Introdução Prof. Daniel da Mata -...

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1 MICROECONOMIA PARA CONCURSOS Prof. Daniel da Mata MICROECONOMIA PARA CONCURSOS Introdução Prof. Daniel da Mata A economia faz parte de nossas vidas... ... As forças econômicas impactam o nosso dia-a-dia Via impostos, juros, desemprego, inflação Ou via subsídios agrícolas, acordos internacionais... São essas forças econômicas que vamos estudar durante o curso. Teoria Econômica O que é economia? Economia estuda como recursos escassos são alocados em usos alternativos Necessidades ilimitadas, recursos escassos Economia estuda com os agentes econômicos reagem a incentivos Economia estuda as escolhas das pessoas, das empresas e dos governos... ... e estas escolhas estão sempre sujeitas a restrições Modelos Econômicos Modelos econômicos” são usados neste propósito Os modelos são criados para responder perguntas específicas Procura entender fenômenos econômicos e sociais Representação simplificada da realidade O “mundo real” é muito complicado para ser explicado em detalhes Mapa 1:1 é irrelevante! Elimina detalhes irrelevantes e foca nas questões principais de um problema Portanto, os modelos econômicos não são a realidade, são abstrações úteis da realidade que incorporam as principais forças que explicam o problema O melhor modelo vai depender da questão, da informação disponível, do ambiente estudo, etc. Modelos Econômicos Princípios de um modelo: Ceteris paribus “Tudo o mais constante” Focar no efeito de um fator por vez, assumindo que as outras variáveis permanecem constantes no período do estudo Otimização As pessoas tentam escolher o melhor padrão de consumo ao seu alcance Os consumidores tentam maximizar as suas utilidades As firmas tentam maximizar os seus lucros e minimizar os seus custos Os governos tentam maximizar o bem-estar público

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MICROECONOMIAPARA CONCURSOS

Prof. Daniel da Mata

MICROECONOMIAPARA CONCURSOS

Introdução

Prof. Daniel da Mata

A economia faz parte de nossasvidas...

... As forças econômicas impactam onosso dia-a-diaVia impostos, juros, desemprego, inflaçãoOu via subsídios agrícolas, acordos

internacionais...

São essas forças econômicas que vamosestudar durante o curso.

Teoria Econômica

O que é economia?Economia estuda como recursos escassos são

alocados em usos alternativosNecessidades ilimitadas, recursos escassosEconomia estuda com os agentes econômicos

reagem a incentivosEconomia estuda as escolhas das pessoas,

das empresas e dos governos...... e estas escolhas estão sempre sujeitas a

restrições

Modelos Econômicos

“Modelos econômicos” são usados neste propósito Os modelos são criados para responder perguntas específicas Procura entender fenômenos econômicos e sociais Representação simplificada da realidade

O “mundo real” é muito complicado para ser explicado em detalhes Mapa 1:1 é irrelevante!

Elimina detalhes irrelevantes e foca nas questões principais de umproblema

Portanto, os modelos econômicos não são a realidade, sãoabstrações úteis da realidade que incorporam as principais forçasque explicam o problema

O melhor modelo vai depender da questão, da informaçãodisponível, do ambiente estudo, etc.

Modelos Econômicos

Princípios de um modelo:Ceteris paribus

“Tudo o mais constante” Focar no efeito de um fator por vez, assumindo que as outras

variáveis permanecem constantes no período do estudo

Otimização As pessoas tentam escolher o melhor padrão de consumo ao

seu alcance Os consumidores tentam maximizar as suas utilidades As firmas tentam maximizar os seus lucros e minimizar os seus

custos Os governos tentam maximizar o bem-estar público

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Modelos Econômicos

Princípios de um modelo:Equilíbrio

Os preços se ajustam até que o total que aspessoas demandam sejam igual ao total ofertado

Análise positiva vs. normativa Análise positiva: tentar explicar o fenômeno

econômico observado Análise normativa tem o foco no que “poderia” ou

“deveria” ser feito

Divisão da Teoria Econômica O que é Microeconomia? Estudo das escolhas dos indivíduos, firmas e governo

e como tais escolhas criam mercadosOs indivíduos fazem escolhas sobre trabalho,

compras, suas finanças... As firmas fazem escolhas sobre que produto produzir,

quanto produzir, que insumos utilizar...Os governos fazem escolhas sobre regulação,

impostos, legislação... O que é Macroeconomia? Estudo dos agregados econômicos: Produto Interno

Bruto (PIB), investimento, nível geral de preços...

Visão geral da Microeconomia Exemplo de um modelo microeconômico:

mercado de apartamentos em Brasília Existem dois tipos de apartamentos: dentro plano

piloto e fora do planoOs apartamentos do plano são mais preferidos,

especialmente para quem trabalha na região centralde Brasília

Morar nos apartamentos mais distantes significa maistempo de deslocamento ao trabalho, maior gasto comtransporte, etc.

Desta maneira, todas as pessoas gostaria de morarem um apartamento no plano piloto....

.... Se pudessem pagar por ele

Exemplo: Mercado deApartamentos em Brasília

Exemplo: Mercado deApartamentos em Brasília Vamos analisar somente o mercado de

apartamentos do Plano PilotoOs apartamentos fora do Plano são ocupados pelas

pessoas que não encontrarem apartamentos na áreainterna ao Plano

Vamos supor que existem vários apartamentos fora doplano e que seus preço são fixados em algum nívelconhecido

O modelo vai ser preocupar somente com afixação dos aluguéis dos apartamentos do Plano ecom quem vai morar neles

O modelo considera o preço e o aluguel dosapartamentos do Plano como variável endógena

E o preço dos outros apartamentos com variávelexógena

Variáveis exógenas e endógenas Exógenas: o modelo não explica Endógenas: determinadas por forças descritas pelo

modelo Vamos supor que todos os apartamentos são

idênticos em todos os aspectos, exceto pelalocalizaçãoNão vamos falar de apartamento de 1 ou 2 quartos

Exemplo: Mercado deApartamentos em Brasília

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O modelo visa responder perguntas como:O que determina o aluguel dos apartamentos?O que determina quem vai morar nos

apartamentos do Plano e nos das outrasregiões?O que podemos dizer sobre os mecanismos

econômicos de alocação dos apartamentos? Princípios do modelo do mercado

habitacional

Exemplo: Mercado deApartamentos em Brasília

Exemplo: Mercado deApartamentos em Brasília Um modelo que descreve como o preço de um

produto é determinado pelo (a) comportamento de indivíduos que compram o

produto e (b) pelo das firmas que o vendem

Os economistas dizem que o modelo captura aspreferências dos consumidores e os custos dasempresas

Vamos agora ver a curva de demanda, a deoferta e o equilíbrio do mercado

Curva de Demanda

Perguntamos a todos os possíveis locatários aquantia máxima que cada um estaria disposto apagar para alugar um apartamento no Plano Piloto

O preço de reserva é a quantia máxima que umapessoa está disposta a pagar por alguma produtoÉ o preço que torna a pessoa indiferente entre

comprar ou não o bem A um dados preço P* ,o número de apartamentos a

serem alugados é exatamente igual ao número depessoas cujo o preço de reserva seja maior ouigual a P*

Montando a curva de Demanda... O eixo horizontal mede o número de apartamentos

que serão alugados a cada preço O eixo vertical mede o preço de mercado

Preço dereserva

Curva de Demanda980

1000

Número de apartamentos0 1

950

2 3

Montando a curva de Demanda... A curva de demanda tem inclinação

descendente: À medida que os preços dos apartamentos caem,

um maior número de pessoas estará disposto aalugar apartamentos

Se houver muitas pessoas e seus preços dereserva diferirem pouco, a curva de demandaserá inclinada “suavemente” para baixa

Montando a curva de Demanda...

Preço dereserva

Curva de Demanda980

1000

Número de apartamentos0 1

950

2 3

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Curva de Oferta A curva de oferta depende da natureza do

mercado Vamos supor que o mercado do Plano Piloto é

competitivo:Muitos proprietários independentes, cada um disposto a

alugar o seu imóvel pelo maior preço que o mercadoposso suportar

Outras estruturas de mercado serão analisadas a seguir Neste contexto, o preço dos aluguéis é o mesmo!Os imóveis são idênticos e os locatários são bem

informados sobre os preços cobrados E se o preço não for o mesmo?Como o preço é determinado? Curto prazo vs. longo

prazo

Montando a curva de Oferta.. A oferta no curto prazo de imóveis é mais

ou menos fixa...... Mas no longo prazo não

Preço dereserva

Número de apartamentos

Curva de Oferta

S

Equilíbrio de mercado Vamos juntar a demanda e a oferta de

apartamentos

Preço dereserva

Número de apartamentos

Preço deequilíbrio

S

P*Curva de Demanda

Curva de Oferta

Equilíbrio de mercado

Preço de equilíbrio P*: preço no qual aquantidade demanda pelo produto é iguala quantidade ofertada do produto

Tantos os consumidores quanto osprodutores estão satisfeitos com o preçode mercadoEntão na há incentivos para ninguém alterar

o seu comportamento (e os preços!)Ao menos que alguma outra coisa aconteça...

Equilíbrio de mercado

Por que o equilíbrio se sustenta? No não-equilíbrio, se acontecer algo que: Eleve o preço acima de P, os consumidores desejaram

menos produtos e as empresas produzirão mais produtos Haverá apartamentos vazios e os proprietários abaixaram

os preçosReduza o preço abaixo de P, os consumidores desejaram

mais produtos e as empresas produzirão menos produtos Haverá muita demanda e os proprietários elevarão os

preços

Equilíbrio de mercado

A distribuição de apartamento entre os locatário deBrasília é determinada pelo valor que eles estejamdispostos a pagar

Uma vez determinado o preço de equilíbrio demercado: Todos os que estiverem dispostos a pagar P* ou mais

morarão no Plano PilotoOs que estiverem dispostos a pagar menos do que P*

morarão em outras regiõesQuem possuir um preço de reserva igual a P* será

indiferente entre morar no Plano ou não

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Estática Comparativa

Como o preço do aluguel muda quandovários aspectos do mercado se alteram?

Esse exercício é denominado EstáticaComparativaCompara como o mercado sai de um

equilíbrio (estático) para um outro equilíbrioO que acontece entre mudança de um

equilíbrio para outro não é objeto de estudoda estática comparativa

Preço dereserva D

D’ S

P*

P**

Número de apartamentos0 Q*

Um aumento da Demanda altera opreço de equilíbrio

Preço dereserva

D

S S’

P*P**

Número de apartamento0 Q** Q*

Um deslocamento na Oferta alterao preço e quantidade de equilíbrio

Suponha que 100 proprietários vendamseus apartamentos... O que acontece com o mercado? E a demanda? Se todos os compradores forem

os locatários?Preço dereserva D’

D S

P*P**

Número de apartamentos0 Q**

S’

Q*

Outros exemplos

Crescimento Econômico

Aumento do IPTU

+ vários outros exemplos

Veremos a seguir uma questão da provapara Gestor do MPOG (2002)

Além do mercado competitivo...

Existem formas de alocar apartamentos 1) Monopolista discriminadorUm só proprietário detém todos os apartamentos Suponha que o monopolista saiba o preço de reserva

de cada pessoa Então, o primeiro apartamento seria alugado por 1000,

o segundo por 980, assim por diante. De forma que: As mesmas pessoas morariam no Plano Piloto: Em suma, o aluguel que as pessoas pagariam seria

diferente, mas as mesmas pessoas morariam no PlanoPiloto

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Além do mercado competitivo... 2) Monopolista comumUm só proprietário detém todos os apartamentosMas não sabe o preço de reserva de todos A receita dele é dado por: P* x Q*O monopolista preferirá deixar alguns apartamentos

vazios! 3) Controle de aluguéis Suponha que as autoridades estipulem um teto para

o aluguel abaixo do preço de equilíbrioHaveria uma maior demanda para a mesma ofertaQuem iria morar então no Plano Piloto?

Qual o melhor arranjo? Para os proprietários seria o arranjo de monopolista

discriminador Para alguns locatários seria o de controle de aluguéis Mas qual critério utilizar para dizer qual o melhor

arranjo? Melhoria de Pareto: melhorar uma pessoa sem piorar

a nenhuma outra Se uma alocação permite uma melhoria de Pareto, ela é

ineficiente de Pareto Se a alocação não permitir nenhuma melhoria de Pareto,

então ela é Pareto eficiente Trocas aleatórios no mercado habitacional e melhorias de

pareto

Eficiência de Pareto Quem moraria dentro do Plano Piloto? Se houver X apartamentos, as X pessoas com

maior preço de reserva os alugarão Essa é a alocação Pareto Eficiente

Quais arranjos atendem ao critério de Pareto?Mercado competitivo: as pessoas com os maiores

preços de reserva alugam os apartamentosMonopolista discriminador: idemMonopolista comum: não. Suponha que ele alugasse

mais uma unidade, fixando o preço do aluguel dasoutras. Neste caso, ele aumentaria seu lucro e maisuma pessoa disposta a morar no plano seriacontemplada

Controle de aluguéis: argumento da alocação arbritária

Eficiência de Pareto

O mercado competitivo e o monopolistadiscriminador geram alocações Paretoeficientes...

...Mas geram resultados distributivosdistintos

Microeconomia Conceitos vistos até agora:Preço de reservaVariáveis endógenas e exógenasDemandaOfertaEstática comparativaMercado competitivoMonopólioEficiência de pareto

Já conseguimos responder algumasquestões de concurso somente com essemodelo básico? (Gestor, 2002):“A curva de oferta mostra o que acontece com a quantidade

oferecida de um bem quando seu preço varia, mantendoconstante todos os outros determinantes da oferta. Quandoum desses determinantes muda, a curva da oferta sedesloca. Indique qual das variáveis abaixo, quandoalterada, não desloca a curva da oferta.”

a) Tecnologiab) Preços dos insumosc) Expectativasd) Preço do beme) Número de vendedores

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A resposta requer o entendimento doconceito de estática comparativa!

Resposta: Esse é um exercício de estáticacomparativa. Vimos que na estática comparativa,usamos informações de variáveis exógenas paradeterminar novos equilíbrios no mercado emanálise. Portanto, variáveis exógenas deslocamas curvas de demanda e oferta. Por sua vez,mudanças nas variáveis endógenas nãodescolam as curvas, há na verdade umamudança ao longo das curvas. Qual a únicavariável endógena das alternativas (a)-(e)? Opreço! A resposta é então a alternativa (d).

