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Introdução ao Conceito de Projeção de Sombra! Apresento-lhes algumas lâminas para os seus momentos de reflexão sobre um tema que desperta particularmente a minha atenção e também é a base da minha metodologia de trabalho: A Projeção de Sombra! Não é um trabalho novo, nem conclusivo, é a minha interpretação de diversos manuais e a forma pela qual eu encontro as soluções para os meus problemas. Apresento este ensaio na primeira pessoa para auxiliar a compreensão. Sombra: o que é? Em 1945, Jung deu uma definição mais direta e clara da sombra: “a coisa que uma pessoa não tem desejo de ser” (CW 16, parág. 470). O lado da minha personalidade que mais gosto é chamada de “Eu”, Ego. O Ego é tudo o que eu sei sobre mim e representa apenas 20% da

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Introdução ao Conceito de Projeção de Sombra!

Apresento-lhes algumas lâminas para os seus momentos de reflexão sobre um tema que desperta particularmente a minha atenção e também é a base da minha metodologia de trabalho: A Projeção de Sombra!

Não é um trabalho novo, nem conclusivo, é a minha interpretação de diversos manuais e a forma pela qual eu encontro as soluções para os meus problemas. Apresento este ensaio na primeira pessoa para auxiliar a compreensão.

Sombra: o que é?

Em 1945, Jung deu uma definição mais direta e clara da sombra: “a coisa que uma pessoa não tem desejo de ser” (CW 16, parág. 470).

O lado da minha personalidade que mais gosto é chamada de “Eu”, Ego. O Ego é tudo o que eu sei sobre mim e representa apenas 20% da minha totalidade. Isto eu chamo de meu lado positivo. Já o lado da minha personalidade que eu não gosto, que me irrita, me aborrece, é chamada de Sombra. A Sombra

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é tudo o que eu não sei ou não conheço de mim e representa os 80% restantes da minha totalidade. É o meu lado que classifico como negativo.

Eu não sou quem eu desejo ser, tenho muitos pensamentos que não gosto de ter, tenho muitos sentimentos que não desejo sentir e quero sempre ser quem não sou e rejeito quem eu sou verdadeiramente.

A Sombra é composta basicamente por meus sentimentos, pensamentos, desejos e emoções, chamados de conteúdos internos. São sentimentos e/ou pensamentos difíceis, perversos, pecaminosos, inconfessáveis, perturbadores, secretos, que eu tento esconder, manter em segredo. A raiz destes conteúdos é uma DOR que eu já vivi nas primeiras etapas da minha vida e que por motivo de sobrevivência recalquei ao meu inconsciente. Sombra é tudo de desagradável que eu não quero ver no meu interior. O prof. I. Deliberalli aponta que os conteúdos são: apego, insegurança, medo, rigidez, ansiedade, culpa, arrogância, prepotência, dissimulação, mágoa e outros, como ciúme, inveja, impaciência.

Todo mundo carrega uma sombra, eu carrego a minha, meu pai carrega a dele, minha mãe a dela, o mesmo para meu marido, minha esposa, cada um dos meus filhos.etc.

Como a Sombra se processa?    A Sombra nasceu na relação que tive com os meus pais através da autoridade deles, expressada através dos comandos imperativos que me dirigiam: Não! Não Pode! Incapaz! Vou te bater! Etc. Assim, eu cresci valorizando tudo o que me trazia compensação emocional, ou seja, o amor e a aprovação deles e desprezei aquela parte de mim que não

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tinha utilidade. Também interferiu a sociedade, a religião e meus familiares.

A compensação emocional que sempre busquei foi o amor, manifestado através do afeto, colo, aconchego, a aprovação ou ser perfeito para eles. Se estes elementos não estiveram presentes ao seu tempo me provocaram dor, e os meus diálogos internos desenvolveram a crença no desamor.

A dor interna que eu carrego, originada na infância, é ao mesmo tempo psicológica e biológica, não desaparece do meu inconsciente e provoca os conflitos emocionais que me envolve.

