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Outubro 2009 Integração de Modelos Matemáticos de Simulação de Sistemas de Drenagem Urbana com Sistemas de Informação Geográfica Maria Luís Borrega Ensinas Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Civil Júri Presidente: Professor Doutor João Nuno de Almeida Reis Hipólito Orientador: Professor Doutor Eduardo Augusto Ribeiro de Sousa Vogal: Professor Doutor António Jorge Silva Guerreiro Monteiro

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Outubro 2009

Integração de Modelos Matemáticos

de Simulação de Sistemas de Drenagem Urbana

com Sistemas de Informação Geográfica

Maria Luís Borrega Ensinas

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Civil

Júri

Presidente: Professor Doutor João Nuno de Almeida Reis Hipólito

Orientador: Professor Doutor Eduardo Augusto Ribeiro de Sousa

Vogal: Professor Doutor António Jorge Silva Guerreiro Monteiro

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INTEGRAÇÃO DE MODELOS MATEMÁTICOS

DE SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA

COM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Maria Luís Borrega Ensinas

RESUMO

O crescimento acelerado dos centros urbanos que se tem verificado nas últimas décadas tem

originado problemas graves na drenagem de águas pluviais devido ao aumento progressivo de áreas

impermeáveis, o que levou ao desenvolvimento de sistemas de drenagem destas águas.

Para projectar e testar o comportamento hidráulico dos sistemas de drenagem recorre-se a

modelos matemáticos de simulação, como o Storm Water Management Model (SWMM), que constitui

uma ferramenta particularmente útil na concepção ou reabilitação dos sistemas existentes.

Por outro lado, a utilização dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) por parte das

entidades gestoras do saneamento básico, permite também melhorar a organização da informação

cadastral, tornando assim mais eficaz a gestão das infra-estruturas no apoio aos projectos face ao

seu planeamento, exploração e manutenção.

A existência em paralelo de duas bases de dados distintas, uma de cadastro e outra para

alimentar o modelo de simulação obriga a um esforço acrescido da parte da entidade gestora para

manter as duas bases de dados actualizadas. No entanto, uma parte significativa da informação

necessária para o modelo de simulação já se encontra no cadastro da entidade gestora e construir o

ficheiro de dados do modelo de simulação com base no cadastro é uma tarefa morosa, e sujeita a

erros se for efectuado de forma manual. Nestas circunstâncias, a criação de uma base de dados do

cadastro com uma estrutura adequada pode permitir uma fácil automatização deste processo.

Constitui assim uma mais-valia a integração entre o sistema de cadastro e o ficheiro de dados do

modelo de simulação e o SIG no apoio dessa tarefa, é uma ferramenta que permite facilitar o

trabalho.

O objectivo da presente dissertação foi a integração do SWMM na solução de SIG

G/InterAqua™. Para tal, procedeu-se a um estudo detalhado de ambos os programas e

complementou-se a estrutura da base de dados do cadastro de forma a ser adequada às

necessidades do modelo SWMM. Finalmente fez-se uma aplicação prática onde se recorreu a um

projecto do subsistema de Beirolas da rede de Lisboa, gerido pela Empresa SIMTEJO - Saneamento

Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão, S.A., do Grupo Águas de Portugal, com o uso do

modelo matemático SWMM.

Palavras-chave: Sistemas de Informação Geográfica; solução de SIG G/InterAqua™; SWMM;

Modelação matemática.

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INTEGRATION OF WASTEWATER URBAN SYSTEM MATHEMATIC

MODELS AND GEOGRAPHIC INFORMATION SYSTEMS

Maria Luís Borrega Ensinas

ABSTRACT

The fast growth of urban areas that took place in the last decades has brought severe

problems in drainage of storm waters, due to increase of impermeable areas, this has lead to the

development of storm water drainage systems.

To design and test the hydraulic performance of drainage systems resort to mathematical

simulation models such as Storm Water Management Model (SWMM), which is a particularly useful

tool in the design or rehabilitation of existing systems.

Furthermore, the use of Geographic Information Systems (GIS) by the managing entities of

sanitation also improve the organization of register information, making it more effective management

of infrastructure in support of projects related to its planning, operation and maintenance. Since an

important part of the information required by mathematical modelling is registered in GIS database, a

main issue nowadays is to integrate these two tools.

The relation of two different databases, a registration and another to feed the simulation model

requires a greater effort on the part of managing to keep both databases updated. However, a

significant part of the information, needed for the simulation model, is already in the record of

managing, and building the data file of the simulation model based on the register is a time consuming

and an error prone if it’s done manually. In these conditions, the creation of a database record with a

properly structured can allow an easy automation of this process. Thus, it is an asset to integrate the

registration system and the data file of the simulation model, and GIS in support of this task is a tool to

facilitate the work.

The present dissertation objective was the integration of SWMM and a GIS tool named

G/InterAqua™. For that it was necessary to proceed a case study of both programs and a practical

application based on subsystem of Beirolas (Lisbon area), managed by SIMTEJO - Saneamento

Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão, S.A., a Grupo Águas de Portugal company, with the use

of mathematical model SWMM.

Keywords: Geographic Information Systems; GIS G/InterAqua™ solution; mathematical modeling;

SWMM.

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de dedicar este espaço, a todos os que, directa ou indirectamente, prestaram a sua

preciosa e indispensável contribuição, com a qual enriqueceram e tornaram possível a realização

deste enorme desafio.

Ao Professor Eduardo Augusto Ribeiro de Sousa, orientador científico desta dissertação, pela

oportunidade que me proporcionou em realizar esta dissertação.

À AQUASIS, Sistema de Informação, S.A., organização na qual a dissertação foi realizada,

pela disponibilidade de todos os meios físicos/técnicos/humanos e as facilidades concedidas no

decorrer da sua elaboração.

A todos os colaboradores da AQUASIS, Sistema de Informação, S.A., agradeço os

conhecimentos transmitidos e toda a experiência adquirida no contacto directo com o dia-a-dia de

uma equipa extremamente profissional, e em especial: à Umbelina Sousa e à Anabela Paiva, pelo

modo como me integraram na equipa de trabalho e toda a ajuda prestada; ao Eng.º Carlos Mariano

pela informação transmitida e todo o apoio prestado; ao Eng.º Carlos Godinho, pelo seu apoio desde

o meu primeiro dia, bem como a constante amizade e disponibilidade, incentivos e sugestões; à Eng.ª

Ana Luísa Cunha, pela sempre boa disposição e pela ajuda na inserção dos dados; ao Eng.º Mário

Montez, pelo companheirismo e pelo apoio nos ensinamentos fundamentais na utilização do

programa de interacção geográfica que serviu de base à realização desta dissertação. De salientar, o

Eng.º Alexandre Yip, pela sua disponibilidade total, por todo o tempo que generosamente me dedicou,

pela ajuda crucial na integração realizada aquando da programação vs erros surgidos e pela crítica

sempre atempada e muito construtiva.

À SIMTEJO - Saneamento Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão, S.A., por toda a

informação fornecida e ao Eng.º Pedro Póvoa pelos meios disponibilizados nesta dissertação.

À Eng.ª Maria da Conceição V. David por todos os conhecimentos transmitidos,

nomeadamente no domínio da modelação matemática, pela constante amabilidade, disponibilidade e

respectivas sugestões, que muito contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho.

À Ana Ricardo e à Mariana Simão por todo o apoio prestado.

Ao meu namorado um especial obrigado por toda a sua paciência e dedicação

Ao Professor António Monteiro pelas sugestões preciosas na edição final desta dissertação.

Finalmente, apenas realçar um forte agradecimento a todos aqueles que não foram

mencionados, pois terei outras formas de o fazer. A todos estes, o meu sincero obrigado.

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Índice de Texto

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1

1.1. Relevância do tema ...................................................................................................................... 1

1.2. Objectivos ..................................................................................................................................... 2

1.3. Estrutura da Dissertação .............................................................................................................. 2

2. MODELAÇÃO MATEMÁTICA DE SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA ..................................... 5

2.1. Considerações Introdutórias ......................................................................................................... 5

2.2. Tipos de Sistemas de Drenagem ................................................................................................. 6

2.3. Componentes dos Sistemas de Drenagem .................................................................................. 7

2.4. Etapas do Processo de Modelação .............................................................................................. 8

2.5. Princípios de Formulação dos Modelos ........................................................................................ 8

2.5.1. Sistema de Drenagem Urbana............................................................................................... 8

2.5.2. Modelo Hidrológico ................................................................................................................ 9

2.5.3. Modelo Hidráulico ................................................................................................................ 12

2.6. Programas Existentes para Modelação de Redes de Drenagem Urbana ................................. 14

3. MODELO MATEMÁTICO SWMM DE SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA ............................. 17

3.1. Programa SWMM ....................................................................................................................... 17

3.1.1. Apresentação Geral do SWMM ........................................................................................... 17

3.1.2. Componentes Físicos ou Entidades do SWMM .................................................................. 18

3.1.3. Componentes Virtuais .......................................................................................................... 24

3.2. Exemplo de Construção de um Modelo no SWMM .................................................................... 24

4. SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA ................................................................................. 27

4.1. Considerações Gerais ................................................................................................................ 27

4.2. Definição de SIG ......................................................................................................................... 27

4.3. Funcionalidade Genérica ............................................................................................................ 28

4.4. A solução de SIG G/InterAqua™ ................................................................................................ 28

4.4.1. Apresentação Global da Solução SIG G/InterAqua™ ......................................................... 28

4.4.2. Módulos dos Diversos Temas .............................................................................................. 30

4.4.3. Módulo para Modelação Matemática de Drenagem Urbana ............................................... 34

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5. INTEGRAÇÃO DO SWMM COM A SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™ .................................... 35

5.1. Considerações Introdutórias ....................................................................................................... 35

5.2. Opções de Simulação ................................................................................................................. 35

5.3. Interface das Entidades e dos Atributos ..................................................................................... 36

5.4. Ficheiro Topológico ..................................................................................................................... 44

6. CASO DE ESTUDO .......................................................................................................................... 47

6.1. Enquadramento .......................................................................................................................... 47

6.2. Apresentação da SIMTEJO ........................................................................................................ 50

6.3. Modelo Matemático do Subsistema de Beirolas ........................................................................ 51

6.4. Ficheiro Topológico do Subsistema EE12 de Beirolas ............................................................... 53

7. SÍNTESE CONCLUSIVA E RECOMENDAÇÕES ............................................................................ 65

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................... 67

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Índice de Figuras

Figura 1 - A modelação nas diferentes fases do projecto (adaptado de David, 2005). ................................... 5

Figura 2 - Esquema ilustrativo de um sistema unitário e de um sistema separativo (adaptado de

http://editorial.cda.ulpgc.es/instalacion/7_OPTATIVAS/IHA/FOTOS/sanea002.jpg,

consultado em 2009). ..................................................................................................................... 6

Figura 3 - Processos de um sistema de drenagem (adaptado de Carvalho, 2008). ........................................ 9

Figura 4 - Modelo do escoamento superficial (adaptado de Rossman, 2008). .............................................. 10

Figura 5 - Infiltração de acordo com o Modelo de Horton (Portela, 2006). .................................................... 11

Figura 6 - Relação entre os módulos estruturais do SWMM (adaptado de Huber & Dickinson, citado

por Meller, 2004). ......................................................................................................................... 17

Figura 7 - Componentes físicos no modelo de um sistema de drenagem (adaptado de Rossman,

2008). ........................................................................................................................................... 18

Figura 8 – Esquema dos tipos das bacias pluviais (adaptado de Ferreira, 2007). ........................................ 19

Figura 9 - Curva característica tipo II (adaptado de Rossman, 2008). .......................................................... 23

Figura 10 - Exemplo realizado no SWMM a partir do manual (SWMM, 2009). ............................................. 25

Figura 11 - Objectivos de um SIG. ................................................................................................................ 27

Figura 12 - Temas de informação da solução de SIG G/InterAqua™ (AQUASIS1, 2007). ............................ 29

Figura 13 - Caixa de diálogo do Módulo Administração no tema Saneamento ............................................. 30

Figura 14 - Estrutura do modelo (AQUASIS, 2009). ...................................................................................... 31

Figura 15 - Exemplo de uma componente comum a todas as entidades e outra componente específica

de uma entidade (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009). ............................... 31

Figura 16 - Quadro de registo da entidade “câmara normal” do G/InterAqua™ ............................................ 32

Figura 17 - Exemplo de um atributo com lista (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009). .... 32

Figura 18 - Campo multimédia para uma câmara com descarregador .......................................................... 33

Figura 19 - Parte de um ficheiro topológico (tubagens), de entrada para o EPANET (AQUASIS2, 2007). .... 34

Figura 20 - Caixa de diálogo do SWMM para as opções da simulação (Fonte: SWMM, 2009). ................... 36

Figura 21 - Explicação do Inlet offset e Outlet offset (Rossman, 2008). ........................................................ 40

Figura 22 - Comando da barra de ferramentas da solução de SIG G/InterAqua™ para gerar o ficheiro

topológico para o SWMM (adaptado da solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009). ........ 44

Figura 23 - Caixa de diálogo para a geração do ficheiro topológico .............................................................. 45

Figura 24 - Entidades gestoras responsáveis pelo serviço de saneamento de águas residuais em alta

(Fonte: www.adp.pt, 2009). .......................................................................................................... 48

Figura 25 - Procedimento para as águas residuais (INAG, IRAR e AdP, 2008). ........................................... 49

Figura 26 - Área de intervenção da SIMTEJO (adaptado de www.simtejo.pt, 2009)..................................... 50

Figura 27 - ETAR de Beirolas (Fonte: www.SIMTEJO.pt, 2009). .................................................................. 52

Figura 28 - Na esquerda carta militar com as bacias georreferenciadas do modelo de Beirolas, na

direita ortofotomapa com as bacias georreferenciadas do subsistema EE12 de Beirolas ........... 53

Figura 29 - Carta militar com o udómetro georreferenciado no subsistema EE12 ........................................ 54

Figura 30 - Ortofotomapa com as bacias de drenagem georeferenciadas do subsistema EE12 de

Beirolas. (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009). ............................................ 55

Figura 31 - Ortofotomapa com as câmaras de visitas georreferenciadas ..................................................... 56

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Figura 32 - Fotografia da câmara de visita 401 (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS,

2009). ........................................................................................................................................... 56

Figura 33 - Fotografia da câmara de visita antes da limpeza (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™,

AQUASIS, 2009). ......................................................................................................................... 56

Figura 34 - Fotografia da câmara de visita após limpeza (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™,

AQUASIS, 2009). ......................................................................................................................... 56

Figura 35 - Ortofotomapa com a rede georreferenciada ............................................................................... 57

Figura 36 - Bacias de drenagem e câmaras com descarregador - subsistema EE12 de Beirolas

georreferenciadas (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009). ............................. 58

Figura 37 - Corte transversal da câmara com descarregador 101272 do subsistema da EE12 de

Beirolas (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009). ............................................ 58

Figura 38 - Ortofotomapa com a representação do poço de bombagem da EE12........................................ 59

Figura 39 - Caixa de diálogo das regras de controlo (Sisaqua e Cenor, 2007). ............................................ 60

Figura 40 - Ortofotomapa com a conduta elevatória georreferenciada ......................................................... 60

Figura 41 - Ortofotomapa com os pontos de rejeição georreferenciados ...................................................... 61

Figura 42 - Opções da caixa de diálogo para a geração do ficheiro topológico ............................................ 62

Figura 43 - Caixa de diálogo dos resultados (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009). ...... 63

Figura 44 - Esquema do subsistema EE12 de Beirolas em SWMM gerado a partir da solução de SIG

G/InterAqua™. .............................................................................................................................. 63

Figura 45 - Esquema do subsistema de Beirolas em SWMM (Fonte: Modelo do subsistema de

Beirolas Sisaqua e Cenor em SWMM, 2007). .............................................................................. 64

Índice de Quadros

Quadro 1 - Modelos utilizados por programas de simulação de drenagem urbana (adaptado de

Ferreira, 2006 citado por Amorin, 2008) ....................................................................................... 15

Quadro 2 - Tipo de descarregadores existentes no SWMM (adaptado de Rossman, 2008) ......................... 22

Quadro 3 - Associações entre as entidades do SWMM e da solução de SIG G/InterAqua™ ....................... 37

Quadro 4 - Atributos carregados na entidade UDÓMETRO .......................................................................... 38

Quadro 5 - Atributos carregados na entidade BACIA PLUVIAL .................................................................... 38

Quadro 6 - Atributos carregados na entidade CÂMARA NORMAL ............................................................... 39

Quadro 7 - Atributos carregados na entidade troço de COLECTOR e TROÇO DE EMISSÁRIO ................. 40

Quadro 8 - Atributos carregados na entidade CÂMARA COM DESCARREGADOR .................................... 41

Quadro 9 - Atributos carregados na entidade POÇO DE BOMBAGEM ........................................................ 42

Quadro 10 - Atributos carregados na entidade POÇO DE BOMBAGEM (Continuação) ............................... 43

Quadro 11 - Atributos carregados na entidade GRUPO ELECTROBOMBA ................................................. 43

Quadro 12 - Atributos carregados na entidade PONTO DE REJEIÇÃO ....................................................... 44

Quadro 13 - Subsistemas de Saneamento dos Sistemas Multimunicipais de Saneamento da SIMTEJO .... 51

Quadro 14 - Unidades de medida seleccionadas no SWMM ........................................................................ 62

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Anexos

Anexo 1 – Tabela das Entidades de Sistemas de Águas Residuais na Solução de SIG

G/InterAqua™

Anexo 2 – Descrição dos Atributos das Entidades

Anexo 3 – Quadro de Apoio à Observação dos Atributos em Comum nas Entidades

Anexo 4 – Relatório das Características das Entidades

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Lista de Siglas, Símbolos e Abreviaturas

AdP Águas de Portugal

B Bacia

D Duração D

EE Estação Elevatória

ETAR Estação de Tratamento de Águas Residuais

EPA Environmental Protection Agency

H Profundidade do nível de água no poço de bombagem

ha Hectare

HUD Hidrograma unitário com duração D

INAG Instituto da Água

IRAR Instituto Regulador de Águas e Resíduos

m Metro

n Coeficiente de rugosidade de Manning

Q Caudal

s Segundo

SCS Soil Conservation Service

SI Sistema Internacional

SIG Sistema(s) de Informação Geográfica

SWMM Storm Water Management Model

TM Marca registada

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1. Introdução

1.1. Relevância do tema

O crescimento acelerado dos centros urbanos, que se tem verificado nas últimas décadas, e

a consequente criação de passeios e vias de comunicação têm originado problemas graves na

drenagem de águas pluviais. Os solos, outrora permeáveis, têm sido progressivamente

impermeabilizados, dificultando o escoamento destas águas. Para minimizar esta situação, foram

criadas infra-estruturas para transportar e tratar essas águas pluviais.

