Interpretação dos sonhos

Prof° Me. Irisomar Fernandes Silva - 27 992246450 E-mail: psicocetapes@gmail.com

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Ao longe, ao luar, No rio de uma vela, Serena a passar, Que será que me revela? Não sei, mas meu ser Tornou-se-me estranho E eu sonho sem ver. Os sonhos que tenho. Que angústia me enlaça? Que amor não se explica? É a vela que passa. Na noite que fica. (PESSOA, 1965:143)

• Este tema sempre gerou muito interesse na humanidade, por um lado o pavor dos pesadelos, por outro lado o teor espiritual que sempre se deu aos sonhos

• Mas, interpretá-los corretamente continua sendo um grande desafio para todos

• Para a psicanálise, tudo poderia ser explicado dentro da história do paciente

Intepretação dos Sonhos

Breve histórico judaico-cristão

O Sonho de Faraó – José no Egito baseado no relato bíblico de gênesis Capitulo 41.1- 37 Sete vacas bonitas, sete vacas magras Sete espigas boas e Sete espigas queimadas As vacas magras comeram as vacas gordas e as espigas queimadas devoraram as espigas boas. Associaram aos anos de paz e aos anos de tribulação. Fizeram uma aplicação prática.

Sonhos na Bíblia

Um outro texto evocado constantemente é o conhecido texto de Joel 2.28 que é repetido em Atos 2.17 no que diz: “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos;”

O Taumud livro de sabedoria judaico diz que o sonho sem interpretar é o mesmo que uma carta sem abrir. Não podemos negar o poder das crenças espirituais elas devem ser respeitadas e não criticadas, pois assim, preservaremos o direito de professar a fé de cada indivíduo ou grupo.

PORÉM,

A psicanálise trabalha com outra perspectiva.

Em média passamos 1/3 de nossa vida dormindo, ou seja se pensarmos uma média 07hora de sono diariamente, (Uns mais outros menos) dormimos cerca de 2.555 horas por ano. Se pegarmos uma média de vida de 70 anos essa conta daria em média 17885 horas ao longo de uma vida inteira. Seria uma sandice imaginar que esse tempo de nossa vida foi inútil ou ociosa.

O que significa dizer que nosso sono tem funções preciosas para nossa saúde. Por exemplo, ao dormirmos é como se recarregássemos nossas forças para as tarefas do dia seguinte ou das horas seguintes. Aos sonhos de certa forma exercem um papel importante para o sonhador.

O que devo considerar antes de tentar interpretar um sonho?

“É importante saber que segundo Hall (2007) O conteúdo de um sonho nunca se esgota mesmo que pareça completamente compreendido. Um sentimento de humildade é vital para interpretação dos sonhos”

Pode ser lúdico e recreativo (Como é bom sonhar com coisas agradáveis e prazerosas), Pode ser desafiador (O que meu Inconsciente tenta me comunicar?) De igual forma, pode ser perturbador. (Oque há de errado com minhas emoções?)

Os sonhos podem nos alertar para a necessidade de uma ajuda profissional (Psicóticos) Em fim, não podemos desprezar o tempo que passamos adormecidos e nem tão pouco, o que ocorre conosco enquanto dormimos.

Alguns fatores que podem influenciar na qualidade do sono: • Stress • Cansaço • Luminosidade • Saúde física (problemas alimentares

e outros) • Alimentação em horário

inadequado.

Quais são as fases do sono? • Fase REM = Média de 25% do tempo de

sono e Fase NREM = Média de 75% do tempo de sono

• Fase 01 = Primeiras horas de sono ou sonolência. O indivíduo pode despertar muito facilmente

• Fase 02 = Começa o relaxamento muscular e a diminuição os batimentos cardíacos

• Fase 03 = Aprofundamento do sono, após em média de 40 minutos.

• Fase 04 = Sono um pouco mais profundo. Aproximando-se da faze REM

• Fase REM – Acontece em média 04 vezes por noite, uma a cada 90 minutos em média. É a fase em que acontece a rápida movimentação dos olhos. Sono profundo. Se formos acordados bruscamente nessa fase, é muito provável que lembremos do sono com riqueza de detalhes. Essa fase é muito importante para nossa recuperação emocional.

