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integração

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SEMANÁRIO

APPSINDICATO P.06

Entrevista com a candidata a

presidência do Núcleo Sindical

Guarapuava pela Chapa 10,

Isabelle Brito

PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS DEFINIRÃO A VOZ REGIONAL DA

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017

2

SEMANÁRIO INTEGRAÇÃO LTDA MECNPJ: 22.997.926/0001-36

Rua Senador Pinheiro Machado, 1794, Sala 01 - Centro. Guarapuava PR

DIRETORA COMERCIALLourdes Dangui Pinheiro

JORNALISTA RESPONSÁVEL, REDAÇÃO E EDIÇÃO GERAL

Ana Júlia TielletMTB. 12758 DRT/RS

COLUNISTASClaudio Andrade,

João Nieckars, Lourdes Leal, Ricardo Pedrosa Alves, Victor

Andrade, Valdir Michels, Hélvio

Mariano e Manuel Moreira da Silva.

(42) 3035-1234 e (42) 99111-9195

[email protected]@integracaoonline.com.br

DESIGN

IMPRESSÃO GRAFINORTE

03.758.336/0001-06Tiragem | 4 mil

exemplares

SEDE E REDAÇÃORua Senador

Pinheiro Machado, 1794, Sala 01 - Centro. Guarapuava PR bop

Comunicação e Marketing

ANA JÚLIA TIELLET, JORNALISTA E

EDITORA GERAL DO SEMANÁRIO

INTEGRAÇÃO

CARTA AO LEITOR

Atualmente, diversas ca-tegorias de trabalhadores e trabalhadoras estão sentin-do grandes dificuldades e passam por mudanças sig-nificativas em suas ativida-des. São questões estruturais e também fatores externos que recaem diretamente sobre os(as) profissionais – tais como a questão econô-mica, indicadores sociais, di-nâmica política e mudanças legislativas. Especialmente para os trabalhadores e tra-balhadoras da Educação, esse cenário é um dos mais difíceis das últimas décadas.

Frente a essa situação, as eleições da APP Sindi-cato, que acontecem neste dia 19 de setembro, são um momento chave para a ca-

tegoria. A responsabilidade que se coloca para os futu-ros e futuras dirigentes sin-dicais é grande e complexa. A conjuntura exige clareza de objetivos, visão de futuro, capacidade de organização, respeito à categoria e dispo-sição para lutar.

O Núcleo Regional de Educação de Guarapuava conta com 1.876 professo-res(as) e 835 funcionários(as). Em nossa matéria de capa, destacamos a candidata à presidência do Núcleo Sin-dical de Guarapuava pela Chapa 10, professora Isabel-le Brito.

Entendemos que esse grupo tem as qualidades e comprometimento neces-sários para essa que será

uma jornada desafiadora não apenas para os traba-lhadores, mas para todos que, de uma forma ou ou-tra, têm alguma relação com a Educação Pública no Paraná. Trata-se de um mo-vimento que deve ser visto pelo conjunto da sociedade com atenção e envolvimen-to. Afinal, a Educação Públi-ca é (ou deveria ser, no nosso entendimento) um dos pila-res para o desenvolvimento e transformação social de forma mais equânime e em nível estrutural. A condição inicial para que isso aconte-ça é tratar os(as) profissionais dessa área com respeito, oportunizar qualidade nas condições de trabalho e va-lorizá-los(as).

A JORNADA DESAFIADORA PARA OS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO PÚBLICA (E PARA TODOS NÓS)

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017POLÍTICA

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DÓRIA SAIU DO ARMÁRIO

Aliados do governador Geraldo Alckmin dizem que o prefeito João Dória assumiu que quer ser candidato ao Planalto ao afirmar que caberá “ao povo” decidir quem representará o PSDB na disputa. O primeiro tem a preferência do tucanato. O segundo atraiu legendas poderosas para sua órbita. Dirigentes do PMDB, do PSD e de partidos do centrão já dizem abertamente que veem Dória com mais chances de êxito em uma eventual disputa à Presidência em 2018. Alckmin teria o PSB, o PV e o PPS.

QUEIMOU O FILME

Acusado de cobrar propinas no Paraná, o chefe da Casa Civil do governador Beto Richa, Valdir Rossoni (PSDB), fez campanha pela saída de Aécio Neves da presidência do partido logo que surgiram as acusações contra o mineiro. A denúncia acabou com os planos de Rossoni para 2018. Ele estava em contato com o ex-senador Osmar Dias para ser seu candidato a vice ao governo do PR.

JOESLEY VOLTOU

Os alvos da hecatombe provocada

pela JBS vão explorar o fato de os delatores estarem apresentando só agora — mais de três meses após o estouro do escândalo — gravações que fizeram antes de firmar o acordo com a PGR. A interpretação é de que pode haver aí um indício de que os irmãos Batista omitiram provas. O advogado de Michel Temer pedirá acesso aos novos grampos. A defesa da JBS trata o assunto com naturalidade e diz que não há risco de quebra do acordo de colaboração.

LULA TENTA SOBREVIVER

Os advogados de Lula vão acusar o juiz Sergio Moro de cerceamento de defesa por ele ter negado o pedido para que Rodrigo Tacla Durán fosse ouvido como testemunha do petista. A defesa de Lula vai usar o discurso de que, com a decisão, Moro se contradiz. Os advogados vão dizer que a palavra de um criminoso serve para condenar; já a palavra de um acusado não serve para esclarecer fatos relevantes da Lava Jato.

