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  • Interpretao do Leucograma Prof. Orlando A. Pereira FCM - UNIFENAS

    Leuccitos Leucocitose: uma reao a vrias infeces, processos inflamatrios e, em certas circunstn-cias, a processos fisiolgicos (p.ex.: estresse extremo). Esta reao mediada por vrias molcu-las liberadas em resposta a eventos estimuladores, tais como fator estimulador de colnias de granulcitos, fator estimulador de colnias de macrfagos; interleucinas 1, 2 e 3; e fator de ne-crose tumoral, entre outros A leucocitose constitui na resposta de fase aguda do organismo a muitas doenas, incluindo-se infeces: bactrias, vrus, fungos protozorios e espiroquetas. Leucopenia: Est associada a uma ampla variedade de infeces virais e bacterianas. Quando causada por uma doena viral (p. ex., vrus do Epstein-Barr, hepatite A e B, vrus sincicial respi-ratrio e rubola), geralmente, as alteraes agudas so notadas dentro de 1 a 2 dias de infeco e muitas vezes podem persistir durante vrias semanas. Considerar a presena de infeco por salmonela, estafilococos e micobactrias. Nos portadores de drepanocitose (anemia falciforme), o leucograma geralmente encontra-se en-tre 12.000 e 15.000 clulas/mm3. Esta elevao decorre da mobilizao dos granulcitos perifri-cos para o sistema circulatrio. A contagem de neutrfilos segmentados costuma aumentar nas crises vaso-oclusivas e nas infeces bacterianas. Reao leucemide: so elevaes dos nmeros de leuccitos acima de 50.000/mm3 levando s vezes confuso com leucemia. Existem muitos casos de reaes leucemides que podem ser mielide ou linfide. Neutrfilos: Clulas mveis, fagocticas, com a funo especializada de destruir microrganis-mos. So produzidos e armazenados na medula ssea e liberados para o sangue perifrico atravs de mediadores qumicos produzidos pelo processo inflamatrio. Podem circular (populao flu-tuante = metade) ou permanecer marginados ao endotlio dos vasos sangneos (populao mar-ginal). Certos estmulos mobilizam a populao marginal, produzindo neutrofilia, sem necessari-amente envolver liberao pela medula ssea: adrenalina e os corticosterides (estresse, medi-camento). Outro dado importante: lactentes com menos de 3 meses de idade possuem uma reser-va muito pequena de neutrfilos e, na presena de infeces graves, podem apresentar neutrope-nia ao invs de neutrofilia. importante salientar que crianas com sndrome de Down freqentemente apresentam leucoci-tose, neutrofilia, desvio para a esquerda e presena de formas imaturas (blastos) no sangue peri-frico. Na maioria dos casos, trata-se de um distrbio mieloproliferativo transitrio, mas alguns pacientes podem evoluir para leucemia posteriormente. Desvio esquerda: A resposta inicial da medula ssea frente ao processo infeccioso a liberao da populao de neutrfilos de reserva. Ocorrer tambm acelerao do processo de maturao e liberao das clulas levando como resultado o desvio esquerda: que a presena de maior quantidade de bastonetes e (ou) de clulas mais jovens da srie granuloctica (metamielcitos, mielcitos, promielcitos e mieloblastos). A presena de mais de 500 bastes/mm3 constitui indi-cao de infeco. O desvio esquerda reacional ao processo infeccioso caracteristicamente escalonado, isto , com proporo de clulas maduras maiores que as clulas jovens. O desvio esquerda no escalonado traduz, fisiopatologicamente, a liberao de granulcitos jovens em processo de produo no hierarquizado associado disfuno da medula ssea. Neutropenia: (neutrfilos < 1.500/mm3) freqentemente associada a infeces virais, fenmeno de Shwartzman, antibiticos (cloranfenicol), antiinflamatrios no hormonais, drogas do trata-mento da Aids, quimioterapia oncolgica, antitrmicos (dipirona), etc. Dados citolgicos dos neutrfilos quase sempre estaro presentes no desvio esquerda: granula-es txicas ou grosseiras, corpos do Dhle e vacuolizaes citoplasmticas (analogicamente, imagine que este o equipamento do soldado para a guerra).

  • Eosinfilos: Eosinofilia: freqentemente est associada a fenmenos alrgicos, parasitoses ou distrbios der-matolgicos (exantemas, sibilos, doenas parasitrias - helmintos e Toxocara canis-, hipersensi-bilidade medicamentosa, asma, alergia ao leite de vaca, febre do feno, urticria, enfizema, sind. de Job e outros distrbios cutneos,). Outras causas de eosinofilia incluem doenas gastrintesti-nais, doena de Hodgkin e doenas com imunodeficincias, mas ela tambm ocorre durante a convalescena de doenas virais. A sndrome hipereosinoflica refere-se a um amplo espectro de doenas que variam desde a sndrome de Leffler a leucemia eosinoflica crnica. Eosinopenia: aparece em situao de estresse agudo como resultante da estimulao de adreno-coticides ou da liberao de epinefrina ou de ambos e em estados inflamatrios agudos. Linfcitos: Os linfcitos so clulas que respondem de forma especfica aos antgenos. A atua-o do linfcito atravs da produo de anticorpos (linfcitos B) ou por citotoxidade (linfcitos T) somente ocorre aps o reconhecimento de um determinado antgeno por um linfcito, prede-terminado a reconhec-lo como tal. Linfocitose: Muitas infeces virais (mononucleose infecciosa, citomegalovrus, varicela, hepati-tes, adenovrus, sarampo, parotidite epidmica) e doenas como a tuberculose, toxoplasmose e brucelose podem apresentar linfocitose absoluta (>5.000/mm3). Os pacientes com mononucleose infecciosa ou coqueluche podem apresentar linfocitose extremamente elevada (> 15.000/mm3). As presenas de linfcitos atpicos acompanham freqentemente as linfocitoses secundrias a processos infecciosos (na mononucleose infecciosa pode ser superior a 20% do total de linfci-tos). A linfocitose com presena concomitante de anemia, quadro purprico, plaquetopenia e (ou) dores sseas deve levantar a suspeita clnica de leucemia linfoblstica aguda. Linfocitopenia: Na reao de fase aguda, o hemograma freqentemente demonstrar linfocitope-nia absoluta (