Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Edição outubro/2009

Gerência de Comunicação

Ana Paula Costa

Transcrição:

Eliane Condinho

Copidesque:

William Buchacra

Revisão:

Adriana Santos

Capa e Diagramação:

Luciano Buchacra

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Introdução

Neste livro quero compartilhar com você, meu querido leitor, uma palavra pastoral, e creio que esta fará uma mudança maravilhosa em seu cora-ção. Peço ao Senhor que as páginas fiquem repletas da glória dele, transformando as vidas que estão lendo este livro. Posso, desde agora, sentir o mover do Espírito Santo de uma forma gloriosa, salvando, libertando e edificando.

Antes de iniciarmos a nossa leitura, o convido a orar comigo:

“Senhor, recebemos a sua Palavra com cada vírgu-la, com cada acento e pontuação, pois queremos nos

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fazer semelhantes ao teu Filho amado Jesus. Quere-mos ajustar a nossa vida segundo os preceitos do Se-nhor. Que a unção do teu Espírito flua na vida de cada leitor, no nome de nosso Senhor Jesus, amém”.

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ColoCando ordem na

Casa

“Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o ple-no conhecimento da verdade segundo a piedade, na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos e, em tem-pos devidos, manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador, a Tito, verdadeiro filho, segundo a fé

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comum, graça e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador. Por esta causa, te deixei em Cre-ta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubor-dinados. Porque é indispensável que o bispo seja irrepre-ensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiço-so de torpe ganância; antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem.” (Tito 1.1-9.)

Um dos significados da palavra igreja é “Os cha-mados”. O prédio, o templo onde se realiza cultos não é a igreja. Ainda que no português confunda-mos o prédio como sendo a igreja, entretanto, igre-ja significa gente, pessoas. A Igreja respira, veste, anda, chora, fala e ri. Portanto, igreja é gente. O pré-dio que frequentamos onde nos reunirmos, serve tão-somente para nos abrigar. No original grego, a palavra igreja significa “Os chamados”.

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Nós somos “Os chamados”, ou seja, somos “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de proprie-dade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9). Mas, Deus nos chamou para quê? Você já se perguntou e já parou para responder a essa pergunta? Há muitas respos-tas que podem ser dadas, mas eu posso resumi-las em uma única frase: Deus nos chamou para fazer de mim e de você instrumentos para mudança de vidas.

Tito, um jovem filho na fé de Paulo, é citado ape-nas onze vezes na Bíblia. Infelizmente não sabemos muito a respeito dele. O que sabemos é que Tito foi um dos filhos na fé de Paulo, e pela imposição das mãos, foi consagrado ao serviço. Foi companheiro do apóstolo Paulo, e por Paulo foi deixado em uma ilha chamada Creta.

Paulo tinha sido prisioneiro, e quando foi solto, ao passar por Creta, deixou Tito ali. Entretanto, Pau-lo não o deixou na ilha porque era um lugar para-disíaco, de uma beleza estonteante, Ele deixou Tito ali para que este cumprisse uma missão muito im-portante. No versículo 5 Paulo disse assim: “Por esta

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causa [havia um propósito], te deixei em Creta, para que pusesses em ordem.” Em outras palavras Paulo estava dizendo a Tito que ele o havia deixado ali para que ele, Tito, colocasse Creta em ordem.

Nestes dias, como nos dias de Tito, eu e você fomos colocados por Deus, também, em um lugar específico: seja na escola, no trabalho, em casa, no bairro ou na cidade onde moramos. Eu creio que ninguém vive na face desta terra por acaso. Eu creio que ninguém fica em um lugar sem um propósito e sem uma razão. Existe uma razão para você morar na rua que você mora, como todos os vizinhos à sua volta. Existe uma razão para a qual você está nesse emprego, como todos os seus companheiros de tra-balho. Você não está ali simplesmente para ganhar o dinheiro para a sua sobrevivência. Deus é maior do que isso. Há uma razão e há uma proposta para cada detalhe de nossa vida.

Deus havia feito com que Tito ficasse em Creta com uma proposta clara e evidente: pusesse Creta em ordem. Só que depois Paulo disse a Tito: “Quan-do te enviar Ártemas ou Tíquico, apressa-te a vir até Nicópolis ao meu encontro. Estou resolvido a passar o inverno ali.” (Tito 3.12.) Ou seja, Paulo estava di-

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zendo: “Tito, quando Ártemas e Tíquico chegarem aí, venha se encontrar comigo logo, não demores aí, saia depressa”.

Penso que naquela hora Tito ficou sem saber como colocar Creta em ordem. Como ele conse-guiria colocar Creta em ordem se teria que voltar? A mensagem vinha escrita em rolos e eram entre-gues por mensageiros, que anunciavam quem era o remetente. Não era um rolo grande, era pequeno e continha poucas instruções, mas as instruções eram de grande importância.

