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integr ação GUARAPUAVA | PARANÁ 21 A 30 DE OUTUBRO DE 2017 EDIÇÃO 121 | ANO IV DISTRIBUIÇÃO GRATUITA P.6 P.14 SOBRE UM NOVO JEITO DE FAZER POLÍTICA Conservação do solo é tema do WinterShow 2017 PRÉ-CANDIDATO A DEPUTADO FE- DERAL PELA REDE, O ADVOGADO E PROFESSOR JOÃO NIECKARS ANA- LISA A CONJUNTURA E JUSTIFICA A NECESSIDADE DE RENOVAÇÃO

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integração GUARAPUAVA | PARANÁ21 A 30 DE OUTUBRO DE 2017EDIÇÃO 121 | ANO IV

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

P.6

P.14

SOBRE UMNOVOJEITO DEFAZERPOLÍTICA

Conservação do solo é tema do WinterShow 2017

PRÉ-CANDIDATO A DEPUTADO FE-DERAL PELA REDE, O ADVOGADO E PROFESSOR JOÃO NIECKARS ANA-LISA A CONJUNTURA E JUSTIFICA A NECESSIDADE DE RENOVAÇÃO

integraçãoED. 121 | ANO IV - DE 21 A 30 DE OUTUBRO DE 2017

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SEMANÁRIO INTEGRAÇÃO LTDA MECNPJ: 22.997.926/0001-36

Rua Senador Pinheiro Machado, 1794, Sala 01 - Centro. Guarapuava PR

DIRETORA COMERCIALLourdes Dangui Pinheiro

JORNALISTA RESPONSÁVEL, REDAÇÃO E EDIÇÃO GERAL

Ana Júlia TielletMTB. 12758 DRT/RS

COLUNISTASClaudio Andrade,

João Nieckars, Lourdes Leal, Ricardo Pedrosa Alves, Victor

Andrade, Valdir Michels, Hélvio

Mariano e Manuel Moreira da Silva.

(42) 3035-1234 e (42) 99111-9195

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DIAGRAMAÇÃO

IMPRESSÃO GRAFINORTE

03.758.336/0001-06Tiragem | 4 mil

exemplares

Anderson Antikievicz Costa

SEDE E REDAÇÃORua Senador

Pinheiro Machado, 1794, Sala 01 - Centro. Guarapuava PR bop

Comunicação e Marketing

CLAUDIO CÉSAR DE ANDRADE, DOUTOR EM

HISTÓRIA E SOCIEDADE E PROFESSOR DO DPTO. DE

FILOSOFIA DA UNICENTRO.

EDITORIAL POLÍTICO

O STF AMARELOU OU CUMPRIU O SEU DEVER DE GUARDIÃO DA CONSTITUIÇÃO?

A decisão do STF em confirmar a sobreposição do Legislativo ao STF quando o assunto é o afastamento de parlamentares rendeu muitos comen-tários lúcidos, mas também muita sandice. O fato é que por um placar polêmico, ou seja, por 6 votos a 5, juí-zes do STF mantiveram os pilares cons-titucionais e confirmaram que quem pode ou não mexer nos mandatos do parlamentares são os próprios parla-mentares. Imediatamente tal votação praticamente imuniza o queridinho da elite brasileira Aécio Neves, um dos transgressores mais famosos da atual República TCC (a saber: Temer, Cabral e Cunha), três papas da antiqüíssima seita PMDB.

Evidente que esta decisão agra-dou gregos e feriu troianos. É quase

impossível não associar tal decisão a um STF corrompido de corpo e alma com um fisiologismo que mata qual-quer esperança da boa política. É público e notório que a maioria ab-soluta da população brasileira quer ir às vias de fato quando o assunto é a punição aos corruptos da política nacional. Todavia, este editorial não pode também desconsiderar o verda-deiro ‘estado de exceção’ que o atual Judiciário implantou em nosso país, assumindo a condição de ‘Professor de Deus’ na República tupiniquim. Sabe-se que os homens de toga fize-ram coisas interessantes para a mo-ralização da política nacional, mas também crimes piores do que aque-les julgados pelos mesmos. Não é de hoje que o judiciário nacional, para

além do bem e do mal, faz e desfaz com a Constituição nacional - hora turbinando, hora rasgando. Qualquer pessoa sensata sabe dos mandos e desmandos do Judiciário no país em que a classe política virou sinônimo de classe bandida.

Faz tempo que o STF tem inventa-do uma legislação que vem ao encon-tro do seu interesse com uma arbitra-riedade jamais vista nestas terras. Dois casos são emblemáticos nesta vida de deuses, a saber: o exagero no caso de ex-ministro Guido Mantega e o festi-val de sandice no caso do ex-Reitor da UFSC, objeto de um suicídio dolorido que coloca todos os homens e mulhe-res na berlinda a qualquer custo.

O cientista político André Singer evidenciou com muita lucidez esta si-

tuação ao afirmar que “há argumentos para defender que a opção tomada pela corte em favor da Constituição, embora possa de imediato beneficiar uma corrente partidária em detri-mento de outras, talvez ajude o país a barrar os mecanismos de exceção em curso e, quem sabe, a encontrar o ca-minho de volta à plena democracia”.

O País está realmente ao avesso. Não há vida normal em nada. Quando não é o STF, são os militares na pele de salvadores da pátria querendo co-locar o Brasil em ordem e progresso. Quando não são os militares, são reli-giosos ou empresários da mídia nacio-nal. Triste imagem de um país confuso onde não se sabe quem é o Pai, muito a menos a mãe desses mais de 190 milhões de bastardos.

integraçãoED. 121 | ANO IV - DE 21 A 30 DE OUTUBRO DE 2017

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SEM CASH

O pré-candidato Jair Bolsonaro (PSC-RJ) prometeu gastar R$ 1 milhão em sua possível campanha presidencial, pouco mais que o dobro do que gastou para se reeleger deputado federal em 2014. Em entrevista à Bloomberg, na sede da agência em Nova York, ele afirmou que se apoiará nas redes sociais para difundir suas mensagens. Em tempo: a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição, naquele ano, declarou gastos oficiais no total de R$ 318 milhões. O seu adversário, Aécio Neves (PSDB), declarou despesas oficiais de R$ 216,8 milhões.

