Introdução ao estudo da teoria musical

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Elaborado para Orquestra Fiarmônica ewi Pethrus Prof. Dalmir de Veras Introdução ao Estudo da Teoria Elementar da Música

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Elaborado para

Orquestra Filarmônica

lewi Pethrus

Prof. Dalmir de Veras

Introdução ao Estudo da

Teoria Elementar da Música

Introdução ao Estudo da Teoria Elementar da Música – Orquestra Filarmônica Lewi Pethrus – pg 2

Propriedades musicais do som

Pautado Musical

Pentagrama

Linhas e espaços suplementares

Pautado musical onde se escreve

música, palavra grega: penta = cinco,

grama = linha. Daí derivam-se as cinco

linhas e por conseqüência quatro

espaços.

São linhas que servem para representar

os sons mais graves e mais agudos que a

pentagrama não permite. Estas linhas ou

espaços suplementares chamam-se:

Superiores - quando acima

Inferiores - quando abaixo

Música É a arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma mediante o som.

Som É tudo que impressiona o órgão auditivo, resulta do choque de dois ou mais corpos.

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Valores indicadores da altura do som Os valores indicadores da altura do som são sete:

DO, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI Valores indicadores da duração do som São sinais que indicam a duração dos sons. Os valores mais usados na escrita musical moderna são sete:

Semibreve: é o maior valor de duração.

Mínima: indica duração igual a 1/2 da semibreve;

Semínima: indica duração igual a 1/4 da semibreve;

Colcheia: indica duração igual a 1/8 da semibreve;

Semicolcheia: indica duração igual a 1/16 da semibreve;

Fusa: indica duração igual a 1/32 da semibreve;

Semifusa: indica duração igual a 1/64 da semibreve.

Pausas São sinais que indicam a duração do silêncio. As pausas mais usadas na escrita musical moderna são sete também, correspondentes aos seus valores:

Valor

Pausa

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Claves São sinais que dão nome as notas indicando o seu exato grau de entonação. São oito, representando-se com três figuras:

Sol Fá Do

aparece na 2ª linha pode aparecer nas 3ª, 4ª

e 5ª linhas

pode aparecer na 1ª, 2ª,

3ª e 4ª linhas

Vejamos alguns exemplos de utilização das claves:

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Compasso É a divisão da música em séries regulares de tempos. Compasso é pois uma reunião de tempos.

Fórmula do compasso São dois números, que indicam: a unidade de tempo e o número de tempos do compasso. Tempos São movimentos que fixam a duração absoluta dos valores Modo de indicação da fórmula do compasso Os compassos são formulados com números sobrepostos ou com letras. O numero superior da formula do compasso indica a quantidade e o inferior qualidade dos valores

Quantidade Nos compassos simples, indica-se a quantidade com os números:

2 binário

3 ternário

4 quaternário

5 quinário

7 setenário

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Qualidade Tanto no compasso simples como no composto

1 2 4 8 16 32 64

Compasso simples Compasso composto

Quando cada tempo é indicado por um

valor simples, dando uma subdivisão

binária em seus tempos.

É uma reunião de tempos ternários, isto

é, aquele que tem como unidade de

tempo um valor composto.

Tempos binários ou simples Tempos ternários ou compostos

Quando são indicados por um valor

simples, resultando uma subdivisão

binária.

Quando são indicados por um valor

composto, resultando uma subdivisão

ternária.

Unidade de tempo No compasso simples é o valor que indica a qualidade.

Tempos fortes Tempos fracos

São os mais acentuados São os que recebem menor acentuação

Acentuação dos Compassos

Compasso 1º Tempo 2º Tempo 3º Tempo 4º Tempo

Binário Forte Fraco

Ternário Forte Fraco Fraco

Quaternário Forte Fraco Meio Forte Fraco

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Barras de compasso São barras verticais inseridas na pentagrama para identificação do compasso. Podendo ser:

SSIIMMPPLLEESS

É uma barra fina que

serve apenas para

identificar o compasso

DDUUPPLLAASS

São duas barras finas

que servem para

identificar alguma

mudança na partitura

RRIITTOORRNNEELLLLOO

É uma barra fina e uma

espessa com dois

pontos que servem para

repetir um ou mais

compassos

FFIINNAALLIIZZAAÇÇÃÃOO

É uma barra fina e uma

barra espessa, usado

para finalizar uma

partitura.

