineiras);
matérias-primas, embalagens e materiais secundários;
financiamento das vendas;
insumos e serviços básicos;
mão-de-obra.
3. Investimento total:
investimento fixo + capital de giro
4. Custos fixos anuais (ocorrem independentemente da produção e vendas):
salários + encargos sociais (mão-de-obra indireta)
“pró-labore”;
contabilidade;
depreciação;
aluguéis
manutenção
material de expediente
outros (3% sobre a soma).
31
5. Custos variáveis anuais (variam proporcionalmente ao volume de produção e
vendas):
matérias-primas
mão-de-obra direta e encargos
materiais secundários
embalagens
insumos
impostos
fretes
comissões sobre vendas
6. Custos anuais totais:
custos fixos + custos variáveis.
7. Custo unitário do produto (rateio dos custos fixos e custos variáveis diretos):
compreende a soma entre: custo fixo unitário (custo fixo ÷ unidades produzidas)
+ custo variável direto unitário (matérias-primas, embalagens, mão-de-obra
direta, insumos ÷ unidades produzidas).
8. Custo de comercialização (custos percentuais que incidem sobre o preço de venda):
(%) impostos;
(%) comissões;
(%) expedição.
9. Margem de lucro (lucro desejado)
percentual definido de acordo com a política de vendas da
empresa;
deve levar em conta aspectos de mercado e concorrência.
10. Preço de venda (PV): PV = custo unitário do produto 1 - (custo de comercialização
em % + margem de lucro em %).
11. Receitas operacionais (resultam da projeção das vendas durante o ano):
quantidade de produtos destinados à venda x preço de venda estimado.
32
12. Lucro operacional:
receitas operacionais - custos anuais totais.
4.10 Legislação Específica
Torna-se necessário tomar algumas providências, para a abertura do
empreendimento, tais como:
- Registro na Junta Comercial;
- Registro na Secretária da Receita Federal;
- Registro na Secretária da Fazenda;
- Registro na Prefeitura do Município;
- Registro no INSS;(Somente quando não tem o CNPJ – Pessoa autônoma – Receita
Federal)
- Registro no Sindicato Patronal;
O novo empresário deve procurar a prefeitura da cidade onde pretende montar
seu empreendimento para obter informações quanto às instalações físicas da empresa
(com relação à localização), e também o Alvará de Funcionamento.
Além disso, deve consultar o PROCON para adequar seus produtos às
especificações do Código de Defesa do Consumidor (LEI Nº 8.078 DE 11.09.1990).
Algumas leis que o futuro empreendedor deve ter conhecimento:
Nível Federal:
- LEI 6.360/76. Dispõe sobre a vigilância a que ficam sujeitos os produtos de limpeza e
higiene.
- LEI 9.782/99. Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão fiscalizador.
33
4.11 Layout
34
35
36
5. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
O avanço da tecnologia vem trazendo, a cada dia, maiores facilidades no que diz
respeito ao desenvolvimento de processos produtivos essenciais ao conforto e a
qualidade de ida dos seres humanos.
Como visto anteriormente, a fabricação de sabão é um dos mais importantes
processos produtivos de todos os tempos, uma vez que, está relacionado, não só com o
conforto, mas com a higiene e saúde dos seus consumidores.
Desta forma, modernos equipamentos estão à disposição de empreendedores que
desejem ingressar neste mercado, seja para a montagem de grandes indústrias, seja para
pequenas fábricas familiares. E muitos avanços tecnológicos de equipamentos para este
ramo vêm sendo desenvolvidas a cada dia.
Fabricar sabão, sabonete, detergente e demais produtos de limpeza, além de ser
um excelente negócio é uma atividade altamente lucrativa, pois estes são produtos de
consumo e uso diário independe de classe social ou de qualquer mudança na área
econômica, e sua necessidade é permanente.
O nosso projeto permite fabricar uma linha completa de produtos nas áreas:
domésticas, automotiva, industrial, farmacêutica, hospitalar, cosmética e outras, sendo
de fácil manejo, móvel, silencioso, não poluente, com mão-de-obra reduzida, fácil
reposição de peças, gasto mínimo de energia e com assistência técnica permanente.