OS SONHOS E A PSICANÁLISE

Tudo se inicia com o Dr Sigmund Fred em 1990 quando publica o livro interpretação dos sonhos Após buscar entendimentos sobre os males que afetavam a pessoa, chega a uma interessante conclusão sobre a estrutura do aparelho psíquico e lança então sua teoria sobre a estrutura mente humana lança então o livro interpretação dos sonhos.

Da histeria aos sonhos

Antes de Freud já tinham outros pensadores e pesquisadores tentando entender os males da histeria. Entre todos destacamos aqui os doutores Breur (Austríaco) e Charcot (Francês).

Histeria o que é? Nota explicativa sobre histeria...

Revendo a teoria da estrutura do aparelho psíquico

1ª TÓPICA FREUDINA - 1900

iid D

ID INC P.CON

MEMÓRIA

2ª TÓPICA FREUDINA 1920 -23

iid D ID

S.EGO

COMPORTAMENTOS

Freud considerava a análise dos sonhos como a estrada real do inconsciente. Para ele o caminho para se que se pudesse acessar os conteúdos inconscientes seria através da análise e interpretação dos sonhos, por essa razão dedicou-se ao estudo aprofundado sobre o tema. Dessa maneira, para Freud os sonhos podem ajudar tornar consciente o inconsciente

Justifica isso o fato de que, uma vez que a mente não está com o ego e o superego de prontidão, como acontece no estado de vigília, torna-se ´que o material inconsciente aflore à superfície ou pelo menos até o nível do Pcs, e, portanto, torna-se resgatável” (cetapes 2015)

Para S. Freud os então seria como a externalização dos desejos reprimidos

Os sonhos de contradesejo

Há para Freud os sonhos denominados de contradesejos, ou que são contrários aos desejos reais do sonhante. Os pesadelos por exemplo. Isso pode acontecer com indivíduos que tenham o chamado prazer no “masoquismo mental” que não tem prazer na dor física mas na tortura psicológica ou mental. É uma forma disfarçada do sentimento masoquista

Os conteúdos latentes e manifestos a) Latentes: São os conteúdos reprimidos,

que podem vir à consciência, até mesmo por defesa aos sentimentos do ego vígil.

b) Manifestos: São as “lembranças” que temos dos sonhos, ou pelo menos a ressignificação que fazemos conscientemente para explicá-los ou fazer as narrações desses conteúdos

a) Latentes: ideias e impulsos, sentimentos e desejos reprimidos. Uma carga emocional muito grande nesse estado pode despertar o sonhante, pois as sensações podem ser um tanto quanto ameaçadoras e assustadoras, como relações incestuosas, ações de pedofilias...

Sonhos de cima e sonhos de baixo (Silva, 1998, p 69)

a)Sonhos de cima: Correspondem a sentimentos do dia anterior, os dias e até meses anteriores.

b)Sonhos de baixo: são sonhos com conteúdos reprimidos que tendem a buscar-se nos restos do dia. Podem te ocorridos no período da infância.

c)Restos do dia: Sonhos comas questões do dia, trabalho, diálogos, diversões...

Os quatro pilares freudianos para interpretação dos sonhos: 1.Condensação: Elementos presentes por diversas vezes em diferentes pensamentos do sonho, por exemplo: uma mesma pessoa no sonho pode lembrar o sonhante de várias outras pessoas como parentes... 2. Deslocamento: É um fenômenos ligado a uma cadeia associativa, pode ser um estado defesa ou censura.

3. Figurabilidade: Uma transformação dos conteúdos reprimidos desde a infância dando algum significado cênico aos conteúdos dos sonhos.

4. Elaboração secundária: transformação dos conteúdos latentes em conteúdos manifestos

Na elaboração secundária os conteúdos se transformam representações menos traumáticas para o indivíduo no estado de vigília. Assim os conteúdos manifestos sofrem certas transformações ou ressignificações aceitáveis para o ego e para consciência.

