Introdução - Um Pouco de História Africana - Alberto Junior e Silvia Maya

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    Introduo (Um pouco da Histria Africana).Extrado da Apostila de If Olokun e a Pratica de Jogo de Bzios.

    Autor: Alberto Junior e Silvia Maya. Publicado no site:www.luzholistica.info- Respeite os direitos autorais. tica e Moral.

    Para que possamos estudar esta arte oracular to complexa, vamos comear nos reportando a

    regio do Norte da frica, na Nigria.

    Vamos tentar compreender um pouco dos costumes, hbitos e crenas religiosas.

    A cultura Africana por demais complexas porque alm das miscigenaes, houve tambm

    influncias dos colonizadores, os quais abusaram e lambuzaram em cima da simplicidade e dos

    costumes desse povo to humilde e ao mesmo tempo de imensa f e inteligncia.

    Este povo de imensa cultura e perseverana conhecido por ns como Yoruba-Nag.

    O Culto dos Orixsteve sua maior expanso a partir da cidade nigeriana de Il If, que seria a

    antiga Capital da Nigria e foi fundada por um dos mais importantes Orixs do Panteo

    Africano que foi Odduw (Qualidade de Oxal). Na cidade de Il If, morava o sacerdote

    supremo da Cultura de Nok.

    Sabemos que todo sistema religioso e divinatrio de If praticados hoje, teve sua origem, com

    a chegada de Oduduwae seus companheiros dentre eles Orunmila If (Deus dos Destinos),

    que por onde passou deixou seus Orculos, infelizmente esses sistemas sofreram e sofrem at

    hoje modificaes em sua essncia e adaptaes em seus mtodos, porm estamos tentando

    no alterar a filosofia do pensamento religioso dos Yorubanos da antiguidade.

    Com a chegada dos colonizadores a frica perdeu bastante de sua identidade, pois estes

    trouxeram os seus costumes e hbitos, para o povo Yoruba. Sabe-se tambm que eles se

    deslocavam para novas cidades e construam novas moradas, a fim de se preservarem perante

    seus antepassados e suas tradies, e para atender os novos habitantes e colonizadores,

    Islmicos e Jesutas. O povo Yoruba passou a desenvolver uma nova forma de adorao s

    entidades sobrenaturais e aos seus antepassados, um sistema que se modificava a olhos vistos,

    no s pela influncia dos colonizares, mas tambm, dos diversos povoados que se

    interligavam. Porm o sacerdote supremo de todas as confederaes era oriundo da cidade

    mtica de Il-If. Em tempos imemorveis a frica possua uma religio nica e homognea.

    A consulta aos textos histricos e antropolgicos demonstra que desde o perodo Neoltico, na

    regio geogrfica compreendida entre a confluncia dos rios Benue-Nger e Lago Chade

    floresceram uma civilizao agro-pastoril que serviu de base s futuras migraes de povos e a

    partir dela desenvolveu-se uma nova unidade cultural e lingstica.

    Esta cultura recebeu o nome de Cultura de Nok, esta localidade fica perto da cidade de Jos

    na Provncia de Zara (Nigria Atual) de onde o arquelogo B.Fagg achou milhares de peas de

    cermicas, entre elas as cabeas de terracota to bem feitas que so consideradas como as

    maravilhosas esculturas das cidades de Il If e Benin.

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    Essa regio firmou-se como rea civilizacional e como mercado de trocas, foram

    redescobertas e rastreadas em suas direes gerais por achados arqueolgicos.

    Trs eram as rotas principais.

    - A rota Leste-Oestevinda das terras do Alto Nilo e do Mroe, at alcanar as nascentes dorio Kebbi, afluente do Rio Niger.

    - A rota Central Norte-Sul,vinda do sul da regio da Feznia, atravessando o Deserto do Saara

    at a regio do Lago Chade e vindo para a regio do mdio Rio Niger.