RICHA VIVE UM PESADELO

A delação da Quadro Negro é um problema para Beto Richa (PSDB) –

mas também para muita gente que pretende disputar eleições no Paraná no ano que vem. Dependendo da proporção que o escândalo tomar, os rumos da eleição para governo e Senado mudam. Os novos fatos vieram à tona com a revelação de que o dono da empreiteira Valor, responsável por um esquema de desvio de dinheiro em obras de escolas públicas, delatou a participação de vários políticos de peso na fraude.

PESADELO II

Dentro do governo do Paraná, a revelação das denúncias contra o governador Beto Richa feitas na Operação Quadro Negro caíram como uma bomba. Tem gente falando que a situação é a mais grave que o governador já enfrentou. “As outras denúncias, como a da Odebrecht, não tinham todo esse embasamento”, diz um aliado. “Tem que ver se vão homologar a delação. Mas se aceitarem tudo, é pior do que o 29 de abril.” O cálculo é que o episódio do Centro Cívico desgastou o governador com uma parte do eleitorado, especialmente o funcionalismo público. Mas um caso de corrupção, caso venha a ser confirmado, é muito mais grave.

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4

integraçãoED. 116 | ANO IV - DE 01 A 10 DE SETEMBRO DE 2017

EROS LOSSO

SOCOVEL CAMPEÃO SEGUNDA DIVISÃO - 1981EM PÉ: SOCA, ZÉ PORTUGUÊS, BISCOITO, WILSON, NELSON, BAIANO, JÃO E NEGUCHO. AGACHADOS: VALDOMIRO, TIGUERA, ZÉ CANHOTO, STIMER, ADMIR, LOURIVAL E XAXIM.

FLUMINENSE CAMPEÃO INFANTIL - 1878/79EM PÉ: JÚLIO, SÉRGIO, SAULO, VASCO MORGADO, VALDIR KUKELCIK, ADRIANO FABRO, SACI E CORINTIANO.AGACHADOS: CLODOMIR DALLAGNOL, CESAR, LUIS, ARIEL, NEGO GILMA, FÁBIO GOMES E JORGE TAHECH.

GUARAPUAVA E.C. - 1971EM PÉ: JOÃO AJUZ, JANGO, MÁRIO PIRES, JORGE AJUZ, KRUGUER E GALICIOLLI.AGACHADOS: WALTINHO, AGUIAR, RAIMUNDO CABEÇA, RAFAEL MINEIRO E MARCON.

NOSSOS COLABORADORES

DIRCEU DALMAZ (PATO)

LOJA 01 R. Pres. Getúlio Vargas, 1490(42) 3623-5424Aberta até às 18h30

LOJA 02 R. Saldanha Marinho, 2015(42) 3623-5363

MUSEU DO

Guarapuava - ParanáESPORTE

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017SAÚDE

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A Doença de Alzheimer é a mais fre-quente forma de demência entre pessoas idosas. É caracterizada por um progressivo e irreversível declínio em certas funções in-telectuais: memória, orientação no tempo e no espaço, pensamento abstrato, apren-dizado, incapacidade de realizar cálculos simples, distúrbios da linguagem, da co-municação e da capacidade de realizar ta-refas cotidianas. Outros sintomas incluem mudança da personalidade e da capaci-dade de julgamento.

Estima-se que no Brasil 1,2 milhão de pessoas sofrem do mal de Alzheimer e no mundo o número de pacientes é estima-do em 35,6 milhões. Em razão do enve-lhecimento da população global esses nú-meros aumentarão significativamente, em 2030, serão 65,7 milhões e em 2050, 115.4 milhões de portadores, sendo dois terços em países em desenvolvimento.

Na maioria das pessoas os sintomas ini-ciam depois dos 60 anos de idade e a pro-porção de pessoas com a doença dobra a cada 5 anos a partir dos 65 anos de idade. Cerca de 5% das pessoas com idade en-tre 65 e 74 anos tem a doença, mas qua-se metade das que tem 85 anos ou mais também são acometidas.

Normalmente o diagnóstico é feito pelo menos um ano depois do aparecimento

dos primeiros sintomas que costumam ser leves e confundidos como “normais” no envelhecimento.

Não se conhece exatamente qual é a causa da doença. O que se sabe é que ele se desenvolve como resultado de uma sé-rie de eventos complexos que ocorrem no interior do cérebro. A idade é o maior fator de risco para a doença. Quanto mais idade maior o risco.

Alzheimer não é causada por proble-mas circulatórios e erroneamente é co-nhecida pela população como “esclerose” ou como o “velhinho gagá”.Ter um familiar com Alzheimer aumenta o risco duas ou três vezes de se ter a doença, mas não há como prever se ocorrerá. Embora as causa desta doença ainda não esteja completa-mente esclarecida, alguns pesquisadores sugerem que traumas cranianos repeti-dos, especialmente aqueles com perda da consciência, ocorridos no passado, proces-sos inflamatórios cerebrais e o chamado “stress oxidativo” podem estar relaciona-dos à causa da doença.

