Investigação translacional em doenças reumáticas

21
Helena Canhão, João Eurico Fonseca Unidade de Investigação em Reumatologia, Instituto de Medicina Molecular, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Serviço de Reumatologia e Doenças Ósseas Metabólicas, CHLN-Hospital de Santa Maria, Lisboa Centro Académico de Medicina de Lisboa INVESTIGAÇÃO TRANSLACIONAL EM DOENÇAS REUMÁTICAS

description

 

Transcript of Investigação translacional em doenças reumáticas

Helena Canhão, João Eurico Fonseca

Unidade de Investigação em Reumatologia, Instituto de Medicina Molecular, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

Serviço de Reumatologia e Doenças Ósseas Metabólicas, CHLN-Hospital de Santa Maria, Lisboa

Centro Académico de Medicina de Lisboa

INVESTIGAÇÃO TRANSLACIONALEM DOENÇAS REUMÁTICAS

93

INVESTIGAÇÃO TRANSLACIONALEM DOENÇAS REUMÁTICAS

Helena Canhão, João Eurico Fonseca

Unidade de Investigação em Reumatologia, Instituto de Medicina Molecular, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

Serviço de Reumatologia e Doenças Ósseas Metabólicas, CHLN-Hospital de Santa Maria, Lisboa

Centro Académico de Medicina de Lisboa

A evolução do conhecimento em Medicina pressupõe uma correta in-tegração dos componentes clínico, académico e de investigação. Esta junção não acontece por acaso. De facto, é do equilíbrio entre os novos conhecimentos obtidos através da investigação, da sua transmissão às gerações mais jovens e da sua aplicação na prática clínica que resultam novas questões e se progride com mais consistência. O resultado final é uma melhoria dos cuidados de saúde prestados.

Com esta breve revisão sobre a investigação translacional em Reumatologia pretendemos mostrar a vitalidade e a importância de complementar atividades assistenciais com a investigação, para o desen-volvimento do reumatologista como indivíduo e para o progresso global da especialidade. A revisão não pretende, nem pode, discriminar de for-ma individual e detalhada, todo o trabalho efetuado ao longo de décadas pela mais de uma centena de reumatologistas portugueses. Deixamos

94

apenas uma visão pessoal dos autores do que tem sido e para onde ain-da nos poderá levar a investigação translacional em Reumatologia em Portugal.

A especialidade de Reumatologia no nosso país esteve confinada du-rante alguns anos a três centros — Instituto Português de Reumatologia e Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e Hospital de São João no Porto. Apesar de serem apenas três centros, o facto de dois deles estarem lo-calizados em centros universitários, de em 1981 terem sido abertas mais de uma dezena de vagas para Internato da Especialidade e de os reumatologistas terem interesses académicos, relações com centros in-ternacionais e uma dinâmica de trabalho que ultrapassava a atividade assistencial, criaram-se condições para o desenvolvimento da investiga-ção nesta área.

A maioria dos trabalhos efetuados nos anos 80 e primeira metade dos anos 90 dedicavam-se a explorar aspetos clínicos com interesse científi-co. Dessa altura destaca-se a publicação em revistas nacionais e interna-cionais de casos clínicos (1, 2), séries de casos (3), estudos retrospetivos apoiados em revisão de processos (4) e estudos transversais explorando características clínicas de doentes reumáticos (5, 6).

Nessa altura não havia tradição na Reumatologia de constituição de coortes de doentes para seguimento prospetivo ou da realização de estudos multicêntricos. Registavam-se pontualmente colaborações entre grupos nacionais e internacionais que permitiram a obtenção de dados epidemiológicos importantes como foram o projeto CINDI (Countrywide Noncommunicable Disease Intervention) no Sul do país e a colaboração com estudos europeus de osteoporose, do grupo do Hospital de São João. Assim, e ainda nos anos 80, o grupo de Reumatologia do Hospital de Santa Maria teve a oportunidade de participar no Programa CINDI, na zona de Setúbal, que tinha como objetivo principal a colhei-ta de dados sobre fatores de risco de doenças cardiovasculares e a sua prevalência. No contexto desse Programa, foram recolhidos alguns da-dos epidemiológicos relevantes sobre as doenças reumáticas. Ainda que

95

efetuados numa região limitada do país, estes dados foram durante anos os mais informativos sobre a prevalência de algumas doenças reumá-ticas (7). Também na área da epidemiologia, os contactos do grupo do Hospital de S. João com centros internacionais permitiram o desenvol-vimento de trabalhos cooperativos internacionais multicêntricos, dos quais resultaram os estudos epidemiológicos EPOS e MEDOS na área de osteoporose (8, 9). A osteoporose foi sempre uma área de interesse da Reumatologia e mais tarde, outros autores, desenvolveram trabalhos para melhor caracterização de dados portugueses nesta área (10-15). Mais raramente, a investigação apoiava-se em trabalho experimental, que era sobretudo efetuada no contexto de interesses académicos dos autores (16, 17).