A visão Junguiana sobre as tópicas diferencia-se de Freud

Para Jung existem duas divisões básicas:

a) A consciência b) O inconsciente. (Pessoal e

Coletivo, ou psique objetiva) c)Psique objetiva é o mesmo que

inconsciente coletivo.

Jung e os quatro níveis da psique segundo Hall (2007, pg 15)

1.Consciente pessoal: Percepção consciente ordinária

1.Inconsciente pessoal: Não consciente

1.Psique objetiva (Inconsciente Coletivo):Imagens universais pré-existentes

1.O Mundo exterior da consciência coletiva: Cultura e valores...

Para K. G. Jung, o sucesso do processo analítico dos sonhos não está somente na técnica, mas, sim na aliança terapêutica

Exatamente na formação e fortalecimento do par analítico que ocorre o sucesso terapêutico como um todo.

É como ocorresse uma transformação alquímica dos conteúdos terapêuticos externados.

“a técnica certa nas mãos da pessoa errada não funcionará, ao passo que que a técnica errada nas mãos da pessoa certa funcionará” (Hall 2007)

Antes de prosseguir vamos relembrar alguns fatores importantes: A personalidade: Persona. Comportamento aparente dentro dos papéis sociais de cada indivíduo. O caráter: Parte “estruturada” dentro do processo inicial da subjetividade e da individuação. Caráter e personalidade são fatores interlaçados e ambos de cunho intimo, pessoal e intransferível.

Se quiser utilizar as metodologias de Jung, é importante levar em conta os pilares de sua psicologia analítica como: 1.EGO (Existe o Ego onírico e o ego vígil)

1.Sombras

1.Persona

1.Anima/animus

O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO

“A individuação é um processo dinâmico; envolve um mudança constante e finalmente leva à aceitação de finitude da vida e inevitavelmente a morte” (Hall, 2007, p37)

Arquétipos: “Formas” pré-existentes sobre as quais formulamos nossas imagens representativas. Ou tipificamos a imagem de algo.

Arquetípicos: Conteúdos básicos da Psique objetiva. São as tipificações de imagens para referências conscientes. Ou seja uma imagem formulada de algo, um deus, um ser mitológico...

Psique Objetiva: Mesmo que inconsciente coletivo

Exemplo: Arquetípico do malandro carioca

Arquetípico da Disney

O Si mesmo: Centro regulador de toda psique, não é o mesmo que o ego, pois o ego é o centro da consciência. Nos sonhos pode aparecer inclusive como a voz de Deus, a voz interior...

Complexos: São grupos de imagens semelhantes, que se juntam por meio das questões emocionais.

Sincronicidade: Conceito de Jung usado para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado. Casualidade não existe e sincronicidade explica "coincidencias significativas"

Complexos: São grupos de imagens semelhantes, que se juntam por meio das questões emocionais. Sincronicidade: Conceito de Jung usado para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado. Casualidade não existe; A sincronicidade explica "coincidências significativas“. Falo de tiros e minha caneta estoura a tinta...

Crenças e valores familiares e sociais, os mitos e ritos religiosos O senso comum, os conteúdos aprendidos dentro da educação formal e informal.

Os contos de fada, as canções de ninar, as histórias que embalaram os sonos... Tudo que o indivíduo vivencia ao longo de sua vida irá compor seu processo de individuação.

AS SOMBRAS E O INDIVÍDUO

O QUE SÃO AS SOMBRAS? SÃO FORMAS DE PROJEÇÕES CONTRÁRIAS. Ou seja, algo que se projeta na direção oposta de uma massa ou conjunto ideário. Ao nascer uma ideia, nasce junto uma sombra. Dito de outra forma Toda tese tem suas antíteses, ou seja suas ideias opositoras.

EXEMPLOS: Deus X diabo Símbolos X diabolos Coragem X medo Amor X ódio Claridade X escuridão...

Os indivíduos carregam suas sombras recaídas sobre o desejo e a prática. Quero, mas será que posso?

Ao tentar interpretar um sonho é importante que o analista leve em consideração o tipo de personalidade de um paciente.

Da mesma maneira o conjunto do sonho associado aos restos diurnos e as associações livres do todo analítico.

