Introdução à Macroeconomia - Unip 2012 · PDF...

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  • Introduo Macroeconomia

    Introduo A macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinao e o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nvel geral de preos, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balana de pagamentos e taxa de cmbio. Ao estudar e procurar relacionar os grandes agregados, a Macroeconomia negligencia o comportamento das unidades econmicas individuais e de mercados especficos, estas so preocupaes da Microeconomia. Entretanto, embora exista um aparente contraste, no h um conflito entre a Micro e a Macroeconomia, uma vez que o conjunto da economia a soma de seus mercados individuais. A diferena primordialmente uma questo de nfase, de enfoque. Ao estudar a determinao de preos numa indstria, na Microeconomia consideram-se constantes os preos das outras indstrias. Na macroeconomia estuda-se a nvel geral de preos ignorando-se a mudana de preos relativa dos bens das diferentes indstrias. A Teoria Macroeconmica propriamente dita preocupa-se mais com aspectos de curto prazo. Especificamente, preocupa-se com questes como desemprego, que aparece sempre que a economia est trabalhando abaixo de seu mximo de produo, e com as implicaes sobre os vrios mercados quando se alcana a estabilizao do nvel geral de preos. parte da Teoria Econmica que estuda questes de longo prazo denominada Teoria do Crescimento Econmico. Na tentativa de se determinar como os preos e as quantidades so estabelecidos, desenvolveram-se 2 mtodos de anlise bsicos: a) Abordagem de equilbrio parcial: analisa um determinado mercado sem considerar os efeitos que

    este mercado pode ocasionar sobre os demais mercados existentes na economia. b) Abordagem de equilbrio geral: acredita-se que tudo depende de tudo, e assim, se quisssemos

    determinar como so formados os preos dos bens, deveramos listar todos os bens que so produzidos pela economia e todos os diferentes tipos de insumos que so utilizados.

    A curva de Phillips, expressava simplesmente uma curva de oferta agregada positivamente inclinada. Phillips relacionava a taxa de crescimento dos preos ( inflao ) com a taxa de desemprego. Caso a taxa de desemprego fosse mais elevada, isto indicaria um maior excesso de oferta, e conseqentemente haveria uma presso para que a taxa de crescimento dos salrios nominais fosse mais baixa. Essa taxa menor corresponderia a uma taxa de inflao menor.

    Metas de poltica macroeconmica

    Alto nvel de emprego Estabilidade de preos Distribuio de renda socialmente justa Crescimento econmico

    Alto nvel de emprego Desde a Revoluo Industrial, em fins do sculo XVIII, at o incio do sculo XX, o mundo econmico parece ter funcionado sobre o pensamento liberal, que acreditava que os mercados, sem interferncia do Estado, conduziam a Economia ao pleno emprego de seus recursos, como se guiados por uma mo invisvel, determinariam os preos e a produo de equilbrio, e, desse modo, nenhum problema surgiria no mercado de trabalho. Entretanto, a evoluo da economia mundial trouxe em seu bojo novas variveis, como o surgimento de sindicatos de trabalhadores, os grupos econmicos e o desenvolvimento de mercado de capitais e do comrcio internacional, de sorte a complicar e trazer incertezas sobre o funcionamento da economia. A ausncia de polticas econmicas levou quebra da Bolsa de Nova York em 1929, e uma crise de desemprego atingiu todos os pases do mundo ocidental nos anos seguintes. Com a contribuio de Keynes, fincaram-se as bases da moderna Teoria Econmica, e da interveno do Estado na economia de mercado, que nos passa qual o grau de interveno do Estado na economia e em que medida ele deve ser produtor de bens e servios. A corrente dos economistas liberais (hoje neoliberais), prega a sada do governo da produo de bens e servios.

  • Estabilidade de preos Define-se inflao como um aumento contnuo e generalizado no nvel geral de preos. Por que inflao um problema? Primeiramente, porque a inflao acarreta distores, principalmente sobre a distribuio de renda, sobre as expectativas dos agentes econmicos e sobre o balano de pagamentos. importante salientar que, enquanto nos pases industrializados o problema central o desemprego, nos pases em via de desenvolvimento o foco mais importante de anlise o da inflao. Esse tema de difcil abordagem, dado que as causas da inflao diferem entre pases (deve-se levar em conta, por exemplo, o estgio de desenvolvimento e a estrutura dos mercados), e num dado pas, diferem no tempo. Distribuio Eqitativa de Renda A economia brasileira cresceu razoavelmente entre o fim dos anos 60 e a maior parte da dcada de 70. Apesar disso, verificou-se uma disparidade muito acentuada de nvel de renda, tanto a nvel pessoal coma a nvel regional. Isso fere, evidentemente, o sentido de eqidade ou justia. No Brasil, os crticos do milagre argumentavam que haviam piorado a concentrao de renda no pas, nos anos 1967-1973, devido a uma poltica deliberada do governo baseada em crescer primeiro para depois distribuir (chamada Teoria do Bolo). A posio oficial era de que um certo aumento na concentrao de renda seria inerente ao prprio desenvolvimento capitalista, dada as transformaes estruturais que ocorrem (xodo rural, com trabalhadores de baixa qualificao, aumento da proporo de jovens etc.). Nesse processo gera-se uma demanda por mo de obra qualificada, a qual por ser escassa, obtm ganho extra. Assim o fator educacional seria a principal causa da piora distributiva. Crescimento Econmico Se existe desemprego e capacidade ociosa, pode-se aumentar o produto nacional atravs de polticas econmicas que estimulem a atividade produtiva. Mas, feito isso, h um limite quantidade que se pode produzir com os recursos disponveis. Aumentar o produto alm desse limite exigir: a) Um aumento nos recursos disponveis; b) Ou um avano tecnolgico (melhoria tecnolgica, novas maneiras de organizar a produo,