A partir dos anos 90, ocorreram várias alterações estruturais que modi-ficaram de forma irreversível a Reumatologia portuguesa e a investiga-ção relacionada com as doenças reumáticas em Portugal.

A criação de múltiplos novos centros mudou a distribuição geográfi-ca da Reumatologia nos serviços públicos e a inter-relação entre ser-viços e reumatologistas. A acrescer a esta alteração da rede de Centros de Reumatologia, foi criado o Programa Nacional Contra as Doenças Reumáticas (PNCDR) no seio do Plano Nacional de Saúde da Direção Geral da Saúde (DGS) (18). Este Programa permitiu criar maior alerta das Entidades Nacionais da Saúde para as doenças reumáticas e ao mes-mo tempo demonstrar a parca disponibilidade de dados nacionais sobre estas patologias.

No final dos anos 90 e principio da década de 2000, a introdução no mercado de novas terapêuticas biotecnológicas para o tratamento da artrite reumatoide, e progressivamente também para outras doenças reumáticas inflamatórias, produziu alterações na avaliação clínica, in-troduzindo instrumentos para objetivar a atividade das doenças que implicaram uma estandardização na avaliação destes doentes e o desen-volvimento de protocolos de monitorização dos doentes, que a partir de 2003, com a criação do Grupo de Estudos de Artrite Reumatoide

96

(GEAR) da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), tenderam a conter a mesma informação nuclear para avaliação da atividade da doença e da capacidade funcional, nos diversos centros de reumatologia portugueses (19-21). Este aspeto foi fundamental para promover avalia-ções multicêntricas nacionais, tais como a avaliação de doentes com AR sob terapêutica biológica efetuada em 2004 e publicada em 2005 (22), avaliação de doentes com espondilite anquilosante sob terapêutica bio-lógica em 2005 (23) e a avaliação dos casos de tuberculose em doentes sob terapêutica biológica em 2006 (24). O GEAR promoveu também o desenvolvimento de recomendações para a avaliação e tratamento de doentes sob terapêutica biológica que se estenderam a todas as patolo-gias inflamatórias reumáticas em que o uso dos fármacos estava apro-vado (25-27), bem como uma colaboração com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia para a publicação de normas para o diagnóstico e tera-pêutica da tuberculose, também no contexto do tratamento com estes fármacos (28). O lançamento de vários fármacos biotecnológicos im-pulsionou o envolvimento de quase todos os Centros de Reumatologia portugueses em ensaios clínicos multinacionais (29-31). Este processo foi acompanhado de ações de formação sobre “Boas práticas clinicas”, novas metodologias de investigação e contacto direto com instrumentos de avaliação das doenças reumáticas, que se revelaram uteis na promo-ção da investigação em doenças reumáticas.

Outro aspeto decisivo para a estimulação da investigação não só clínica, mas também básica e translacional foi a abertura do Instituto de Medicina Molecular (IMM) na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde foi criada em 2004, a Unidade de Investigação em Reumatologia (UIR) em colaboração estreita com o Serviço de Reumatologia do Hospital de Santa Maria (CHLN-HSM) e posteriormente com outros Serviços de Reumatologia do país. A UIR/IMM permitiu o acesso a meios para realizar investigação laboratorial de uma forma mais or-ganizada e sistemática, o que até aí era inédito em Portugal. De igual forma, a constituição heterogénea da equipa com clínicos, biólogos, en-genheiros biomédicos e investigadores de diversas áreas biomédicas, e a ligação estreita a vários Centros de Reumatologia, permitiu desenvolver

97

uma dinâmica de investigação translacional, com produção científica relevante (32-35).

Nos últimos anos tem-se registado uma aproximação cada vez maior da Reumatologia portuguesa a grupos internacionais, através da colabora-ção em projetos de investigação e publicações (36-39). O desenvolvimen-to de parcerias institucionais com serviços de epidemiologia e de esta-tística, nomeadamente o protocolo Observatório Nacional das Doenças Reumáticas (ONDOR) estabelecido entre a SPR e o Serviço de Higiene e Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (SHE-FMUP), a colaboração da UIR/IMM com o Serviço de Ortopedia do CHLN-HSM, o Instituto Superior Técnico e o Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, só para dar alguns exemplos, permitiram o acesso a ferramentas, expertise e metodologias de investigação que a Reumatologia só por si não dis-punha, e que permitiram obter amostras, avaliações, análise de grande volume de dados complexos, que resultaram em publicações colabora-tivas relevantes (40-43).

