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INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO III Carta aos Hebreus, epistolas gerais e Apocalipse

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INTRODUÇÃO AO NOVO

TESTAMENTO III Carta aos Hebreus, epistolas gerais e Apocalipse

Epistolas Gerais e Apocalipse

2 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

ÍNDICE

Epístola aos Hebreus

Epístola de Tiago

Primeira Epístola de Pedro

Segunda Epístola de Pedro

Primeira Epístola de João

Segunda Epístola de João

Terceira Epístola de João

Epístola de Judas

O Livro de Apocalipses

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EPÍSTOLA AOS HEBREUS

A Epístola aos Hebreus é a décima quarta do Novo Testamento, segundo o arranjo de

nossas Bíblias.

O Autor começa estabelecendo a superioridade do Cristianismo a toda a revelação prévia

possível, devido à dignidade de Cristo, superior a todos os órgãos de revelação anterior, fato esse

que nos vem a advertir de que não se deve desprezar o evangelho. A humilhação de Cristo não se

constitui uma dificuldade, pois, por isso mesmo, Ele se fez nosso Salvador e Sumo Sacerdote.

Ele é superior à dignidade de Moisés. As admoestações de incredulidades feitas na antiga aliança

a Israel são explicáveis contra a incredulidade, a respeito da nova aliança.

Em seguida, a epístola mostra o valor do sacerdócio de Jesus Cristo, explicando a nova

natureza desse sacerdócio, e mostrando o que Cristo fez, e que estava predito o seu ofício

sacerdotal. No Capítulo 6, nos mostra a superioridade de Cristo como sacerdote, tipificando

Melquesedeque, em confronto com o sacerdócio levítico, ab-rogado com todos os seus rituais,

pela excelência do sacerdócio da nova dispensação.

Nos capítulos 8 e 10 o escritor expõe o sacerdócio de Cristo, cujas funções são exercidas

no céu, que, mesmo sendo invisíveis, não deixam de ser, confirma as promessas e supre as

imperfeições do ritual antigo.

Segue nos capítulos 10:19 a 12:29, uma exortação do escritor aos hebreus a viverem suas

vidas em conformidade com as verdades ora ensinadas, sem desfalecer na sua fé, e renovarem

sua confiança em Cristo, descreve os perigos da descrença conseqüente da apostasia, incita-os a

retornar ao seu antigo zelo, mostra-lhes os exemplos dos heróis da fé, e do próprio Jesus,

ordenando-lhes a considerarem as atuais provações como um processo divino, preparatório a

uma gloriosa salvação. Encerrando no capítulo 13, o escritor faz algumas exortações especiais.

Esta epístola é a única em que o título de sacerdote é aplicado a Cristo, porém a

substância desta doutrina encontra-se difundida em todos os outros escritos do Novo Testamento.

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1. Autoria. O autor desta epístola tem sido alvo de muita discussão. Na igreja primitiva,

as opiniões estavam divididas, embora nunca houvesse dúvida quanto a canonicidade e a

inspiração. A igreja primitiva do oriente recebeu-a como sendo de São Paulo, a despeito de não

ter muita semelhança com outras cartas do apóstolo.

O Autor desta epístola usa em suas citações do Antigo Testamento a tradução grega, ao

passo que o apóstolo São Paulo se mostra mais familiarizado com o texto hebraico. Hebreus não

designa seu autor, e não existe unanimidade de tradição em relação à sua identidade. Alguns

sábios destacam algumas evidências que podem indicar uma autoria paulina, enquanto outros

sugerem que um dos colaboradores de Paulo, como Barnabé ou Apolo podem ter escrito o livro.

A especulação provou-se infrutífera, e a melhor conclusão pode ser a de Orígenes, no séc. III,

que declarava que só Deus sabe ao certo quem o escreveu.

2. Data e Lugar. O lugar da composição é desconhecido, a única evidência em relação

ao local em que o livro foi escrito é a saudação enviada pelos “da Itália” (13.24), indicando

talvez que o autor estivesse em Roma ou escrevendo para os cristãos de Roma. Mas é possível

fazer uma estimativa razoável da data. Esta carta já era conhecida no primeiro século, pois é

citada por Clemente de Roma no ano 95 d.C.; além disso, o fato desta epístola não mencionar o

fim do sistema sacrificial do Antigo Testamento e nem a destruição do templo que ocorreu no

ano 70 d.C., indica que esta carta foi escrita antes desta data. Timóteo ainda vivia (13.23), a

perseguição alastrava-se e o antigo sistema judaico estava prestes a ser removido (12.26,27).

Tudo isso pressupõe uma data entre o 65 e 68 d.C.

3. Destinatário. O próprio título já indica para quem foi escrita esta carta. Ela foi

endereçada a uma comunidade de crentes que vieram do judaísmo. Pelo seu conteúdo, vê-se que

foi endereçada aos judeus que haviam abraçado o cristianismo. A ninguém mais se adapta essa a

esses argumentos. Eles estavam em risco de voltar ao judaísmo, pelas influências externas e

oposição social. Os Hebreus cristãos estavam sendo assolados pelos judeus tradicionais a

abandonarem a fé cristã e voltarem à religião dos seus antepassados. O livro parece muito mais

um sermão no qual o autor defende a fé cristã e tenta provar a superioridade de Jesus Cristo e da

fé n’Ele sobre os grandes heróis do Antigo Testamento e suas façanhas. Recomenda que os

leitores prestem atenção e não se desviem do caminho da fé, mas prossigam firmes até o fim.

Mas a região em que estava localizada esta comunidade não poder ser determinada com precisão.

Com base em 13.14 com a declaração “os da Itália vos saúdam” alguns estudiosos sugerem que

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os destinatários de Hebreus provavelmente viviam em Roma. Tal saudação parece sugerir que os

italianos da distante Itália estavam enviando saudações patrióticas.

4. Tema e Propósito. O tema básico de Hebreus se percebe no uso da palavra “melhor”

(1.4; 6.9; 7.7,19,22; 8.6; 9.23; 10.34; 11.16,35,40; 12.24). As palavras “perfeito” e “celestial”

são igualmente proeminentes em descrever a superioridade da pessoa e obra de Cristo. Ele

oferece melhor revelação, posição, sacerdócio, aliança, sacrifício e poder. O escritor desenvolve

este tema com o fim de impedir que os leitores substituam a substância pela sombra,

abandonando o cristianismo e retrocedendo ao antigo sistema judaico.

Para se compreender o propósito de Hebreus é preciso levar em conta o que o autor diz

no término da Epístola: “Rogo-vos ainda, irmãos, que suporteis a presente palavra de

exortação; tanto mais quanto vos escrevi resumidamente” (13.22). O próprio autor afirma então

que escreveu a fim de exortar. Ele não pensava em um tratado abstrato. Seus irmãos em Cristo

precisavam de encorajamento. No começo, eles haviam aceitado a fé e alegremente suportado até

mesmo a perda de todas as coisas. Mas, com o passar do tempo, aquele primeiro entusiasmo

havia desaparecido. A própria esperança estava desvanecendo. Alguns já estavam

negligenciando os cultos (10.25). Havia sinais não só de negligência, mas também de completa e

irrevogável apostasia (6.1-6; 10.26-31). Dessa forma, o apelo sincero do autor é para que seus

leitores sejam dignos de seu passado. Esta epístola foi escrita para exortá-los a cultivar a

maturidade em Cristo e a descartar o embotamento e a degeneração. Este é o motivo de o autor

pôr forte ênfase na doutrina, concentrando-se na cristologia e na soteriologia.

5. Chaves para Hebreus:

5.1. Palavras-chave: Superioridade de Cristo

5.2. Versículos-chave: (4.14-16; 12.1,2)

5.3. Capítulo-chave: (11). Neste capítulo, o autor cita vários heróis do Antigo

Testamento com o propósito de demonstrar o valor da fé cristã. Ele quer mostrar para

aqueles que estão sem esperança e enfrentando perseguições que a fé é o firme

fundamento das coisas que não se veem mais que se esperam, e sem ela é impossível

agradar a Deus. Os crentes antigos passaram por dificuldades, mas todos foram

vitoriosos. Qual é o segrego? A fé. A fé é chave da vitória.

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6. Esboço do conteúdo

Introdução - Jesus Cristo, a mais perfeita revelação de Deus - Cap. 1.1-3

Cristo é superior aos anjos - Caps. 1.4-2.18

Cristo é superior a Moisés e Josué - Caps. 3.1-4.13

Cristo, o Grande Sacerdote eterno - Caps. 4.14-7.28

O acordo feito por meio de Cristo é superior - Caps. 8.1-9.22

O sacrifício de Cristo é superior - Caps. 9.2-10.39

Os heróis da fé - Cap. 11

Conselhos - Cap. 12

Como agradar a Deus - Cap. 13.1-19

Oração e saudações - Cap. 13.20-25

7. Assuntos principais:

A comparação das duas alianças é o foco da Epístola e a abrange a maior parte da mesma

(1.1-10.18). O restante da epístola consiste de encorajamentos à fidelidade e advertência contra a

apostasia (10.19-13.25). Na primeira e maior parte de sua obra, a grande verdade que o autor se

propõe a provar é o sacerdócio de Cristo e suas conseqüências eternas. Para o autor, esse assunto

– e este é o único livro do Novo Testamento que o apresenta – é crucial. De que vale uma

religião que não pode purificar a consciência? De que vale uma religião em que homem fica

sempre de fora, que pela sua própria natureza não pode estabelecer um relacionamento íntimo

entre Deus e o homem? Este foi o resultado, o trágico fracasso do leviticalismo. Mas a própria

falha do antigo Sistema é a força do novo: Jesus Cristo é o acesso pelo qual os homens podem

agora achegar-se a Deus (7.19; 10.21,22).

7.1. Cristo e os profetas. Nos primeiros versículos de abertura (1.1-3), o autor

apresenta a relação de Cristo com os profetas. Ele afirma que Deus falou na verdade

através dos profetas, mas esta revelação da antiguidade era fragmentária e veio de várias

formas. No fim dos tempos, porém, Deus falou através de alguém que tem a posição de

filho; e a palavra falada através dele é completa e final.

7.2. Cristo e os anjos. Cristo é superior aos anjos (1.4-14). Os judeus tinham

muita estima pelos anjos. Eles pensavam nos anjos como seres mais elevados na criação

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de Deus. Eram os intermediários divinamente indicados entre Deus e o homem;

mediante os anjos Moisés recebeu a lei (2.2; At 7.53; Gl 3.19). Mas os anjos, como

mostram algumas passagens do Antigo Testamento, não são rivais para Cristo. Cristo é

superior aos anjos da mesma forma que um filho difere dos servos, que um rei está

acima de seus súditos, que um criador está acima da sua criação. A conclusão deve ser

então no sentido de que a revelação mediada pelos anjos era muito inferior àquela que

veio através de Cristo.

7.3. Cristo e Moisés (3.1-19). O autor se aproxima de Moisés com extremo

cuidado, sabendo quão alta era a estima de cada judeu pelo legislador da antiguidade.

Ele não fala muito de Moisés, mas o apresenta como alguém que se mostrou fiel na casa

de Deus. Todavia, na mesma casa em que Moisés foi fiel como servo, Cristo foi fiel

como filho. Apesar de elogiar a Moisés, o autor o coloca em uma categoria diferente

daquela do filho.