Tito estava enfrentando um problema, e o pro-blema era: Qual a melhor maneira de fazer algo que ele não sabia como fazer? Muitos de nós enfrenta-mos este mesmo problema. Recordo-me de um co-lega pastor que fora trabalhar em uma marcenaria, mas ele não sabia absolutamente nada da profissão de marceneiro, porém estava empregado ali. A úni-ca coisa que ele sabia fazer era carregar as tábuas de madeira. Então, ele pegou uma prancha de madeira e andou por três semanas, de um lado para outro, com ela nos ombros. Era a única coisa que ele sabia fazer. Ele não sabia como transformar aquela ma-deira em alguma coisa útil. Infelizmente, nem todos

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nós sabemos fazer as mesmas coisas, cada um de nós possui habilidades diferentes. Posso até pegar um serrote para cortar um pedaço de madeira, mas com certeza não será a mesma coisa do que aquele que tem a habilidade para tal. Nem todos fazemos tudo e bem feito. Algumas eu irei fazer melhor que você, outras, com certeza, você fará muito melhor que eu. Com Tito não foi diferente.

Então Paulo escreveu esta carta para Tito, lem-brando a ele daquilo que era o seu trabalho para fazer: “Você vai colocar em ordem”. E a palavra aqui no versículo 5 diz assim: “Por esta causa te deixei em Creta para que pusesses em ordem as coisas res-tantes.” A nossa língua, o português, é uma língua bíblica, ou seja, nós falamos oitenta por cento de nossas palavras no latim. Dezesseis por cento de nossas palavras vêm do grego e quatro por cento de outras línguas. Entre os dezesseis por cento de palavras que nós falamos no grego há uma palavra: “Para que pusesses em ordem”, ou “para colocar em ordem”, é a palavra grega “orto”.

Quando contemplamos o homem de hoje e o homem de dois mil anos atrás, chegamos à conclu-são que não há diferença alguma. Porque o coração

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do homem é sempre o mesmo. Aparentemente vi-vemos em um mundo diferente. Há dois mil anos não havia automóvel, não havia avião, não havia microfone e caixa de som, tudo era rústico, mas as coisas eram tão difíceis quanto agora. Para se pre-gar a mensagem as dificuldades eram maiores, mas a mensagem era a mesma, como é a mesma desde que surgiu a igreja.

O coração do homem sempre será o mesmo. Será o mesmo vazio, as mesmas inquietações, os mesmos pecados, as mesmas dúvidas, as mesmas ansiedades, as mesmas depressões, porque o co-ração do homem não muda. O coração do homem é tão-somente um só. Quando estamos na igreja, muitas vezes, nos distraímos ali. Ficamos sem saber o que o pastor pregou. Lembro-me de certa vez em que recebemos a visita de um pregador que tinha uma deficiência física. Ele tinha uma mensagem do Senhor muito boa para o nosso coração, mas pelo fato de ter uma prótese no braço, as pessoas não prestaram atenção na mensagem, prestaram atenção somente no braço dele, e quando alguém perguntou o que o pastor havia pregado, elas não puderam responder, não sabiam nada a respeito

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da pregação que ele fizera, entretanto, elas se lem-bravam, em detalhes, do braço do pastor. Naquele tempo, como nos dias atuais, existem muitas coisas para nos distrair.

A mensagem que o Senhor tem proclamado para nós é a de que fomos chamados para sermos instrumentos de transformação de vida. Um dos problemas em Creta era a distração das pessoas. Havia uma necessidade urgente de se colocar as coisas em ordem. A Igreja, o povo de Deus, em Cre-ta, não estava causando nenhum impacto naquele lugar. Se formos contemplar, hoje, a Igreja do Se-nhor em algumas partes do mundo, com o nosso coração quebrantado, com certeza afirmaremos essa mesma verdade: a Igreja não está causando impacto nesses lugares.

Nessa carta a Tito, Paulo nos desafia a sermos o “orto” de nossa cidade, a fim de que coloquemos as coisas em ordem, e que possamos trazer a mensa-gem do Senhor a cada cidadão dessa terra. Tito co-meçou a compreender a sua responsabilidade, a de consertar a ilha. E a sua responsabilidade é conser-tar o seu lar, o seu trabalho, a sua escola, ou seja, co-locar em ordem. O “orto” é você, sou eu, somos nós,

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o povo de Deus. Deus nos colocou aqui na nossa “Creta” com um propósito predeterminado. Ele não nos colocou aqui simplesmente para que cruzásse-mos os nossos braços e deitássemos em uma rede à mordomia de uma sombra e água fresca. Não foi para isso que o Senhor nos chamou.