GESTOR - MPOG (2002) Indique, nas opções abaixo, o mercado no qual só há

poucos compradores e grande número de vendedores.a) Monopóliob) Monopsônioc) Oligopóliod) Oligopsônioe) Concorrência Perfeita

Resp: Alternativa “d”. Podemos elimina a alternativa “e”,pois sabemos que concorrência perfeita envolve muitoscompradores e muitos vendedores. Sabemos o que émonopólio (1 vendedor) e, mesmo não sabendo o quesignifica monopsônio (1 comprador), podemos eliminarcom o conhecimento do conceito de monopólio. Sabemoso que é Oligopólio (poucos vendedores), restou somente aalternativa “d”, (oligopsônio – poucos compradores).

PETROBRÁS (2001)

Avalie a assertiva: “A preocupação recente com a boa forma

física multiplica o número de academias deginástica, contribuindo, assim, para deslocar ademanda de equipamentos de musculaçãopara baixo e para a esquerda.”

Resp.: Errado. Um maior número de academiassignifica maior demanda por equipamentos demusculação, o que desloca a curva dedemanda para cima e para a direita

PETROBRÁS (2001)

Avalie a assertiva: “Se a demanda de produtos agrícolas for

perfeitamente inelástica em relação ao preço,então, uma super-safra agrícola aumentará,substancialmente, a renda dos agricultores.”

Resp.: Errado. Uma super-safra irá aumentar aoferta, e como a demanda é inelástica, nãohaverá aumento da quantidade consumida.Como resultado, os preços e a renda dosagricultores irá diminuir.

PETROBRÁS (2001)

Avalie a assertiva: “O desenvolvimento de inseticidas mais eficazes

para combater gafanhotos que ataquem aslavouras de milho desloca a curva de ofertadesse produto, para baixo e para a direita,aumentando, assim, a oferta desse produto.”

Resp.: Correto. Inseticidas mais eficazesacarretam em uma maior produtividade eprodução agrícola, aumentando a oferta demilho.

PETROBRÁS (2001)

Avalie a assertiva: “A implementação de uma política de controle de

aluguéis contribui para aumentar a demanda e aquantidade disponível de imóveis para alugar”

Resp.: Errado. A política aumenta a demanda, poiso preço do aluguel reduzirá com o controle dealuguéis. Mas no curto prazo a quantidadeofertada é dada e não há como aumentar aprodução de residências.

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MICROECONOMIAPARA CONCURSOS

Função Demanda

Prof. Daniel da Mata

DEMANDA

Função demanda As funções demanda do consumidor fornecem

as quantidades ótimas de cada um dos bens. A função demanda de um bem é funçãoDo preço do produtoDo preço do(s) outro(s) produto(s)Da renda

Matematicamente:

),,(

),,(

2122

2111

mppxx

mppxx

Bens Comuns e Bens de Giffen

O bem 1 é considerado um bem comumQuando seu preço aumenta, sua demanda

diminui Existe também o Bem de GiffenUm aumento de preço faz aumentar o

consumo do bem!Exemplos: fatos históricos

Bens Substitutos e Complementares

A demanda do bem 1 é uma função tantodo preço do bem 1 quanto do bem 2

Como varia a demanda do bem 1 quando opreço do bem 2 muda?Se a demanda cresce, dizemos que os bens 1

e 2 são substitutosSe a demanda diminui, dizemos que os bens

são complementares

Bens Normais e Inferiores Vimos que com o aumento da renda, o consumo

do bem aumentava Os economistas chamam esse bem de bem

normal Mas nem sempre é assim... ... Existem situações em que um aumento de

renda causa uma queda no consumo! Esses bens são chamados de bem inferiores Bem inferior é mais comum do que podemos

pensar em princípio Praticamente todos os produtos de baixa qualidade

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Demanda de Mercado

É a soma das demandas individuais

q

p

q

p

q

p

Demanda doagente 1

Demanda doagente 2

Demanda demercado = somadas duas curvas

de demanda

Caso especial: Demanda Linear Um tipo de função demanda bastante usual

é a demanda linearEla tem o formato de : q = a – b pMas o gráfico tem o formato de “demanda

inversa”

x1

p1Curva deDemandaLinear

Exercício simples sobredemanda linear:

Se a demanda de um bem é q = 100 – 2p, sendo q aquantidade demandada e p o seu preço, não se podedizer que

(a) Quando o preço for igual a 20 unidades monetárias, aquantidade demandada é equivalente a 60 unidades.

(b) A quantidade demandada reduz 2 unidades quando opreço aumenta em 1 (uma) unidade monetária.

(c) O sinal negativo indica relação inversamente proporcionalentre o preço e a quantidade demandada.

(d) Quando o preço é igual a 50 unidades monetárias, nãoocorre demanda pelo bem.

(e) A respectiva curva da procura corta o eixo preços ao nívelde 100 unidades.

Resp.: Vamos responder a questão: (a) Quando o preço for igual a 20 unidades monetárias, a

quantidade procurada é 60 unidades. Correto. (b) Vamos supor que o preço é 10. A quantidade demanda

fica 80. Agora tome o preço igual a 11. A quantidadedemanda é igual a 78. Caiu 2 unidades. Correta

(c) Relação inversa significa “quanto um sobe, o outro desce”.E é exatamente isso que acontece com a função demanda daquestão. Correta

(d) Quando p = 50, q é igual a zero, o que é o mesmo de nãohaver procura/demanda pelo bem. Correta

(e) A curva corta o eixo dos preços quando q=0. Substituindona equação, temos que quando q=0, p é igual a 50.Alternativa errada

GESTOR/MARE (1999) Supondo uma função da demanda marshalliana,

um aumento da demanda por gasolina pode sercausado por:

(A) queda ou aumento no preço da gasolina,mantidos os demais parâmetros constantes.

(B) queda no preço do álcool combustível.(C) aumento da renda disponível dos consumidores.(D) aumento do preço dos carros movidos por

gasolina.(E) avanço tecnológico que reduza, ou ao menos

mantenha estável, o preço da gasolina.

Resp.: Alternativa “c”.

Excedente dos Consumidores O excedente do consumidor é o benefício líquido

que um consumidor ganha ao comprar um bem É a diferença entre o montante máximo que o

consumidor estaria disposto a pagar e o que eleefetivamente paga

É uma medida de bem-estar dos consumidores

x1

p1Excedente doconsumidor

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AFC/STN (2005) Com relação ao conceito de excedente do consumidor, é

correto afirmar quea) o excedente do consumidor não sofre influência dos preços

dos bens.b) o excedente do consumidor pode ser utilizado como medida

de ganho de bem estar econômico com base naspreferências dos consumidores.

c) quanto maior o excedente do consumidor, menor será obem-estar dos consumidores.

d) o excedente do consumidor não pode ser calculado a partirde uma curva de demanda linear.

e) a elevação das tarifas de importação aumenta o excedentedo consumidor.

Resp.: Alternativa “b”

MPU (2006) A demanda de um bem normal num

mercado de concorrência é funçãodecrescente

(a) Do número de demandantes do bem(b) Do preço dos insumos utilizados em sua

fabricação(c) Do preço do bem complementar(d) Do preço do bem substituto(e) Da renda dos consumidores

Resp.: (a) Errado. Quanto maior o número de

demandantes, maior o preço (b) Errado. Os preços de insumos não entram na

análise da demanda (c) Correto. Se o preço de um bem complementar

aumentar, reduzirá a demanda pelo bem emestudo.

(d) Errado. Se o preço de um bem substitutoaumentar, aumentará a demanda pelo bem emestudo

(e) A questão especifica que o bem é normal.Então um aumento da renda gera um aumento noconsumo do bem. A relação é crescente.

Economista – BNB (2006) “A respeito das Curvas de Engel, é CORRETO

afirmar que:A) relacionam quantidade consumida com o nível de

preço.B) a curva de Engel com inclinação descendente

aplica-se a todos os bens normais.C) a curva de Engel com inclinação ascendente

aplica-se a todos os bens inferiores.....E) as curvas de Engel não servem para mostrar como

as despesas dos consumidores variam entregrupos de renda.

Resp. Estudamos que a curva de Engel relaciona

mudanças na renda à mudanças na quantidadeconsumida do bem. Então podemos descartar aalternativa “a”.

As alternativas “b” e “c” trocam os conceitos. A curvade Engel é ascendente para os bens normais e vice-versa.

... Por fim, a alternativa “e” está errada, pois as curvas

de Engel mostram sim a diferença da quantidadeconsumida do bem para grupos de renda.

BNDES (2008) O gráfico abaixo mostra, em linhas

cheias, as curvas da demanda e daoferta no mercado de maçãs.

Considere que maçãs e pêras são benssubstitutos para os consumidores. Se opreço da pêra aumentar e nenhum outrodeterminante da demanda e da oferta demaçãs se alterar, pode-se afirmar que

(A) a curva de demanda por maçãs sedeslocará para uma posição como AB.

(B) a curva de oferta de maçãs sedeslocará para uma posição como CD.

(C) as duas curvas, de demanda e de ofertade maçãs, se deslocarão para posiçõescomo AB e CD.

(D) o preço da maçã tenderá a diminuir.(E) não haverá alteração no mercado de

maçãs.

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Resp.:

Estudamos que:Se dois bens são substitutosE o preço de 1 bem aumenta...Há um aumento da demanda do outro bem,

pois os consumidores estão substituindo umbem pelo outro

Na questão, a única alternativa quepreenche esses requisitos é a letra “a”

GESTOR – MPOG (2002) “A quantidade demandada de um bem aumenta quando o

preço do mesmo diminui e, inversamente, diminui quandoseu preço aumenta. Assim, a demanda de um bem pareceresponder à chamada ‘lei da demanda’, que diz que sempreque o preço de um bem aumenta (diminui) sua quantidadedemandada diminui (aumenta).” Embora o comportamento dagrande maioria dos bens atenda à referida “lei da demanda”,acima mencionada, há exceções, são os chamados:

a) bens substitutos.b) bens complementares.c) bens de Giffen.d) bens normais.e) bens inferiores.

Resp.: alternativa “c”. A resposta vem diretamente dadefinição de bens de Giffen.

ELASTICIDADE DA DEMANDA

Elasticidade

Definição: Sensibilidade da quantidadedemandada com relação ao preço

A demanda é considera “elástica” se aquantidade variar mais rapidamente do que opreço

A demanda é inelástica se a quantidade variarmenos do que o preço

A demanda tem elasticidade unitária se aquantidade aumentar na mesma taxa que opreço cai

Elasticidade

Então podemos escrever a elasticidade como

Se maior que 1, a demanda é elástica Se menor que 1, a demanda é inelástica Se igual a 1, a demanda tem elasticidade unitária

d % de variação na quantidade demandada

% de variação no preço

Elasticidade

Fórmula

Q

P

P

Q

P

P

Q

Q

P

PQ

Q

P

Qd

%

%

Medidaadimensional

Inclinação dacurva de demanda

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Elasticidade da Demanda - Gráficos

1d d1dq

p

q

p

q

p

q

p

q

p

1d0d

Perfeitamenteinelástica

Inelástica Elasticidadeunitária

Elástica Perfeitamenteelástica

MARE (1999)

A elasticidade-preço da demanda mede(A) o ângulo de inclinação da função de demanda.(B) o inverso do ângulo de inclinação da demanda.(C) a sensibilidade do preço diante de mudanças da quantidade

demandada.(D) a relação entre uma mudança percentual no preço e uma

mudança percentual da quantidade demandada.(E) a sensibilidade da função de demanda relacionada a

alterações na renda.

Resp.: Alternativa “d”

MARE (1999) Com relação à teoria do consumidor e da demanda, pode-se

afirmar que(A) a elasticidade-preço da demanda é igual à inclinação da

função de demanda.(B) a elasticidade-preço da demanda é igual ao inverso da

inclinação da função de demanda.(C) um bem de “Giffen” e um bem inferior possuem efeito renda

e efeito preço no mesmo sentido e, por esta razão, sãoexatamente a mesma coisa.

(D) um bem de “Giffen”, um bem inferior e um bem normalpossuem demandas negativamente inclinadas.

(E) o excedente do consumidor é a diferença entre o que oconsumidor está disposto a pagar por um bem e o que eleefetivamente paga para adquiri-lo.

Resp.: A alternativa “e” é a própria definição de excedente doconsumidor.

MPU (2004)

Considere as três curvas de demanda representadas graficamentea seguir. Com base nessas informações, é correto afirmar que

a) a elasticidade-preço da demanda, no caso da função de demandarepresentada pelo gráfico (a), é igual a um.

b) a elasticidade-preço da demanda, no caso da função de demandarepresentada pelo gráfico (b), é igual a zero.

c) o gráfico (c) representa uma demanda por bens de procurainfinitamente elástica.

d) o gráfico (a) representa uma demanda por bens de procuraabsolutamente inelástica.

e) as elasticidades-preço da demanda relacionadas às funções dosgráficos (a) e (b) são idênticas em valores absolutos.

Resp.: Alternativa “d”

Elasticidade e Receita Total Receita total (ou despesa total)É o preço vezes quantidadeComo podemos representar a receita total em

um gráfico de demanda?É o retângulo determinado à sudoeste de um

ponto na curva de demanda

q

p

q

pElástica:↑p ↓receita

Inelástica:↑p ↑ receita

PETROBRÁS (2004)

Avalie a assertiva: “Supondo-se que, para um determinado

consumidor, o aumento de 20% do preço do gásde cozinha não altere a despesa com esseproduto, pode-se concluir que a demanda de gásde cozinha desse consumidor é inelástica.”

Resp.: Quando um aumento do preço acarreta emuma queda no consumo na mesma proporção (oque deixa a despesa total igual), temos o caso dedemanda de elasticidade unitária. A assertiva estáerrada.

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Elasticidade da Demanda Linear

x1

p1

0d

1d

d

1d

1d

Uma pergunta bastante usual é sobre aelasticidade da demanda linear ao longo da reta

APO / MPOG (2005) Considere a seguinte função de demanda: X = a - b.P

onde X = quantidade demandada, P = preço, e “a” e “b”constantes positivas. Na medida em que nos aproximamosdo preço proibitivo, o valor absoluto do coeficiente deelasticidade tenderá a(ao):

a) b/ab) zeroc) 1d) a/be) infinito

Resp.: Alternativa “e“. A demanda é linear e sabemos quenesse cenário, quanto maior o preço, maior a elasticidade.

MPU – Economista (2004)

“Considerando-se uma curva de demanda linear, écorreto afirmar que a elasticidade-preço dademanda

a) é constante ao longo da curva.b) tem valor unitário para todos os pontos da curva.c) é igual a zero no ponto médio da curva.d) tenderá ao infinito se o preço for igual a zero.e) será maior quanto maior for o preço do bem”.

Resp.: Alternativa “e”

MARE (2003) Considere uma curva de demanda por um determinado

bem. Pode-se afirmar que:

a) independente do formato da curva de demanda, aelasticidade-preço da demanda é constante ao longo dacurva de demanda, qualquer que sejam os preços equantidades.

b) na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preçoda demanda é 1 quando q = zero.

c) na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preçoda demanda é zero quando p = zero.

d) independente do formato da curva de demanda, aelasticidade nunca pode ter o seu valor absoluto inferior aunidade.

e) não é possível calcular o valor da elasticidade-preço dademanda ao longo de uma curva de demanda linear.

