Introdução à Semiótica Peirceana _ Tricotomias

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Introdução | Arquitetura de Peirce | Categorias Cenopitagóricas | Signo como relação triádica Tricotomias Introdução à Semiótica Peirceanac Tricotomias Este material educacional é parte de um conjunto de recursos que contemplam uma Introdução aos aspectos gerais da teoria semiótica desenvolvida por Charles Sanders Peirce. acessar “Notas” O trabalho “Introdução à Semiótica Peirceana” de Gabrielle Hartmann Grimm foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.

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Objeto de aprendizagem "Tricotomias" do Recurso Educacional Aberto "Introdução à Semiótica Peirceana" composto por mais seis objetos de aprendizagem. Para saber mais sobre o projeto recomenda-se iniciar pelo arquivo Apresentação!

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Tricotomias

Este material educacional é parte de um conjunto de

recursos que contemplam uma Introdução aos

aspectos gerais da teoria semiótica desenvolvida por

Charles Sanders Peirce.

acessar “Notas”

O trabalho “Introdução à Semiótica Peirceana”

de Gabrielle Hartmann Grimm foi licenciado com

uma Licença Creative Commons - Atribuição -

CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.

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Os tópicos contemplados neste objeto de aprendizagem são os seguintes:

Tricotomias

Primeira Tricotomia e seus signos;

Segunda Tricotomia e seus signos;

Terceira Tricotomia e seus signos;

Dez classes de signos.

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Baseado nas categorias cenopitagóricas

e sua concepção triádica, Peirce relaciona três

tricotomias referentes a relação triádica:

Signo – Objeto – Interpretante

pelas quais o signo se constitui.

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Diz respeito ao signo emrelação a ele próprio

3° Tricotomia

2° Tricotomia

1° Tricotomia

Diz respeito ao signo emrelação ao seu objeto

Diz respeito ao signo emrelação ao seu interpretante

(CP 2.243).

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Para cada tricotomia, Peirce descreve três

signos segundo as categorias cenopitagóricas:

Primeiridade;

Secundidade;

Terceiridade.

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Indica que, com respeito a sua própria constituição,

“caráter de apresentação” (CP 2.243),

um signo pode ser uma qualidade (qualisigno), um

existente (sinsigno), ou uma lei (legisigno).

1° Tricotomia Diz respeito ao signo emrelação a ele próprio

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1° Tricotomia

Quali-signoPrimeiridade

(CP 2.244-246).

Signos

Sin-signoSecundidade

Legi-signoTerceiridade

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1° Tricotomia

Quali-signoPrimeiridade

Signos

Em si mesmo o signo é da classe da natureza das

aparências. Qualisigno é uma qualidade que é um

signo, que funciona como um signo sem qualquer

referência a qualquer outra “coisa” (CP 2.244).

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1° Tricotomia

Sin-signoSecundidade

Signos

Em si mesmo o signo é da natureza de um objeto ou

fato individual. Sinsigno é uma ocorrência, um fato, um

evento particular, que é um signo (CP 2.245).

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1° Tricotomia

Legi-signoTerceiridade

Signos

Em si mesmo o signo é da natureza de um tipo geral.

O legisigno é um signo que é uma “lei” (CP 2.246).

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Indica o “caráter interpretativo” do signo (CP 2.243),

um signo pode ser um ícone, um índice ou um símbolo.

2° Tricotomia Diz respeito ao signo emrelação ao seu objeto

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2° Tricotomia

ÍconePrimeiridade

(CP 2.247-249).

Signos

ÍndiceSecundidade

SímboloTerceiridade

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2° Tricotomia

ÍconePrimeiridade

Signos

Uma representação “cuja relação com seu objeto é

uma mera comunidade de alguma qualidade”.

Relações de similaridades, ou de analogias, seu objeto

realmente existindo ou não (CP 2.247).

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2° Tricotomia

ÍndiceSecundidade

Signos

Uma representação cuja “relação com o seu objeto

consiste em uma correspondência de fato”, relação de

causa e efeito (CP 2.248).

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2° Tricotomia

SímboloTerceiridade

Signos

Uma representação cujo “fundamento da relação com

seu objeto é uma relação imputada” (CP 2.249).

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Indica a como o signo se apresenta para seu

intepretante. Indica o “poder interpretativo do

signo” (LISZKA APUD QUEIROZ, 2004), descreve o poder do signo

para produzir interpretantes (CP 2.243).