Existem dois tipos de doença de Al-zheimer: a doença de Alzheimer familiar que ocorre em adultos jovens e parece ter um caráter hereditário importante e a for-ma esporádica, na qual o fator hereditário não é óbvio. Aproximadamente apenas

5% da doença de Alzheimer é familiar e 95% é esporádica. Na forma familiar, vários membros de uma mesma geração são afetados. Na forma esporádica a doença desenvolve-se a partir de uma grande va-riedade de fatores que os cientistas ainda estão tentando elucidar.

Uma parcela dos doentes, especial-mente nas fases iniciais e intermediárias, pode se beneficiar dos medicamentos específicos para o tratamento da doença. Atualmente, a estratégia terapêutica está baseada em três pilares: retardar a evolu-ção, tratar os sintomas e controlar as alte-rações de comportamento.

Alguns estudos sugerem que man-ter uma atividade intelectual como fazer palavras-cruzadas, por exemplo, pode reduzir a probabilidade de se adquirir a doença de Alzheimer enquanto outros afirmam que ser mais escolarizado confe-re ao paciente maiores recursos intelectu-ais para contornar as limitações cognitivas típicas da doença. Existem várias linhas de pesquisa mais promissoras, na busca das respostas sobre a causa e o tratamento da doença de Alzheimer, do que a terapia por células-tronco. Pode haver algum tipo de avanço nesse tipo de pesquisa, mas os cientistas não acreditam que esse seja o melhor caminho a ser percorrido.

LOURDES DE FIGUEIREDO LEAL, FARMACÊUTICA

CARACTERÍSTICAS, IDENTIFICAÇÃO E TRATAMENTO

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017CAPA

6

“PARA QUE SEJAMOS

OUVIDOS E POSSAMOS

DEMONSTRAR A FORÇA

DA NOSSA CATEGORIA”

DA REDAÇÃO

No mesmo processo eleitoral que

elegerá a nova direção estadual

do sindicato dos Trabalhadores

da Educação Pública do Paraná

(APP Sindicato), os filiados irão

escolher as direções regionais.

São 29 Núcleos Sindicais e o de

Guarapuava é composto também

pelos municípios de Candói, Santa

Maria do Oeste, Pitanga, Goioxim,

Pinhão, Turvo, Boa Ventura do

São Roque, Mato Rico, Campina

do Simão e Foz do Jordão.

Conversamos com a professora

Isabelle Brito Veiga, candidata à

presidência regional pela Chapa 10

- APP de Todas as Vozes.

SEMANÁRIO INTEGRAÇÃO - QUAL O SEU ENTENDIMENTO SOBRE O GOVERNO ESTADUAL E SUA POLÍTICA DE AUSTERIDADE?

ISABELLE - A austeridade deste governo, no que tange à Educação, nos coloca diante de um cenário desafiador. Juntamente com as refor-mas defendidas pelo Governo Federal que atingem a classe trabalhadora de forma geral, a Educação no Estado do Paraná luta para garantir direitos já alcançados e evitar perdas maiores lançadas por decisões que nos ame-açam todos os dias. Em 2015, nos levantamos na maior greve da Educa-ção na história do Paraná. Evitamos o desmanche imediato de nossa carreira e é desse ânimo, que vem da união de toda a nossa categoria, que nós precisamos agora. É fundamental enfrentar os ataques, que agora nos são impostos de maneira fracionada, levando nossos direitos e cerceando

nossa liberdade de lutar, pois temos um governo que pune quem se manifesta, quem adoece e quem não se cala. Mesmo tendo a lei a nosso favor precisamos trabalhar junto ao judiciário, para que não a interprete conforme os mandos e desmandos do Governador.

HÁ PECULIARIDADES DO NÚ-CLEO GUARAPUAVA QUE PRE-TENDEM PAUTAR NA DISCUSSÃO ESTADUAL? QUAIS?

Nossa responsabilidade é muito grande ao representar efetivamente a categoria na nossa região. Nosso Núcleo tem necessidade de am-pliação dos programas de formação; dos canais de comunicação entre sindicato e sindicalizadas(os); de convênios e parcerias que melhorem de forma efetiva a qualidade de vida; de representação organizada nas escolas e municípios para garantir a

representatividade de todos e todas nas decisões e encaminhamentos do Sindicato; de descentralização das reuniões, para garantir maior parti-cipação nos debates; de oferta de atendimento e consultoria jurídica ao alcance dos(as) sindicalizados(as) na nossa região; e principalmente de um diálogo franco e amplo, que nos devolva a confiança de estarmos sendo ouvidos e representados.

O QUE A CHAPA 10 APRESEN-TA DE DIFERENTE EM RELAÇÃO A ATUAL GESTÃO DO NÚCLEO?

Nossas propostas estão pautadas na vontade de fortalecer, resgatar e ampliar nosso Núcleo Sindical. A formação da Chapa 10 se deu através de muito diálogo e debate. Assim, apresentamos um modelo de gestão baseado no diálogo. Um método de trabalho que se dedica a ouvir e debater toda e qualquer

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017CAPA

7

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decisão, prezando pela representati-vidade de nossa categoria, educado-res e educadoras que vivem e lutam diariamente no chão da escola e têm no sindicato sua trincheira, seu apoio e defesa. Aproximar sindicato e base é nosso maior anseio.

O SLOGAN DA CHAPA 10 É "APP DE TODAS AS VOZES". POR QUE ESCOLHERAM ESTA FRASE?