O processo de produção pode ser resumido da seguinte forma: faz-se a massa no
reator, derrama nas caixas de resfriamento, corta-se os blocos após cinco horas na
cortadeira com manivela, passa-se a barra no moldador, corta-se o comprimento padrão
no cortador com fio, imprime-se o nome por meio de carimbo, sendo embalado na
seqüência. Produção inicial de 1000 pedaços/dia. Serve para todos os tipos de sabão,
com acabamento igual extrusado.
A seguir, temos a descrição dos equipamentos básicos escolhidos para a
montagem da fábrica.
37
5.1 Reator
Sendo o sabão produzido através de uma reação química, o reator a ser utilizado
constitui o principal equipamento do processo podendo ser considerado como o
“coração” da fábrica.
O equipamento apresentado na Figura 1 é um Reator para Sabão Motorizado.
Trata-se de um misturador motorizado com dois tanques em aço carbono: o primeiro
tanque possui uma capacidade de 250 kg para homogeneização da massa e o segundo
possui uma capacidade de 130 kg para aquecimento de gorduras, com sistema de
aquecimento a gás para fazer a massa e um motor de ½ Cv trifásico.
Figura 1: Reator para Sabão Motorizado.
Este equipamento constitui-se em uma estrutura metálica móvel com capacidade
de produção de 2000 peças por dia utilizando-se uma mão-de-obra de apenas duas
pessoas e ocupando em espaço físico de 30m2 50m2.
A seguir, alguns dados adicionais do equipamento:
Comprimento: 1.45 m;
Largura: 0.80 m;
Altura: 2.00 m;
Peso: 230 Kg;
38
O reator escolhido mostrou-se o mais adequado para o objetivo desejado, sendo
que serve para todos os tipos de sabão, com acabamento igual extrusado.
5.2 Caixas para Resfriamento
Após constituída a massa do sabão, ela precisa ser resfriada de modo que tome a
forma e a consistência adequada ao uso. Para isto, são utilizados equipamentos
denominados caixas de resfriamento.
As caixas de resfriamento de resfriamento escolhidas para o projeto são
mostradas na Figura 2.
Figura 2: Caixas para resfriamento da massa.
As caixas são confeccionadas em polietileno, contendo abas de acabamento de
20 mm, blocos de massa 85 x 50 x 450 mm, com capacidade de 20 kg (100 pedaços)
cada.
Inicialmente são adquiridas dez caixas para resfriamento da massa do sabão,
sendo que a capacidade pode ser aumentada com a aquisição de um número maior de
caixas.
39
5.3 Cortadores
É necessária a aquisição de equipamentos que moldem o produto em uma forma
que facilite sua logística e, principalmente, que facilitem o seu uso, pois este é um
requisito básico para conquistar o consumidor.
Assim, serão adquiridos dois cortadores confeccionados em aço carbono, chapa
16 e cantoneira 3/16 sendo um deles com manivela, contendo anteparo de fios estirados
na medida padrão para cortar sabão em barras 360 x 60 x 40 mm. Também é necessária
uma bandeja para deslocar o bloco de sabão após cortado.
Os equipamentos acima descritos estão representados na Figura 3.
Figura 3: Equipamentos para corte.
5.4 Embaladora
A última etapa do processo de fabricação de sabão em barras é a embalagem dos
produtos finais, que deve ser feita de forma prática e rápida, resultando em um produto
boa aparência.
O equipamento mostrado na Figura 4 é uma embaladora idealizada para
aplicação exclusiva na embalagem de sabão em barras em pacotes de 1 kg. O sistema é
totalmente automatizado e interage também ao processo de extrusão. As barras de sabão
recebidas do cortador são posicionadas e agrupadas por um processo exclusivo que
permite a absorção com eficiência da produção em alta escala. O equipamento é dotado
de um eficiente dispositivo de marca de fotocélula que permite o uso de filmes com
logomarca centralizada.
40
Figura 4: Embaladora automática de sabão em barras.