7.4. Cristo e Josué (4.1-13). Cristo é superior a Josué porque verdadeiramente

somente ele pode conduzir o seu povo ao verdadeiro descanso. Josué, na verdade, fez o

povo atravessar o Jordão, mas a terra para a qual os levou não lhes deu descanso. A

implicação é que Cristo é o Salvador maior que Josué, pois pode levar Seu povo ao

descanso final.

7.5. Cristo e Arão (4.14-10.18). Arão foi o primeiro sumo sacerdote do judaísmo.

Como uma figura histórica no Antigo Testamento, ele não foi tão importante, mas como

representante do cargo de sumo sacerdote, ele era muito importante. Para provar, então,

como o velho sistema era inócuo, o autor compara o sacerdócio de Cristo com a da

ordem arônica (4.14-7.28) e o trabalho sacerdotal de Cristo com o da linhagem de

sacerdotes que o tinha precedido (8.1-10.18).

Cristo não é apenas sumo sacerdote, mas também superior aos sacerdotes arônicos. Este

princípio é desenvolvido de várias formas. Um dos requisitos essenciais para o sumo sacerdote é

que seja um homem entre homens, alguém capaz de genuína compaixão e compreensão. Outro

requisito é que ele seja nomeado por Deus para esse cargo. Jesus Cristo de maneira maravilhosa

preenche esses requisitos básicos, tendo compaixão pelos homens sem ser pecador e recebendo

um chamado divino para servir sem tomar para si a honra (5.1-10).

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EPÍSTOLA DE TIAGO

A preocupação de Tiago ao escrever esta epístola é a prática cristã. Para ele o evangelho é

prático. Não é uma filosofia a ser observada, mas, sim, princípios espirituais que devem ser

praticados por todo cristão no dia-a-dia. A fé sem obras não pode ser chamada de fé. Está morta

e uma fé morta é pior que a ausência total de dela. A fé deve ser operosa; deve produzir frutos. A

fé deve converter-se em atos. Por toda esta epístola, Tiago integra a fé genuína e a experiência

prática cotidiana, deixando bem claro que a fé genuína é “operosa”. Ela suporta as provações;

obedece a palavra de Deus; produz bons frutos; não nutre preconceito; domina a língua; age

sabiamente; proporciona poder para resistir ao mal; espera pacientemente pela vinda do Senhor.

Ao invés de especular ou debater sobre teorias religiosas, Tiago direciona seus leitores

para uma vida piedosa. Do Início ao fim, o tom desta carta é imperativo. Em 108 versos, são

dados 54 mandamentos evidentes, e 7 vezes Tiago chama a atenção para suas declarações usando

termos de natureza imperativa. Esse “servo de Deus” (v.1) escreve como alguém

supervisionando outros servos. O resultado é uma declaração da ética cristã que se iguala a

ensinamentos semelhantes de nosso Senhor Jesus Cristo.

1. Autoria. O autor identifica-se somente como Tiago. O nome era bastante comum; e o

NT enumera pelo menos cinco homens com este nome, dois dos quais eram discípulos de Jesus e

um era seu irmão. A tradição atribui o livro ao irmão do Senhor, e não há motivos para

questionamentos. Evidentemente, o escritor era bastante conhecido. E Tiago, o irmão de Jesus,

logo se tornou líder da igreja em Jerusalém (At 12.17; 15.13-21; 21.18; Gl 1.19; 2.9,12). A

linguagem da carta é semelhante à da fala de Tiago em At 15. Aparentemente, Tiago era um

descrente durante o ministério de Jesus (Jo 7.3-5). Uma aparição de Cristo a ele após sua

ressurreição (1Co 15.7) provavelmente o tenha levado a essa conversão; pois ele é enumerado

com os crentes de At 1.14.

2. Data e Lugar. O historiador Judeu Flávio Josefo indica que Tiago foi apedrejado até a

morte por volta de 62 d.C.. Se ele é o autor, a carta foi escrita antes dessa data. O conteúdo do

livro sugere que pode ter sido escrita um pouco antes do concílio da Igreja relatado em At 15,

realizado por volta de 49 dC. Não podemos ser precisos em relação à data. Podemos apenas

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concluir que a carta provavelmente tenha sido escrita entre 48 e 62 dC. e, provavelmente, foi

escrita em Jerusalém.

3. Destinatário. Tiago se destina “às doze tribos que se acham dispersas” (1.1). Mas,

essa expressão "doze tribos" é ambígua. Pois, como sabemos, na época em que foi escrita essa

epístola, já não existia mais as doze tribos de Israel. Com a conquista do Reino do Norte pela

Assíria em 722 a.C., as dez tribos que formavam o Reino do Norte desapareceram. Portanto, a

expressão "doze tribos" deve ser entendida com um símbolo de todos os cristãos, quer sejam

judeus ou não, espalhados no mundo daquela época. Esses cristãos são o novo Israel de Deus.

4. Tema e Propósito. Através de toda a epístola, Tiago desenvolve o tema das

características da fé genuína. Ele efetivamente usa essas características como uma série de testes

com vistas a ajudar seus leitores a avaliar a realidade de sua relação com Cristo. O propósito

desta carta não é doutrinal e nem apologética, e sim, prática, ao tentar desafiar os crentes a

examinar a qualidade de sua vida diária em termo de atitudes e atos. Uma fé genuína produzirá

mudanças reais na conduta e no caráter de uma pessoa, e a ausência de mudança é sintoma de fé

morta.

5. Chaves para Tiago

5.1. Palavras-chave: "A Fé que funciona".

5.2. Versículos-chave: (1.19-22; 2.14-17).

5.3. Capítulo-chave: (1). Uma das mais difíceis áreas da vida cristã é a das

provações e tentações. Tiago revela nossa resposta correta a ambas: às provas, adiciona-

se-lhes toda a alegria; às tentações, compreende-se que sua fonte não é Deus.

6. Esboço do conteúdo

1. Saudação 1.1

2. Religião prática e julgamentos 1.2-18.

(a) Adversidades externas 1.2-12.

(b) Tentações internas 1.13-18.

3. Religião prática e a palavra de Deus 1.19-27.

(a) Escutar a Palavra 1.19-20.

(b) Receber a Palavra 1.21.

(c) Obedecer à Palavra 1.22-27.

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4. Religião prática e relacionamentos humanos 2.1-26.

(a) Parcialidade negativa 2.1-13.

(b) Compaixão positiva 2.14-26.

5. Religião prática e discurso 3.1-18.

6. Religião prática e mundanismo 4.1-12.

7. Religião prática e negócios 4.13-5.6.

8. Apelos finais 5.7-20.

(a) Por paciência 5.7-11.

(b) Por um falar puro 5.12.

(c) Por oração 5.13-18.

(d) Por compaixão 5.19-20.

7. Assuntos principais

7.1. A Tentação. Tiago está interessado na tentação, que, por sua vez, reflete algo

de sua idéia da natureza do homem. Aparentemente, ele estava familiarizado com os

cristãos que evitavam responsabilidade pessoal por seus pecados, jogando a culpa na

situação em que Deus os colocou, e então, de fato, culpando a Deus. Tiago insiste que

Deus não pode ser tentado nem tenta ninguém a pecar. Cada pessoa é tentada quando é

induzida e tentada por seu próprio desejo (1.14). Quando os desejos seduzem e tentam

um homem a se desviar da vontade de Deus, concebe-se o pecado, e a morte é o fim.

Parece claro que, no pensamento de Tiago, o desejo, em si, não é pecaminoso ou mau;

torna-se assim apenas quando o homem é “atraído e engodado” por ele.

7.2. A vida cristã. Tiago tem pouco a dizer sobre a natureza da vida cristã, mas o

que diz é importante. Entramos na vida cristã quando somos gerados “pela palavra da

verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas" (1.18). A palavra,

“como” é comum no Novo Testamento. É o evangelho proclamado. Quando ela é

recebida, quando é “implantada” dentro do coração (1.21), o homem encontra a salvação.

A palavra “ele nos gerou” significa “dar à luz”. Tiago já a havia usado, ao dizer que o

pecado gera a morte (1.15). É uma palavra médica comum, que designa nascimento

físico. Este é o modo de dizer de Tiago o que os outros escritores do NT querem dizer

através de expressões análogas, tais como receber o reino de Deus como criança (Mc.

10.15); nascer de novo (Jo 3.3); ser sepultado e ressuscitado com Cristo (Rm 6.1 ss; Ef

2.1ss); tornar-se uma nova criação (II Co 5.17); e ser regenerado (Tt 3.5). Todas estas

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expressões, inclusive a de Tiago, indicam que uma mudança interior tem que ocorrer, por

meio do Espírito Santo, por meio de Cristo, na vida cristã. Aqueles que assim nascem de

novo e entram para a nova vida torna-se, num sentido especial, o povo de Deus.

Está implícito em Tiago que o crente vive a tensão do “já” e “não ainda”. Pela

vontade divina, nasce-se de novo; e se torna uma das pessoas redimidas de Deus (1.18),

com a palavra de Deus implantada no coração (1.21). Apesar deste fato, o crente está

sujeito tanto à tentação ao pecado de vários tipos como à pressão das provações (1.2),

que podem fazer com que se desvie da fé (5.19); contudo, ele espera a “parousia”

(vinda) de Cristo, quando herdará o Reino de Deus (2.5) e receberá a vida eterna (1.12).

7.3. A Lei. Tiago tem a lei do AT em mente ao discuti-la em sua carta e dar pesos

aos pecados (2.9-11). “Pois qualquer que guardar a lei, mas tropeçar em um só ponto,

tem-se tornado culpado de todos” (2.10). O ponto que Tiago está fazendo é mais

interessante à vista da opinião proeminente de que os pecados sexuais superam todos os

outros. O contexto de toda a discussão de Tiago sobre pecados relativos é o pecado de

lisonjear um incrédulo rico que calha de entrar numa sinagoga cristã (2.1ss), e cobri-lo

de atenção, enquanto um homem obviamente pobre, esfarrapado, é deixado de lado.

Contudo, o conteúdo essencial da lei é resumido em termos cristãos: “Amarás o teu

próximo como a ti mesmo” (2.8). Se uma pessoa realmente cumpre a lei, ela mostrará

amor igual ao pobre e ao rico.

7.4. Fé e Obras. O problema teológico de Tiago está em 2:14ss. A doutrina

paulina sobre justificação tem-na sobre a base da graça mediante a fé sem as obras da lei

(Rm 3.20). Entretanto, Tiago diz: “Que proveito há meus irmãos, se alguém disser que

tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo?... Assim também a fé, se

não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: tu tens fé, e eu tenho obras;

mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”

(2.14-18). Entretanto, embora as palavras sejam semelhantes, os conceitos são bem

diferentes. É provável que Tiago esteja refutando perversões da doutrina paulina, quer

as epístolas paulinas fossem conhecidas ou não. De fato, Paulo e Tiago têm significados

diferentes para as palavras fé e obras. Por fé, Paulo quer dizer a aceitação do evangelho

e submissão pessoal a Jesus. Tiago quer dizer algo diferente: “Crê tu que Deus é um só?

Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem” (2.19). Tiago está usando o

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conceito da fé segundo a asserção rabínica do monoteísmo. A fé, para Paulo, é

confiança pessoal, cordial; para Tiago, é opinião ortodoxa. Além disso, por obras, Paulo

designa os feitos judaicos de obediência formal à Lei, que fornecem ao homem uma

base para a ostentação em suas boas obras. Para Tiago, obras são feitos de amor cristão,

feitos que cumpram a “lei real” do amor ao próximo. Isto está evidente em sua

ilustração de “obras”. Uma palavra complacente a irmãos crentes que estejam passando

por necessidades extremas não é amor; tão somente uma provisão amorosa de suas

necessidades realmente expressa o amor (2.15 s.).

Esta aparente contradição entre Paulo e Tiago se esclarece quando levamos em

consideração que eles estão tratando de problemas opostos. Paulo está combatendo o

legalismo, isto é, uma tendência judaica de buscar a justificação pelas obras da lei.

Contra eles, Paulo enfatiza que a justificação é alcançada somente pela fé (Rm 3-4).

Tiago, por sua vez, está combatendo um grupo que está transformando a fé uma mera

ortodoxia doutrinária, divorciando-a da prática. Contra essa perversão, Tiago enfatiza a

importância das obras, não como meio de salvação, mas como demonstração da

verdadeira fé.

7.5. Escatolgogia. Está claro, no entanto, que Tiago escreve como um cristão a

companheiros cristãos. Jesus é referido como “o Senhor Jesus Cristo” (1.1), e em outro

lugar é chamado de “Senhor da Glória” (2.1). Embora esta seja a expressão cristológica

mais notável na epístola, ela claramente envolve fé na glorificação, isto é, na

ressurreição e ascensão de Jesus, e até em sua deidade. Tiago vive na expectativa dos

últimos dias, um tempo, conclui em que a acumulação de tesouros terrenos será sem

sentido. O retorno iminente (parousia) do Senhor é ainda uma esperança viva (5.7,8);

“Eis que o juiz está à porta” (5.9). Tal esperança argumenta fortemente por uma data

bem antiga. É obviamente na parousia que a salvação será completa, uma experiência

descrita como o recebimento da “coroa da vida” (1.12), a salvação da alma da morte

(5.20), ou a herança do Reino de Deus (2.5). Tais referências de passagem deixam claro

que a escatologia desempenha um importante papel no pensamento de Tiago.

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PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO

A perseguição pode levar você a crescer ou murmurar na vida cristã. Tudo depende de

sua reação. Ao escrever aos crentes que estavam vivendo em meio à perseguição, Pedro lembra-

lhes de suas raízes. Eles nasceram para uma viva esperança, e, por isso, tanto o seu caráter

quanto sua conduta podem estar acima das censuras, quando eles imitam o Santíssimo que os

chamou. O fruto desse caráter aprovado serão ações baseadas na submissão: cidadãos firmes na

lei, empregados obedientes, esposas submissas, esposos amorosos; e amor uns para com os

outros.

1. Autoria. O apóstolo Pedro.

2. Data e Lugar. Esta epístola foi escrita por volta de 64 d.C. De acordo com 5.13, ela

foi escrita da Babilônia, que parece simbolizar Roma, e também não há nenhuma evidência de

que Pedro esteve na Babilônia. Este termo só pode ser usado aqui, simbolizando a cidade de

Roma.

3. Destinatário. Esta epístola foi destinada aos cristãos por toda a Ásia Menor. Conforme

1.1, ela foi endereçada aos “estrangeiros dispersos”, ou mais literalmente, aos “peregrinos da

dispersão”. Isso, associado ao apelo para conservarem seu procedimento “correto entre os

gentios” (2.12), dá a impressão inicial de que os leitores eram de cristãos hebreus. Uma

observação mais nítida, porém, forma a visão oposta, de que a maioria dos crentes era gentílica.

Eles foram chamados das trevas (2.9). E “vós, que outrora não éreis povo, agora sois povo de

Deus” (2.10). E a anterior “vã maneira de viver que por tradição recebeste de vossos pais” era

caracterizada por ignorância e futilidade (1.18; cf. Ef 4.17). Uma vez que não mais se envolvem

em devassidão e idolatria, eles são difamados por seus contemporâneos (4.3,4). Estas descrições

não se ajustam a leitores predominantemente cristãos hebreus. Embora Pedro fosse um apóstolo

destinado aos da circuncisão (Gl 2.9), ele também ministrou aos gentios (At 10.34-48; Gl 2.12),

e uma carta como esta não estaria fora de seu esboço ministerial.

4. Tema e Propósito. O tema básico desta carta é a “reação correta ao sofrimento

cristão”. Sabendo que estes leitores estariam enfrentando mais perseguição do que antes, Pedro

escreveu esta carta com o objetivo de apresentar-lhes uma perspectiva divina destas provações,

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de modo que eles fossem capazes de suportá-las sem vacilar na fé. Eles não deveriam

surpreender-se ante a sua provação, portanto, Aquele que seguiam também sofrera e morrera

(2.21; 3.18; 4.1,12-14). Ao contrário, deveriam considerar um privilégio poderem participar dos

sofrimentos de Cristo. Pedro, portanto, os exorta a estar certos de que suas dificuldades não eram

causadas por seus próprios malfeitos, mas por seu testemunho cristão. Eles não eram os únicos

crentes que sofriam (5.9), e devia reconhecer que Deus traz essas coisas à vida de seus filhos não

como castigo, mas como estímulo ao crescimento à estatura de Cristo.

5. Chaves para 1 Pedro

5.1. Palavras-chave: "Sofrimento por Cristo".

5.2. Versículos-chave: (1.10-12; 4.12,13).

5.3. Capítulo-chave: (4) – o capitulo 4 é central na revelação neotestamentária

acerca de como manipular a perseguição e o sofrimento causados pelo testemunho

daquele que é cristão. O sofrimento de Cristo não é apenas nosso modelo (4.1,2), mas

também devemos regozijar-nos no fato de podermos participar dele (4.12-14).

6. Esboço do conteúdo

1. A salvação do Crente (1.1-2.12).

a) Esperança para o futuro (1.1-4).

b) Provações para o presente (1.5-9).

c) Antecipação no passado (1.10-12).

d) A santificação do crente (1.13-2.12).

2. A submissão do crente (2.13-3.12).

a) Ao governo (2.13-17).

b) Na profissão (2.18-25).

c) Na vida conjugal (3.1-8).

d) Em tudo na vida (3.9-12).

3. O sofrimento do crente (3.13-5.14).

a) Conduta no sofrimento (3.13-17).

b) Exemplo de Cristo no sofrimento (3.18-4.6).

c) Exigências no sofrimento (4.7-19).

d) Ministro do sofrimento (5.1-9).

4. Benção (5.10-14).

Epistolas Gerais e Apocalipse

15 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

7. Assuntos principais

O pensamento teológico de Pedro é desenvolvido a fim de manter viva a esperança da

Igreja em meio ao sofrimento. E isso é, certamente, a experiência mais difícil do crente. Não é de

se admirar que em Pedro encontremos uma vasta lista de imperativos:

Sede santos (1.15); andai em amor (1.17); amai-vos uns aos outros (1.23); desejai

afetuosamente (2.2); honrai a todos (2.17); amai a fraternidade (2.17); temei a Deus (2.17);

honrai o rei (2.17); vós, servos, sujeitai-vos (2.18); vós, mulheres, sede sujeitas (3.1); sede todos

(3.8); não temais (3.14); nem vos turbeis (3.14); santificai (3.15); armai-vos (4.1); sede sóbrios

(4.7); vigiai (4.7); não estranheis (4.12); alegrai-vos (4.13); que nenhum de vós padeça (4.15);

não vos envergonhe (4.16); glorifique a Deus (4.16); sede sujeitos (5.5); revesti-vos (5.5);

humilhai-vos (5.6); sede sóbrios (5.8); vigiai (5.8); resisti ao Diabo (5.9).

7.1. Deus. O crente tem sua segurança em Deus que é vivo, criador,

transcendental e santo, longânimo e gracioso. Ele é nosso Deus e Pai, como também é

Pai de nosso senhor Jesus Cristo. Deus é Juiz e dele devemos nos aproximar com

respeito. Ele é o Deus da ressurreição (1.3,7,15,17,21; 3.20; 3.2; 4.9; 5.10; 3.2).

7.2. Cristo e sua obra. Cristo é Senhor, ressurreto, o servo sofredor. Cristo é

quem faz expiação dos pecados. Ele é o Salvador cósmico, preexistente, Yahweh, Deus

com o Pai e o Espírito Santo, é o instrumento de nossa fé em Deus (1.2,3,21;

2.3,21,22,24; 3.15; 3:21; 3.18-20; 4.6).

7.3. O Espírito Santo. O Espírito Santo foi enviado dos céus como uma possível

referência ao dia de pentecostes (1.2). Ele é a causa da nossa consagração e nos

transforma em uma casa espiritual (1.2; 2.5). Ele repousa sobre os crentes e inspirou os

profetas tanto no AT como no NT (4.14; 1.11).

7.4. Ensinos morais. A purificação da mente, a invocação de Deus, as boas obras,

a retribuição do mal com o bem, as bênçãos advindas dos sofrimentos por causa da

justiça, o prestar contas a Deus (Juiz dos vivos e dos mortos), o humilhar-se sob a mão

de Deus, a abstinência de toda ansiedade, bem como o procedimento correto em família

Epistolas Gerais e Apocalipse

16 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

são temas éticos e morais desenvolvidos por Pedro (1.13, 7; 2.12; 3.9,14; 4.5,14;

5.11,6,7; 3.1-8).

Na relação com as autoridades, será bom testemunho o sujeitar-se a elas (2.11-25).

A sujeição às autoridades é tida como “prática do bem que fará emudecer a ignorância

dos insensatos”. Por sermos livres, devemos ter em mente que a sujeição às autoridades

não é negação dessa liberdade, mas afirmação, pois Deus está acima de todas as

autoridades. Não haveria glória se fôssemos castigados pelas autoridades por pecados

cometidos por nós, mas se somos injustiçados pelas autoridades por causa da nossa

santidade e por causa da prática do bem isso, então, é “grato a Deus”. Esse foi o exemplo

de Cristo (2.21-25).

7.5. A doutrina da igreja. A igreja é o povo de Deus e se forma de judeus e

gentios crentes, reunidos em um corpo (2.10), assumindo títulos que pertenciam ao

povo de Israel (2.9,10). A igreja é um templo espiritual e os crentes são pedras vivas

sendo Cristo a principal pedra. Os crentes são sacerdotes desse templo e oferecem

sacrifícios espirituais. É o rebanho de Deus, tendo Cristo como sumo pastor (2.5; 5.2,4).

7.6. Esperança e vida eterna. Pedro enfatiza estes temas porque lhe servem ao

objetivo de manter de pé a igreja em meio aos sofrimentos. Cristo é o motivo da

esperança dos crentes. Sua volta está próxima, quando virá em glória com grandes

galardões (1.3,7,13; 4:13; 5.1,5; 4.5,17,18).

Epistolas Gerais e Apocalipse

17 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO

A primeira carta de Pedro trata dos problemas externos relacionados às perseguições.