O DESABAFO DE UM JUIZ

O texto a seguir foi enviado a amigos pelo juiz federal Roberto Wanderley Nogueira, de Recife, depois da lambança do STF: “Eis o dilema histórico, existencial e corporativo da magistratura nacional, sobre o qual a iniqüidade faz a festa, sentindo-se segura em face da atmosfera de impunidade que sobrepaira aos poderosos. Mas,

sobra implacabilidade aos “ladrões de galinha”, cujo aprisionamento é praticamente o único poder que resta de fato aos juízes do Brasil.”

RECADO DO PAPA AOS BRASILEIROS

Esperado no Jubileu de 300 anos de Nossa Senhora Aparecida, o papa Francisco tinha "manifestado a intenção", segundo suas próprias palavras, de participar da festa quando esteve na cidade paulista, em 2013. "Mas a vida de um papa não é fácil", explicou o Santo Padre, em vídeo gravado no Vaticano. A mensagem foi transmitida no início da missa campal, na área externa do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Em seis minutos, o papa buscou transmitir esperança aos fiéis. "A esperança é a virtude que deve permear o coração dos que crêem, sobretudo quando ao nosso redor as situações de desespero parecem querer nos desanimar."

TUDO PARA NÃO CAIR

Michel Temer faz há perto de dois meses a mais despudorada

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corrupção de votantes na comissão e no plenário. Recursos indispensáveis e urgentes para as pesquisas biomédicas, socorros à saúde, universidades, bolsas de estudo e obras emergenciais estão contidos para deixar reservas destináveis às compras de apoio por Temer. As tais reformas e, mais premente, alterações do Orçamento da União têm suas votações prejudicadas na Câmara, para não provocar disputas na manada parlamentar governista.

BATATA QUENTE NAS MÃOS DOS CANDIDATOS

O próximo governador do Paraná já assume a cadeira com um problema nas mãos: Beto Richa fez seus aliados aprovarem uma lei que deve deixar o funcionalismo sem reajuste no primeiro ano do próximo mandato, em 2019. Será o terceiro ano seguido sem reposição da inflação. A partir daqui, os candidatos ao Palácio Iguaçu terão de se posicionar sobre o tema. Um abacaxi para os candidatos associados a Beto Richa e, muito especialmente, para Ratinho Jr., deputado estadual que se ausentou na hora de votar o projeto.

POLÍTICA

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integraçãoED. 116 | ANO IV - DE 01 A 10 DE SETEMBRO DE 2017

EROS LOSSO

G.R.E. MADEIRIT - 1960EM PÉ - ZECA MARIA, PILICA, GOTEIRA, ALVARO E PERERECA.AGACHADOS - RANILSON, FIFI, JANGUINHO, PINGA, VIVI E OLEVI.

JOGO GRÊMIO OESTE 1 X 0 ATLETICO/PR - 1969RADIALISTA JOEL SANTOS E O CRAQUE BELINI

GUARAPUAVA ESPORTE CLUBE CAMPEÃO AMADOR - 1960EM PÉ- TAVARES, RENE BANDEIRA, MERKEL, RUBENS, CHARUTO, PATETA, NIVALDÃO E MARTINEZ (TÉCNICO)AGACHADOS- PELÉ, BARBOSINHA, ARI MORO, RENATINHO E MOTIELA

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MUSEU DO

Guarapuava - ParanáESPORTE

VIT

AM

INA

integraçãoED. 121 | ANO IV - DE 21 A 30 DE OUTUBRO DE 2017

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SAÚDE

LOURDES DE FIGUEIREDO LEAL,

FARMACÊUTICAVIT

AM

INA

Existem diferenças fundamentais entre a Vitamina D e as outras vitami-nas. Para começar, embora até seja possível absorvê-la pela alimentação, sua maior fonte, é o sol. O mesmo sol que agride e envelhece a pele e pode causar câncer de pele. O raio ultravioleta B (UVB) do sol, o mesmo que nos torra, desencadeia uma série de reações quí-micas que produzem vitamina D.

Na verdade, a vitamina D não é uma vitamina. Em 1931, o químico alemão Adolf Windaus, da Universidade de Got-tingen, constatou que essa substância tinha a mesma estrutura de hormônios esteroides, como os hormônios sexuais. “Trata-se, na realidade, de um pré-hor-mônio”, segundo a farmacêutica e bio-química Rita Sinigaglia, da Unifesp.

Não é vitamina, mas o nome pegou e assim ficou. É um pré-hormônio para lá de importante. “Imagine um edifício comercial, um arranha-céu com milha-res de portas, que são abertas por uma única chave: a vitamina D. Como ficarão essas salas que não podem ser abertas nem fechadas sem ela?”, compara o médico Cícero Coimbra. Vitamina D é

uma chave bioquímica que abre as por-tas de milhares de diferentes processos fundamentais para a vida. Se seus ní-veis forem elevados, não faltarão cha-ves e as células funcionarão em plena atividade. Mas, com níveis baixos, várias dessas funções ficarão trancadas – salas fechadas. Sabe-se hoje que pelo menos 2.500 funções celulares não acontecem sem a vitamina D.

Por tudo isso, sem vitamina D, a vida está comprometida. É sabido, por exemplo, que níveis baixos demais aca-bam com nossa capacidade de formar ossos. Os ossos são feitos de cálcio – e, para absorver o cálcio, nosso sistema di-gestivo precisa de vitamina D.