Outra forma de estimular a investigação e promover a Reumatologia nacional foi com a organização de eventos científicos internacionais como foram o Congresso da EULAR em 1967 e em 2003, IOF em 2002, EWIMID em 2009, ECTS em 2013 e o EWRR a realizar em 2014. O Congresso Português de Reumatologia que ocorre a cada dois anos, é o evento científico major da Reumatologia Portuguesa e aposta no alto nível científico do programa, com uma criteriosa seleção de temas e pa-lestrantes a par da promoção de sessões de comunicações livres e pos-ters, com participação maciça de todos os Centros e Reumatologistas (44). Nos últimos anos realizou-se também o simpósio monotemáti-co da SPR que ocorre no ano em que não há Congresso Português de Reumatologia e que tem atingido igualmente um nível científico muito elevado.

A indexação da Acta Reumatológica Portuguesa (ARP) no PubMedline em 2006 e a sua indexação na ISI Thomson em 2007, com atribuição

98

de fator de impacto em 2009, foram também marcos fundamentais, que permitiram colocar a revista científica oficial da SPR a par das suas congéneres estrangeiras e capaz de atrair publicações de qualidade (45). À data da indexação da ARP, não havia nenhuma outra revista de Reumatologia de língua portuguesa ou espanhola indexada, o que demonstra a qualidade científica que a ARP teve de atingir para que este objetivo fosse concretizado. Destaca-se ainda que foi a quarta revista médica portuguesa a conseguir a indexação e a primeira revista médica portuguesa a obter fator de impacto.

A Sociedade Portuguesa de Reumatologia como sociedade científica na-cional representante dos reumatologistas tem sido um garante da pro-moção da investigação com o estímulo para a criação de grupos de tra-balho (artrite reumatoide, doenças reumáticas sistémicas, reumatologia pediátrica, dor, metrologia, epidemiologia, espondilartrites), realização de ações de formação, escola de ecografia e a instituição de prémios e bolsas de investigação.

No final de 2006, a SPR promoveu o início do desenvolvimento e im-plementação do Registo Nacional de Doentes Reumáticos, Reuma.pt, sem dúvida um instrumento fundamental para o desenvolvimento da investigação em Portugal (46). O Reuma.pt foi desenvolvido ao longo de 2007, oficialmente apresentado em Fevereiro de 2008 e os primeiros doentes começaram a ser introduzidos em Junho de 2008. Os protocolos de avaliação que constituem a base do Reuma.pt, resultaram do consen-so obtido em reuniões nacionais do GEAR entre os reumatologistas dos diversos Centros. Trata-se de uma plataforma informática totalmente desenvolvida para este efeito pela SPR, com introdução estruturada dos dados através de écrans semelhantes a um processo clínico eletrónico, que ficam arquivados numa base de dados SQL server database. Desde Abril de 2012 que o acesso à Reuma.pt é feito online numa versão web. É recolhida informação de forma sistemática de doentes com o diagnós-tico de artrite reumatoide, espondilite anquilosante, artrite psoriática e artrite idiopática juvenil, tratados ou não com terapêuticas biotecno-lógicas. O Reuma.pt dispõe também de instrumentos para a inserção

99

específica de doentes com artrites precoces, lúpus eritematoso sistémi-co, há um protocolo genérico para doenças reumáticas do adulto e ou-tro para doenças reumáticas da infância que permitem a introdução de doentes com todas as outras patologias reumáticas, como por exemplo osteoporose, doença óssea de Paget e uveítes. A SPR dispõe de serviços de apoio para a introdução e exportação dos dados. Consideramos que este registo é e será fundamental para o desenvolvimento da investiga-ção reumatológica em Portugal.

Em 2009, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) e o IMM esta-beleceram um acordo para a constituição de um repositório de amostras biológicas no IMM, promovido através da UIR e permitindo o armaze-namento de amostras biológicas a -80ºC. Com a criação do Biobanco do IMM (47) em 2010, estão criadas as condições para uma simplificação ainda maior deste processo, passando os reumatologistas portugueses a dispor de um serviço personalizado de qualidade para o tratamento e armazenamento de amostras biológicas, essencial no suporte da inves-tigação translacional.

Outro projeto fundamental da SPR promovido em colaboração com a DGS, Centro de Estudos de Sondagens e Opinião da Universidade Católica Portuguesa e Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa é o estudo EpiReumaPt (48). Este projeto tem a duração total de quatro anos, cerca de metade a ser efetuada no terreno, entrevistando dez mil portugueses e avaliando em consulta por reumatologista cerca de 4400. O objetivo principal deste estudo é calcular a prevalência das dez patologias reumáticas mais relevantes e que constam no PNCDR. Outros objetivos específicos, como estudar o impacto destas patologias na capacidade fun-cional dos indivíduos, avaliar a qualidade de vida, fatores relacionados com o trabalho e custos, serão também objeto deste estudo que será efetuado em todo o Continente e Ilhas. A partir deste estudo, será promovida a avalia-ção prospetiva destes indivíduos com o desenvolvimento de coortes, estudo CoReumaPt (49), algumas das quais se fundirão com as coortes já iniciadas pelo Reuma.pt e outras que serão agora desenvolvidas como sejam a coorte de doentes com osteoporose e osteoartrose.