A Tabela 1 apresenta os dados relevantes do equipamento a ser utilizado na
embalagem dos produtos finais.
Tabela 1: Informações gerais da embaladora
Modelo GÊNESIS Air
Produção máxima Até 34 embalagens de 1 kg por minuto (2.040 kg/h)Temperatura do
túnel Até 300ºC
Potência nominal 16 kWh
Consumo médio Com túnel ajustado em 220ºC: 10kWh
Tensão 220 V ou 380 V (opcional de fábrica)Composição e
dimensõesMÓDULOEmbaladoraTúnelResfriador
Compr.300 cm270 cm185 cm
Largura75 cm50 cm35 cm
Altura160 cm120 cm
41
6. PROJETO ELÉTRICO
Tendo em vista que o objetivo deste trabalho é a elaboração de um projeto de
uma fábrica de sabão de pequeno porte, os gastos da empresa relativos a energia elétrica
são bastante reduzidos.
Conforme mostrado no item anterior, dos equipamentos a serem utilizados para
o processo produtivo, apenas o reator e a embaladora utilizam energia elétrica. Desta
forma, os gastos da empresa com eletricidade serão referentes a estes equipamentos e a
iluminação do ambiente de trabalho, além de gastos com outros aparelhos de utilidade
(como computadores, por exemplo).
Na Figura 5 está representada a planta baixa da empresa. Estão indicados os
setores onde ocorre cada etapa do processo produtivo.
Figura 5: Lay-out da indústria.
REATOR
RESFRIAMENTO
CORTE
EMPACOTAMENTO
ARMAZENAMENTO DE MATÉRIA-PRIMA
ESCRITÓRIO
DEPÓSITO
8 m
10 m
42
6.1 Descrição do Projeto
A indústria-objeto deste trabalho será construída em um terreno de cerca de 208
m2. O prédio consiste em um galpão onde ocorre a maior parte do processo produtivo,
um depósito e um escritório.
6.2 Levantamento da Carga de Iluminação
A Tabela 2 apresenta os valores das áreas de cada cômodo da casa, o número
mínimo de pontos de luz no teto estabelecidos e a carga mínima de iluminação
calculada segundo as recomendações acima.
TABELA 2: Potência mínima de iluminação
Cômodo Área (m2)Número de pontos
de luz no teto
Potência de iluminação
(VA)
Galpão 73 10 1105
Escritório 2,4 1 100
Depósito 4,6 1 100
TOTAL 80 12 1305
43
Figura 6 – Distribuição dos pontos de luzes e tomadas por toda a fábrica.
6.2.1 Iluminação
44
O planejamento dos pontos de luz depende da distribuição dos equipamentos: o
layout define que luminária usar em cada local. Deve-se considerar ainda o tipo de
trabalho a ser realizado e os efeitos desejados.
Uma melhor iluminação pode melhorar a operação industrial e a lucratividade. A
iluminação industrial é definida a partir de critérios de qualidade e de quantidade de luz
a ser fornecida. Em termos gerais, a função dos compartimentos da unidade fabril
determina a iluminação exigida, como aparece explicitada nas normas técnicas. Diante
de tarefas que demandam elevada acuidade visual, o fornecimento de altos níveis de
densidade de fluxo luminoso se torna necessário, ficando a liberdade de criação do
quadro visual mais restrita.
A qualidade do projeto que segue critérios como distribuição de luminâncias,
existência de contrastes de brilho e cor, formação de sombras e ausência de
ofuscamento, é definida objetivamente - ainda que dentro dos limites de mensuração
impostos por sua própria essência, a partir de recomendações de bases científicas, de
modo a contribuir para o aumento da produtividade. Já nos ambientes da unidade
industrial, onde a acuidade visual requerida é pequena ou moderada, o que normalmente
ocorre nas áreas de apoio à fábrica, a sensibilidade do projetista e sua concepção de
projeto pessoal definem um quadro visual rico de sensações sensoriais, cujo tratamento
em termos de qualidade obtida é subjetivo, e as variáveis que a definem são tratadas
mais livremente.