APP de Todas as Vozes é a tra-dução do projeto que essa chapa representa. Somos um grupo que defende decisões coletivas e de-mocráticas, que se propõe a ouvir, debater, dialogar. Nosso objetivo é partilhar e somar todas as vozes para que sejamos ouvidos e possa-mos demonstrar a força da nossa categoria que construiu um Sindica-to que há 70 anos nos representa e nos respalda.

EM RELAÇÃO À MOBILIZA-ÇÃO DA BASE REGIONAL, DE QUE FORMA O DIÁLOGO COM A CATEGORIA É ENTENDIDO PELA CHAPA 10?

O diálogo com a categoria é entendido como principal e mais importante método de mobiliza-ção. Acreditamos que só através de conversas e debates, ouvindo, con-siderando e fortalecendo o contato entre a base e o sindicato é que se torna possível mobilizar. Nossa força está na união. É na coletividade que construímos uma luta forte e justa, portanto o diálogo é nosso norte e nosso ideal na construção das lutas que teremos pela frente na nova gestão.

A CHAPA 10 ESTÁ ALINHADA A ALGUMA CHAPA EM NÍVEL ESTA-DUAL? QUAL?

Apoiamos a Chapa 1 – Somos Mais APP, que concorre à reeleição para a direção estadual. Entende-mos que Chapa 1 enfrentou com competência um dos períodos mais desafiadores da história da educação no Estado do Paraná. Foi um mandato que exigiu muito trabalho e dedicação por parte dos dirigentes que tomaram frente na árdua defesa da categoria. Nessas eleições, a Chapa 1 – Somos Mais APP apresenta uma equipe com-posta pela experiência fortalecida da gestão anterior sem deixar de lado a tão necessária renovação. São 12 novos membros num total de 24 cargos. A força e o ânimo desses novos integrantes, que inclui a Professora Márcia Oliveira, de Guarapuava, vêm para oxigenar, dinamizar e fortalecer o trabalho na nova gestão.

QUAL A MENSAGEM QUE QUE VOCÊ DEIXA AOS FILIADOS QUE VOTARÃO NO DIA 19 DE SETEMBRO?

19 de setembro de 2017 será um marco na história do nosso sindicato, de maneira particular no Núcleo Sindical de Guarapuava. A Chapa 10 – APP de Todas as Vozes se coloca à disposição para trabalhar por toda a categoria e firma mais uma vez o compromisso de encami-nhar com ânimo novo a nossa luta e enfrentar com coragem e determi-nação todos os desafios que estão por vir. Pedimos o seu voto no dia 19 de setembro, para que possamos dar ao Núcleo Sindical de Guara-puava, toda a atenção que merece, trazendo, por meio do diálogo e do debate democrático, a força que ecoa da união de todas as vozes em favor da educação.

“Tenho 32 anos de idade, estou em sala de aula há 13 anos. Sou casada, mãe de um menino lindo de 8 anos de idade. Sempre fui o tipo de pessoa que não se cala, militante nata, sempre briguei pelas causas que defendo. Em 2013 a militância pela educação se concretizou e desde então foram inúmeros dias, reuniões, estudos, discussões, greves, manifestações, ocupa-ções, bombas, protestos, conversas, abraços e tudo mais que essa luta nos proporciona. Ao me colocar como candidata à Presidência, firmo o compro-misso trabalhar, ouvir, aprender e nunca desistir da defesa de nossas causas, que são o combustível que move nossa luta”.

ISABELLE POR ELA

MESMA

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017VOLUNTARIADO

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VIDA E CIDADANIA

Uma grande lição - assim é defini-do o Projeto Rondon pela professora de Ciências Contábeis e Mestra em Administração da Unicentro, Jéssica de Castro. Seu testemunho reforça a ideia de que o voluntariado oferece muito mais do que pontos para um concurso público ou status no currí-culo, como propõe o Plano Nacional lançado pelo Governo Federal. Sobre-tudo, trata-se de experiência de vida.

“Nos preparamos tanto para o que vamos dar, mas não nos prepa-ramos para o tanto que vamos rece-ber, vai todo mundo achando que vai ensinar algo a alguém, mas no final quem mais aprende somos nós mes-mos e nossos alunos que voltam com uma bagagem da vida que jamais seria adquirida em outro contexto”, avalia Jéssica.

A EXPERIÊNCIAA missão a qual a professora se re-

fere foi realizada de 16 a 29 de julho deste ano, no distrito de Cachoeira da Serra pertencente ao município de Altamira, no Pará. A equipe foi formada por Jéssica, o professor de Comunicação Anderson Antikievics e oito alunos de áreas multidisciplina-res. Atividades nas áreas de Comuni-cação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção e Trabalho foram a base do trabalho desenvolvido.

Os rondonistas realizaram diversas oficinas, como a de horta vertical, em-preendedorismo, estampa de cami-setas, produção de sabão com óleo usado, entre outras. Além do grupo da Unicentro, uma equipe da Uni-fenas/MG desenvolveu, no mesmo

local e período, atividades nas áreas de Cultura, Direitos Humanos e Justi-ça, Educação e Saúde. Como observa Jéssica, o objetivo é formar multiplica-dores de conhecimento e contribuir no desenvolvimento local.

“Infelizmente nossa participação não é capaz de solucionar os proble-mas locais mas, sem dúvida que as operações do Projeto Rondon contri-buem para a comunidade como um todo”, ressalta a professora.