Os humanos, sempre mantiveram uma relação íntima com o sol. Mas, com o advento da Revolução indus-trial, no século 18, essa história tomou outro rumo. Cheias de trabalhadores, as cidades começaram a se estreitar, com prédios cada vez mais próximos, tor-nando-as cheias de sombras. A fuligem da queima de carvão, além de poluir, dificultava a passagem dos raios sola-res. Crianças da Inglaterra e do norte da

Europa começaram a apresentar defor-mações nos ossos e má-formação dos dentes. Sofriam de uma doença pouco conhecida até então, o raquitismo.

Em 1916, Harry Steenbock, da Universidade de Wisconsin, descobriu que a luz solar era a resposta para o ra-quitismo. Nessa mesma época, outros pesquisadores queriam entender por que a Noruega, ao contrário dos pa-íses vizinhos, registrava baixos índices de raquitismo. O segredo estava na dieta: os noruegueses se alimentavam, principalmente, de peixes selvagens – e consumiam muito óleo de fígado de bacalhau.

O bioquímico americano Elmer Mc-Collum também da Universidade de Wisconsin, analisou esses alimentos e neles encontrou uma nova substância, que batizou de vitamina D. Os médicos passaram a receitar óleo de fígado de bacalhau, alimento que contém uma quantidade considerável da substância.

Nosso estilo de vida atual inclui cada vez menos sol. Usamos protetor solar, nos cobrimos mais, ficamos mais tem-po em locais fechados e com luz arti-

ficial. No Brasil, o consumo de protetor solar sextuplicou em menos de 15 anos. Por uma boa causa, claro: proteger a pele do câncer. Só que isso reduz a pro-dução de vitamina D.

Os altos níveis de poluição na at-mosfera terrestre bloqueiam a luz solar dificultando a sua ação. Os compostos químicos que estão no ar absorvem parte dos raios UVB.

Até a década de 1990, acreditava--se que a única função da vitamina D era contribuir para a saúde dos ossos. Hoje sabe-se que ela age em diversas partes do corpo prevenindo, retardan-do ou evitando o aparecimento de inú-meras doenças.

Dentre as inúmeras causas da defi-ciência de vitamina D destacamos: não receber o sol suficiente, uso excessivo de protetor solar, insuficiência de vita-mina D na alimentação, consumo de medicamentos ou álcool, excesso de peso, idade avançada.

A suplementação com vitamina D3 é um modo eficaz e alternativo à expo-sição solar, respeitando sempre as doses adequadas prescritas pelo seu médico.

UMA CHAVE PARA A VIDA

integraçãoED. 121 | ANO IV - DE 21 A 30 DE OUTUBRO DE 2017CAPA

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QUAL A ANÁLISE QUE VOCÊ FAZ DA ATUAL SITUAÇÃO POLÍTICA E AD-MINISTRATIVA DE GUARAPUAVA? QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE ESSA

CONJUNTURA? As três velhas famílias da política em Guarapuava, Carli, Silvestri e Mat-

tos Leão, que eram antes rivais, estão, sabidamente, juntas. Isso porque o Beto Richa conseguiu as unir - todos eles são do grupo político de Richa.

Isso ficou bem claro na última eleição, onde o Artagão, o Bernardo e a Cristina pediram votos para o César Filho. Esta á uma característica da

política local. Outra constatação, que demonstra a baixa representa-tividade da política em nosso município, é número de votos dos ve-

readores eleitos - atualmente só temos 19 trabalhando porque dois estão afastados – que não chega a 21 mil votos, sendo que temos

mais de 120 mil eleitores em Guarapuava, ou seja, os votos obtidos pelos atuais vereadores não soma um quinto do eleitorado local.

Esse cenário indica baixa credibilidade dos candidatos, baixa re-presentatividade dos eleitos e mostra, com certeza, um descon-tentamento geral com os nomes repetidos que são colocados

eleição após eleição.

O PLEITO DE 2016 REVELOU, TAMBÉM, IMPORTANTE VOTA-ÇÃO EM UM PARTIDO NÃO TRADICIONAL, NA REDE QUE ATÉ

ENTÃO NÃO TINHA ESSA EXPRESSIVIDADE NO CENÁRIO LOCAL. COMO VOCÊ AVALIA ESSA POSTURA DA SOCIEDADE? A QUE SE

joão nieckars

da redaçãoGuarapuava é um município com aproximadamente 180 mil ha-

bitantes, dos quais 120 mil são eleitores. No entanto, há pelo me-nos quatro décadas, apenas três famílias revezam-se no poder. Ainda

assim, algo de novo está acontecendo. Os recentes acontecimentos políticos - leia-se corrupção a céu aberto e manipulação de poderes

e recursos públicos em detrimento de interesses particulares - coloca-ram a classe política em xeque. Com o pleito de 2018 se aproximando,

os contornos das novas (ou das mesmas) opções ficam mais claros. A REDE Sustentabilidade, partido com mais de 18 mil filiados em todo

o país, apresenta-se como uma opção legítima para romper esse ciclo. Articulada em elos por todo o Brasil, a sigla que tem à frente nomes

como Marina Silva e Randolfe Rodrigues organiza-se também no estado do Paraná. Com 4. 397 votos obtidos na disputa pela prefeitura de Gua-

rapuava, o advogado João Nieckars é porta-voz do Partido na cidade. Na entrevista que segue, ele confirma a pré-candidatura a Deputado Federal

e propõe “UMA MUDANÇA DEFINITIVA, DESCOLADA DOS GRUPOS POLÍ-TICOS TRADICIONAIS”

integraçãoED. 121 | ANO IV - DE 21 A 30 DE OUTUBRO DE 2017CAPA

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e a nova políticasociedade e credora de cargos comissionados no Governo do Esta-

do. É esse tipo de situação, que reflete um comportamento político desgastado, de favorecimento, baseado no interesse de grupos ou

famílias, que a população não tolera mais, não mais aceita e é isso que vamos mudar.