Nesta segunda carta, o foco está nos problemas internos. O intuito do autor é de advertir os

crentes acerca dos falsos mestres que estão tentando prejudicar a doutrina cristã genuína. Ele

começa insistindo com eles para manter estrita vigilância sobre sua vida pessoal. A vida cristã

demanda diligência no cultivo da excelência moral, do conhecimento, do domínio próprio, da

perseverança, da piedade, da fraternidade benigna e do amor altruísta. Ao contrário disto, os

falsos mestres são sensuais, arrogantes, ávidos e cobiçosos. Escarnecia da idéia de um juízo

futuro e se entretiam como se o presente fosse o padrão para o futuro. O autor lembra-lhes de que

embora Deus usasse de longanimidade antes de enviar o seu juízo, por fim ele viria.

1. Autoria. Não há certeza quanto ao autor desta carta, tradicionalmente tem sido aceita a

autoria petrina.

2. Data e Lugar. Se esta carta foi de fato escrita pelo apóstolo Pedro, ela foi escrita antes

de seu martírio (cf. 1.14) que ocorreu entre o ano 64 e 66 d.C. Provavelmente, foi escrita de

Roma.

3. Destinatário. Alguns vêem em 3.1 (“Amados, já é esta a segunda carta que vos

escrevo”) uma referência a 1Pedro. Se este for o caso, Pedro tinha em mente os mesmos leitores

da Ásia Menor, embora a saudação mais geral (1.1) permitisse também destinatários mais

numerosos.

4. Tema e Propósito. O tema básico que percorre 2Pedro é o “contraste entre o

conhecimento e a prática da verdade versus a falsidade”. Esta epístola foi escrita para expor a

perigosa heresia dos falsos mestres e advertir os crentes a colocar-se em guarda contra o

“engano dos homens perversos” (3.17). Também foi escrita para exortar os leitores a crescerem

continuamente na graça e no conhecimento (3.18), porque é através da maturidade espiritual que

eles se tornarão aptos para se defenderem dos falsos mestres e suas heresias. Outro propósito

desta epístola consiste em proporcionar um “lembrete” (1.12,13; 3.1,2) aos leitores acerca dos

elementos fundamentais da vida cristã dos quais eles não devem afastar-se. Isto inclui a certeza

do regresso do Senhor em poder e juízo.

Epistolas Gerais e Apocalipse

18 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

5. Chaves para 2Pedro

5.1. Palavras-chave: "Advertência contra os falsos mestres".

5.2. Versículos-chave: (1.20,21; 3.9-11).

5.3. Capítulo-chave: (1) -

6. Esboço do conteúdo

1. Cultivo do caráter cristão (1.1-21).

a) Saudação (1.1,2).

b) Crescimento em Cristo (1.3-14).

c) Os fundamentos da fé (1.15-21).

2. Condenação dos falsos mestres (2.1-22).

a) Perigo dos falsos mestres (2.1-3).

b) destruição dos falsos mestres (2.4-9).

c) Descrição dos falsos mestres (2.10-22).

3. Confiança no regresso de Cristo (3.1-18).

a) O escárnio dos últimos dias (3.1-7).

b) A manifestação do Dia do Senhor (3.8-10).

c) Maturidade olhando para o Dia do Senhor (3.11-18).

7. Assuntos principais

7.1. A revelação bíblica. De forma surpreendente Pedro mostra a necessidade de

uma base sólida para manter-se a Igreja dentro da vontade de Deus. No seu argumento

contra o gnosticismo, Pedro firma-se na palavra profética e no embasamento apostólico.

O fundamento da Igreja não foi e nem pode ser construído sobre “fábulas

engenhosamente inventadas” (2 Pe 1.15-18), mas, sim, através de testemunhas oculares

que tudo transmitiram pela inspiração do Espírito Santo para servir de base ao povo de

Deus (2 Pe 1.19-21).

“A palavra profética” referida por Pedro provém da Escritura: uma referência ao

AT e ao seu cumprimento no NT. Assim, nenhuma profecia da Escritura é de particular

elucidação, não é fruto da especulação dos homens, não pode ser baseada em pontos de

vistas pessoais, porque “nunca, jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana,

entretanto homens santos falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo”

(1.21). A teologia de Pedro sobre a revelação bíblica não deixa margens para a

Epistolas Gerais e Apocalipse

19 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

especulação gnóstica. Tudo precisa ser conferido com o fundamento registrado na

Escritura, pois ela é como “uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia

clareie e a estrela da alva nasça em vossos corações” (1.19). O mundo é o lugar

tenebroso onde, mesmo de forma ainda não completa, brilha a luz que emana da Escritura

até que o Dia do Senhor chegue.

7.2. A Escatologia

7.2.1. O dia do juízo. Depois de apoderar-se do fundamento da doutrina e fé que

sedimentam a Igreja, Pedro volta-se para mostrar que os falsos mestres não ficarão

impunes. Pedro fala dessa punição relacionando-a ao dia do juízo de Deus. Os falsos

mestres são mercenários como o foi Balaão (2.15,16); são como névoas impelidas por

temporal, isto é, não têm firmeza e vão para onde possam melhor atender seus

interesses, mas para eles está reservada “às trevas” (2.17,18), isto é uma referência ao

inferno, ao castigo a que serão submetidos os ímpios; são libertinos por acharem que o

pecado cometido com o corpo não contamina a alma, assim são imorais e acabam

conduzindo ao abismo àqueles desejosos de se libertarem do pecado (2.18); são

enganadores, mentirosos, mascarados, pois, sendo prisioneiros, se dizem livres (2.19-

22); são adúlteros, avarentos, malditos, místicos (2.13,14); comercializam o evangelho

(2.1,2). A eles está reservado o Dia do Juízo “lavrado há longo tempo” (2.3). O Dia do

Juízo não tarda e Deus não os deixará impunes, pois nem a anjos Deus poupou,

precipitando-os no inferno, no abismo de trevas, reservando-os para o Juízo, o mesmo

juízo a que serão submetidos os falsos mestres, não poupou os infames nos dias de Noé,

reduziu a cinzas Sodoma e Gomorra (2.4-8). O Dia do Juízo será de terror e destruição

para os falsos mestres, mas de salvação para os justos (2.9,10). É impressionante a

arrogância e atrevimento dos falsos mestres, pois os próprios anjos, maiores em força e

poder, respeitam àqueles que eles menosprezam e desrespeitam: as autoridades

superiores e os governos (2.10,11).

O Dia do Juízo é, pois, o dia em que o Senhor exercerá o seu julgamento sobre os

homens e fará justiça conforme a sua justa forma de julgar. Desta maneira, os ímpios

não ficarão sem punição.

7.2.2. A volta de Cristo. Os falsos mestres provocavam a Igreja argüindo-a:

“onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as

Epistolas Gerais e Apocalipse

20 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

cousas permanecem como desde o princípio da criação” (3.4). Isto é, eles duvidavam

da “parousia” (vinda) de Cristo. Assim Pedro, de forma clara, passa a demonstrar o

conceito bíblico da criação do universo para, da mesma forma, profetizar o seu fim. A

terra surgiu da água por intermédio da palavra de Deus e pela água pereceu. E esta

mesma terra e os céus, isto é, o universo, tem sido preservado para o fogo, no Dia do

Juízo, quando os ímpios perecerão (3.5-7). A Igreja nasceu esperando a volta iminente

de Cristo e o seu “retardamento” fez com que a parousia fosse desacreditada, entretanto

Pedro mostra que os tempos de Deus e a sua forma de mensurá-lo é bem diferente da

forma que o fazemos e, por isso mesmo, o Senhor não retarda a sua promessa. A

“demora” de Deus tem base na sua longanimidade, pois “não quer que nenhum se

perca, senão que todos cheguem ao arrependimento” (3.8,9). A escatologia de Pedro

não deixa margem para uma vida eterna numa terra renovada, mas prevê o fim

cosmológico pela explosão e pelo fogo e um novo céu e uma nova terra hão de emergir

onde habita a justiça. Certamente, este dia de Deus que é a mesma coisa que Dia do

Senhor e Dia do Juízo tem seu paralelo escatológico nos outros autores bíblicos. Não

há, pois, razão para duvidar da “parousia” ou achar que ela retarda. Não devem os

crentes relaxar por pensarem que Jesus retarda sua vinda, pelo contrário, devem os

crentes estar empenhados por serem achados em paz, sem mácula e irrepreensíveis

(3.10-16).

Epistolas Gerais e Apocalipse

21 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO

Existem grandes semelhanças entre esta epístola e o Evangelho de João. O tom da

epístola é amigável e paterna, refletindo a autoridade que a idade e o apostolado trazem. O estilo

é informal e pessoal, revelando o relacionamento íntimo do apóstolo com Deus e com o povo de

Deus.

Em primeiro lugar, João ressalta os temas do amor, luz, conhecimento e vida em suas

advertências contra a heresia. Esses elementos repetem-se por toda a carta, sendo o amor a nota

dominante. Possuir amor é evidência clara de que uma pessoa é cristã, e a falta de amor indica

que a pessoa está nas trevas (2.9-11; 3.10-23; 4.7-21). João afirma que Deus é a luz, e a

comunhão com ele faz com que as pessoas caminhem em verdadeira comunhão com outros

crentes. A comunhão com Deus e os irmãos permite que as pessoas reconheçam através da unção

de Deus, a falsa doutrina e o espírito do anticristo.

A comunhão com Deus exige que se caminhe na luz e se obedeça aos mandamentos de Deus

(1.6-7; 2.3,5).

1. Autoria. Embora esta carta seja anônima, seu estilo e vocabulário indicam claramente

que foi escrita pelo autor do Evangelho de João. Evidências internas também apontam João

como o autor, e o antigo testemunho atribui, com unanimidade, a carta a ele. A falta de especial

dedicação e saudação indicam que a carta foi circular, provavelmente enviada à igrejas perto de

Éfeso, onde João passou seus últimos dias.

2. Data e Lugar. O peso de uma tradição antiga e forte sobre João ter passado seus

últimos anos em Éfeso, junto com o fato dos escritos sugerirem que se trata de um produto de um

homem maduro que passou por experiência espiritual profunda, apontam uma data próxima ao

final do século I. Além disso, o caráter da heresia combatida na carta aponta para a mesma

época, cerca de 90 dC.

3. Destinatário. Esta carta foi endereçada às comunidades cristãs da Ásia Menor.

Epistolas Gerais e Apocalipse

22 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

4. Tema e Propósito. João declara ter escrito para dar garantia da vida eterna àqueles que

Crêem “no nome do Filho de Deus (5.13). A incerteza de seus leitores sobre sua condição

espiritual foi causada por um conflito desordenado com os mestres de uma falsa doutrina. João

refere-se ao ensinamento como enganosos (2.26; 3.7) e aos mestres como “falsos profetas” (4.1),

mentirosos (2.22) e anticristos (2.18,22; 4.3). Eles um dia tinham estado com a igreja, mas

tinham se afastado (2.19) e tinha se “levantado no mundo” (4.1) para propagar sua perigosa

heresia.

Heresia era um precursor do gnosticismo do séc. II, que ensinava que a matéria era

essencialmente ruim e o espírito era essencialmente bom. O ponto de vista dualista fez com que

os falsos mestres negassem a encarnação de Cristo e, portanto, a ressurreição. O verdadeiro Deus

os ensinava, nunca poderia habitar um corpo material de carne e sangue. Portanto, o corpo

humano que Jesus supostamente possuiu não era real, mas apenas aparente. João escreveu

vigorosamente contra esse erro (2.22-23; 4.3).