RETORNO E GRATIDÃOMesmo conscientes de que uma

realidade não se modifica plenamen-te em 15 dias, os voluntários podem observar pequenas mudanças o que, segundo a professora da Unicentro, deixa esperança e gratidão pela expe-riência.

“Foram diversas as situações em que não foi possível conter a emoção diante da experiência, mas vimos em tão pouco tempo muita evolução. Tivemos feedback da comunidade quando realizávamos alguma visita e os pais das crianças nos relatavam que seus filhos chegavam em casa querendo colocar em prática tudo o que tinham aprendido, desde a sepa-

ração do lixo, cuidados com higiene, primeiros socorros entre outros”, re-lembra.

Além das diversas oficinas, Jéssica cita a transformação de uma sala de leitura em biblioteca municipal, com a doação de meia tonelada de livros pelas duas universidades participan-tes; e; a revitalização da área urbana incluindo o marco de entrada da ci-dade que não tinha identificação.

Como avalia a professora, apren-dizado e experiência de vida são as grandes lições que um projeto de vo-luntariado pode oferecer.

“É uma experiência única e impa-gável e faz jus inquestionavelmente ao slogan que carrega ‘lição de vida e cidadania’. A bagagem aprendida nesses dias de operação nem na me-lhor aula poderia ser repassada”.

VIVA VOLUNTÁRIONo Dia Nacional do Voluntariado,

28 de agosto, foi lançado o Progra-ma Nacional de Voluntariado - Viva Voluntário. O objetivo é incentivar o engajamento dos cidadãos em ati-vidades voluntárias possibilitando o uso de horas nesse tipo de ativida-de como critério de desempate em

concursos públicos ou em processos internos de promoção da administra-ção pública, autárquica e federal.

50 ANOS DE RONDONO Projeto Rondon é desenvolvido

pelo Ministério da Defesa, em parce-ria com governos estaduais, munici-pais e Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas. Sua primei-ra operação, também chamada de Operação Piloto ou Operação Zero, foi realizada em julho de 1967.

Funcionando até 1989, e retoma-do a partir de 2005, beneficia os mu-nicípios previamente selecionados com o envio de professores e alunos universitários de diferentes áreas do conhecimento.

De 2005 a 2016, foram realizadas 76 operações, em 1.142 municípios de 24 unidades da federação, com a participação de 2.170 instituições de ensino superior e 21.436 rondonistas (universitários e professores), alcan-çando cerca de 2 milhões de pessoas.

Em 2016, 604 rondonistas desen-volveram ações em 29 municípios do Maranhão, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Espírito Santo. Em 2017, o projeto completa 50 anos da Ope-ração Zero.

COMO PARTICIPARA participação é por meio de Edi-

tal emitido pelo Ministério da Defesa, universidades de todo o país enviam projetos com propostas de atuação nos municípios já evidenciados em edital. Após a divulgação das IES se-lecionadas, abre-se edital interno na instituição para seleção dos alunos.

O RELATO DE UMA

RONDONISTA

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017SAÚDE

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integraçãoED. 116 | ANO IV - DE 01 A 10 DE SETEMBRO DE 2017

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017OPINIÃO

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RICARDO PEDROSA ALVES,SOCIÓLOGO, DOUTOR EM LETRAS E PROFESSOR NAS FACULDADES GUARAPUAVA

RACISMO PORTUGUÊS, BRASILEIRO E MUNDIAL

– PARTE 1

Estive em Portugal recentemen-te. Foi minha primeira visita à Eu-ropa. Fiquei um mês em Lisboa. A questão racial foi um dos pontos de partida para minha ida, pois fui a um congresso discutir a obra de um es-critor moçambicano, chamado João Paulo Borges Coelho. Assim como Mia Couto, outro autor moçambica-no bastante divulgado no mercado editorial brasileiro, João Paulo Borges Coelho é um escritor branco num país africano. Sendo assim, a iden-tidade racial e a forma como esses autores abordam a temática racial é fundamental para o entendimento de suas obras. Mas não é exatamente essa questão literária que eu gosta-ria de abordar agora. Quero discutir aqui a questão racial sob outro viés, pensando-a a partir da minha expe-riência em Lisboa. Como a discussão é complexa, o texto vai ser publicado em duas partes.

Nos primeiros dias, tive a impres-são de que Lisboa era uma cidade bastante cosmopolita, com convi-vência racial bastante equilibrada em relação à experiência mais opres-siva e segregada nas grandes cidades brasileiras. Penso que minha primei-ra reação quase confirmou as teses do antropólogo brasileiro Gilberto Freyre. Para Freyre, a colonização por-tuguesa no Brasil, em países da Áfri-ca e áreas da Ásia tinha por ponto de

partida uma experiência não-racista, sendo o português um povo me-nos rígido que os outros europeus. Um dos termos que Freyre usou foi “miscibilidade”: o colonizador portu-guês não recusaria a “mistura” racial. A sequência do raciocínio de Freyre acrescenta à condição cultural pré-via dos portugueses (homens, no-te-se) a experiência colonial. Todos sabemos que essa experiência foi a da escravidão de africanos (também em Portugal, mas principalmente no Brasil) e a servidão dos habitantes de Angola, Moçambique, Guiné-Bis-sau durante o neocolonialismo do século XX. Para Freyre, no entanto, a opressão racial teria sido atenuada e mesmo diluída no que se passou a denominar de “lusotropicalismo”. O conceito é similar à tese da “de-mocracia racial”, também gerada a partir da obra de Freyre, desde seu primeiro livro, Casa-Grande & Senza-la (1933).