A dor pode ser recorrente de meus desejos não vividos, ou mal-vividos, negados, recalcados, reprimidos. Eles determinam minhas atitudes e comportamentos atuais. Minhas raivas, mágoas, ressentimentos, frustrações secretamente escondidas dentro de mim, aquelas “bobaginhas” ou “coisinhas” sem importância têm o poder de influenciar minhas escolhas e me provocar doenças e acidentes. Quando eu faço escolhas movidas por estes conteúdos, ou por minhas necessidades, minhas decisões não são feitas com maturidade, são automáticas, mecânicas, sempre as mesmas, obtendo sempre os mesmos resultados.

Se eu acho que o meu comportamento e minhas atitudes têm origem no “lado positivo” da minha personalidade, infelizmente eu estou muito equivocado. Quem determina o meu pensar, sentir e agir são exatamente os conteúdos existentes na minha Sombra. O meu Ego vive em função da minha Sombra.

Uma das formas da minha Sombra se projetar à minha volta é através das minhas próprias palavras, pois os substantivos são palavras que dão identidade às coisas.

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Ex. mesa, onde mesa é a identidade. Os adjetivos são palavras que dão qualidade aos substantivos. Ex. mesa bonita, onde bonita é a qualidade. Os adjetivos são sempre pares de opostos.(bonita/feia), são palavras emocionais e refletem  julgamentos. Meus julgamentos expressam-se através dos adjetivos. Assim o Inconsciente registra a identidade dada ao objeto. (conceitos, valores, crenças, etc.) e também a qualidade de tal objeto (emoções).  Esses registros expressam a minha Verdade Pessoal. Eu modelo meus padrões internos e as minhas atitudes conforme esta Verdade.

Quando eu digo: “-Não gosto de tal pessoa porque ela é falsa”. No fundo, a falsidade que eu estou enxergando na tal pessoa é MINHA própria falsidade, que eu não acredito que tenho, porque ela está secretamente escondida dentro de mim. O meu Ego sempre acredita que eu estou certo, e quem tem problema é o outro. Porque eu não enxergo o meu interior, o outro tem o poder de me refletir. Eu enxergo no outro o que há em mim. Isto é uma projeção porque tal pessoa pode ser verdadeira para alguém. Tudo o que me irrita, aborrece, me incomoda são as minhas questões mal-resolvidas refletidas nas outras pessoas, situações e coisas.

Quando eu digo: “-Gosto de tal pessoa porque ela é inteligente”. No fundo, a inteligência que eu vejo refletida nela é a minha inteligência, da qual gostaria muito de vive-la. A inteligência que me encanta é a necessidade da minha alma que desejo muito atender e é algo que posso dar a mim mesmo. Tudo o que me encanta, apaixona, seduz são exatamente as necessidades ainda não atendidas ou tudo aquilo que me falta para me sentir feliz.

Quando eu dou um conselho a alguém algo do tipo: “Você deve estudar!” na verdade sou eu quem deseja estudar e este desejo está secretamente guardado dentro de mim. O outro percebe esta minha projeção, pois me observa se pego em

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algum livro, se me vê estudando. O mesmo acontece com a minha opinião, julgamento, crítica ou censura.

O meu emocional se mistura ao emocional do meu pai, ao da minha mãe, ao da minha esposa, ao do meu marido, ao do meu filho e a quem eu tenha ligação. Os emocionais de todos eles se misturam ao meu emocional e de todos contra todos os envolvidos, formando uma rede. Assim se formam famílias, bairros, cidades, países, governos e instituições. A Sombra coletiva é a somatória da Sombra individual de cada membro da comunidade. A Sombra de um diretor de uma escola atrai professores com a mesma Sombra. Estes professores atrairão alunos de mesma Sombra. Cada aluno pertence a uma família com a mesma Sombra, por conseguinte os funcionários, fornecedores daquela escola. Se uma determinada cidade tem uma Sombra onde os seus cidadãos têm um emocional que necessita de mudança de limites básicos, esta cidade pode atrair uma enchente, por exemplo, onde todos os moradores perdem suas casas e mudam de lugar para recomeçar a vida. Embora o meu emocional seja diferente do emocional de quem tenho ligação, os nossos emocionais se complementam.