Resposta

(a) Errado. Vimos que, por exemplo, nademanda linear a elasticidade muda de zero ainfinito

(b) Errado. Ela é 1 exatamente no ponto centralda reta

(c) Correto (d) Errado. Uma elasticidade menor que 1

existe, é a “inelástica” (e) Errado. Sabemos exatamente qual o valor

da elasticidade ao logo da demanda linear

IRBr/MRE (2008) A elasticidade preço da demanda de um bem é fundamental

para se compreender a reação da quantidade demandada amudanças em seu preço. Com relação a esse tema, julgue(C ou E) os itens seguintes.

( ) Quando o módulo da elasticidade preço da demanda deum bem é igual a 1, a receita total não se altera quando hávariações no preço.

( ) Quando o módulo da elasticidade preço de demanda deum bem é superior a 1, esse bem tem demanda elástica, e areceita total se reduz quando seu preço se eleva.

( ) Bens que têm pequena participação no orçamentotendem a ter uma demanda inelástica em relação ao preço.

( ) Bens essenciais têm demanda elástica em relação aopreço.

Resp.: Certo / Certo / Certo / Errado

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Elasticidade-preço vs. elasticidaderenda Vimos até agora elasticidade-preço Um outro conceito importante é a elasticidade-

renda

Qual a elasticidade renda de um bem normal? Épositiva

Qual a elasticidade renda de um bem inferior? Énegativa

rendad% de variação na quantidade demandada

% de variação na renda

Elasticidade-preço vs. elasticidaderenda

Se uma elasticidade renda for positiva (i.e., os bensnormais), ainda podemos dividir em duas categorias

Se a elasticidade for entre 0 e 1, o bem é necessário Se a elasticidade for maior que 1, o bem é de luxo Em suma, Se a elasticidade

renda éO bem é

Negativa Inferior

Positiva (e menorque 1)

Normal &“necessário”

Positiva (e maiorque 1)

Normal & “Luxo”

Elasticidade preço-cruzada

Definição

Se , então os bens são substitutos

Se , então os bens sãocomplementares

cruzadad% de variação na quantidade demandada

% de variação no preço de outro bem

0cruzadad

0cruzadad

Transpetro (2006) Em estudos microeconômicos, a elasticidade-

renda da demanda de um bem inferior é:(A) positiva.(B) negativa.(C) maior que um.(D) um.(E) zero.

Resp.: Um bem inferior é aquele em que umaumento da renda acarreta em uma diminuição doconsumo. Portanto, sua elasticidade-renda énegativa. Alternativa “b”.

AGU (2006) Considerando a teoria da demanda, indique a afirmativa

verdadeira:...(B) ao longo de uma curva de demanda expressa por p = 100

– 2Q, onde p é o preço e Q é a quantidade totaldemandada, a elasticidade-preço varia entre infinito e 1;

(C) a curva de demanda para um consumidor somente podeser construída a partir da curva de Engel;

...(E) uma elasticidade-preço cruzada da demanda por dois

bens positiva indica que os dois bens são substitutos.

Resp.: (b) Essa é uma demanda linear, então sua

elasticidade vai de zero à infinito

(c) Sabemos que a curva de Engel está associadaa variações na renda, e não no preço. Alternativaincorreta

(e) Correto! É só ver a definição de elasticidadepreço cruzada.

15

MPU (2006) Quanto à função demanda, é correto afirmar:(a) Uma diminuição do preço do bem, tudo mais constante, implicará

aumento no dispêndio do consumidor com o bem, se ademanda for elástica em relação a variações no preço dessebem.

(b) Se essa função for representada por uma linha reta paralela aoeixo dos preços, a elasticidade-preço da demanda será infinita.

(c) Se essa função for representada por uma linha retanegativamente inclinada, o coeficiente de elasticidade-preçoserá constante ao longo de toda essa reta.

(d) Se a demanda for absolutamente inelástica com relação amodificações no preço do bem, a função demanda serárepresentada por uma reta paralela ao eixo das quantidades.

(e) Uma diminuição do preço do bem deixará inalterada aquantidade demandada do bem, a menos que também sejadiminuída a renda nominal do consumidor.

Resp.: Vamos mudar a ordem das respostas, iniciando

pela alternativa “e” (e) Errado, o consumidor reage a uma mudança

nos preços (d) Não, é uma reta paralela ao eixo dos preços (c) Demanda linear tem elasticidades diferentes (b) Se for paralela ao eixo dos preços, é inelástica

e tem elasticidade igual a zero. (a) Correto. Dispêndio aqui é um sinônimo para

receita total. E com uma demanda elástica,diminuir o preço significa aumenta a receita (oudispêndio)

Banco Central (2000) Diga se cada alternativa é correta ou não: “O conjunto de conceitos relativos à elasticidade é fundamental

no entendimento da microeconomia. Acerca desses conceitos,julgue os itens que se seguem.

(1) O conceito de elasticidade cruzada da procura visa mensurar aalteração relativa na quantidade procurada de um produto em funçãoda mudança relativa no preço de um segundo produto.

(2) Com relação à elasticidade-preço cruzada da procura, dois produtosserão considerados substitutos se suas elasticidades cruzadas foremnegativas.

(3) A procura por um bem tende a ser menos elástica quanto maior for aquantidade de usos para esse produto.

(4) A elasticidade-preço da procura por um bem mede a reação, emtermos proporcionais, da quantidade procurada do bem em função deuma mudança no seu preço, quando todos os outros parâmetrospermanecerem constantes.

(5) Para uma determinada empresa, o aumento de preço de um produtosignificará redução da receita total se a elasticidade-preço da procurafor menor do que a unidade.”

Resp.: (1) Certo. (2) Errado. Sabemos que a elasticidade-preço

cruzada é positiva no caso de bens substitutos. (3) Errado. Quanto maior quantidade de usos do

bem mais elástica é sua demanda. Isto porque elepoderá ser substituído por outro no caso de umaumento de seu preço ou poderá substituir outrosque tenham tido aumento de preços.

(4) Certo. (5) Errado. Quando um produto é inelástico, a

receita total da firma varia na mesma direção queo preço. Um aumento de preço, portanto, fazaumentar a receita total.

Gestor (2003) Com base no conceito de elasticidade-cruzada da

demanda, é correto afirmar que:a) os bens A e B são inferiores se a elasticidade cruzada da

demanda do bem A em relação ao bem B é negativa.b) os bens A e B são complementares se a elasticidade-

cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B épositiva.

c) os bens A e B são normais ou superiores se a elasticidade-cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B épositiva.

d) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada dademanda do bem A em relação ao bem B é positiva.

e) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada dademanda do bem A em relação ao bem B é zero.

Resp.:

(a) Errado. A questão troca conceitos. Elasticidade-cruzada é um conceito relacionado a benssubstitutos ou complementares

(b) Elasticidade cruzada de um bem complementaré negativa

(c) Errado. Vide explicação do item “a” acima (d) Correto. Essa é exatamente a definição de

elasticidade-cruzada para bens substitutos. (e) Errado, já que a alternativa “d” é correta.

16

PETROBRÁS (2004) A microeconomia, ciência que estuda o

comportamento individual dos agenteseconômicos, constitui sólido fundamento à análisedos agregados econômicos. A esse respeito,julgue os itens seguintes.

(a) A redução substancial das tarifas aéreaspromocionais, aplicadas aos vôos noturnos,contribui para deslocar para cima e para a direita ademanda por transporte rodoviário.

(b) De acordo com o efeito substituição, as pessoascomprarão mais quando o preço diminui porque opoder de compra aumenta.

Resp.:

(a) Errado. Transporte aéreo e terrestresão bens substitutos. Então uma reduçãodos preços do transporte aéreo diminui ademanda (desloca para baixo e esquerda)por transporte terrestre

(b) Errado. Isso é o efeito-renda.

MARE (1999) Com relação a um bem de Giffen, pode-se afirmar que a(A) oferta será negativamente inclinada, supondo o preço do

bem representado no eixo vertical do plano cartesiano.(B) oferta será positivamente inclinada, supondo o preço do

bem representado no eixo vertical do plano cartesiano.(C) demanda será vertical, pois o consumidor não aumentará

(ou diminuirá) o consumo do bem em função de mudançasno preço do mesmo.

(D) demanda será horizontal e congruente com o eixo horizontaldo plano cartesiano.

(E) demanda será positivamente inclinada.

Resp.: Alternativa “e”.

MICROECONOMIAPARA CONCURSOS

Teoria do Consumidor

Prof. Daniel da Mata

RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Teoria do Consumidor

A teoria microeconômica do consumidor ébaseada em uma idéia simples:

Os consumidores escolhem a melhor cesta debens que podem adquirir

Vamos iniciar estudando o que o consumidorpode adquirir

Depois, vamos ver como eles decidem o que émelhor

17

Restrição Orçamentária Suponha que haja um conjunto de bens entre os quais o

consumidor possa escolher Vamos nos deter somente em dois produtos Denotamos cesta do consumidor (x,y) ou (x1,x2) ou somente X O pressuposto de dois bens é mais geral: o segundo bem pode

representar todos os outros bens (bem composto)

A restrição orçamentária é tida como:

“p” é o preço da mercadoria, “x” é a quantidade e “m” aquantidade de dinheiro que o consumidor tem

mxpxp 2211

Restrição Orçamentária A restrição orçamentária requer o dinheiro gasto

nos dois bens não exceda a renda total

Quantidade de x1

Quantidade de x2A inclinação da curva édada por -(p1/p2)

Se toda a renda é gasta com obem x2, essa é a quantidade dex2 que pode ser comprada

2p

m

Se toda a renda é gasta como bem x1, essa é a quantidadede x1 que pode ser comprada

1p

m

ConjuntoOrçamentário

RetaOrçamentária

Restrição Orçamentária

O conjunto de cestas de bens que custamexatamente “m” estão na reta orçamentária Estas cestas esgotam a renda do consumidor

Por álgebra, podemos reorganizar a retaorçamentária para obter

mxpxp 2211Eq. 1

12

1

22 x

p

p

p

mx

Intercepto

Inclinação

Restrição Orçamentária A inclinação da reta orçamentária tem uma

interpretação econômica interessante. Ela mede a taxa à qual o mercado está disposto a

“substituir” o bem 1 pelo bem 2 Suponha que o consumidor aumento o consumo do

bem 1 na quantidade Δx1

Quanto do bem 2 ele deve deixar de consumir parasatisfazer a restrição orçamentária?

2

1

1

2

p

p

x

x

Inclinação

Sinal negativo: quantomais de um produto,

menos do outro

Restrição Orçamentária

A inclinação da reta orçamentária mede ocusto de oportunidade de consumir obem 1Para consumir mais do bem 1 é preciso

deixar de consumir um pouco do bem 2Exemplos de custo de oportunidade

Como a reta orçamentária varia? Quando os preços e a renda variam, o conjunto de

bens que o consumidor pode adquirir também muda Aumento de renda: efeito gráfico e equação

Quantidade de x1

Quantidade de x2

Inclinação= -(p1/p2)

Retasorçamentárias

Com o aumento darenda, o consumidor

estará, no mínimo, tãobem quanto antes. Pois,

pode consumir asmesmas cestas daprimeira restrição

orçamentária

18

Como a reta orçamentária varia?

Aumento do preço do bem 1: efeito gráfico eequação

Quantidade de x1

Quantidade de x2

Inclinação= -(p1/p2)

Retasorçamentárias

Nova Inclinação= -(p1’/p2)

Como a reta orçamentária varia? E se o preço dos dois produtos variarem? Se os

preços dos dois duplicarem É o mesmo efeito de dividir a renda por 2

E uma inflação perfeitamente estável? Os preços erenda se elevam na mesma taxa e nada acontece

E se os dois preços aumentarem e a rendadiminuir?Os interceptos m/p1 e m/p2 devem diminuir Portanto, a reta orçamentária se desloca para dentro E a inclinação da reta? Se Δp2 > Δp1, -p1/p2 diminui e a reta fica menos inclinada Se Δp1> Δp2, a reta fica mais inclinada

Política econômica e restriçãoorçamentária Quais os efeitos de políticas econômicas na

restrição orçamentária? Imposto sobre quantidade: torna o produto mais caro Imposto ad valorem: torna o produto mais caro (1+ τ)p1. Subsídio: exatamente o efeito contrário Imposto sobre montante fixo: tal como o nosso imposto

de renda, desloca a reta orçamentária para dentroRacionamento? Taxação após um determinado valor?

Como a reta orçamentária varia?

Racionamento no produto 1

Quantidade de x1

Quantidade de x2

Inclinação= -(p1/p2)

Retaorçamentária

1x

PETROBRÁS (2004) Avalie a assertiva: “A inclinação da restrição orçamentária,

determinada pela renda real do consumidor, indicaque o gasto total com os diferentes bens não podeexceder essa mesma renda.”

Resp.: Errado. A questão troca vários conceitosbásicos. A inclinação é determinada pela razãodos preços dos produtos. A linha da retaorçamentária indica que o gasto total não podeexceder a renda; a inclinação fala do custo deoportunidade de troca um produto por outro.

PREFERÊNCIAS

19

Teoria do Consumidor

Vamos agora ver como os consumidoresdecidem o que é melhorJá sabemos como eles “podem pagar”

Vamos estudar como a teoriamicroeconômica do consumidorrepresenta as preferências por cestas deconsumo

Preferências O que é uma cesta de consumo? É uma

combinação de bens. Por exemplo: x1: fatias de pizza x2: jarras de suco de laranjaCesta (x1, x2) : x1 = 1, x2 = 1Cesta (x1, x2) : x1 = 3, x2 = 0

Ou... x1: fatias de pizza ... e x2: todos os outros bens

Uma cesta deve ser “completa” (incluir os bensapropriados) Guarda-chuva no verão ou no inverno? Consumir tudo agora e não deixar nada para o futuro?

Vamos manter a mesmaestrutura de raciocínio

Pressupostos sobre Preferências

Completa: supomos que é possível compararduas cestas quaisquer

Reflexiva: supomos que todas as cestas são pelomenos tão boas quanto elas mesmas

Transitiva: Se o consumidor acha X pelo menostão boa quanto Y e Y tão boa quanto Z, então eleacha X pelo menos tão boa quanto Z.