Em resumo, minha primeira ex-periência com a questão em Lisboa foi quase lusotropical. Há um con-tingente enorme de população ne-gra na cidade. Eu, branco, vi muitos negros no hotel, vi negros dirigindo carrões, de roupa executiva. Princi-palmente, vi que muitos dos negros de Lisboa se vestem como em África. Isso me deu a impressão de autono-mia, de igualdade de oportunidades

e de convivência tranquila entre dife-rentes grupos étnicos. De fato, Lisboa é um caldeirão. A cidade é basica-mente uma empresa turística. Eu-ropeus de todas as regiões estavam na cidade. Estávamos nas férias de verão e havia muitos jovens de todas as línguas europeias. Mas havia tam-bém uma imensa diversidade na po-pulação lisboeta, composta também por chineses, indianos, brasileiros (dados apontam para cerca de 150 mil brasileiros residentes no país). Só o bairro da Alfama, um dos mais vi-sitados em Lisboa, tem mais de 50% de seus imóveis sob ocupação turís-tica. Minha primeira impressão sobre o racismo, portanto, foi informada por essa Lisboa turística e cosmopoli-ta. Quase lusotropical, como eu dizia.

Mas as coisas não são assim. Ain-da que haja uma responsabilidade cívica quanto ao Estado de direito e ainda que Portugal viva hoje um clima libertário, progressista e eco-nomicamente próspero, a dimensão do racismo não é diferente da nossa. Portugal hoje é governado por uma coalizão de esquerda e a economia não para de crescer. No entanto, em qualquer país não-africano do Oci-dente, os negros são sempre muito mais pobres que os brancos. Em Por-tugal isso não é diferente.

Nesse sentido, pode-se dizer que há muitos racismos, e que o racismo

nos Estados Unidos não é o mesmo do Brasil, e que ambos não são o mesmo racismo de Portugal. As his-tórias de cada país com a população negra são histórias diferentes. No en-tanto, e invertendo o raciocínio, todos os racismos podem ser aproximados pela condição econômica. Eu propo-nho que se pense o racismo como questão econômica, isto é, o racismo não pode ser discutido sem que se entenda o lugar da África na história do Capitalismo.

O racismo é, antes de um pre-conceito, uma opressão e uma ex-propriação econômica. O racismo contra os negros africanos surge pela inserção extrativista da África no pal-co colonial operado pelos europeus e mais recentemente também por Estados Unidos, China e mesmo o Brasil. Enquanto a colonização na América Latina constituiu elites lo-cais voltadas principalmente para o agronegócio monocultor, a relação dos europeus com a África foi de uma exploração sem mediação e, principalmente, voltada para o extra-tivismo mais imediato da mineração, dos produtos vegetais e, mais recen-temente, para o petróleo. A principal mercadoria, porém, que os europeus negociaram em África, foi gente. Na segunda parte do artigo discutirei o papel de Portugal e o do Brasil nessa história vergonhosa.

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017INFORMES

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Com alta de 1,4% na compara-ção entre o primeiro e o segundo trimestre de 2017, o consumo das famílias voltou a registrar cresci-mento. No trimestre passado, o indicador havia mostrado estabi-lidade (0,0%), e, neste segundo trimestre, registrou o primeiro crescimento em nove trimestres.

“O comércio, pelo lado da ofer-ta, e o consumo das famílias, pelo lado da demanda, foram as prin-cipais influências para a variação positiva de 0,2% do PIB”, destaca Rebeca Palis, coordenadora de

CONSUMO DAS FAMÍLIAS VOLTA A CRESCER

Contas Nacionais do IBGE.Na comparação com o segun-

do trimestre de 2016, o consumo das famílias também voltou a crescer (0,7%), após nove trimes-tres em queda.

O crescimento nas despe-sas de consumo das famílias foi influenciado pela evolução de alguns indicadores macroeco-nômicos ao longo do trimestre, como a desaceleração da inflação, a redução da taxa básica de juros e o crescimento, em termos reais, da massa salarial.

FONTE: IBGE

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017CONSUMIDOR

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O Sistema Nacional de De-fesa do Consumidor (SNDC) fir-mou o entendimento de que o celular é um produto essencial. Isso significa que, a partir de agora, se o aparelho apresentar problemas de funcionamento, o consumidor pode exigir a tro-ca imediata por outro de mes-mo modelo, a devolução do va-lor pago ou ainda o abatimento proporcional no preço na aqui-sição de outro modelo.

O direito está garantido pelo Código de Defesa do Consumi-dor (CDC - artigo 18, §1° e 3°), que determina que quando o produto é essencial, não se apli-ca o prazo de 30 dias para a re-solução do problema, dado ao

CELULAR COM DEFEITO DEVE SER TROCADO IMEDIATAMENTEFONTE: IDEC

fornecedor em outros casos.A decisão do SNDC se baseia

na constatação de que o uso do produto não para de cres-cer, assim como as reclamações dos consumidores a respeito de aparelhos defeituosos e da difi-culdade em ter o problema re-solvido pelos fornecedores.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Do-micílio (Pnad), realizada pelo IBGE, 92% dos lares brasileiros utilizam o serviço de telefonia móvel, sendo que 37% utilizam somente esse serviço.