Estas soluções de drenagem, para além dos elevados custos associados, provocam grandes

incómodos às populações durante a execução das respectivas obras sendo necessário ser

adequadamente projectados para reduzir a necessidade de uma futura ampliação e os custos sociais

que isso acarreta.

A utilização de modelos de simulação constitui uma ferramenta particularmente útil na fase de

projecto, na concepção ou reabilitação dos sistemas existentes, para diagnosticar o respectivo

funcionamento. Nomeadamente, revela-se útil para avaliar a capacidade dos sistemas existentes e

testar soluções para resolver os problemas detectados. É também útil na fase de operação para

testar diferentes formas de explorar os sistemas para situações tipo existentes ou que se

perspectivem no futuro.

Os projectistas e as entidades gestoras devem estar apetrechados de meios materiais e

capacidade técnica para que os seus quadros técnicos possam utilizar modelos matemáticos de

simulação que permitam a obtenção da solução mais adequada que satisfaçam os objectivos

pretendidos.

A utilização dos Sistemas de Informação Geográfica por parte das entidades gestoras do

saneamento básico, permite melhorar a organização da informação cadastral, tornando assim mais

eficaz a gestão das infra-estruturas no apoio aos projectos face ao seu planeamento, exploração e

manutenção. É de referir, também, que o crescimento tecnológico tem permitido uma melhoria

qualitativa das bases de dados e da respectiva conjugação com a informação georreferenciada.

A existência em paralelo de duas bases de dados distintas, uma de cadastro e outra para

alimentar o modelo de simulação obriga a um esforço acrescido da parte da entidade gestora para

manter as duas bases de dados actualizadas. No entanto, uma parte significativa da informação

necessária para o modelo de simulação já se encontra no cadastro da entidade gestora e construir o

ficheiro de dados do modelo de simulação com base no cadastro é uma tarefa morosa, e sujeita a

erros se for efectuado de forma manual. A criação de uma base de dados do cadastro com uma

estrutura adequada pode permitir uma fácil automatização deste processo. Nestas circunstâncias a

entidade gestora só se terá que preocupar em actualizar uma única base de dados e deixa de ter

necessidade de actualizar, por um lado, o cadastro, e, por outro, o ficheiro de dados do modelo.

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Nesta dissertação, procedeu-se à integração do Storm Water Management Model (SWMM)

com a solução SIG designada G/InterAqua™. O SWMM, da Environmental Protection Agency (EPA),

é um programa de modelação do comportamento dinâmico dos sistemas de drenagem em meio

urbano, disponível gratuitamente, de ampla divulgação e utilização. A solução de SIG G/InterAqua™

é uma solução de Sistemas de Informação Geográfica desenvolvida pela AQUASIS, Sistema de

Informação, S.A., a qual inclui funcionalidades adequadas aos processos de planeamento, operação

e manutenção de infra-estruturas de saneamento básico em exploração em diversas empresas do

sector, sendo um instrumento indispensável para uma gestão eficaz dos sistemas de águas residuais

e de abastecimento de água.

1.2. Objectivos

O objectivo da presente dissertação é a integração do SWMM com a solução de SIG

G/InterAqua™. Para atingir este objectivo, desenvolveu-se a seguinte metodologia :

o procedeu-se ao estudo detalhado de ambos os programas;

o complementou-se a estrutura da base de dados do cadastro de forma a ser

adequada às necessidades do modelo SWMM; e

o fez-se uma aplicação prática recorrendo-se a um projecto gentilmente cedido pela

SIMTEJO - Saneamento Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão, S.A. (adiante

designada abreviadamente por SIMTEJO) com o uso do modelo matemático SWMM,

para planear a intervenção na rede do subsistema de Beirolas no sentido de reduzir

as afluências pluviais ao sistema.

Esta integração torna-se muito importante, uma vez que permite um melhor aproveitamento,

por parte das entidades gestoras, do esforço dispendido na obtenção de um bom cadastro já que

permite recorrer à solução de SIG G/InterAqua™ para de forma automática obter os dados correctos

para recorrer à modelação matemática (SWMM).

1.3. Estrutura da Dissertação

A presente dissertação encontra-se estruturada em 7 Capítulos e 4 Anexos.

Ao capítulo introdutório (Capítulo 1), sucede-se o Capítulo 2, onde é feita uma abordagem da

drenagem urbana, descrevendo o processo de modelação e os princípios de formulação de modelos

matemáticos de comportamento de sistemas de drenagem. Reporta-se, também, alguns dos

programas existentes para modelação de sistemas de drenagem urbana.

No Capítulo 3, procede-se à descrição e caracterização do modelo SWMM, onde são

enumerados os componentes físicos envolvidos.

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No Capítulo 4, reportam-se os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) como ferramenta de

trabalho onde a solução adoptada foi a solução de SIG G/InterAqua™, solução que apoia outras

entidades gestoras na aquisição de um bom cadastro.

No Capítulo 5, expõe-se a integração do módulo SWMM com a solução de SIG

G/InterAqua™.

O Capítulo 6 refere-se ao caso de estudo, onde é apresentado o subsistema da estação

elevatória número 12 de Beirolas, gerido pela SIMTEJO.

Finalmente, no Capítulo 7 sintetizam-se as conclusões da dissertação e apresentam-se

algumas recomendações para a utilização do SIG na modelação matemática dos sistemas de

drenagem.

Nos Anexos, encontra-se uma descrição detalhada dos atributos das entidades e os

respectivos relatórios.

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2. Modelação Matemática de Sistemas de Drenagem Urbana

2.1. Considerações Introdutórias

O crescimento urbanístico constante implica a necessidade de um desenvolvimento das infra-

estruturas de drenagem urbana, cada vez mais complexas, tornando o recurso à modelação

matemática de simulação cada vez mais frequente para a gestão dos sistemas de drenagem.

A modelação matemática é uma ferramenta que permite construir um modelo representativo

da situação real e que permite simular diferentes cenários (David, 2005), reflectindo-se nas diferentes

componentes e respectivas funcionalidades:

o Rede de drenagem urbana – Apoio à gestão técnica;

o Estação de tratamento – Dimensionamento e operação;

o Meio receptor – Impactes de descargas.

O aparecimento de problemas nos sistemas de drenagem poderá surgir de uma imperfeita

concepção do projecto, de erros de construção das próprias infra-estruturas ou ainda da falta de

manutenção. Para uma adequada gestão das infra-estruturas nas diversas fases do ciclo de vida do

empreendimento, Figura 1, os modelos de simulação revelam-se de extrema utilidade por serem uma

forte ajuda na detecção de problemas e mesmo na resolução dos mesmos, de modo a minimizar os

impactes no meio receptor e no meio urbano.

Figura 1 - A modelação nas diferentes fases do projecto (adaptado de David, 2005).

Planeamento, projecto e construção

• estudo e comparação de

soluções alternativas

Operação e manutenção

• avaliação de desempenho

Reabilitação

• prever o comportamento para diferentes estratégias

de reabilitação

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2.2. Tipos de Sistemas de Drenagem

A finalidade dos sistemas de drenagem é recolher, transportar e rejeitar nos meios

receptores, em condições apropriadas, as águas residuais domésticas, comerciais e/ou industriais, e

as águas pluviais. Os sistemas de drenagem podem ser:

o Unitários

Constituídos por uma única rede de colectores onde são colectadas, conjuntamente, as

águas residuais domésticas, comerciais e industriais, e as águas pluviais; recolhem e drenam

a totalidade das águas a afastar dos aglomerados populacionais.

o Separativos

Constituídos por duas redes de colectores distintas, uma destinada às águas residuais

domésticas, comerciais e industriais, e outra à drenagem das águas pluviais ou similares.

o Mistos

Constituídos pela conjugação dos dois tipos anteriores, em que parte da rede de colectores

funciona como sistema unitário e a restante como sistema separativo.

o Separativos parciais ou pseudo-separativos

Em que se admite, em condições excepcionais, a ligação de águas pluviais de pátios

interiores ao colector de águas residuais domésticas.

Figura 2 - Esquema ilustrativo de um sistema unitário e de um sistema separativo (adaptado de

http://editorial.cda.ulpgc.es/instalacion/7_OPTATIVAS/IHA/FOTOS/sanea002.jpg, consultado em 2009).

A escolha do tipo de sistema é condicionada por diversos factores técnicos e económicos

(Ribeiro de Sousa, 2001).

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2.3. Componentes dos Sistemas de Drenagem

Os componentes dos sistemas gerais de drenagem de águas residuais e pluviais podem ser

divididos em três grandes grupos: i) a rede de colectores; ii) as instalações e condutas elevatórias, iii)

e um conjunto de órgãos acessórios gerais e especiais, os quais se destinam a assegurar um

adequado funcionamento do sistema, nas condições definidas, e permitem, além disso, proceder às

necessárias actividades de operação e de manutenção (Ribeiro de Sousa, 2001).

A rede de colectores é o conjunto das canalizações que visa assegurar a condução das

águas residuais domésticas e/ou pluviais desde os dispositivos de entrada até ao destino final.

Normalmente, são implementadas no eixo dos arruamentos e enterradas, podendo ser visitáveis ou

não.

As instalações elevatórias permitem transportar a água para cotas superiores mas devem

ser evitadas, sempre que possível, tendo em conta os encargos de operação e a variabilidade dos

caudais afluentes e consequente dificuldade de se manterem as condições satisfatórias de

funcionamento dos grupos electrobomba e da conduta de impulsão.

No que respeita aos órgãos acessórios gerais e especiais, podem referir-se os seguintes:

o Os dispositivos de entrada (sarjetas de passeio ou sumidouros) recebem ou colectam as

águas pluviais e conduzem-nas à rede de colectores. As sarjetas de passeio são introduzidas

no lancil do passeio e o escoamento entra lateralmente, enquanto que os sumidouros estão

introduzidos no pavimento ou numa valeta, e o escoamento entra superiormente, através de

uma grade.

o As câmaras ou caixas de visita são os órgãos mais numerosos e mais vulgares, em

sistemas de drenagem de águas residuais comunitárias e de águas pluviais e, ainda, nos

sistemas unitários (Ribeiro de Sousa e Monteiro, 2006). São os órgãos do sistema de

drenagem que permitem a junção de pelo menos dois colectores destinando-se a facilitar o

acesso aos referidos colectores, para observação e prática de operações de limpeza e de

manutenção e, ainda, para remoção de obstruções ou verificação de características do

escoamento e da qualidade de água. A sua implantação é obrigatória na confluência dos

colectores, nos pontos de mudança de direcção, de inclinação e de diâmetro dos colectores,

e nos alinhamentos rectos com afastamento máximo de 60 m e 100 m, conforme se trate,

respectivamente, de colectores não visitáveis ou visitáveis.

o Os ramais de ligação transportam as águas residuais colectadas na rede interior dos

edifícios, desde a caixa domiciliária até à rede geral de drenagem, além de permitirem

também a ventilação natural da rede de drenagem.

o Os desarenadores são instalações complementares destinadas a provocar a deposição de

materiais particulados transportados nas águas pluviais.

o As bacias de retenção são estruturas que permitem regularizar os caudais pluviais afluentes,

restituindo, a jusante, caudais compatíveis com a capacidade de transporte da rede de

drenagem ou curso de água. Os objectivos das bacias de retenção são a redução dos riscos

de inundação, a criação de zonas de lazer como pólos de interesse recreativo e turístico

(pesca, canoagem, etc.), a criação de reservas de água (agricultura, rega, combate a

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incêndios, indústria, limpezas municipais arruamentos e parques, etc.) e protecção do meio

ambiente (matéria orgânica) (Ferreira, 2007).

o As câmaras de infiltração permitem o armazenamento e infiltração das águas pluviais.

Apresentam uma solução económica e eficaz, adequada a zonas de solo permeável

(Ferreira, 2007).

o As estruturas reguladoras e os descarregadores de caudal permitem a descarga dos

caudais em excesso face à capacidade hidráulica das infra-estruturas dispostas a jusante.

2.4. Etapas do Processo de Modelação

De acordo com David (2005), a metodologia para o desenvolvimento de um modelo

matemático é a seguinte:

I. Recolha de informação cadastral;

II. Actualização do cadastro e verificação da informação sobre a condição da rede de

drenagem;

III. Construção do modelo;

IV. Monitorização de caudais/precipitação;

V. Calibração;

VI. Verificação;

VII. Simulação de diferentes cenários.

2.5. Princípios de Formulação dos Modelos

2.5.1. Sistema de Drenagem Urbana

A água da Terra, que constitui a hidrosfera, distribui-se por três reservatórios principais, os

oceanos, os continentes e a atmosfera, entre os quais existe uma circulação contínua designada por

ciclo da água ou ciclo hidrológico. Este ciclo, devido ao movimento da água produzido pela energia

solar e pela gravidade, é responsável pela renovação da água no planeta. Na atmosfera, o vapor de

água que forma as nuvens pode transformar-se em chuva, neve ou granizo dependendo das

condições climáticas, o que provoca o fenómeno atmosférico o qual se designa por precipitação. No

caso de zonas urbanas, a precipitação pode cair em áreas impermeáveis, como por exemplo, na

cobertura dos edifícios ou sobre áreas pavimentadas, e em áreas permeáveis, como por exemplo,

zonas verdes. Parte da precipitação das zonas permeáveis, que não é devolvida directamente à

atmosfera por evaporação, penetra nos solos por infiltração, constituindo assim o escoamento

subterrâneo.

A precipitação total transforma-se em precipitação efectiva com base nas perdas hidrológicas

por armazenamento em depressões, intercepções, perdas por infiltração e de propagação na

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superfície. A água que escorre na superfície do terreno é direccionada para a rede de drenagem,

onde posteriormente é conduzida até às linhas de água ou outros locais de descarga, a fim de

impedir que os escoamentos superficiais provoquem inundações e estragos na via pública.

Na Figura 3, está representada a interacção do ciclo da água com a rede de drenagem,

expondo os diversos processos envolvidos, como a formação do caudal residual doméstico e do

caudal pluvial.

Figura 3 - Processos de um sistema de drenagem (adaptado de Carvalho, 2008).

O modelo de drenagem urbana inclui um modelo hidrológico para a transformação da

precipitação em escoamento superficial e um modelo hidráulico de propagação do escoamento na

rede de colectores e condutas.

Nos próximos subcapítulos, apresentam-se, os modelos hidrológico e hidráulico detalhados.