Se eu me sinto cansado, será que este cansaço é meu ou o reflexo do cansaço de alguém à minha volta? Muitas clínicas no tratamento, de diabetes, por exemplo, tratam também dos familiares juntamente com a pessoa enferma, por entender que a diabetes está na psique da família, ou seja, o grupo familiar tem a tendência de julgar a Vida como amarga e hostil e este sentimento oculto se manifesta fisicamente na pessoa  propensa.

Quando estou olhando para um quadro, ou conversando com uma pessoa, ou interpretando uma situação, eu estou me projetando sobre o quadro, pessoa ou situação. Eu não estou em contato real e direto com o objeto em questão. Eu estou me relacionando com os respectivos através dos meus

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conteúdos. A minha relação com o objeto exterior se dá a partir do meu sistema de crenças e valores. Eu vejo conforme eu creio. A Física estabelece que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Então eu não posso entrar dentro da outra pessoa e ver o que ela vê, para dizer o que ela realmente vê. O mesmo se dá com o outro em relação á mim. Nossos contatos não são reais, são projeções dos nossos próprios conteúdos. Relacionar é projetar.

Assim, a Sombra se processa sobre duas asas: o que me irrita e incomoda e o que me apaixona e encanta. O que me irrita é o que está mal resolvido em mim e o que me encanta é a minha própria necessidade.

Sombra:   o jogo dos opostos!

Quando eu digo: quero ser feliz! Eu estou dizendo que sou infeliz! Quanto mais eu me esforço para ser feliz mais infeliz eu me torno! Sou eu querendo ser quem eu não sou! Tudo o que vem após a minha frase “Eu quero...” não existe, tudo o que existe de fato vem após a minha frase “Eu tenho...”. Ex. eu sou infeliz e faço festas para me sentir feliz, o que está acontecendo é que eu estou à procura frenética por um prazer através das festas para anestesiar o meu sentimento de infelicidade. Como eu só sei ser infeliz, portanto agindo assim, jamais me sentirei feliz de verdade! Em meu interior há uma profunda angústia que é a minha realidade. Eu a reproduzo sempre. Ex. em minha infância eu tinha uma sensação de me sentir pobre diante dos meus amigos, diálogos internos me referindo à pobreza, sentimento de que era pobre, rejeitava minha condição de pobre, passei, então, a trabalhar muito para ficar rico, por mais que eu tenha conquistado uma fortuna, jamais senti a sensação de estar rico, pois no fundo de mim há a crença na pobreza, na falta, na escassez, o velho e antigo sentimento de pobreza. Trabalho muito, muito  para que ele não se manifeste na minha vida.

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Por que a Sombra é perigosa?        

Observo-me no trânsito. Se alguém me “fecha” quais são os pensamentos-relâmpagos na hora? Raiva, orgulho ferido. Esta raiva pode estar projetando um desejo muito sutil, uma vontade de agredir na tentativa de corrigir o agressor, fazer justiça. Este desejo revela a minha verdadeira natureza. Eu sou cruel, vingativo, inferior. Esta natureza está mascarada pelos meus esforços de dirigir na defensiva, dentro das regras do trânsito. Então eu me mostro uma pessoa boa, educada no trânsito. Este esforço reprime os pensamentos-relâmpagos no momento de irritação. Isto quer dizer que minhas atitudes positivas são falsas, pois o meu eu verdadeiro está nos pensamentos-relâmpagos. Na menor desatenção aos meus controles, o verdadeiro sentimento vaza e eu corro o risco de fazer uma “besteira” no trânsito e me arrepender amargamente, justificando que não sei o que foi que me deu na hora. Este é o perigo da Sombra: minha verdadeira natureza se não for enxergada vai me arrastar ao cemitério, ou à delegacia ou ao hospital.

O que fazer?