Pressupostos sobre Preferências

Existem outros pressupostos, vistos emcursos avançados de teoria econômicaContinuidadeNão-saciedadeTaxa marginal de substituição decrescente

Curvas de indiferença As curvas de indiferença podem assumir

formas peculiares

Quantidade of x1

Quantidade de x2

x1

x2

Curva de Indiferença: contémcestas indiferentes a (x1, x2)

Conjunto “fracamente”preferido: cestas pelomenos tão boas quanto(x1, x2)

Curvas de indiferença Princípio importante: as curvas de indiferença que

representem níveis diferentes de preferência nãopodem se cruzar

Quantidade of x1

Quantidade de x2

Supostas curvas de Indiferença

Y

X

Z

20

Exemplos de preferências

As preferências podem ser de diversostipos!

Vamos relacionar agora tipos preferências ecurvas de indiferença.

Pergunte-se: a partir de uma cesta (x1, x2),dado uma mudança no consumo do bem 1,o quanto eu teria que mudar o bem 2 paratornar a nova cesta indiferente à primeira?

Exemplos de preferências

Bens substitutos perfeitos: taxa desubstituição constante

Quantidade de x1

Quantidade de x2

Curvas deindiferença

Exemplo: Lápisamarelo evermelho

Exemplos de preferências

Bens complementares perfeitos: consumidos semprejuntos e em proporções fixas

Quantidade de x1

Quantidade de x2

Curvas deindiferença

Exemplo: Pésdireito e esquerdode um par desapatos

Exemplos de preferências

Males: um bem mau é um bem que oconsumidor não gosta

Quantidade de x1

Quantidade de x2

Curvas deindiferença

Exemplo: Andarno parque epoluição

Exemplos de preferências

Neutros: um bem neutro é um bem que oconsumidor não se importa com ele

Quantidade de x1

Quantidade de x2

Curvas deindiferença

Exemplo:Verdura esorvete parauma criança

Preferências bem-comportadas

Vimos que podemos utilizar váriosformatos de preferências

Mas queremos ter um formato depreferências mais “geral”, para podemosutilizá-lo em muitas aplicações

Duas suposições:MonotonicidadeConvexidade

21

Preferências bem-comportadas Monotonicidade = mais é melhor Qual a implicação desse pressuposto no formato da

curva de indiferença? A inclinação vai ser negativa

Quantidade of x1

Quantidade de x2

x2

x1

Cestasmelhores

Cestaspiores

Preferências bem-comportadas

Convexidade: as médias são preferidasaos extremos

Quantidade of x1

Quantidade de x2

y2

x1

x2

y1

Cesta Média

Taxa Marginal de Substituição

Agora, o que significa a inclinação de umacurva de indiferença?

Ela é a Taxa Marginal de Substituição(TMS)

É a taxa que um consumidor estápropenso a substituir um bem pelo outro

Quantidade of x1

Quantidade de x2Curva deindiferença

Inclinação = = TMS1

2

x

x

Taxa Marginal de Substituição

Δx1

Δx2

Reforçar: a TMS mede a inclinação da curva deindiferença.

A TMS é um número negativo!

Taxa Marginal de Substituição

O valor da TMS muda de acordo com o tipo depreferência.Por exemplo, Substitutos perfeitos têm TMS igual a -1.

Para preferências convexas possuem umapropriedade interessante:

A taxa de marginal de substituição é decrescenteA taxa na qual a pessoa deseja trocar o bem 1 pelo bem

2 diminui à medida que aumentamos a quantidade dobem 1

Taxa Marginal de Substituição A TMS muda quando a quantidade do bem 1 e

do bem 2 mudam E é decrescente

x1

y1

y2

x2

Em (x1, y1), a curva de indiferença é mais inclinada.Neste ponto, a pessoas tem muito de y. Então, ela estarámais propensa a abdicar de mais y para consumir x.

Em (x2, y2), a curva de indiferençaé mais plana. Neste ponto, a pessoaNão tem muito de y, então ela estaráPropensa a abdicar pouco de y paraconsumir mais x

Quantidade de x2

Quantidade of x1

22

Taxa Marginal de Substituição Exercício: suponha que o mercado ofereça ao consumidor

uma taxa de troca diferente da sua TMS. O que acontece? A pessoa pode escolher uma curva de indiferença “melhor”

Quantidade of x1

Quantidade de x2

x2

x1

Curvas deindiferença

Inclinação = -E ≠ TMS

INPI (2002)

Curvas de indiferença NÃO são:(a) contínuas;(b) negativamente inclinadas;(c) insaciáveis;(d) curvas que se interceptam;(e) convexas.

Resp.: Alternativa “d”.

APO/MARE (1999)

A inclinação da curva de indiferença, considerando-se umaeconomia com dois bens representados no planocartesiano, é

(A) conhecida como a taxa de utilidade marginal dos bens,que é sempre igual aos preços relativos.

(B) necessariamente igual aos preços relativos.(C) a taxa marginal de substituição no consumo.(D) a inclinação da restrição orçamentária.(E) representada somente pela igualdade entre as razões de

utilidades marginais e preços relativos.

Resp.: Alternativa “c”.

UTILIDADE

Utilidade A utilidade é um modo de descrever as preferências Os economistas clássicos associavam o conceito de

utilidade à “felicidade” e à “quantidade desatisfação”.Uma barra de chocolate dá duas vezes mais utilidades do

que uma cenoura?Utilidade cardinal

A teoria microeconômica do consumidor consideraas preferências a descrição fundamental A utilidade é apenas uma forma de descrever as

preferências

Função Utilidade

Função Utilidade é um modo de atribuirum número a cada possível cesta deconsumo.Se a cesta (x1, x2) é preferida a (y1, y2), então

u(x1, x2)> u (y1, y2). A única propriedade que interessa em

uma função utilidade é que ela ordena ascestas de bensHierarquiza as cestasChamada então de utilidade ordinal

23

Função Utilidade

Nem todas as preferências podem serrepresentadas por funções de utilidade

Quais conceitos estavam implícitos?Transitividade: não poderíamos ter uma

situação em que u(a) > u(b) > u(c) > u(a)Monotonicidade: garante que a diagonal

traçada só intercepta a curva de indiferençauma vez

Alguns exemplos de FunçõesUtilidade Vimos, anteriormente, exemplos de

preferências e as curvas de indiferença queas representavam

Essas preferências também podem serapresentadas por funções utilidade

Qual seria um exemplo de função utilidadepara bens substitutos perfeitos?No nosso exemplo, tudo o que interessava ao

consumidor era o número total de lápis

Substitutos Perfeitos

Vamos partir da função U(.) = x1 + x2

Como sabemos que essa função representauma preferência?

Essa função é constante ao logo das curvas deindiferença? Ela atribui um número maior àscestas mais preferidas?

Sim e Sim. Temos então uma função utilidade

Complementares perfeitos

Exemplo: Pares de sapatos O número de pares de sapatos completos

que se tem é o mínimo entre o número desapatos direitos, x1, e o de sapatosesquerdos, x2.

Portanto, a função utilidade tem a formade:

U(.) = mín {x1, x2}

Preferências Cobb-Douglas A função utilidade mais

usada Em que c e d são números

positivos c e d indicam a relativa

importância dos produtos Preenche os requisitos de

preferências bem-comportadas A Cobb-Douglas é bem

parecida com as curvas deindiferença monotônicas econvexas

dc xxxxu 2121 ),(

Quantidade of x1

Quantidade de x2

Equação:

AFC/STN (2005) Considere a forma geral de uma função utilidade: U =

U(X,Y) onde X representa a quantidade demandada dobem X e Y a quantidade demandada do bem Y, sendo X >0 e Y > 0. A função utilidade que gera curvas deindiferença que possuem convexidade voltada para aorigem é dada por:

a) U = X – Yb) U = X + Yc) U = X.Yd) U = – X – Ye) U = X/Y Resp.: Alternativa “c”. A Cobb-Douglas tem convexidade

voltada para a origem.

24

Utilidade marginal Um consumidor consome uma cesta (x1,x2),

como varia a utilidade desse consumidorquando lhe fornecemos um pouco mais do bem1?

Essa variação se chama utilidade marginalcom respeito ao bem 1

Para calcular a variação da utilidade relacionadaa uma pequena variação no consumo do bem 1:

Vamos ver um exemplo para fixar o conceito:1

1 x

UUM

Utilidade Marginal A Taxa Marginal de Substituição (TMS) é também igual à

razão entre as utilidades marginais! Em uma curva de indiferença, o consumidor tem o mesmo

nível de utilidade Portanto, para o consumir permanecer na mesma curva

(a) menos de um bem, deve ser recompensado por mais deum outro (TMS original)

(b) menos de um bem significa uma utilidade marginalnegativa, que deve ser recompensada por uma utilidademarginal positiva (mais de um bem) para o consumidorpermanecer na mesma curva de indiferença

2

1

UMg

UMgTMS

Utilidade Marginal Uma outra interpretação para a Taxa

Marginal de Substituição (TMS) é que ela éigual à propensão marginal a consumir

Se o bem 2 representar o consumo em R$de todos os outros bens da economia.......a TMS seria o montante de dinheiro que a

pessoa estaria disposta a não gastar nos outrosbens para consumir uma unidade adicional dobem 1Ou seja, a propensão do indivíduo a pagar por

mais do bem 1

PETROBRÁS (2004) Avalie a assertiva: “O conceito de utilidade marginal refere-se ao

montante que os agentes econômicos estãodispostos a pagar por uma unidade suplementarde um determinado bem”

Resp.: Errado. A utilidade marginal é a utilidadegerada por um pouco mais de um bem.

Se ao invés de utilidade marginal, a questãocolocasse “propensão marginal a consumir”,estaria correta.

CODEVASF (2003)

Na microeconomia, a função utilidade é apenas um modo dedescrever as preferências, Nessa descrição, deve serlevada em consideração:

(a) a utilidade marginal(b) a utilidade cardinal(c) a transformação monotônica(d) a utilidade ordinal(e) a utilidade gradual

Resp.: Vimos que a função utilidade tem como pressupostaa propriedade de “ordenar” as cestas mais preferidas dandoum maior valor a elas. Portanto, a utilidade é ordinal e aresposta é a alternativa “d”

ESCOLHA

25

Escolha Agora podemos dizer que os consumidores escolhem a

cesta mais preferida de seu conjunto orçamentário Dizemos que o consumidor está maximizando a sua utilidade Na escolha ótima: Taxa Marginal de Substituição (TMS) =

Razão de preços

Quantidade of x1

Quantidade de x2

x*2

x*1

Curvas deindiferença

Restrição Orçamentária

ESCOLHA ÓTIMA

Ótimo de fronteira e ótimo interior A exemplo do slide anterior é um caso de escolha

ótima “interior” Pode haver também o caso em que a escolha ótima é

de “fronteira”. É o caso quando as preferências são debens substitutos perfeitos

Quantidade of x1

Quantidade de x2Curvas deindiferença

Restrição OrçamentáriaESCOLHA ÓTIMA

BNB – Economista (2006) “Indique a afirmativa INCORRETA.A) As linhas de orçamento deslocam-se para a direita em

resposta a um aumento na renda do consumidor.B) As linhas de orçamento fazem uma rotação em torno de um

ponto fixo quando o preço de uma mercadoria é modificado,mantendo-se constante a renda do consumidor e o preçoda outra mercadoria.

C) Os consumidores maximizam sua satisfação sujeita àrestrição orçamentária.

D) Quando um consumidor maximiza sua satisfação, a taxamarginal de substituição é igual à soma dos preços dasduas mercadorias.

E) Às vezes, a maximização da satisfação é obtida por meiode uma solução de canto.”

Resposta: (a) Correto. (b) Correto. É esse o efeito de aumento de um

preço, coeteris paribus. Se tiver dúvida irnovamente para os slides de “restriçãoorçamentária”

(c) Essa a condição de maximização da utilidadedo consumidor

(d) Errado! A TMS é a razão dos preços (taxa detroca entre dois bens) e não a soma. A razão depreços, como vimos, tem intuição econômica(custo de oportunidade), a soma de preços não.

(e) Essa alternativa está correta: ela quer dizer queàs vezes o consumidor prefere consumir um sóproduto (o que graficamente quer dizer no “canto”ou no eixo horizontal ou vertical)

ELETROBRÁS (2007) No que se relaciona à situação de um consumidor com curvas

de indiferença típicas, considere a comparação entre umimposto de renda e um imposto sobre a quantidade consumida,os quais geram a mesma receita para o governo. Nesse caso,é correto afirmar que:

(A) o consumidor estará em uma situação melhor com o imposto derenda do que com o imposto sobre a quantidade;

(B) o consumidor estará na mesma situação, qualquer que seja otipo de imposto aplicado;

(C) o consumidor estará em uma situação melhor com o impostosobre a quantidade do que com o imposto sobre a renda;

(D) o imposto sobre a renda desloca as curvas de indiferença doconsumidor, o que o imposto sobre a quantidade não faz. Assim,a comparação entre esses impostos é impossível;

(E) o imposto sobre a quantidade desloca as curvas de indiferençado consumidor, o que o imposto sobre a renda não faz. Assim, acomparação entre esses impostos é impossível.

RESPOSTA O imposto sobre a renda deixa o consumidor em

melhor posição do que o imposto sobre quantidade.Esse é um resultado clássico da teoria doconsumidor.

Vamos utilizar o gráfico de escolha para auxiliar naresposta. Impostos sobre a renda e sobre aquantidade deslocam a restrição orçamentária, masde maneira distinta

O resultado do modelo diz que o consumidor podeconsumir a mesma cesta após ambos os imposto...

... Mas com o imposto sobre renda há maispossibilidade de consumo...

... e o consumidor irá escolher uma cesta em umamaior curva de indiferença

26

Gráfico O imposto de renda deixa o consumidor

em uma melhor situação

Quantidade of x1

Quantidade de x2

x2

Curva deindiferença

Restrição Orçamentária original

Restrição Orçamentáriacom imposto de renda

Restrição Orçamentária comimposto de quantidade

Resposta (alternativa por alternativa)

(a) Correto. Vimos que é exatamente esse o efeitode um aumento na renda.

(b) Errado. Os efeitos dos impostos de renda e dequantidade são diferentes.

(c) Errado. Essa alternativa é exatamente ocontrário da letra “a”.

(d) Errado! Um imposto não desloca as curvas deindiferença!

(e) Errado! Um imposto não desloca as curvas deindiferença!

AFC/STN (2000) Um consumidor vive de uma renda mensal fixa paga pelos inquilinos

de diversos imóveis dos quais é proprietário. Imagine que o governoesteja querendo levantar determinado valor em dinheiro através dacobrança de impostos sobre esse consumidor. Duas alternativas sãoavaliadas: i) a cobrança de um imposto sobre a renda desseconsumidor ou ii) a cobrança de um imposto sobre o consumo de umbem específico por parte desse consumidor. Suponha que essas duasalternativas tenham sido equacionadas de modo a gerar a mesmareceita de arrecadação. Nessas condições o consumidor deve:

a) preferir a alternativa ii à alternativa ib) ser indiferente entre as duas alternativasc) preferir a alternativa i à alternativa iid) preferir a alternativa i à alternativa ii, caso a elasticidade renda da

demanda pelo bem sobre o qual o imposto incidiria no caso daalternativa ii ser maior do que 1

e)preferir a alternativa i à alternativa ii, caso a demanda pelo bem sobre aqual o imposto incidiria no caso da alternativa ii ser inelástica

Resp.: Alternativa “c”

BNDES (2002) Com relação à teoria do consumidor, é correto afirmar que(A) a inclinação da curva de restrição orçamentária depende da renda do

consumidor.(B) as curvas de indiferença são geralmente côncavas em relação à origem

dos eixos, porque a taxa marginal de substituição entre os dois bensaumenta à medida em que o consumidor se desloca para baixo e para adireita da curva.