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Ponto de aumento É o sinal colocado ao lado de um valor para indicar o aumento de metade de sua duração.

Duplo ponto de aumento Um segundo ponto indica aumento igual a metade do valor do primeiro ponto.

Obs.: o ponto de aumento e o duplo ponto de aumento também é acrescentado às pausas.

Ponto de diminuição Um ponto acima ou abaixo de um valor indica subtração de metade, na duração desse valor na sua execução

Obs.: o ponto de diminuição é usado somente para as figuras de notas. Grupos alterados ou quiálteras

São grupos de figuras que se apresentam modificando as proporções estabelecidas pela subdivisão dos valores

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Síncope

É a articulação de um som num movimento fraco do compasso, prolongando-se para o movimento forte seguinte.

Contra tempo

É a articulação de um som num movimento fraco do compasso, antecedido de pausas.

Ligação ou ligadura É um sinal de forma semicircular, que se coloca acima ou abaixo das figuras de notas.

Ligadura de valor Ligadura de portamento Ligadura de frase

Indica a união de dois ou

mais valores da mesma

altura

Entre duas ou mais notas

de diferente altura, indica

a execução muito unida,

acentuando a primeira

nota e destacando a

segunda.

Indica o fraseado, ligando

dois ou mais compassos

Fermata ou Coroa

É um sinal de forma semicircular, que se coloca acima ou abaixo das figuras de notas, e indica a duração indeterminada de um valor ou de uma pausa

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Escala É uma sucessão de sons em graus conjuntos Escala Diatônica É uma sucessão de oito sons, separados em tonos e semitonos. Contém cinco tonos e 2 semitonos.

Tono

É a unidade de medida que serve para calcular o espaço existente entre dois ou mais sons.

Semitono

É a metade de um tono.

Função dos graus da Escala Diatônica

I Grau chama-se Tônica

II Grau chama-se Supertônica

III Grau chama-se Mediante

IV Grau chama-se Subdominante

V Grau chama-se Dominante

VI Grau chama-se Superdominante

VII Grau chama-se Sensível

VIII Grau volta da Tônica

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Separação em Tonos e Semitonos da Escala Diatônica Vejamos a grafia musical para separação de tonos e semitonos:

Vejamos num teclado de piano como se aplicariam os tonos e semitonos:

Entendendo graficamente como se distribui os tonos e semitonos:

Sinais de Alteração ou acidentes São sinais que indicam alteração na entonação.

= sustenido que eleva 1 semitono

= dobrado sustenido que eleva 1 tono

= bemol que abaixa 1 semitono

= dobrado bemol que abaixa 1 tono

= bequadro que anula 1 sustenido ou 1 bemol

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Os sinais de alteração denominam-se:

Fixos Ocorrentes De Precaução

Quando fazem parte da armação da clave, durando o seu efeito em todo o trecho

Quando aparecem no decorrer de um trecho dominando somente no compasso em que se acharem. Obs.: A alteração de uma nota final de compasso ligada à inicial do compasso seguinte, afeta também essa nota.

Quando aparecem a fim de evitar erros na leitura rápida. É usado entre parênteses

Escala cromática É uma sucessão de doze sons, eqüidistantes em semitonos.

Semitonos

Diatônico Cromático

Quando separa duas notas de nomes diferentes

Quando separa notas de nomes iguais

Ex.: Mi e Fá Ex.: Fá e Fá#

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Tetracorde É uma sucessão de quatro notas:

A escala diatônica compõe-se de dois tetracordes, com intervalos de: tono, tono e semitono, separados entre si pelo intervalo de tono. Escalas constituídas com sustenidos Tomando como Tônica de uma nova escala, a primeira nota do segundo tetracorde da escala de Dó. Mediante a alteração ascendente de meio tono no sétimo grau dessa nova escala, teremos a escala de Sol, constituída com 1 sustenido.