Como afirmou o Dr Zimerman (2008, p 428): Um sonho deve ser analisado de forma semelhante ao se observar uma floresta. Ou seja, mais importante que olhar árvore por árvore é a percepção do sistema como um todo. Flora e fauna são componentes de uma mesma floresta...

INTERNET E CRENDICES POPULARES

Não raramente ouvimos relatos de pessoas que recorrem ao auxílio dos sites de buscas para tentar compreender os próprios sonhos. Muitos site tentam ajudar, porém torna-se necessário um cuidado especial com esse tipo de ajuda. A Interpretação dos sonhos passa pela aliança psicanalítica, o par analítico no processo transferencial e consecutivamente pelo fenômeno intersubjetivo

A PSICANÁLISE E OS SONHOS

Na perspectiva psicanalítica devemos considerar dois pilares básicos • O sonho • A história de vida do sonhador

Segundo a “Psicanálise dos Sonhos”, “o próprio Freud considera a análise dos sonhos como a 'estrada real do inconsciente”, pensamento corroborado por Garcia-Roza quando atribui a Freud a afirmação de que “o sonho é o pórtico real da psicanálise”.

OS SONHOS NA PERSPECTIVA JUNGIANA

HÁ 03 ETAPAS BÁSICAS NA ABORGEM JUNGIANA

1.Uma compreensão clara e detalhada do sonhos

2.Associação do material onírico nos campos: a)Pessoal b)Cultural c)Arquetípico 3. Associar o sonho à vida e ao processo de individuação do sonhador.

Uma compreensão clara e detalhada do sonhos

Segundo Hall 2007, ter um claro entendimento e detalhado dos sonhos ajuda a minimizar os riscos de reducionismo. Um exemplo citado por Hall é: “Sonhei com trabalho...” torna-se necessário detalhar, o que fazia no trabalho? Quem estava lá? Isso o afetou de que forma?... Se o analista não se aprofundar nesses detalhes poderá analisar à luz de suas próprias teorias e experiências pessoais.

K.G JUNG: Para Jung ao ir apara análise o paciente apresenta o sonho ao analista e ambos se tornam juntos encontrar os reais significados dentro da história de vida do paciente. O significado vem de dentro da vida e não de fora dela.

Para Jung a interpretação dos sonhos não poderia ser somente a que chamou de análise redutiva. O seja, aquelas pautadas no passado do sonhante, como Freud havia sugerido. Jung não descartou esse método de trabalho mas, o relativizou afirmando que existem outras possibilidade de se trabalhar com os conteúdos oníricos relacionando-os coma vida prática e o processor dinâmico da Individuação.

Jung considerava três camadas de um complexo para ampliação da imagem onírica a saber: a) Camada inicial - Associações pessoais: Imagens, pessoas, lugares de acordo com a vida do paciente... b)Camada intermediária: Imagens mais culturais e

transpessoais. As cores do para o sinal o sinal de transito, o branco para a pureza de uma noiva, a farda com a segurança...

c) Terceira camada - ou nível de ampliação: A tipificação do arquétipo, ou o arquetípico e isso é muito íntimo do paciente, pois somente ele tem seus significantes para tipificar um arquétipo

Arquétipo: O termo “arquétipo” deriva do grego, archein que significa “original ou velho” “typos” = Padrão, modelo ou tipo, Arquétipo então seria = um padrão originante de conceitos culturais copiados pelos por gerações similares. Uma forma pré-existente de acordo com a cultura

Arquetípico: Tipificação, ou personificação de um arquétipo. Por exemplo: um dragão, “...tem asinhas”, solta fogo, é feio... Você já viu um dragão?

Os sonhos com perseguições sejam de pessoas que nos cercam, seja de animais ferozes, podem remeter a tentativa do inconsciente “querendo” vir a tona, ou tentando encontrar o mundo consciente do Ego vígil.

Ao se trabalhar com a análise dos sonhos necessitamos associá-los aos complexos da vida real do paciente. Um complexo é: um grupo de ideia e imagens assoviadas entre si ou afins, reunidas por um tono emocional comum e baseadas num núcleo arquetípico.