E, NA SUA OPINIÃO, O QUE FALTA PARA QUE UMA “VIRADA POLÍTICA” SE CONCRETIZE?

O fato é que a maioria das pessoas não está mais aceitando a situação horrível em que o país está, mas também não está fazen-

do nada para mudar. Ela (a maioria) diz que não gosta, mas não dá seu voto para um candidato melhor, não procura uma nova opção

– veja a situação da eleição dos vereadores de Guarapuava, de que tratavamos a pouco. Apenas 20 mil elegeram estes que hoje estão legislando e mais de 100 mil serão legislados, eventualmente, a contragosto. A nossa não ação, da maioria que deseja mudança, implica na cotinuidade do desmando da minoria favorecida que continua elegendo os velhos candidatos, os ruins de sempre. Na minha percepção, só haverá alguma melhoria a partir do momen-to em que a população realmente começar a participar da polí-tica e passar a eleger pessoas que não fazem parte desse mundo político atual. Nós sempre economizamos esforços e terceirizamos a responsabilidade pela mudança e, assim, tudo continua como

está - somos egoístas politicamente, temos que mudar esse nosso comportamento e arregaçar as mangas.

É O CASO DE GUARAPUAVA QUE ELEGEU, POR MAIS UM MANDATO, UM REPRESENTANTE DESSA “VELHA POLÍTICA” A

QUE VOCÊ SE REFERE… Exato. A mudança só vai existir se a população começar a

se engajar de forma mais efetiva e menos individualista… É no voto que a coisa muda! Enquanto nós não percebermos isso,

que não existe “eu cuido da minha vida e os políticos que fa-çam o que quiser”, vamos continuar nessa situação terrível que

vemos hoje. A primeira gestão do atual prefeito foi razoável, até porque não tivemos muita coisa boa no passado. A época signi-

ficou uma ruptura, um novo caminho. Agora, a segunda gestão, como já previsto, está sendo uma absoluta desgraça, uma cla-ra demonstração de falta de comprometimento com o que se prometeu durante a campanha eleitoral. Inclusive, a promessa de que, se reeleito, o atual prefeito cumpriria o mandado in-teiro já foi esquecida por ele que se apresentou recentemente como pré-canditado a vice-governador, quer dizer, ele está na política pra que? Para se perpetuar, aparentemente. Promete--se mundos e fundos e depois não se faz absolutamente nada. É a forma mais tradicional de se fazer política: com uma pu-

"A mudança só vai existir se a população começar ase engajar de forma mais efetiva e menos individualista… É novoto que a coisa muda!"

DEVE ESSA “SURPRESA” NO MUNICÍPIO?Isso não é só em Guarapuava, mas no Brasil inteiro. A repulsa

por nomes repetidos está se mostrando em todo o Brasil. Na REDE já se faz o que nos outros partidos ainda somente se cogita: limitar a reeleição. Por exemplo, não existe reeleição para cargos executi-vos, seja prefeito, governador ou presidente. Para os cargos legislati-vos existe a possibilidade de uma única reeleição. Eleito o vereador, deputado ou senador, o ocupante só pode ter uma reeleição, pois não permitimos perpetuação no poder. A REDE já vem com essa nova sintonia de que a alternância alternância no poder é essencial para o suspiro da democracia, para que girem de forma mais ae-rada as ideias dentro do poder público. Acho que é essa sensação que nós temos da política no Brasil inteiro - não aguentamos mais do mesmo. Os figurões da política só têm feito o que nós vemos a todo momento estampado na mídia: um Senado absurdamente desgastado votando a favor de que bandido permaneça dentro do Senado Federal - Aécio Neves. Uma Câmara de Deputados man-chada por corrupção e acostumada a negociatas das mais diversas espécies. Uma assembleia estadual totalmente desconectada da

"

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blicidade enganosa que é deixada de lado depois que se consegue o poder, especialmente quando se trata

de segundo mandato, não é? Quando se necessita fazer tantas alianças, tantas manobras para conseguir se sus-

tentar no poder, ocorre um inchaço na base de aliados e, evidentemente, se aumenta o volume das troca de fa-

vores. Consequência dessa forma de se governar é que o Estado é direcionado para pagar favores de campanha e

fica paralisado para a sociedade.

A REDE NÃO TEM REPRESENTANTES ELEITOS AQUI NO MUNICÍPIO. COMO SE DÁ A RELAÇÃO COM OS SETORES

MAIS CONSERVADORES QUE ESTÃO NO PODER? Um exemplo da ação dos setores políticos tradicionais é

que tivemos uma tentativa de tomada da REDE municipal. Um grupo político vinculado a gestão municipal tentou inva-

dir a nossa convenção, após filiar-se de maneira sorrateira, e participar da eleição do Elo. Tentaram cooptar o partido para

a atual administração. O Elo Estadual estava presente e dis-solveu a convenção, posteriormente nomeou Rozélia Pretko e

eu como porta-vozes da REDE em Guarapuava. Então, veja que a velha política, essa rançosa e nojenta política, atua de várias

formas na tentativa de se perpetuar. As pessoas que participam dessa desgraçada velha política não conseguem observar uma

mudança, nem que seja de longe, e deixá-la acontecer. Eles são tão egoístas, tão gananciosos com os seus projetos pessoais que o

sinal de uma mínima luz, uma pequena possibilidade de mudan-ça, algo diferente, é alvo de tentativa de sufocamento. Esse é o jeito

com que alguns grupos articulam a política local: como se fossem donos da cidade. Não são!