100

Outro projeto efetuado em parceria com a DGS e a Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS) e que envolve reumatologistas de vá-rios centros nacionais, bem como Sociedades Científicas (Reumatologia, Ortopedia, Ginecologia, Endocrinologia, Doenças Ósseas Metabólicas, Medicina Interna, Medicina Física e Reabilitação, Médicos de Clinica Geral e Medicina Familiar), o Serviço de Epidemiologia da FMUP, ONDOR, a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e a Associação Portuguesa de Osteoporose, é a validação do instrumento FRAX para o cálculo de risco de fratura osteoporótica (50). Este cálculo deve ser ajustado a características populacionais, e a sua validação para a população portuguesa será um contributo para a melhoria na avalia-ção dos doentes e para a investigação nesta área.

O esforço e melhoria da qualidade da investigação da Reumatologia portuguesa foram reconhecidos com prémios relevantes como sejam o Prémio Pfizer (Extraordinário) (1982) e o 2º Prémio Pfizer da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa (1995), dois Prémios Bial de Medicina Clínica (1986 e 2008), o EULAR European Young Investigator Award (2005) e o Harvard Medical School-Portugal Program Senior Award (2009). E também por cargos internacionais como sejam a Presidência da UEMS, European Board of Rheumatology, Board da IOF, Presidência do Colégio Ibero-Americano de Reumatologia, Coordenação do PNCDR, além das representações portuguesas nos Standard Committees da EULAR.

Espera-se também que o recente acesso a Programas Doutorais facilite a realização de Doutoramentos em Reumatologia. Recentemente obser-vou-se um importante aumento do número de estudantes de doutora-mento, os quais têm produzido trabalhos científicos relevantes (51-55).

O baixo reconhecimento que as atividades de investigação detêm nos currículos médicos e a dificuldade de financiamento de projetos de ca-riz mais clínico pela agência governamental Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), dificulta a maior promoção da investigação médica. No entanto, a SPR, companhias farmacêuticas internacionais, algumas

101

Fundações e outras entidades privadas instituem de forma regular bol-sas e prémios que têm estimulado a realização de projetos de investi-gação clínicos e translacionais em Reumatologia, contribuindo para se manter a aposta em investigação, apesar das adversidades existentes.

Num documento prévio (56), foram identificadas três áreas de atuação fundamentais para o sucesso da Reumatologia:

1) Documentar com precisão o impacto médico e social das doenças reumáticas em Portugal e identificar as carências nos cuidados médicos;

2) Assegurar a excelência de todas as iniciativas com origem na Reumatologia;

3) Garantir a expansão e aumento da qualidade dos recursos humanos.

Para cumprir o primeiro objetivo será necessário garantir a exatidão dos números através de estudos epidemiológicos metodologicamente irrepreensíveis e publicados em revistas indexadas ao PubMed. Para assegurar a excelência de iniciativas com origem na Reumatologia, o Registo Nacional de Doentes Reumáticos, Reuma.pt, desenvolvido pela SPR deve constituir um ex-líbris da nossa capacidade de organização, de trabalho e de colaboração. Já foram publicados 3 artigos na ARP (46, 57, 58) e um foi aceite para publicação no Rheumatology (59). O próximo passo será um reforço na qualidade dos dados e a promoção da publi-cação de mais avaliações e resultados em revistas internacionais de pri-meira linha da Reumatologia. A Acta Reumatológica Portuguesa deverá continuar o seu crescimento sempre na procura de maior qualidade.

A aposta na investigação de translação é fundamental e pode ser al-cançada através da parceria com instituições de investigação nacionais e internacionais, assegurando uma contínua produção de publicações que se reflete na entrada progressiva de reumatologistas portugueses nos programas de reuniões internacionais.

102

Finalmente garantir a expansão e aumento da qualidade dos recursos humanos. A expansão dos recursos humanos da Reumatologia começa nas Faculdades de Medicina. O ensino dos conhecimentos médicos cor-respondentes à área médica da Reumatologia tem que ser assegurado a todos os estudantes de Medicina portugueses de uma forma atrati-va, interativa e de excelência. Aqui começa a imagem da Reumatologia para os futuros médicos e desenha-se também a possibilidade de muitos destes alunos ponderarem concorrer a esta especialidade, aumentando assim a competição e secundariamente a qualidade dos candidatos. Para além do ensino nos vários anos do curso de Medicina existe neste mo-mento uma oportunidade excelente de interação através dos trabalhos finais do Mestrado Integrado de Medicina, obrigatório para todos os alunos. A Reumatologia está talhada para esta interação e deverá pro-mover a integração destes alunos nos projetos em curso, como o Reuma.pt, oferecendo uma imagem de diferença, qualidade e organização.