Os sonhos tem duas raízes, uma nos conteúdos conscientes e nas impressões do dia anterior e, assim por diante outras no conteúdos constelado do inconsciente que consistem em duas categorias: 1.Constelações de conteúdos conscientes; 2.Constelações a partir das criações do

inconsciente. (Franz 2011)

Para Franz (2011), os significados de um sonho podem ser formulados

1. Um sonho representa uma reação inconsciente a uma situação consciente; 2. Descreve uma situação que surgiu como resultado de algum conflito entre a consciência e o inconsciente; 3. Representa uma tendência no inconsciente cujo objetivo é efetuar uma mudança em uma atitude consciente; 4. Representa processos inconscientes que não tem nenhuma relação reconhecível com a consciência

Possíveis tensões no processo analítico dos sonhos:

1.O Analisando identifica o analista com uma figura num de seus sonhos;

2.O analista aparece em pessoa no sonho do analisando;

3.O analisando aparece num sonho do analista;

4.Existem sonhos sexuais, do analisando ou do analista, acerca da outra pessoa.

É muito importante ter uma compreensão se os personagens dos sonhos são objetivos ou subjetivos e ainda se existe uma projeção sobre tais personagens. Eles são realmente os existentes da na vida vígel. Por essa razão cuidado com as interpretações precipitadas.

“A interpretação abusiva de figuras oníricas como referentes do analista pode até ampliar a transferência a um grau desnecessário e perigoso, sobre tudo quando os sonhos possuem um caráter erótico” Hall 2017 p 69

O aparecimento do analista no sonho pode se referir ao analista internalizado, algo referente a necessidade de uma alto avaliação e alto análise. Pode não ser a pessoa em si, mas a projeção sobre a necessidade de uma reflexão necessária. Ou, talvez um desejo de maior aproximação no processo analítico Logo, cuidado para não se sentir um sonho de consumo de seus pacientes.

O paciente nos sonhos do analista:

Não é de se surpreender que o paciente possa aparecer no sonho dos analista. No entanto, também não se pode dar aos sonhos significados que os mesmos não possuem. Antes de tentar dar os significados há de se refletir de forma ampla e coerente sobre os conteúdos oníricos e suas relações coma vida vígil. Caso sonhe com o paciente, não fale isso a ele! Mas reflita sobre como conduzir melhor o processo.

Possíveis transtornos mentais e os sonhos

É possível que os psicóticos sonhem com: • Carros rodando para trás; • Animais vivos e correndo sem a pele; • Personagens destrutivos e assassinos

impiedosos; • Destruições do mundo; • Perseguição constante do ego onírico... Caso ocorram tais relatos é prudente sugerir ao paciente que consulte um psiquiatra. Mas cuidado! Não se precipite ao analisar e abordar essas questões.

“ A normalidade dos é melhor ajuizada, cotejando-se com o que se conhece dos sonhos do paciente antes do da ocorrência da depressão” Segundo Hall (2007, p 73), Sinais de possíveis melhorias ou de retornos a normalidade do paciente são: a)A Ausência de símbolos de agressão contra o ego

onírico; b)A ausência de símbolos referentes a períodos do

passados em que os conflitos neuróticos forma formados ou intensificados.

Sonhos recorrentes: Sonhar várias vezes com as mesmas coisas, ou com coisas parecidas pode representar seu In consciente chamando-o para que preste atenção nas questões sonhadas. O ego onírico pode estar remetendo a algo a ser resolvido pelo ego vígil

Cobra Para Freud, sonhos om cobras provavelmente expressam

algum desejo sexual inconsciente.

Animais ferozes Perseguições de animais pode retratar uma tentativa do Inconsciente na busca do ego. Se o ego onírico se sente ameaçado...

Água Mãe, vida, pulsão de vida

Traição do parceiro Pode representar um medo, a baixo alto-estima do sonhador, ou até mesmo suas práticas, negócios ou práticas escusas ...

Morte Pode ter a ver com vida nova, morrer para recomeçar...recomeço, ou até mesmo o medo da perda de alguém ou de algo

Exumação Talvez a necessidade ou a probabilidade de exumar sentimentos reprimidos

Fronteiras Vida prática e vida desejada. Medo de ser descoberto por estar no limite...