(C) quando a taxa marginal de substituição entre dois bens é constante aolongo da curva de indiferença, um bem é complementar perfeito dooutro.

(D) a posição e a forma das curvas de indiferença para um consumidordependem de seu nível de renda e dos preços dos bens por elarepresentados.

(E) se as curvas de indiferença do consumidor forem estritamenteconvexas, na cesta que representa a escolha ótima do consumidor, ataxa marginal de substituição entre os dois bens iguala, em valorabsoluto, a razão de seus preços relativos.

Resp.:

(a) Errado. Sabemos que a inclinação da retaorçamentária é igual à razão dos preços

(b) Errado. Adotamos a hipótese que as curvas sãogeralmente convexas e que a TMS é decrescente

(c) Se a TMS for constante, estamos no caso debens substitutos

(d) O que dependa da renda e dos preços dosprodutos é a restrição orçamentária!

(e) Correto, essa implicação vêm da escolha ótimado consumidor

PETROBRÁS (2001) A análise do comportamento dos agentes econômicos no tocante

às suas decisões de consumo é crucial para se entender ademanda de mercado. Nesse sentido, julgue os itens a seguir.

1 Para um consumidor racional, a taxa marginal de substituiçãoentre cédulas de dez reais e cédulas de cinco reais édecrescente e será tanto mais baixa quanto maior for seu nívelde renda.

2 Se, para um determinado consumidor, as curvas de indiferençaentre dois bens são representadas por linhas retasnegativamente inclinadas, então, para esse consumidor, os bensexaminados são perfeitamente complementares.

3 O princípio da utilidade marginal decrescente explica porque arestrição orçamentária do consumidor é negativamente inclinada.

4 A combinação de produtos que maximiza a utilidade doconsumidor estará sobre a curva de indiferença mais elevadaque o consumidor conseguir atingir dada a sua restriçãoorçamentária.

27

Resp.:

Errado Errado Errado Certo

DEMANDA

Função demanda As funções demanda do consumidor fornecem

as quantidades ótimas de cada um dos bens. A função demanda de um bem é funçãoDo preço do produtoDo preço do(s) outro(s) produto(s)Da renda

Matematicamente:

),,(

),,(

2122

2111

mppxx

mppxx

A demanda surge da escolha ótima

Como o consumidor muda a sua escolhaótima após um aumento do preço do bem 1?

Quantidade of x1

x2

x*1

Curva deindiferença

Restrição Orçamentária

x*’1

Curva preço-consumo

x1

p1

Curva deDemanda

Bens Comuns e Bens de Giffen

O bem 1 é considerado um bem comumQuando seu preço aumenta, sua demanda

diminui Existe também o Bem de GiffenUm aumento de preço faz aumentar o

consumo do bem!Exemplos: fatos históricos

Bens Substitutos e Complementares

A demanda do bem 1 é uma função tantodo preço do bem 1 quanto do bem 2

Como varia a demanda do bem 1 quando opreço do bem 2 muda?Se a demanda cresce, dizemos que os bens 1

e 2 são substitutosSe a demanda diminui, dizemos que os bens

são complementares

28

O que acontece com a escolhaótima quando a renda muda? A curva de Engel mostra a escolha ótima do bem 1

para diferentes níveis de renda

Quantidade of x1

x2

x*1

Curva deindiferença

Restrição Orçamentária

x*’1

Curva renda-consumo

x1

m

Curva deEngel

MICROECONOMIAPARA CONCURSOS

Função Oferta

Prof. Daniel da Mata

Teoria da firma

Agora vamos iniciar o estudo de como asfirmas agem

Isto é, o lado da oferta Será mais fácil!!! ... Pois muitos conceitos

da teoria do consumidor têm o seucorrespondente na teoria da firma

Conceitos equivalentes:

Função Utilidade Função de ProduçãoBens Insumos (fatores)Curva de indiferença IsoquantaTaxa marginal desubstituição

Taxa marginal desubstituição técnica

Maximização da utilidade Maximização dos lucrosMinimizar gastos Minimizar custos

TEORIA DO CONSUMIDOR TEORIA DA FIRMA

TECNOLOGIA

Função de Produção

Uma firma produz um bem (q) utilizando umacombinação de insumos ou fatores de produção

Os insumos mais comuns são capital (K) etrabalho (L)

Mas outros insumos podem entrar na função deprodução: trabalho qualificado, trabalho não-qualificado, matérias primas, produtosintermediários, tecnologia adotada, entre outros.

29

Função de Produção

A função de produção da firma para umdeterminado produto (q) mostra: (a) a quantidade máxima do bem (b) que pode ser produzida utilizando combinações de

insumos Por exemplo, os insumos poderiam ser capital (K)

e trabalho (L)

LKfq ,

Produto (produtividade) Marginal

O produto marginal é quantidadeadicional do bem que pode ser produzidaempregando uma unidade a mais de uminsumo mantendo a quantidade dos outros insumos

constante

Produtividade Marginaldecrescente No curto prazo, assumimos uma

produtividade marginal decrescenteApesar dela poder ser crescente no início...

Muitas vezes rotulada de Lei dosRendimentos (finalmente) DecrescentesSe mais de um fator (trabalho) é empregado,

enquanto todos os outros fatores (como capital)são mantidos constantes, o produto marginaldaquele fator (trabalho) deve cair

Produtividade Marginaldecrescente A produtividade marginal de um insumo

depende geralmente da quantidade utilizadados outros insumos

Uma unidade a mais de trabalho irá aumentarmais a produção (ou seja, terá umaprodutividade marginal mais elevada) se:Mais de um outro insumo (capital) está disponível

Produtividade Média

Definição: razão entre produção e quantidade deinsumo utilizado

Por exemplo, a produtividade média do trabalhoé

Notar que a produtividade média tambémdepende do insumo capital (K)

L

LKf

L

q

trabalho

produtoPM

),(

GESTOR/MARE (1999)

A lei dos rendimentos decrescentes refere-se a(A) rendimentos totais decrescentes.(B) rendimentos marginais decrescentes.(C) rendimentos modais decrescentes.(D) custos médios decrescentes.(E) custos totais crescentes.

Resp.: Alternativa “b”.

30

Gestor (2000) Se na produção de um bem vale a lei dos rendimentos

decrescentes, pode-se afirmar que a produtividade:(a) marginal é decrescente(b) média aumenta a taxas crescentes(c) média é igual à marginal(d) marginal torna-se negativa(e) marginal é crescente

Resp.: A lei dos rendimentos decrescentes diz que aprodutividade marginal do fator deve “finalmente” cair setodos os outros fatores são mantidos constantes. Isto querdizer que a produtividade marginal pode ser crescente atéum certo ponto. Logo após será decrescente e torna-senegativa. O item “d” é a melhor resposta para a questão

Isoquantas

Para ilustrar as possíveis substituições de uminsumo pelo outro, utilizamos o mapa deisoquantas

Uma isoquanta mostra as combinações dosinsumos (L e K) que podem produzir um mesmonível de produto Esse conceito parece com algo que vimos?

qLKf ,

Isoquantas Cada isoquanta representa um nível

diferente de produçãoA produção cresce quando movemos para

cima e para direita

L

K

Isoquantas

Produção émaior nestaisoquanta

PETROBRÁS (2001)

“As isoquantas, que mostram as diferentescombinações fatoriais que asseguram umdeterminado nível de produção, não sepodem cruzar.”

Certo ou errado? Correto!

Propriedades da tecnologia Monotônicas (quanto mais melhor)Se aumentar a quantidade de um insumo, será

possível produzir pelo menos a mesmaquantidade produzida originalmenteDisposição livre (Free disposal): se a empresa

pode dispor sem custo de qualquer insumo, terinsumos excedentes não lhe fará mal algum

Convexa (média é melhor que os extremos)Se tivermos duas formas de combinar insumos e

produzir y, a média das duas formas de produzirgerará, pelo menos, y unidades do produto

Taxa Marginal de SubstituiçãoTécnica (TMST) A inclinação da isoquanta mostra a taxa que o

trabalho (L) pode ser substituído pelo capital (K)

L

K

lA

kA

kB

lB

A

B TMST é decrescente com oaumento do insumotrabalho

A TMST mostra a taxa que otrabalho pode ser substituído pelocapital, mantendo a produçãoconstante (i.e., permanecendo namesma isoquanta

31

Gestor (1997)

A Taxa Técnica de Substituição mede a:(a) inclinação de uma isocusto(b) inclinação de uma isolucro(c) inclinação de uma isoquanta(d) razão de preços dos insumos(e) produtividade marginal do insumo variável

Resp.: Vimos que a TMST está associada àinclinação de uma isoquanta. A alternativacorreta é a “c”.

Retornos à Escala Até agora estudamos como a produção muda com

a variação de um insumo E tudo o mais constante

Mas como a produção responde a um aumentoconjunto de todos os insumos?

Se dobrarmos a quantidade de insumos, o queacontece com a quantidade produzida?

Ganhar escala pode ter efeitos positivos enegativosMaior divisão do trabalho, especialização, uso mais

eficiente de recursos, entre outrosMas causa mais custos gerenciais que podem implicar

em ineficiência

Rendimentos de Escala (ouRetornos à Escala) Se a função de produção é dada por

E todos os insumos são multiplicados por umaconstante positiva (t > 1), então

Efeito na Produção Retorno à Escala

f(tk,tl) = tf(k,l) Constante

f(tk,tl) < tf(k,l) Decrescente

f(tk,tl) > tf(k,l) Crescente

LKfq ,

MPU (2004)

Considere a situação em que quando aumentamos oemprego de todos os fatores em uma determinadaproporção, o produto cresce numa proporção ainda maior.Essa situação refere-se

a) à existência de deseconomias de escala.b) a uma função de produção homogênea de primeiro grau.c) à existência de rendimentos crescentes de escala.d) a pontos acima da curva de possibilidade de produção.e) a uma função de produção com rendimentos constantes

de escala. Resp. “c”

Funções Homogêneas

Uma função é considerada homogênea de grau 1se apresentar retorno constantes à escala

É considerada “homogênea com grau menor que1” se apresentar retornos decrescentes de escala

É tida como “homogênea com grau maior que 1”se apresentar retornos crescentes de escala

Rendimentos de Escala

E quando sabemos se há rendimentos deescala crescentes, constantes ou decrescentes?

Depende da função de produção É possível uma função de produção apresentar retornos constantes para certos níveis de produção e retornos decrescentes em outros níveis de

produção

32

Tipos de funções de produção

Proporções fixas

Substitutos perfeitos (ou linear)

Cobb-Douglas

Função de Produção Cobb-DouglasA função de produção de Cobb-Douglas tem o

formato clássico de isoquantaA partir da sua equação, pode-se provar que:

Se α + β = 1 retornos constantes de escalaSe α + β > 1 retornos crescentes de escalaSe α + β < 1 retornos decrescentes de escala

KALLKf ,

INAE (2008) “Considere a função de produção Q = AKaLb, Q=produto,

K=fator capital, L=fator trabalho e que A, a e b sãoparâmetros, todos medidos em unidades adequadas. Estafunção de produção apresenta

(A) fatores de produção perfeitamente substitutos.(B) inovação tecnológica se A > 1.(C) retornos constantes de escala se a + b = 1.(D) produto marginal de K constante.(E) isoquantas em ângulo reto.”

Resp.: Essa é uma função de produção Cobb-Douglas. Asoma dos coeficientes a e b nos diz como são os rendimentosde escala. Se a+1b é igual a 1, então a Cobb-Douglasapresenta retornos constantes. A alternativa “c” é a correta.

INPI (2002) “Se a taxa marginal de substituição técnica (TMST) for

constante:(a) os insumos são substitutos perfeitos;(b) a função de produção exibe rendimentos de escala

constantes;(c) estamos lidando com uma função de produção de

proporções fixas;(d) a produtividade dos insumos é crescente;(e) a função de produção exibe rendimentos de escala

variáveis.”

Resp.: Alternativa “a”! TMST é constante no caso dosfatores de produção serem substitutos perfeitos.

CUSTOS

Custos Econômicos vs. CustosContábeis Primeiro, temos que diferenciar entre custos

econômicos e custos contábeisOs custos contábeis enfatizam a depreciação, etc.Os economistas focam nos custos de oportunidadesCustos de oportunidades são o que poderia se obtido

utilizando os insumos no melhor uso alternativo Exemplo: custo do trabalho A mesma coisa para economistas e contadoresO custo do trabalho é o pagamento pela hora de

trabalho

33

Custos Econômicos vs. CustosContábeis Exemplo: custo do capitalAgora os economistas divergem dos

contadoresOs contadores usam o preço histórico do

capital e aplicam alguma regra dedepreciação para determinar custos correntesO custo do capital é o quanto outro firma

estaria disposta a pagar por seu uso E que a firma está negando ao utilizar a máquina

Provão (2000) O custo de oportunidade da educação universitária paga pelo

próprio estudante é:(a) a taxa de matrícula(b) a bolsa de estudo(c) a renda que ele ganharia caso estivesse trabalhando(d) as despesas com livros e material didático(e) os juros pagos pelo empréstimo realizado para financiar os

estudos

Resp.: Claramente, o item “c” é a resposta da questão. É umaboa questão para fixar a diferença entre custo deoportunidade do trabalho e o do capital. A alternativa “e”poderia causar alguma dúvida, ela estaria inclusive correta seo enunciado da questão dissesse que o estudante paga suaeducação universitária com empréstimos.

INFRAERO (2004) “Custo de oportunidade é(a) A melhor alternativa na alocação de um recurso produtivo do

qual se tenha que abrir mão para produzir um bem(b) a soma do custo fixo total com o custo variável total(c) o ponto em que o custo marginal de curto prazo é mínimo(d) o ponto em que o custo marginal intercepta a curva de custo

variável médio(e) o ponto em que o custo total de longo prazo tangencia a mais

baixa curva de custo total de curto prazo.”

Resp.: Cada alternativa é um conceito importante na teoria dafirma. Por exemplo, a alternativa “b” é a definição de custototal. Vamos ver cada um desses conceitos a seguir. Mas oitem que represente a definição de custo de oportunidade é o“a”.

