INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA VETERINÁRIA AULA 1

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  • 7/30/2019 INTRODUO A SEMIOLOGIA VETERINRIA AULA 1

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    PROF:M.V. JULIANO VEIGA

    [email protected]

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    "As PESSOAS SE ESQUECEM DO QUEOUVEM; LEMBRAM DO QUE LEM;PORM, S APRENDEM, DE FATO,AQUILO QUE FAZEM" (Ado Robertoda Silva)

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    A palavra semiologia provm do

    grego semeion: que quer dizersintomas/sinais e logos: que

    significa cincia/estudo.

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    A semiologia a parte da medicina que estuda

    os mtodos de exame clnico, pesquisa ossintomas e os interpreta, reunindo, dessa forma,os elementos necessrios para construir o

    diagnstico e presumir a evoluo daenfermidade.

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    A Semiotcnica. a utilizao, de todos os recursosdisponveis para se examinar o paciente enfermo,desde a simples observao do animal at a

    realizao de exames modernos e complexos. Clnica Propedutica. Rene e interpreta o grupo de

    dados obtidos atravs do exame do paciente. umelemento de raciocnio e anlise fundamental, na

    clnica mdica, para o estabelecimento dodiagnstico. Semiognese. Busca explicar os mecanismos pelos

    quais os sintomas aparecem e se desenvolvem.

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    Para a medicina humana, sintoma uma sensaosubjetiva anormal, sentida pelo paciente e novisualizada pelo examinador (dor, nusea,dormncia).

    J, sinal um dado objetivo, que pode ser notadopelo examinador por inspeo, palpao, percusso,auscultao ou evidenciado por meio de examescomplementares (tosse, edema, cianose, sangue

    oculto). Na medicina veterinria, o sintoma, por definio, todo o fenmeno anormal, orgnico ou funcional,pelo qual as doenas se revelam no animal (tosse,claudicao, dispneia).

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    O sintoma um indcio de doenasendo, o sinal, o raciocnio feito aps

    a observao de um determinadosintoma.

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    SEMIOTCNICA

    FSICA

    FUNCIONAL

    ESPERIMENTAL

    Determina asalteraes

    anatmicaspor meios

    fsicos

    Determina asalteraes

    funcionais pormeio de registros

    grficos

    Promovealteraes

    orgnicas para secomprovar o

    diagnstico

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    No existem sintomas em medicina

    veterinria, tendo em vista que osanimais no expressam verbalmente

    o que sentem.

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    Doena: "Evento biolgico caracterizado poralteraes anatmicas, fisiolgicas ou

    bioqumicas, isoladas ou associadas".

    Os sintomas podem ser classificados como:

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    Quanto evoluo: - Iniciais: so os primeiros sintomas

    observados ou os sintomas reveladores dadoena.

    - Tardios: quando aparecem no perodo deplena estabilizao ou declnio da

    enfermidade. Residuais: quando se verifica uma aparente

    recuperao do animal, como as miocloniasque ocorrem em alguns casos de cinomose.

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    - Anatmicos:alterao da forma de umrgo ou tecido (esplenomegalia,hepatomegalia).

    - Funcionais:alterao na funo dos rgos(claudicao).

    Reflexos:sintomas distantes, por serem

    originados longe da rea em que o principalsintoma aparece (sudorese em casos declicas, taquipnia em caso de uremia,ictercia nas hepatites).

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    Conjunto de sintomas clnicos, demltiplas causas e que afetam

    diversos rgos .

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    No se deve ter a pretenso de que asuspeita clnica venha a se encaixar em um

    nico tipo de diagnstico. Nesses casos, conveniente se fazer o que

    denominamos de diagnstico provve/,provisrio ou presuntivo.

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    Anamnese incompleta ou preenchida

    erroneamente. Exame fsico superficial ou feito s pressas. Avaliao precipitada ou falsa dos achados

    clnicos. Conhecimento ou domnio insuficiente dos

    mtodos dos exames fsicos disponveis. Impulso precipitado em tratar o paciente antes

    mesmo de se estabelecer o diagnstico.

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    1. No seja demasiadamente sagaz. 2. No tenha pressa.

