Interpretação Da Biblia

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Interpretação[editar | editar código-fonte] Ver artigos principais: A Bíblia e a história, Datação da Bíblia e Simbologia bíblica Segundo o jornalista David Plotz, da revista online Slate Magazine, até um século atrás, a maioria dos estadunidenses bem instruídos conheciam a Bíblia a fundo. [16] Ele também afirma que atualmente, o desconhecimento bíblico é praticamente total entre pessoas não-religiosas. [16] Ainda segundo Plotz, mesmo entre os fiéis, a leitura da Bíblia é irregular: a Igreja Católica inclui somente uma pequena parcela do Antigo Testamento nas leituras oficiais; os judeus estudam bastante os cinco primeiros livros da Bíblia, mas não se importam muito com o restante; os judeus ortodoxos normalmente passam mais tempo lendo o Talmude ou outra coisa que Bíblia em si; muitos protestantes e /ou evangélicos lêem a Bíblia frequentemente, mas geralmente dão mais ênfase ao Novo Testamento. [16] A inacessibilidade da Bíblia [17] entre a Antiguidade e a Idade Média resultou na criação de diversas narrativas sobre os personagens bíblicos, criando acréscimos e distorções. [18] A Igreja Católica não permitia que seus fiéis possuíssem exemplares da Bíblia, alegando que estes não teriam nunca a capacidade necessária para interpretá-la, devido à sua complexidade. [19] Assim, afirmava que a responsabilidade de ensinar as orientações de Deus era exclusivamente sua. [19] Os conflitos entre ciência e religião foram, em parte, ajudados pela interpretação literal da Bíblia. [20] Esta não deve ser interpretada como um relato preciso da história dahumanidade ou uma descrição perfeita da natureza. [20] Galileu Galilei considerava que a Bíblia deveria ser interpretada a partir do estudo da natureza. [21] Os escravocratas basearam-se na parte da Bíblia que conta sobre Noé ter condenado seu filho Cam e seus descendentes à escravidão para justificar religiosamente a escravidão. [22]

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Interpretação[editar | editar código-fonte]

Ver artigos principais: A Bíblia e a história, Datação da Bíblia e Simbologia bíblica

Segundo o jornalista David Plotz, da revista online Slate Magazine, até um século atrás, a maioria dos estadunidenses bem instruídos conheciam a Bíblia a fundo.[16] Ele também afirma que atualmente, o desconhecimento bíblico é praticamente total entre pessoas não-religiosas.[16] Ainda segundo Plotz, mesmo entre os fiéis, a leitura da Bíblia é irregular: a Igreja Católica inclui somente uma pequena parcela do Antigo Testamento nas leituras oficiais; os judeus estudam bastante os cinco primeiros livros da Bíblia, mas não se importam muito com o restante; os judeus ortodoxos normalmente passam mais tempo lendo o Talmude ou outra coisa que Bíblia em si; muitos protestantes e /ou evangélicos lêem a Bíblia frequentemente, mas geralmente dão mais ênfase ao Novo Testamento. [16]

A inacessibilidade da Bíblia[17] entre a Antiguidade e a Idade Média resultou na criação de diversas narrativas sobre os personagens bíblicos, criando acréscimos e distorções.[18] A Igreja Católica não permitia que seus fiéis possuíssem exemplares da Bíblia, alegando que estes não teriam nunca a capacidade necessária para interpretá-la, devido à sua complexidade.[19] Assim, afirmava que a responsabilidade de ensinar as orientações de Deus era exclusivamente sua.[19]

Os conflitos entre ciência e religião foram, em parte, ajudados pela interpretação literal da Bíblia.[20] Esta não deve ser interpretada como um relato preciso da história dahumanidade ou uma descrição perfeita da natureza.[20] Galileu Galilei considerava que a Bíblia deveria ser interpretada a partir do estudo da natureza. [21]

Os escravocratas basearam-se na parte da Bíblia que conta sobre Noé ter condenado seu filho Cam e seus descendentes à escravidão para justificar religiosamente a escravidão.[22]