Cobra para Jung Sonhar com cobras é uma representação de um conflito interno de natureza pessoal ou ligado a arquétipos universais maiores, tais como símbolos de cura ou forças de vida.

Animais vivos

correndo e sem

Pode representar o sonho de um psicótico, que dependendo do estado clínico seja podendo recomendar um psiquiatra

Carros rodando ao

contrário

Pode representar o sonho de um psicótico, que

dependendo do estado clínico seja podendo

recomendar um psiquiatra

Roupas... Parte da persona, ade comportamentos trocados ou

readequados

Árvore com raízes

símbolos do passado - tronco da árvore é tradição familiar ou luta por sua individualidade

Figo

símbolo universal de fertilidade (sementes); frutas geralmente são associadas à sensualidade, erotismo, prazer. Vegetais simbolizam vigor e saúde.

Mandalas

significam totalidade da psique humana e remete a profundezas do inconsciente. Pode se assemelhar ao “círculo mágico”, símbolo do universo.

Labirinto

supõe aprisionamento, sem saber a saída; ânsia de libertação, ansiedade frente a um concurso, etc.

Um urso grande na porta da sua casa

pode representar um jovem vizinho que surgiu recentemente na vizinhança (o urso representa força e perigo).

Um formigueiro, frente a casa de sua irã, expressa algo sobre trabalho duro e exaustivo e dispõe você a ajudar (ou está se cobrando em não ajuda-la).

Crédito: Professora Me. Renne Cavalcanti

Ao se aventurar na jornada interpretativa de um sonho, é de grande importância que o analista busque os reais significados para os elementos oníricos dentro da vida do ego vígil.

Devemos ter um cuidado especial para não querer interpretar pelo paciente. Lembre-se: 1. Os sonhos são dele; 2. A vida é dele; 3. Logo, os significantes e significados também

deverão ser dele.

Pois bem, como vimos até o momento, um sonho não é algo apenas fruto da imaginação do indivíduo; São extratos da vida do próprio paciente e devem ser interpretados à luz de sua história pessoal; Os significados são do paciente, pois o sonho é dele. Não invente significados fora do contexto do analisando.

O analista e o sonho segundo o Dr Zimerman (2008, p428-31)

• Atitude: deve evitar saturar a mente tentando decifrar códigos, ou descobrir disfarces oníricos. Os sonhos deve comunicar algo que o paciente consciente não sabe

• Estado mental: Sem a ânsia de compreensão imediata. Sem a mente saturada com conceituações prévias. Ouça sem estigmas. Ouvir primeiro, avaliar as possibilidades interpretativas respostas depois

• Capacidade de sonhar sessão a sessão: A capacidade de criar certos ideogramas em sua mente, pelos quais possa ir montando as imagens até tentar chegar do conteúdo manifesto ao conteúdo latente.

• Evitar o papel do sujeito de “suposto saber”: O analista não sabe tudo, não é prudente que o analisando pense assim. O paciente é a parte mais importante do processo interpretativo;

• Participação do par analítico: é importante ouvir o paciente sobre suas impressões pessoais sobre o sonho. Os significantes são dele, logo é importante ouvi-lo;

• O jogo do rabisco: É como se paciente e analista fizessem rabiscos e contornem os conteúdos dos sonhos delimitando-os e dando os contornos necessários ou pelo menos possíveis;

• Sonhos do analista: Deve estar atento aos significados com os sonhos que envolva o analisando ou pessoas parecidas. Se perceber uma contratransferência, é importante analisar cuidadosamente seus motivos, métodos e atenção a necessidade de mudança no processo analítico

• Sonhos como avaliação da análise: Os conteúdos dos sonhos são repetidos? É importante atenção nas mudanças dos detalhes dos sonhos repetidos para perceber as possíveis mudanças, ainda que mínimas;

• Significações subjetivas do analista: Este é um cuidado muito especial. O analista deve cuidar para seus valores e representações subjetivas não interfiram no real significado do sonhos para o paciente