    3. No tenha predilees. 4. No diagnostique raridades. Pense nashipteses mais simples.

    5. No tome um rtulo por diagnstico. 6. No tenha prevenes. 7. No seja demasiado seguro de si. 8. No hesite em rever seu diagnstico, de

    tempo) em tempo, nos casos crnicos.

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    E o meio utilizado para combater a doena.Podemos utilizar meios cirrgicos,

    medicamentosos e dietticos. s vezes,ocorre uma combinao desses recursos,outras, o tratamento feito de formaindividual, dependendo de cada caso.

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    Causal: quando se opta por um meio que combata a causa dadoena (hipocalcemia: administra-se clcio).

    Sintomtico: quando visa combater apenas os sintomas(anorexia: orexignicos, vitaminas) ou abrandar o sofrimento doanimal (analgsicos, antipirticos).

    Patognico: procura modificar o mecanismo dedesenvolvimento da doena no organismo (ttano: usa-se soroantitetnico antes que as toxinas atinjam os neurnios).

    Vital: quando procuramos evitar o aparecimento decomplicaes que possam fazer o animal correr risco de morte .

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    Aporte humano bsico necessrio: Conhecimento.

    Raciocnio. Viso, audio, tato, olfao. Sensatez. Organizao. Pacincia.

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    Papel e caneta para anotaes. Aparelho de ausculta. Martelo e permetro para percusso.

    Termmetro. Aparelho de iluminao (lanterna). Luvas de procedimento. Luvas de palpao retal. Otoscpio e oftalmoscpio. Especulos vaginais. Frascos para acondicionamento de amostras. Material especfico para conteno (cordas,

    cachimbo, mordaas, etc.).

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    Os principais mtodos de exploraofsica so: Inspeo, Palpao,Percusso, Ausculta e Olfao.

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    "Comete-se mais erros por no olhar que por nosaber."

    O exame deve ser feito em um lugar bem iluminado, de

    preferncia sob a luz solarCompare o animal doente com os assintomticos. No se precipite: no faa a conteno nem manuseie oanimal antes de uma inspeo cuidadosa, j que amanipulao o deixar estressado.No tenha pressa!

    Limite-se a descrever o que est vendo. No sepreocupe, com a interpretao e a concluso do caso.

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    1. Palpao com a mo espalmada, usando toda apalma de uma ou de ambas as mos.

    2. Palpao com a mo espalmada, usando apenas

    uma pina. 4. Palpao com o dorso dos dedos ou das mos

    (especfico para a avaliao da temperatura). 5. Dgito-presso realizada com a polpa do

    polegar ou indicador. Consiste na compresso deuma rea com diferentes objetivos: pesquisar aexistncia de dor, detectar a presena de edema(godet positivo) e avaliar a circulao cutnea.

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    6. Punho-presso feita com a mo fechada, particularmente, emgrandes ruminantes, com a finalidade de avaliar consistncia deestruturas de maior tamanho (rmen, abomaso) e para denotar,tambm, aumento de sensibilidade na cavidade abdominal.

    7. Vltropresso realizada com a ajuda de uma lmina de vidro que comprimida contra a pele, analisando-se a rea por meio da prprialmina. Sua principal aplicao permitir a distino entre eritema eprpura (o eritema desaparece e a prpura no se altera com a vitro oudgito-presso).

    8. Para pesquisa de flutuao, aplica-se palma da mo sobre um lado

    da tumefao, enquanto a mo oposta, exerce sucessivas compressesperpendiculares superfcie cutnea. Havendo lquido, a pressodetermina um leve rechao do dedo da mo esquerda, ao que sedenomina flutuao.

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    1. Utilize um aparelho de ausculta de boaqualidade.

    2. Ausculte em um ambiente tranquilo, livre de

    rudos acessrios. 3. Detenha a sua ateno no rudo que est ou

    vindo. Procure individualiz-lo, para melhorconcluir quanto a sua origem, tempo que ocorre

    e caractersticas sonoras. 4. Evite acidentes. S ausculte quando o animal

    estiver adequadamente contido.

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    Areos. Ocorrem pela movimentao de massasgasosas (movimentos inspiratrios: passagemde ar pelas vias areas).