O QUE FAZ A REDE UMA OPÇÃO DIFERENTE? AFINAL, HÁ NO-MES TRADICIONAIS DA POLÍTICA COMPONDO A SIGLA…

A REDE nasceu muito bem pensada, seu estatuto foi planejado por quase três anos, através da ajuda de mais de 500 pessoas que

trabalharam e debateram cada aspecto dele. O Estatuto da REDE hoje é copiado por vários partidos políticos no Brasil e fora dele, pois é mui-

to bem feito, preza pela renovação política, pela sustentabilidade, pela participação popular e assim por diante. A REDE nasceu e, de pronto, os grupos tradicionais iniciaram um discurso de resistência na tentativa de a vincular com partidos de Esquerda - o que foi criado muito por uma exposição midiática e que não se mostrou nem um pouco verí-dica. Nós somos um partido brasileiro, do Brasil e pelo Brasil. Pouco nos importa se a ideia melhor está na Esquerda ou na Direita. O que importa é que seja a melhor ideia. A melhor opção. Nós não nos importamos com rotulagens, nós nos importamos com eficiência na administração pública. Recentemente a Fundação Getúlio Var-gas fez uma pesquisa e a REDE figurou como o partido que mais combate a corrupção, com mais de 4 projetos de lei apresentados por deputado federal em um período de um ano, sendo que o segundo colocado não chegou nem a média de 1,5 projeto. É uma fantasia dizer que a REDE ou a Marina não se posicionam. Te pergunto, me diga quem é o/a presidente nacional do PDT ou do PHS? Me diga qual o/a presidente nacional do PPS, PSOL, DEM? Dificilmente alguém lembrará. Agora, quem é o/a presi-dente da REDE Sustentabilidade? Você pode não ter certeza, mas o nome de Marina Silva certamente vem a cabeça.

PODERIA DAR EXEMPLOS PRÁTICOS DESSA DIFEREN-CIAÇÃO DA REDE EM RELAÇÃO AOS OUTROS PARTIDOS?

Foi a REDE, por exemplo, que protocolou o pedido que acabou com a saída do Delcídio Amaral do Senado. Foi a

REDE que protocolou o pedido de saída do deputa-do Eduardo Cunha, o pedido de cassação da chapa

Dilma-Temer, o pedido para votação nominal e indi-vidual e com voto aberto da manutenção ou não do

afastamento do Aécio Neves do Senado. Dentre várias outras atividades… Foi a REDE que buscou a não aprova-

ção da Reforma Trabalhista sem a discussão devida, que encabeçou a não aprovação da Reforma Previdenciária

nos moldes que está. Enfim, há situações que são cria-das e que na verdade não correspondem à realidade. Dizer que a REDE é de Esquerda ou que a REDE não se posicio-

na. Muito pelo contrário, a REDE quer o melhor para o Brasil, aparece a todo o momento e não é diferente no Paraná e

aqui em Guarapuava. Essa perspectiva é que vai fazer com que a eleição de 2018 seja extremamente surpreendente.

ENTÃO, É ESSE JEITO DE FAZER POLÍTICA QUE VOCÊ PRETENDE REPRESENTAR AO COLOCAR-SE COMO OPÇÃO

PARA A CÂMARA FEDERAL? Nós temos grande confiança de que vamos conseguir a

eleição de dois ou três deputados federais no Paraná, vamos conseguir a eleição de senadores e vamos conseguir também a

eleição da Marina como presidente. Enfim, um aparato que nos permita ajudar o Brasil a iniciar um processo de mudança políti-

ca definitiva, descolada de grupos políticos precários, corruptos e antigos. Já começamos a mudança ajudando a tirar algo do que

não prestava do Congresso Nacional. O pedido que culminou com a cassação de Delcídio do Amaral foi da REDE. O pedido de cassação de Eduardo Cunha também foi da REDE. O pedido de

cassação de Rocha Loures, que tramita ainda hoje, é da REDE, assim como os pedidos de cassação contra Aécio Neves e em

face da chapa Dilma/Temer também foram da REDE. Tudo isso com apenas 4 deputados federais e 1 senador. Agora,

com a chegada das eleições de 2018 pretendemos construir ainda mais. Guarapuava precisa de um deputado federal

que a represente, seja por conta das emendas que podem ser direcionadas para cá, de até 15 milhões, que estamos perdendo por não termos representante na Câmara Fede-

ral, como para ajudar a pôr dignidade naquele Congres-so tão desgastado. Precisamos de um deputado federal

desvinculado da política familiar e com força de vontade. Já tivemos um grande deputado que em único manda-

to fez muito por nossa cidade, o Sr. Hélio Dalla Vecchia. O Hélio foi eleito por Guarapuava e cumpriu seu man-dado integralmente, honrando o voto que recebeu, ao

contrário de Cezar Silvestri que abandonou o mandado de deputado federal pela metade – coisa que agora o

filho também quer fazer como prefeito. Mas voltando a falar de coisa boa, a REDE do Paraná está discutindo

se terá candidato a governador e senador, mas a in-clinação é que sim, por uma candidatura própria. As

indicações de pré-candidatos a deputados estadual e federal estão partindo dos municípios e em Guara-puava já temos nomes dispostos. O meu nome já foi

mencionado dentro do Elo Municipal para eventual-mente concorrer ao cargo de deputado federal em

2018 e os nomes para deputado estadual deverão provavelmente serão daqueles que concorreram a

vereador na eleição passada, como Rozélia Pretko e o Tiago Furlanetto. A certeza é que a REDE de

Guarapuava terá, sem dúvida alguma, candidatos a deputado federal e estadual!