Com a constituição desta operação, isto é, principiando-se a nova escala com a primeira nota do segundo tetracorde da escala precedentemente constituída, teremos sucessivamente as escala de: Ré constituída com 2 sustenidos (Fá e Dó)

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Lá constituída com 3 sustenidos (Fá, Dó e Sol)

Mi constituída com 4 sustenidos (Fá, Dó, Sol e Ré)

Si constituída com 5 sustenidos (Fá, Dó, Sol, Ré e Lá)

Fá constituída com 6 sustenidos (Fá, Dó, Sol, Ré, Lá e Mi)

Dó constituída com 7 sustenidos (Fá, Dó, Sol, Ré, Lá, Mi e Si)

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Escalas constituídas de bemóis

Tomando o tetracorde inferior da escala de Dó, em sucessão descendente, como tetracorde superior de uma nova escala, teremos: a escala de Fá, constituída com 1 bemol.

Assim procedendo-se sucessivamente, isto é, principiando-se a nova escala com a primeira nota do tetracorde inferior, na sucessão descendente da escala precedentemente construída, teremos:

Si constituída com 2 bemóis (Si e Mi)

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Mi constituída com 3 bemóis (Si, Mi e Lá)

La constituída com 4 bemóis (Si, Mi, Lá e Ré)

Ré constituída com 5 bemóis (Si, Mi, Lá, Ré e Sol)

Sol constituída com 6 bemóis (Si, Mi, Lá, Ré, Sol e Dó)

Do constituída com 7 bemóis (Si, Mi, Lá, Ré, Sol, Dó e Fá)

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Circulo das Quintas

O círculo de quintas é um espaço geométrico circular que descreve as relações entre as doze notas da escala cromática.

O Circulo das Quintas ou Ciclo das Quintas é a progressão das notas separadas pelo intervalo de uma quinta justa ascendente e o Circulo das Quartas ou Ciclo das Quartas é a progressão de uma quarta justa ascendente. No entanto o Circulo das Quartas é visto como círculo de quintas também, pois é a progressão da quinta justa descendente.

Sustenidos Bemóis

1º Está na nota Fá 1º Está na nota Si

2º Está na nota Dó 2º Está na nota Mi

3º Está na nota Sol 3º Está na nota Lá

4º Está na nota Ré 4º Está na nota Ré

5º Está na nota Lá 5º Está na nota Sol

6º Está na nota Mi 6º Está na nota Dó

7º Está na nota Si 7º Está na nota Fá

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Escala maior e a sua relativa Cada escala maior tem a sua relativa menor. Denomina-se relativa, a escala de um modo constituída com os graus de uma escala de um outro modo. A relativa de uma escala maior tem a sua tônica no sexto grau dessa escala Escala menor natural Tem os semitonos entre o segundo e terceiros graus, e entre o quinto e o sexto graus. Escala menor harmônica Tem os semitonos entre o segundo e o terceiros graus, entre o quinto e sextos graus, e entre o sétimo e oitavo graus. Escala menor melódica Tem os semitonos entre o segundo e terceiros graus, entre o sétimo e oitavo graus na sucessão ascendente, tem os semitonos entre o sexto e quinto graus, e entre o terceiro e segundo graus, na sucessão descendente. Escalas homônimas São as escalas que têm o nome semelhante, só diferindo na modalidade Escalas Enharmônicas São escalas que diferem na grafia sem diferir na entonação.

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Intervalo Denomina-se intervalo a diferença de altura entre dois sons.

Simples Composto

Quando se acha compreendido dentro de uma oitava

Quando ultrapassa a oitava

Podendo ser classificado também em:

Melódico Composto

Quando as notas são ouvidas sucessivamente.

Quando as notas são ouvidas simultaneamente.

Quadro de Intervalos

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Os intervalos aumentados acrescidos de ½ tono são chamados super-aumentados; e, se subtrairmos ½ tono dos intervalos diminutos, serão chamados de subdiminutos. Estes intervalos, porém, na prática não são usados, são simplesmente teóricos. Nos instrumentos temperados o intervalo de segunda diminuta é nulo, ou seja, as duas notas que o formam têm o mesmo som, não havendo por conseguinte intervalo, pois não se teria diferença de altura entre os dois sons.

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Bibliografia ARCHANJO, Samuel Lições Elementares de Teoria Musical Ricordi Brasileira LACERDA, Osvaldo Compêndio de Teoria Elementar de Música Ricordi Brasileira PRIOLLI, Maria Luisa de Mattos Teoria Musical: Princípios Básicos da Música Rixordi Brasileira