6.2.2 A Importância da Cor Associada à Iluminação
A correta distribuição da cor, como um dos fatores de qualidade do quadro
visual, contribui para a melhoria das condições físicas do trabalho e para a adequação
do homem à máquina e ao seu entorno.
Em regiões de clima quente, por exemplo, o planejamento cromático dos locais
de trabalho em tons azuis ou verdes claros (cores frias), é interessante visto que estas
cores agradam pela sensação de frescor e tranqüilidade que transmitem. Contudo, essas
cores podem tornar o ambiente monótono e depressivo. É preciso que cores quentes e
frias sejam usadas em combinação, em condições médias, definindo certamente em
agradáveis resultados.
45
A cor também exerce influência significativa nos aspectos relativos à iluminação
natural e artificial devido a variância das refletâncias. A aplicação de cores claras em
grandes superfícies, com contrastes adequados para identificar máquinas e funções /
espaços, associado a um planejamento adequado da iluminação, além de resultar em
economia do consumo de energia em até 30%, e aumentos de produtividade na ordem
de 80 a 90%, pode reduzir as ocorrências de ofuscamento e fadiga visual, causadora de
acidentes de trabalho.
A cor permite substituir as faixas de contraste de luz por oposição de nuances,
com a utilização do mesmo fator de reflexão. A análise de dados científicos vem
fornecendo informações fundamentais para a escolha das cores das superfícies internas
do espaço construído. O uso da cor em indústrias é um fato a ser considerado devido a
sua importância em termos de sinalização, quando aplicada para a indicação de funções
específicas, e redução da fadiga visual mediante adoção em planos de trabalho em
contraste com as superfícies internas do espaço construído, fatores que colaboram para a
redução dos acidentes de trabalho e aumento da produtividade do operário.
A distância entre a pintura destinada à proteção/manutenção do local, à pintura
que vise o conforto ambiental, é mínima, e o acréscimo de custos desprezível frente às
vantagens apresentadas. O local de trabalho é também um local de vida. Além dos
ambientes destinados à produção e ao estoque, há certo número de espaços sociais
colocados à disposição dos operários, como: vestíbulos, sanitários, salas de repouso,
refeitórios, que, agenciados de maneira funcional, pedem uma animação pela cor, em
harmonia com a ambientação dos espaços de produção.
É importante dizer que o uso adequado da cor nos ambientes de trabalho é um
fator preponderante, podendo auxiliar na saúde, segurança e bem-estar das pessoas que
nele trabalham. Além do benéfico efeito psicológico devido às boas condições
ambientais, há uma diminuição no risco de fadiga visual e consequente diminuição de
trabalhos falhos, decorrendo deste modo um aumento na eficiência da produção.
Ao se criar um ambiente agradável para a realização de uma tarefa, pode-se
diminuir a ocorrência de problemas visuais, fazendo com que o operário concentre mais
sua atenção na tarefa que está executando que fora dela. Atualmente, a cor é
reconhecida como um importante fator de realização de um quadro de adaptação ao
trabalho, e através de sua utilização adequada,
Procura-se:
46
harmonia estética;
conforto visual;
conservação e limpeza dos ambientes;
incentivo à convivência social;
programação visual;
caracterização de status de função / periculosidade.
Para obter:
Maior eficiência e produtividade por parte do trabalhador;
Redução da fadiga visual;
Aumento da segurança no ambiente de trabalho, devido à melhor identificação dos
locais;
Redução dos afastamentos de operários (abstenções) devido a ocorrência de acidentes
de trabalho.
De modo a reduzir ao máximo os esforços de adaptação do olho, é necessário estar
ciente que as áreas que constituem o campo visual da tarefa a cumprir não devem
apresentar contraste de iluminância elevado.
6.2.3 Características das Lâmpadas
TABELA 3: Características dos Tipos de Lâmpadas.
LâmpadasCaracterísticas Emprego
Incandescente
Baixo rendimento luminoso,
pequena vida útil, existe em diversas
potências, baixo custo de aquisição e
instalação.
Locais onde os níveis de
iluminância é inferior a 200
lux, e o número é inferior 2000
horas anuais.