Eles também ensinavam que, como o corpo humano era um simples invólucro para o

espírito interior, e como nada que o copo fizesse poderia afetar o espírito interno, as distinções

éticas pararam de ser relevantes. Portanto, eles não tinham pecado, João responde esse erro com

indignação (2.4,6,15-17; 3.3,7,9-10; 5.18).

“Gnosticismo” é uma palavra derivada do grego gnosis, que significa “conhecimento”.

Mais tarde, os gnósticos ensinavam a salvação através de esclarecimento mental, que acontecia

somente para iniciados da elite espiritual, e não aos cristãos comuns. Em virtude disso, eles

substituíram a fé pelas buscas espirituais e exaltaram a especulação mais do que os dogmas

básicos do evangelho. Mais uma vez, João reagiu energicamente (2.20,27), declarando que não

há revelação particular reservada para alguns poucos intelectuais, e que todo o corpo de crentes

possui a doutrina apostólica.

O objetivo de João ao escrever, então, era expor a heresia dos falsos mestres e confirmar

a fé dos verdadeiros crentes.

5. Chaves para 1 João

6. Esboço do conteúdo

1. Prólogo - a comunhão com Deus é possível por meio do Verbo (1.1-4).

Epistolas Gerais e Apocalipse

23 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

2. Condições e a base da comunhão (1.5-2.17).

(a) A comunhão se dá no perdão e na santidade (1.5-10).

(b) A comunhão é possibilitada pela expiação de Cristo (2.1-6).

(c) Prova e condição de comunhão: a lei do amor (2.7-11).

(d) Comunhão com Deus mediante a separação do mundo (2.12-17).

3. Os falsos mestres (2.18-27).

(a) Têm o espírito do anticristo (2.18-23).

(b) Os verdadeiros crentes são convidados à fidelidade (2.24-27).

4. Os filhos de Deus: advertências e promessas (2.28-3.24).

(a) Suas relações para com a “parousia” (2.28-3.3).

(b) Suas relações para com o diabo (3.4-10).

(c) Como deve viver uns com os outros: Lei do amor fraternal (3.11-24).

5. Os espíritos falsos e o Espírito de Deus (4.1-6).

6. O amor de Deus (4.7-5.12).

(a) É a base do amor mútuo, o vínculo da família divina (4.7-12).

(b) Inspira a nossa confiança (4.13-18).

(c) É a base dos mandamentos (4.19-5.5).

7. Cristo veio por água e sangue e o testemunho do Espírito (5.6-12).

8. Epílogo: afirmações e exortações finais (5.13-21).

7. Assuntos principais

7.1. Cristo. Ele é o Verbo da vida, despenseiro da vida eterna, e essa vida vêm da

parte de Deus (1.1,2). Seu sangue purifica o crente de todo o pecado, e Ele é nosso

advogado justo na presença do Pai. Essa epístola enfatiza tanto a encarnação do Filho de

Deus quanto a sua divindade (2.22; 4.2,3) em refutação à doutrina gnóstica. Jesus Cristo

"veio através da água e do sangue" (5.6); ele era a mesma pessoa indivisível desde o

princípio (seu batismo) até o fim (sua crucificação).

7.2. A comunhão. No Verbo temos a comunhão com a família divina, com o Pai

e com o Filho. E nisso reside nossa alegria (1.3,4). A vida e a comunhão nos vêm por

meio do sacrifício de Cristo (2.1,2) e de sua atuação como nosso advogado. As provas

da comunhão e do conhecimento de Deus são a obediência aos seus mandamentos e o

amor ao próximo (2.3-17).

Epistolas Gerais e Apocalipse

24 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

7.3. O amor. Uma das características joaninas é o amor. Tanto aqui quanto no

Evangelho, o tema do amor é abordado com muita propriedade. O amor é a virtude

suprema exigida da parte dos irmãos. Amamos a Deus somente quando amamos ao

próximo (3.11ss.). O amor cristão se manifesta em atitudes de altruísmo e feitos de

gentileza. Amar ao próximo é, ao mesmo tempo, amar a Deus. A observância dos

mandamentos de Deus é a prova de que o amamos. O maior mandamento divino é que

nos amemos uns aos outros. Deus é amor, e todos quantos são seus filhos genuínos

devem amar. E a demonstração desse amor foi feita na cruz do Calvário, onde Cristo se

entregou por nós. Portanto, devemos imitar a Deus em seu amor, nos sacrificando em

favor dos outros. O amor nos prepara para o dia do juízo. Não tememos aquele dia

porque amamos, e o amor lança fora o medo (4.11-21). O amor ao Pai e o amor ao

mundo são totalmente incompatíveis (2.15-17), e nenhuma pessoa nascida de Cristo tem

o hábito de praticar o pecado (3.9; 5.18).

7.4. Os falsos mestres. Eles mostravam-se corruptos em suas doutrinas e práticas,

e eram amigos do mundo; por isso, desprezavam os verdadeiros crentes (4.1-6). A fim de

testar os espíritos, nos devemos encontrar quem eles reconhecem como salvador e senhor.

Todos os espíritos que não reconhecem que Jesus é Deus em carne não são de Deus (v.3).

Epistolas Gerais e Apocalipse

25 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

SEGUNDA EPÍSTOLA DE JOÃO

A primeira carta de João foi endereçada a um grupo de irmãos que estavam sofrendo

influências de falsos mestres. A segunda é endereçada a uma senhora eleita e seus filhos que

também estão passando por tentações semelhantes. Na preocupação de preservar a igreja pura e

livre de heresias, o autor exorta os irmãos a não receber em casa nenhuma pessoa que não

professe a verdadeira fé cristã, escreve ele: "Se alguém vem ter convosco, e não traz esta

doutrina, não recebei em vossa casa, nem lhes deis as boas-vindas" (v.10).

1. Autoria. O autor se identifica como o "ancião" (presbítero). A similaridade de estilo,

vocabulário, estrutura e método entre 2 e 3 João, bem como com 1 João e o Quarto Evangelho

são fortes evidências de que estas cartas foram escritas pelo Apóstolo João.

2. Data e lugar. Esta carta foi escrita por volta do ano 90 d.C., provavelmente em Éfeso.

3. Destinatário. Há algumas dificuldades em identificar os leitores desta carta, pois a

frase "a senhora eleita e seus filhos" (v.1) tem um sentido ambíguo. Muitos estudiosos veem aqui

uma figura de linguagem, a expressão "senhora eleita" refere-se a uma igreja local. Pelo texto

podemos concluir que os leitores eram bem conhecidos de João e provavelmente viviam na

província da Ásia, não distante de Éfeso. Se considerarmos o ponto de vista figurado, "os filhos

de tua irmã eleita" (v.13) se refere aos membros de uma igreja irmã.

4. Tema e propósito. O tema básico desta pequena carta é "firmeza na prática e pureza

da doutrina apostólica" que os crentes tinham ouvido desde o princípio (v.6). João escreveu esta

carta como um lembrete para que eles continuassem andando em obediência ao mandamento de

Deus de amor recíproco (exortação prática vv. 4-6). Escreveu também como advertência para

que não se associassem nem recebessem os que não reconhecem a verdade acerca de Jesus Cristo

(exortação doutrinária vv. 7-11).

5. Chaves para 2 João

5.1. Palavras-chave: "Evitar os falsos mestres".

5.2. Versículos-chave: (9,10).

Epistolas Gerais e Apocalipse

26 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

6. Esboço do conteúdo

1. Persistência nos mandamentos de Deus (1-6).

(a) Saudação (1-3).

(b) Andar na verdade (4).

(c) Andar em amor (5,6).

2. Os falsos mestres (7-13).

(a) Doutrina dos falsos mestres (7-9).

(b) Os crentes devem evitar os falsos mestres (10,11).

(c) Bênção (12,13).

7. Assuntos principais

7.1. Sobre o amor. Os cristãos são incentivados a amarem uns aos outros e a

obedecerem, dessa forma, aos mandamentos de Deus. Esse é o mandamento que foi

dado à igreja de Jesus Cristo desde o início.

7.2. Os falsos mestres e as heresias. A igreja é também advertida contra os falsos

mestres, que negam que Jesus Cristo era verdadeiro homem. Eles são denominados de o

anticristo. Falsos mestres e heresias são assuntos que a igreja de hoje deve levar a sério.

Pois, assim como acontecia nos dias de João, os falsos mestres procuram perverter a fé

dos cristãos com suas heresias.

Epistolas Gerais e Apocalipse

27 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO

Na primeira epístola, o apóstolo João fala sobre a comunhão com Deus; na segunda ele

orienta os irmãos evitarem os falsos mestres; nessa terceira, ele estimula a comunhão entre os

irmãos. Ele expressa sua alegria pelo fato de seu irmão Gaio continuar firme na fé e agir como

um verdadeiro cristão: andando no amor e na verdade. Por outro lado, João não pode elogiar

Diótrefes, pois as atitudes dele são reprováveis. Ele tem permitido que a soberba substitua o

amor em sua vida. Por isso, rejeita até mesmo as palavras de correção de João. Há um contraste

muito grande entre a vida de Gaio e a de Diótrefes, enquanto aquele permaneceu fiel aos

mandamentos de Deus, este, por sua vez, tornou-se infiel.

Todos nós sabemos de problemas que acontecem na igreja envolvendo liderança. Alguns

se acham mais importantes e mais espirituais que outros e passam a agirem com imponência,

desconsiderando os demais irmãos, e, pior ainda, deixando de lado o principal mandamento: o

amor ao próximo. Nessa breve carta, João orienta a Gaio como um verdadeiro servo de Deus

deve agir dentro da igreja.

1. Autoria. O apóstolo João.

2. Data e lugar. Esta carta foi escrita por volta do ano 90 d.C., provavelmente em Éfeso.

3. Destinatário. Esta carta foi endereçada ao irmão e amigo Gaio. Gaio era um nome

comum no Império Romano, e três outros homens com este mesmo nome são mencionados no

NT: (1) Gaio, um dos companheiros intinerantes de Paulo naturais da Macedônia (At 19.29); (2)

Gaio de Derbe (At 20.4); e (3) Gaio, hospedeiro de Paulo em Corinto, um dos poucos coríntios

que Paulo batizou (Rm 16.23; 1Co 1.14). O Gaio de 3 João evidentemente vivia na Ásia, e é

melhor distingui-lo destes outros homens.

João escreveu esta carta, provavelmente, depois de receber o relatório de alguns dos

missionários (chamados irmãos), que teriam regressado e informado a ele sobre a hospitalidade

de Gaio e da hostilidade de Diótrefes. O arrogante Diótrefes assumiu a direção de uma igreja.

Difamou a autoridade de João e rejeitou os mensageiros enviados por João, expulsando aqueles

que em sua igreja desejavam recebê-los.