2.5.2. Modelo Hidrológico

O modelo hidrológico gera hidrogramas de escoamento superficial a partir dos dados de

precipitação e das características geométricas, morfológicas e hidrológicas das bacias afluentes ao

sistema (Sisaqua e Cenor, 2007).

O escoamento superficial pode ser obtido através de um modelo de reservatório não-linear

para as bacias de drenagem (Rossman, 2008), conforme representado na Figura 4.

área impermeável

área permeável

sarjeta armazenamento

em depressão

escoamento

superficial

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Figura 4 - Modelo do escoamento superficial (adaptado de Rossman, 2008).

A equação do modelo de reservatório não-linear (1) surge pela combinação das equações de

Manning e da continuidade, resolvidas pelo processo iterativo de Newton-Raphson (Gomes,

2008):

- - (1)

onde:

W – largura representativa da bacia (m);

n – coeficiente de rugosidade de Manning (s/m1/3

);

A – área da bacia (m2);

S – declive da bacia (-);

dp – altura do armazenamento (m);

i – intensidade de precipitação efectiva (m/s);

d – profundidade da água no reservatório (m);

t – tempo (s).

Segundo Portela (2006), as perdas de precipitação para o escoamento consistem na

diferença entre a precipitação total associada a um dado acontecimento pluvioso e a correspondente

precipitação efectiva. Os principais processos envolvidos na transformação da precipitação total em

precipitação efectiva são os seguintes: intercepção, infiltração, evaporação e evapotranspiração.

Para o cálculo da precipitação efectiva, recorre-se frequentemente ao modelo do hidrograma

unitário e aos modelos de infiltração. Os modelos mais frequentes para o cálculo da infiltração são: o

Modelo de Horton, o Modelo de Green e Ampt e o Modelo do Soil Conservation Service. De seguida

apresentam-se alguns detalhes da formulação destes modelos.

Modelo do hidrograma unitário

O modelo do hidrograma unitário apenas permite obter hidrogramas de cheias em condições

naturais, entendendo-se por tal, hidrogramas de cheias resultantes de acontecimentos pluviosos, em

secções da rede hidrográfica a que correspondam bacias hidrográficas em que não existam,

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intervenções tendo em vista a modelação de cheias. Estas intervenções podem ser, por exemplo,

aproveitamentos hidráulicos que procedam ao controlo (amortecimento) de ondas de cheia. Além de

intervenções, também não devem existir transvases significativos que resultem em alterações do

comportamento hidrológico das bacias em condições de cheia. O hidrograma unitário com a duração

D, HUD, é o hidrograma do escoamento directo provocado numa secção de um curso de água por

uma precipitação útil ou efectiva, considerada unitária, com intensidade constante no tempo e

aproximadamente uniforme sobre a bacia hidrográfica e com duração D (Portela, 2006).

Modelo de Horton

A Figura 5 representa o gráfico do modelo de Horton, onde se observa que a taxa de

infiltração diminui exponencialmente, durante um evento de precipitação.

Figura 5 - Infiltração de acordo com o Modelo de Horton (Portela, 2006).

A curva de Horton é dada pela seguinte expressão:

- - (2)

onde:

f(t) – taxa de infiltração no instante de tempo t (mm/h);

fc – taxa de infiltração mínima, correspondente ao valor assimptótico da intensidade de infiltração

do solo saturado (mm/h);

f0 – taxa de infiltração máxima, correspondente ao instante de tempo em que se inicia a infiltração

após um longo período seco (mm/h);

k – Constante característica do solo e do revestimento superficial, que descreve o decréscimo da

taxa de infiltração de f0 para fc (h-1

);

t – tempo que decorre desde o início da infiltração, após um longo período com ausência de

infiltração (h).

Modelo de Green e Ampt

O modelo de Green e Ampt foi estabelecido a partir da lei de Darcy para estimar a infiltração,

e é descrito pela seguinte expressão:

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(3)

onde,

K – condutividade hidráulica (m/s);

L – profundidade a que se encontra a frente de encharcamento (extensão do percurso de

percolação) (m);

Y – potencial matricial (“sucção”) na frente de encharcamento (m).

Modelo do SCS (Soil Conservation Service)

O modelo do SCS é dado pela seguinte expressão:

-

(4)

onde:

Fa – perdas contínuas, isto é, a altura de água retida na bacia após o início do escoamento

superficial (mm);

S – capacidade máxima de retenção de água (mm);

Pe – precipitação efectiva (mm);

P-Ia – escoamento superficial potencial (mm), onde P é a precipitação total e Ia as perdas de

precipitação.

2.5.3. Modelo Hidráulico

O modelo hidráulico é aquele que se encarrega da propagação do escoamento na rede de

drenagem até ao seu destino final, normalmente considerando um escoamento unidimensional em

superfície livre.

No estudo dos escoamentos variáveis com superfície livre que ocorrem em cursos de água

naturais utilizam-se as equações completas de Saint-Venant, que constituem a formulação

matemática dos princípios fundamentais da Hidráulica. Estas equações representam modelos simples

de fenómenos extremamente complexos, incorporando apenas os factores cuja influência no

escoamento é mais importante e desprezando aqueles que de acordo com os objectivos da

modelação se consideram de importância secundária (Martins dos Santos e Hipólito, 2005).

As equações de Saint-Venant baseiam-se na equação da continuidade (5) e na equação da

conservação da quantidade do movimento baseada na 2ª lei de Newton (6) (Meller, 2004).

o Equação da continuidade

(5)

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o Equação da conservação da quantidade de movimento

- (6)

onde:

Q – caudal (m3/s);

A – secção do escoamento (m2);

h – altura do escoamento (m);

g – aceleração da gravidade (m2/s);

x – distância na direcção do escoamento (m);

t – tempo (s);

I0 – declive do leito (-);

If – declive da linha de energia (-).

Para a aplicação das equações de Saint Venant a condutas sob pressão aplica-se o conceito

introduzido por Preissmann, que se denomina de “fenda de Preissmann”. O artifício baseia-se na

introdução de uma fenda fictícia na geratriz superior da tubagem, de modo a não aumentar

significativamente a secção do escoamento nem o respectivo raio hidráulico, assegurando cálculos

estáveis sem afectar significativamente a precisão. Esta aproximação possibilita a utilização do

mesmo sistema de equações para modelar o escoamento em superfície livre e em pressão (Neves et

al., 2000 citado por Amorin, 2008).

Com base nas equações Saint Venant, definem-se diversos modelos da propagação do

escoamento na rede de colectores, simplificados ou completos, de acordo com a consideração ou

não da equação da conservação da quantidade de movimento. Em seguida, apresentam-se os

principais modelos utilizados na análise da propagação do escoamento na rede de colectores em

regime variável.

Modelo de reservatório

O modelo do reservatório considera apenas a equação da continuidade (5), pelo que tem em

conta os efeitos de armazenamento e da respectiva atenuação, desprezando qualquer efeito

Forças

de

inércia

Forças

de

pressão

Forças

gravitacionais

e de atrito

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dinâmico. Este modelo é válido se o efeito preponderante for o amortecimento por armazenamento e

os efeitos de jusante forem desprezáveis (Ferreira, 2006).

Modelo cinemático

Este modelo considera a equação da continuidade (5) e o termo da equação das forças

gravitacionais e de atrito da equação (6), e é caracterizado por ser um modelo simples, também

expresso pela expressão de Gaukler-Manning-Strickler. O modelo cinemático tem em conta efeitos de

armazenamento e permite a simulação de fenómenos de atenuação e atraso por técnicas numéricas.

No entanto, este tipo de modelo não é aplicável em regimes lentos (em que prevalecem os efeitos de

jusante) ou em situações em que os hidrogramas afluentes apresentem variações acentuadas ao

longo do tempo, conduzindo a acelerações de inércia não desprezáveis (Ferreira, 2006).

Modelo dinâmico

O modelo dinâmico considera a equação da continuidade (5) e a equação da conservação da

quantidade de movimento (6), pelo que inclui todos os efeitos básicos da hidrodinâmica: efeitos de

propagação das ondas dinâmicas para jusante e para montante; efeitos de amortecimento, atraso e

deformação nas variações de caudal e de altura do escoamento ao longo dos colectores e efeitos de

regolfo. O modelo dinâmico completo permite a inversão do sentido do escoamento em troços de

colectores, sendo o único modelo que representa a propagação das ondas para montante, pois é o

único que inclui o termo das forças de atrito completo (Ferreira, 2006).

Resumindo, nos modelos hidrodinâmicos simplificados, ao se desprezar os termos de inércia

e pressão, surge o modelo da onda cinemática, onde se tem a desvantagem da impossibilidade de

simular fenómenos tais como efeitos de jusante sobre o escoamento. Por outro lado, utilizando as

equações completas de Saint Venant (modelo dinâmico), fornecem-se resultados mais precisos, pois

estes representam com exactidão os fenómenos mais importantes do escoamento em canais.

2.6. Programas Existentes para Modelação de Redes de Drenagem

Urbana

Segundo Matos (2005), justifica-se o estudo com o recurso a modelos complexos (onda

cinemática ou onda dinâmica) para a análise do desempenho de sistemas existentes, para a

avaliação de impactes no meio receptor e para fundamentar estratégias de beneficiação e

reabilitação.

Na presente dissertação, serão apenas referidos modelos destinados à simulação do

comportamento dos sistemas de drenagem urbana.

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Os programas que simulam o comportamento dos sistemas de drenagem modelam o

escoamento dinâmico incluindo os modelos hidrológicos e hidráulicos, resolvem as equações

completas de Saint Venant e, na sua maioria, podem ser aplicados à modelação do escoamento

superficial, do escoamento com superfície livre (em canais e colectores), especialmente em

condições críticas, tal como inversões de fluxo, efeitos de jusante e escoamento sob pressão e ainda

da qualidade da água e transporte de sedimentos.

Estes modelos estudam diversas variáveis como a altura de escoamento, a velocidade

máxima e mínima, entradas em carga, entre outros parâmetros, de modo a avaliar a beneficiação do

sistema com vista à redução de inundações e ao controlo de descargas directas de excedentes.

No Quadro 1, apresentam-se as características mais relevantes dos programas mais

utilizados a nível da drenagem urbana.

Quadro 1 - Modelos utilizados por programas de simulação de drenagem urbana

(adaptado de Ferreira, 2006 citado por Amorin, 2008)

Processo Tipo de modelo

Programa

Flu

po

l

Hyd

roW

ork

s/

Info

wo

rks

MO

US

E

SA

MB

A

SW

MM

SIM

PO

L

Perdas hidrológicas

perdas iniciais S S S S S

perdas contínuas: coeficiente de escoamento volumétrico S S S S S S

humedecimento do solo S

retenção superficial S S

infiltração: fórmula de Horton S S S

fórmula de Green-Ampt S

evapotranspiração S

outras fórmulas de perdas contínuas S

Propagação do escoamento superficial

curvas tempo-área S

modelo do reservatório linear S S S

modelo de reservatórios em cascata S

modelo cinemático/modelo do reservatório não linear S S

Propagação do escoamento na rede de colectores

advecção S

modelo de Muskinghum-Cunge S

modelo cinemático/modelo do reservatório não linear S S

modelo difusivo S

equações completas de Saint Vennant S S S

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Quadro 1 - Modelos utilizados por programas de simulação de drenagem urbana

(adaptado de Ferreira, 2006 citado por Amorin, 2008) (Continuação)

Processo Tipo de modelo

Programa

Flu

po

l

Hy

dro

Wo

rks

/

Info

wo

rks

MO

US

E

SA

MB

A

SW

MM

SIM

PO

L

Poluentes no escoamento superficial

concentrações médias por evento (CME) S S S

distribuição lognormal das CME S

acumulação: equação de potência S

equação de Michaelis-Menton S

equação exponencial (Aley e Smith, 1981) S S S S

arrastamento: exponencial (Sartor e Boyd; Jewell e Adrian) S S S

exponencial (Nakamura, 1990)

outras fórmulas S S

número de poluentes modelados 4 >10 >10 10 2

sedimentos S S S S

Propagação dos poluentes superficiais

modelo do reservatório linear S

modelo do duplo reservatório linear S

Poluentes em sarjetas

retenção superficial SN S

Transporte dos poluentes nos colectores

Equação de transporte baseada: na lei de Shields S

no método de Arkers-White S

no método de Vélikanov S

noutros métodos S

transformação/decaimento de poluentes N S S

equação de advecção S S S S

equação de advecção-dispersão S

- consideração de estruturas de sedimentação/tratamento S

Como referido, o programa de drenagem urbana utilizado nesta dissertação é o SWMM

(versão 5.0.013), por ser um dos mais detalhados e que se encontra disponível gratuitamente sem

qualquer custo para as empresas.

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3. Modelo Matemático SWMM de Sistemas de Drenagem Urbana

3.1. Programa SWMM

3.1.1. Apresentação Geral do SWMM

A água é essencial à vida sendo o componente principal dos tecidos vivos e um factor

indispensável para a fotossíntese que está na origem do ciclo da vida sobre o planeta. As plantas

produzem matéria orgânica a partir da fotossíntese e os animais alimentam-se de plantas e de outros

animais, constituindo as cadeias alimentares (Quintela, 1996).

Segundo Rossman (2008), devido ao aumento dos impactes sociais, económicos e

ambientais, nos Estados Unidos desenvolveram-se esforços no sentido da sustentabilidade

relativamente aos poluentes que prejudicam a saúde humana e degradam o meio ambiente. Surgiu,

então a Environmental Protection Agency (EPA) com o intuito de formular e implementar métodos de

prevenção e controlo da poluição.

A EPA, em 1971, desenvolveu um programa designado Storm Water Management Model

(SWMM), que tem como principal objectivo a simulação hidrológica e hidrodinâmica de sistemas de

drenagem urbana (sistemas separativos ou unitários), e é constituído por um conjunto de módulos de

simulação, que abrangem todos os aspectos relevantes à sua aplicação. É reconhecido por ser o

programa comercial mais detalhado para estudos de águas pluviais, pois permite uma boa gestão ao

nível das infra-estruturas dos sistemas de drenagem, de forma a melhorar a sua operação e

manutenção. Tem sido continuamente actualizado, sendo a versão 5.0 a mais recente.

Huber e Dickinson (1992) apresentam a estrutura do modelo SWMM em nove módulos

(Figura 6), sendo quatro módulos computacionais (Runoff, Transport, Extran e Storage/Treatment) e

cinco módulos de serviço (Statistics, Graph, Combine, Rain, Temperature), além do módulo

Executivo.

Figura 6 - Relação entre os módulos estruturais do SWMM (adaptado de Huber & Dickinson,

citado por Meller, 2004).

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Os módulos computacionais são os responsáveis pelos principais passos de cálculo, o

módulo Runoff refere-se à transformação da precipitação em escoamento, o módulo Transport ao

transporte na rede de drenagem segundo o conceito da onda cinemática, o módulo Extran à

modelação hidrodinâmica nos colectores e canais, e o módulo Storage/Treatment à qualidade da

água.

Os módulos de serviço auxiliam os módulos computacionais possuindo diversas funções,

como organização da ordem das simulações (Combine), dos dados de precipitação (Rain) e de

temperatura (Temperature), apresentação da saída gráficas (Graph) e análises estatísticas (Statistics)

dos resultados.

3.1.2. Componentes Físicos ou Entidades do SWMM

Para simular o comportamento dos sistemas de drenagem no SWMM, é necessário

caracterizar fisicamente todas as infra-estruturas existentes (Figura 7).

Figura 7 - Componentes físicos no modelo de um sistema de drenagem

(adaptado de Rossman, 2008).

Udómetro (Rain Gages)

O udómetro é um equipamento que permite registar a precipitação pontual em qualquer ponto

do território, podendo apresentar alguns erros de medição de precipitação, de diversas origens,

nomeadamente defeitos do aparelho (reduz a quantidade de precipitação recolhida); evaporação;

efeito do vento sobre as trajectórias da precipitação (pode dar lugar a um aumento ou redução);

diferenças de área da superfície receptora; não horizontalidade desta superfície, estanqueidade

imperfeita.

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No SWMM, os dados de precipitação podem ser definidos pelo utilizador mediante séries

temporais ou de arquivos externos ao programa.

A informação necessária de um udómetro no modelo é a seguinte:

o tipo de dados da precipitação (por exemplo, intensidade da precipitação, volume ou volume

acumulado);

o intervalo de tempo dos dados (por exemplo, horários de 15 minutos, etc.);

o origem dos dados da precipitação (série temporal ou de arquivo externo).