Fluorescente
Elevada eficiência luminosa, vida
útil prolongada, custo inicial maior
que a da lâmpada incandescente,
Iluminação interna, comercial
ou industrial, onde se deseja
47
emite luz próxima do branco, baixa
iluminância, por isso oferece pouca
possibilidade de ofuscamento,
apresenta o inconveniente do efeito
estroboscópio
auto rendimento ou longa vida,
indicada para locais de pouca
altura onde seja necessária
grande iluminância.
Vapor de
Mercúrio
Bom rendimento luminoso e boa
duração apresentam luz
monocromática de tom amarelado
Normalmente não é usada em
iluminação de interiores, usada
em pátios, depósitos e
fundições
6.2.4 Refletância e Fatores de Reflexão
TABELA 4: Refletância e Fatores de Reflexão
Superfície Refletância Recomendada
Teto 80 %
Parede 60%
Mesa ou bancada 35%
Máquinas e equipamentos 25% a 30%
Pisos 15%
6.2.5 Fatores de Reflexão
TABELA 5: Fatores de Reflexão para as Cores das Lâmpadas.
Tonalidades ClarasTonalidades Médias Tonalidades Escuras
Branco 85% Amarelo 65 % Cinza 30%
Creme 75% Bege 63 % Vermelho 13%
48
Amarelo 75% Cinza 55% Havânia 10%
Bege 70% Camurça 52 % Azul 08%
Verde 65% Verde 52% Verde 07%
Azul 55% Alumínio 41% Preto 02%
Rosa 50% Azul 35% Preto Absoluto 0%
6.2.6 Escolhas das Lâmpadas
TABELA 6: Tipos de Lâmpadas para Iluminação Industrial.
CII - 12
Luminária industrial, corpo refletor repuxado em chapa
de alumínio, pintado internamente com esmalte na cor
branca e externamente na cor verde (a pedido, em ou
outras cores). Soqueteira em liga de alumínio fundido
com entrada rosqueada ½" e ¾" , soquete E 27 ou E 40.
Lâmpadas
1 - incandescente 100/200W / Diam. 300mm alt. 225mm
3 - incandescente 200W, mista 160W, v. mercúrio
80/125W, v. sódio 70W / Diam. 400mm alt. 265mm
5 - incandescente 300W, mista 250W, v. mercúrio
250W, v. sódio 250W / Diam. 500mm alt. 313mm
6 - incandescente 500W, mista 500W, v. mercúrio
400W, v. sódio 400W / Diam. 500mm alt. 370mm
CII - 16
Luminária industrial, corpo refletor angular repuxado em
chapa de alumínio, pintado internamente com esmalte
na cor branca e externamente na cor verde (a pedido,
em ou outras cores). Soqueteira em liga de alumínio
fundido com entrada rosqueada ½" e ¾" , soquete E 27
ou E 40
Lâmpadas
1 - incandescente 100/200W, mista 160W, v. mercúrio
80/125W, v. sódio 70W / Diam. 210mm alt. 260mm
3 - incandescente 200W, mista 160W, v. mercúrio
80/125W, v. sódio 70W / Diam. 255mm alt. 320mm
49
5 - incandescente 300W, mista 250/500W, v. mercúrio
250W v. sódio 250W. / Diam. 300mm alt. 390mm
6 - incandescente 500W, mista 500W, v. mercúrio
400W, v. sódio 400W / Diam. 405mm alt. 495mm
CII - 39
Luminária industrial, corpo refletor repuxado em chapa
de alumínio anodizado. Pescoço de fixação em liga de
alumínio fundido com entrada rosqueada de ½" ou ¾".