Epistolas Gerais e Apocalipse

28 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

4. Tema e propósito. O tema básico desta carta é o contraste entre a verdade e o serviço

de Gaio e o erro e o egoísmo de Diótrefes. Ao escrever esta carta, João tinha alguns propósitos

específicos:

Elogiar Gaio por seu apego à verdade e por sua hospitalidade aos emissários enviados

por João (1-6a);

Estimular Gaio a prosseguir em seu apoio a estes irmãos (6b-8);

Repreender Diótrefes por sua arrogância e má conduta (9-11);

Expressar uma recomendação por Demétrio (12);

Informar a Gaio sob sua intenção de visitá-lo (10a,13,14).

5. Chaves para 3 João

5.1. Palavras-chave: "Comunhão com os irmãos".

5.2. Versículo-chave: (11) - "Amado, não imites o mal, mas o bem. Quem faz o

bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus".

6. Esboço do conteúdo

1. Recomendação de Gaio (1-8).

(a) Saudação (1).

(b) Piedade de Gaio (2-4).

(c) Generosidade de Gaio (5-8).

2. Repreensão a Diótrefes (9-14).

(a) Arrogância de Diótrefes (9-11).

(b) Elogio a Demétrio (12).

(c) Bênção (13,14).

Epistolas Gerais e Apocalipse

29 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

EPÍSTOLA DE JUDAS

Esta epístola está entre os textos mais breves do NT. Talvez uma das epístolas menos lida

pelos cristãos. Apesar de sua brevidade, ela contém uma mensagem clara e objetiva a respeito da

fé cristã e de como essa fé pode ser pervertida pelos falsos mestres. A princípio, parece que o

autor pretendia dissertar sobre o tema da salvação em Cristo e da simplicidade da mensagem do

evangelho. Mas, por causa das ameaças dos falsos mestres de induzirem os cristãos ao erro e de

destruir a mensagem do evangelho, ele se voltou para esta questão controvertida e procurou

defender a fé apostólica. Essa defesa se fazia necessária por causa do avanço desses falsos

mestres e seus ensinos sobre a igreja. Os cristãos não devem aceitar tais ensinos, pelo contrário,

devem "pelejar pela fé que de uma fez para sempre foi entregue aos santos" (v.3). "Quando a

apostasia desponta, quando os falsos mestres emergem, quando a verdade de Deus sofre

violência, então é tempo de batalhar pela fé. Somente os cristãos em condição espiritual têm

como responder à convocação. O perigo é real. Os falsos mestres se introduzem na igreja,

convertendo a graça de Deus em licenciosidade, a fim de fazerem o que lhes agrada" (Wilkinson

p. 545). Mas esses falsos mestres não ficarão impunes, pois, assim como Deus não deixou não os

anjos rebeldes, os habitantes de Sodoma e Gomorra, também trará juízo sobre eles. Os cristãos

devem permanecer firmes porque Deus é poderoso para guardá-los de tropeçar (v. 24).

1. Autoria. O autor se identifica como "servo de Jesus Cristo", e irmão de Tiago (v.1). A

referência que ele faz aos apóstolos no v. 17 nos leva deduzir que ele não fazia parte do quadro

dos apóstolos. Na igreja primitiva só havia um Tiago que poderia ser referido dessa maneira,

Tiago o irmão Senhor (conforme é chamado em Gl 1.19). Isto nos leva a entender que se trata de

Judas irmão do Senhor que aparece em Mt 13.55 e Mc 6.3 como autor desta epístola. Tiago, seu

irmão mais velho foi o famoso líder na igreja em Jerusalém (At 15.13-21). Como seus irmãos,

Judas não creu em Jesus antes da ressurreição (Jo 7.1-9; At 1.14). O Judas de At 15.22,32 pode

também se referir ao Judas irmão do Senhor.

2. Data e lugar. Foi escrita entre os anos 70 e 80 d.C.; quanto ao local em que esta

epístola foi escrita, não há como identificá-lo.

3. Destinatário. O discurso geral de Judas não destaca nenhum círculo particular de

leitores, e não existem restrições geográficas. Entretanto, ele provavelmente tinha em mente uma

Epistolas Gerais e Apocalipse

30 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

região específica que estava sendo perturbada pelos falsos mestres. Apóstatas que rejeitavam a

Cristo na prática e em princípio. Esses libertinos soberbos eram especialmente perigosos por

causa de sua enganosa adulação (v.16) e infiltração nas reuniões cristãs (v.12). Eles pervertiam a

graça de Deus (v.4) e provocavam divisões na igreja (v.19).

4. Tema e propósito. A preocupação básica dessa epístola é a ameaça que os falsos

mestres com suas heresias e a reação dos crentes em relação à ameaça. Examinado o conteúdo da

epístola podemos extrair dois propósitos: (1) desmascarar e condenar os falsos mestres que

perturbavam a igreja e pervertiam a fé; (2) aconselhar e motivar aos irmãos continuarem firmes

na fé e a batalharem contra os falsos mestres, crescendo cada vez mais na fé e na verdade.

5. Chaves para Judas

5.1. Palavras-chave: "Luta pela fé".

5.2. Versículo-chave: (3) - "Amados, enquanto eu empregava toda diligência para

escrever-nos acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever,

exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos".

6. Esboço do conteúdo

1. Propósito de Judas (1-4).

2. Descrição dos falsos mestres (5-16).

(a) Juízo passado sobre os falsos mestres (5-7).

(b) Características dos falsos mestres (8-13).

(c) Juízo futuro sobre os falsos mestres (14-16).

3. Defesa contra os falsos mestres (17-23).

4. Doxologia (24,25).

7. Assuntos principais

7.1. A defesa da fé. O falso ensino deve ser desmascarado; não suficiente exibir a

verdade paralelamente na expectativa que todos reconhecerão a verdade. A refutação do

erro é um correlativo essencial da defesa da fé "que uma vez por todas, foi entregue aos

santos".

7.2. Citações apócrifas. Judas faz uma surpreendente série de referências a

personagens e eventos do Antigo Testamento. Muitos, porém, se preocupam com seu

Epistolas Gerais e Apocalipse

31 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

evidente uso de dois livros pseudônimos do primeiro século. O versículo 9 faz uma

alusão à Ascensão de Moisés; e os versículos 14,15 claramente fazem citação do Livro

de Enoque (1.9). Isto, porém, não significa que Judas estivesse com isso afirmando a

autenticidade desses livros, pois ambos são considerados apócrifos. Ele os usa apenas

como ilustração de seus argumentos contra os falsos mestres, assim como Paulo citou os

pensadores gregos Arato (At 17.28), Menander (1Co 15.33) e Epimênedes (Tt 1.12).

7.3. A semelhança entre Judas e 2 Pedro. A forte semelhança entre 2Pe 2.1-3.4

e os versículos 4-18 de Judas dificilmente seria coincidência, mas as diferenças

igualmente óbvias sugerem a possibilidade de que uma é meramente a cópia da outra.

De acordo com muitos estudiosos, Judas provavelmente citou em sua carta parte da

segunda carta de Pedro. Ao comparar as duas cartas podemos perceber, em primeiro

lugar, que 2 Pedro antecipa o futuro surgimento de mestres apóstatas (2 Pe 2.1,2; 3.3),

enquanto Judas registra o cumprimento histórico das palavras de Pedro (Jd

4,11,12,17,18). Em segundo lugar, Judas diretamente cita 2 Pe 3.3 e a reconhece como

uma citação dos apóstolos (cf. 1Tm 4.1; 2Tm 3.1).

Epistolas Gerais e Apocalipse

32 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

O LIVRO DE APOCALIPSE

O Apocalipse é o último livro da Bíblia. Para a maioria dos cristãos, o mais difícil de ser

entendido, pois ele contém muitos símbolos que não se usa em nossos dias, o que dificulta a sua

interpretação. Alguns evitam até mesmo lê-lo, outros têm até medo deste livro. Este livro é uma

revelação de Jesus Cristo à igreja, mostrando para ela o que há de acontecer nos finais do tempo.

O termo Apocalipse é uma transliteração do grego e significa "revelação, desvelamento

ou tirar o véu". Este livro, portanto, é uma mensagem reveladora. O autor procura revelar o

mistério (10.7) do que está acontecendo e do que vai acontecer. Deus está e continuará agindo na

história, julgando e destruindo o mal, para implantar definitivamente o Seu Reino entre os

homens.

"Assim, como Gênesis é o livro do começo, Apocalipse é o livro da consumação. Nele, o

programa divino de redenção é manifesto, e o santo nome de Deus é vindicado diante de toda a

criação. Embora haja numerosas profecias nos Evangelhos e nas epístolas, Apocalipse é o único

livro neotestamentário que focaliza primordialmente os eventos proféticos. Apocalipse focaliza

as visões e os símbolos do Cristo ressurreto, o único que tem autoridade para julgar a terra,

recriá-la e governá-la com justiça" (Wilkinson p. 552).

1. Autoria. O autor deste livro é, provavelmente, João, o apóstolo que também escreveu

o evangelho. Todavia, há muitos estudiosos que opinam que outro João escreveu o livro. O autor

se descreve como servo de Deus (1.1), como um dos profetas (22.9) e como irmão vosso e

companheiro na tribulação (1.9).

2. Data e lugar. O local é a Ilha de Patmos. Por causa da Palavra de Deus e do

testemunho de Jesus, João foi levado para essa ilha (1.9). Patmos era uma ilha que ficava a 53

Km afastado da costa sudoeste da Ásia Menor. A Ilha tem cerca de 13 km de comprimento e 6

de largura. Era uma ilha rochosa, e por seu aspecto triste, foi transformada em uma detenção, por

ordem do imperador (Domiciano). João foi banido para essa ilha, onde escreveu esse livro. Tem

sido sugerido que a paisagem de suas agrestes colinas vulcânicas e mares circundantes tiveram

seu reflexo no simbolismo desse livro (Douglas p. 1213).

Epistolas Gerais e Apocalipse

33 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

O imperador César Domiciano Augusto Germânico reinou entre 81-96 d.C. Durante seu

reinado houve grande perseguição contra a igreja. Ele exigia ser chamado de senhor e deus

(dominus et deus). As perseguições ordenadas por ele provavelmente serviram de pano de fundo

para a redação do livro, como encorajamento para os cristãos (House p. 63).

Sendo, pois, que a perseguição promovida por Domiciano foi no final de seu reinado,

podemos conjecturar a data de composição do Apocalipse entre o ano 95 e 96 d.C.

3. Destinatário. Este livro foi enviado às sete igrejas da província romana da Ásia (hoje

atual Turquia), (1.3,11; 2-3). Trata-se, de fato, de sete comunidades cristãs, cuja metrópole era

Éfeso. Por causa do número "sete", que tem o sentido de plenitude, pode se pensar que o autor

visava não algumas comunidades particulares, por ele especialmente conhecidas, mas toda a

igreja.

Este livro, obviamente, foi escrito num período de intensa perseguição contra a igreja, um

período de crise, muitos cristãos perderam a vida (6.9-11). A primeira perseguição severa contra

a igreja ocorreu no reinado do imperador Nero (65-70), é nessa época que Pedro e Paulo

morreram. A segunda perseguição foi promovida por Domiciano (90-96), foi nessa época, como

já vimos, que João foi exilado em Patmos. Essas perseguições provocaram dúvidas nos cristãos

sobre a realidade do Reino de Deus, o valor da morte de Cristo e o triunfo do Ressuscitado sobre

as forças do mal.