3° Tricotomia Diz respeito ao signo emrelação ao seu interpretante

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3° Tricotomia

RemaPrimeiridade

(CP 2.247-249).

Signos

DicenteSecundidade

ArgumentoTerceiridade

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3° Tricotomia

RemaPrimeiridade

Signos

Para seu intepretante é um signo de possibilidades.

O rema é um signo que, para seu interpretante, é um

signo de Primeiridade.

Ele é interpretado como um signo de “possibilidade”,

uma mera hipótese (CP 2.250).

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3° Tricotomia

DicenteSecundidade

Signos

Para seu intepretante é um signo de existência

atualizada. O dicente é um signo que, para seu

interpretante, é um signo de existência real, um evento

ou uma ocorrência, um fato (CP 2.251).

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3° Tricotomia

ArgumentoTerceiridade

Signos

Para seu intepretante é um signo de lei (CP 2.252).

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Dessa forma, estas são as três tricotomias e os signos resultantes:

2° TricotomiaComo ele se relaciona

com seu objeto?

ÍconePrimeiridade

ÍndiceSecundidade

SímboloTerceiridade

Relações1° Tricotomia

O que é o signo em si mesmo?

3° TricotomiaComo ele se relacionacom seu interpretante?

Quali-signo

Sin-signo

Legi-signo

Rema

Dicente

Argumento

(CP 2.243 - 252).

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Em seguida Peirce concebe um modelo em que

classes resultam do cruzamento das divisões (CP

2.254).

Assim, as classificações tornam-se “sistemas

de relações cruzadas”.

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Acesse “Arquitetura de Peirce” para mais

definições acerca do sistema de Peirce.

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Mas as divisões tricotômicas não são independentes,

então são limitadas por regras, e diversas construções

não são permitidas.

Por exemplo:

um argumento pode ser apenas símbolos, não

índices ou ícones.

Um primeiro pode ser qualificado apenas como

primeiro; Um segundo pode ser qualificado por um

primeiro e por um segundo; e um terceiro pode ser

qualificado por um primeiro, segundo e terceiro (SAVAN

apud QUEIROZ, 2004, p.90).

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Dez classes

A relação entre estas três tricotomias gera

10 classes de signos, formando a

percepção que se dá em três níveis:

Primeiridade, Secundidade e Terceiridade.

Lembrando que as tricotomias são combinadas

formando, um sistema de relações

cruzadas, mas suas formações são permitidas

por uma “regra de qualificação”, pois

suas combinações não são livres.

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Dez classes

(I)RemáticoIcônico

Qualissigno

(V)RemáticoIcônicoLegissigno

(VIII)RemáticoSimbólicoLegissigno

(X)ArgumentoSimbólicoLegissigno

(III)RemáticoIndicialSinsigno

(VII)DicenteIndicialLegissigno

(II)RemáticoIcônicoSinsigno

(VI)RemáticoIndicialLegissigno

(IX)DicenteSímboloLegissigno

(IV)DicenteIndicialSinsigno

(CP 2.264).

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A combinação das nove modalidades de

signos das três tricotomias, resultam dez

classes de signos, e Peirce menciona

exemplos para ilustrar cada classe de

signo (CP 2.254-263).

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Além destas dez classes resultantes da combinação das três

tricotomias, Peirce sugeriu formas de investigar o signo mais

especificamente:

através de seis tricotomias, que resultam em 28 classes

devido às “regras de qualificação”,

e em dez tricotomias, resultando em 66 classes, também

devido às “regras de qualificação”.

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Peirce, em seus manuscritos, não deixa claro nomes

definitivos das classes, mas descreve as dez tricotomias, e

afirma não estar certo sobre algumas destas.

Esses impasses causam muitas discordâncias entre os

pesquisadores da obra de Peirce, e segundo Farias (2002)

não se pode determinar claramente a ordem das tricotomias,

e mudanças na ordem das tricotomias, alteram

significativamente o resultado das combinações das

modalidades.

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clique na área de navegação acima.

O recurso educacional “Introdução

à Semiótica” é composto por cinco

objetos de aprendizagem que

contemplam uma Introdução aos

aspectos gerais da teoria

semiótica desenvolvida por

Charles Sanders Peirce..