    - A rota Costeira Norte-Sul, paralela a Costa Oeste Africana, vinda do Sul de Marrocos,

    passando pelo Alto Senegal at o rio Nger.

    Mas a verdade que muito pouco se sabe sobre os primeiros tempos pr-histricos dessa

    regio, exceto pelas lendas dos Reis Ferreiros, as quais se confundem com as lendas do

    aparecimento do Orix Ogum.

    Do sculo III at o Sculo XV estabelecesse um hiato histrico no conhecimento Ocidental

    desse perodo, preenchido em pequenas partes por obras antropolgicas como as de Joseph

    Ki-Zerbo e Cheik Anta Diop, socilogos africanos que se socorrem de antigos textos de

    viajantes rabes, como Al Masudi (Sc. X), Ibn Hawkal (Sc. X), Al Bakri (Sc. XI), Abul Feda

    (Sc. XIV) e Mahmud Kati (Sc. XVI) que descreveram a regio e os povos com suas histrias

    em obras que se tornaram clssicos.

    A Histria Ocidental s reata seus elos com essa regio a partir de 1452, meio sculo antes da

    Descoberta do Brasil, quando os portugueses iniciaram a construo do Forte de Arquim, naspraias da Guin Africana, tendo contato com povos da raa negra islamizados, a quem por

    analogias passadas na Europa, chamaram de Mouros.

    Mas as supostas relaes comerciais logo viraram em escravismo; alguns historiadores da

    poca relatam que:

    ... desde o meado do sculo XV, o Forte de Arquim, na Guin, davapor ano 780 escravos...

    Em 1471, os comerciantes negreiros portugueses Satarm e Escobar, aumentaram

    consideravelmente o trfico de escravos, e em 1483, El Rey D. Joo II mandou construir um

    forte que estava destinado a ser o maior emprio do trfego negreiro internacional, o ForteSo Jorge da Mina.

    Os portugueses foram to bem sucedidos nessa empreitada que essa regio costeira africana

    tornou-se conhecida como a Costa dos Escravos, e todos os escravos passaram a ser

    embarcados da e independentes de sua origem eram denominados como Negros Mina.

    Nunca houve grandes guerras ou rebelies por parte do povo Negro, muito pelo contrrio, os

    portugueses de forma covarde e desumana, dizimavam pequenos povoados, onde viviam

    pessoas pacficas e desprotegidas e com isso obtiveram facilidades, atravs das pseudo-

    converses dos Reinos de Manicongo e Angola.

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    O Ouro Negro era obtido pela troca de produtos agrcolas e comerciais como, sal, tabaco,

    cachaa, etc.

    Porm os portugueses logo foram suplantados neste vergonhoso comrcio pelos ingleses,

    holandeses e logo aps pelos franceses.

    A partir dessas bases costeiras iniciais, alguns aventureiros europeus comearam a explorar os

    territrios interioranos, territrios esses que ainda estavam fora do alcance da artilharia

    europia, assim foi somente no Sculo XVII que os viajantes europeus informaram aos seus

    cartgrafos de suas visitas a uma regio denominada Il Ulkumy, Terra dos Ulkumy, situada na

    regio entre o rio Volta e a confluncia dos Rios Benue-Nger, indo ainda do Oceano Atlntico

    ao Lago Chade.

    , sobretudo pelo seu fortssimo contedo mtico que o incio da formao dessas cidades-

    estados Ulkumy confunde-se com as lendas msticas dos Orixs.

    As de Odduw, rummile onipara a cidade de Il If.

    As de Oxumpara a regio de jx e Ijbu.

    As de Exupara Il If e Ktu.

    As de Oranmyane Xangpara a regio da cidade de y.

    As de Ogumpara a regio de Ekiti, Ir e Ond.

    As de Yemojapara a regio de gb.

    No podemos nos esquecer da precedncia de outras Divindadesanteriores a esses Orixs,

    fundadores mticos de Dinastias, que para isso teremos que nos reportar a eras mais antigas

    do que o tempo do aparecimento da civilizao nessa rea.