Jung diz que devemos alcançar a nossa individuação. Falando o “português claro”: eu devo corrigir todos os meus conteúdos internos nocivos. No espaço vagado  pela DOR vai emergir um estado de PAZ E SERENIDADE mais conhecido como Self. E quando eu corrigir todos os conteúdos negativos, eu terei uma surpresa, a constatação que ainda possuo Sombra. Jung chama de Inconsciente Coletivo a somatória de todas as experiências emocionais vividas pela raça humana desde o primeiro primata que apareceu no Planeta Terra até as pessoas dos dias de hoje. Isto mesmo! Dentro de cada um de nós temos todos os registros emocionais da raça humana. A Sombra não desaparece, pois eu mesmo dou a minha contribuição com minhas experiências emocionais para a formação da Sombra das gerações futuras.

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Eu devo encarar, com muita honestidade, os sentimentos mais perversos secretamente escondidos dentro de mim. Olhar para eles, captar as mensagens que eles desejam me transmitir. Ouvir a voz da minha consciência. Eu devo sair do “eu quero...” e mudar a realidade do que “eu tenho...”, é imprescindível eu me observar muito atentamente, o meu jeito, minhas tendências, meus hábitos, manias, vícios, atitudes, minhas falas, buscando sinais dos meus estados emocionais. Aprender sobre mim, me conhecer profundamente. Reconhecer o meu  padrão de pensamentos, de sentimentos, de olhar o mundo e conhecer como eu funciono. 

Eu posso aprender algo sobre mim através das ocorrências à minha volta. Se estiver num trãnsito congestionado e isto me irrita, este trânsito é a materialização do meu congestionamento interno. Para aprender eu devo dirigir a mim perguntas como: “o que posso aprender com este trãnsito?”, ou “O que está congestionado em mim?” O Eu Interior responde com absoluta precisão, através do sentir, do tipo “É isto!”. Novos insights para as minhas questões pessoais. Mudança interna de atitude, impacto positivo na vida das pessoas à minha volta. Devo compreender que se eu não tivesse um congestionamento mental eu não atrairia a ocorrência. Ou mesmo assim, o trânsito congestionado não me incomodaria.

Diante da dor eu tenho dois caminhos: ou curo ou anestesio. Feita a escolha, deverei seguir pelo caminho escolhido, arcar com as vantagens e conseqüências da escolha feita. Não dá para trilhar os dois ao mesmo tempo. Ao final de um eu volto novamente ao ponto inicial e posso, então, escolher o outro. O pior é escolher um e ficar pensando no outro. Se o que me dói é a sensação de solidão, buscar amigos, viagens, festas são formas de anestesiar a minha dor, passado o efeito momentâneo ela volta. Aceitar a minha solidão e fazer

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companhia a mim mesmo ou gostar da minha própria companhia é curar a dor. Ela não voltará jamais. Aceitar promove a cura.

É importante eu integrar a minha Sombra na minha vida cotidiana. Conhecer os meus sentimentos positivos e negativos. Saber lidar com eles. Muita vez para alcançar o equilíbrio eu tenho que promover a paz, outras vezes, promover a guerra, para fazer isso eu devo conhecer bem o meu lado-paz e o meu lado-guerra. Conversar com a Sombra é saber o contexto em que me encontro e usar o lado mais adequado. Se a minha depressão é cruel na minha vida, ela também tem o seu lado positivo, me faz ver as coisas com mais profundidade. Se devo combate-la, também devo aceita-la.

Imprescindível eu reconhecer e eliminar as minhas crenças secretas:

a-     Quando vejo um anúncio dizendo que há poucas unidades à venda e eu vou logo comprar, a crença que me move é a da falta e da escassez;

b-    Se sofro de pânico é porque acredito num mundo hostil e ameaçador e o porto-seguro é a minha casa;

c-     Se busco pensar grande, ser vencedor, superior é porque acredito na inferioridade;

d-    Quando digo, “batalhei” muito, venci com muito sacrifício, ou se tenho muitos objetos simbólicos, do tipo, Jesus com coroa de espinhos, minha crença pessoal é a do sofrer, tenho identidade no sofrimento.Erradicando minhas crenças, mudo radicalmente de atitude.