Bacia pluvial (Subcatchments)

As bacias pluviais são unidades hidrológicas de terreno cuja topografia e elementos do

sistema de drenagem conduzem o escoamento para o ponto de descarga. Existem dois tipos de

bacias como se pode observar na Figura 8, cuja distinção é a seguinte (Sisaqua e Cenor, 2007):

o bacias de cabeceira, que correspondem a bacias de drenagem que afluem integralmente a

um ponto de entrada no sistema de drenagem. Em geral, a maioria destas bacias

desenvolvem-se geograficamente para montante do sistema de drenagem. As ligações ao

sistema correspondem aos pontos de cabeceira do modelo e na sua maioria a ligação é feita

por descarregadores;

o bacias de percurso, que correspondem a bacias de drenagem que se desenvolvem ao longo

do percurso do sistema de drenagem, existindo várias ligações do sistema em diversas

caixas de visita ao longo do percurso.

Figura 8 – Esquema dos tipos das bacias pluviais (adaptado de Ferreira, 2007).

O programa SWMM considera que as bacias se dividem em sub-bacias permeáveis e

impermeáveis. As sub-bacias permeáveis dividem-se ainda em sub-áreas permeável sem

armazenamento e permeável com armazenamento, e as sub-bacias impermeáveis em sub-áreas

impermeáveis com armazenamento.

Quando surgem acontecimentos pluviosos, parte da precipitação é retida nas zonas com

armazenamento, quando esta excede a capacidade de armazenamento inicia-se então o escoamento

superficial, que irá ser encaminhado para um ponto de entrada na rede de drenagem.

O escoamento superficial é obtido através de um reservatório não-linear e a infiltração no solo

corresponde a perdas de precipitação associadas às áreas permeáveis das bacias. O programa

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SWMM apresenta as alternativas para modelar a infiltração (Modelo de Horton, Modelo de Green e

Ampt e Modelo do Soil Conservation Service).

Os dados de entrada das bacias pluviais são os seguintes:

o atribuição de um udómetro a cada bacia;

o área da bacia (m2);

o largura média da bacia (m), a qual é obtida a partir da relação entre a área da bacia e a

máxima distância da bacia, distância esta que é medida entre o ponto mais afastado da

descarga e a própria descarga;

o declive da bacia pluvial (%);

o percentagem da área impermeável e da área impermeável sem armazenamento (%);

o coeficiente de rugosidade de Manning para o escoamento superficial, tanto para áreas

permeáveis como impermeáveis (s/m1/3

);

o altura de armazenamento sobre a área impermeável da bacia (mm);

o propagação do escoamento segundo as subáreas permeáveis e impermeáveis;

o parâmetros do escoamento subterrâneo;

o ocupação do solo;

o quantidade de sedimentos acumulados ao longo da bacia;

o modelo de infiltração (Modelo de Horton, Modelo de Green e Ampt ou Modelo do Soil

Conservation Service).

Câmaras de visita (Junctions)

As câmaras de visita são nós no sistema de drenagem. As afluências podem entrar no

sistema de drenagem através das câmaras de visita e o excesso de água nas câmaras traduz que o

sistema se encontra em carga. No SWMM, este excesso de água pode perder-se completamente do

sistema de drenagem ou pode ficar estagnado na parte superior das câmaras de visita para

posteriormente entrar de novo no sistema, no SWMM esta opção designa-se: Allow Ponding.

A informação requerida pelo SWMM, no que se refere às câmaras de visita, é a seguinte:

o cota da soleira (m);

o profundidade de soleira (m);

o afluências (m3/s);

o caso não se opte pela função Allow Ponding, o programa exige a área superficial inundada da

caixa de visita (m2) e a altura em carga (m).

Colectores (Conduits)

Os colectores são representados por linhas definidas entre dois nós. O SWMM apresenta

diversas geometrias pré-definidas, secções abertas e fechadas, e outras de geometria irregular para

simular canais naturais. Aplica-se a equação de Manning no colector para expressar a relação entre o

caudal que circula (Q), a sua área da secção transversal (A), raio hidráulico (R) e o declive (S), tanto

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para canais abertos como para colectores fechados parcialmente cheios. A expressão, nas unidades

do Sistema Internacional, é dada por:

(7)

onde n é o coeficiente de rugosidade de Manning. A propagação do escoamento na rede de

colectores pode ser descrita pelo modelo dinâmico completo (equações completas de Saint Venant)

ou pelo modelo cinemático.

Os principais parâmetros de entrada dos colectores são os seguintes:

o cota de montante e jusante do colector, no caso de se utilizar a opção elevation, e altura de

queda (caso exista diferença entre a cota de entrada e de saída do colector), no caso de se

escolher a opção depth (m);

o comprimento do colector (m)

o coeficiente de Manning do colector (s/m1/3

);

o secção transversal do colector e as suas dimensões (m);

o coeficiente de perdas associadas a perdas de energia na entrada e na saída do colector;

o presença ou não de um dispositivo que impeça o retorno do escoamento.

Descarregadores (Weirs)

No SWMM, os descarregadores são representados através de uma ligação entre dois nós

(links), onde o descarregador se encontra adjacente ao nó de montante.

Estes órgãos são normalmente usados para:

o controlar as saídas de caudal dos poços de bombagem;

o prevenir a entrada dos colectores em carga;

o desviar caudais para estações de tratamento.

Os principais parâmetros de entrada de um descarregador são:

o tipo de descarregador;

o comprimento (m);

o altura livre (m);

o declive das paredes;

o coeficiente de vazão;

o presença ou não de um dispositivo que impeça o retorno do escoamento.

O SWMM permite representar os 4 tipos de descarregadores, que se apresentam, no

Quadro 2.

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Quadro 2 - Tipo de descarregadores existentes no SWMM (adaptado de Rossman, 2008)

Tipo de descarregador Forma da secção

transversal Lei de vazão

Transversal (Transverse) Rectangular

Descarga lateral

(Side Flow) Rectangular

Em V (V-Notch) Triangular

Trapezoidal (Trapezoidal) Trapezoidal

onde:

Q – caudal descarregado (m3/s);

CW – coeficiente de vazão (-);

L – comprimento do descarregador (m);

S – declive das paredes do descarregador triangular ou do descarregador trapezoidal (-);

h – carga sobre a soleira do descarregador (m);

CWS – coeficiente de vazão na zona lateral do descarregador trapezoidal (-).

Poço de bombagem (Storage Units)

Os poços de bombagem são nós do sistema de drenagem com capacidade para armazenar

determinados volumes de água para posteriormente serem bombeados. O poço de bombagem é

associado ao nó onde termina um colector e começa o grupo electrobomba estes dois componentes

conectados representam a estação elevatória. A razão deste agrupamento deve-se ao facto do

SWMM não representar condutas em pressão, apenas é modelada através da indicação da origem e

destino de bombagem, isto é, o nó inicial é o poço de bombagem e o final será a câmara de visita

onde começa o sistema gravítico. Entre o nó inicial e o final, representam-se os grupos electrobomba

que são representados como linhas. O escoamento em pressão é simulado a partir das equações de

Saint Venant e do artifício da fenda de Preissmann, referido no capítulo anterior.

As principais características do poço de bombagem são as seguintes:

o cota da soleira (m);

o afluências (m3/s);

o forma geométrica do poço de bombagem;

o caso não se opte pela função Allow Ponding, o programa exige a área superficial inundada

(m2).

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Grupo electrobomba (Pumps)

No SWMM, os grupos electrobombas são representados segundo linhas com a sua curva

característica.

Os dados de entrada relativamente ao grupo electrobomba são os seguintes:

o curva característica de cada bomba (Q, H);

o estado inicial de cada bomba (em funcionamento ou parada).

O funcionamento das bombas e as cotas de arranque e de paragem de cada grupo

electrobomba podem ser controladas através das regras de controlo (control curves).

A curva característica utilizada foi do tipo II no SWMM (Figura 9), que corresponde a uma

bomba instalada em série no sistema, onde o caudal aumenta em função da profundidade do nível de

água no poço de bombagem.

Figura 9 - Curva característica tipo II (adaptado de Rossman, 2008).

Pontos de rejeição (Outfalls)

Os pontos de rejeição são as saídas de caudal do sistema de drenagem, isto é, são nós

terminais do sistema que permitem definir as condições de fronteira entre a descarga e o meio

receptor, com base no método da onda dinâmica para a propagação do escoamento. Para outros

métodos de propagação do escoamento, os pontos de rejeição comportam-se como câmaras de

visita.

Uma restrição do programa SWMM é que apenas é possível conectar uma linha com um

ponto de rejeição. Os principais dados requeridos pelo programa, quanto aos pontos de rejeição, são

os seguintes:

o cota da soleira (m);

o afluências (m3/s);

o tipo de descarga;

o condições de fronteira;

o presença ou não de um dispositivo que impeça o retorno do caudal.

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3.1.3. Componentes Virtuais

Além dos componentes físicos descritos anteriormente, o SWMM apresenta outro tipo de

componentes, os quais não são representados materialmente. O escoamento superficial e

subterrâneo das bacias, os nós do sistema de drenagem no SWMM (câmaras de visita, poços de

bombagem e pontos de rejeição) podem receber outros tipos de afluências, constantes ou variáveis

no tempo, nomeadamente referentes à entrada de águas residuais e/ou pluviais. Estas afluências são

inseridas no SWMM com padrões de tempo.

3.2. Exemplo de Construção de um Modelo no SWMM

Descritos os componentes de simulação do SWMM, seguidamente desenvolve-se uma breve

descrição dos fenómenos e do procedimento que o modelo efectua, bem como, à construção de um

pequeno exemplo prático.

O SWMM utiliza os udómetros (Rain Gages) para representar a precipitação que entra no

sistema, e, posteriormente, analisa os poluentes depositados sobre a superfície do solo (Land Uses).

A superfície do solo é representada através de uma ou mais bacias de drenagem

(Subcatchments) que, por sua vez, recebem a precipitação dos udómetros em forma de chuva ou

neve, gerando: escoamento sob a forma de infiltração para as águas subterrâneas (Groundwater) e

escoamento superficial e cargas poluentes.

O escoamento ao longo do sistema propaga-se por uma rede com elementos de transporte,

colectores (Conduits), câmaras de visita (Juctions), elementos de regulação como orifícios,

descarregadores e válvulas de regulação de caudal (Orifices, Weirs e Outlets) e unidades de

armazenamento (Storage Units), que armazenam água para ser bombeada para cotas superiores

através dos grupos electrobombas (Pumps). Os colectores transportam a água para os pontos de

rejeição (Outfalls) ou para as instalações de tratamento.

Todos os componentes do SWMM são modelados a partir do conceito nó-linha (nodes-links),

o qual se aplica a qualquer forma de rede de drenagem. Este conceito permite que não existam

quebras de rede e que os pontos estejam bem definidos, pois só assim é que se consegue explicar o

incidente nos nós.

Após o estudo e compreensão do SWMM, surgiu a necessidade de ter um primeiro contacto

prático, com a respectiva construção de um modelo. Para tal, procedeu-se à construção de uma

pequena rede de drenagem exemplificativa no manual do programa (Figura 10), com o objectivo de

ter um entendimento quanto:

o à complexidade e funcionalidade do programa;

o à respectiva organização dos comandos do programa;

o às dificuldades sentidas na construção da rede, face à representação e caracterização das

componentes físicas e virtuais;

o à avaliação do tempo dispendido na construção do modelo;

o à necessidade de recurso a sistemas de informação de cadastro das infra-estruturas.

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Figura 10 - Exemplo realizado no SWMM a partir do manual (SWMM, 2009).

Após execução deste exemplo, e face aos objectivos indicados anteriormente, concluiu-se

que:

o o SWMM é um programa algo complexo, mas em contrapartida, extremamente funcional, pois

por exemplo, quando é pedido a informação das componentes físicas, esta é bastante

completa;

o aquando da organização dos diversos conteúdos do programa, verifica-se grande

objectividade, após algum manuseamento do programa, consegue-se ter uma leitura fácil e

directa, que permite alguma comodidade na consulta dos respectivos comando;

o no que diz respeito à construção da rede, face à representação e caracterização das

componentes físicas e virtuais, nomeadamente na realização da terceira etapa do processo

de modelação matemática (construção do modelo), identificou-se uma tarefa morosa e

susceptível a ocorrência de erros, visto os sistemas de drenagem apresentarem inúmeros

órgãos e equipamentos com diversos parâmetros necessários à sua caracterização.

Depois da construção da rede, a necessidade de recorrer a outros sistemas de informação,

em particular no que se refere ao cadastro, tornou-se patente.

Pontos como morosidade e a possibilidade de ocorrerem erros, representam pressupostos

preponderantes para a necessidade de recurso a programas de apoio a informação cadastral, isto é,

Sistemas de Informação Geográfica.

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4. Sistema de Informação Geográfica

4.1. Considerações Gerais

A crescente complexidade dos problemas que se colocam à gestão técnica e operacional de

infra-estruturas de saneamento básico tem vindo a fazer crescer o interesse das entidades

responsáveis pela prestação desses serviços na adopção de novas tecnologias, nomeadamente no

sentido da constituição de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) adaptados às suas

necessidades específicas (Ribeiro de Sousa et al., 1998).

O desenvolvimento dos SIG está intimamente relacionado com o progresso das tecnologias

de informação, os quais têm evoluído de uma forma muito rápida. Um SIG pode desempenhar um

papel de relevo nas diversas áreas de negócio das entidades gestoras, nomeadamente ao nível do

planeamento, operação e manutenção, constituindo-se como um instrumento para uma gestão eficaz

dos sistemas em questão.

Actualmente, os SIG são utilizados como ferramentas de análise geográfica, por excelência,

já que permitem a integração de grandes volumes de informação espacial e de outros tipos num

mesmo sistema e o seu tratamento conjunto (Nunes, 2007).

4.2. Definição de SIG

Um SIG, de uma forma genérica, é um sistema organizado, constituído por hardware,

software, meios humanos e informação georreferenciada, com diversos objectivos (Figura 11) que se

assume como imprescindível para um bom conhecimento do território e para a adequada gestão de

infra-estruturas.

Figura 11 - Objectivos de um SIG.

ArmazenarDecidir

Aceder

Interpretar

Analisar

Planear

Manipular informação

geográfica

Visualizar

Medir

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4.3. Funcionalidade Genérica

O território é um enorme condomínio partilhado pelas entidades que visam implementar as

políticas de interesse público, por todos os cidadãos que o utilizam para satisfazerem necessidades

básicas ou desenvolverem actividades económicas. Por isso, o cadastro é um instrumento

fundamental para suportar as tomadas de decisão que permitam um maior e melhor desenvolvimento

(Santo, 2009)

Um SIG não é uma solução informática para fazer mapas, no entanto também os cria, em

diferentes escalas, em diferentes posições e com diferentes cores. O maior benefício da utilização de

um SIG é o que permite a comunicação de informação espacial, devidamente analisada,

apresentando mapas, gráficos e relatórios de qualidade e especificamente adequados a diferentes

necessidades de análise e decisão (Espanha et al, 2008).

Os SIG de infra-estruturas de saneamento básico apresentam o cadastro organizado e

actualizado, para que as entidades gestoras procedam às intervenções de forma mais rápida e

eficiente. São um forte apoio na elaboração de projectos e reabilitação de sistemas, facilitam a

identificação e localização de uma avaria, e por tal facto, como identificam o local da avaria,

melhoram o processo de tomada de decisão.

Segundo Water Environment Federation (2004), os técnicos optam, cada vez mais, pela

utilização de soluções SIG para executarem diversas funções, tais como:

o actividades de avaliação fiscal;

o registos de clientes e serviços;

o planeamento, ordenamento e gestão da propriedade;

o modelação;

o planeamento ambiental;

o gestão de activos e infra-estruturas;

o reabilitação dos sistemas de infra-estruturas.

Os SIG apoiam a construção de modelos de simulação hidráulica. É exemplo disso a solução

G/InterAqua™, amplamente utilizada em Portugal e, mais recentemente, em Espanha, por entidades

e empresas operadoras de infra-estruturas de saneamento básico.

4.4. A solução de SIG G/InterAqua™

4.4.1. Apresentação Global da Solução SIG G/InterAqua™

A solução de SIG G/InterAqua™, desenvolvida pela AQUASIS, Sistema de Informação, S.A.,

inclui funcionalidades adequadas aos processos de planeamento, operação e manutenção,

desenvolvidos nas Empresas, nomeadamente:

o cadastro;

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o operação e manutenção;

o divulgação e partilha de informação.

O cadastro, entendido como a representação espacial e caracterização de todos os

elementos que constituem o património da Empresa, é o suporte para o desenvolvimento de muitos

dos processos e aplicações informáticas empresarias (AQUASIS1, 2007).

A informação está separada em diferentes camadas temáticas e armazenada de forma

independente, o que permite a sua operacionalização de uma forma mais rápida, simples e objectiva.