    Divindades anteriores que foram assimiladas ao Panteo Divino Ulkumy, tais como xumar,

    Nn Burke Obalaiy, pois j faziam parte da civilizao anterior idade do Ferroe dos

    lendrios Reis-Ferreiros, tanto que os seus rituais so realizados at hoje por sacerdotes srios

    no fazem o uso de instrumentos de ferro.

    Lo Frobenius (1913) deu sua opinio que:

    ... a religio dos Yorub, tal qual se nos apresenta, s gradativamente se tornou homognea.

    Portanto sem sombra de dvidas foi a religio dos Orixs, emanada da Cidade Santa de Il If,

    que representou o alicerce espiritual e cultural que agrupou as cidades-estados Ulkumy que

    no sculo IV comearam a se constituir em federaes de cidades vizinhas e, depois, numa

    grande confederao de cidades-estados de regies diversas, cujos habitantes falavam dialetos

    regionais de uma mesma lngua e partilhavam da mesma cultura e costumes alm da mesma

    religio.

    Como estamos citando um pouco da histria desse maravilhoso e sofrido povo, no poderiadeixar de dizer que ns brasileiros com certeza no estamos isentos de culpa neste terrvel

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    comrcio que foi o trfico negreiro, os proprietrio de frotas de navios, que com santificados

    nomes em suas embarcaes tais como: Nossa Senhora da Piedade, Santo Antnio e almas,

    Nossa Senhora da Ajuda, Bom Jesus do Bom Sucesso, etc. Praticaram o trfico negreiro

    internacional.

    Citando uma das piores criaturas que a nossa histria j viu, Flix de Souza, o maior traficanteindependente de escravos estabelecido na fricajuntamente no feroz Daom, se tornou to

    rico que ficou credor do Oba Adondonzan, do Daome por ele foi atirado masmorra. Mas,

    mesmo assim, tal como grandes traficantes de nossa poca, a influncia de Flix de Souzaera

    tanta que ele estabeleceu um pacto de sangue com o provvel sucessor de Adondonzan, o

    seu sobrinho prncipe Guezo(1818-1858), que o apoiava com muito ouro, homens e armas de

    fogo. Escolheu bem o seu cmplice, aps ser destronado e morto o Oba Adondonzan, Flix de

    Souzatornou-se o Chach de Uidah, ou seja, o Primeiro dos Brancos no maior entreposto de

    escravos do mundo.

    Flix de Souzaque era branco gerou numerosa prole mestia africana que manteve o ttulo deChache o monoplio do trfico negreiro em poder da famlia Souza at a Quarta gerao,

    quando o quinto Chach Souza, J.F. de Souza teve os seus bens confiscados e foi levado

    priso.

    Um dos testemunhos histricos foi feito pelo ento prncipe de Joinville que o descreveu em

    1843 como:

    velhote de pequena estatura, de olhar vivo e feies expressivas, pai de oitenta filhos do

    sexo masculino. No foram contadas as filhas.

    No h como estimar a perda populacional especfica dos Ulkumy, mas, B.E. Worth em sua

    obra History of West Indiescita que segundo estimativas do Padre jesuta Monens:

    ... No mnimo pode-se estimar que foram reduzidos escravido 10 milhes de negros e, sem

    exagerar, tem que se contar por cada um desses negros, cinco outros abatidos em frica ou

    que morreram no caminho ou no mar...

    Os antigos nativos da grande me frica, tambm conhecidos como o povo Yoruba ou Nags,

    viviam em plena harmonia, sem crise econmica e fome, e em pleno equilbrio com a natureza

    e suas crenas, at que guerras (para variar guerras, pelo poder), internas entre tribos, cidades

    e confederaes, a colonizao Islmica e o drstico e cruel trfico negreiro, comearam aretirar a harmonia deste antigo e belo povo, os Yorubas, Nags.