    Hidroareos. Causados pela movimentao demassas gasosas em um meio lquido(borborigmo intestinal).

    Lquidos. Produzidos pela movimentao demassas lquidas em uma estrutura (soproanmico).

    Slidos. Deve-se ao atrito de duas superfciesslidas rugosas, como o esfregar de duas folhasde papel (roce pericrdico nas pericardites)

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    A percusso acstica permite a avaliao de

    tecidos localizados aproximadamente a 7centmetros de profundidade e pode detectarleses igual ou maiores que 5 centmetros.

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    O princpio da percusso remontados antigos, quando era usado para

    se verificar o nvel do lquido empipas de vinho e tambm pelos

    tocadores de garrafas.

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    1. Fazer observaes com relao delimitao topogrfica dos rgos.

    2. Fazer comparaes entre as mais variadasrespostas sonoras obtidas.

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    Vacas com acetonemia eliminam um odor que lembrao de acetona;

    Hlito com odor urmico aparece em doentes emuremia;

    Halitose um odor desagradvel que pode serdeterminado por diferentes causas (cries dentrias,trtaro, afeces periodontais, presena de corposestranhos na cavidade oral e esfago, infeces devias areas, alteraes metablicas c algumasafeces do sistema digestrio).

    O odor das fezes de ces com gastrenteritehemorrgica e das secrees de ces com hipertrofiada glndula adanal so suigeneris e inesquecveis.

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    De maneira geral, as principais razes para arealizao dos exames complementares so:

    Confirmar a presena ou a causa da doena. Avaliar a severidade do processo mrbido. Determinar a evoluo de uma doenaespecfica.

    Verificar a eficcia de um determinado tratamento.

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    - Principais causas de erros no exame fsico. 1. Pobre organizao da sequncia de exame.

    2. Ausncia ou utilizao de equipamentodefeituoso. 3. Tcnica manual incorreta. 4.Uso inadequado do equipamento. 5.Abordagem imprpria do paciente (estresse).

    6. Considerar um achado fisiolgico comoanormal ou vice-versa.

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    Consiste na explorao de rgos oucavidades internas, atravs da passagem de

    um trocarte, agulha, cnula e similar, dosquais retirado material para ser examinadocom relao aos seus aspectos fsico,qumico, citolgico e bacteriolgico.

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    Consiste na colheita de pequenos fragmentosteciduais de rgos como os pulmes, fgado,

    rins, entre outros, para a realizao de examehistopatolgico.

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    I. Diferenciar entre as causas de organomegalia

    envolvendo os ndulos linfticos, bao, fgado, rins,prstata, glndulas mamarias e outros rgos.

    II. Diferenciar entre inflamao, hiperplasia e neoplasiacomo causa de tumores de pele, tumores subcutneos eoutros tumores acessveis.

    III. Diferenciar neoplasias malignas de benignas compropsitos de diagnstico e de planeja mento teraputico.

    IV. Auxiliar na confirmao do diagnstico de umadermatopatia

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    Nos ltimos anos, tem-se observado umconsidervel aumento no nmero de testes

    laboratoriais. Os procedimentos laboratoriais incluem osexames fsico-qumicos, hematolgicos,bacteriolgicos, parasitolgicos e

    determinaes enzimticas.

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    Suspeitando-se de uma determinadaenfermidade, inocula-se o material provenientedo animal doente em animais de laboratrio,para verificar o aparecimento da doena.

    Isso requer tcnica especial para cada um dosprocessos suspeitos (para diagnosticar

    botulismo, inocula-se em camundongos, por viaintraperitoneal, extrato heptico, contedo dormen, contedo intestinal ou soro sanguneo).

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    So exames que provocam respostassensveis nos animais, mediante a inoculao

    em seus tecidos, de algum antgeno sob aforma de uma protena derivada demicroorganismos.

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    1. Identificao do animal ou dos animais(resenha).

    2. Investigao da histria do animal

    (anamnese). 3. Exame Fsico Geral: avaliao do estado geraldo animal (atitude, comportamento, estadonutricional, estado de hidratao, colorao demucosas, exame de linfonodos, etc.) parmetros

    vitais (frequncia cardaca, frequnciarespiratria, temperatura, movi mentos ruminaise/ou cecais);

    .