As pessoas que participam dessa desgraçada política velha não conseguem observar uma mudança nem que seja de longe e deixá-la acontecer

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integraçãoED. 121 | ANO IV - DE 21 A 30 DE OUTUBRO DE 2017OPINIÃO

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EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO

CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

DA CONSCIENTIA LATINA À SELBSTBEWUSSTSEIN ALEMÃ

Em sua Meditação Segunda, Des-cartes estabelece a chamada certeza de si mesmo do Eu penso, o qual per-manece certo de si mesmo – sem ne-nhuma possibilidade de ser enganado pelo gênio maligno – tão só enquanto pensa. Assim, o filósofo funda filosofica-mente o que, no significado de “saber próprio”, já se designava, desde o sécu-lo XIII, pelo termo ‘conscientia’. Termo que, séculos mais tarde, à época do chamado Idealismo alemão, de 1781 a 1821 (Kroner), com a sua tradução por ‘Bewusstsein’, também se designa-ria pelos termos ‘Bewusstsein von sich’ e ‘Selbstbewusstsein’. Desse modo, a ‘conscientia’ latina se desdobra em três significações específicas, cada uma de-signada por um termo distinto igual-mente preciso.

‘Conscientia’ é um substantivo deri-vado de ‘consciens’, particípio presente de ‘conscire’, que significa “estar cien-te”. Essa a locução que, por sua vez, ex-prime o estado enunciado pelo verbo

‘scire’ (saber) na primeira pessoa do indicativo e vocalizado (em Português) pelo termo ‘sei’, porquanto ‘scire’ é pre-cedido da partícula de intensidade ‘cum’, transliterada por ‘com’, no signi-ficado de “junto”. Em vista disso, enten-dido em geral, ‘Conscientia’ traduz-se por ‘Bewusstsein’ ou ‘consciência’; em sentido mais rigoroso, verte-se por ‘Bewusstsein von sich’ ou ‘consciência de si’ e, de modo ainda mais preciso, por ‘Selbstbewusstsein’ ou ‘autocons-ciência’. Neste sentido, em linhas ge-rais, enquanto a consciência em geral – das Bewusstsein überhaupt – é ape-nas uma “consciência de” alguma coisa que, como tal, permanece nela mesma indeterminada, a consciência de si – das Bewusstsein von sich – é precisa-mente a consciência que o Si – o Selbst (em alemão) ou o Self (em Inglês) – tem de si mesmo (von sich selbst), embo-ra, nesse estado, o Si ainda permaneça como que se olhando de fora, diante ou defronte, logo exterior, a si mesmo.

Ao contrário dessas duas formas de consciência, a autoconsciência – das Selbstbewusstsein – consiste na ple-na integração do Si consigo mesmo.

Na autoconsciência, o Si (das Sel-bst) e a consciência que ele tem de si mesmo não são mais exteriores entre si ou fora de si (ausser sich). O Si não é, portanto, um objeto para si mesmo fora da consciência e sim um sujeito-objeto, a um tempo subjetivo e objetivo, em posse de si mesmo como sujeito e, por isso, um sujeito livre. Assim, ele se faz “auto-” (Selbst) “-consciente” (bewusst), ou, de modo rigoroso, um ser (Sein) autoconscien-te (selbstbewusst), cuja autoconsci-ência não é senão a autoconsciência de sua liberdade enquanto espírito livre ou efetivamente existente. Em vista disso, na medida em que o Si se reconhece como sujeito ou espírito livre, a autoconsciência do mesmo se torna objeto (a um tempo mediato e imediato) de sua consciência.

PROF. DR. MANUEL

MOREIRA DA SILVA,

FILÓSOFO E PSICANALISTA

(EM FORMAÇÃO)

integraçãoED. 121 | ANO IV - DE 21 A 30 DE OUTUBRO DE 2017ECONOMIA

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Pelo sétimo ano consecutivo, o Si-credi está entre as "150 Melhores Em-presas Para Trabalhar". Elaborado pela revista Você S/A em parceria com a Fun-dação Instituto de Administração (FIA), o guia avalia o ambiente de trabalho e as melhores práticas de gestão de pessoas em empresas divididas em 24 setores da economia. O evento de divulgação do anuário aconteceu na noite do dia 17 de outubro, em São Paulo.

Atuante em 21 estados brasileiros,

o Sicredi obteve o primeiro lugar na estreante categoria Cooperativas de Crédito, evidenciando o envolvimento dos seus mais de 3,6 milhões de asso-ciados e 22 mil colaboradores, em um segmento no qual as pessoas são o que há de mais valioso.

No Índice de Felicidade no Trabalho (IFT), o Sicredi alcançou 81,9 pontos. Já a nota do colaborador, que aponta o Índice de Qualidade no Ambiente do Trabalho (IQAT), foi de 91,4. No quesito

As safras da soja, do milho e do arroz devem totalizar mais de 226 milhões de toneladas, respondendo por 93,7% da produção agrícola brasileira em 2017: a soja com 47,5%; o milho, 41,1%; e o arroz com 5,1%. As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE. A produção esti-mada pelo Instituto em setembro para a safra de 2017 é de cerca de 242 milhões de toneladas, um aumento de 30,3% em relação à safra total de 2016.

Na pesquisa, divulgada mensalmente pelo IBGE, a produção de milho teve aumento de 1,1%, na comparação de setembro com agosto. “As últimas colheitas em Mato Grosso incrementaram a produção e atualizaram esse número”, explica Carlos Antônio Barradas, pesquisador do IBGE.

Comparado com 2016, o milho também aparece como uma das culturas que mais devem alavancar a produção agrícola bra-sileira em 2017, com acréscimo de 55,2%. Segundo Barradas, as chuvas desse ano têm colaborado para safras mais abundantes. “No ano passado, a seca prejudicou muito as lavouras, principal-mente no Centro-Oeste”, destaca.