Actualmente, a solução de SIG G/InterAqua™ integra diversos temas de informação (Figura 12).

Figura 12 - Temas de informação da solução de SIG G/InterAqua™ (AQUASIS1, 2007).

Cada um destes temas de informação integra um modelo de dados onde são considerados

os órgãos (entidades) dos sistemas, caracterizados de acordo com as melhores práticas de

engenharia e na perspectiva de integração com outros sistemas de informação.

A solução de SIG G/InterAqua™ é um sistema interoperável, pois permite introduzir dados de

origem externa à Empresa em diversos formatos, construindo relações lógicas para posterior partilha

de informação entre várias entidades e produtos. A sua integração com um sistema de manutenção e

gestão de activos, pode beneficiar, não só as operações de operação e manutenção das infra-

estruturas, como também a fiabilidade do próprio cadastro.

A solução de SIG G/InterAqua™ não pretende centralizar em si todos os diferentes processos

inerentes à operação e manutenção dos sistemas; no entanto, sendo por definição o único sistema

empresarial de informação com uma representação espacial do cadastro, é indispensável que esta

seja disponibilizada a outros sistemas de informação, nomeadamente aos sistemas de manutenção e

gestão de activos, os sistemas de clientes, os sistemas de operação e a telegestão, de forma a torná-

los mais eficientes (AQUASIS1, 2007).

Actualmente, com os avanços da tecnologia, é possível transmitir dados via wireless ou via

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GSM, possibilitando introduzir em forma digital os dados de cadastro, simultaneamente com a recolha

dos mesmos em campo, deste modo, obtém-se o cadastro em formato digital, substituindo as cartas

tradicionais de papel.

A utilização da tecnologia Web permite, ainda, a partilha de informação, quer no interior das

entidades e empresas, quer com agentes exteriores (Câmaras Municipais, projectistas, empreiteiros e

empresas de outsourcing), desde que certificados para o efeito.

A representação espacial das diferentes intervenções a realizar em campo, permite a

optimização dos recursos existentes e uma melhor distribuição das tarefas a executar, bem como o

estabelecimento de programas de reabilitação dos sistemas mais consistentes e baseados em

critérios objectivos.

4.4.2. Módulos dos Diversos Temas

A solução de SIG G/InterAqua™ está organizada em módulos, os quais estão presentes em

todos os temas. Para uma melhor compreensão desta solução, apresenta-se uma breve descrição de

alguns dos principais módulos.

Módulo Administração

O Módulo de Administração apresenta de forma estruturada os temas de informação

presentes na solução que estejam sujeitos a um modelo de regras e destina-se a configurar e

parametrizar as entidades presentes nesses modelos de dados (Figura 13). Permite, também, gerir o

modo de apresentação das entidades nos diferentes menus que suportam a solução.

Figura 13 - Caixa de diálogo do Módulo Administração no tema Saneamento

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

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Esta solução de SIG apresenta uma estrutura para a disposição dos atributos associados a

cada componente dentro de cada entidade do modelo (Figura 14).

Figura 14 - Estrutura do modelo (AQUASIS, 2009).

Um determinado componente pode ser partilhado por várias entidades (Figura 15).

Figura 15 - Exemplo de uma componente comum a todas as entidades e outra componente específica de uma

entidade (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Componente comum a

todas as entidades

Componente específico da

entidade

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Na solução de SIG G/InterAqua™ os atributos das entidades encontram-se devidamente

estruturados em menus, os quais podem estar divididos segundo vários separadores para as

diferentes características, como se pode verificar para o caso de uma câmara de visita na Figura 16.

Figura 16 - Quadro de registo da entidade “câmara normal” do G/InterAqua™

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Os atributos podem ser listas, sendo a manutenção destas listas, bem como as suas

relações, asseguradas por este módulo (Figura 17).

Figura 17 - Exemplo de um atributo com lista (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Diversos

separadores

Atributos do

registo da

câmara

normal

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Módulo Multimédia

Na solução SIG G/InterAqua™ existe um campo reservado ao catálogo multimédia (Figura

18), onde podem ser associados ficheiros de Word, Excel, fotografias, filmes, desenhos DWG, entre

outros, e permitindo ao utilizador ter uma visão mais realista das infra-estruturas, dos órgãos e

equipamentos existentes. É de referir ainda que os desenhos AutoCad, constam da base de dados,

podendo, depois de devidamente organizados e categorizados, ser consultados, no catálogo

multimédia, de um modo transparente para o utilizador final.

Figura 18 - Campo multimédia para uma câmara com descarregador

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Módulo Relatórios

O Módulo Relatórios produz relatórios acerca dos atributos das entidades contidas no modelo

de dados. Esta funcionalidade permite uma visualização, de forma organizada, dos atributos

escolhidos de cada entidade, para a produção de inventários e para uma gestão eficaz.

Módulo Modelação Matemática

Para se realizar modelação matemática de um sistema de abastecimento de água é

necessário construir, um ficheiro topológico, o qual leva o seu tempo. Este ficheiro permite

caracterizar toda a configuração geométrica da rede de distribuição de água e as características, por

exemplo diâmetro, rugosidade e comprimento das tubagens, e que um programa de simulação

hidráulica consegue ler. Este ficheiro apresenta uma formatação específica, dependendo do

programa, em que expõe normalmente as entidades separadas por secções dentro de parênteses

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rectos e os atributos encontram-se separados por tabulações (Tab). Toda a informação que vem a

seguir a estas secções é lida pelo programa de simulação. Para uma fácil leitura do ficheiro, são

acrescentadas informações antecedidas, normalmente, de pontos e virgula (;), para indicar que esta

informação não é para ser lida, e apenas para ser visualizada no próprio ficheiro. Na

Figura 19, apresenta-se um extracto, de um ficheiro utilizado pelo programa EPANET, da

Environmental Protection Agency, onde podem ser visualizados os conceitos acima explicados.

Figura 19 - Parte de um ficheiro topológico (tubagens), de entrada para o EPANET (AQUASIS2, 2007).

A solução SIG G/InterAqua™ apresenta a funcionalidade de gerar automaticamente este

ficheiro topológico, de input para o EPANET. Este programa, tal como o SWMM, também se encontra

disponível gratuitamente, sendo um simulador amplamente utilizado para sistemas de distribuição de

água.

4.4.3. Módulo para Modelação Matemática de Drenagem Urbana

Uma vez criada a funcionalidade de gerar o ficheiro topológico a partir do G/InterAqua™ para

um simulador de distribuição de água, torna-se ambicioso realizar o mesmo trabalho para um

simulador do comportamento dos sistemas de drenagem urbana.

Para cumprir este objectivo, ou seja, a criação de um módulo desta natureza, foi necessário

fazer um estudo exaustivo do modelo SWMM (Capítulo 3), mais especificamente a caracterização das

infra-estruturas, de modo a elaborar um cadastro em SIG, para que se proceda à criação do ficheiro

topológico para o SWMM, designado Módulo Modelação Matemática (SWMM). Este tem como

finalidade gerar o ficheiro topológico automático de exportação para o SWMM.

Posteriormente à introdução da designação do respectivo módulo, analisaram-se as

entidades presentes no Módulo Administração do tema Saneamento (Anexo 1) para se proceder à

respectiva integração do mesmo, aspecto que será apresentado no Capítulo seguinte.

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5. Integração do SWMM com a Solução de SIG G/InterAqua™

5.1. Considerações Introdutórias

Após a apresentação do programa SWMM (Capítulo 3) e da solução de SIG G/InterAqua™

(Capítulo 4), neste Capítulo apresenta-se a integração realizada entre a solução de SIG e o programa

SWMM, tema central da presente dissertação.

Como já foi referido, os modelos de simulação de sistemas de drenagem, como o SWMM,

têm uma necessidade significativa de dados, que em geral, se encontram no cadastro da entidade

gestora. No entanto, construir o ficheiro de dados do modelo de simulação com base no cadastro é

uma tarefa morosa, e sujeita a erros se for efectuado de forma manual. A criação de uma base de

dados do cadastro com uma estrutura adequada pode permitir uma fácil automatização deste

processo. Nestas circunstâncias a entidade gestora só se terá que preocupar em actualizar uma

única base de dados e deixa de ter necessidade de actualizar, por um lado, o cadastro, e, por outro, o

ficheiro de dados do modelo.

Com objectivo de se efectuar a ligação, entre o cadastro e o modelo de simulação SWMM, é

necessário um conjunto de etapas. Para desenvolver esta integração propõe-se as seguintes etapas:

o identificação das opções de simulação;

o desenvolvimento da interface das entidades;

o desenvolvimento da interface dos atributos;

o criação do ficheiro topológico.

Exposto isto, passa-se, seguidamente, à descrição de cada uma das etapas anteriormente

indicadas para a integração entre a solução de SIG e o programa SWMM.

5.2. Opções de Simulação

Como primeiro passo da integração do módulo SWMM na solução de SIG G/InterAqua™, é

necessário identificar com exactidão as diversas opções de simulação do SWMM (Figura 20). Sendo

assim, as diversas funções a ponderar são:

o as unidades utilizadas para definir o caudal, entre as possíveis, m3/s, l/s ou 1000 l/dia;

o a opção elevation ou depth;

o os modelos de infiltração nas bacias de drenagem, entre eles, os modelos de Horton, de

Green e Ampt, e do SCS;

o os modelos de propagação do escoamento nos colectores, que são, modelo do reservatório,

modelo cinemático e modelo dinâmico;

o a escolha ou não da opção Allow Ponding.

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Figura 20 - Caixa de diálogo do SWMM para as opções da simulação (Fonte: SWMM, 2009).

Com as diversas opções identificadas, procede-se à sua análise, tendo em conta o interface

das entidades, bem como o interface dos respectivos atributos.

5.3. Interface das Entidades e dos Atributos

Após o reconhecimento das entidades presentes no SWMM, udómetros (Rain Gages), bacias

pluviais (Subcatchements), câmaras de visita (Juctions), pontos de rejeição (Outfalls), poços de

bombagem (Storage Units), colectores (Conduits), bombas (Pumps) e descarregadores (Weirs),

recorreu-se à ferramenta da solução de SIG G/InterAqua™ Administração para poder identificá-las no

Módulo Administração, e posteriormente proceder às associações dos respectivos atributos.

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37

Após se proceder à análise da estrutura de dados de cadastro do SIG G/Interaqua™ e da

estrutura do ficheiro de dados do SWMM, obteve-se a correspondência que se apresenta no Quadro 3.

Quadro 3 - Associações entre as entidades do SWMM e da solução de SIG G/InterAqua™

Entidades

SWMM

Entidades da solução de

SIG G/InterAqua™

Udómetro (Rain Gages) Udómetro

Câmara de visita (Juctions) Câmara normal

Colectores (Conduits) Troço de colector

Troço de colector/emissário

Bomba (Pumps) Grupo electrobomba

Descarregador (Weirs) Câmara com descarregador

Quanto às restantes entidades, bacia pluvial, ponto de rejeição e poço de bombagem, uma

vez que não existiam na solução de SIG G/InterAqua™, foi necessário criá-las.

Para as entidades a introduzir no Módulo Administração e mais especificamente no Menu

Saneamento, a informação foi obtida em formato digital. Concluído este passo, seguiu-se, através do

mesmo esquema de trabalho, a interface dos atributos.

Identificaram-se os atributos de cada entidade no SWMM e de seguida no menu das

entidades do G/InterAqua™, procedeu-se à identificação dos atributos existentes e dos que seriam

necessário introduzir. A descrição dos atributos das diversas entidades está apresentada no Anexo 2.

A introdução do cadastro nos menus estruturados, consiste na recolha de informação

descritiva das infra-estruturas, como por exemplo, cota de soleira, profundidade de soleira e secção

do colector. Para os atributos que se repetem nas diversas entidades, realizou-se uma matriz para a

sua fácil introdução nas listas, Anexo 3.

De seguida, apresenta-se a interface dos atributos respectivos a cada entidade.

Udómetro (Rain Gages)

Na solução de SIG G/InterAqua™ existia a entidade udómetro (UDÓMETRO), mas este não

apresentava qualquer tipo de atributo, excepto a sua localização geográfica, pelo que se criaram

todos os atributos necessários (Quadro 4).

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Quadro 4 - Atributos carregados na entidade UDÓMETRO

ATRIBUTOS SWMM

ATRIBUTOS DA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

ATRIBUTOS EXISTENTES ATRIBUTOS CARREGADOS

Name IPID -

X-Coordinate Coordenada M -

Y-Coordinate Coordenada P -

Rain Format - Tipo de dados

Rain Interval - Intervalo

Data Source - Fonte de dados

Bacias Pluviais (Subcatchments)

A entidade bacia pluvial não existia na solução de SIG G/InterAqua™, pelo que foi necessário

criá-la (BACIA PLUVIAL). A sua delimitação foi criada como entidade SIG e os seus atributos foram

carregados, de acordo com o Quadro 5.

Quadro 5 - Atributos carregados na entidade BACIA PLUVIAL

ATRIBUTOS SWMM

ATRIBUTOS DA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

ATRIBUTOS EXISTENTES ATRIBUTOS CARREGADOS

Name IPID -

X-Coordinate - Coordenada M

Y-Coordinate - Coordenada P

Rain Gage

Udómetro entrada

Outlet Caixa de saída -

Area - Área da bacia

Width - Largura da bacia

% Slope - Declive da bacia

% Imperv - Percentagem de área impermeável

N-Imperv - Coeficiente de Manning para a área impermeável

N-Perv - Coeficiente de Manning para a área permeável

Dstore-Imperv - Altura sobre a área impermeável

Dstore-Perv - Altura sobre a área permeável

%Zero-Imperv - Percentagem área impermeável zero

Subarea Routing - Tipo de escoamento

Percent Routed - Percentagem de escoamento

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Quadro 5 - Atributos carregados na entidade BACIA PLUVIAL (Continuação)

ATRIBUTOS SWMM

ATRIBUTOS DA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

ATRIBUTOS EXISTENTES ATRIBUTOS CARREGADOS

Modelo Horton:

Modelo Horton:

Max. Infil. Rate - Taxa de infiltração máxima

Min. Infil. Rate - Taxa de infiltração mínima

Decay Constant - Constante de decaimento

Drying Time - Tempo de secagem

Max. Volume - Volume máximo

A área da bacia, bem como a respectiva largura, são parâmetros obtidos directos pela

solução de SIG G/InterAqua™. No que diz respeito aos restantes parâmetros, são introduzidos

manualmente.

Câmaras de visita (Junctions)

As câmaras de visita eram entidades na solução de SIG G/InterAqua™ (CÂMARA NORMAL)

e carregadas quanto aos atributos, cota de soleira e profundidade de soleira.

No que respeita às afluências e aos restantes parâmetros, foram também carregados

conforme figuram no Quadro 6.

Quadro 6 - Atributos carregados na entidade CÂMARA NORMAL

ATRIBUTOS SWMM

ATRIBUTOS DA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

ATRIBUTOS EXISTENTES ATRIBUTOS CARREGADOS

Name IPID -

X-Coordinate Coordenada M -

Y-Coordinate Coordenada P -

Invert Elevation Cota soleira -

Max. Depth Profundidade soleira -

Initial Depth - Altura inicial

Surcharge Depth - Altura adicional

Ponded Area - Área superficial

Inflows:

Afluências:

Parameter - Tipo de parâmetro

Average Value - Valor médio

Time Patterns - Padrão de tempo

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Troço de colector e troço de emissário (Conduits)

Toda a rede de colectores (troços de colectores e troços de emissários) encontrava-se

carregada na solução de SIG G/InterAqua™, excepto um dos atributos, o qual foi introduzido e que se

caracteriza por coeficiente de rugosidade de Manning. As associações dos atributos desta entidade

mostram-se no Quadro 7.

Quadro 7 - Atributos carregados na entidade troço de COLECTOR e TROÇO DE EMISSÁRIO

ATRIBUTOS SWMM

ATRIBUTOS DA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

ATRIBUTOS EXISTENTES ATRIBUTOS CARREGADOS

Name IPID -

Inlet Node Nó inicial -

Outlet Node Nó final -

Shape: Tipo de secção: -

Geom1 Diâmetro / Dimensão maior -

Geom2 Dimensão menor -

Geom3 Altura -

Length Comprimento -

Flap Gate Válvula de retenção/maré -

Roughness - Coeficiente de rugosidade de Manning

Inlet Offset Cota montante -

Outlet Offset Cota jusante -

Initial Flow - Escoamento inicial

Maximum Flow - Escoamento máximo de transporte

Nos atributos Inlet offset e Outlet offset foram utilizadas as cotas de montante e jusante,

respectivamente, pois escolheu-se a opção elevation e não depth, uma vez que estes atributos já se

encontravam carregados. Desta forma, com a opção elevation deixa de ser necessário introduzir a

altura de queda, sendo esta a diferença entre a cota de montante ou de jusante, e a cota de soleira,

conforme se trate de Inlet ou Outlet. Para uma melhor compreensão, na Figura 21 estão identificados

cota de jusante do colector (1), cota de soleira da câmara de visita (2) e a diferença entre estas duas

representa a altura de queda.