A maioria dos internos começa hoje a sua atividade em serviços já se-dimentados. Há neste momento condições para que todos os jovens in-ternos sejam orientados para uma carreira médica e simultaneamente científica. Para além de um rigoroso treino clínico, deverão ser todos treinados em investigação clínica e alguns em investigação laboratorial. Para este desiderato será fundamental a criação de estímulos para de-senvolverem planos de treino e investigação noutros países Europeus, através da facilitação dos contactos, protocolos de colaboração institu-cional, programas de financiamento de projetos pela SPR (já existentes) e bolsas da EULAR (já existentes) e da SPR (em desenvolvimento). A possibilidade de prosseguir para doutoramentos deve ser oferecida a to-dos os que evidenciem essa motivação e tenham os elementos curricula-res adequados, aproveitando o programa de internos doutorandos. Para que este programa de desenvolvimento funcione é fundamental que a avaliação final premeie também de forma clara a carreira científica do interno. Com estas medidas e o estímulo contínuo ao desenvolvimento da investigação será possível construir adequadamente os futuros ali-cerces da Reumatologia portuguesa.

103

Referências

1. Melo-Gomes JA, Viana-Queiroz M. Acromegalic arthropathy: a re-versible rheumatic disease. J Rheumatol1987;14:393-394.

2. Coelho PC, da Silva JA, Romeu JC, da Costa JC, de Queiroz MV. Simultaneous appearance of Behçet’s disease and pulmonary tuberculo-sis. Clin Exp Rheumatol1994;12:692.

3. de Jesus H, Rosa M, Queiroz MV. Vascular involvement in Behçet’s disease. An analysis of twelve cases. Clin Rheumatol1997;16:220-221.

4. Santos MJ, Reis P, da Silva JA, de Queiroz MV. [Ischemic lesion of the CNS in patients with systemic lupus erythematosus]. Acta Med Port1994;7:201-206.

5. Alves MG, Espirito-Santo J, Queiroz MV, Madeira H, Macieira-Coelho E. Cardiac alterations in ankylosing spondylitis. Angiology1988;39:567-571.

6. Figueirinhas J, Viana Queiroz M. A xeroradiografia nas afecções re-umáticas. Acta Reumatol Port1976;IV:183-190.

7. Matos AA, Branco JC, Silva JC, Queiroz MV, Pádua F. Inquérito epidemiológico das doenças reumáticas numa amostra da população portuguesa (Resultados Preliminares). Acta Reumatol Port1991;16:98.

8. Roy DK, Pye SR, Lunt M, O’Neill TW, Todd C, Raspe H, Reeve J, Silman AJ, Weber K, Dequeker J, Jajic I, Stepan J, Delmas PD, Marchand F, Reisinger W, Banzer D, Felsenberg D, Janott J, Kragl G, Schiedt-Nave C, Felsch B, Raspe H, Matthis C, Lyritis G, Poor G, Gennari C, Pols HA, Falch JA, Miazgowski T, Hoszowski K, Lorenc R, Bruges Armas J, Lopes Vaz A, Benevolenskaya LI, Masaryk P, Rapado A, Cannata JB, Naves-Diaz M, Johnell O, Dilsen G, Reid DM, Bhalla AK, Todd C, Reeve J, Finn

104

JD, Ismail A, Lunt M, O’Neill TW, Pye SR, Roy DK, Kanis JA, Cooper C, Woolf AD; European Prospective Osteoporosis Study (EPOS) Group. Falls explain between-center differences in the incidence of limb frac-ture across Europe. Bone2002;31:712-717.

9. Elffors I, Allander E, Kanis JA, Gullberg B, Johnell O, Dequeker J, Dilsen G, Gennari C, Lopes Vaz AA, Lyritis G, et al. The variable inci-dence of hip fracture in southern Europe: the MEDOS Study. Osteoporos Int1994;4:253-263.

10. Silva JAP, Carapito H, Reis P. Diagnóstico densitométrico de osteo-porose: critérios de referência na população portuguesa. Acta Reuma Port1999;93:9-18.

11. Aroso-Dias A. Epidemiologia da Osteoporose em Portugal: análise comparativa com outros países. Acta Reuma Port2000;97:21-31.

12. Branco JC, Tavares V, Briosa A, Costa R, Feliciano R, Rola A. Prevalence of osteoporosis in Portugal. Osteoporosis Int1998;8 (suppl 3):S191.

13. Ferreira N, Lopes C, Araujo D, Pereira J, Barros H. [Nutrition and bone mineral density in premenopausal women]. Acta Med Port1995;8:599-605.

14. Machado P, Coutinho M, da Silva JA. Selecting men for bone densitometry: performance of osteoporosis risk assessment tools in Portuguese men. Osteoporos Int2010;21:977-983.