Ao mesmo tempo, dados do Sistema Nacional de Informa-ções de Defesa do Consumidor (Sindec) indicam que o volu-

me de reclamações relativas a aparelhos celulares representa 24,87% do total de reclamações junto aos Procons, segundo o Cadastro Nacional de Reclama-ções Fundamentadas 2009.

Além disso, não faltam rela-tos de dificuldades para a so-lução do problema, como falta de assistência técnica no muni-cípio, falta de peças de reposi-ção, demora para o conserto do produto etc.

O QUE FAZERO consumidor pode exigir

a solução imediata do proble-ma ao comerciante (loja onde comprou o celular) ou ao fabri-cante do aparelho, pois, segun-

do o CDC, os fornecedores têm responsabilidade solidária.

Caso a resposta da loja ou do fabricante não seja satisfatória, o consumidor pode procurar o Procon de sua cidade, que além de intermediar a resolução do caso, poderá multar a empre-sa que descumprir a determi-nação. O consumidor também pode recorrer à Justiça.

O prazo para reclamar é de 90 dias a partir da data da compra em caso de defeito aparente (aquele que o con-sumidor percebe logo) e de 90 dias a partir da constatação do problema no caso do chamado "vício oculto", quando o defeito demora a se manifestar.

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017LITERATURA

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36ª SEMANA LITERÁRIA DO SESC COMEÇA NO DIA 18

Com o tema “Literatura e(m) movimento: travessias do tem-po e do espaço”, começa no dia 18 e segue até o dia 22 de

setembro a 36ª Semana Literária Sesc & Feira do Livro. Neste ano, a programação será simultânea em Curitiba e outras 22

cidades dentre as quais Guarapuava.De acordo com a curadoria do evento, o objetivo principal

desta edição é pensar a literatura em toda sua plasticidade e capacidade de desdobramento. Serão seis dias de programa-

ção diversificada, com palestras, mesas-redondas, bate-papo com escritores, lançamento de livros, oficinas, apresentações

artísticas, contação de histórias, exposições e feira de livros.Alguns destaques da Feira são a Oficina de Xilogravu-

ra, exibição multimídia do audiolivro “Beijando Dentes”, oficina sobre contação de histórias com o escritor guara-

puavano Norbert Heinz, mesa-redonda sobre poesia con-temporânea com Luiz Felipe Leprevost; bate-papo sobre Mulheres e literatura, com Maristela Scremin Valério; Ci-

neSesc – Nostalgia da luz; teatro de sombras “A Moça que Dançou Depois de Morta” e o espetáculo musical “Músicas

de Patativa do Assaré, Caju e Castanha e Cordel do Fogo Encantado”. A programação completa pode ser consulta-

da em http://www.sescpr.com.br/semanaliteraria/.

Setembro é o Mês da Literatura e, na próxima quarta--feira, 13, a Caravana Literária promovida pela Biblioteca Pública do Paraná (BPP) chega a Guarapuava. A atividade terá início às 15h, na Biblioteca Municipal, e contará com a presença do escritor conviado Flávio de Souza.

Com participação gratuita, será uma oportunidade para conhecer mais sobre a obra e bater um papo com o autor de diversos livros infantojuvenis - são mais de 35 títulos, entre o quais Anastácia e Bonifácia, Domingão joia e Os Lohip-Hopbatos em A Guerra da Rua dos Siamipês.

Flávio também é criador e roteirista de séries de TV pre-miadas, muitas delas direcionadas para jovens e crianças, como Castelo Rá-Tim-Bum e Mundo da lua. No cinema, roteirizou o filme Abracadabra.

Quando a realidade verte puraE se esvai das misturas ilusóriasPenetra na ofuscada viseira olhoPercorre silenciosamente até o controleDesvelando os sentimentos, superpoderes inigualáveis...

Capazes de tornarA criação mais forte que a fonte criadora.Para preservar-se supremaA fonte adicionou a essa realidade

Um equilíbrio incontrolávelUm descontrole para o controle As viseiras, vítimas inocentesNomearam os primeiros sintomas desse estranho misturar de sensaçõesDe paixão...E a fase aguda, irreversível e fatalDe amor...

versoa verso Por Norbert HeinzORIGENS

CARAVANA DA BPP TRAZ ESCRITOR INFANTOJUVENIL A GUARAPUAVA

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017POLÍTICA

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REDE DEFINE NOMES REGIONAIS PARA ELEIÇÕES DE 2018

O Partido Humanista da Solida-riedade (PHS) de Guarapuava defi-niu, no mês de agosto, nova direção que deverá estar à frente da sigla até 2018. Mário Scheidt que assu-me a presidência por esse período ressalta que o partido está anali-sando o cenário local e nacional tendo em vista as possibilidades da reforma política. "Está tudo muito incerto. Ainda não definimos no-mes, mas nosso objetivo é termos candidatos nossos para deputado estadual e federal".

Integrantes do Elo Centro--Oeste da Rede Sustentabilida-de estiveram reunidos no dia 2, em Candói, para análise de conjuntura política e definição de nomes que deverão disputar o pleito do ano que vem. O en-contro foi realizado na Câmara de Vereadores do município e reuniu cerca de 50 pessoas, den-tre ocupantes de cargos eletivos, ex-candidatos e demais quadros do partido.