Lente plana de cristal temperado, fixada ao corpo
refletor por meio de aro de alumínio com junta
vedadora, soquete E 27 ou E 40
Lâmpadas
CII 39/5 - incandescente 500W, Mista 500W, v. metálico
400W, v. mercúrio 400W, v. sódio 400W
Diam. 530mm alt. 355mm
CII 39/3- mista 250W, v. metálico 250W, v. mercúrio
250W v. sódio 250W
Diam. 450mm alt. 325mm
CII - 15
Luminária industrial, corpo refletor repuxado em chapa
de alumínio, pintado internamente com esmalte na cor
branca e externamente na cor verde (a pedido, em ou
outras cores). Soqueteira em liga de alumínio fundido
com entrada rosqueada ½" e ¾" , soquete E 27 ou E 40
Lâmpadas
1 - incandescente 100/200W, mista 160W, v. mercúrio
80/125W, v. sódio 70W/ Diam. 210mm alt. 210mm
3 - incandescente 300W, mista 160W, v. mercúrio
80/125W, v. sódio 70W / Diam. 255mm alt. 270mm
5 - incandescente 500W, mista 250/500W, v. mercúrio
250W, v. sódio 250W / Diam. 300mm alt. 325mm
6 - incandescente 1000W, mista 500W, v. mercúrio
400W, v. sódio 400W / Diam. 405mm alt. 410mm
50
CII 41
Luminária industrial, corpo refletor repuxado em chapa
de alumínio anodizado. Alojamento para equipamento
elétrico, repuxado em chapa de aço zincado e pintado
em esmalte sintético cor preto fosco, tampa em liga de
alumínio fundido com entrada rosqueada para fixação
de ½"ou ¾" com pintura em esmalte na cor preto fosco.
Lente de cristal temperado, fixada ao corpo refletor por
meio de aro de alumínio com junta vedadora, soquete
E40
Lâmpadas
5 - v. metálico 400W, v. mercúrio 400W, v. sódio 400W
Diam. 530mm alt. 580mm
3 - v. metálico 250W, v. mercúrio 250W, v. sódio 250W
Diam. 455mm alt. 520mm
CII - 38
Luminária industrial, corpo refletor repuxado em chapa
de alumínio anodizado. Alojamento em tampa para
equipamento elétrico, em liga de alumínio fundido.
Tampa com entrada rosqueada para fixação de ¾".
Lente plana de cristal temperado, fixada ao corpo
refletor por meio de aro com junta vedadora, soquete E
40
Lâmpadas
CII 38/5 - v. metálico 400W, v. mercúrio 400W, v. sódio
400W
Diam. 530mm alt. 555mm
CII 38/3 - v. metálico 250W, v. mercúrio 250W, v. sódio
250W
Diam. 450mm alt. 490mm
6.3 Levantamento da Carga de Tomadas
A Tabela 7 apresenta as quantidades e potências de TUG´s e TUE´s
estabelecidas para cada cômodo da casa.
TABELA 7: Quantidade e carga de tomadas
51
CômodoÁrea
(m2)
Perímetro
(m)
Quantidad
e de TUG
´s
Potência
de TUG´s
(VA)
Quantidad
e de TUE
´s
Potênci
a de
TUE´s
(VA)
Galpão 73 37,36 8 800 2 16368
Escritório 2,4 5,04 1 100 0 0
Depósito 4,6 9,26 1 100 0 0
TOTAL 80 51,66 10 1000 2 16368
6.3.1 Tipos de Tomadas, Plugs Industriais, Caixas e Disjuntores
Plugs e Tomadas NEMA
Características Gerais
* Normas: NBR6147 – NEMA 1516 * Número de Pólos: 2P + T - 3P * Corrente: Até 25 A* Tensão de Isolação: 250V * Material Termo – Plástico auto – extinguível ( Poliamida 6.6) * Contatos: Latão * Cores: Preta, cinza, vermelho e marfim.
Caixa Multiplex®
Características Gerais
A Caixa Multiplex®, lançamento da Steck para uso doméstico, comercial e industrial é recomendada para instalações de ar condicionado e eletrodomésticos em geral ( máquinas de lavar roupa, louça, secadoras, copiadoras, etc.). Seu exclusivo design permite a instalação tanto de disjuntores DIN como NEMA, graças ao perfil lateral, com vincos projetados especialmente para facilitar o recorte de encaixe do disjuntor escolhido. Além disso, pode ser fornecida com tomadas de 2P + T ou 3P.
