Intertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem

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entre Os Lusíadas e a Mensagem

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Trabalho de Português, 12º ano. Intertextualidade entre Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões e Mensagem de Fernando Pessoa

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Intertextualidade entre Os Lusíadas e a

Mensagem

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Os Lusíadas

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Os Lusíadas• Epopeia portuguesa escrita por Luís Vaz de

Camões

• Publicada em 1572

• Composta por dez cantos

• Descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama

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• A obra divide-se em quatro partes:

o Proposiçãoo Invocação oDedicatóriaoNarração

Os Lusíadas

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Os Lusíadas

• A obra segue também quatro planos temáticos:

o Plano da Viagemo Plano da História de Portugalo Plano do Poetao Plano da Mitologia

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A Mensagem

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A Mensagem• Única obra publicada por Fernando Pessoa

• Publicada em 1934

• Composto por 44 poemas

• Passado glorioso de Portugal e sua decadência

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A Mensagem

• Está dividida em três partes:

oBrasãooMar PortuguêsoO Encoberto

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Intertextualidade

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Semelhanças

• Poemas sobre Portugal

• D Sebastião, ser eleito, enviado de Deus ao mundo

• Os heróis concretizam uma vontade divina

• Apresentação dos heróis da História em forma fragmentária

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Semelhanças

• Exaltação épica da acção humana no domínio dos mares

• Superação dos limites humanos pelos heróis portugueses

• Sacrifício voluntário em nome de uma causa patriótica

• Evocação do passado para projectar, idealizar o futuro

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O Herói• Nos Lusíadas apresenta-se um Herói Épico.

• Na Mensagem, apresenta-se um Herói Mítico.

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Nuno Álvares Pereira

Lusíadas

«Logo o grande Pereira, em quem se encerraTodo o valor, primeiro se assinala:

Derriba e encontra e a terra enfim semeiaDos que a tanto desejam, sendo alheia.»

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Nuno Álvares Pereira

Mensagem

«'Sperança consumada,S. Portugal em ser,

ergue a luz da tua espadapara a estrada se ver»

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Vasco da Gama

Lusíadas

«Que as imortalidades que fingiaA antiguidade, que os ilustres ama,

Lá no estrelante Olimpo, a quem subiaSobre as asas inclítas da Fama.»

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Vasco da Gama

Mensagem

«Os Deuses da tormenta e os gigantes da terraSuspendem de repente o ódio da sua guerra

E pasmam. Pelo vale onde se ascende aos céus…»

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D. Sebastião• Na Mensagem, D.Sebastião é o mito, o Desejado,

o Encoberto.

• Nos Lusíadas, D. Sebastião é a quem o poeta se dedica a sua obra, na Dedicatória e no Canto X, apelando a que este prossiga os feitos dos portugueses.

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Voz do Poeta• Os dois poetas apresentam o seu desencanto

face ao presente e apelam ao futuro.

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Comparações entre poemas

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O Dos Castelos/Canto III

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O dos Castelos

«A Europa jaz, posta nos cotovelos:De Oriente a Ocidente jaz, fitando,E toldam-lhe românticos cabelos

Olhos gregos, lembrando.

O cotovelo esquerdo é recuado;O direito é em ângulo disposto.

Aquele diz Itália onde é pousado;Este diz Inglaterra onde, afastado,

A mão sustenta, em que se apoia o rosto.

Fita, com olhar ’sfíngico e fatal,O Ocidente, futuro do passado.

O rosto com que fita é Portugal.»

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Canto III

17 «Eis aqui se descobre a nobre Espanha,Como cabeça ali de Europa toda…»

20 «Eis aqui, quase cume da cabeçaDe Europa toda, o Reino Lusitano,

Onde a terra se acaba e o mar começa,E onde Febo repousa no Oceano.Este quis o Céu justo que floresça

Nas armas contra o torpe Mauritano,Deitando-o de si fora, e lá na ardenteÁfrica estar quieto o não consente.»

21 «"Esta é a ditosa pátria minha amada,A qual se o Céu me dá que eu sem perigo

Torne, com esta empresa já acabada,Acabe-se esta luz ali comigo.»

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A Caracterização

da Europa

• A posição dos cotovelos

O uso do

verbo “jazer”

• Referência à necessidade de despertar

A Personificação da Europa

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Patriotismo dos Poetas

• Representado como a “cabeça da Europa”

• “O rosto com que fita é Portugal”

A posição de Portugal

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Mostrengo /Adamastor

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Mostrengo«O mostrengo que está no fim do marNa noite de breu ergueu-se a voar;A roda da nau voou três vezes,Voou três vezes a chiar,

E disse: «Quem é que ousou entrarNas minhas cavernas que não desvendo,Meus tectos negros do fim do mundo?»E o homem do leme disse, tremendo:

«El-Rei D. João Segundo!»«De quem são as velas onde me roço?De quem as quilhas que vejo e ouço?»Disse o mostrengo, e rodou três vezes,

Três vezes rodou imundo e grosso.«Quem vem poder o que só eu posso,Que moro onde nunca ninguém me visseE escorro os medos do mar sem fundo?»

E o homem do leme tremeu, e disse:«El-Rei D. João Segundo!»Três vezes do leme as mãos ergueu,Três vezes ao leme as reprendeu,

E disse no fim de tremer três vezes:«Aqui ao leme sou mais do que eu:Sou um povo que quer o mar que é teu;E mais que o mostrengo, que me a alma teme

E roda nas trevas do fim do mundo,Manda a vontade, que me ata ao leme,De El-Rei D. João Segundo!»

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Adamastor37«…Uma nuvem, que os ares escurece,

Sobre nossas cabeças aparece.»38«…Tão temerosa vinha e carregada,

Que pôs nos corações um grande medo;»

39«Não acabava, quando uma figuraSe nos mostra no ar, robusta e válida,De disforme e grandíssima estatura;

O rosto carregado, a barba esquálida,Os olhos encovados, e a postura

Medonha e má e a cor terrena e pálida;Cheios de terra e crespos os cabelos,A boca negra, os dentes amarelos.»

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Semelhanças

• Representação da forma invencível do mar;

• Representação de um marinheiro, que ambiciona o mar;

• Demonstrar o valor do portugueses através da sua coragem e determinação;

• Personificação dos receios e perigos do mar desconhecido;

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Diferenças

Mostrengo/Adamastor• Forma como aterroriza• Forma como é vencido• Retrato• Interluctor

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Diferenças

Mostrengo/Adamastor

•Progressão textual•Expressão caraterizadora

•Texto

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Trabalho realizado por:

Paulo Vitorino Nº20Raquel Avelar NºSofia Antunes Nº