Existe uma razão para se colocar as coisas em or-dem. Tito, naquele momento, ficou sem saber o que fazer. Ele estava como que perdido naquela situa-ção. E ele deve ter-se perguntado: “Como eu posso colocar isso tudo em ordem? O que eu preciso fazer? O que eu devo fazer?” Muitas vezes achamos que co-locaremos a cidade em ordem apenas trazendo as pessoas para a igreja. Entretanto, se todas as igrejas evangélicas estivessem cheias, superlotadas com cultos variados aos domingos, ainda assim, nós não estaríamos alcançando nem cinco por cento da po-pulação.

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ImpaCtando vIdas

Então, como iremos conseguir cumprir esse man-damento do Senhor? Muitas vezes, não adianta fa-zermos muita propaganda e muitas programações, porque as pessoas não serão salvas apenas ouvindo mensagens de um púlpito. As pessoas serão impacta-das com o evangelho no dia a dia. É no trabalho, na es-cola, em casa. É por onde você anda, é no lugar onde você mora. Existe um propósito especial de Deus para a sua vida: o de ser um instrumento nas mãos dele, um instrumento de transformação.

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Quando Paulo começou a encorajar Tito, dizen-do que ele deveria transformar, colocar a ilha de Creta em ordem, Tito, naquele momento, deve ter se perguntando: “Como?” E o interessante é que Paulo usou um método bastante simples. Parafra-seando o texto, Paulo disse: “Tito, você e os irmãos da igreja devem viver o que vocês pregam”. O maior impacto que os formadores de opinião de uma so-ciedade podem causar não é somente com a prega-ção falada, mas, a mais importante, a pregação que pode ser vista. Uma pregação que fala, que anda, e que estende as mãos. Não é uma pregação que ves-te um paletó e uma gravata. É uma pregação que traz vida e gera vida. A única maneira de a Igreja causar um impacto na cidade é viver o que ela está pregando, transformando em um exemplo vivo.

Na verdade o povo já está cansado de ouvir. Ao ligar o rádio há uma mensagem maravilhosa. Ao chegar em casa assiste na TV outra bela mensagem. Ao passar pela rua ganha um CD evangélico, ganha um Novo Testamento. Existem mil maneiras diferen-tes de pregar o evangelho. Entretanto, no momento em que as pessoas começarem a perceber o nosso estilo de vida, passarão a observar certas inconsis-

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tências em nós. Ouvem algo aqui, outro ali, e veem que na prática é outra coisa totalmente diferente. O grande problema da Igreja é exatamente este: o problema da inconsistência, de se pregar uma coi-sa, mas na prática viver de um modo totalmente diferente. Porém, o que mais impacta aqueles que ainda não têm o Senhor não é tanto a pregação. O que mais impacta as pessoas é quando os crentes encarnam a mensagem, vivendo o que pregam.

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o equIlíbrIo

Hoje, o nosso maior problema é alcançar o equi-líbrio entre a pregação da mensagem e a apresenta-ção da mensagem vivida em cada cristão. A Palavra tem que estar encarnada, impregnada em cada um de nós. Não são poucas as vezes em que até que-remos viver a mensagem, mas infelizmente, temos vivido como Jonas.

“Veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Ami-tai, dizendo: Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis; e, tendo descido a Jope, achou

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um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua pas-sagem e embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR. Mas o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar. Então, os marinheiros, cheios de medo, clamavam cada um ao seu deus e lançavam ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem do peso dela. Jonas, porém, havia descido ao porão e se deita-do; e dormia profundamente. Chegou-se a ele o mestre do navio e lhe disse: Que se passa contigo? Agarrado no sono? Levanta-te, invoca o teu deus; talvez, assim, esse deus se lembre de nós, para que não pereçamos. E di-ziam uns aos outros: Vinde, e lancemos sortes, para que saibamos por causa de quem nos sobreveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas. Então, lhe disseram: Declara-nos, agora, por causa de quem nos sobreveio este mal. Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual a tua terra? E de que povo és tu? Ele lhes respondeu: Sou hebreu e temo ao SENHOR, o Deus do céu, que fez o mar e a terra. Então, os homens ficaram possuídos de grande temor e lhe disseram: Que é isto que fizeste! Pois sabiam os homens que ele fugia da presença do SE-NHOR, porque lho havia declarado.” (Jonas 1.1-10.)