Employer Branding, a instituição finan-ceira cooperativa atingiu 97,4 pontos e em Sustentabilidade e Diversidade, 96,7 pontos. No Índice de Qualidade na Gestão de Pessoas (IQGP), o Sicredi se destacou no quesito Processos e Or-ganização, com 94,2 pontos.

Neste ano, o ranking chegou à 21ª edição e contou com a inscrição de 433 empresas. O resultado do anuário está disponível no site e na edição da Você S/A deste mês.

FONTE: SICREDI

SOJA, MILHO E ARROZ REPRESENTAM MAIS DE 90% DA SAFRA 2017FONTE: AGÊNCIA IBGE

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA COOPERATIVA CONQUISTOU

O PRIMEIRO LUGAR NA CATEGORIA COOPERATIVAS

DE CRÉDITO

SICREDI É UMA DAS '150

MELHORES EMPRESAS PARA

TRABALHAR' PELO 7º ANO

CONSECUTIVO

COLABORADORES E FAMILIARES DIVULGAM A COOPERATIVA NA EXPOLONDRINA

Créditos: M

áxima C

omunicação/R

egional Norte

SÃO 3,2 MILHÕES DE ASSOCIADOS E 1,4 MIL PONTOS DE ATENDIMENTOS EM 11 ESTADOS. NA FOTO, AGÊNCIA INAUGURADA EM COSTA RICA/MS

Divulgação/Adejair M

orais

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integraçãoED. 121 | ANO IV - DE 21 A 30 DE OUTUBRO DE 2017CULTURA

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A distância permite saudades,Mas nunca esquecimento.Por mais longe que você esteja,Sempre estará no meu pensamento. Esta palavra "saudade",Eu conheço desde criança,Saudades de um amor distante,Não são só saudades, são também lembranças. Saudades de pessoas que nunca mais vi,Saudades do tempo em que era feliz sem saber,Sentimos saudades dos momentos bons,De pessoas do nosso passado,Que faziam parte de nossa vida e deixaram saudades.

versoa verso Por Iraídes Menão Binde

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MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS JÁ RECEBEU 18 MIL VISITANTES FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA PREFEITURA DE GUARAPUAVA

O Museu de Ciências Naturais ane-xo ao Parque das Araucárias recebe milhares de visitantes anualmente. O acervo chama a atenção não só dos guarapuavanos e paranaenses, mas também de pessoas de outras regiões do país. Administrado pela Prefeitura de Guarapuava através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em par-ceria com a Unicentro, somente neste ano, cerca de 18 mil pessoas já visita-ram o local.

O espaço conta com duas coleções permanentes relacionadas à história natural: a coleção João José Bigarella, composta por amostras de rochas, minerais, fósseis, conchas e outros ani-

ELEMENTOS DA VIDA MARINHA E INSETOS COMPÕEM O ACERVO DE DUAS GRANDES COLEÇÕES

mais marinhos, somando mais de sete mil peças, e, a coleção entomológica Hipólito Schneider contendo cerca de 14 mil insetos colocados em exposi-ção. Durante o passeio, os visitantes recebem assistência de acadêmicos dos cursos de Biologia e Geografia da Unicentro.

O Museu de Ciências Naturais está localizado no bairro Primavera, nas proximidades da BR 277. O horário de funcionamento é de terça-feira a domingo, incluindo feriados, das 9h às 12h e das 13h às 17h. Recomenda--se que grupos de visitantes agendem suas visitas junto à Secretaria Munici-pal do Meio Ambiente.

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Conservação do solo: uma ideia a ser cultivada

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Erosão, compactação e perda de matéria orgânica afetam pelo me-nos 30% das terras destinadas à agri-cultura no planeta. O dado é da Or-ganização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o problema está presente em grande parte das lavouras brasileiras e foi abor-dado no WinterShow 2017, realizado pela Cooperativa Agrária e a Funda-ção Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), na Colônia Vitória Entre Rios, de 17 a 19 de outubro. O pesquisador da Embrapa Trigo (Passo Fundo/RS), José Eloir Denardin, ministrou palestra na Estação Mecanização Agrícola, no dia 19, acompanhado pelo técnico da FAPA, Paulo José Alba, sobre o tema “A mecanização e inovação aplicada à conservação do solo”.

Causas da compactação e aden-samento, identificação, impacto e so-luções foram abordadas a partir do resultado de projeto realizado em 11 estados do Brasil e 12 unidades da Embrapa. A pesquisa desenvolveu um método inovador de avaliação visual da estrutura superficial dos solos tropi-cais e subtropicais, denominado Diag-nóstico Rápido da Estrutura do Solo (DRES). O procedimento é eficiente para avaliar o solo em áreas de Plantio Direto e áreas com Sistema de Plantio Direto, como contou Denardin, no iní-cio de sua explanação. “Em novembro do ano passado, tivemos a reunião do projeto em que se consolidou a visão de que, realmente, o plantio direto de-grada. Quem constrói é o Sistema de Plantio Direto”.

O Sistema de Plantio Direto é uma evolução do plantio direto tradicional, havendo uma diversidade maior de culturas no ciclo. Conforme os estu-dos, a degradação do solo está presen-te de forma mais intensa e ampla no segundo, daí a necessidade de rever as práticas para conservação do solo junto à gestão do negócio.

“Essa questão conservacionista, de manter um solo agronomicamente es-truturado, não pode ser um incômodo ao produtor, ela tem que ser a rotina do produtor. Tem que ser o foco. Essa percepção precisa fazer parte das tec-nologias que utilizamos”, observou o técnico da FAPA no início da palestra.

CAUSASDe acordo com o pesquisador da

Embrapa, há diferentes tipos de cau-sas para a compactação e o adensa-mento do solo: a mecânica que pode ser pelo tráfego de máquinas ou de animais, e, a biológica, quando há bai-xa adição de material orgânico, o que deixa o solo desestruturado e pobre.