Fatores fixos e variáveis Fatores de produção fixos (leasing anual de um galpão) e

variáveis (salário hora do trabalhador) Os custos fixos são associados aos fatores de produção

fixos Eles independem do nível de produto e, sobretudo, têm que ser

pagos mesmo que a empresa não produza nada Custos irrecuperáveis (sunk costs): custos fixos que não podem ser

recuperados (pintura do escritório) Custos parcialmente recuperáveis: fatores fixos que podem ser

vendidos e recuperar parte do investimento, já que o valor de vendaserá menor que o da compra (mobiliário do escritório)

Os custos quase-fixos também independem do nível deproduto Mas só precisam ser pagos se a empresa produzir uma quantidade

positiva de bens Contrato de quantidade fixa de energia elétrica

PETROBRÁS (2001)

O exame das condições de produção é crucial para oentendimento do processo de tomada de decisão das firmasque atuam no mercado. Acerca desse assunto, julgue o itemque se segue:

“A isenção do imposto sobre operações relativas à circulaçãode mercadorias e sobre prestações de serviços detransporte interestadual e intermunicipal e de comunicação(ICMS), no âmbito da chamada “guerra fiscal” entre osestados brasileiros, representa uma redução dos custosfixos para as empresas beneficiadas.”

Resp.: Errado. É no custo variável, pois a empresa pagaICMS de acordo com o montante produzido...

ANEEL (2006) Suponha que uma firma alugue um escritório durante um

ano por R$ 6.000,00 pagos adiantados, compre móveis novalor de R$ 2.000,00 e faça uma pintura no escritório novalor de R$ 500,00. Após um ano, a firma encerradefinitivamente suas atividades e vende os móveis por R$1.000,00. Nesse caso, qual o montante dos custosafundados (sunk costs) com os quais a empresa sedefrontou no período?

a) R$ 7.500,00b) R$ 9.500,00c) R$ 8.500,00d) R$ 9.000,00e) R$ 8.000,00

Resp.: Alternativa “a”. Sunk Costs = (R$ 6000 + R$ 2000 +R$ 500) – (R$ 1000) = R$ 7500

34

Curto prazo vs. Longo Prazo

O curto prazo é definido como o períodode tempo em que há alguns fatores fixosFatores que podem ser utilizados apenas em

quantidades fixas O longo prazo é quanto a empresa pode

variar todos os fatores de produçãoTodos os fatores são variáveis

Não há uma fronteira rígida entre o curto eo longo prazo

Curto prazo vs. Longo Prazo

No curto prazo, a empresa é obrigada aempregar alguns fatores, mesmo quedecida produzir zero.

Então é perfeitamente possível que tenhalucros negativos no curto prazo

Isso faz sentido? Exemplo da herança

RADIOBRÁS (2004)

Uma função de produção, para ser caracterizadano curto prazo, deve:

(a) ter todos os seus fatores fixos(b) ter pelo menos um fator fixo(c) encerrar a produção em um ano(d) encerrar a produção em seis meses(e) ter dois fatores fixos

Resp.: “b’”

Função Custo

Fycyc v )()(Custo Total Custo Variável Custo Fixo

y

F

y

yc

y

ycyCMe v

)()()(

Custo Médio

Custo Variável Médio

Custo Fixo Médio

Pode-se elaborar diversas funções custos parauma empresa:

Custos e Rendimentos de Escala Qual a relação entre o custo médio e os rendimentos de

escala? Suponha uma situação em que os rendimentos de escala

são constantes: Se duplicar os insumos, duplicados o produto Se os preços dos insumos são dados, se eu duplicar os insumos terei

duas vezes o custo original Logo, o custo médio é constante

Agora, para o caso dos rendimentos crescentes: Se duplicar os insumos, mais que duplicados o produto Se os preços dos insumos são dados, se eu duplicar os insumos terei

menos que duas vezes o custo original Logo, o custo médio é decrescente

Exatamente o contrário acontece na situação de rendimentosdecrescentes

Custo Marginal Variação nos custos da uma variação na produção

Exercício: como calcular um custo marginal Temos que ver um pouco de “derivada”! Exemplo: 1) Função custo: c(y) = 2 + 4q + 5q2

2) Função custo: c(y) = 2 + 4q + 5q2

3) Função custo: c(y) = 2 + 4q + 5q2 + 10q3

y

ycyCMg

)()(

35

Custo Marginal

Existe uma relação útil entre custo marginal ecusto variável médio

A curva de custo marginal mede o custo deproduzir cada unidade adicional do bem

Então, se somarmos o custo de produzir asunidades adicionais, teremos o custo total daproduçãoCom exceção dos custos fixos

Graficamente, a área sob a curva de customarginal fornece os custos variáveis

QuantidadeCustoFixo

Custovariável

CustoTotal

CustoMarginal

CustoMédio

Custo VariávelMédio

0 35 - 351 35 24 59 24 59 242 35 40 75 16 38 203 35 60 95 20 32 204 35 85 120 25 30 215 35 115 150 30 30 236 35 155 190 40 32 267 35 210 245 55 35 30

QuantidadeCustoFixo

Custovariável

CustoTotal

CustoMarginal

CustoMédio

Custo VariávelMédio

0 35 - 351 35 24 592 35 403 35 604 35 855 35 1156 35 1557 35 210

Custos: exemplo numérico

+ Gráfico

Custos no Curto Prazo A curva de custo variável médio pode inclinar-se de início

para baixo, mas isso não é necessário. Ele irá crescerdesde que haja fatores fixos restringindo a produção

A curva de custo médio começará por cair, devido aoscustos fixos decrescentes Mas em seguida irá aumentar devido aos custos variáveis médios

O custo variável médio é menor (ou no máximo igual) aocusto médio

A curva de custo marginal passa sobre o ponto mínimo dacurva de custo médio Se o custo marginal estiver abaixo do custo médio, o custo médio é

decrescente Se o custo marginal estiver acima do custo médio, o custo médio é

crescente O mesmo vale para a relação com a curva de custo variável médio

Custos no Longo Prazo

No longo prazo, não temos fatores fixos E, como resultado, não temos custos fixos A firma pode “fechar as portas” a qualquer momento

Os custos de longo prazo são a “envoltória” doscustos de curto prazo A curva de custo médio de curto prazo é sempre

maior do que o custo médio de longo prazo

GESTOR - MPOG (2000)

Se o custo marginal for superior ao custo médio:(a) este estará no seu ponto de mínimo(b) este será decrescente(c) o custo marginal será decrescente(d) vale a lei dos rendimentos decrescentes(e) este será crescente

Resp.: Quando o custo marginal é maior que o médio,sabemos que estamos na fase em que o custo médioé crescente. A resposta correta é a alternativa “e”.

MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS

36

Maximização dos lucros Implicações da condição de maximização dos lucros

O produtor irá empregar cada fator de produção (insumo) até quandoo “preço”da sua produtividade marginal for ao seu custo

Esse é um princípio muito importante na Economia “igualar o benefício marginal ao custo marginal”

O quanto a firma emprega de cada fator de produção?

INPI (2002) Para maximizar a produção de uma tecnologia que use

um insumo variável no curto prazo, é preciso empregaresse insumo de tal forma que a produtividade:

(a) marginal seja igual a seu preço por unidade;(b) média seja máxima;(c) marginal seja zero;(d) média seja zero;(e) média seja crescente.

Resp.: Acabamos de ver que a alternativa “a” é acorreta.

Excedente dos Produtores O excedente do PRODUTOR é o benefício líquido

que um produtor ganha ao vender mais de umbem

É a diferença entre o aumento da receita e oaumento dos custos variáveis

q1

p1

Excedente doprodutor

“Aumento no lucrodo produtor”

Aumento docusto (variável)

Eletrobrás (2007)

Com relação ao excedente do produtor, é correto afirmar que:(A) é idêntico ao lucro marginal, isto é, ao lucro na última unidade

produzida;(B) é igual ao lucro médio, isto é, ao lucro por unidade produzida;(C) é igual ao total das receitas menos os custos variáveis;(D) não pode ser definido para uma empresa monopolista;(E) é sempre igual a zero para qualquer mercado no curto prazo.

Resp.: Vimos que, após o aumento do preço, há um aumento daprodução e da receita total. O aumento da produção acarreta emum maior custo de produção (via aumento dos custos variáveis),mas menor do que o aumento da receita. Esta diferença é oexcedente do produtor. A alternativa “c” está correta.

Oferta de Indústria (ou de mercado)

A oferta da indústria é a soma das ofertasde todas as empresas individuais

y

p

S1S2

S1 + S2

ELASTICIDADE DA OFERTA

37

Elasticidade

Definição: Sensibilidade da quantidade ofertadacom relação ao preço

A oferta é considera “elástica” se a quantidadevariar mais rapidamente do que o preço

A oferta é inelástica se a quantidade variarmenos do que o preço

A oferta tem elasticidade unitária se aquantidade aumentar na mesma taxa que opreço sobe

Elasticidade

Então podemos escrever a elasticidade como

Se maior que 1, a oferta é elástica Se menor que 1, a oferta é inelástica Se igual a 1, a oferta tem elasticidade unitária

d % de variação na quantidade ofertada

% de variação no preço

Elasticidade da Oferta - Gráficos

1d d1dq

p

q

p

q

p

q

p

q

p

1d0d

Perfeitamenteinelástica

Inelástica Elasticidadeunitária

Elástica Perfeitamenteelástica

SENADO (2002)

“A elasticidade-preço de longo prazo dacurva de oferta, para determinado bem, ésuperior à elasticidade de curto prazo,porque, no longo prazo, os fatores deprodução podem ser ajustados.”

Resp.: Correto

Elasticidade e impostos

Suponha que o governo resolva taxar umamercadoria...

... Quem irá arcar com o peso do novoimposto?

Os produtores? Ou os consumidores? Depende da elasticidade da demanda e

da oferta A parte mais inelástica sempre fica com o

maior peso dos impostos

MPOG (1999) “Suponha um mercado de um bem em que a demanda é

relativamente mais inelástica que a oferta. Caso o governocoloque um imposto sobre o bem em questão,

(A) a incidência econômica do imposto será igual para produtores econsumidores.

(B) a incidência econômica do imposto será maior sobre osconsumidores.

(C) o peso-morto do imposto será máximo.(D) a incidência econômica do imposto determina que o excedente

do produtor diminuirá mais do que o excedente do consumidor.(E) o peso-morto do imposto será mínimo.”

Resp.: Alternativa “b”. Sempre a parte “menos sensível”, ouinelástica, sofre mais com um imposto. E nesta questão ademanda é mais inelástica.

38

EQUILÍBRIO DE MERCADO

Equilíbrio de Mercado Vamos agora juntar o que estudamos sobre os

consumidores e sobre os produtoresDemanda de mercado e oferta de mercado

Vamos supor que estamos em um ambiente demercado “competitivo” com muitos consumidores emuitos produtores

q

p

D

S O preço de equilíbrio demercado é aquele em que aoferta e a demanda são iguais

Isto é: D(p) = S(p)

Equilíbrio de Mercado e EstáticaComparativa

O que descolaa demanda?

O que descolaa oferta?

q

p

D

SS’

D’

AFC/STN (2000) Caso haja uma geada na região que produz a alface consumida

em uma cidade, pode-se prever que, no curto prazo, no mercadode alface dessa cidade:

a) a curva de demanda deverá se deslocar para esquerda em virtude daelevação nos preços, o que fará com que haja uma redução naquantidade demandada

b) a curva de oferta do produto deverá se deslocar para a esquerda, o quelevará a um aumento no preço de equilíbrio e a uma redução naquantidade transacionada

c) a curva de oferta se deslocará para a direita, o que provocará umaelevação no preço de equilíbrio e um aumento na quantidade demandada

d) não é possível prever o impacto sobre as curvas de oferta e de demandanesse mercado, uma vez que esse depende de variáveis nãomencionadas na questão

e) haverá um deslocamento conjunto das curvas de oferta e de demanda,sendo que o impacto sobre o preço e a quantidade de equilíbriodependerá de qual das curvas apresentar maior deslocamento

Resp.: Temos que separar bem agora o que desloca a

demanda e o que desloca a curva de oferta ESTÁTICA COMPARATIVA

Uma geada interfere na decisão de umdemandante ou de um ofertante?

Uma geada prejudica a oferta e a descola para aesquerda Aumentando o novo preço de equilíbrio eDiminuindo a nova quantidade de equilíbrio

Resp.: Letra “b”

Fiscal de Tributos Federais (1979) Num mercado de concorrência perfeita, a oferta e a procura

de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintesequações: Qs = 48 + 10P e Qd = 300 – 8P, onde Qs, Qd e Prepresentam, na ordem, a quantidade ofertada, aquantidade procurada e o preço do produto. A quantidadetransacionada nesse mercado, quando ele estiver emequilíbrio, será (em unidades)

(a) 2.(b) 188.(c) 252.(d) 14.(e) 100.

Resp.: Iguale as equações de demanda e oferta e veja quala quantidade de equilíbrio. Neste caso, o preço de equilíbrioé 14 e a quantidade de equilíbrio é, portanto, 188. Aalternativa correta é a “b”.

39

IRBr/MRE (2008) Considere-se que, em determinado mercado, a curva de

demanda de um bem seja dada por Qd = 10 - 3p, e a curvade oferta desse mesmo bem seja dada por Qo = 5 + 2p, emque p seja o preço do bem. Nessas condições, é corretoconcluir que o equilíbrio nesse mercado será atingido para

(a) p = 1.(b) p = 2.(c) p = 3.(d) p = 5.(e) p = 10.

Resp.: Alternativa “a”

CONCORRÊNCIA PERFEITA

Pressupostos

1. Muitos compradores e muitos produtores Tomadores dos preços dos produtos E dos fatores

2. Produtos homogêneos 3. Informação perfeita 4. Poucas barreiras à entrada

Como é a demanda para oprodutor em concorrência perfeita? Já vimos isso! Em concorrência, temos uma situação em

que o produtor é tomador de preços Então a demanda que ele se depara é

uma linha horizontalDemanda perfeitamente elástica

INFRAERO (2004)

Em concorrência, uma condição necessária parao equilíbrio da firma é que a receita marginal seja:

(a) igual ao custo marginal;(b) igual ao custo médio;(c) menor que o custo marginal;(d) igual ao custo variável médio;(e) maior que o custo marginal.

Resp.: Alternativa “a”

MPU (2004) Podem ser considerados como pressupostos básicos de um

modelo de mercado em concorrência perfeita, excetoa) a empresa tomar como dados os preços dos fatores de

produção.b) a empresa tomar como dados os preços de seus produtos.c) a empresa não conhecer a sua função de produção, o que

reduz a possibilidade de manipulação de preço de mercado.d) a empresa ser suficientemente pequena no mercado, o que

impede a manipulação de preços no mercado.e) movimentos de entrada e saída de empresas no mercado

poderem explicar flutuações de preços.