    Suas crenas, costumes e religio, chegaram at nosso pas atravs do que chamamos de

    dispora, que ocorreu atravs do imenso e brbaro trfico negreiro, o ouro negro.

    O povo negro escravizado se espalhou por todo o territrio de nosso pas, misturando-se,

    vieram de vrias regies, muitas vezes eram at de tribos inimigas, adoravam divindades

    diferentes, em frica o culto dos orixsera regional.

    O domnio do negro pela fora foi um grande absurdo Histrico, um ato nada humano,

    diga-se de passagem.

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    A Coroa de Portugal, assim que chegaram os primeiros negros em terras Brasileiras, criou

    uma lei que, no seu primeiro artigo, determinava que, todos os negros deveriam ser batizados

    na religio Catlica e se acaso o batismo no fosse realizado em um prazo de cinco anos, as

    peas como eram chamados os escravos, como se fossem objetos de uso pessoal, deveriam

    ser vendidas e o valor seria revertido a Coroa.

    Havia a tese que a frica era uma terra de maldies, esta tese foi defendida por vrios

    telogos cristos.

    Em vrios Sermes o Padre Antnio Vieira(XI e XXVII), afirma que a frica o inferno onde

    Deus se digna a retirar os condenados, pelo purgatrio da escravido nas Amricas, para

    finalmente alcanarem o paraso, o mesmo padre em sermo ao comentar o texto de So

    Paulo I Cor 12, 13, disse entendo de que os africanos, sendo batizados antes do embarque da

    frica para a Amrica, deviam agradecer a Deus por terem escapado da terra natal, onde

    viviam como pagos entregues ao poder do Diabo...

    Estes no foram os nicos comentrios de telogos da igreja Catlica que no merecem ser

    mais comentados.

    Documentos Histricos relacionados escravido tambm foram queimados, desaparecendo

    muitos registros Histricos.

    Mas vamos voltar ao tpico de nosso assunto que o Culto dos Orixs, pois para nos

    determos mais a fundo na histria deste povo to belo, rico e sofrido teramos que Ter vrias

    aulas apenas sobre esse assunto que at hoje to pesquisado e estudado.

    O Culto dos Orixsficou muito conhecido no Brasil como Candombl, na Grande Me fricaosistema era um pouco mais complexo, tinha uma hierarquia diferente dos Candombls

    praticados hoje no Brasil que recebeu escravos de diversas regies da frica. Os Yrbs

    tinham um conjunto de crenas e prticas religiosas, na Bahia eram chamados de nags, os

    povos Ews, tambm eram conhecidos como Jejes.

    Na atualidade existem quatro tipos de Candombls:

    Naesde: Ket, Jje, Angola, Nag.

    Foi por volta de 1830 que trs negras da costa africana, fundaram o primeiro templo na regio

    da Bahia.

    Extrado da apostila de If Olokun e a Pratica de jogo de Bzios.

    Publicado em nosso site:www.luzholistia.info

    Religies tradicionais africanas

    As religies tradicionais africanas tambm referidas como religies indgenas africanas,

    englobam manifestaes culturais, religiosas e espirituais no continente africano e h uma

    multiplicidade de religies dentro desta categoria.

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    Religies tradicionais africanas envolvem ensinamentos, prticas e rituais, e visam

    compreender o divino. Mesmo dentro de uma mesma comunidade, pode haver pequenas

    diferenas de percepo do sobrenatural. So religies que no foram significativamente

    alteradas pelas religies adotadas mais recentemente (cristianismo, isl, judasmo e outras).

    Estima-se que estas religies sejam seguidas por aproximadamente 100 milhes de pessoas

    em todo territrio africano.

    Os africanos quase sempre reconhecem a existncia de um Deus Supremoou Demiurgoque

    criou o Universo (Olodumare [1], Olorun, If, etc.). Muitas histrias tradicionais Africanas

    falam de como Deusou o filho de Deus, uma vez que viveu entre os homens, mas, quando os

    homens fizeram algo que ofendeu a Deus, o divino retirou-se para os cus.