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Logo no início Deus deu uma ordem a Jonas: “Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.” A história nós conhecemos, Jonas pegou um navio em sentido contrário. Surgiu, então, uma tempes-tade e o navio quase afundou. Na tentativa de se evitar o naufrágio, os marinheiros esvaziaram o na-vio, jogando fora o que estava nele, foi quando en-contraram Jonas no porão do navio: “Declara-nos, agora, por causa de quem nos sobreveio este mal. Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual a tua terra? E de que povo és tu?” Ele respondeu: “Sou hebreu e temo ao SENHOR, o Deus do céu, que fez o mar e a terra.” Note que, na teoria, Jonas tinha a mensagem “po-liticamente” correta, ou seja, estava certinha. Jonas tinha uma mensagem, uma pregação correta, mas a sua vida não estava condizendo com aquilo que ele estava pregando. E logo a seguir, os marinheiros possuídos de grande temor lhe disseram: “Que é isto que fizeste! Pois sabiam os homens que ele fugia da presença do SENHOR, porque lho havia declarado.”

Jonas sabia o que estava pregando e dizia, eu “temo ao SENHOR, o Deus do céu, que fez o mar e a terra”. Mas, na prática, Jonas estava vivendo de uma

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forma totalmente diferente daquilo que ele estava anunciando para aqueles marinheiros. Eles ficaram estupefatos. Não foram estas as palavras que eles disseram, mas a força da expressão foi a mesma: Que coisa! Um crente tem que igualar a sua vida com a sua crença.

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esdras, um modelo

Um exemplo de um pregador que vive o que prega encontramos no livro de Esdras. Esdras era um sacerdote que tinha uma mensagem forte para a reconstrução do templo de Jerusalém. Não houve conflito na vida de Esdras, porque ele soube equi-librar a mensagem com a sua própria vida. “Então, apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos hu-milharmos perante o nosso Deus, para lhe pedirmos jornada feliz para nós, para nossos filhos e para tudo o que era nosso. Porque tive vergonha de pedir ao rei

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exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porquanto já lhe havíamos dito: A boa mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira, contra todos os que o abandonam. Nós, pois, jejuamos e pedimos isto ao nos-so Deus, e ele nos atendeu.” (Esdras 8.21-23.)

É importante notar que Esdras já havia registra-do para o rei Artaxerxes a sua mensagem de fé em Deus, sobre os ninivitas, sobre os ladrões, sobre os salteadores, e sobre os exércitos do inimigo. Esdras não pediu ao rei soldados para protegê-los, porque ele havia dito para ele que: “A boa mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem de-les; mas a sua força e a sua ira, contra todos os que o abandonam.” Ou seja, “o Deus a quem nós servimos cuida de nós; o Deus a quem servimos é forte; o Deus a quem servimos vai à nossa frente”. O rei estava dis-posto a dar tudo quanto Esdras lhe pedisse, mas, por que Esdras não lhe pediu soldados? Porque Es-dras soube conciliar o seu pedido à sua mensagem de fé. Naquilo que ele cria era exatamente o que ele trazia para o seu dia a dia.

E, Paulo orientava a Tito: “Eu quero que você co-loque a cidade de Creta em ordem, e o método para

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você colocá-la em ordem é um só”. Não existe outro método de transformação a não ser o próprio ho-mem. É o homem, o método de transformação que Deus usa. E ao lermos no primeiro capítulo essas instruções, encontramos Paulo dizendo para Tito colocar homens em Creta. Mas que tipo de homens? Homens que sejam verdadeiros modelos cristãos. A palavra modelo tem sido muito usada nos dias atu-ais. Normalmente, modelo é sempre uma pessoa muito bonita. Em uma loja, por exemplo, o que está na frente, na vitrine, nem sempre é um modelo, mas a roupa que o este vestiu no desfile. Nos desfiles são apresentadas as tendências para a próxima estação, aquilo que será moda, e o objetivo deste é, tam-bém, despertar nas pessoas o consumo, o desejo de compra das roupas que foram apresentadas. Os modelos e manequins fazem parte dessa estrutura, pessoas bonitas, escolhidas a dedo, para vestirem as coleções das inúmeras grifes. E diante de tanta beleza muitas pessoas pensam assim: “Bem, se eu comprar aquela camisa ficarei bonita tanto quanto aquele modelo”. A pessoa compra a roupa e ao mes-mo tempo faz uma descoberta: A roupa não vestiu tão bem quanto vestiu naquele modelo. Mas será

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que ela tem a mesma altura dele? Será que o corpo físico é ao menos perecido? Mas parte da “missão” daquele modelo fora cumprida: Ele o levou a dese-jar aquela camisa. O modelo é preparado para pro-vocar desejos nas outras pessoas.