Resp.: Alternativa “c”

40

BACEN (1998) Um mercado em concorrência perfeita é caracterizado:(a) pelo fato de que compradores diferenciarem os

vendedores em situações nas quais existe informaçãoperfeita

(b) pelo fato de que compradores poderem diferenciar osvendedores pela qualidade dos bens

(c) pelo fato de que compradores não diferenciarem osvendedores por nenhum critério de preferências, excetopelo preço

(d) pelo fato de a informação ser imperfeita e assim omercado funcionar de acordo com as leis da oferta e dademanda

(e) por uma curva de demanda para a firma completamenteinelástica

Resp.:

(a) Não há diferenciação dosprodutores/produtos em concorrência perfeita

(b) Não há diferença na qualidade dos bens (c) Correto! (d) A informação é considerada perfeita em

concorrência perfeita (e) O produtor é tomador de preços e considera

a demanda como uma linha reta (então,perfeitamente elástica)

Eletrobrás (2007) Considerando um mercado perfeitamente competitivo, é

verdadeiro que:(A) a curva de demanda de cada empresa é infinitamente

elástica ao preço de mercado;(B) no equilíbrio, para cada empresa o preço de mercado

supera o custo marginal;(C) a diferenciação de produtos entre as empresas é intensa;(D) há significativas barreiras à entrada, de forma que a

competição entre as empresas já estabelecidas é intensa;(E) as empresas exploram a forte assimetria de informação a

seu favor.

Resp.: Alternativa “a”

INFRAERO (2004)

Em concorrência perfeita, o preço do bem nomercado é determinado:

(a) pela teoria do mark up;(b) pelo produtor que tem o maior poder no mercado;(c) pelo produtor que apresenta a maior produtividade;(d) pelos produtores que se associam para formar um

cartel;(e) pela ação das forças da oferta e da procura.

Resp.: Alternativa “e”

MARE (2003) Considere o seguinte texto (extraído do livro Microeconomia de C.

E. Fergunson, Ed. Forense-Universitária):"A demanda para um produtor em um mercado de ----------------- é

uma linha horizontal ao nível do preço de equilíbrio de mercado. Asdecisões do vendedor quanto ao seu nível de produção --------------o preço de mercado. Neste caso, as curvas de demanda e dereceita ------------- são idênticas; a demanda é perfeitamente ----------------- e o coeficiente de elasticidade-preço tende ---------.”

As seguintes expressões completam corretamente o texto acima,respectivamente:

a) concorrência perfeita; afetam; total; elástica; a infinitob) monopólio; não afetam; marginal; elástica; a infinitoc) concorrência perfeita; não afetam; total; inelástica; a infinitod) concorrência perfeita; não afetam; total; elástica; a zeroe) concorrência perfeita; não afetam; marginal; elástica; a infinito Resp.: Alternativa “e”

INPI (2002) Como as firmas em concorrência perfeita são

tomadoras de preço, o seu problema demaximização do lucro requer que elas escolham aquantidade que faz:

(a) o preço igual ao custo médio;(b) o preço igual à quantidade;(c) a receita marginal igual ao custo médio;(d) a receita total igual ao custo total;(e) a receita marginal igual ao custo marginal. Resp: Por definição, alternativa “e”

41

GESTOR - MPOG (2002) No modelo de concorrência perfeita (a curto prazo), a receita

marginal da empresa, para que haja maximização do seu lucro,será:

(a) menor que o seu custo marginal(b) igual ao seu custo médio(c) igual ao custo marginal, sendo o custo marginal crescente(d) igual ao custo marginal, sendo o custo marginal decrescente(e) maior que o custo marginal

Resp.: Vimos que a receita marginal será igual ao custo marginal.Restaram então as alternativas “b” e “c”. A receita marginal éconstante... Se o custo marginal for decrescente a empresa teráincentivos a continuar a produção até que o custo marginal volte acrescer (e a igualar a receita marginal). Alternativa “c” é a correta

SENADO (2002)

Avalie as assertivas1. “Em mercados competitivos, o fato de as firmas

individuais serem tomadoras de preço (price takers)faz que a curva de demanda com a qual essasfirmas se confrontam seja perfeitamente elástica”.

Resp.: Correto2. “Sairá do mercado a firma competitiva que auferir

lucros econômicos nulos no longo prazo”. Resp.: Errado

MICROECONOMIAPARA CONCURSOS

Teoria da Firma – parte 2

Prof. Daniel da Mata

MONOPÓLIO

Monopólio Quando há somente uma empresa no mercado, é

pouco provável que ela considere os preços comodado

O monopolista reconhece o seu “poder demercado” e escolhe o nível de preços quemaximize o seu lucro total

O monopolista não pode escolher os preços e onível de produção Ele tem que analisar o que o mercado suporta Isto é, o monopolista enfrenta a curva de demanda de

mercado Se escolher um preço muito alto, irá vender poucas

quantidades

Monopólio

O monopolista irá maximizar seus lucros e acondição de maximização será novamente:Rmg = Cmg (Receita Marginal = Custo Marginal) Em que o lucro é definido como a diferença entre Receita

total e Custo Total

42

Monopólio

O monopolista não produzirá no ponto em que ademanda for inelásticaUma vez que ele terá receita marginal negativa caso

aumente a quantidade de bens produzidos onde ademanda for inelástica

Ou seja, o monopolista escolherá um ponto dademanda em que 1

Markup O monopolista produz menos a um preço maior vis-à-vis um

mercado em concorrência perfeita O preço que o monopolista trabalha é um “markup” acima do

custo marginal O markup é sempre maior que 1 (um) para um monopolista

O monopolista opera na parte elástica da curva de demanda Lembrar que em concorrência perfeita o preço é igual ao custo marginal,

implicando que o markup é igual a 1 nesta estrutura de mercado

BNDES (2008)

A empresa monopolista, para maximizar seu lucro,produz uma quantidade tal que:

(A) maximiza a receita total.(B) maximiza a diferença entre o preço e o custo médio de

produção.(C) maximiza o preço que cobra.(D) minimiza o custo médio.(E) equaliza a receita marginal e o custo marginal de

produção.

Resp.: Alternativa “e”. A condição de maximização nomonopólio é Rmg = Cmg.

IRB (2004) Considere a afirmação a seguir (adaptada do livro

"Microeconomia" de C. E. Ferguson, 4ª edição, Editora ForenseUniversitária, página 330):

"Um monopolista, ou qualquer outro produtor, maximizará o lucro ouminimizará a perda através da produção e comercializaçãodaquele produto para o qual o custo ___________ iguala-se àreceita _____________. A existência do lucro ou prejuízodependerá da relação entre ____________ e ______________."

As seguintes expressões, respectivamente, completam corretamenteo conceito acima:

a) marginal / média / receita total / custo totalb) marginal / marginal / preço / custo totalc) marginal / marginal / preço / custo marginald) médio / marginal / preço / custo médioe) marginal / marginal / preço / custo médio

Resp.: Alternativa “e”

SENADO (2002)

A fusão das empresas Brahma e Antárcticaem uma única empresa, a AmBev, explica-se, em parte, pela existência de economiasde escala que permitem que o custo daprodução conjunta seja inferior à soma doscustos de produção das empresas quandoelas operam independentemente.

Resp.: Correto

MPU (2004) Podem ser considerados como pressupostos básicos de um

modelo de monopólio, exceto o fato dea) não ser possível o acesso de concorrentes no suprimento

do produto.b) o monopolista não maximizar o lucro tendo em vista o seu

poder de manipulação de preços no mercado.c) o monopolista possuir perfeito conhecimento da curva de

custos.d) o monopolista possuir perfeito conhecimento da curva de

procura do mercado.e) o monopolista desejar maximizar lucro.

Resp.: O monopolista maximiza o lucro sim, portanto aalternativa “b” está errada

43

Monopolista Discriminador Discriminação de preços de primeiro grau ou

discriminador perfeito Vende diferentes unidades do produto por diferentes preçosConhecida também como discriminação perfeita de preços

Resultado principal:Uma estrutura de mercado com um monopolista

discriminador perfeito (ou seja, o de primeiro grau)apresenta um equilíbrio eficiente de Pareto

SENADO (2002)

“O fato de as companhias aéreas reduziremo preço das passagens quando da compraantecipada constitui exemplo dediscriminação de preço, porque a demandadesses viajantes é mais inelástica emrelação ao preço.”

Resp.: Errado

OUTRAS ESTRUTURAS DEMERCADO

Estruturas de Mercado

+ Monopsônio e Oligopsônio

Tipo de Mercado No. deprodutores Tipo de produto Entrada Influência sobre

o preço Exemplos

Monopólio Um produtor sem substituto próximo Difícil

Grande(estabelece o

preço exceto seform reguladopelo governo)

Energia

Oligopólio Poucosprodutores

pequena ou nenhumadiferenciação de produto Difícil Alguma Aço

ConcorrênciaMonopolística

Muitosprodutores Produtos diferenciados Fácil Um pouco Comércio

Concorrência Perfeita Muitosprodutores Produtos homogêneos Fácil

Nenhuma(tomador de

preços)Produtos agrícolas

TCU (1994)

Em relação às características de um oligopólio, assinale otem que melhor o descreve:

(a) Uma situação de mercado com poucos compradores(b) Uma situação de mercado com poucos produtores(c) Uma situação de mercado com apenas um comprador(d) Uma situação de mercado com preços controlados pelo

governo(e) Uma situação de mercado com apenas um vendedor

Resp.: A alternativa “b” reflete a definição de oligopólio

GESTOR - MPOG (2002) Indique, nas opções abaixo, o mercado no qual só há

poucos compradores e grande número de vendedores.a) Monopóliob) Monopsônioc) Oligopóliod) Oligopsônioe) Concorrência Perfeita

Resp: Alternativa “d”. Podemos elimina a alternativa “e”,pois sabemos que concorrência perfeita envolve muitoscompradores e muitos vendedores. Sabemos o que émonopólio (1 vendedor) e, mesmo não sabendo o quesignifica monopsônio (1 comprador), podemos eliminarcom o conhecimento do conceito de monopólio. Sabemoso que é Oligopólio (poucos vendedores), restou somente aalternativa “d”, (oligopsônio – poucos compradores).

44

AFRF (2000)

Duas ou três firmas que dominem sozinhas o suprimento deum mercado X e que necessariamente devam policiar aspolíticas de preço de cada uma das concorrentes, porquantoa ação ou reação de cada uma afete sua respectivaoperação, atuam em mercado com as características de

a)Monopsôniob)Mercado regulamentadoc)Monopóliod)Mercado de concorrência perfeitae)Oligopólio

Resp.: Alternativa “e”

INFRAERO (2004)

O chamado monopólio bilateral caracteriza-se pelapresença de:

a) dois monopólios;b) um monopólio e uma firma concorrencial;c) um monopólio e um monopsônio;d) um monopólio e um oligopólio;e) dois oligopólios

Resp.: Alternativa “c”

OLIPÓLIO

Oligopólio Um oligopólio é uma estrutura de mercado

com poucas firmas, que interagem de formaestratégica

A interação entre os oligopolistas podemlevar a diferentes equilíbrios de mercado

Quatro modelos principais:Líder da quantidadeLíder do preçoEstabelecimento simultâneo de preçoEstabelecimento simultâneo de quantidade

Oligopólio Conluio (ou Cartel) Um cartel consiste no conluio de firmas para

restrigir a produção e maximizar o lucro daindústria

Um cartel será geralmente “instável”, nosentido de que cada firma terá incentivos avender mais do que a sua quota de produçãodo acordo de conluio.Se ela esperar que as demais firmas não reagirão

IEMA (2007)

“O mercado automobilístico ilustra bem ocaso de uma indústria oligopolista, na qualpoucos produtores, além detransacionarem um produto homogêneo,fixam os preços ao nível do customarginal”

Resp.: Errado

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SEAD-UEPA (2007)

“Mercados oligopolistas produzemalocações de recursos que são,necessariamente, ótimas no sentido dePareto.”

Resp.: Errado

PMRB (2007) “Contrariamente à Organização dos Países

Produtores de Petróleo (OPEP), o cartel docobre, denominado ConselhoIntergovernamental dos Países Exportadoresde Cobre (CIPEC), não consegue elevarmuito o preço desse metal pelo fato de ademanda mundial de cobre ser bem maisinelástica que a demanda de petróleo”

Resp.: Errado

SENADO (2002)

“O enfraquecimento da Organização dePaíses Exportadores de Petróleo (OPEP),na década de 80 do século passado,deve-se ao fato de ela representar umaestrutura oligopolista não-colusiva”

Resp.: Errado

ECONOMIAS DE ESCOPO

Economias de Escopo É quando o custo total de produzir dois produtos

conjuntamente é menor do que o de produzir cada produtoseparadamente

Ou quando o custo médio total de produção cai comoresultado do aumento do número de diferentes produtosproduzidos

Exemplo: Uma empresa de “fastfood” vende sanduíches e batatas-fritas A empresa produz sanduíches e batatas-fritas a um custo total menor

do que o custo total de ter duas empresas, cada uma produzindo umproduto.

Isto porque há um ganho de compartilhamento de estoque, de uso deinsumos, etc.

APO – MPOG (2005) “As Economias de escopo ocorrem quando o ___________ de

uma firma para produzir conjuntamente, pelo menos dois produtos/serviços, é __________ do que o custo de duas ou mais firmasproduzem separadamente estes mesmos produtos/serviços, apreços dados dos insumos. De forma ___________ às economiasde escala, as economias de escopo podem também ser entendidascomo _________ nos _________ derivadas da produção conjuntade bens distintos, a preços dados dos insumos”.

Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.a) custo marginal, menor, similar, reduções, custos médiosb) custo médio, menor, diferentemente, reduções, custos médiosc) custo total, menor, similar, reduções, custos médiosd) custo médio, menor, similar, reduções, custos marginaise) custo total, menor, diferente, elevações, lucros médios

Resp.: Alternativa “c”

46

QUESTÕES EXTRAS

APO/MPOG (2005) Pode-se denominar “barreiras à entrada” qualquer fator em

um mercado que ponha um potencial competidor eficienteem desvantagem com relação aos agentes econômicosestabelecidos. Podem ser considerados como fatores debarreira à entrada, exceto:

a) economias de escala ou de escopo.b) custos fixos elevados.c) custos afundados.d) inexistência de propriedade de recursos utilizados pelas

empresas instaladas.e) ameaça de reação dos competidores instalados. Resp.: Alternativa “d”

AGU (2006) Dada a análise econômica dos mercados, indique a afirmativa

verdadeira:(A) uma hipótese essencial do modelo de concorrência perfeita é a

diferenciação de produtos;(B) no modelo de competição monopolística, há barreiras à entrada no

longo prazo;(C) no modelo de competição monopolística, as empresas obtêm

lucros extraordinários no longo prazo, apesar das barreiras àentrada;

(D) no modelo de competição monopolística, o ajuste no longo prazose dá pela entrada de novas empresas, o que reduz a demandaindividual de cada empresa;

(E) no modelo de competição monopolística, as empresas do setorproduzem o nível de produto que corresponde ao mínimo do customédio de longo prazo.