    Religies tradicionais africanas so definidas em grande parte por linhagens tnicas e tribais,

    como a religio yoruba da frica Ocidental.

    A maioria das Religies tradicionais africanas tem na maior parte de sua existncia, sidotransmitidas oralmente (em vez de escritas). Assim, os peritos lingsticos tais como

    Christopher Ehret [3] e Placide Tempels aplicaram seus conhecimentos de lnguas para

    reconstruir a opinio do ncleo original dos seguidores dessas tradies. As quatro famlias

    lingsticas faladas na frica so: Lnguas afro-asiticas, lnguas Nilo-saarianas, Nger - Congo e

    Lnguas khoisan.

    Adherents.com lista as "Religies tradicionais africana e da dispora" como um "grande

    grupo religioso", estimando cerca de 100 milhes de adeptos. Eles justificam esta listagem

    combinada das religies tradicionais africanas e Dispora africana, bem como a separao da

    categoria genrica "indgenas-primitivas"salientando que "As religies 'indgenas-primitivas'so essencialmente tribais e compostas por povos pr-tecnolgicos."

    Tradies por cada regio da fricaNorte da frica: Mitologia berbere / Mitologia Egpcia (Pr-crist)

    frica Ocidental: Mitologia Akan / Mitologia Ashanti (Gana) / Mitologia Dahomey (Fon) /

    Odinani do povo Igbo (Nigria, Camares) / Mitologia Efik (Nigria, Camares) / Mitologia

    Isoko (Nigria) / Mitologia Yoruba (Nigria, Benin)

    frica Central: Mitologia Bushongo (Congo) / Mitologia Bambuti (Pigmeu) (Congo) / Mitologia

    Lugbara (Congo)

    frica Oriental: Mitologia Akamba (Leste do Qunia) / Mitologia Dinka (Sudo) / Mitologia

    Lotuko (Sudo) / Mitologia Masai (Qunia, Tanznia)

    Sul da frica: Mitologia Khoikhoi / Mitologia Lozi (Zmbia) / Mitologia Tumbuka (Malui) /

    Mitologia Zulu (frica do Sul)

    Religies tradicionais africana na DisporaA Mitologia Africanafoi levada para as Amricas pelos africanos escravizados, as que mais se

    tem notcia so: a mitologia fon daomeana, mitologia yorub, mitologia igbo, mitologia fanti,

    mitologia ashanti, mitologia angola, mitologia congo, mitologia bantu, que mais tarde

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    tornou-se uma mitologia mestia nas religies afro-americanas, religies afro-cubanas,

    religies afro-brasileiras.

    A mitologia fon daomeana que cultua os Vodun no Vodun da frica Ocidental foi para as

    Amricas e Carabas formando assim as religies do Vodou haitiano no Haiti e Repblica

    Dominicana, Regla de Arar em Cuba, o Voodoo nos Estados Unidos, Obeah na Jamaica eTrinidad e Tobago, Wintino Suriname, e o Candombl Jejeno Brasil, todas parte das religies

    afro-americanas

    A mitologia congo mais freqente ser encontrada na dispora africana de diversos pases, na

    Kumina da Jamaica, na Regla de Palo em Cuba, no Voodoo dos Estados Unidos e no

    candombl bantuno Brasil.

    A mais conhecida a dos Orixs mitologia yorub, onde se encontra a gnese de religies

    como a Santeriaou Lukumatravs da Regla de Ocha, Candombl ketue de vrias naes,

    Xang do Nordeste, Batuque, Xamb, Omoloke outras.

    O que a todas comum o ritual aos Nkisis, Orixs e Voduns, o que diverge entre elas a

    maneira de fazer esse culto, as cores das roupas, fio-de-contas e as lnguas utilizadas nas rezas

    e cantigas.