Figura 21 - Explicação do Inlet offset e Outlet offset (Rossman, 2008).

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Câmaras com descarregadores (Weirs)

As câmaras com descarregador, enquanto na solução de SIG G/InterAqua™ são

representados por nós, no SWMM são linhas; em face disto, a sua interface, foi atribuído a cada

câmara com descarregador uma câmara de visita (nó), a montante e a jusante. Como se pode

verificar no Quadro 8, os atributos da câmara de visita repetem-se para montante e jusante, mas

estas câmaras na realidade não existem, apenas servem de apoio à modelação matemática. Na

solução de SIG G/InterAqua™ apenas aparecem na caracterização da câmara com descarregador.

As características dos descarregadores inseridos no modelo foram carregadas segundo o

Quadro 8.

Quadro 8 - Atributos carregados na entidade CÂMARA COM DESCARREGADOR

ATRIBUTOS SWMM

ATRIBUTOS DA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

ATRIBUTOS EXISTENTES ATRIBUTOS CARREGADOS

Name IPID -

X-Coordinate Coordenada M -

Y-Coordinate Coordenada P -

Flap Gate Válvula de Maré -

Type: - Tipo de descarregador:

TRANSVERSE - Transversal rectangular

SIDEFLOW - Lateral rectangular

V-NOTCH - Triangular

TRAPEZOIDAL - Trapezoidal

Height - Altura livre

Inlet Offset - Cota de soleira

Inlet Node Nó inicial -

Outlet Node Nó final -

Discharge Coeff. - Coeficiente de vazão

End Coeff. - Coeficiente de escoamento

End Contractions - Número de contracções

Length - Comprimento mureto

Side Slope - Declive parede lateral

Inlet Juction:

Câmara de Montante:

Invert Elevation - Cota de soleira Montante

Max. Depth - Profundidade à soleira Montante

Parameter - Tipo de parâmetro Montante

Average Value - Valor médio Montante

Time Patterns - Padrão de tempo Montante

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Quadro 8 - Atributos carregados na entidade CÂMARA COM DESCARREGADOR (Continuação)

ATRIBUTOS SWMM

ATRIBUTOS DA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

ATRIBUTOS EXISTENTES ATRIBUTOS CARREGADOS

Outlet Juction:

Câmara de Jusante:

Invert Elev. - Cota de soleira Jusante

Max. Depth - Profundidade à soleira Jusante

Parameter - Tipo de parâmetro Jusante

Average Value - Valor médio Jusante

Time Patterns - Padrão de tempo Jusante

Poço de bombagem (Storage Units)

A entidade poço de bombagem existia na solução de SIG G/InterAqua™ como uma área, o

que diz respeito ao recinto da estação elevatória.

Deste modo, foi introduzido no G/InterAqua™ um nó representativo do poço de bombagem,

uma vez que a localização deste órgão é simbólica, pois o SWMM não trata condutas elevatórias e

abstrai-se de todo o recinto. Assim, existem alguns dispositivos que são ignorados na modelação dos

sistemas de drenagem (YEN, 1986) como exemplo disso referem-se as válvulas de retenção e as

válvulas de suspensão.

Na solução de SIG G/InterAqua™, associa-se o poço de bombagem às bombas, e

posteriormente as bombas à câmara de visita onde finaliza a conduta elevatória, não representando

assim os troços de colector e de conduta.

Todos os parâmetros exigidos pelo SWMM foram carregados com base no Quadro 9.

Quadro 9 - Atributos carregados na entidade POÇO DE BOMBAGEM

ATRIBUTOS SWMM

ATRIBUTOS DA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

ATRIBUTOS EXISTENTES ATRIBUTOS CARREGADOS

Name IPID -

X-Coordinate Coordenada M -

Y-Coordinate Coordenada P -

Invert Elevation. Cota soleira -

Max. Depth Profundidade soleira -

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Quadro 10 - Atributos carregados na entidade POÇO DE BOMBAGEM (Continuação)

ATRIBUTOS SWMM

ATRIBUTOS DA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

ATRIBUTOS EXISTENTES ATRIBUTOS CARREGADOS

Inflows: - Afluências:

Parameter - Tipo de parâmetro

Average Value - Valor médio

Time Patterns - Padrão de tempo

Evap. Factor - Factor de evaporação

Shape Curve Functional: - Tipo de poço

Coeff - Coeficiente (A)

Exponent - Expoente (B)

Constant - Constante (C)

StorageCurve Tabular - Nome da curva

Grupo electrobomba (Pumps)

Os atributos dos grupos electrobombas foram carregados segundo o Quadro 11.

Quadro 11 - Atributos carregados na entidade GRUPO ELECTROBOMBA

ATRIBUTOS SWMM

ATRIBUTOS DA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

ATRIBUTOS EXISTENTES ATRIBUTOS CARREGADOS

Name IPID -

X-Coordinate Coordenada M -

Y-Coordinate Coordenada P -

Inlet Node Nó inicial -

Outlet Node Nó final -

Initial Status (ON, OFF) - Estado inicial (ON, OFF)

Startup Depth - Cota de arranque (m)

Shutoff Depth - Cota de paragem (m)

Pump Curve - Nome da curva

As características do funcionamento dos grupos electrobombas são introduzidas nas regras

de controlo (Controls Rules) no próprio SWMM.

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Pontos de rejeição (Outfalls)

No caso dos pontos de rejeição, existiam como entidades (PONTO REJEIÇÃO) na solução

de SIG G/InterAqua™, mas não se encontravam carregados.

Os atributos exigidos pelo SWMM para caracterizar os pontos de rejeição foram introduzidos

conforme se apresentam no Quadro 12.

Quadro 12 - Atributos carregados na entidade PONTO DE REJEIÇÃO

ATRIBUTOS SWMM

ATRIBUTOS DA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

ATRIBUTOS EXISTENTES ATRIBUTOS CARREGADOS

Name IPID -

X-Coordinate Coordenada M -

Y-Coordinate Coordenada P -

Invert Elevation - Cota de descarga

Inflow: - Afluências:

Parameter - Tipo de parâmetro

Average Value - Valor médio

Time Patterns - Padrão de tempo

Type: - Tipo de descarga:

FREE - Livre

Time Series - Parâmetro de descarga

Tide Gate - Com válvula a montante

5.4. Ficheiro Topológico

Após a respectiva identificação e análise da interface das entidades e dos atributos, procede-

se, posteriormente, à criação do ficheiro topológico.

O ficheiro topológico permite que uma área seleccionada, incluindo todas as entidades e

atributos presentes no seu cadastro, venha a ser exportada para o programa de modelação

matemática SWMM.

Para tal, criou-se um comando na barra de ferramentas na solução de SIG G/InterAqua™

(Figura 22), onde surge uma caixa de diálogo da modelação SWMM, onde se identifica o ficheiro e as

opções de simulação, para posteriormente ser então gerado o ficheiro topológico (Figura 23).

Figura 22 - Comando da barra de ferramentas da solução de SIG G/InterAqua™ para gerar o ficheiro topológico

para o SWMM (adaptado da solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

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Figura 23 - Caixa de diálogo para a geração do ficheiro topológico

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Exposta a integração do módulo SWMM na solução de SIG G/InterAqua™ e como forma de

valorização do trabalho efectuado, surge a necessidade de demonstrar as mais-valias desta

interligação, com o desenvolvimento de um caso de estudo, aspecto que será desenvolvido no

Capítulo seguinte.

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6. Caso de Estudo

6.1. Enquadramento

A existência de infra-estruturas de saneamento de águas residuais é essencial para a

preservação dos recursos hídricos, para a melhoria da qualidade do ambiente, para a existência de

boas condições sanitárias e para a melhoria da qualidade de vida das populações.

Em Portugal os sistemas de saneamento de águas residuais dividem-se em multimunicipais

(normalmente designados em linguagem corrente por sistemas em “alta”) e municipais (normalmente

designados em linguagem corrente por sistemas em “baixa”). Os sistemas em “alta” e “baixa”

distinguem-se pelo seguinte: entende-se por “alta” as infra-estruturas que permitem a recolha nos

pontos de entrega, o transporte, o tratamento e o destino final rejeição de águas residuais, e por

“baixa” as infra-estruturas que permitem, desde os domicílios das populações servidas, a condução

das águas residuais até aos pontos de entrega (INAG, IRAR e AdP, 2008).

A entidade gestora do sistema em “alta” não é, normalmente, a entidade gestora do sistema

em “baixa” para o qual descarrega.

A Figura 24 apresenta uma distribuição geográfica das entidades gestoras dos sistemas em

“alta”.

Para testar a integração realizada entre o SWMM e a solução de SIG G/InterAqua™ e o

SWMM, recorreu-se à entidade gestora da rede em “alta” que possuísse a solução SIG

G/InterAqua™ e que tivesse modelado o seu sistema com o programa SWMM, tendo a escolha

recaído na SIMTEJO - Saneamento Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão, S.A. A SIMTEJO é

responsável pela rede em “alta” de Lisboa e a rede em “baixa” ao cargo da Câmara Municipal Lisboa.

O caso de estudo incidiu no subsistema de Beirolas gerido pela SIMTEJO, a qual é

responsável pelo serviço de saneamento de águas residuais em alta.

Para introduzir dados correctos de cadastro nos atributos das respectivas entidades, tomou-

-se como base o estudo Sisaqua e Cenor (2007), uma vez que não foram realizados qualquer tipo de

trabalho de levantamento de cadastro em campo. Este estudo foi realizado para se perceber como a

entidade gestora (SIMTEJO) deveria intervir na rede de Beirolas para reduzir as afluências ao

sistema.

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Figura 24 - Entidades gestoras responsáveis pelo serviço de saneamento de águas residuais em alta

(Fonte: www.adp.pt, 2009).

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O serviço de saneamento de águas residuais, na sua generalidade, segue um procedimento,

no qual recolhe as rejeições provenientes das actividades domésticas, públicas, comerciais e/ou

industriais. O mesmo assegura um tratamento adequado e descarrega as águas tratadas em

condições que não terem um impacte negativo na qualidade da água dos meios receptores (Figura

25).

Figura 25 - Procedimento para as águas residuais (INAG, IRAR e AdP, 2008).

Águas Residuais

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6.2. Apresentação da SIMTEJO

A SIMTEJO foi criada em Novembro de 2001 e corresponde a uma Empresa cujos

accionistas são a Águas de Portugal, S.G.P.S., S.A. e os Municípios, da Amadora, Lisboa, Loures,

Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira (Figura 26).

Esta Empresa, em regime de concessão, detém a exclusividade da exploração e gestão do

Sistema Multimunicipal de Saneamento do Tejo e Trancão, sendo também a responsável pela

construção das infra-estruturas em “alta” dos diversos municípios.

Figura 26 - Área de intervenção da SIMTEJO (adaptado de www.simtejo.pt, 2009).

A SIMTEJO tem objectivos muito claros: recolher, tratar e rejeitar as águas residuais destes

municípios, visando a prestação de um serviço de qualidade com respeito pelos aspectos essenciais

de ordem social e ambiental, assim como a disponibilização das suas capacidades ao serviço do

interesse nacional (SIMTEJO, 2008).

Para o cumprimento dos objectivos apontados no parágrafo anterior, é responsável pela

concepção, construção, extensão, reparação, renovação, manutenção e melhoria das obras e

equipamentos.

A construção das infra-estruturas de saneamento – interceptores, emissários e estações

elevatórias – localizadas nos municípios, irá possibilitar o tratamento de efluentes, melhorando as

condições sanitárias e a qualidade de vida da população local. Assim, a SIMTEJO está a contribuir

para a despoluição dos rios Tejo e Trancão, preservando a qualidade do ambiente e dos recursos

hídricos, e a qualidade de vida das populações na área servida.

No Quadro 13, estão representados os subsistemas de saneamento do Sistema

Multimunicipal.

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Quadro 13 - Subsistemas de Saneamento dos Sistemas Multimunicipais de Saneamento da SIMTEJO

Sistema Multimunicipal

de Saneamento

Subsistemas de

Saneamento

Lisboa

Alcântara

Chelas

Beirolas

Loures

Frielas

Bucelas

S. João da Talha

Vila Franca de Xira

Alverca

Vila Franca de Xira

Pequenos subsistemas

Mafra

Mafra

Ericeira

Malveira

Pequenos subsistemas

A presente dissertação incide no subsistema de saneamento de Beirolas do Subsistema

Multimunicipal de Saneamento de Lisboa.

6.3. Modelo Matemático do Subsistema de Beirolas

Como forma de verificar a fiabilidade da integração efectuada, o presente caso de estudo

incidiu sobre o modelo matemático do subsistema em alta de Beirolas em SWMM, cedido pela

SIMTEJO. Através do SWMM foi possível a interpretação de vários cenários do comportamento do

sistema, com vista a uma leitura o mais próxima da realidade, de forma a avaliar as alternativas de

controlo de afluências pluviais propostas.

O subsistema de Beirolas está delimitado a norte pelo aeroporto da Portela, a leste pelo

Beato, a oeste pelo concelho de Loures e a Sul pelo Parque das Nações, servindo a freguesia de

Santa Maria dos Olivais e ainda uma parte do concelho de Loures. É composto por duas bacias

distintas, abrangendo uma área total de 1 700 hectares servindo 204 000 habitantes equivalentes,

constituído por 7 estações elevatórias e emissários gravíticos numa rede de 18 km de interceptores,

que confluem na ETAR de Beirolas (Figura 27), que está inserida dentro do Parque das Nações e

preparada para receber as águas residuais urbanas provenientes da Zona Oriental de Lisboa (Santa

Maria dos Olivais, Marvila e Parque das Nações) e ainda parte dos afluentes produzidos no Concelho

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de Loures (Moscavide, Portela, Prior Velho, Unhos, Apelação, Camarate e Sacavém), produzindo um

caudal tratado de 62 000m3/dia (SIMTEJO, 2008).

Figura 27 - ETAR de Beirolas (Fonte: www.SIMTEJO.pt, 2009).

O modelo matemático do subsistema em “alta” de Beirolas foi avaliado por subsistemas que

foram identificados pela respectiva estação elevatória (EE12, EE13, EE14, EE15, EE16+EE17,

EESacavém) e os sistemas gravíticos que corresponde a sete bacias que drenam graviticamente

para a ETAR (Sisaqua e Cenor, 2007).

Dada a complexidade deste sistema, e ao prazo para a realização da presente dissertação, o

teste da integração do programa SWMM com a solução de SIG G/InterAqua™ foi apenas aplicado o

subsistema EE12 (Figura 28). A EE12 é a primeira estação elevatória da linha de transporte

sequencial até à ETAR de Beirolas, recebe os caudais de seis bacias de drenagem (Subcatchments),

e é constituído por 34 câmaras de visita (Junctions), 42 colectores (Conduits), quatro

descarregadores (Weirs), uma unidade de armazenamento (Storage units), três bombas (Pumps),

dois pontos de descarga do sistema (Outfalls) e um udómetro (Rain Gages).

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Figura 28 - Na esquerda carta militar com as bacias georreferenciadas do modelo de Beirolas, na direita

ortofotomapa com as bacias georreferenciadas do subsistema EE12 de Beirolas

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

6.4. Ficheiro Topológico do Subsistema EE12 de Beirolas

O primeiro passo, na introdução dos dados em ambiente da solução de SIG G/InterAqua™,

consistiu em georreferenciar todos os órgãos. Uma vez que o subsistema da EE12 de Beirolas não

estava totalmente carregado na solução de SIG G/InterAqua™, de modo a facilitar a localização de

todas as infra-estruturas, fez-se a exportação das coordenadas de todas as entidades do estudo do

modelo do subsistema EE12 de Beirolas em SWMM cedido pela SIMTEJO, para a solução de SIG

G/InterAqua™. Deste modo, garantiram-se as infra-estruturas existentes, e, relativamente às que

estavam em falta, georreferenciaram-se em SIG com o maior rigor possível.

Toda a informação respeitante aos atributos das diversas entidades foi carregada de acordo

com o modelo matemático de Beirolas em SWMM já calibrado (Anexo 4).

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Udómetro (Rain Gages)

Apresenta-se na Figura 29, o udómetro que mede o caudal que irá drenar nas bacias do

subsistema da EE12.