Percebi que alcanço um melhor estado emocional quando eu presto atenção às palavras que pronuncio, principalmente quando me pego em flagrante delito, algo do tipo: “Oh! O que eu estou a dizer? Quando eu ouço o que eu digo, eu me curo. Meu discurso diz qual é o meu problema e qual é a minha solução. Saber me ouvir. Quando percebo que ao pegar

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objetos eles escapam da minha mão, estas experiências estão a me dizer que está faltando firmeza em alguma área da minha vida (espiritual, emocional, financeira, corporal e afetiva). É hora de prestar atenção quantas vezes digo que estou indeciso. Minhas palavras atraem minhas experiências”.

Quando eu declaro: “Não gosto desta pessoa porque ela é falsa! Neste exato momento devo olhar para dentro de mim e verificar em que área da minha vida eu estou agindo igual àquela pessoa. Onde na minha relação comigo estou agindo com falsidade. Encontrada a resposta, neste exato instante eu deixei de ser falso, pois as minhas atitudes serão moldadas pela descoberta e ao olhar para a própria pessoa, percebo algo de verdadeiro nela. Ela mudou? Não! Eu mudei! Quando eu declaro: “Gosto dessa pessoa porque ela é inteligente!” Chegou a hora de olhar para dentro de mim e verificar onde na minha vida eu deveria ser inteligente ou usar de inteligência. Ao incorporar minha inteligência na minha vida, a outra pessoa  me parece desinteressante.

Entro em conflito emocional quando percebo que as coisas não estão saindo do jeito que eu quero. Faço julgamentos e vejo o outro como responsável. Carrego no íntimo um sentimento de ter poder sobre o outro. Dentro do conflito devo me perguntar: Quem eu sou? O que desejo realmente?

Diante de toda e qualquer ocorrência, devo me perguntar: quem eu sou? O que eu quero? Sou quem desejo ser, não? Por quê não? Faço o que gosto? Não? O que me impede? Tenho o que desejo? Não? Por quê? Qual a minha contribuição? O que me falta? É seguro ir do meu jeito, no meu ritmo, no meu tempo? Encarar a Sombra é fazer a pergunta certa a mim mesmo! A cura acontece ao buscar as respostas e não em obtê-las. Após a ocorrência perguntar a mim mesmo: que lições eu aprendi? O que descobri sobre mim? Que percepções tive sobre mim?.

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Toda vez que erradico uma crença perniciosa do meu interior. Esta mesma crença se dissolve em todas as pessoas ligadas a mim, dando-me a impressão que as pessoas à minha volta mudaram. As lembranças negativas me mostram que estou aprisionado a emoções vividas no passado, memórias celulares, pois meu cérebro não distingue a realidade da fantasia. Então devo perguntar às minhas lembranças: Qual o ganho de vida que tive com essa experiência? O que aprendi?  Quando eu me curo, todos à minha volta se curam. Quando eu mudo, quem está ligado a mim, também muda sem que precise fazer algo para a mudança. O outro reage á mim, às minhas atitudes, ao meu emocional, assim, influenciado pelo meu emocional, dentro de suas propostas pessoais fará escolhas e tomadas de decisão que no fundo refletirão a minha própria mudança.

Em caso de eu evitar examinar as minhas dores, aprender com elas algo a meu respeito até alcançar a minha iluminação, estarei empurrando ela cada vez mais para o meu INCONSCIENTE, que poderá vir a explodir na hora em que eu menos eu esperar, que vai ser sempre dentro de uma relação.  Quanto mais eu evitar um confronto direto com estes conteúdos internos, quanto mais o meu “armário interno” estiver cheio destas “tranqueiras”, mais negra e densa a minha Sombra se torna, provocando conflitos e mais conflitos até me prostrar em cima de uma cama para refletir radicalmente minha vida.

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