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    Especial: exame fsico direcionado ao(s)sistema(s) envolvido(s).

    4. Solicitao e interpretao dos examessubsidirios (caso necessrio). 5. Diagnstico e prognstico. 6. Tratamento (resoluo do problema).

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    De maneira geral importanteconsiderarmos espcie, raa, sexo e idade.

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    Fonte e confiabilidade; b) Queixa principal;

    c) Histria mdica recente (HMR); d) Comportamento dos rgos (reviso dossistemas);

    e) Histria mdica pregressa (HMP); f) Histria ambiental e de manejo; g) Histria familiar ou do rebanho.

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    A fonte geralmente o proprietrio. Seoutras pessoas afins (filho, vizinho, tratador,

    sogra, etc.) fornecem a entrevista, os seusnomes e a relao dos mesmos com o animaldevem ser anotados na ficha de exame.

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    O histrico mdico atual refere-se aalteraes recentes na sade do animal que

    levaram o proprietrio a procurar auxliomdico. Como orientao geral, escolher o sintoma-

    guia, a queixa de mais longa durao ou o

    sintoma mais observado pelo proprietrio.

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    1. Determine, se possvel, o sintoma-guia. 2. Determine a poca do seu incio. 3. Use o sintoma-guia como fio condutor da

    histria e tente estabelecer as relaes comoutros sintomas.

    4. Determine a situao do sintoma-guia no

    momento atual: evoluiu/estagnou? 5. Verifique se a histria obtida segue urna

    sequncia lgica

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    A sequncia recomendada a seguinte: 1. Sistema Digestrio;

    2. Sistema Cardiorrespiratrio; 3. Sistema Genitourinrio; 4. Sistema Nervoso; 5. Sistema Locomotor 6. Pele e Anexos.

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    Estado geral de sade. Doenas prvias.

    Cirurgias anteriores. Imunizaes, vermifugaes, etc. Como era a sade do animal antes de adoecer? A data de vacinao, a dose e o produto utilizado,

    como tambm a conservao das vacinas, devem ser

    questionados. Da mesma forma, a vermifugaoprecisa ser checada, atentando-se, principalmente, aoprincpio ativo do vermfugo, dose e ao intervaloentre cada vermifugao.

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    O exame do ambiente parte indispensvel aqualquer exame clnico, descreveremos somente ospontos principais a serem investiga- dos na histria.

    Em caso de criao extensiva, interessanteverificar a topografia local e o tipo de solo e devegetao em que os animais so criados, visandodetectar a ocorrncia de determinadasenfermidades, tais como: deficincias nutricionais

    (cobre e cobalto em reas arenosas), leptospirose,anemia infecciosa equina (regies pantanosas,alagadas, midas), ectopias e traumas (reasexageradamente inclinadas), entre outros. .

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    Para aqueles animais criados relativamente confinados, conveniente perguntar onde o animal permanece a maior parte dodia, se o cho spero (calo de apoio em ces de grande porte), seo local mido (processos respiratrios), se apresenta boaventilao ou boa proteo contra extremos de temperatura

    (calor/frio); se o animal tem acesso a oficinas mecnicas(intoxicao por chumbo), rua (atropelamentos), a depsitos delixo (ingesto de corpos estranhos ou materiais emdecomposio), se esto reformando a casa (ces jovens podemlamber tinta ou outros materiais), as cercas (ingesto de pregos earames pelos bovinos); quais so as condies de higiene do local

    (remoo de fezes e urina, troca de cama, lavagem do quintal);quais produtos so utilizados na limpeza das reas em que osanimais permanecem (quintal, estbulos, sala de ordenha,troncos, bretes, entre outros)

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    No exame fsico, ser avaliado o estado nutricional do animal oudo rebanho. Contudo, um conhecimento antecipado do manejonutricional um ponto crucial no estabelecimento da histria doanimal, determinando-se, principalmente, seus hbitosalimentares, especificando, tanto quanto possvel, a quantidade c

    a qualidade da alimentao que o animal vem recebendo,tomando-se como referncia o que seria a alimentao adequadapara aquele animal em funo de sua idade, do sexo e do trabalhoque executa. Tendo-se conhecimento de tais aspectosalimentares, outras perguntas podem ser realizadas como: onde oanimal come? (Vasilhas de plstico podem causar dermatite de

    contato na regio em ces.) Qual a localizao e a disponibilidade de cochos? Qual a origem (qualidade) e disponibilidade (quantidade) de gua?