    Zambi- Deus nas naes Angola e Congo Candombl Bantu

    Olorun- Deus na nao Ketu Candombl Ketu

    Mawu- Deusa na nao Jeje Candombl Jeje

    Site: Wikipdia.

    RELIGIO TRADICIONAL AFRICANA E A SOCIEDADE

    Excluso definitivamente da viso de uma inferioridade espiritual assumidade povos africanos por uma reavaliao de uma tradio dinmica viva.Durante sculos, as religies tradicionais africanas foram submetidas mesmainformao falsa, subavaliao e estigmatizao bsicas que foram reservadas econtinuam sendo reservadas para as sociedades, culturas da frica em geral. Esta

    estigmatizao implica em um processo estruturado que ocorre a vrios nveis.Os primeiros e o mais evidentes desses nveis implicam a espcie de representaescomuns da frica, que so baseadas no assim, chamado sentido comum' de pasesocidentais, isto , aqueles contedos cognitivos que so provocados a falar,'automaticamente', cada vez que uma pessoa citada a falar, ou uma pergunta dada feita.Nesse caso, dizendo da frica, uma imagem de um pas belo e extico com a suanatureza e paisagens no manchadas, mas 'inevitavelmente' sofrendo com catstrofesnaturais e humanas: as inundaes, a fome, as guerras, os golpes, etc. que Africanos

    no seriam capazes de dominar, so facilmente evocadas.

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    Esta representao que era repetidamente dirigida s Sociedades Africanas e que sertomado em cima novamente na seguinte questo tem origens remotas e constantemente reforada e assim para falar, atualizada pela convergncia dosmecanismos especficos aos meios de comunicao de massa e a falta doprofissionalismo de muitos operadores de meios de comunicao que esto sempre na

    expectativa de esteretipos fceis e convenientes bem como por estratgias geopolticasa um nvel transnacional, e pela conduta diria de professores, polticos,pesquisadores, conferencistas de universidade, ensastas, pessoas religiosas, agnciastursticas e at de vez em quando ONG de solidariedade e muitos outros atores quemuitas vezes involuntariamente contriburam para promoo de uma imagem dafrica como um pas perpetuamente na preocupao e incapaz de dar-se sem ajudaexterna.A representao da frica como um pas destitudo da sua prpria dimenso

    espiritual profunda ou de uma religio digna do seu nome vai concluir, e at certoponto justificar, este quadro feito de generalizaes infundadas e alterado ou omitiu a

    informao; um quadro que descreve um continente cujos habitantes e as comunidades- pela maior parte considerada ser rural seria entrelaado em um entranadoinextricvel de ritos ancestrais muitas vezes cruis e sangrentos, superstio, crenasabsurdas e infantis e medos atvicos que bloqueiam as suas capacidades pessoais,iniciativa e possibilidades de desenvolvimento.Outro nvel a qual ocorre uma verdadeira estigmatizao na frica, especialmentequanto sua tradio espiritual, aquela da pesquisa cientfica, especificamente comreferncia a cincias humanas e sociais. A histria da pesquisa em povos africanoscomo Brasil Davidson, entre outros, manifestou-se de fato predominante comincompreenso, erros tericos e metodolgicos, e interpretaes conseguidas e inertes

    que apreenderam formas diferentes.Um de esses o Evolucionismo, que define religies tradicionais africanas como aetapa "mais primitiva da evoluo espiritual dos povos, apresentando prticas que eledenomina ironicamente como "animista, "'fetichista", "pag", "totmica", "idoltrica",etc. Isto sem considerar at a asneira clamorosa pelo qual os Africanos foramconsiderados durante sculos serem politestas, enquanto na realidade se consideraque os espritos ou outras entidades s quais as suas religies se referem atuam comointermedirios entre um Deus supremo.Tal aproximao interpretativa implica numa viso mono disciplinar, neste caso o