O que levou a Domiciano perseguir severamente os cristãos foi o fato dos judeus terem

recusado pagar um imposto público criado para o sustento de Capitolinus Jupiter. Por serem

identificados com os judeus, os cristãos também sofreram a fúria do imperador (Cairns p. 74).

O culto aos imperadores falecidos tinha sido praticado durante anos, mas foi Domiciano o

primeiro imperador a exigir o culto ainda vivo; os cristãos, todavia, recusaram este tipo de

idolatria, suscitando ainda mais a fúria do imperador.

4. Tema e propósito. O tema deste livro é "revelação do que há de acontecer". O

propósito é confortar os cristãos perseguidos e exortá-los a permanecerem firmes no Senhor. O

autor quer reafirmar a certeza da vitória de Cristo e trazer uma mensagem de esperança para os

perseguidos, o Evangelho eterno (14.6) válido para todos os tempos. Os cristãos enfrentavam

Epistolas Gerais e Apocalipse

34 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

tenebrosa perseguição, e tempo ainda piores se seguiriam. Portanto, precisavam ser encorajados

a perseverar, permanecendo firmes em Cristo em vista do plano divino para os justos e os

ímpios. Este plano é essencialmente claro nas estimulantes palavras do epílogo (22.6-21). O livro

também escrito com o propósito de desafiar os cristãos complacentes a quebrar seu

comprometimento com o mundo. Apocalipse serve também ao propósito adicional de fornecer

uma perspectiva sobre os eventos do fim dos tempos que teriam significado e relevância para a

vida espiritual de todas as gerações cristãs posteriores (Wilkinson p. 556).

5. Chaves para Apocalipse

5.1. Palavras-chave: "Revelação de Jesus Cristo".

5.2. Versículos-chave: (1.19; 19.11-15) -

5.3. Capítulos-chave: (19-22). Estes capítulos revelam os planos de Deus para os últimos

dias e para toda a eternidade.

6. Esboço do conteúdo

As coisas que vistes (1.1-20)

1. Introdução (1.1-8).

2. Revelação de Cristo (1.9-20).

As coisas que são (2.1-3.22)

1. Mensagens às sete igrejas (2.1-3.22).

(a) Mensagem a Éfeso (2.1-7).

(b) Mensagem a Esmirna (2.8-11).

(c) Mensagem a Pérgamo (2.12-17).

(d) Mensagem a Tiatira (2.18-29).

(e) Mensagem a Sardes (3.1-6).

(f) Mensagem a Filadélfia (3.7-11).

(g) Mensagem a Laodicéia (3.14-22).

As coisas que sucederão depois destas (4.1-22.21)

1. A pessoa do Juiz (4.1-5.14).

(a) O trono de Deus (4.1-11).

(b) O livro selado (5.1-14).

2. Profecias sobre a tribulação (6.1-19.6).

Epistolas Gerais e Apocalipse

35 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

(a) Os sete selos (6.1-8.5).

(b) As sete trombetas (8.6-11.19).

(c) A mulher e o dragão (12.1-18).

(e) A besta que emerge do mar (13.1-10).

(f) A besta que emerge da terra (12.11-18).

(g) O Cordeiro e os seus remidos (14.1-20).

(h) As sete taças do juízo (15.1-19.6)

(i) Ruína da grande meretriz (17.1-18).

(j) Ruína da Babilônia, a Grande (18.1-19.6).

3. Profecias da segunda vinda (19.7-21).

(a) Ceia nupcial do Cordeiro (19.7-10).

(b) Segunda vinda de Cristo (19.11-21).

4. Profecias do Milênio (20.1-15).

(a) Satanás é preso por mil anos (20.1-3).

(b) Os santos reinam mil anos (20.4-6).

(c) Satanás é solto e lidera a rebelião (20.7-9).

(d) Satanás é atormentado para sempre (20.10).

(e) O juízo do Grande Trono Branco (20.11-15).

5. Profecias do estado eterno (21.1-22.5).

(a) Novo céu e nova terra (21.1).

(b) a nova Jerusalém (21.2-8).

(c) descrição d a nova Jerusalém (21.9-22.5).

6. Conclusão (22.6-21).

7. Assuntos principais

7.1. Cristo. Ele é chamado Jesus Cristo (1.1), a testemunha fiel, o primogênito

entre os mortos, o soberano entre os reis da terra (1.5), o Primeiro e o Último (1.17),

Aquele que vive (1.8), o Filho de Deus (2.28), santo e verdadeiro (3.7), o Amém, o

Princípio da criação de Deus (3.14), o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi (5.5),

Cordeiro (5.6), fiel e verdadeiro (19.11), a Palavra de Deus (19.130, Rei dos reis e

Senhor dos senhores (19.16), Alfa e Ômega (22.13), a Brilhante Estrela da manhã

(22.16) e o Senhor Jesus Cristo).

Epistolas Gerais e Apocalipse

36 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

7.2. As sete igrejas. As sete cartas endereçadas para essas igrejas constituem

exclusivamente das próprias palavras de Cristo; foram ditadas do céu, depois que ele foi

ressuscitado e glorificado. Elas são recados diretos aos anjos (pastores) das igrejas.

Através de João, Jesus apela ao povo de Deus para deixar seu comodismo e pecado. As

igrejas devem se arrepender, vigiar e realmente se aprontarem para o Dia do Senhor.

Essas cartas se caracterizam por uma chamada à santidade juntamente com elogios pelo

alto padrão de vida cristã que algumas igrejas e indivíduos apresentam.

AS SETE IGREJAS E AS MENSAGENS DIRIGIDAS A ELAS - Ap 2-3

IGREJAS

ÉFESO - 2.1-7

A igreja ortodoxa

Como Jesus se

revelou v.1: Ele é

Aquele que tem as

sete estrelas

(pastores) nas mãos

e anda entre os sete

candelabros. Ele

está presente na

igreja.

ESMIRNA - 2.8-

11

A Igreja pobre,

porém rica.

Jesus se revelou

como o primeiro e

o último. O que

morreu e tornou a

viver, o ressurreto.

PÉRGAMO -

2.12-17

A igreja em um

mal ambiente.

Jesus se revela

como Aquele que

tem a espada

afiada de dois

gumes demonstra

julgamento severo.

TIATIRA 2.28-28

A igreja da

profetiza imoral

Jesus se revelou

como o Filho de

Deus, cujos olhos

são como chama

de fogo e os pés

como bronze

reluzente.

SARDES - 3.1-6.

A igreja

moribunda.

Jesus se revela

como aquele que

tem os sete

Espíritos de Deus

(o Espírito Santo

em sua plenitude

Is 11.2; 61.1) e as

sete estrelas.

FILADÉLFIA -

3.7-13.

A igreja fraca mais

leal.

Jesus se revela

como aquele é

verdadeiro e santo,

que tem a chave de

Davi.

Autoridade para

abrir e fechar.

LAODICÉIA

3.14-22.

A igreja rica,

porém pobre.

Jesus se revela

como o amém, a

testemunha fiel e

verdadeira, o

soberano da

criação de Deus.

VIRTUDES

Boas obras,

paciência, doutrina

sadia, disciplina na

igreja, ódio ao mal

(2.3)

Constância

espiritual, tesouro

celestial - 2.9,10.

Perseverança

apesar do mal

ambiente - 2.13

Perseverança

apesar do mal

ambiente (2.19)

Nenhuma, para a

maioria de seus

membros. Alguns

são louvados pela

sua pureza (3.4).

Guardar fielmente

a palavra e o

testemunho (3.8).

Nenhuma

PECADOS

Perda do amor,

reincidência (recair)

Nenhum registrado

Tolerância de

doutrinas heréticas

2.14,15

Pouca disciplina,

tolerância de uma

profetiza corrupta

(20-23)

Formalismo

extremo, morte

espiritual, inati-

vidade (3.1).

Nenhum

Tibieza (indolên-

cia), arrogância

espiritual, in-

consciência de

suas necessida-des

(3.15-17).

PROMESSAS

Alimento espiritual A coroa da vida,

2.10, não sofrerá

nenhum dano da

segunda morte,

2.11

Bênção espiritual

escondida,

alimento divino,

um novo nome -

2.17.

Autoridade

espiritual e

iluminação (26-

28).

Um manto de

justiça, registro de

conhecime-nto

celestial (3.5).

Converter-se em

colunas espirituais,

levar uma

inscrição divina

(3.12).

Companheirismo

divino,

entronização

divina.

APLICAÇÕES

Igrejas ativas, que

enfatizam em

demasia a ortodoxia

mas carecem de

fervor espiritual.

Igrejas

missionárias e

outras que

padecem

perseguição.

Igrejas sustentadas

pelo governo que

não se levanta

contra as heresias

e corrupção.

Desenvolvimento

de numerosas

seitas. Igrejas

descompromis-

sadas com as

verdades das

Escrituras

Sagradas (2Tm

4.2-4).

Igrejas que

apresentam

um formalismo

crescente, declínio

espiritual.

Igrejas verda-

deiramente

espirituais.

Igrejas munda-nas

populares,

satisfeitas consi-go

própria.

Igrejas que ade-

riram à teologia da

prosperidade em

detrimento do

evangelho

genuíno.

7.3. Os sete selos.

Epistolas Gerais e Apocalipse

38 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

SELOS SIGNIFICADOS

1º Selo: O cavalo

branco - 6.1,2

Pode ser uma referência a Ap 19.11-21. Este cavalo representa a presença de Cristo dirigindo seus servos que proclamam o evangelho ao

mundo (cf. Mt 24.14; 28.20; Mc 13.10). A cor branca e a conquista definitiva do guerreiro, sugere que é isso que representa este selo. Mas

alguns estudiosos acham que este selo representa o julgamento sobre a terra, paralelamente aos outros três cavalos. (Para mais informações

veja LADD, Apocalipse, introdução e comentário).

2º Selo: Um cavalo

vermelho - 6.3,4

O cavalo vermelho representa a força destrutiva, violência e guerra. O propósito aqui é tirar a paz do mundo. Diz respeito a condições

caóticas em geral. Normalmente, deve-se notar que a paz almejada pelos homens não será alcançada até a vinda do príncipe da paz e o

estabelecimento de seu reino (Is 9.6).

3º Selo: O cavalo

preto - 6.5,6

O cavaleiro com a balança na mão diz respeito a crises econômicas, escassez de alimento, fome. Este cavalo representa a fome em meio à

fartura. Jesus já havia advertido seus discípulos que haveria peste e fome (Mt 24.7). Após o cumprimento do segundo selo, segue-se um

período de lamento em que a crise atingirá grande parte da população.

4º Selo: O cavalo

amarelo - 6.7,8

Amarelo aqui é a tradução do grego "lívido", que pode também ser traduzido por pálido, cor dos cadáveres. A morte e o hades o seguiam.

Esse cavaleiro recebeu autoridade para matar através da espada, fome e peste, feras. Quem montava o cavalo chama-se morte. A morte e o

hades aqui são personificados. Esse quarto selo simboliza o caos universalizado na morte dos homens por pragas, guerras e fome. Esses

quatro primeiros selos parecem descrever a história em geral, desde a primeira vinda de Cristo até o começo do período final.