15. Araújo D, Pereira J, Barros H. Osteoporose em mulheres portugue-sas. Acta Reuma Port1997;82:7-13.

16. Melo Gomes J, Melo Gomes E, Espirito Santo J, Viana Queiroz M, Amado L. Modificações do reograma digital com as variações da tem-peratura na artrite reumatoide. Rev Port Clin Terap1981;6:145-152.

105

17. Viana Queiroz M, Sancho MRH, Machado Caetano J. HLA-DR4 Antigen and IgM Rheumatoid factors. J Rheumatol1982;9:370-373.

18. http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i006345.pdf

19. Fonseca JE, Canhão H, Reis P, Jesus H, Pereira Silva JA, Branco J, Viana Queiroz M. [Protocol for Clinical Monitoring of Rheumatoid Arthritis (PMAR)]. December 2007 update (PMAR)]. Acta Reuma Port2007;32:367-74.

20. Canhão H, Fonseca JE, Castelão W, Viana Queiroz M. [Protocol for clinical monitoring of ankylosing spondylitis (PMEA)]. Acta Reuma Port2003;28:93-7.

21. Canhão H, Fonseca JE, Santos MJ, Gomes JA. [Protocol for clinical mon-itoring of juvenile idiopathic arthritis]. Acta Reumatol Port2007;32:277-81.

22. Grupo de Estudos de Artrite Reumatóide da Sociedade Portuguesa de Reumatologia. Análise de 376 doentes com artrite reumatóide sub-metidos a terapêutica biológica registados na base de dados de agen-tes biológicos da sociedade portuguesa de reumatologia. Acta Reumat Port2005;30:63-71.

23. Grupo de Consensos para as terapêuticas Biológicas na Espondilite Anquilosante da SPR. Análise de doentes com Espondilite Anquilosante submetidos a terapêutica biológica registados na base de dados de agen-tes biológicos da Sociedade Portuguesa de Reumatologia. Acta Reumat Port2005;30:253-6.

24. Fonseca JE, Canhão H, Silva C, Miguel C, Mediavilla MJ, Teixeira A, Castelão W, Nero P, Bernardes M, Bernardo A, Mariz E, Godinho F, Santos MJ, Bogas M, Oliveira M, Saavedra MJ, Barcelos A, Cruz M, Santos RA, Maurício L, Rodrigues M, Figueiredo G, Quintal A, Patto JV, Malcata A, da Silva JC, Araújo D, Ventura F, Branco J, Queiroz MV; Grupo de Estudos de Artrite Reumatoide da Sociedade Portuguesa de

106

Reumatologia. [Tuberculosis in rheumatic patients treated with tumour necrosis factor alpha antagonists: the Portuguese experience]. Acta Reumatol Port2006;31:247-53.

25. GEAR – SPR. Consensus GEAR/SPR para a utilização de DMARD biológicos. Acta Reuma Port 2003;28:187-9.

26. Santos MJ, Fonseca JE, Canhão H, Conde M, José Vieira M, Costa L, Costa M, Salgado M, Melo Gomes JA; Pelo Grupo de Trabalho de Reumatologia Pediátrica da Sociedade Portuguesa de Reumatologia. [Guidelines for prescribing and monitoring biologic therapies in juve-nile idiopathic arthritis]. Acta Reumatol Port 2007;32:43-7.

27. SPR Consensus Group for Biological Therapies on Ankylosing Spondylitis. [Consensus for the use of anti-TNF agents in ankylosing spondylitis]. Acta Reumat Port2005;30:155-9.

28. Fonseca JE, Lucas H, Canhão H e tal. Recomendações para diag-nóstico e tratamento da tuberculose latente e activa nas doenças in-flamatórias articulares candidatas a tratamento com fármacos inibidores do factor de necrose alfa. Rev Port Pneumol2006;12:603-613.

29. van der Heijde D, Klareskog L, Rodriguez-Valverde V, Codreanu C, Bolosiu H, Melo-Gomes J, Tornero-Molina J, Wajdula J, Pedersen R, Fatenejad S; TEMPO Study Investigators. Comparison of etan-ercept and methotrexate, alone and combined, in the treatment of rheumatoid arthritis: two-year clinical and radiographic results from the TEMPO study, a double-blind, randomized trial. Arthritis Rheum2006;54:1063-74.

30. Branco JC, Cherin P, Montagne A, Bouroubi A; Multinational Coordinator Study Group. Longterm therapeutic response to milnacip-ran treatment for fibromyalgia. A European 1-year extension study fol-lowing a 3-month study. J Rheumatol2011;38:1403-12.

107

31. Da Silva JA, Jacobs JW, Kirwan JR, Boers M, Saag KG, Inês LB, de Koning EJ, Buttgereit F, Cutolo M, Capell H, Rau R, Bijlsma JW. Safety of low dose glucocorticoid treatment in rheumatoid arthritis: published evidence and prospective trial data. Ann Rheum Dis2006;65:285-93.