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    Grande parte do prazer e da eficcia daprtica mdica vem do conversar com osproprietrios.

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    O cliente loquaz: Esses proprietriosdominam ou tentam dominar a entrevista,conduzindo-a da forma que mais lhesconvm. Mesmo respostas objetivas como"SIM" e "NO" parecem interminveis.

    O uso de perguntas abertas, facilitaes ou

    silncio demorado deve ser evitado . Se todos esses cuidados forem em vo,

    relaxe e aceite o seu destino.

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    Esses proprietrios so, na maioria das vezes, pessoas simples, debaixo poder aquisitivo e/ou educacional e muitos deles nopossuem autoconfiana.

    Esses proprietrios se embaraam com muita facilidade e mudamsuas respostas com uma certa frequncia, principalmente quando

    intimidadas pela postura autoritria do entrevistador e/ ou pelascircunstncias (negligncia com o animal, ambiente estranho emque se encontra - ar- condicionado, secretria, mobiliriomoderno, aparelhos sofisticados, etc.)

    O uso de perguntas abertas ou abrangentes com tais proprietriossurte pouqussimos efeitos, j que as respostas se limitam a "Sim

    senhor(a)" e "Sei no doutor(a)". O questionamento cuidadoso, bem direcionado c com um

    linguajar mais simples pode ser de grande utilidade para taiscasos.

    Algumas palavras amistosas tambm podem ajudar.

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    Muito comum irado, hostil ou detestvel. Oentrevistador deve agir de maneira racional,profissional e, se possvel, o mais distantepossvel das indelicadezas do proprietrio.

    Afinal, nem todo animal tem o dono quemerece, principalmente por no ter tido o

    poder de escolha.

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    Os proprietrios insaciveis nunca estosatisfeitos.

    As perguntas so as mais variadas e grandeparte delas no diz respeito doena atual doanimal.

    Esses proprietrios so mais bem conduzidos

    com uma conduta firme e nocondescendente.

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    Esse, geralmente, tenta agradar sobremaneira oentrevistador acredita que todas as suasrespostas precisam satisfazer o entrevistador.

    Tenta passar a imagem de proprietrio zeloso epreocupado. Cuidado! Esses merecem uma ateno

    redobrada, pois desviam a ateno para si e no

    para o problema do animal. Seja objetivo e prtico. Lembre-se, o seu

    paciente o animal, at que se prove o contrrio

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    Tenta obter a qualquer custo, pelo telefone, odiagnstico da doena do seu animal e areceita para o tratamento da mesma. insistente, incansvel e inconveniente.

    Por mais que se esclarea que o diagnsticos pode ser feito aps o exame do animal,

    no desiste de conseguir, pelo menos, umapequena receita.

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    o protetor do seu animal e/ou daqueles outrostantos desamparados. Se for um So Francisco brasileira, desdobre-se, ele geralmente no sabenada sobre o problema. Vai ser um monlogo dotipo: "No sei" ou "No vi", j que o mesmo noteve contato prvio com o animal, pois,invariavelmente, o recolheu na rua.

    Sua preocupao c o sofrimento do animal. Muitos insistem, por exemplo, para que no secoloque mordaa no animal porque di.

    Geralmente dizem: "No precisa, o animal nomorde".

  • 7/30/2019 INTRODUO A SEMIOLOGIA VETERINRIA AULA 1

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    O que o animal tem? "No sei"; Quandocomeou? "No sei";

    Qual a alimentao do animal? "minha esposaque faz a comida dele"; Foi vermifugado? "Sabeque no sei?". , antes de tudo, um proprietrioomisso e/ou irresponsvel. Quando seu animalse encontra em estado debilitado ou pobre, aprimeira ideia que passa em sua cabea lev-lo

    para sacrifcio e, em caso de recusa por parte doclnico, no difcil abandon-lo em terrenobaldio, ou ainda pior, na porta da sua clnica.