Figura 29 - Carta militar com o udómetro georreferenciado no subsistema EE12

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Bacias Pluviais (Subcatchments)

A delimitação das bacias pluviais do subsistema EE12 de Beirolas (B1, B2, B3, B4, B28 e

B29) foi desenhada a partir de informação fornecida em AutoCad pela SIMTEJO (Figura 30) e os

atributos foram introduzidos com os dados que se encontram patentes no ponto 1. do Anexo 4.

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Figura 30 - Ortofotomapa com as bacias de drenagem georeferenciadas do subsistema EE12 de Beirolas.

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

No processo de validação, diversos parâmetros das bacias de drenagem foram ajustados,

como é o caso da percentagem de área impermeável que permite considerar armazenamento,

valores do coeficiente de Manning representativos da área permeável e impermeável, entre outros

(Sisaqua e Cenor, 2007).

Câmaras de visita (Junctions)

As câmaras de visita do subsistema de Beirolas (Figura 31) foram carregadas segundo o

ponto 2. do Anexo 4.

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Figura 31 - Ortofotomapa com as câmaras de visitas georreferenciadas

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Nas figuras 32, 33 e 34 ilustra-se uma câmara de visita carregada no campo multimédia da

solução de SIG G/InterAqua™.

Figura 32 - Fotografia da câmara

de visita 401

(Fonte: solução de SIG

G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Figura 33 - Fotografia da câmara

de visita antes da limpeza

(Fonte: solução de SIG

G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Figura 34 - Fotografia da câmara

de visita após limpeza

(Fonte: solução de SIG

G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

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Troços de colector e troços de emissário (Conduits)

Em relação à rede de colectores do subsistema de Beirolas (Figura 35), foram inseridos os

troços de colector e troços de emissário, que se apresentam nos pontos 3. e 4. do Anexo 4,

respectivamente.

Figura 35 - Ortofotomapa com a rede georreferenciada

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Câmaras com descarregadores (Weirs)

Os descarregadores presentes no subsistema EE12 de Beirolas são de descarga lateral, e as

características dos descarregadores inseridos no modelo foram introduzidos segundo o ponto 5. do

Anexo 4.

Como se pode observar na Figura 36, as bacias B1, B2, B3 e B4 são bacias de cabeceira, as

quais têm associadas as respectivas câmaras com descarregador (101267, 101268, 101271 e

101272) e as bacias B28 e B29 são bacias de percurso.

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Figura 36 - Bacias de drenagem e câmaras com descarregador - subsistema EE12 de Beirolas

georreferenciadas (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Na Figura 37, pode-se observar, a partir do campo multimédia, um corte transversal do SIG

da SIMTEJO da câmara com descarregador 101272 do subsistema da EE12 de Beirolas.

Figura 37 - Corte transversal da câmara com descarregador 101272 do subsistema da EE12 de Beirolas

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

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Poço de bombagem (Storage Units)

O poço de bombagem está representado apenas por um ponto simbólico no recinto da

estação elevatória (Figura 38), e foi dado de entrada segundo o ponto 6. do Anexo 4.

Figura 38 - Ortofotomapa com a representação do poço de bombagem da EE12

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Grupo electrobomba (Pumps)

A EE12 recebe os caudais das bacias B1, B2, B3, B4 B28 e B29 e é constituída por três

grupos electrobomba, estando sempre duas bombas em funcionamento simultâneo e a outra serve

de reserva para alguma eventualidade, como por exemplo avaria ou limpeza.

Segundo o estudo Sisaqua e Cenor (2007), as características inseridas no modelo para a

EE12 para períodos de tempo seco, estão apresentadas nas regras de controlo (Controls Rules) (Figura

39), e durante eventos de precipitação a EE12 encerra, não havendo bombagens de caudal.

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Figura 39 - Caixa de diálogo das regras de controlo (Sisaqua e Cenor, 2007).

Como referido nos Capítulos 3 e 5, o SWMM não trata condutas em pressão, sendo as

estações elevatórias representadas no modelo através de uma unidade de recepção e

armazenamento de caudal (poço de bombagem) ligado ao sistema gravítico a jusante, através de

linhas de bombagem (bombas). A conduta elevatória (Figura 40) não é representada fisicamente

terminando as linhas de bombagem na extremidade de jusante da conduta elevatória existente no

sistema real.

Figura 40 - Ortofotomapa com a conduta elevatória georreferenciada

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

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Pontos de rejeição (Outfalls)

No caso do subsistema de Beirolas, os pontos de rejeição não se encontravam carregados,

uma vez que a gestão é da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa e não a SIMTEJO.

Estes pontos foram introduzidos com base na exportação das suas coordenadas a partir do modelo

do subsistema da EE12 de Beirolas no SWMM e com o auxílio da rede de Lisboa, para que a sua

localização fosse a correcta (Figura 41). Os dados dos pontos de rejeição estão apresentados

ponto 7. do Anexo 4.

Figura 41 - Ortofotomapa com os pontos de rejeição georreferenciados

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

Ficheiro topológico

Após o carregamento digital completo do subsistema da EE12 de Beirolas, foi realizado uma

Query (pesquisa de todas as entidades que SWMM) em todas as entidades pertencentes a este

subsistema, as quais foram seleccionadas pelo comando Select by Legend da barra de ferramentas

da solução de SIG G/InterAqua™ de modo a ser gerado o ficheiro topológico.

Ao pressionar o respectivo botão para gerar o ficheiro, surge então a caixa de diálogo onde

se escolheu as opções de simulação (Figura 42) sendo: o modelo de Horton para a infiltração das

bacias, para a propagação do escoamento nos colectores o modelo dinâmico e utilizou-se a devida

opção Allow Ponding.

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Figura 42 - Opções da caixa de diálogo para a geração do ficheiro topológico

(Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

As unidades utilizadas no SWMM (Quadro 14) foram as unidades métricas do Sistema

Internacional, pelo que se teve o cuidado de proceder à conversão das unidades no ficheiro

topológico sempre que as unidades da solução de SIG G/InterAqua™ não coincidiam com as do

SWMM.

Quadro 14 - Unidades de medida seleccionadas no SWMM

Atributo Unidades SI

Área da bacia ha

Área do poço m2

Área superficial m2

Constante de decaimento 1/h

Altura m

Diâmetro m

Cota altimétrica m

Escoamento m3/s

Comprimento m

Coeficiente de Manning s/m1/3

Declive da bacia %

Declive do colector -

Volume m3/s

Largura característica da bacia m

Foi então realizada a exportação do subsistema EE12 de Beirolas, da qual surgiu ficheiro

topológico (Figura 43).

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Figura 43 - Caixa de diálogo dos resultados (Fonte: solução de SIG G/InterAqua™, AQUASIS, 2009).

A Figura 44 corresponde à representação do modelo matemático no SWMM, gerado a partir

do ficheiro topológico.

Figura 44 - Esquema do subsistema EE12 de Beirolas em SWMM gerado a partir da solução de SIG

G/InterAqua™.

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Posteriormente, este modelo foi comparado com o modelo da Sisaqua e Cenor (2007)

(Figura 45) para ser confirmada a fiabilidade do ficheiro gerado a partir da solução de SIG

G/InterAqua™.

Figura 45 - Esquema do subsistema de Beirolas em SWMM (Fonte: Modelo do subsistema

de Beirolas Sisaqua e Cenor em SWMM, 2007).

Após o processo de caracterização e exportação do subsistema EE12 de Beirolas para o

SWMM, foi possível comparar os modelos e tirar algumas conclusões.

Na representação dos modelos, apesar de parecem um pouco distintos, na realidade

apresentam exactamente as mesmas características. No estudo Sisaqua e Cenor (2007), a

delimitação das bacias não se apresenta como na realidade, como se pode verificar no ficheiro

gerado a partir da solução de SIG G/InterAqua™.

Na representação dos grupos electrobombas, no modelo Sisaqua e Cenor (2007) observam-

se melhor que no ficheiro que se gerou, apresentando-se as linhas de representação dos grupos do

novo modelo muito coincidentes.

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7. Síntese Conclusiva e Recomendações

Projectar, operar e manter sistemas de Saneamento de águas residuais apresenta-se como

uma actividade complexa, devido à dispersão geográfica e aos seus inúmeros órgãos que os

constituem. Assim, justifica-se a passagem de toda a informação para um formato digital e a

construção de um Sistema de Informação Geográfica (SIG), que se constitui como uma ferramenta

que facilita e torna as tarefas de gestão e manutenção das infra-estruturas mais eficazes.

A presente dissertação teve como objectivo dar um contributo na elaboração de um cadastro

mais rigoroso na rede de drenagem de águas residuais do subsistema EE12 de Beirolas, provando

assim que a solução de SIG G/InterAqua™ constitui-se como uma boa ferramenta de apoio para

realização da modelação matemática dos sistemas com recurso ao programa SWMM. Por tal facto, a

solução de SIG G/InterAqua™ poderá ser utilizado com maior facilidade na criação de ficheiros

topológicos para o SWMM.

Os modelos de modelação matemática são muito úteis na simulação da realidade permitindo

gerar diversos cenários para posteriormente as entidades gestoras tomarem as decisões adequadas.

O estudo da Sisaqua e Cenor (2007) permitiu perceber como realizar a redução das

afluências pluviais ao sistema, através da calibração e validação do modelo, a partir de intervenções

nas infra-estruturas e nos parâmetros hidrológicos como por exemplo a percentagem de área

impermeável das bacias, os valores de Manning representativos da área permeável e impermeável,

entre outros. Este projecto foi muito mais moroso na construção do modelo matemático do que se

tivesse sido recorrendo à solução de SIG, G/InterAqua™.

Face às etapas do processo de modelação, a solução de SIG G/InterAqua™ revelou-se ser

muito importante para as três primeiras etapas da modelação: i) Recolha de informação cadastral; ii)

Actualização do cadastro e verificação da informação sobre o sistema; iii) geração do ficheiro

topológico requerido pelo programa SWMM. Quanto à quarta etapa iv) Monitorização de

caudais/precipitação, dada a natureza da informação em questão, não se considera relevante o

recurso à solução de SIG G/InterAqua™ para guardar os registos das medições de caudal e

precipitação, para calibração e verificação do modelo matemático. Neste caso, o SIG apenas deve

representar estas infra-estruturas de medição para se perceber onde se localizam geograficamente.

As restantes etapas do processo, v) Calibração, vi) Verificação e vii) Simulação de diferentes

cenários, devem ser realizadas no programa de modelação matemática, no caso presente o SWMM.

Apresentam-se algumas recomendações no âmbito do aperfeiçoamento da solução de SIG

G/InterAqua™, utilizada na presente dissertação:

o seria de grande utilidade que o SIG pudesse desenhar os polígonos de Thiessen

para o cálculo das áreas de influência de um estação udométrica, de modo a facilitar

a identificação das bacias pluviais associadas aos respectivos udómetros.

o nas associações do poço de bombagem, aos grupos electrobombas e posteriormente

à primeira câmara de visita do sistema gravítico, deveriam-se colocar alguns vértices

na criação do ficheiro topológico na solução de SIG G/InterAqua™, para realçar a

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representação dos grupos electrobombas em paralelo, uma vez que estes

apresentam uma difícil observação no SWMM.

o deveria-se efectuar o mesmo estudo para gerar ficheiro topológico para a modelação

do comportamento dos sistemas de drenagem, face ao tratamento das águas

residuais e do meio receptor.

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http://www.epa.gov/ednnrmrl/models/swmm/

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ANEXOS

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A1.1

ANEXO 1 – TABELA DAS ENTIDADES DE SISTEMAS DE ÁGUAS RESIDUAIS

NA SOLUÇÃO DE SIG G/INTERAQUA™

Código Nome Designação

103 etrocolector Esgotos: Troço de colector/emissário

104 evala Esgotos: Vala

106 ecamaranormal Esgotos: Câmara normal

107 ecamaracega Esgotos: Câmara cega

108 ecamaravarrer Esgotos: Câmara de corrente de varrer

109 ecamaradesc Esgotos: Câmara com descarregador

110 edesctempestade Esgotos: Descarregador de tempestade

111 ebaciaretenção Esgotos: Bacia de retenção

113 esarjeta Esgotos: Sarjeta/Sumidouro

114 ebocalobo Esgotos: Boca lobo

115 evalmare Esgotos: Válvula de maré

116 etrococonduta Esgotos: Troço de conduta elevatória

117 evalsuspensão Esgotos: Válvula de suspensão

118 evaldescarga Esgotos: Válvula de descarga

119 evalretenção Esgotos: Válvula de retenção

120 eventosa Esgotos: Ventosa

121 erac Esgotos: Reservatório de ar comprimido

122 emedidorcaudal Esgotos: Medidor de caudal

124 emedidornivel Esgotos: Medidor de nível

126 edetectornivel Esgotos: Detector de nível

127 egrelectobomba Esgotos: Grupo electrobomba

128 enoalteracao Esgotos: Nó de alteração

129 epontorejeicao Esgotos: Ponto de rejeição

131 eadicaoreagente Esgotos: Adição de reagentes

132 erecinto Esgotos: Recinto

133 epontonotavel Esgotos: Ponto notável

134 egradagem Esgotos: Gradagem

135 eremareias Esgotos: Remoção de areias

137 eutccarvao Esgotos: Unidade de tratamento de cheiros com carvão activado

138 eutctlavagem Esgotos: Unidade de tratamento de cheiros – torre de lavagem

140 edecantador Esgotos: Decantador

141 etanqueareja Esgotos: Tanque de arejamento

143 eespessalamas Esgotos: Espessador de lamas

144 edigestor Esgotos: Digestor

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A1.2

Código Nome Designação

145 egasometro Esgotos: Gasometro

149 etrocotubagemac Esgotos: Tubagem de ar comprimido

150 etanqueshone Esgotos: Tanque de shone

151 eejectorshone Esgotos: Ejector Shone

152 etrococolectormun Esgotos: Troço de colector

153 ecamaradescomp Esgotos: Câmara de descompressão

154 ecamaragrades Esgotos: Câmara de grades

155 ecamaraluz Esgotos: Câmara de luz

156 efossaseptica Esgotos: Fossa Séptica

157 ecaleira Esgotos: Caleira

160 ecaixa Esgotos: Caixa

161 etrococondutamun Esgotos: Troço de conduta municipal

163 egcompressor Esgotos: Grupo compressor

164 eramal Esgotos: Ramal

165 ecamaratransicao Esgotos: Câmara de transição

185 ecircuitoetar Esgotos: Circuito ETAR

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A2.1

ANEXO 2 – DESCRIÇÃO DOS ATRIBUTOS DAS ENTIDADES

UDÓMETRO (Rain Gages)

IPID: atributo para identificar o udómetro;

Coordenadas X e Y: atributo para a localização do udómetro nas coordenadas M e P;

Tipo de dados: atributo para caracterizar a intensidade da precipitação (precipitação média

em milímetros/hora ou polegadas/hora durante um intervalo.), o volume (volume de

precipitação que caiu num intervalo em milímetros) ou o volume acumulado (precipitação

acumulada que ocorreu desde o início da última série de valores não nulos, em milímetros);

Intervalo: campo para a identificação do intervalo de tempo dos dados (por exemplo, horários

de 15 minutos, etc.);

Fonte de dados: campo para a identificação da origem dos dados da precipitação (série

temporal ou de arquivo externo).

Não foi utilizado o factor para a queda de neve, devido às condições climáticas na zona do caso

de estudo.

BACIA PLUVIAL (Subcatchments)

IPID: atributo para identificar a bacia pluvial;

Coordenadas X e Y: atributo para a localização do centróide da bacia (Coordenada M e P do

centróide);

Udómetro entrada: atributo para identificar o udómetro que está associado à precipitação de

entrada na bacia;

Área da bacia: atributo que indica a área total da bacia (ha);

Largura da bacia: campo para atribuição da largura característica da bacia (m), obtido a

partir da relação entre a área da bacia e a máxima distância da bacia, distância esta que é

medida entre o ponto mais afastado da descarga e a própria descarga;

Declive da bacia: campo para atribuição do declive da bacia (%);

Percentagem de área impermeável: campo para atribuição da percentagem da área

impermeável (%);

Coeficiente de Manning para a área impermeável: campo para atribuição de um coeficiente

da fórmula da perda de carga da área impermeável, que exprime o efeito da rugosidade do

terreno;

Coeficiente de Manning para a área permeável: campo para atribuição de um coeficiente

da fórmula da perda de carga da área permeável, que exprime o efeito da rugosidade do

terreno;

Altura sobre a área impermeável: campo para atribuição da altura de armazenamento sobre

a área impermeável da bacia (mm);

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A2.2

Altura sobre a área permeável: campo para atribuição da altura de armazenamento sobre a

área permeável da bacia (mm);

Percentagem área impermeável zero: campo para atribuição da área impermeável sem

armazenamento;

Tipo de escoamento: campo para a atribuição do percurso do escoamento segundo as

subáreas permeáveis e impermeáveis.

o IMPERV: escoamento da área permeável para a área impermeável;

o PERV: escoamento da área impermeável para a área permeável;

o OUTLET: escoamento de ambas as áreas directamente para a saída.