* Material Termo – plástico, auto – extinguível Poliamida 6.6* Alta resistência mecânica à impactos
52
* Tomada injetada diretamente na tampa.* Travamento da tampa sob pressão (não utiliza parafusos).
Quadros e Centros de Disjuntores De Embutir e Sobrepor
Características Gerais
* Material Termo – Plástico auto – extinguível (ABS)* Grau de Proteção IP 40 * Proteção Mecânica IP XX9* Duplo Isolamento * Portas Reversíveis * Barramentos (Monofásico, Bifásico, Trifásico, terra, neutro).
A Referência / DD é indicativa do produto completo com disjuntores norma DIN (Europeu). A Referência / DN é indicativa do produto completo com disjuntores norma NEMA (Americano).
6.4 Potência e Corrente do Circuito de Distribuição
A soma das potências totais de iluminação e de tomadas de uso geral é:
Potência aparente de iluminação e TUG´s = 1305 + 1000 = 2305 VA
Multiplicando-se este valor pelo seu fator de demanda correspondente (obtido da
tabela de fatores de demanda para iluminação e tomadas de uso geral), temos:
Potência ativa de iluminação e TUG´s = 2305 VA x 0,66 = 1521,3VA
O fator de demanda para tomadas de uso específico é obtido em função do
número de circuitos de TUE´s previtos no projeto. No caso em estudo temos dois
circuitos de TUE´s o que corresponde ao fator de demanda de 1,00. Logo:
Potência ativa de TUE´s = (Potência aparente de TUE´s) x 0,84
53
Potência ativa de TUE´s = 16368 VA x 1,00 = 16368 VA
Somando-se os valores das duas potências ativas, obtemos:
Potência ativa total = 1521,3VA + 16368 VA = 17889,3 VA
Para finalmente obter o valor da potência do circuito de distribuição, divide-se a
potência ativa total pelo fator de potência médio de 0,95:
Potência do circuito de distribuição = 17889,3 VA /0,95 = 18830,84 VA
A corrente do circuito de distribuição é obtida dividindo-se a potência do
circuito de distribuição pela voltagem (220 V):
Corrente do circuito de distribuição = 18830,84 VA/220V = 85,59 A
Sabe-se que para uma potência real do circuito de distribuição entre 12000 e
25000 VA tem-se um sistema de fornecimento e tensão do tipo trifásico. Desta forma,
de acordo com o valor da potência encontrado, o sistema de distribuição de energia
elétrica deve ser trifásico.
6.5 Eletrodutos
Funções:
Proteção mecânica dos condutores;
Proteção dos condutores contra ataques químicos da atmosfera ou ambientes agressivos;
Proteção do meio contra os perigos de incêndio resultantes de eventuais
superaquecimentos dos condutores ou arcos voltaicos;
Proporcionar aos condutores um envoltório metálico aterrado (no caso de
eletrodutos metálicos) para evitar perigos de choque elétrico
54
Tipos:
Não-metálicos: PVC (rígido e flexível corrugado), plástico com fibra de vidro, polipropileno,
polietileno, fibrocimento;
Metálicos: Aço carbono galvanizado ou esmaltado, alumínio e flexíveis de cobre
espiralado.
Em instalações aparentes, o eletroduto de PVC rígido roscável é o mais
utilizado, devendo as braçadeiras ser espaçadas conforme as distâncias mínimas
estabelecidas pela NBR-5410/97.
Prescrições Para Instalação:
Nos eletrodutos devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou
multipolares, admitindo-se a utilização de condutor nu em eletroduto isolante exclusivo
quando este condutor for de aterramento · As dimensões internas dos eletrodutos
devem permitir instalar e retirar facilmente os condutores ou cabos após a instalação dos
eletrodutos e acessórios. A taxa máxima de ocupação em relação à área da seção
transversal dos eletrodutos não deverá ser superior a:
53% no caso de um condutor ou cabo;
31% no caso de dois condutores ou cabos;
40% no caso de três ou mais condutores ou cabos
Figura 7 – Eletrodutos Aplicados em Instalações Industriais.