    exclusivo, e, alm disso, muitas vezes puramente descritivo, o uso de etnologia eantropologia cultural. Isto resultou em fenmenos religiosos africanos, muitas vezessidos trancados atrs de uma espcie de jaula de interpretao e examinados como seeles existissem em um vazio histrico ou, na melhor das hipteses, como sinal daespiritualidade que, embora "autntico", se limita a sobreviver cansadamente nomundo de hoje.Alm do mais, sempre houve uma tendncia comum de interpretar e avaliar religiestradicionais africanas que comeam de um local especfico, ou de prticas, que entoso generalizadas sem uma razo vlida. Este o caso com certos ritos mgicos que,incidentemente, muitas das tais religies so opostas as de figuras como os dos

    fetiches. Algo que ningum sonharia da realizao com outras religies; ningum, porexemplo, definiria a essncia da cristandade pelas prticas devotas excessivas, em

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    direo a um dado santo encontrado em reas rurais ou sem embargo, isto o queaconteceu, e continua acontecendo, quanto a religies tradicionais africanas.Por isso, a pergunta tem de ser feita quanto a se no devemos restabelecer algunscritrios de interpretao bsicos, definidos e compartilhados de religies tradicionais

    africanas, para se recuperar, portanto falar, de sua dignidade moral. O processo dareinterpretao de religies tradicionais africanas comeou como reclamaes de Ejizu,h aproximadamente sessenta anos embora infelizmente demasiadas tarde parainverter o processo enraizado de estigmatizao, tenhamos mencionado quando osprimeiros trabalhos de uma gerao de escritores africanos e eruditos, como Danquah,seguido por Boulaga, Ela, Mbiti e outros. com bons olhos que se v a abundncia de estudos de Web sites atualmente,

    dedicado aos estudos das religies Tradicionais Africanas.Neste sentido, uma fenomenologia inteira existe, pela maior parte encontrada em

    ambientes urbanos, por uma at maior conscincia cultural e por uma busca de umaverdadeira identidade culto religiosa e tambm de alguma forma, por "restaurar" nosomente a moral, mas tambm a dignidade interpretativa das religies TradicionaisAfricanas.Texto traduzido e adaptado por Ifatol -http://www.ifatola.com/

    RELIGIOSIDADE AFRICANA

    A religiosidade africana reconhece a existncia do Deus da Criao, mas no define o deus.O nome de Maasai (Qunia e Tanznia) para o deus, Engai, despercebido,

    desconhecido. Do mesmo modo, entre os Tenda (guinea), esse deus chamadoHounoungaque significa: "o desconhecido". Os povos afirmam que Deus invisvel,

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    que outra maneira de afirmar que no conhece o deus em nenhuma forma fsica.Subseqentemente, em nenhuma parte da frica ns encontramos as imagens ou asrepresentaes fsicas desse deus, criador do universo.No geral, os povos africanos consideram que o universo, est divido em duas pores:o visvel e o invisvel. Os seres humanos vivem no nvel visvel, o deus e os seresespirituais vivem no nvel invisvel. H uma ligao entre os dois mundos. O deuse osseres espirituais que fazem sua presena no nvel fsico; e as pessoas se projetampara o nvel espiritual atravs de deus e os divinizados. A religiosidade africana muito sensvel na questo sobre a dimenso espiritual.Os seres espirituais explicam o "espao antolgico" entre seres humanos e Deus.Estes podem ser reconhecidos de formas diferentes, de que principais so: osdivinizados e espritos. Os divinizados foram criados por Deus, e alguns sotambm personificados de fenmenos e de objetos naturais principais tais comomontanhas, lagos, rios, terremotos, trovo, etc.. Os espritospodem ser consideradosem duas categorias: divinos celestiais(cu) e do mundo. Os espritos "divinos"soaqueles associados com os fenmenos e os objetos "divinos" tais como o sol, asestrelas, cometas, chuva e tempestades. E os "da terra" so em parte aquelesassociados com os fenmenos e os objetos da terra, e em parte aqueles que so daspessoas aps a morte (Egungun).

