Introdução Solda
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INTRODUÇÃO LIGAÇÕES SOLDADAS – CÁLCULO PRÁTICO
t é a largura efetiva da garganta da solda
Espessura mínima da perna do filete em função da espessura da chapa.
A resistência do filete de solda é dada pela resistência ao cisalhamento da
área da garganta efetiva ( t x comprimento do filete) provocada pelas
ações, em qualquer direção, que atuam sobre o filete.
Força resistente de cálculo de um filete de solda.
Aw é a área da garganta efetiva do filete de solda.
Neste exemplo, um cordão de solda de filete de 10 cm, solicitado na direção
perpendicular ao seu eixo, ligando uma chapa de 6,3 mm e com eletrodo E70,
resiste à uma força F máxima de cálculo de 75,4 kN.
Uma outra forma de resolver este e outros problemas, é dimensionar a
solda por meio da máxima tensão de cálculo suportada pelo aço da solda.
Obtemos esta tensão para cada tipo de eletrodo simplesmente retirando a
componente de área Aw da equação de Fw,Rd.
Para simplificar um pouco mais, podemos multiplicar estas tensões por uma
área de garganta efetiva equivalente a 1 cm de comprimento de filete.
(t x 1 cm). Obtemos assim, o quanto de força cada filete de solda resiste
por centímetro de comprimento. (Fw,Rd em kN/cm)
(Fw,Rd em kN/cm)
Para o exercício anterior podemos obter o mesmo resultado apenas
multiplicando os valores de 7,54 kN/cm e 10 cm (comprimento de solda do
filete), ou seja, Fw,Rd = 75,4 kN.
Da mesma forma que verificamos o metal da solda, por meio das tensões
atuantes na garganta efetiva do filete, devemos também verificar o metal
da base por meio da área de contado do filete com as chapas conectadas, ou
seja, a área resultante da multiplicação da perna do filete “b” pelo
comprimento da solda.
AMB é a área de base conectada pelo filete de solda.
De forma similar ao que fizemos com o aço dos eletrodos, também podemos
construir tabelas com os valores das máximas tensões de cálculo admitidas
pelos diferentes tipos de aço. Neste caso adotamos o menor valor de tensão
entre as verificações de escoamento e ruptura do aço submetido ao
cisalhamento.
Equações e resultados obtidos para os aços MR250 e AR345 (A36 e A572
G50 respectivamente segundo a padronização americana ASTM).
Multiplicando o menor valor de tensão obtido para cada tipo de aço,
obtemos a força resistente de cálculo do metal base para 1 cm de filete em
função da largura de perna adotada.
(Fmb,Rd em kN/cm)
Se considerarmos para o exercício anterior que o aço utilizado é uma aço
comum MR250 e filete com perna de 5 mm (0,5 cm), a máxima força F de
cálculo a ser aplicada seria de 68,15 kN (6,815 kN/cm x 10 cm).
EXERCÍCIO
Calculando diferentes comprimentos de solda para combater a
excentricidade da cantoneira tracinada segundo à L.N de seu eixo
longitudinal. (Cantoneira é um tipo de perfil assimétrico)
Fazemos uma simple analogia de viga para determinar o quanto de força
deverá ser aborvida por cada filete F1 e F2.
Obtemos na sequência os comprimentos L1 e L2 dividindo respectivamente
as forças F1 e F2 pela força resistente unitária do filete (b=5 mm ► E70).
Fazendo a conta para metal base MR250 temos:
Logo, devemos adotar os comprimentos L1 e L2 obtidos por meio da
verificação do metal base, cujos comprimentos resultantes são os maiores.
BOAS FÉRIAS
Prof. Paulo C. Ormonde