Percentagem de escoamento: campo para atribuição da percentagem da enchente que

rodeia as sub-bacias.

Modelo de infiltração: campo para escolher entre os três modelos de infiltração (Modelo de

Horton, Modelo de Green e Ampt e Modelo do Soil Conservation Service).

No modelo de Horton:

o Taxa de infiltração máxima: campo para atribuição da taxa de infiltração máxima

(mm/h);

o Taxa de infiltração mínima: campo para atribuição da taxa de infiltração mínima

(mm/h);

o Constante de decaimento: campo para atribuição da constante característica do

solo e do revestimento superficial e que descreve o decréscimo da taxa de infiltração

de f0 para fc (h-1

);

o Tempo de secagem: campo para atribuição do tempo que decorre desde o início da

infiltração, após um longo período com ausência de infiltração (dias);

o Volume máximo: campo para atribuição do máximo volume de infiltração.

CÂMARAS DE VISITA (Junctions)

IPID: atributo para identificar a câmara de visita;

Coordenadas X e Y: atributo para a localização da câmara (Coordenada M e P);

Cota soleira: campo para atribuição da cota de fundo da câmara de visita (m);

Profundidade soleira: campo para atribuição da profundidade de soleira da câmara de visita

(m), isto é, a diferença entre a cota da tampa e a cota de soleira;

Altura inicial: campo de atribuição da altura inicial da água na caixa no início da simulação

(m);

Altura adicional: campo para atribuição da altura adicional de água além da altura máxima

que é permitida antes da inundação no nó (m); este parâmetro pode ser usado para simular

as tampas aparafusadas;

Área superficial: campo para atribuição da área da zona inundada (m2) (no respectivo caso

de estudo não foi utilizado porque se optou pela função allow ponding);

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A2.3

Tipo de parâmetro: campo respectivo às afluências; neste campo atribui-se o tipo de

afluência, no caso de estudo foi água;

Valor médio: campo de atribuição do caudal médio medido nesse ponto;

Padrão de tempo: campo para atribuição dos valores da relação entre o caudal nesse ponto

e o caudal médio.

COLECTORES (Conduits)

IPID: atributo para identificar o colector;

Tipo de secção: campo para se escolher a secção transversal do colector entre as diversas

que existem pré-definidas e colocar as suas dimensões (m);

Comprimento do colector: indica o comprimento do colector (m);

Válvula de retenção/maré: atributo para a escolha da existência ou não de um dispositivo

que serve para impedir a inversão do sentido do fluxo no colector;

Coeficiente de Manning: campo de atribuição de um coeficiente da forma de perda de carga

de uma entidade, que exprime o efeito de rugosidade do material, no cálculo da perda de

carga contínua;

Cota montante: campo de atribuição da cota de entrada do colector (m);

Cota jusante: campo de atribuição da cota de saída do colector (m).

DESCARREGADORES (Weirs)

IPID: atributo para identificar a câmara com descarregador;

Coordenadas X e Y: atributo para a localização da câmara (Coordenada M e P);

Válvula de maré: atributo para a escolha da existência ou não de um dispositivo que serve

para impedir a inversão do sentido do fluxo no colector;

Tipo de descarga: campo de atribuição do tipo de descarga (transversal rectangular,

triangular, lateral rectangular ou trapezoidal);

Altura livre: indica a altura livre (m), e é determinado a partir da diferença entre o diâmetro e

altura de descarga;

Cota de soleira: campo para atribuição da cota de fundo da câmara com descarregador (m);

Coeficiente de vazão: campo para a atribuição do coeficiente de vazão sendo este

coeficiente adimensional uma vez que é a razão entre a descarga observada e a descarga

teórica;

Comprimento do murete: campo para atribuição do comprimento do murete do

descarregador (m);

Declive parede lateral: campos para atribuição do declive das paredes laterais, caso não

sejam verticais.

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_____________________________________________________________________________

A2.4

POÇO DE BOMBAGEM (Storage units)

IPID: atributo para identificar do poço;

Coordenadas X e Y: atributo para a localização do poço (Coordenada M e P);

Cota soleira: campo para atribuição da cota de soleira do poço (m);

Profundidade soleira: campo para atribuição da profundidade de soleira do poço (m);

Altura inicial: campo de atribuição da altura da água no poço no inicio da simulação (m);

Área superficial: campo para atribuição da área da zona inundada (m2), no respectivo caso

de estudo não foi utilizado porque se optou pela função Allow Ponding;

Tipo de parâmetro: campo respectivo às afluências, onde se atribui o tipo de afluência, que

no caso de estudo foi água;

Valor médio: campo de atribuição do caudal médio medido nesse ponto;

Padrão de tempo: campo para atribuição dos valores da relação entre o caudal nesse ponto

e o caudal médio;

Tipo de poço: forma geométrica do poço de bombagem.

GRUPO ELECTROBOMBA (Pump)

IPID: atributo para identificar a bomba;

Coordenadas X e Y: atributo para a localização da bomba (Coordenada M e P);

Estado inicial: campo para escolher o estado inicial da bomba, em operação ou parada;

Cota de arranque: campo para atribuição do nível da água a partir do qual a bomba entra em

funcionamento (m), normalmente coloca-se zero e é introduzida nas regras de controlo da

bomba;

Cota de paragem: campo para atribuição do nível da água a partir do qual a bomba pára de

funcionar (m), normalmente coloca-se zero e é introduzida nas regras de controlo da bomba;

Nome da curva: campo de atribuição da curva característica dos grupos.

PONTOS DE REJEIÇÃO (Outfalls

IPID: atributo para identificar o ponto de rejeição;

Coordenadas X e Y: atributo para a localização do ponto de rejeição (Coordenada M e P);

Tipo de descarga: campo atribuído ao tipo de descarga, nesta dissertação utilizou-se a

descarga livre;

Tipo de parâmetro: campo respectivo às afluências, onde se atribui o tipo de afluência, nesta

dissertação utilizou-se água;

Valor médio: campo de atribuição do caudal médio medido nesse ponto;

Padrão de tempo: campo para atribuição dos valores da relação entre o caudal nesse ponto

e o caudal médio.

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_____________________________________________________________________________

A3.1

ANEXO 3 – QUADRO DE APOIO À OBSERVAÇÃO DOS ATRIBUTOS EM COMUM NAS ENTIDADES

Estação

Udométrica

Bacia

pluvial

Câmara

normal

Ponto de

rejeição

Poço de

bombagem Colectores

Grupo

electrobomba

Câmara com

descarregador

Nome

Coordenada X

Coordenada Y

Afluências

Cota de soleira (m)

Profundidade soleira (m)

Profundidade adicional (m)

Área superficial inundada (m2)

Dispositivo que impede o retorno

do escoamento

Nome do nó inicial do colector

Nome do nó final do colector

Cota do nó inicial do colector (m)

Cota do nó final do colector (m)

Coeficiente de descarga

Forma geométrica

Comprimento (m)

Coeficiente de rugosidade

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A3.2

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_____________________________________________________________________________

A4.1

ANEXO 4 – RELATÓRIO DAS CARACTERÍSTICAS DAS ENTIDADES

1. RELATÓRIO DAS CARACTERÍSTICAS DAS BACIAS PLUVIAIS

Código universal 1532824 1532941 1532860 1532880 1532882 1532883

Coordenada M -84676,16 -84949,25 -84482,08 -84366,16 -84508,87 -84501,12

Coordenada P 103266,13 102712,23 103322,56 103083,42 102931,60 102853,16

Área da bacia (m2) 46072,16 470865,01 57788,64 86133,53 25607,28 8615,57

Largura da bacia (m) 146,92 506,21 157,73 227,93 115,57 35,29

Declive da bacia (%) 1,00 2,30 0,70 3,00 12,20 15,00

Percentagem área

impermeável zero 60 25 25 0 25 25

Percentagem de área

impermeável 5,00 10,00 10,00 3,00 12,20 90,00

Número de Manning

para a área

impermeável

0,02 0,02 0,02 0,02 0,01 0,02

Número de Manning

para a área

permeável

0,80 0,60 0,80 0,08 0,10 0,80

Altura sobre a área

impermeável (mm) 2,00 0,05 2,00 4,00 0,05 2,00

Altura sobre a área

permeável (mm) 4,00 0,05 4,00 8,00 0,05 4,00

Tipo de escoamento OUTLET OUTLET OUTLET OUTLET OUTLET OUTLET

Percentagem de

escoamento 100 100 100 100 100 100

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A4.2

2. RELATÓRIO DAS CARACTERÍSTICAS DAS CÂMARAS DE VISITA

Código

universal

Coordenada

M

Coordenada

P

Cota de

soleira

(m)

Profundidade

à soleira

(m)

Tipo de

parâmetro

Valor

médio

1532820 -84379,00 -102891,00 3,13 3,31 - -

1532681 -84640,28 -103468,00 1,00 4,00 - -

1532763 -84401,00 -103081,00 0,55 2,25 - -

1532742 -84386,00 -102922,00 2,09 3,83 - -

1532760 -84434,28 -103069,73 0,75 3,25 - -

1532730 -84450,00 -103277,00 -0,40 4,75 - -

1532728 -84450,00 -103221,00 0,20 3,80 - -

1532726 -84493,44 -103175,99 0,40 3,60 - -

1532723 -84512,00 -103201,85 1,29 2,14 - -

1532720 -84566,07 -103159,48 3,50 3,40 - -

411 -84457,47 -103113,83 -0,59 5,40 - -

116150 -84413,39 -103009,18 0,93 4,40 - -

106410 -84411,81 -103034,41 -1,52 6,56 - -

415 -84417,73 -103037,03 -1,27 6,27 - -

413 -84428,22 -103039,10 -1,02 5,95 - -

412 -84439,18 -103068,26 -0,84 5,61 - -

410 -84481,23 -103160,77 -0,27 4,41 - -

409 -84528,75 -103190,73 0,88 2,80 - -

408 -84532,09 -103190,91 0,97 2,80 - -

407 -84556,51 -103170,18 1,35 3,40 - -

405 -84512,19 -103208,75 0,66 2,85 - -

404 -84542,72 -103259,89 1,42 2,56 - -

403 -84551,67 -103318,47 1,97 3,72 - -

402 -84565,82 -103385,03 2,68 3,32 - -

401 -84555,33 -103350,04 2,29 3,46 - -

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A4.3

Código

universal

Coordenada

M

Coordenada

P

Cota de

soleira

(m)

Profundidade

à soleira

(m)

Tipo de

parâmetro

Valor

médio

425 -84386,10 -102891,50 3,67 2,76 - -

103330 -84420,05 -103028,17 1,35 3,73 - -

443 -84347,98 -102744,38 5,67 1,17 - -

424 -84394,93 -102925,22 3,41 2,83 - -

423 -84407,04 -102966,72 3,25 2,49 - -

421 -84428,38 -103030,50 2,50 2,44 - -

422 -84420,45 -103007,19 2,89 2,35 - -

406 -84511,23 -103203,01 -0,02 3,58 Afluências 2

416 -84412,55 -103036,66 -1,09 6,10 Afluências 1,2

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A4.4

3. RELATÓRIO DAS CARACTERÍSTICAS DOS TROÇOS DE COLECTOR

Código

universal

Tipo de

secção

Diâmetro/

/Dimensão

maior

(mm)

Comprimento

(m)

Válvula de

retenção/maré

Coeficiente

de Manning

(s/ m1/3

)

Cota de

montante

(m)

Cota de

jusante

(m)

1532823 Ovóide 1350 31,78 Não 0,01 6,44 5,92

1532821 Ovóide 1350 10,74 Não 0,01 0,00 0,00

1532682 Ovóide 1100 312,21 Não 0,01 1,00 0,00

1532765 Circular 800 148,33 Não 0,01 0,00 0,00

1532764 Circular 800 35,14 Não 0,01 0,00 0,00

1532761 Circular 800 43,93 Não 0,01 0,00 0,00

1532743 Ovóide 1350 91,38 Não 0,01 0,00 0,00

1532740 Ovóide 1350 13,27 Não 0,01 6,55 5,92

1532732 Ovóide 1250 147,17 Não 0,01 0,00 0,00

1532731 Ovóide 1250 56,00 Não 0,01 4,00 4,35

1532729 Ovóide 1250 62,55 Não 0,01 4,00 4,00

1532727 Ovóide 1250 31,83 Não 0,01 0,00 0,00

1532725 Ovóide 1250 55,51 Não 0,01 0,00 0,00

1532722 Circular 450 13,27 Não 0,01 0,00 0,00

1532700 Ovóide 1100 110,88 Não 0,01 0,00 0,00

103274 Circular 500 2,37 Não 0,01 5,01 -1,07

116170 Ovóide 1350 20,12 Não 0,01 5,33 5,08

103276 Circular 450 10,64 Sim 0,01 5,04 5,08

103275 Circular 600 0,86 Não 0,01 -1,72 0,00

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A4.5

4. RELATÓRIO DAS CARACTERÍSTICAS DOS TROÇOS DE EMISSÁRIO

Código

universal

Tipo de

secção

Diâmetro /

/ Dimensão

maior (mm)

Comprimento

(m)

Coeficiente

de

Manning

(s/ m1/3

)

Cota de

montante

(m)

Cota de

jusante

(m)

101291 Circular 400 6,70 0,013 4,33 4,19

101288 Circular 450 31,15 0,013 -0,89 -1,01

101287 Circular 450 49,11 0,013 -0,60 -0,83

101283 Circular 450 3,34 0,013 0,93 0,85

101294 Circular 400 24,62 0,013 2,87 2,55

101282 Circular 450 32,04 0,013 1,35 0,98

101351 Circular 400 5,98 0,013 4,47 4,10

101330 Circular 400 34,85 0,013 3,60 3,40

101295 Circular 400 16,99 0,013 2,43 2,35

101293 Circular 400 42,63 0,013 3,23 2,90

101292 Circular 400 43,23 0,013 3,38 3,23

101290 Circular 450 5,19 0,013 -1,28 -1,09

101289 Circular 450 10,69 0,013 -1,03 -1,13

101286 Circular 450 52,60 0,013 -0,28 -0,57

101285 Circular 450 51,82 0,013 0,03 -0,26

101284 Circular 450 21,39 0,013 0,83 0,49

101281 Circular 400 1,46 0,013 2,74 2,65

101280 Circular 450 5,82 0,013 0,61 0,46

101279 Circular 400 59,56 0,013 1,41 0,84

101278 Circular 400 59,26 0,013 1,96 1,42

101277 Circular 400 31,78 0,013 2,28 1,99

101275 Circular 400 36,53 0,013 2,67 2,30

101273 Circular 400 1,31 0,013 2,95 2,94

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A4.6

5. RELATÓRIO DAS CARACTERÍSTICAS DAS CÂMARAS COM DESCARREGADOR

Código

universal

Coordenada

M

Coordenada

P

Tipo de

descarga

Profundidade

à soleira

(m)

Altura de

descarga

(m)

Coeficiente

de descarga

Comprimento

mureto

(m)

101271 -84399,12 -102919,99 Lateral

Rectangular 2,21 0,08 1,38 0,73

101267 -84567,09 -103384,71 Lateral

Rectangular 3,06 0,14 10,00 2,20

101268 -84556,53 -103168,71 Lateral

Rectangular 2,06 0,10 10,00 2,20

101272 -84388,52 -102886,03 Lateral

Rectangular 2,09 0,08 1,38 1,16

6. RELATÓRIO DAS CARACTERÍSTICAS DAS POÇO DE BOMBAGEM

Código

universal

Coordenada

M

Coordenada

P

Cota

soleira

Profundidade

à soleira

(m)

Tipo de poço Tipo de

parâmetro

Valor

médio

1532840 -84411,54 -103033,59 -4,41 8,40 TABULAR - 0

7. RELATÓRIO DAS CARACTERÍSTICAS DO PONTO DE REJEIÇÃO

Código

universal

Coordenada

M

Coordenada

P

Cota de

soleira

Tipo de

ponto de

descarga

Com

válvula a

montante

Tipo de

parâmetro

Valor

médio

1532207 -84317,00 -103340,00 0 FREE Não - -

1532205 -84355,64 -103596,28 0 FREE Não - -