E o que Paulo está dizendo aqui é exatamente isso: o impacto na sociedade virá através de ho-mens e mulheres que se transformam em verdadei-ros modelos cristãos, ou seja, os seus vizinhos, os seus parentes, os seus colegas de trabalho, os seus colegas de escola, estão olhando para você. Eles estão contemplando a maneira como você vive. Estão vendo a beleza de Jesus em você. E se você for um bom modelo de Cristo, eles irão querer ter o que você tem. É interessante que Paulo não disse para Tito que, para colocar Creta em ordem, seria necessário fazer uma grande campanha de confe-rências, enchendo o estádio de Creta para a prega-ção do evangelho, enchendo a cidade com faixas e outdoors. Não. Essa não fora a instrução de Paulo. O que Paulo disse foi: “Tito, eu quero que você encha a ilha de homens. Homens que sejam totalmente com-prometidos com o evangelho. Homens que venham a ser verdadeiros modelos cristãos”. Infelizmente, falo

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com muita tristeza em meu coração, quando o in-crédulo vê o crente, ele perde o interesse de ser cris-tão. E isso acontece quando vê o comportamento do cristão no seu lar, com as gritarias, com as brigas, com os palavrões, com os xingamentos, com a fal-ta de compromisso em pagar o que se deve, com a mentira, com a falta de amor e perdão. Agindo des-sa maneira, não iremos causar nenhum impacto.

“Tito, a ilha de Creta deve ser restabelecida, por-tanto, escolha modelos de cristãos verdadeiros, e in-vista neles”, disse Paulo. O apóstolo, então, come-çou a identificar esses modelos, e o que chama a atenção é o fato de que esses modelos que Paulo descreveu não eram apenas para a liderança das igrejas, mas para todos os crentes. O que Paulo apresentou como modelo serve tanto para mim quanto para você.

“Alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acu-sados de dissolução, nem são insubordinados.” (Tito 1.6.) “Alguém que seja irrepreensível”. Paulo não es-creveu que deveria ser alguém perfeito, porque perfeito não encontraremos ninguém. Mesmo os modelos mais bonitos têm defeitos. Entretanto, nós

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podemos encontrar pessoas irrepreensíveis. Uma pessoa irrepreensível é aquela que não traz vergo-nha à causa de Cristo. Uma pessoa irrepreensível sabe obedecer às leis. É obediente e tem temor da Palavra de Deus, como tem temor das leis do ho-mem. Muitos cristãos acham que devem obedecer apenas à Palavra de Deus, mas não obedecem aos pais e, tampouco tem temor das autoridades esta-belecidas.

Há três áreas distintas para descrevermos a pa-lavra irrepreensível: Em casa, no dia a dia e na dou-trina. “Alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acu-sados de dissolução, nem são insubordinados.” (Tito 1.6.)

Não há nada mais que possa causar um impac-to tão forte na sociedade do que um lar que teme os princípios da Palavra de Deus. Nós sabemos que Deus estabeleceu três instituições para reunir as pessoas: O lar, a nação e a igreja. E o alvo pre-ferido de satanás, hoje, é a família. A família está vivendo nos dias de hoje um momento terrível de desagregação. Não são poucos os maridos que não reconhecem o seu papel dentro de casa. E eu quero

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falar para você que é o marido, o chefe da família. A Palavra de Deus diz: “O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR.” (Provér-bios 18.22.) Nós temos ensinado a todas as pessoas que se casam que ninguém deve casar para ser feliz, mas para fazer o outro feliz. Deus te deu uma es-posa não foi para ser a sua empregada, aquela que lava a sua roupa e faz a sua comida. Deus te deu uma esposa para vocês conhecerem mais de Deus e da sua fidelidade. Para causarem impacto na vida das pessoas. E para isso é preciso que você, esposo, realmente procure viver o princípio que diz: “Mari-dos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.” (Efésios 5.25.)

Cristo nos amou não porque fôssemos dignos do amor dele, entretanto, Ele escolheu nos amar. Quando você se transforma em um modelo de ma-rido, isso causa impacto. Seus colegas de trabalho sempre irão olhar para você e farão questionamen-tos como esses: “Mas você faz isso? Você trata a sua esposa assim? Você age com ela dessa forma? Você atua dessa maneira?” Isso causará um impacto tre-mendo. Além de ser marido você também é pai, e a Palavra de Deus diz: “E vós, pais, não provoqueis

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vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na ad-moestação do Senhor.” (Efésios 6.4.)

A Palavra de Deus diz que “se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1 Timó-teo 5.8). E isso não é apenas uma questão de você ter a sua doutrina bonitinha, mas ela precisa ser expressa dentro da sua casa, criando os seus filhos, cuidando da sua esposa, sendo para ela realmente uma bênção. É dessa forma que você será um mo-delo, porque Deus fará de você esse modelo.