55
6.6 Disjuntores
Elemento de comando (acionamento manual) e proteção (desligamento automático)
de um circuito;
Intercalado exclusivamente nos condutores FASE;
Pode ser mono, bi ou tripolar (para circuitos mono, bi ou trifásicos);
Capacidades típicas: 10 A, 15 A, .... 150 A (~75kW @ 220V);
Características Fusível x Disjuntor;
Fusível:
Operação simples e segura: elemento fusível;
Baixo custo;
Não permite efetuar manobras;
São unipolares -> podem causar danos a motores caso o circuito não possua
proteção contra falta de fase;
Não permite rearme do circuito após sua atuação, devendo ser substituído;
É essencialmente uma proteção contra curto-circuito;
Não é recomendável para proteção de sobrecorrentes leves e moderadas.
Disjuntor;
Atua pela ação de disparadores: lâmina bimetálica e bobina;
Tipos mono e multipolar; os multipolares possibilitam proteção adequada, evitando
a operação monofásica de motores trifásicos;
Maior margem de escolha; alguns permitem ajuste dos disparadores;
Podem ser religados após sua atuação, sem necessidade de substituição;
Podem ser utilizados como dispositivos de manobra;
Protegem contra subrecorrente e curto-circuito;
Tem custo mais elevado.
Circuitos de iluminação e TUGs: Icircuito < 70% da capacidade do disjuntor que
protege o circuito.
Circuitos de TUEs: Icircuito < 80% da capacidade do disjuntor que protege o circuito.
56
IMPORTANTE: É fundamental verificar sempre se a capacidade do disjuntor é
compatível com a capacidade da fiação do circuito protegido.
57
7. CONCLUSÃO
Um bom sabão deve ser isento de cheiros estranhos, não produzir qualquer
nódoa sobre o papel, não engordurar os dedos, não se umedecer ao ar, nem cobrir-se de
eflorescências; com a secagem não se perde mais de 45% do seu peso, no máximo, se
for branco, e 30%, se for marmoreado.
O sabão deve poder dissolver-se facilmente em água destilada e em álcool a
ferver. A solução aquosa é opalina e produz muita espuma; se agitar dá a reação
alcalina; precipita em flocos a água de cal e a água de barita; decompõe todas as
soluções metálicas e é decomposta por todos os ácidos que se unem às bases.
Verifica-se o maior ou menor rendimento da saponificação dissolvendo o sabão
em água macia; se ficarem muitas matérias por dissolver, é de qualidade deficiente; se
der uma solução homogênea é bom.
Em geral é bom o sabão que não se deforma demasiado, que não produz um
cheiro desagradável ao envelhecer, e que, principalmente, tenha uma pasta macia, suave
ao tato, sem solução de continuidade.
O maior problema está na compra da matéria-prima. Os grandes fornecedores
não vendem em pequenas quantidades e quando o fazem as condições são
desvantajosas.
Os produtos naturais usados na fabricação de sabonetes costumam desaparecer
do mercado durante alguns períodos.
A empresa precisa ter um químico responsável e ser aprovada pelo Ministério da
Saúde para funcionar.
58
8. BIBLIOGRAFIA
IES - Iluminating Engineering Society of North America. IES Lighting Handbook -
Application Volume. New York; IES, 1987.
FIGUEIREDO, S. L. Iluminação Industrial. Disponível em:
<www.higieneocupacional.com.br/download/ilumina-silvio.doc>. Acesso em 15 de
agosto de 2008.
Perfis industriais. Fábrica de Sabão. Programa “AÇÃO INTEGRADA DE
DESENVOLVIMENTO EM MUNICÍPIOS MINEIROS”. Companhia Energética
de Minas Gerais (Cermig) & Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas
Gerais (INDI).
PORTO, M. M.; SILVÉRIO, C. S.; SILVA, A. P. F. O Projeto de Iluminação na
Análise Ergonômica do Trabalho. Universidade Federal do Rio de Janeiro
Shreve, R. Norris. E Jr, Joseph A. Brink. Indústrias de Processos Químicos. 4ª
Edição. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro, 1997. Páginas 431 a 448.