32. Santos MJ, Pedro LM, Canhão H, Fernandes E Fernandes J, Canas da Silva J, Fonseca JE, Saldanha C. Hemorheological parameters are re-lated to subclinical atherosclerosis in systemic lupus erythematosus and rheumatoid arthritis patients. Atherosclerosis2011;219:821-6.

33. Caetano-Lopes J, Lopes A, Rodrigues A, Fernandes D, Perpétuo IP, Monjardino T, Lucas R, Monteiro J, Konttinen YT, Canhão H, Fonseca JE. Upregulation of inflammatory genes and downregulation of scle-rostin gene expression are key elements in the early phase of fragility fracture healing. PLoS One2011; 6: e16947.

34. Sousa E, Caetano-Lopes J, Pinto P, Pimentel F, Teles J, Canhão H, Rodrigues A, Resende C, Mourão AF, Ribeiro C, Pinto TL, Rosa CM, da Silva JA, Branco J, Ventura F, Queiroz MV, Fonseca JE. Ankylosing spondylitis susceptibility and severity--contribution of TNF gene promoter polymorphisms at positions -238 and -308. Ann N Y Acad Sci2009;1173:581-8.

35. Fonseca JE, Cavaleiro J, Teles J, Sousa E, Andreozzi VL, Antunes M, Amaral-Turkman MA, Canhão H, Mourão AF, Lopes J, Caetano-Lopes J, Weinmann P, Sobral M, Nero P, Saavedra MJ, Malcata A, Cruz M, Melo R, Braña A, Miranda L, Patto JV, Barcelos A, da Silva JC, Santos LM, Figueiredo G, Rodrigues M, Jesus H, Quintal A, Carvalho T, da Silva JA, Branco J, Queiroz MV. Contribution for new genetic markers of rheumatoid arthritis activity and severity: sequencing of the tumor necrosis factor-alpha gene promoter. Arthritis Res Ther2007;9:R37.

36. Cooper C, Jakob F, Chinn C, Martin-Mola E, Fardellone P, Adami S, Thalassinos NC, Melo-Gomes J, Torgerson D, Gibson A, Marin F. Fracture incidence and changes in quality of life in women with an inadequate

108

clinical outcome from osteoporosis therapy: the Observational Study of Severe Osteoporosis (OSSO). Osteoporos Int2008;19:493-501.

37. Hasija R, Pistorio A, Ravelli A, Demirkaya E, Khubchandani R, Guseinova D, Malattia C, Canhao H, Harel L, Foell D, Wouters C, De Cunto C, Huemer C, Kimura Y, Mangge H, Minetti C, Nordal EB, Philippet P, Garozzo R, Martini A, Ruperto N; Pediatric Rheumatology International Trials Organization. Therapeutic approaches in the treat-ment of juvenile dermatomyositis in patients with recent-onset disease and in those experiencing disease flare: an international multicenter PRINTO study. Arthritis Rheum2011;63:3142-52.

38. Haraoui B, Smolen JS, Aletaha D, Breedveld FC, Burmester G, Codreanu C, Da Silva JP, de Wit M, Dougados M, Durez P, Emery P, Fonseca JE, Gibofsky A, Gomez-Reino J, Graninger W, Hamuryudan V, Jannaut Peña MJ, Kalden J, Kvien TK, Laurindo I, Martin-Mola E, Montecucco C, Santos Moreno P, Pavelka K, Poor G, Cardiel MH, Stanislawska-Biernat E, Takeuchi T, van der Heijde D; Treat to Target Taskforce. Treating Rheumatoid Arthritis to Target: multinational rec-ommendations assessment questionnaire. Ann Rheum Dis2011;70:1999-2002.

39. Gossec L, Bijlsma JW, Bombardier C, Canhão H, Devlin J, Edwards CJ, Hamuryudan V, Kvien TK, Leeb BF, Martín-Mola EM, Mielants H, Müller-Ladner U, Ostergaard M, Pereira IA, Ramos-Remus C, Zochling J, Dougados M. Dissemination and evaluation of the 3E initiative rec-ommendations for use of methotrexate in rheumatic disorders: results of a study among 2233 rheumatologists. Ann Rheum Dis2011;70:388-9.

40. Caetano-Lopes J, Nery AM, Henriques R, Canhão H, Duarte J, Amaral PM, Vale M, Moura RA, Pereira PA, Weinmann P, Abdulghani S, Souto-Carneiro M, Rego P, Monteiro J, Sakagushi S, Queiroz MV, Konttinen YT, Graça L, Vaz MF, Fonseca JE. Chronic arthritis directly in-duces quantitative and qualitative bone disturbances leading to compro-mised biomechanical properties. Clin Exp Rheumatol2009;27:475-82.