Agora quero falar para você que é a esposa, a mãe. Não basta apenas pregar para a sua vizinha que ela mudará de pensamento, mas o modo como você vive dentro da sua casa, vivendo como uma esposa fiel, carinhosa, que ama e ensina os filhos, é que causará impacto na vida dela. O papel da es-posa é tão importante quanto o do marido. Os dois têm os mesmos direitos, mas é a esposa que oferece ao marido o direito de ter a última palavra. Esta é a sua missão. A esposa que traz o testemunho e pro-voca o impacto é aquela esposa que procura cum-prir a vontade de Deus vivendo de um modo digno e bonito, tendo contentamento nas suas atitudes.

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Quantas esposas vivem semelhantes às esposas dos incrédulos, reclamando de tudo e de todos? Es-posas que se alimentam daquilo que veem na tele-visão, e se deixam encher daquilo que a televisão traz. Ela sabe o nome dos artistas, acompanha três novelas, conhece tantas coisas, mas não têm co-nhecimento da Palavra de Deus. Você, minha irmã, pode pregar para alguém e dizer: “A Palavra de Deus é boa, a Palavra de Deus é amor, a Palavra de Deus é alimento, a Palavra de Deus edifica, a Palavra de Deus é isso tudo, mas o seu filho nunca lhe vê lendo a Bí-blia, orando. O marido que ainda não conhece a Deus também não lhe vê fazendo isso. A Palavra de Deus diz: “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vos-so próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa.” (1 Pedro 3.1.)

Quando você age como uma mulher ímpia, você deixa de ser um modelo. Procure entender esta palavra. Você precisa ser o modelo de esposa que a Bíblia descreve.

Eu me recordo de um irmão que faleceu. No fu-neral a esposa pegou a Bíblia dele e foi lendo até chegar nesse versículo de Provérbios: “Mulher vir-

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tuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias.” (Provérbios 31.10.) Depois ela leu o que o marido escreveu ao lado desse verso: “Eu achei”. Minha querida irmã, viva de tal forma que o seu marido possa dizer aos outros, escrever na Bíblia, falar para você: “Eu achei”. E você que ainda não se casou, ou que ainda não é esse modelo de esposa possa dizer: “Eu quero ser”. Seja esse instrumento de transformação no seu lar, vivendo o que a Palavra diz para você ser. Que você possa impactar as suas amigas e vizinhas a ponto de elas perguntarem: “O que você tem que eu não tenho?” E você, então, poderá dizer com toda a alegria: “Eu não tenho pra-ta nem ouro, mas o que eu tenho isso eu te dou, em nome de Jesus...”

Não tenha Jesus só da boca para fora, tenha Je-sus na sua vida. Seja realmente apaixonada por Ele. Traduza essa paixão por Ele nas coisas simples da vida: nos serviços domésticos, no trato com as pes-soas, nas reuniões de escola dos filhos, no cuidado com o esposo e com os filhos, e com você mesma, na maneira como se veste, no cuidado com o seu corpo, que é o templo do Espírito Santo.

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prImeIro: em Casa

O método de Deus continua sendo o mesmo: vidas transformadas para transformar vidas. Não pode existir uma vida transformada na igreja e uma vida diferente em casa. Infelizmente temos recebi-do notícias de maridos, de esposas e de filhos, que na igreja, são verdadeiras bênçãos, mas em casa, são completamente diferentes. Paulo deixou esse ensinamento para a família que, se obedecido, tra-rá paz e alegria para dentro dos lares, e deixaremos de ser um falso modelo cristão em casa, porém um

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verdadeiro modelo cristão que todos irão querer seguir. Preste atenção a cada palavra escrita nestes versículos:

“Por isso, deixando a mentira, fale cada um a ver-dade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo. Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. Não saia da vossa boca ne-nhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. An-tes, sede uns para com os outros benignos, compas-sivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Efésios 4.25-32.)

Digamos que a ida à igreja, seja no domingo ou em outros dias da semana, é como se fosse um trei-no. Ao deixar os portões da igreja e entrar no carro você é testado por um motorista bêbado, ou por um engraçadinho no volante do outro carro. Quan-

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do chega em casa é testado como marido. Em vez de ajudar a esposa a agilizar o almoço, senta diante do sofá e começa a tirar a paz de todo mundo. O jogo se dá todos os dias, onde você estiver. É duran-te toda a semana, e não há folga, porque onde você estiver, alguém estará te observando, para saber se poderá ser um cristão como você é. Ao ouvir a Pala-vra de Deus por meio do pastor é como se estivesse ouvindo a palavra do técnico, vira o jogo para lá, cuidado com a direita, fecha o buraco nessa defesa, cuidado com as investidas do inimigo pela sua es-querda, portanto, o jogo é na sua Creta, e você sabe onde é. Na igreja você recebe o ânimo, a Palavra do Senhor, as instruções, os desafios, as correções, a edificação, o consolo, mas o jogo acontece durante toda a semana quando você está sozinho, quando você não tem o técnico para te incentivar, para te ajudar, para estar ao seu lado.