5º Selo: As almas dos

mátires - 6.9-11

Marca o martírio dos santos já mortos até o tempo de João. As almas dos que foram mortos (grego, esphagmenon, imolar, degolar), ou

degolados, estão debaixo do altar e clamam por justiça contra aqueles que os perseguiam sem motivo. Prevê também mais mortes entre os

santos, se trata do período da tribulação (7.14; 20.4).

6º Selo: 6.12-17

A abertura do sexto selo apresenta os juízos na forma de fenômenos cósmicos (Mt 24.29; 2Pe 3.10). Esse selo também nos faz lembrar do

fato que o antigo ciclo não terminará sem que a natureza inteira se revolte contra a iniquidade acumulada dos homens. O grande Dia do

Senhor é o dia em que Deus visitará a terra para fazer justiça e julgar o homem pecador (Sl 110.5; Ez 7.1-9; Sf 2.2,3; Rm 2.5; Jl 2.11).

7º Selo: 8.1-6

Entre o sexto e o sétimo selo abre-se um parêntese; os eleitos são selados 7.1-7; e a glorificação do povo de Deus, 7.8-17. O sétimo selo não

é aberto sem que antes o povo de Deus seja selado, representado pelos 144 mil. O simbolismo do ato de selar esses servos de Deus

comunica a segurança e proteção divina com que os cristãos podem contar. Oferece a proteção espiritual diante dos ataques de Satanás e o

terror provocado pelas forças do mal. Em consequência dessa selagem, os demônios soltos na ocasião não alcançarão qualquer vantagem

sobre os que tem o selo de Deus (9.4).

A abertura do sétimo selo traz uma série de juízos. Começa com um silêncio no céu. Logo em seguida, começa uma série de juízos

lançados sobre a terra, que são representados pelas trombetas.

Epistolas Gerais e Apocalipse

39 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

7.4. As sete trombetas (8.2-11.19). Depois da selagem do povo de Deus, o sétimo selo é aberto. Em seguida, aparecem sete anjos com sete

trombetas, que são sete julgamentos. Um anjo inicia o julgamento lançando o incensário cheio de fogo do altar provocando um grande terremoto.

TROMBETAS SIGNIFICADOS

1º Trombeta

8.7

O toque da trombeta anuncia o juízo. Os flagelos desencadeados pelas trombetas recordam as pragas do Egito: granizo (7), água

transformada em sangue (v.8), águas envenenadas (v.11), trevas (v.12), gafanhotos (9.3). Quando o anjo toca a primeira trombeta,

saraiva e fogo mistura com sangue, queima a terça parte da terra, árvores, ervas. Saraiva refere-se a um poder devastador.

2º Trombeta

8.8,9

Quando a segunda trombeta é tocada, uma coisa como uma montanha abrasada foi lançada no mar matando a terça parte dos peixes, e

atingindo também a terça parte dos navios. Essa montanha ardente, provavelmente representa um poder devastador, um juízo contra

os homens.

3º Trombeta

8.10,11

Quando a terceira trombeta é tocada uma estrela de fogo. Essa estrela que é chamada de Absinto (planta amargosa) atinge os rios, isto

é, as fontes de água doce, envenenando um terço delas, provocando mais sofrimentos. Como uma estrela atingiria um terço dos rios e

fontes de água potável. É bem provável que esta estrela seja mais um símbolo de um poder sobrenatural que incitará os homens a se

autodestruirem poluindo e envenenado as fontes de água potável.

4. Trombeta

8.12

Quando a quarta trombeta é tocada a terça parte do sol, da lua e das estrelas são atingidos, provocando trevas (Is 13.10; Jl 2.10,31; Ez

32.7). Os efeitos destrutivos das primeiras quatro trombetas se limitam à natureza; portanto, à humanidade indiretamente (8.7-12).

Tudo sugere que a intervenção divina julgando a humanidade perseguidora se mistura com a graça. Os homens deveriam reconhecer

o poder de Deus em mandar essas pragas e voltar dos caminhos errados para glorificá-lo. (Shedd p. 44)

5º Trombeta

9.1-12

Antes de a quinta trombeta ser tocada, vem a advertência da águia (8.13). Ela voa gritando três ais - anunciando que as últimas

trombetas serão mais severas que as outras quatro. Com as últimas três trombetas tocadas, as coisas piorarão. A situação aqui na terra

será terrível. As outras trombetas, isto é, os juízos, afetaram o mundo físico, mas esses três últimos julgamentos atingirão as pessoas

que habitam na terra, as que não têm o selo de Deus. As trombetas agora são chamadas de “Ais” que visa indicar a sua natureza

terrível e devastadora.

Quando a quinta trombeta é tocada uma estrela cai do céu. Essa estrela é um símbolo de um ser, ou um anjo caído, que recebe uma

chave do abismo. Ela prediz os terríveis tormentos que os demônios trarão à humanidade incrédula. Parecem gafanhotos por causa do

incalculável número, antes presos no abismo, mas, depois de tocar essa trombeta, soltos para torturar cruelmente a humanidade ímpia.

6º Trombeta

9.13-21

Quando o sexto anjo toca a trombeta, João ouve uma voz que dá ordem para soltar os quatro anjos que estão presos próximo ao rio

Eufrates. Esses anjos representam um grande exército de 200 milhões de cavaleiros. Nesta praga, cavalos demoníacos, com cabeças

como de leão e caudas como de serpentes, com o poder de matar vem do Oriente. Esse flagelo tem como propósito levar os homens

ao arrependimento. Ainda assim, eles permanecem com o coração endurecido, praticando todo tipo de pecado e idolatria.

7º Trombeta

11.15-19

Antes de narrar a sétima trombeta, abre-se um parênteses: a visão do anjo e do pequeno livro, a medição do templo e as duas

testemunhas (10.1-11.14). O tempo da sétima trombeta será o tempo do fim (10.6). Mas, antes do fim a comissão profética é

confirmada ao profeta, e a ele é certificado que a igreja será preservada durante este período terrível (7.1-17) e que Israel, o povo da

aliança de Deus, será salvo. Esta sétima trombeta ao ser tocado dará início o período do fim (Ladd p. 119). Esta sétima trombeta é

também a última trombeta de 1Co 15.52 e anuncia que o reino de Cristo está estabelecido com poder (Ap 11.15) Esta predição

combina perfeitamente com Apocalipse 19 e 20 que preveem a vitória completa do Senhor Jesus Cristo sobre toda a força do mal.

Epistolas Gerais e Apocalipse

40 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

Esta sétima trombeta também é a porta para mais sete flagelos ou sete taças (15-16).

7.5. Os 144 mil selados (7.4-8). Este número não pode ser interpretado

literalmente, mas, sim, simbolicamente. Ele representa a "plenitude do povo de Deus".

Trata-se do número 12 (o número da eleição) elevado ao quadrado e multiplicado por

mil, um número indefinidamente grande, e simboliza um número completo de santos de

ambas as alianças, que são preservados por Deus (O Novo Dicionário da Bíblia p.

1127).

Há algumas razões para interpretarmos os 144 mil como um número que

simboliza a plenitude do povo de Deus. Em primeiro lugar, a ordem das tribos difere da

ordem comum que aparece no AT, falta a tribo de Dã (que na relação de Ez 48 está

incluída) e aqui também é incluída a tribo de José.

Em segundo lugar, devemos levar em consideração que as dez tribos do Reino do

Norte que foram levadas cativas pela Assíria (722 a.C.), se espalharam e misturaram

com os gentios (sobre o cativeiro do Reino do Norte veja 2Rs 17.3-6). Desta feita, essas

tribos não estão meramente perdidas, mas não existem mais como povos identificáveis.

Em terceiro lugar, este livro foi enviado às igrejas da Ásia (na sua maioria de

gentios) que estavam passando por severas perseguições, com o propósito de confortar e

fortalecê-las. Não queria João mostrar aqui que os cristãos, tanto judeus quanto gentios

que estavam passando por perseguição faziam parte do povo de Deus?

Por isso, concluímos que a figura mostra a união dos crentes judeus (salvos) com

a plenitude do gentios, todos unidos no Israel perfeito de Deus (cf. Gl 6.16; 3.28). Esses

144 mil servos são apresentados no capítulo 7 antes da tribulação, mas em 14.1-5, eles

comparecem com Cristo no paraíso após a vinda do Senhor. Todos serão preservados

pelo poder do Senhor (Shedd p. 42).

7.6. O Milênio (Ap 20.1-7). O termo milênio vem do latim "mile e annus" que

significa "mil anos", do grego "chiliasmo". O termo milênio não aparece na Bíblia, mas

sim, a expressão mil anos, período em que o diabo será preso e Cristo reinará sobre a

terra. Em relação ao milênio, há três correntes de interpretação, vejamos:

Epistolas Gerais e Apocalipse

42 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

(1) Pós-milenismo. O prefixo "pós" significa depois, isso significa que Cristo

voltará após o milênio. Para esta teoria, Cristo encerrará o milênio. Entendem eles que o

milênio é um período de tempo em que a igreja triunfará. No final deste período, Cristo

voltará.

(2) Amilenismo. Para essa corrente teórica, não haverá um reinado terrestre de

Cristo de mil anos de duração. "O milênio é um símbolo da vitória completa de Cristo

sobre Satanás e do gozo perfeito dos santos no céu". O grande julgamento final segue-se

imediatamente à segunda vinda e resultará de pronto o estado final dos justos e dos

ímpios.

(3) Pré-milenismo. Para esta abordagem, a segunda vinda de Cristo será antes do

milênio. O milênio será realmente um período onde Cristo reinará sobre a terra

juntamente com os seus santos. Os mil anos de Apocalipses 20 não são meramente

simbólicos, mas literais. O reino milenar de Cristo será estabelecido assim que Cristo

voltar.

(Para mais informações sobre o milênio e outros assuntos da escatologia, recomendo a

leitura do livro do Millard J. ERICKSON. Opções contemporânea na escatologia - um estudo do

milênio. Editora Vida Nova).

Epistolas Gerais e Apocalipse

43 SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Básico em Teologia

Bibliografia:

BUCKLAND, A. R. Dicionário Bíblico Universal. Editora Vida

DOUGLAS, J.D. (org.) O Novo Dicionário da Bíblia. Ed. Vida Nova

CHAMPLIN, Russel Norman. O N.T. interpretado versículo por versículo. Ed. Candeia.

HOUSE, H. Wayne. O Novo Testamento em Quadros. Editora Vida

KUMMEL, Werner Georg. Introdução ao Novo Testamento. Editora Paulus

LADD, George Eldon. Teologia do Novo Testamento Editora Êxodo

Apocalipse: introdução e comentário. Editora Vida Nova

MOO, Douglas J. Tiago Introdução e Comentário. Editora Vida Nova

MUELLER, Ênio R. I Pedro: introdução e comentário. Editora Vida Nova

WILKINSON, Bruce & Boa, Keneth. Descobrindo a Bíblia. Ed. Candeia.

HORSTER, Gerhard. Introdução e Síntese do N.T. Ed. Esperança.

LIGHTFOOT, Neil R. Epístola aos Hebreus. Editora Vida Cristã.

SHEDD, Russel P. Escatologia do Novo Testamento. Editora Vida Nova

WILCOCK, Michael. A mensagem de Apocalipse. ABU Editora

Bíblia de Estudo Vida. Editora Vida

Bíblia de Estudo Thompson. Editora Vida