    qualificao da mo de obra).

    Quando falamos em crescimento econmico, estamos pensando no crescimento da renda nacional per capita, ou seja, colocar disposio da coletividade uma quantidade de mercadorias e servios que supere o crescimento populacional. A renda per capita considerada um razovel indicador o mais operacional para se aferir melhoria do padro de vida da populao, embora apresente falha ( os pases rabes tm as maiores rendas per capita, mas no o melhor padro de vida do mundo). Instrumentos de poltica macroeconmica A poltica macroeconmica envolve a atuao do governo sobre a capacidade produtiva e despesas planejadas, com objetivo de permitir que a economia opere a pleno emprego, com baixas taxas de inflao e uma distribuio justa de renda. Os principais instrumentos para atingir tais objetivos so as polticas fiscais, monetrias, cambiais e comerciais, e de rendas. Poltica Fiscal Refere-se a todos os instrumentos que o governo dispe para arrecadao de tributos e o controle de suas despesas. Alm da questo do nvel de tributao, a poltica tributria, por meio da manipulao da estrutura e alquotas de impostos. utilizada para estimular (ou inibir) os gastos de consumo do setor privado. Se o objetivo da poltica econmica reduzir a taxa de inflao, as medidas fiscais normalmente utilizadas, so a diminuio de gastos pblicos e/ou o aumento da carga tributria (o que inibe o consumo). Ou seja, visam diminuir os gastos da coletividade. Se o objetivo um maior crescimento e emprego, os instrumentos fiscais so os mesmos, mas em sentido inverso, para elevar a demanda agregada.

  • Poltica Monetria - Refere-se atuao do governo sobre a quantidade de moeda e de ttulos pblicos, os instrumentos disponveis para tal so: a) emisses b) reservas compulsrias c)open market (compra e venda de ttulos pblicos) d) redescontos ( emprstimos do Banco Central aos bancos comerciais )

    As polticas monetrias e fiscal representam meios alternativos diferentes para as mesmas finalidades. A poltica econmica deve ser executada atravs de uma combinao adequada de instrumentos fiscais e monetrios. Pode-se dizer que a poltica fiscal apresenta maior eficcia quando o objetivo uma melhoria na distribuio de renda, tanto na taxao s rendas mais altas como pelo aumento dos gastos do governo com destinao a setores menos favorecidos. Polticas Cambial e Comercial : A poltica cambial refere-se atuao do governo sobre a taxa de cmbio. O governo, atravs do Banco Central, pode fixar a taxa de cmbio, ou permitir que ela seja flexvel e determinada pelo mercado de divisas. A poltica comercial diz respeito aos instrumentos de incentivos s exportaes e/ou estmulo ou desestmulo s importaes, ou seja, refere-se aos estmulos fiscais. (crdito - prmio do ICMS, IPI etc.) e creditcios (taxas de juros subsidirias) s exportaes e ao controle de importaes (via tarifas e barreiras quantitativas sobre importaes). Poltica de Rendas A poltica de rendas refere-se interveno direta do governo na formao de renda (salrios, aluguis), atravs de controle e congelamentos de preos. A caracterstica especial que, nesses controles, os preos so congelados, e os agentes econmicos no podem responder s influncias econmicas normais de mercado. Estrutura de anlise macroeconmica Tradicionalmente, a estrutura bsica do modelo macroeconmico compe-se de cinco mercados: No Mercado de Bens e Servios, para tentar responder como se tem comportamento o nvel de atividades, efetua-se uma agregao de todos os bens produzidos pela economia durante um certo perodo de tempo e define-se o chamado Produto Nacional. A demanda agregada depende fundamentalmente da evoluo da demanda dos quatro grandes setores ou agentes macroeconmicos: consumidores, empresas, governo e setor