109

41. Santos L, Romeu JC, Canhão H, Fonseca JE, Fernandes PR. A quan-titative comparison of a bone remodeling model with dual-energy X-ray absorptiometry and analysis of the inter-individual biological variabili-ty of femoral neck T-score. J Biomech2010;43:3150-5.

42. Lucas R, Silva C, Costa L, Araújo D, Barros H. Male ageing and bone mineral density in a sample of Portuguese men. Acta Reumatol Port2008;33:306-13.

43. Canhão H, Lucas R, Fonseca JE, Costa L, Romeu JC, Branco J, Barros H. Factors influencing calcaneus quantitative ultrasound measurements in an urban population. Clin Exp Rheumatol2008;26:67-72.

44. www.spreumatologia.pt

45. http://arp.spreumatologia.pt

46. Canhão H, Faustino A, Martins F, Fonseca JE on behalf of the Rheumatic Diseases Portuguese Register Board Coordination, Portuguese Society of Rheumatology. Reuma.pt the rheumatic diseases Portuguese register. Acta Reumatol Port2011;36:45-56.

47. http://www.imm.fm.ul.pt/web/imm/biobank

48. Ramiro S, Canhão H, Branco JC. EpiReumaPt Protocol — Portuguese epidemiologic study of the rheumatic diseases. Acta Reumatol Port2010;35:384-390.

49. Laires PA, Canhão H, Araújo D, Fonseca JE, Machado P, Mourão AF, Ramiro S, Romeu JC, Santos MJ, Silva I, Pereira Silva JA, Sousa E, Tavares V, Gouveia N, Branco JC. CoReumaPt protocol: the Portuguese cohort of Rheumatic Diseases. Acta Reumatol Port2012:37:18-24.

50. www.aporos.pt/FRAX

110

51. Pimentel-Santos FM, Ligeiro D, Matos M, Mourão AF, Vieira de Sousa E, Pinto P, Ribeiro A, Santos H, Barcelos A, Godinho F, Cruz M, Fonseca JE, Guedes-Pinto H, Trindade H, Brown MA, Branco JC; CORPOREA Study Group. ANKH and susceptibility to and severity of ankylosing spondylitis. J Rheumatol2012;39:131-4.

52. Machado P, Landewé R, Braun J, Hermann KG, Baraliakos X, Baker D, Hsu B, van der Heijde D. A stratified model for health outcomes in ankylosing spondylitis. Ann Rheum Dis2011;70:1758-64.

53. van Tubergen A, Ramiro S, van der Heijde D, Dougados M, Mielants H, Landewé R. Development of new syndesmophytes and bridges in ankylosing spondylitis and their predictors: a longitudinal study. Ann Rheum Dis2012;71:518-23.

54. Mourão AF, Caetano-Lopes J, Costa P, Canhão H, Santos MJ, Pinto P, Brito I, Nicola P, Cavaleiro J, Teles J, Sousa A, Gomes JM, Branco J, da Costa JT, Pedro JG, de Queiroz MV, Fonseca JE. Tumor necrosis factor-alpha -308 genotypes influence inflammatory activity and TNF-alpha serum concentrations in children with juvenile idiopathic arthri-tis. J Rheumatol2009;36:837-42.

55. Rodrigues A, Caetano-Lopes J, Nery A, Sousa E, Polido-Pereira J, Vale M, Amaral P, Romeu JC, Viana Queiroz M, Monteiro J, Vaz MF, Fonseca JE, Canhão H. Evaluation of bone mechanical strenght and fracture risk assessment (Frax) in patients with hip joint replacement surgery. Acta Reumatol Port2009;34:504-10.

56. Fonseca JE, Branco JC. Uma visão para a Reumatologia. Boletim in-formativo SPR 2011.

57. Campanilho-Marques R, Polido-Pereira J, Rodrigues A, Ramos F, Saavedra MJ, Costa M, Martins F, Pereira da Silva JA, Canhão H, Fonseca JE. BioRePortAP, an electronic clinical record coupled with a database: an example of its use in a single centre. Acta Reumatol Port2010;35:176-83.

111

58. Ramiro S, Roque R, Vinagre F, Cordeiro A, Tavares V, Van Tubergen A, Canas da Silva J, Landewé R, Santos MJ. Biologicals and switch in rheumatoid arthritis throughout time — are we being more aggressive? Acta Reumatol Port2011;36:234-42.

59. Canhão H, Rodrigues AM, Mourão AF, Martins F, Santos MJ, Canas Silva J, Polido Pereira J, Pereira Silva JA, Costa JA, Araújo D, Silva C, Santos H, Duarte C, Silva JA, Pimentel Santos F, Branco J, Karlson EW, Fonseca JE, Solomon DH. Comparative effectiveness and predictors of response to tumor necrosis factor inhibitor therapies in rheumatoid ar-thritis. Rheumatology (Oxford)2012 Nov;51(11):2020-6.