Com vistas à Câmara Federal, a sigla definiu o nome de Aliel Machado, que tentará a reelei-ção, e, do advogado guarapua-vano João Nieckars que deverá

ser o candidato da região.Outro ponto de pauta do

encontro foi a conjuntura polí-tica atual voltada às eleições de 2018. De acordo com relato fei-to pelo deputado Aliel, todas as atenções do Congresso estarão voltadas para as possíveis refor-mas políticas que precisam ser aprovadas até o dia 2 de outubro para que vigorem já em 2018.

Conforme o parlamentar, há um grupo de cerca de 100 de-putados, puxado pelo PSDB, de-fendendo o sistema chamado “distritão”; e; outro grupo capita-neado pelo PT que quer apro-var o financiamento público das

campanhas com a cifra milioná-ria de 0,5% do PIB brasileiro. As negociações avançam entre os dois grupos. A Rede defende o sistema de voto distrital misto em que parte dos candidatos são eleitos diretamente e outra parte em lista fechada do partido.

Estiveram presentes no en-contro os vereadores de Palmi-tal, Paulo Bonetti, e de Candói, Sergio Vargas; o vice-prefeito de Mangueirinha, Leandro Dorini; a vereadora de Fazenda Rio Gran-de, Isabel; a porta-voz estadual da Rede, Valéria Guilherme; e; o ex-candidato a vereador de Gua-rapuava, Thiago Furlanetto.

PHS ESCOLHE NOVA DIREÇÃO PARTIDÁRIA

Até o ano que vem, além de Scheidt, coordenam a sigla Paulo Lima, como vice-presidente; Wilson Florentino dos Santos, secretário; e; Antônio Carlos Matoso Campos, tesoureiro. Nas representações de base, Lourdes Dangui Pinheiro estará a frente do PHS Mulheres e o verea-dor Guto Klosowski trabalhará com a Juventude . Ainda em setembro, deverão ser definidos os integrantes do Conselho de Ética e do Conselho Fiscal. Atualmente, o PHS conta com cerca de 280 filiados na cidade.

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integraçãoED. 117 | ANO IV - DE 11 A 20 DE SETEMBRO DE 2017OPINIÃO

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somos

fortes+

Não está claro, mas ao que tudo in-dica, a crise não está mais nas mãos de quem acredita que nos governa pelo simples motivo de que há uma ingo-vernabilidade visível. Existem homens e mulheres no governo brasileiro que agem apenas para suas sobrevivências. Sem governabilidade, deveríamos nos comportar também como ingoverná-veis. O problema reside no fato de que a grande maioria ainda age como se estas pessoas que estão em Brasília, de-tentoras de cargos públicos, estivessem governando.

Estamos empobrecidos e nosso empobrecimento não é só econômico. Trata-se de empobrecimento de per-cepção. Estamos gradativamente per-dendo nossa sensibilidade de perceber o óbvio, ou seja, nada acontece quando aqueles que deveriam fazer não fazem e tentam impedir que outros que quei-ram fazer façam. Estamos em choque com o que estamos vendo e ouvindo dessa classe dominante. O choque nos paralisa. Trata-se de uma perplexidade, uma incompreensão do que está acon-tecendo. Não tenho claro o que nos res-ta ainda.

Outro dia, um aluno perguntou-me sobre meu parecer acerca de nosso fu-turo. Respondi com calma que quando consideramos nossa vida, não é o que vivemos ou o que não vivemos o que é mais importante, mas sim o que res-ta dela. Se não nos mexermos estrutu-ralmente, não teremos amanhã. Sem esquecer o que aconteceu (nosso pas-sado) e sem desconsiderar o presen-

te, precisamos fazer algo para que no amanhã não sintamos o que estamos sentindo hoje, a saber: impotência.

Vejo o brasileiro destituído de von-tade. Vejo o brasileiro ao estilo do que escreveu Nietzsche: “um ressentido que não afirma sua vontade, que não con-segue valer seus desejos, que não luta pelos seus sonhos”.

O que nos resta? O que podemos fazer diante do quadro catastrófico em que nos encontramos? Se não nos li-bertarmos deste choque e sairmos do imobilismo que nos aprisiona, o mais sensato é ser ingovernável, dizer não, não avalizar ou emprestar a assinatura para o que fazem. Não subestimemos a situação, os atuais detentores do po-der agem como se não existíssemos. Se tudo continuar como está, precisamos fazer a mesma coisa que eles estão fazendo, agir e produzir como se não existissem.

É somente no ingovernável, na inoperável, portanto, do ponto de vista ético, que a vida em seu sentido mais claro pode se dar. Nossa vida está nua neste momento. Não podemos es-quecer que grandes revoluções sem-pre começaram com três letras, com a minúscula palavra “não”. No fundo, o grande gesto político e transcenden-tal da negação foi a base de grandes transformações. Precisamos contrariar o diagnóstico de Sérgio Buarque de Ho-landa sobre os brasileiros e afirmar que não somos cordiais e passivos quando o assunto diz respeito às nossas vidas e ao nosso futuro.

CLAUDIO CÉSAR DE ANDRADE, DOUTOR EM HISTÓRIA E SOCIEDADE E PROFESSOR DO DPTO. DE FILOSOFIA DA UNICENTRO.

GRANDES TRANSFORMAÇÕES SEMPRE COMEÇARAM COM UM NÃO

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