Resp.: Alternativa “d”

ACE/MDIC (2012) - ESAF Com relação ao mecanismo de funcionamento de mercado é

correto afirmar quea) em se tratando de um bem normal, um aumento na renda dosconsumidores levará a uma redução na quantidade de equilíbriodesse bem.b) a curva de demanda de um determinado bem desloca-se para aesquerda quanto o preço desse bem aumenta.c) um aumento na renda dos consumidores induz uma redução nospreços de equilíbrio dos bens inferiores.d) todo bem de Giffen é um produto importado.e) a posição da curva de oferta de um bem não depende dos preçosdos insumos empregados em sua produção.

Resp.: Alternativa “c”

Gestor (2013) - ESAF Um dos princípios básicos da microeconomia são as relações dadas pelas

elasticidades. Considere uma função de demanda linear definida apenasno quadrante positivo (em que os preços e quantidades são positivos).Considere, ainda, que os preços estejam no eixo vertical e as quantidadesno eixo horizontal. Suponha que a reta que representa a função demandaintercepta o eixo dos preços no ponto A e o eixo das quantidades no pontoC, e que exista um ponto intermediário entre esses dois pontos quedenominaremos de B. Considere BA o segmento de reta entre os pontos Be A, BC o segmento de reta entre os pontos B e C e CA o segmento dereta entre os pontos C e A. Com base nessas informações, é corretoafirmar que:

a) a elasticidade preço da demanda no ponto B é igual a – (BC/CA)/BA.b) a elasticidade preço da demanda é igual nos pontos A e C.c) se a distância entre B e A e B e C forem iguais, então, no ponto B, o valorabsoluto da elasticidade será igual a 1.d) por ser uma curva de demanda linear, a elasticidade preço da demanda éigual nos pontos A, B e C.e) no ponto B, a elasticidade preço da demanda é igual a – (BC/BA)/2.

47

Resp.: Alternativa “c”

Gestor (2013) - ESAF Considerando os princípios básicos da microeconomia, temos

como um dos pressupostos relacionados com as preferências doconsumidor a seguinte definição:

"Dadas as cestas de bens (x0, y0) e (x1, y1), sendo que x0 ≤ x1 ey0 < y1, então a cesta (x1, y1) é estritamente preferida à cesta(x0, y0).”

Esse pressuposto refere-se à:a) monotonicidade forte.b) transitividade das preferências.c) reflexibilidade das preferências.d) existência de um ponto máximo na função utilidade.e) existência de saciedade por parte do consumidor.

Resp.: Alternativa “a”

Resp.:Alternativa “c”

AFC/STN – ESAF – 2008

Indique a opção que apresenta o custo que apresenta ograu de sacrifício que se faz ao se optar pela produçãode um bem, em termos da produção alternativasacrificada.

A) Custo ExternoB) Custo ContábilC) Custo HistóricoD) Custo de OportunidadeE) Custo Marginal. Resp.: Alternativa “d”

ESAF/GestorGovernamental/2001 Com base no conceito de elasticidade-cruzada da demanda, é

correto afirmar que:a) os bens A e B são inferiores se a elasticidade-cruzada da

demanda do bem A em relação ao bem B é negativa.b) os bens A e B são complementares se a elasticidade cruzada

da demanda do bem A em relação ao bem B é positiva.c) os bens A e B são normais ou superiores se a elasticidade-

cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B épositiva.

d) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada dademanda do bem A em relação ao bem B é positiva.

e) os bens A e B são substitutos se a elasticidade-cruzada dademanda do bem A em relação ao bem B é zero.

Resp.: Alternativa “d”

ESAF/Gestor/2003

48

Considere uma curva de demanda por um determinado bem.Pode-se afirmar que:

a) independente do formato da curva de demanda, a elasticidade-preço da demanda é constante o longo da curva de demanda,qualquer que sejam os preços e quantidades.

b) na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço dademanda é 1 quando q = zero.

c) na versão linear da curva de demanda, a elasticidade-preço dademanda é zero quando p = zero.

d) independente do formato da curva de demanda, a elasticidadenunca pode ter o seu valor absoluto inferior a unidade.

e) não é possível calcular o valor da elasticidade-preço dademanda ao longo de uma curva de demanda linear.

Resp.: Alternativa “c”

APO – ESAF – 2003 Considere uma função de demanda de um determinado bem X dada

pela equação a seguir: Qdx = f (Px, Ps, Pc, R), onde:Qdx = quantidade demandada do bem X; Px = preço do bem X;Ps = preço do bem substituto; Pc = preço do bem complementar;R = renda do consumidor. Com base nessas informações e considerando os fundamentos

utilizados para a construção de uma função de demanda, é incorretoafirmar que:

a) se o bem for normal, quanto maior R, maior tenderá ser Qdx.b) se o bem for inferior, quanto maior R, menor tenderá ser Qdx.c) descartando a possibilidade de X ser um bem de giffen, quanto maior

Px, menor tenderá ser Qdx.d) quanto maior Pc, menor tenderá ser Qdx.e) quanto maior o Ps, menor tenderá ser Qdx.

ESAF/Auditor - Recife - 2003

Resp.: Alternativa “e”

“A curva de oferta mostra o que acontece com a quantidadeoferecida de um bem quando seu preço varia, mantendoconstante todos os outros determinantes da oferta. Quandoum desses determinantes muda, a curva da oferta sedesloca. Indique qual das variáveis abaixo, quando alterada,não desloca a curva da oferta.”

a) Tecnologiab) Preços dos insumosc) Expectativasd) Preço do beme) Número de vendedores Resp.: Alternativa “d”

Gestor – ESAF – 2002

Considere-se que, em determinado mercado, a curva dedemanda de um bem seja dada por Qd = 10 - 3p, e a curvade oferta desse mesmo bem seja dada por Qo = 5 + 2p, emque p seja o preço do bem. Nessas condições, é corretoconcluir que o equilíbrio nesse mercado será atingido para

(a) p = 1.(b) p = 2.(c) p = 3.(d) p = 5.(e) p = 10.

Resp.: Alternativa “a”

TPS/CACD – CESPE - 2008 Os bens A e B são substitutos no consumo. Nesse caso, no que

diz respeito a preços e quantidades de equilíbrio no mercado dosdois bens, pode-se afirmar que:

a) uma redução nos custos de produção do bem B deve levar a umaredução no consumo do bem A e um aumento no preço deequilíbrio do bem B.

b) um aumento nos custos de produção do bem B deve levar a umaredução no consumo do bem A e uma redução no preço deequilíbrio do bem A.

c) um aumento no custo de produção do bem B deve fazer com queas quantidades consumidas dos dois bens sejam reduzidas.

d) um aumento nos custos de produção do bem B deve levar a umaredução no consumo desse bem e um aumento no preço deequilíbrio do bem A.

e) um aumento no custo de produção do bem B deve levar a umaumento nas quantidades consumidas dos dois bens.

GESTOR (2009)

49

Resp.: Alternativa “d”

GESTOR (2009) Os produtos X e Y são produzidos em determinado país

empregando-se apenas a mão-de-obra local. Em um dia, cadatrabalhador é capaz de produzir 3 unidades do bem X ou,alternativamente, 5 unidades do bem Y. Nesse caso, pode-seafirmar que:

a) o custo de oportunidade de se produzir uma unidade do bem X éde 3/5 unidades do bem Y.

b) o custo de oportunidade de se produzir uma unidade do bem Y éde 3/5 unidades do bem X.

c) o custo de oportunidade de se produzir três unidades do bem Y éde 5 unidades do bem X.

d) o custo de oportunidade de se produzir três unidade do bem X éde 3 unidades do bem Y.

e) não é possível calcular o custo de oportunidade da produção dobem X ou do bem Y, pois o enunciado não informa aoportunidade perdida com essa produção.

Resp.: Alternativa “b”

GESTOR (2009) É correto afirmar que:a) a condição para que uma empresa opte por produzir uma

quantidade não nula de seu produto é que o preço do mesmo sejasuperior ao custo fixo médio de produção.

b) não é possível que, no equilíbrio de longo prazo, alguma empresaopere com lucro econômico nulo, visto que, nesse caso, elaoptaria por encerrar suas operações.

c) no horizonte de curto prazo, não é possível que uma empresaopere com lucro negativo, visto que ela sempre pode optar porencerrar suas atividades.

d) a condição para que uma empresa opte por produzir umaquantidade não nula de seu produto é que a margem sobre ocusto médio de produção seja de aproximadamente 10%.

e) se um equilíbrio é obtido com todas as empresas de um mercadoem concorrência perfeita obtendo lucro econômico negativo, entãoesse equilíbrio é de curto prazo.

Resp.: Alternativa “e”

ACE/MDIC (2012) - ESAF Com relação ao mecanismo de funcionamento de mercado é

correto afirmar quea) em se tratando de um bem normal, um aumento na renda dosconsumidores levará a uma redução na quantidade de equilíbriodesse bem.b) a curva de demanda de um determinado bem desloca-se para aesquerda quanto o preço desse bem aumenta.c) um aumento na renda dos consumidores induz uma redução nospreços de equilíbrio dos bens inferiores.d) todo bem de Giffen é um produto importado.e) a posição da curva de oferta de um bem não depende dos preçosdos insumos empregados em sua produção.

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Resp.: Alternativa “c”

ACE/MDIC (2012) - ESAF Considere três bens denominados bem A, bem B e bem C. Os três bens são

transacionados em mercados em concorrência perfeita e possuem ofertasindependentes, isto é, a curva de oferta de cada um desses bens não é afetadapelos preços dos outros dois bens. Além disso, o bem A é substituto do bem C e obem B é complementar do bem C. Então:

a) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma elevação naquantidade de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução no preço deequilíbrio no mercado do bem B.

b) uma elevação no custo de produção do bem C deverá levar a uma redução naquantidade de equilíbrio no mercado do bem A e a uma elevação no preço deequilíbrio no mercado do bem B.

c) uma elevação no custo de produção do bem C deverá levar a uma elevação nopreço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução na quantidade deequilíbrio no mercado do bem B.

d) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma elevação nopreço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução no preço de equilíbriono mercado do bem B.

e) uma redução no custo de produção do bem C deverá levar a uma elevação nopreço de equilíbrio no mercado do bem A e a uma redução na quantidade deequilíbrio no mercado do bem B.

Resp.: Alternativa “c”

Gestor (2013) - ESAF Conforme os princípios básicos da microeconomia, existem alguns

pressupostos relacionados com as preferências do consumidor. Umdesses pressupostos é que as preferências são transitivas. Podemosafirmar que a transitividade significa que:

a) as preferências dos consumidores são independentes das comparaçõesentre diferentes cestas de bens.b) a comparação entre três cestas de bens não pode ser realizada se elasnão tiverem a mesma quantidade de bens.c) se uma cesta de bens A é preferida à cesta de bens B e se a cesta debens B é preferida à cesta de bens C, então A somente será preferida à Cse as curvas de indiferenças forem convexas em relação à origem.d) o consumidor somente poderá comparar três cestas de mercadorias seem seu conjunto de preferências houver quatro ou mais cestas de bens.e) se uma cesta de bens A é preferida à cesta de bens B e se a cesta debens B é preferida à cesta de bens C, então A é preferida à C.

Resp.: Alternativa “e”

Gestor (2013) - ESAF Um dos princípios básicos da microeconomia são as relações dadas pelas

elasticidades. Considere uma função de demanda linear definida apenasno quadrante positivo (em que os preços e quantidades são positivos).Considere, ainda, que os preços estejam no eixo vertical e as quantidadesno eixo horizontal. Suponha que a reta que representa a função demandaintercepta o eixo dos preços no ponto A e o eixo das quantidades no pontoC, e que exista um ponto intermediário entre esses dois pontos quedenominaremos de B. Considere BA o segmento de reta entre os pontos Be A, BC o segmento de reta entre os pontos B e C e CA o segmento dereta entre os pontos C e A. Com base nessas informações, é corretoafirmar que:

a) a elasticidade preço da demanda no ponto B é igual a – (BC/CA)/BA.b) a elasticidade preço da demanda é igual nos pontos A e C.c) se a distância entre B e A e B e C forem iguais, então, no ponto B, o valorabsoluto da elasticidade será igual a 1.d) por ser uma curva de demanda linear, a elasticidade preço da demanda éigual nos pontos A, B e C.e) no ponto B, a elasticidade preço da demanda é igual a – (BC/BA)/2.

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Resp.: Alternativa “c”

Gestor (2013) - ESAF Considerando os princípios básicos da microeconomia, temos

como um dos pressupostos relacionados com as preferências doconsumidor a seguinte definição:

"Dadas as cestas de bens (x0, y0) e (x1, y1), sendo que x0 ≤ x1 ey0 < y1, então a cesta (x1, y1) é estritamente preferida à cesta(x0, y0).”

Esse pressuposto refere-se à:a) monotonicidade forte.b) transitividade das preferências.c) reflexibilidade das preferências.d) existência de um ponto máximo na função utilidade.e) existência de saciedade por parte do consumidor.

Resp.: Alternativa “a”

AFC/STN (2013) Sobre a teoria do consumidor, é correto afirmar que:a) as preferências são ditas completas se para duas cestasquaisquer for possível dizer que uma é preferível à outra.b) se duas cestas de consumo estiverem na mesma curva deindiferença, a cesta com maior consumo do bem mais caroestá associada a um maior nível de utilidade.c) quando todos os axiomas de preferências são observados, épossível afirmar que curvas de indiferença não podeminterceptar-se.d) se duas cestas pertencem à mesma curva de indiferença, éporque as duas cestas têm o mesmo custo.e) quanto mais cara a cesta, mais alta a curva de indiferença aque a cesta pertence.

Resp.: Alternativa “c”

AFC/STN (2013) Considere uma atividade econômica na qual existam

externalidades positivas na produção e assinale a opçãocorreta.

a) Um planejador central benevolente escolheria produzir umaquantidade menor do que a produzida pelo mercado.b) Um planejador central benevolente escolheria produzir umaquantidade maior do que a produzida pelo mercado.c) Não é possível determinar se a quantidade produzida escolhidapor um planejador central benevolente é maior ou menor do que aquantidade produzida escolhida pelo mercado.d) Um planejador central benevolente escolheria produzir amesma quantidade produzida pelo mercado.e) A existência ou não de externalidades é irrelevante para umplanejador central.

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Resp.: Alternativa “b”