    Um aspecto da realidade espiritual a presena do poder mstico que permeia ouniverso. E Deus o criador deste poder. A um grau limitado, as pessoas tm acessoa ele, ou, influem em suas vidas.Um aspecto muito forte da religiosidade africana seu monotesmo. De leste a oeste,do norte ao sul da frica, so unnimes em proclamar que h somente:Um Deus, que criador de tudo.

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    Naturalmente ns no podemos dizer como ele . Mas os povos africanos noreconhecem nenhum outro ser da mesma natureza ou o outro igual como se haveria,mais de um deus, seria deusde qualquer outra coisa, outro ser, menos do que odeus e no pode ser chamado Deus Africano, pois a religiosidade no entende aidia que:No poderia ser mais de um deus que fez os homens e a terra, que criou o cu eas montanhas, as guas e a luz, as estrelas e a lua, que ainda cria bebs. Emtodo o argumento, o ato da criao, por exemplo, atribudo ao um deus nosingular, o Deus da CriaoA religiosidade africana tem muito para dizer sobre Deus. O monotesmo africanofocaliza Deuscomo sendo o criador e toda a sustentao eterna de todas as coisas.A opinio na existncia de outros seres espirituais alm de Deus difundida. Foramcriados por Deuse so sujeitos a Deus. Podem ser considerados em duas categorias:aqueles associaram com a natureza e as aquelas que so restos de seres humanosaps a morte. Os espritos da natureza so personificaes de objetos e defenmenos celestes ou da terra: as estrelas, o sol, trovo, chuva e tempestades,montanhas, terremotos, lagos, cachoeiras, e cavernas. Ns indicamos que a morteno aniquila as pessoas. Simplesmente, aps a morte, as pessoas vem em forma deespritos e continuam a viver no mundo em uma vida paralela onde se relacionam emespecial aos membros de sua famlia que onde so citados ainda pelo nome. Algunsdesses espritos so envolvidos na divinizao.A pessoa consiste no corpo e no esprito. A morte entrou no mundo de vriasmaneiras, aps a criao das pessoas. Destri o corpo, mas o esprito continua emuma vida seguinte. Este um elemento muito forte da opinio na religiosidadeafricana.A relao entre a vida e a morte, cultivada de maneiras diferentes, sendo mais forteem algumas sociedades do que outra. Em alguns lugares, os povos pedem que aosmortos que os ajudem fazendo saber de seus pedidos a Deus, com sacrifcios eoferendas, desde que os consideram estarem os mortos mais perto de Deus do quedos seres humanos.A morte para os africanos termina formalmente com os "ritos de passagem"que soobservados em muitas comunidades. Assim como os do nascimento, que do o nomede iniciao, ou da puberdade, do casamento, procriao.

    Os ritos enfatizam um grande papel da comunidade, desde que so uma testemunhapblica que uma pessoa esteve ou est adicionada comunidade visvel e quandomorre eventualmente parte para o mundo invisvel. Confirmando-se ento que essesritos afirmam a identidade e a importncia do indivduo, de sua existncia.

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    O indivduo encontra sua identidade melhor em tudo, com relao a outras pessoas,na famlia, em sua comunidade, e com seus prprios descendentes (fsicos ousociais). Dentro dessa comunidade que ele aprende e experimenta e pratica osvalores morais e espirituais. Estes valores incluem: amor, fraternidade,hospitalidade, o socorro, sustentao, generosidade, compartilhar,respeito (especial aos novos, 'aos mais velhos com os de sangue, osrelacionamentos sociais e da idade), confortando e importando-se com a infncia, comas doenas e tristezas, comemorando sempre e rindo junto. Dessa maneira,compartilham das alegrias e das tristezas. O individualismo tem um papel muitopequeno.A religiosidade propriedade e a prtica da comunidade africana.Texto traduzido e adaptado por Ifatol -http://www.ifatola.com

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