Para que lares vivam os preceitos da Palavra do Senhor, o primeiro requisito do modelo, segundo temos visto aqui, começa exatamente dentro da casa. Sua fé tem e precisa ser expressa dentro da sua casa. Na igreja você louva, dança, bate palmas, mas será que em casa você louva a Deus? Lá na igreja

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você anda todo bonitinho, cheiroso, fala com cari-nho, com amor, e dá atenção a todos que o procu-ram. Você até dá a mão para a sua esposa. Entretan-to, você não deve fazer isso somente na igreja, mas principalmente dentro de casa também.

Existem milhares de pessoas que carregam o pesado fardo da depressão, por viverem momentos difíceis de mágoas, amarguras, solidão e tantas ou-tras coisas dentro de casa. Nós precisamos ser um verdadeiro modelo cristão em casa. O que pode causar impacto é o nosso testemunho, se estamos sendo verdadeiros modelos cristãos a partir de nos-sos lares.

Nós podemos ir para os maiores estádios do país, lotar os lugares com mais de cento e vinte mil pessoas, e pregarmos ali uma mensagem maravi-lhosa, vinda direto do trono do Pai. Com certeza ha-verá milhares de decisões. Entretanto, haverá muito mais decisões se homens e mulheres puderem en-contrar os irmãos no seu dia a dia, vendo como você vive, como você cuida da sua esposa, como você administra a sua casa, como você educa os seus fi-lhos, é isso o que a Palavra do Senhor diz.

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segundo: no dIa a dIa

Em primeiro lugar devemos ser modelos em casa. Em segundo lugar devemos ter disposição na maneira de agir: “Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não ar-rogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violen-to, nem cobiçoso de torpe ganância; antes, hospitalei-ro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si.” (Tito 1.7-8.) O texto começa dizendo a respeito de algumas coisas que o modelo não deve fazer. E quando diz aqui “bispo”, ele se refere

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à autoridade naquele lugar. Bispo é um sacerdote e você também é um sacerdote no seu lar, portanto, esta palavra é para você também. Veja bem o que Paulo está dizendo: “Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante”.

Arrogante é uma pessoa orgulhosa e que se ma-nifesta por atitudes altivas e desdenhosas. É uma pessoa que tem soberba, é insolente e atrevida. Para ser mais claro um pouco, o arrogante é aquele que estufa o peito e olha as pessoas por cima, ou seja, ele é o melhor, e não outro igual a ele. O texto continua dizendo: “não irascível”. Uma pessoa iras-cível é aquela que se ira com extrema facilidade, é extremamente irritável, tudo é motivo para ela sair dando braçadas e pernadas. Uma pessoa irascível é aquela que ninguém gosta de conversar com ela, porque se você der uma opinião contrária à dela, você vai pagar caro. Mas a Palavra de Deus diz que o verdadeiro modelo cristão não é irascível, ou seja, é o contrário. Ele não se irrita sem motivo profundo, não fica irado por qualquer coisinha e tem o esto-pim bem longo. Tem gente que nem tem estopim, por um motivo banal explode como se aquilo fos-

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se o fim do mundo. O não irascível, tem o estopim bem longo, ou seja, conta até dez para responder, e às vezes conta sequências de dez quantas necessá-rias for. Mesmo que isso lhe custe caro.

E Paulo continua: “Não dado ao vinho, nem vio-lento, nem cobiçoso de torpe ganância”. São carac-terísticas do verdadeiro modelo cristão. Quando Paulo fala aqui de “não dado ao vinho”, fala das be-bedices, dos exemplos que você dá em sua casa e que seus filhos veem. Nossos filhos copiam o que fazemos, se somos beberrões, a tendência natural é que eles sejam também. Se formos violentos eles acharão normal ser violento. Se você é uma pessoa que cobiça, eles também terão este defeito no cará-ter. E cobiça é algo terrível. É quando você tem uma esposa linda, maravilhosa dentro de casa, mas a vizi-nha, aos seus olhos, é mais bonita. O carro do vizinho é mais bonito que o seu. A geladeira da vizinha é mais bonita que a sua. Que coisa terrível. Você pode ser o homem ou a mulher mais rica da face desta terra que não vai adiantar, porque sempre achará que o vizinho tem alguma coisa mais bonita que a sua.