“No rastro do trator e no pisoteio da vaca, temos a compactação; no res-to da lavoura, temos o adensamento que é provocado por essa questão de falta de palha. Outra causa seria o cal-cário ou fertilizantes na superfície do solo. O calcário dispersa o solo e essa dispersão libera argila que desce e vai grudando nas paredes e trancando os poros do solo. Assim, a água não des-ce, não passam mais raízes e nem nu-trientes”, explica Denardin.

Dados da Embrapa indicam que

<<< PRODUTORES PUDERAM VERIFICAR MÉTODO PARA DIAGNÓSTICO RÁPIDO SOBRE COMPACTAÇÃO E ADENSAMENTO DO SOLO

UM SOLO COMPACTADO DEIXA POUCO ESPAÇO PARA A PLANTA DESENVOLVER SUAS RAÍZES

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somos

fortes+

EVENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO DESTACOU A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO PARA A SUSTENTABILIDADE NA PRODUÇÃO

produtores). Além disso, os danos ao meio-ambiente são grandes, para o que chama atenção o pesquisador da Embrapa.

“A compactação do solo não deixa alimentar o lençol freático. Atualmen-te, os fabricantes de poços artesianos, por exemplo, estão aprofundando poços. Por quê? A água não conse-gue entrar mais. Você já reparou que quando chove, imediatamente, os rios sobem? E depois secam! Se a água conseguisse penetrar, ela levaria dois, três, até seis meses para chegar no rio e enquanto isso ela estaria servin-do para alimentar as plantas”, explica o pesquisador ressaltando, também, que a erosão contamina os rios e polui as águas.

Assim como a questão do solo é complexa, a solução para a degrada-ção também depende de vários fato-res. Sobretudo, é necessário consciên-cia crítica acerca da produção agrícola, como opina Denardin. Para ele, a me-canização é inevitável, mas deve ser implantada e utilizada com cuidado.

“Acho que nós estamos exageran-do na massa dessas máquinas. Até uma certa massa, o solo é resiliente, ele se deforma e volta à forma original. Em seis meses, na próxima safra não há mais o rastro... Mas algumas má-quinas já ultrapassaram esse limite e podem estar causando deformações que são irreversíveis. É uma preocupa-ção. Eu não sei qual é o limite porque cada solo vai ter um, mas, por certo, máquina pesada em solo úmido é o caos”, alerta o pesquisador.

a degradação física está presente na maioria das áreas destinadas a agricul-tura no Brasil - 75% não mobilizam o solo e apenas 25% fazem uso do Siste-ma de Plantio Direto.

CONSEQUÊNCIASO primeiro impacto é sentido pelo

produtor. Um solo compactado ofere-ce à semente uma profundidade mui-to pequena para se desenvolver - mui-tas vezes são apenas 10cm ou 15cm de terra fofa e com nutrientes. Abaixo disso, formam-se verdadeiros blocos de argila, praticamente impenetráveis. Ainda assim, esse prejuízo não é tão sentido no inverno pois a produtivida-de com grande quantidade de água é alta. A pior situação acontece no verão ou em períodos de seca.

“A planta não vai ter água para so-breviver com aquela camada solta, não vai conseguir atravessar aquela cama-da compactada e aí você perde em produtividade. Como se diz: tu perdeu um pouco de fertilizante mas colheu o máximo em um ano chuvoso, mas no outro tu perde tudo, não tem o que salvar. Então, o impacto da compacta-ção do solo em um ano seco é violen-to”, afirma Denardin.

SUSTENTABILIDADE As consequências de um solo de-

gradado não estão limitadas à produ-ção agrícola e chegam à economia (influenciando nos preços dos produ-tos) e na questão social (quebras de safra podem levar ao êxodo rural, es-pecialmente se tratando de pequenos

O SISTEMAO plantio direto foi introduzido

no Brasil em 1969, vindo dos Es-tados Unidos e Inglaterra. Trata-se de abandonar o preparo do solo e deixar a palha da produção colhida na superfície para que enriqueça o solo com matéria orgânica. No entanto, os resultados na agricultu-ra brasileira não foram plenos. Na década de 1980 a Embrapa cons-tatou que com a produção alter-nando-se apenas entre trigo e soja, faltava algo que melhorasse o solo fisicamente, que mantivesse o solo adequado para o desenvolvimento das plantas. A saída encontrada foi introduzir o milho e a aveia preta, até então não cultivados na agricul-tura extensiva, tendo em vista a boa estrutura das raízes para tornar o solo agronomicamente organizado.

DEGRADAÇÃO DO SOLO- 140 milhões de hectares de

terras brasileiras estão degradadas, o que corresponde a 16,5% do território nacional.

- 33% do solo, no mundo, sofre degradação de moderada a alta. As causas são erosão, impermeabi-lização, salinização, poluição, entre outros.

- A quantidade de solo perdi-da por ano chega a 24 bilhões de toneladas

- O Brasil possui 140 milhões de hectares com diferentes níveis de erosão (o equivalente a mais de 9,5 milhões de Maracanãs)

(Fontes: Ministério do Meio Am-biente e FAO.)

DIAGNÓSTICOO DRES é um dos resultados da

Rede de Pesquisa Solo Vivo. Entre as instituições que participaram do desenvolvimento do método estão: a Universidade Estadual de Londri-na (UEL), a Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (FEBRAP-DP), a Embrapa Solos (RJ), Embra-pa Soja (PR), Embrapa Trigo (RS) e Embrapa Agropecuária Oeste (MS), com apoio da Itaipu Binacional, co-financiadora da rede.

DA REDAÇÃO MAGENS: ANA JÚLIA TIELLET

PESQUISADOR JOSÉ DENARDIN, DA EMBRAPA.

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BLOCOS DE ARGILA SÃO

IMPENETRÁVEIS PELA ÁGUA E

RAÍZES

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