Se você é ganancioso, o seu filho também terá todas as chances para ser. O problema maior é

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quando essa ganância se torna uma torpe ganân-cia, ou seja, passa a ser desonesta, você pratica fal-catruas para adquirir as coisas, e quanto mais tem, mais quer. Passa por cima de tudo e todos.

E Paulo continua: “antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si”. Então, no seu trabalho, na sua Creta, onde Deus o colocou, ali você será desafiado a viver dessa forma. Vivendo como a Palavra do Senhor diz para você vi-ver. Caminhando como um modelo na passarela da vida, sem arrogância, sem ser irascível, não dado ao vinho, não violento, não cobiçoso de torpe ganân-cia, mas hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso e que tem domínio de si mesmo.

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terCeIro: a doutrIna

Em primeiro lugar é o lar, em segundo lugar é a vida no dia a dia e em terceiro lugar é a doutrina. Vejamos: “apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exor-tar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem.” (Tito 1.9.) Muitas vezes invertemos a posição das coisas, queremos primeiro apresentar a doutrina, depois queremos apresentar a nossa vida e por último apresentar o nosso lar. Entretanto, o modelo que o Senhor deseja espalhar pelo mundo

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é, em primeiro lugar, o modelo do lar, depois o mo-delo da vida e, em terceiro lugar, os modelos que vivam de acordo com a Palavra.

Coloque a sua Creta em ordem. Você deve saber o que está errado na sua Creta, afinal, você sabe tudo o que está acontecendo nela. Você sabe o que está acontecendo de errado na sua casa, no seu tra-balho, na sua vizinhança e nós sabemos o que há de errado no nosso próprio país. Mas, como colo-car tudo isso em ordem? Simplesmente criticando? Omitindo?

“Porquanto aos que de antemão conheceu, tam-bém os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justifi-cou; e aos que justificou, a esses também glorificou.” (Romanos 8.29-30.) Eu e você fomos chamados por Deus para sermos conforme a imagem do seu Filho, a imagem de Jesus. As pessoas, muitas vezes, dizem assim: “Olha para Cristo, não olhe para o homem”, mas a Bíblia não diz assim. A única maneira das pessoas verem a Cristo é em nós. Paulo disse assim: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cris-

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to.” (1 Coríntios 11.1.) Será que os homens têm visto Cristo em nós? Será que a nossa vida realmente tem sido esse modelo que Deus quer? Nós somos os únicos instrumentos nas mãos de Deus, instrumen-tos de transformação de vidas.

O meu desejo é que ao terminarmos de ler este livro possamos ter um único desejo: de sermos ver-dadeiros modelos cristãos para a glória de Deus. Tal-vez você esteja vivendo em erros, aparentemente em derrotas, porque sua Creta está em desordem, a sua casa está em desordem, o seu trabalho está em desordem. Na sua escola você não tem provocado aquele impacto, mas o Senhor levantou você e o colocou ali para que você colocasse as coisas que estão em desordem em ordem. A única maneira de você colocar as coisas em ordem é através do equi-líbrio da pregação com a sua vida.

A sua vida tem que ser aquilo que você prega, você tem que viver o que você prega, começando dentro da sua própria casa. Começando com a es-posa, com o esposo, com os filhos, e passando para eles os princípios da Palavra. E no dia a dia ser aque-la pessoa segundo o coração do Senhor. Que a sua doutrina seja firme e fiel ao nosso Deus e Pai.

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E para encerramos esta leitura, façamos uma oração:

“Pai, nós temos semeado a tua palavra por fé em tuas promessas, crendo na tua fidelidade, e que tu és capaz, e que tu podes, e que tu queres fazer muito além do que nós pedimos ou pensamos. Louvamos-te, Senhor, porque tu tens estabelecido a Igreja para ser um modelo segundo o teu coração, porque tu tens estabelecido a minha vida e a vida de cada irmão e de cada irmã para sermos verdadeiros modelos cristãos para inspirarmos o desejo nas pessoas de quererem ter o que nós temos, que é o próprio Senhor Jesus. Eu sei que não é por força nem por violência, mas pelo teu Espírito. Senhor, que tu possas fazer com que esta palavra, anunciada na sua simplicidade, possa explodir em cada coração com aquele desejo tremendo de querer, realmente, ser modelo para a glória do teu próprio nome. Pai, que os homens possam te ver, te ouvir, te sentir, através da nossa vida, Senhor, queremos impactar a nossa cidade com o teu evangelho, com esta mensagem, mas acima de tudo que-remos encarnar esta mensagem, vivê-la para o louvor da glória do teu nome, em nome de Jesus, amém”.

Deus abençoe!

Pr. Márcio Valadão

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Jesus te ama e quer

voCÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

2º PASSO: O Homem é pecador e está

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separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salva-ção.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta:

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“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço por-que me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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